O futebol profissional em Itajubá-MG

Por uma questão geográfica e financeira é mais comum nos aventurarmos por estádios no interior de São Paulo, mas sempre que possível ampliamos o nosso alcance cultural e tentamos registrar estádios nos estados vizinhos. Divisa SP / MG E é o caso deste post, onde vamos dividir com você um pouco da história, cultura e, claro, do futebol profissional de Itajubá, uma cidade que teve sua origem lá no fim do século XVII, graças à descoberta de ouro em suas montanhas. Serra da Mantiqueira Atualmente, as montanhas fornecem uma outra riqueza: as azeitonas! Azeitonas O ouro trouxe a presença de bandeirantes, como Borba Gato (esse feioso aí abaixo) e logo começaram a surgir pequenos povoados no sul do atual estado de Minas Gerais. Serra da Mantiqueira O povoado que daria origem à Itajubá foi criado pela tropa de Miguel Garcia Velho, fundador das Minas de Nossa Senhora da Soledade de Itagybá (que ficava nas áreas onde hoje se definiu a cidade de Delfim Moreira). Itajubá-MG Atravessar a Serra da Mantiqueira significa se deleitar com visuais, perfumes e até mesmo sensações únicas. O lugar tem uma energia incrível! Serra da Mantiqueira Serra da Mantiqueira Pegamos uns dias de chuva, então não deu pra andar muito pela cidade, mas pelo menos fomos conhecer o tradicional mercado da cidade!

Itajubá

Mercado Itajubá E deu pra curtir essa cidade tão rica em natureza e que vem crescendo tanto nas últimas décadas. Itaubá Mas… Como você sabe, estávamos lá por uma razão maior: registrar os times que representaram Itajubá nas disputas profissionais. E dessa forma, começamos com a Sociedade Desportiva Yuracan Futebol Clube. O time nasceu em maio de 1934. São 85 anos de história completos em 2019! Itajubá MG Surgiu com um grupo de amigos que se denominavam “os boêmios” e que se reuniam para jogar futebol contra o time do Instituto Eletrotécnico (que viria a se transformar na Universidade Federal de Itajubá). Estádio Coronel Belo Lisboa - Yuracan FC - Itajubá-MG O nome “Yuracan” seria uma homenagem ao time argentino Club Atlético Huracán, que realizou uma excursão no Brasil (encontrei essa matéira sobre uma excursão realizada em 1939, confira aqui), ganhando várias partidas. O Yuracan FC manda seus jogos no Estádio Coronel Belo Lisboa. Estádio Coronel Belo Lisboa - Yuracan FC - Itajubá-MG Estádio Coronel Belo Lisboa - Yuracan FC - Itajubá-MG O Estádio Coronel Belo Lisboa tem capacidade para cerca de 2.500 torcedores. Vamos dar uma olhada por fora!

O Yuracan é também chamado de Ganchão, por conta da letra Y estampada na camisa.

Yuracan FC - Itajubá-MG Esse é o tricampeão de Itajubá em 58/59/60: Yuracan 1960 Em 2016, o Elivélton (aquele que fez história no São Paulo e levou uma pedrada na cabeça numa Libertadores) vestiu a camisa do time numa partida amistosa! Elivélton Mas nós não ficamos só do lado de fora não, olha aí!

Graças ao amigo Pedro Graciani, pudemos fazer um registro da parte interna do Estádio.

Estádio Coronel Belo Lisboa - Yuracan FC - Itajubá-MG Foi aí que “Seo Dondinho” (tamb;em conhecido como pai do Pelé) marcou cinco gols de cabeça em uma única partida pelo Yuracan.

Estádio Coronel Belo Lisboa - Yuracan FC - Itajubá-MG

Aqui a meia cancha:

Estádio Coronel Belo Lisboa - Yuracan FC - Itajubá-MG

Ao fundo do gol, um pouco da natureza local.

Gol Yuracan

As arquibancadas contam com uma pequena cobertura, que me fez lembrar o Estádio das Laranjeiras.

Estádio Coronel Belo Lisboa - Yuracan FC - Itajubá-MG O Yuracan é um time que tem se esforçado para se organizar melhor a cada dia. Tem desenvolvido ações de Marketing e se envolvido com a cidade, cada vez mais.

Estádio Coronel Belo Lisboa - Yuracan FC - Itajubá-MG

Quem sabe em breve não vemos o Yuracan de volta ao profissional mineiro, onde jogou a 2ª Divisão em 1969, 1982, 1983, 1984, 1985 e 1990, além da Copa de Minas Gerais em 2004 e a Taça Minas Gerais em 2005…

Estádio Coronel Belo Lisboa - Yuracan FC - Itajubá-MG

Itajubá ainda guarda um segundo time: o Smart FC. O Smart Futebol Clube foi fundado em 28 de Junho de 1928 Smart FC O time fez história ao disputar 4 edições da 3ª Divisão (em 1986, 1987, 1988 e 1989). Smart FC O Smart FC manda seus jogos no Estádio Ambrósio Pinto, que fica num morro onde quase encalhei devido às chuvas… Só pra se ter ideia, a rua do Estádio se chama Cordilheira dos Andes. Estádio Ambrósio Pinto - Smart FC - Itajubá Dando uma olhada do lado de fora, deu pra se ter uma ideia do campo:

O Estádio tem lances de arquibancada descobertas, tanto atrás do gol quanto em uma das laterais.

 Estádio Ambrosio Pinto - Smart FC - Itajubá - MG

 Estádio Ambrosio Pinto - Smart FC - Itajubá - MG

 Estádio Ambrosio Pinto - Smart FC - Itajubá - MG

Na outra lateral, temos a linda arquibancada coberta:

 Estádio Ambrosio Pinto - Smart FC - Itajubá - MG

Aqui, o gol esquerdo:

 Estádio Ambrosio Pinto - Smart FC - Itajubá - MG

Lá ao fundo o gol da direita:

 Estádio Ambrosio Pinto - Smart FC - Itajubá - MG

O Google ainda disponibiliza uma foto incrível do campo:

Estádio Ambrósio Pinto - Smart FC

Infelizmente, o Smart FC parece estar mais distante da volta ao profissionalismo… E enquanto isso, o futebol local amador de Itajubá segue quente! Só pra registrar, ta aí a sede do Vasco Futebol Clube. Vasquinho de Itajuba

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Esporte Clube São Paulo de Itanhaém

Puxa, confesso que fiquei enciumado com o fato de eu ter registrado os Estádios em Peruíbe e em Cananéia (sem contar que algum tempinho atrás já havíamos falado dos estádios em Registro e até em Mongaguá) e jamais ter dedicado uma linha do blog As Mil Camisas à cidade que amo tanto: Itanhaém.

Amo Itanhaém

Se ao falarmos de Cananéia, tivemos tantas histórias (do Bacharel da Cananéia e as possíveis expedições secretas “pré-Cabral”, ao potencial ecológico da cidade e suas ilhas!), Itanhaém não fica atrás.

Itanhaém é a segunda cidade mais antiga do Brasil, fundada em 22 de abril de 1532, por Martim Afonso de Souza, que enriqueceu com a exploração das colônias portuguesas, principalmente na Índia (dinheiro obtido de formas bastante questionáveis). Você pode encontrar o busto dele na praça central de Itanhaém, no pé do morro do convento.

Martim Afonso Souza - Itanhaém

Itanhaém é citada no incrível livro do alemão Hans Staden, “Duas viagens ao Brasil“, no qual ele descreve seu naufrágio (provavelmente na região da barra do rio Itanhaém) e o período em que foi refém por meses (aí já entre o litoral norte de SP e o RJ), sendo ameaçado de virar jantar no ritual canibal dos índios tupinambas.

Duas viagens ao Brasil - Hans Staden

A “Vila de Conceição de Itanhaém” chegou a ser cabeça de capitania, tendo como primeiro Governador e Ouvidor o Capitão João Moura Fogaça.

Desde cedo, Itanhaém teve sua igreja matriz no alto do Morro do Itaguaçu até 1639, quando a chegada dos Jesuítas que viviam em outra área da cidade (na Aldeia de João Batista, onde fica Peruíbe atualmente) foi construído o Convento Nossa Senhora da Conceição (que está por lá até hoje).

Convento de Nossa Senhora da Conceição

Atualmente o convento está fechado, mas tem uma família de saguis vivendo por ali.

Sagui - Itanhaém

Com o surgimento do convento, a partir de 1639 foi construída uma nova Igreja Matriz, que “desceu o morro”. Ela também está lá até hoje.

Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição - Itanhaém

Olha um comparativo do centro:

Itanhaém
Itanhaém

A descoberta do ouro em outras regiões do Brasil fez com que muitas pessoas abandonassem a cidade. Itanhaém viveu seu declínio até voltar a se desenvolver já no século XX. Mas sua beleza seguiu por todos esse tempo. Veja a barra onde o rio Itanhaém encontra o oceano:

Itanhaém

Muitas pedras ilustram seu litoral e dão nome à cidade, já que Itanháem pode significar pedra que canta, ou que choraminga (acho que é daí que nasceu o uso de nhem nhem nhem como sinônimo de choro):

Praia - Itanhaém
Praia - Itanhaém

Muitas pessoas ainda vivem da pesca em Itanhaém.

Itanhaém
Rio Itanhaém

Itanhaém tem ainda uma série de “recortes” em seu litoral que dão um ar só seu, se comparado às demais cidades do litoral sul.

Mar - Itanhaém
Mar Itanhaém

E assim, no meio de tantas belezas naturais e de tantas histórias e estórias, nasceu um time de futebol local: o Esporte Clube São Paulo, em homenagem ao homônimo da capital.

EC São Paulo de Itanhaém

O time foi fundado em 25 de janeiro de 1934 e por muito tempo disputou as competições amadoras, levando a campo sua camisa tricolor.

EC São Paulo - Itanhaém

Falando em camisa, o site Só Futebol Brasil oferece a quem tenha interesse uma réplica atual da camisa:

Pesquisando em umas fotos antigas, descobri que sua sede ficava logo abaixo do morro do convento, como se vê:

EC São Paulo - Itanhaém

O antigo campo ficava bem próximo da barra do rio (dá pra ver o campo na parte central da foto abaixo):

Antigo Estádio do EC São Paulo de Itanhaém

E se for pra falar de fotos antigas, olha essa dos anos 60:

Esporte Clube São Paulo - Itanhaém
EC São Paulo - Itanhaém

Amistoso em 1965 contra a AA Guimarães de Cubatão:

Em 1966, o time se aventurou no futebol profissional, disputando a quarta divisão paulista, chamada na época de “Terceira Divisão“:

EC São Paulo - Itanhaém 1966

Essas não tiveram a data confirmada, mas aparentemente são dos anos 70:

EC São Paulo - Itanhaém
EC São Paulo - Itanhaém
EC São Paulo - Itanhaém
EC São Paulo - Itanhaém

O legal do EC São Paulo é que o time sobreviveu e segue disputando os campeonatos amadores.

EC São Paulo - Itanhaém

Esse é o time de 2018:

EC São Paulo - Itanhaém

E esse o de 2019:

EC São Paulo - Itanhaém

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Em busca do Estádio perdido em Cananéia!

A ideia do As Mil Camisas é registrar a lembrança dos clubes de futebol, mas em alguns casos, a história das cidades é tão interessante que merece um mínimo de detalhamento. Este é o caso de Cananéia, considerada por alguns como o primeiro povoado do Brasil, graças a um personagem polêmico da história brasileira: Cosme Fernandes, o “Bacharel de Cananéia“, retratado abaixo pelo pintor Carlos Fabra. Bacharel de Cananeia Existe uma linha de historiadores que defende que antes da chegada de Pedro Álvares Cabral, Portugal já enviara diversas expedições secretas ao Brasil, e em uma delas, teria desembarcado na Ilha do Cardoso, o tal “Bacharel” que seria responsável por em 1498, criar um povoado na região da Cananéia. Esse é uma representação do Duarte Pacheco, um dos que podem ter trazido o Bacharel: Duarte Pacheco Mesmo a versão aceita pela maioria dos historiadores também é incrível. Ela diz que o Bacharel teria chegado à Cananéia em 1502, na expedição de Gonçalo Coelho e Américo Vespúcio (figura abaixo), e que teria ajudado Martim Afonso a fundar oficialmente a cidade, em 1531. Américo Vespúcio De uma forma ou outra, o Bacharel de Cananéia entrou pra história por ser um dos primeiros europeus a viver no Brasil, casando-se com a índia Caniné e se tornado parte do povo local, mais ou menos como João Ramalho (ilustrado abaixo) fez aqui pelas bandas do ABC. João Ramalho A presença do Bacharel serviu de muita valia em alguns momentos (por estar intergado aos índios), mas em outros ele foi um verdadeiro vilão para os portugueses. O povo de São Vicente que o diga, quando foi quase dizimado pelo Bacharel que aliado aos índios Carijós e aos espanhois, em retaliação a uma tentativa de ataque – que também foi fulminada – em plena Cananéia. indios carijos A cidade acabou sendo esquecida, quando a Espanha conquistou o Império Inca (conhecido como o “reino branco” por causa da prata abundante) fazendo com que Portugal desistisse de enviar expedições ao sul do Brasil na tentativa de encontrar essa prata. Esse abandono evitou ainda mais polêmicas, uma vez que o tratado de Tordesilhas passava especificamente pela cidade de Cananéia. Marco do tratado de tordesilhas Não é a toa que a entrada da cidade reforça sua importância nas navegações européias do século XVI! Cananeia Embora ainda pouco visitada pelo turista em geral, a cidade já se preparou para oficializar sua história, com o Museu Municipal. Museu histórico da Cananeia Museu da Cananéia Bacharel da Cananéia MApa Conseguimos pegar um pouco da Festa do Mar, um evento que reúne as pessoas em torno da gastronomia e cultura local. Festa do Mar - Cananéia 2019 Além de tanta história, Cananéia possui uma incrível fauna e flora, distribuídos entre suas ilhas. É sem dúvidas um paraíso ecológico, como comprova a Guará de cor vermelha, linda! Guará A série de ilhas que rodeiam o continente nessa região carregam consigo boa parte da história do nosso país desde a ocupação indígena até os dias atuais. Quem sabe bastante disso é o historiador local João Borges, que dividiu conosco um pouco sobre o passado da Cananéia. Cananéia Com tanta informação e inspiração, fomos atrás do templo local do futebol: o Estádio Municipal Édison Batista Teixeira, onde o Clube Atlético Cananéia mandou seus jogos. Estádio Municipal Édison Batista Teixeira - Clube Atlético Cananéia O site Só Futebol soltou uma camisa réplica (ou quase isso) (clique aqui se você tiver interesse): Já o site Cacellain apresentou uma imagem diferente do que teria sido a camisa: Esse é o muro do Estádio: Estádio Municipal Édison Batista Teixeira - Cananéia Uma de suas entradas com o que costumava ser a bilheteria (ali já fechada do lado direito): Estádio Municipal Édison Batista Teixeira - Clube Atlético Cananéia Vamos dar uma olhada lá dentro?

O Estádio possui dois lances laterais de arquibancada. Coloridas e tudo!

Estádio Municipal Édison Batista Teixeira - Clube Atlético Cananéia Aqui, o gol esquerdo: Estádio Municipal Édison Batista Teixeira - Clube Atlético Cananéia O gol direito: Estádio Municipal Édison Batista Teixeira - Clube Atlético Cananéia O Clube Atlético Cananéia foi fundado em 1986 para representar a cidade na Terceira Divisão do Campeonato Paulista de 1986. E foi aí no Municipal que o time mandou seus jogos! Estádio Municipal Édison Batista Teixeira - Clube Atlético Cananéia A Terceira Divisão do Paulista de 1986 ficou conhecida por ter o maior número de clubes na história: 77. O time não passou da primeira fase, mas fez boas partidas, embora tenha perdido na justiça os 3 pontos que conquistou no jogo em Registro e ainda deu um WO contra o Embu Guaçu. Confira todos os resultados: Campeonato Paulista - Terceira Divisão - 1986 A classificação ficou assim: Campeonato Paulista - Terceira Divisão 1986 Essas arquibancadas puderam ver boas partidas naquele ano! Estádio Municipal Édison Batista Teixeira - Clube Atlético Cananéia Como resultado na tabela, o Clube Atlético Cannéia não obteve grande êxito, num grupo com nove times, terminou em quinto, não se classificando para a próxima fase, mas o time acabava de colocar Cananéia no mapa do futebol profissinal para a eternidade. Estádio Municipal Édison Batista Teixeira - Clube Atlético Cananéia Estádio Municipal Édison Batista Teixeira - Clube Atlético Cananéia Olha aí o banco de reserva: Estádio Municipal Édison Batista Teixeira - Clube Atlético Cananéia Ao fundo, as montanhas relembram o valor ecológico da região (praqueles lados está a divisa com o Paraná). Estádio Municipal Édison Batista Teixeira - Clube Atlético Cananéia Só por curiosidade, embora não possua um time profissional, na hora de voltar à Itanhaém passamos por Pariquera-Açu (que na na língua tupi, significa “barragem grande e velha de peixes”) e registramos o Estádio Municipal Lauro Lobo que se limita a receber partidas amistosas e o futebol amador regional. Estádio Municipal Lauro Lobo - Pariquera-Açú O gramado apresenta-se muito bem cuidado! Estádio Municipal Lauro Lobo - Pariquera-Açú E ali na parede se pode conferir o registro do nom do estádio. Estádio Municipal Lauro Lobo - Pariquera-Açu

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Em busca do Estádio perdido em Peruíbe!

Ah, nada como curtir um tempo na praia… Ainda mais quando dá pra integrar esse tipo de lazer a um local tão importante na história do Brasil, e que não tem o reconhecimento merecido. Hoje, vamos falar da história e do futebol de Peruíbe, cidade onde vivem mais de 67 mil pessoas. Peruíbe Primeiro, pra quem não sabe, Peruíbe é uma cidade no litoral sul de São Paulo, entre Itanhaém e Iguape há pouco mais de 130 km de São Paulo. Dá uma olhada no Google Maps pra ver como é próxima de Santos: Peruíbe - Mapa Além da fama das praias, muitos conhecem Peruíbe pela questão ecológica graças à incrível reserva da Jureia e também ao seu potencial místico, onde seria possível contatar diferentes formas de vida e também alienígenas, graças a energia do lugar. Aliens em Peruíbe Falando em energia, nos anos 80, a cidade esteve muito perto de receber uma usina nuclear, fruto da mente dos militares, mas a população local conseguiu barrar essa loucura, como se pode perceber na matéria do Jornal Globo da época:Usina nuclear em peruibe Mas Peruíbe vai além dessa conceituação inicial. O termo Peruíbe, como a maioria dos termos indígenas, tem várias possibilidades de significado. A mais aceita é que nasce da união dos termos tupis: iperu (tubarão) + ‘y (rio) + pe (em): Iperuype, que significaria “no rio dos tubarões”. A história desse lugar é mágica. Primeiro porque fora ocupada há séculos, muito antes da invasão europeia do século XVI. Aí viviam várias aldeias indígenas tupi-guaranis (os tupis lutaram desde a era cristã pela ocupação do litoral brasileiro). Atualmente, ainda resistem indígenas vivendo por ali. Existe inclusive um projeto de integração e vivência que pode ser conhecido por esse vídeo:

Ainda nas primeiras décadas (nos anos 30) do século XVI, a região faria parte da Capitania de São Vicente, cujo donatário era Martim Afonso de Sousa. Me chama a atenção o fato de que este foi um dos primeiros lugares onde se deu as relações entre europeus e indígenas, por meio dos jesuítas. Os registros históricos indicam que em 1549, já havia a presença de um padre conhecido como Leonardo Nunes (apelidado pelos indígenas de Abaré-bebé (“Padre Voador“, já que ele costumava viajar muito) a frente da Igreja de São João Batista, que atualmente ainda existe e pode ser visitada!! Quer dizer… o que sobrou dela, é chamada de Ruínas do Abarebebê. Nós estivemos por lá pra conhecer e recomendamos o passeio pelo valor histórico! Ruínas de Aberebebê - Peruíbe Ruínas do Aberebebê Vale lembrar que nesta época, essa região era conhecida como Aldeia de São João Batista e fazia parte do povoado que daria início à Vila da Conceição de Nossa Senhora, futura Itanhaém. Anos mais tarde, após sofrerem uma série de ataques de outros índios, os jesuítas e índios que aí viviam se mudaram para a atual localização da cidade de Itanhaém. Peruíbe só conquistaria sua emancipação política, séculos depois, em 1958, tornando-se um município independente, graças a ação de vários políticos, entre eles, João Bechir.

Para que essa lembrança não fosse facilmente apagada, o então vereador dá atualmente, nome ao estádio municipal da cidade! Estádio Municipal Vereador João Bechir - Peruíbe FC Pois é… Sempre reclamei do litoral sul ter pouca atividade quanto ao futebol profissional, Mas… Acabamos colaborando com esse “descaso”, já que não assistimos a um jogo sequer do Peruíbe Futebol Clube, que teve uma breve vida no futebol profissional, em 2016. O Peruíbe FC nasceu em 2014, ainda dentro do futebol amador, mas com a criação da Taça Paulista, organizada pela Liga de Futebol Paulista, o time teve a oportunidade de se profissionaliza, nessa que seria uma “federação paralela” à Federação Paulista de Futebol, criada pela advogada Gislaine Nunes. Liga Paulista A Taça Paulista foi a primeira competição organizada por eles e contou com 34 times (entre equipes até então amadoras e profissionais licenciados) e teve como camepão o time da Ranchariense ( já estivemos por lá, clique aqui e veja como foi): Liga Paulista 2016 A liga ainda existe, e atualmente se apresenta como “Liga Nacional de Futebol“. Liga de Futebol Nacional Pois bem, embora a campanha do Peruíbe FC não tenha sido das melhores, o time levou o nome da cidade até uma competição profissional pela primeira vez. Estádio Municipal Vereador João Bechir - Peruíbe FC O Peruíbe FC manteve sua atuação na Liga Paulista em 2017 e 2018, embora nesses anos, o time tenha mandado seus jogos em outras cidades, já que infelizmente a diretoria do clube e a Prefeitura Municipal não conseguiram chegar em um acordo e o Estádio João Bechir parece ter se despedido das disputas profissionais. Estádio Municipal Vereador João Bechir - Peruíbe FC Sendo assim, vale um olhar para o Estádio, torcendo por dias melhores. Estádio Municipal Vereador João Bechir - Peruíbe FC Incrível como a história se repete, dessa vez nos esportes… Uma cidade e sua população sem valorizar a cultura local, perde o time que até então defendia as cores e o nome de Peruíbe. Estádio Municipal Vereador João Bechir - Peruíbe FC A nós, resta observar como as coisas vao se ajeitando, uma vez que os atuais proprietários do clube tornaram-se proprietários do Real Cubatense, time de Cubatão que disputa o São Paulo Cup (outra nova competição profissional). Estádio Municipal Vereador João Bechir - Peruíbe FC

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Rock + Futebol

O som de hoje vem da Alemanha, e foi gravado pela banda Die Toten Hosen, uma das mais antigas que nasceram na cena punk.

A música chama-se Bayern!

A letra fala de um cara que diz que poderia enfrentar qualquer desafio que a vida lhe proponha, afinal nunca se sabe o dia de amanhã. Que tudo pode acontecer, mas que ele tem uma certeza: “Nunca na minha vida eu iria pro Bayern”.

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O futebol em Bragança Paulista

Diz uma lenda irlandesa que o arco íris é um sinal mágico que indica um lugar onde os duendes guardam seus potes de ouro…
Assim, nem questionamos quando fomos guiados por este, direto até Bragança Paulista…

Bragança Paulista

E o nosso pote de ouro não foi o carnaval local, que sofreu com as chuvas na noite dos desfiles…

Carnaval - Bragança Paulista

O nosso tesouro foi finalmente conhecer o Estádio Professor Dedé Muniz, conhecido como o “Verde Gigante”.

Legionários EC - Estádio Professor Dede Muniz - Verde gigante - Bragança Paulista

A entrada mostra que o dono do estádio é o Legionário Esporte Clube.

Legionários EC - Estádio Professor Dede Muniz - Verde gigante - Bragança Paulista
Distintivo do Legionário EC

O Legionário Esporte Clube foi fundado em dezembro de 1948 e possui muita história no futebol amador e também no profissional, como pode se ver nas paredes do escritório, lá no estádio mesmo.

Legionários EC - Estádio Professor Dede Muniz - Verde gigante - Bragança Paulista

O Estádio Dedé Muniz fica na região central da cidade, na Avenida Juscelino Kubitschek de Oliveira, 174, vamos dar uma olhada na parte interna:

Ainda mantém sua bela arquibancada coberta:

Legionários EC - Estádio Professor Dede Muniz - Verde gigante - Bragança Paulista
Legionários EC - Estádio Professor Dede Muniz - Verde gigante - Bragança Paulista
Legionários EC - Estádio Professor Dede Muniz - Verde gigante - Bragança Paulista
Legionários EC - Estádio Professor Dede Muniz - Verde gigante - Bragança Paulista

O treinamento do dia era pra equipe júnior, por isso as traves principais estavam dando uma relaxada.

Legionários EC - Estádio Professor Dede Muniz - Verde gigante - Bragança Paulista

Olhando da arquibancada coberta, esse é o lado esquerdo do campo:

Legionários EC - Estádio Professor Dede Muniz - Verde gigante - Bragança Paulista

Aqui, o meio campo, com a igreja ao fundo:

Legionários EC - Estádio Professor Dede Muniz - Verde gigante - Bragança Paulista

E o gol direito:

Legionários EC - Estádio Professor Dede Muniz - Verde gigante - Bragança Paulista

O Legionário E.C. também fez história ao disputar as competições profissionais da Federação Paulista, jogando a Terceira Divisão em 1957, chegando a se classificar para a segunda fase.

Mas na segunda fase…

Em 1958, novamente classifica-se apenas para a segunda fase da Terceira Divisão, licenciando-se do profissionalismo.

Em 1976, fez sua última campanha no profissional e decidiu licenciar-se e ficar apenas nas competições amadoras.

Esse registro ia terminar sem fotos do Legionário, mas… Foi aí que apareceu o Joel, um historiador do futebol de Bragança e o maior colecionador de fotos e posteres que eu já conheci….

Ele me mandou algumas imagens do time e do estádio, na sua configuração original, vamos lá, começando pela antiga entrada do Estádio:

Legionário Esporte Clube 1957

O time e a torcida, em 1957, assim como as demais, são fotos raríssimas de uma época que haviam poucos registros:

Legionário 1957

Mais uma vista da torcida, em 1957:

Legionário EC 1957

O time de 1957, que disputou a terceira divisão do Paulista:

Legionário EC - 1957

Aqui, o time em uma partida que foi disputada no Parque Antártica:

Legionário EC - 1957

Outra foto, do time ainda na terceira divisão de 1957:

Legionário 1957

E aqui, o time em sua segunda disputa da terceira divisão, em 1958. Só me resta agradecer muito ao amigo Joel por ceder essas imagens que registram para a eternidade o Legionário EC:

Legionário EC 1958

Mas o “Gigante verde” segue de pé!

Legionários EC - Estádio Professor Dede Muniz - Verde gigante - Bragança Paulista

Tendo a cidade de Bragança ao seu redor. Vendo o tempo passar, como o campo também o fez…

Legionários EC - Estádio Professor Dede Muniz - Verde gigante - Bragança Paulista

Tem até patrocinador no banco de reservas!

Legionários EC - Estádio Professor Dede Muniz - Verde gigante - Bragança Paulista

Olha aí a camisa do pessoal da escolinha:

Legionários EC - Estádio Professor Dede Muniz - Verde gigante - Bragança Paulista

Um último olhar, antes de nos dirigirmos ao outro estádio da cidade.

Legionários EC - Estádio Professor Dede Muniz - Verde gigante - Bragança Paulista

Falamos do estádio que abriga a equipe do Clube Atlético Bragantino.

O Bragantino vive dias de imensa discussão, pelo anúncio recente de sua fusão com o Red Bull para, inicialmente disputarem juntos a série B do Brasileiro de 2019, e quem sabe manter essa parceria para o futuro. Será que o leão morederá ou será mordido? Guardo para um segundo momento uma análise sobre este movimento.

Bragança Paulista - Clube Atlético Bragantino - Estádio Nabi Abi Chedid - Estádio Marcelo Stéfani

Neste momento, vamos nos ater a dividir o nosso registro do Estádio do Bragantino, cujo nome também gera uma série de discussões…

Bragança Paulista - Clube Atlético Bragantino - Estádio Nabi Abi Chedid - Estádio Marcelo Stéfani

O estádio foi reformado em 1949.

Bragança Paulista - Clube Atlético Bragantino - Estádio Nabi Abi Chedid - Estádio Marcelo Stéfani

O estádio ocupa todo um quarteirão e mesmo com várias reformas, ainda mantém muito do original, de mais de 50 anos atrás…

Bragança Paulista - Clube Atlético Bragantino - Estádio Nabi Abi Chedid - Estádio Marcelo Stéfani

O Bragantino foi fundado em janeiro de 1928, e desde sempre mandou seus jogos no mesmo lugar, que originalmente era conhecido como Campo das Pedras.

Bragança Paulista - Clube Atlético Bragantino - Estádio Nabi Abi Chedid - Estádio Marcelo Stéfani
Bragança Paulista - Clube Atlético Bragantino - Estádio Nabi Abi Chedid - Estádio Marcelo Stéfani

Na década de 30 passou a ser chamado de Marcelo Stéfani e atualmente, leva o nome emhomenagem a Nabi Abi Chedid, pai do presidente do clube, Marquinho Chedid. Aparentemente ele não é unanimidade…

Bragança Paulista - Clube Atlético Bragantino - Estádio Nabi Abi Chedid - Estádio Marcelo Stéfani

Eu sempre me refiro ao estádio pelo seu nome original: Marcelo Stéfani, uma homenagem ao ex jogador e ex presidente do clube, mas… quem sou eu pra criticar uma ação de um time que sequer é o que eu torço…

Bragança Paulista - Clube Atlético Bragantino - Estádio Nabi Abi Chedid - Estádio Marcelo Stéfani

Vamos dar uma olhada na parte de dentro do estádio:

Bragança Paulista - Clube Atlético Bragantino - Estádio Nabi Abi Chedid - Estádio Marcelo Stéfani

A capacidade atual do estádio é de pouco mais de 17 mil torcedores.

Bragança Paulista - Clube Atlético Bragantino - Estádio Nabi Abi Chedid - Estádio Marcelo Stéfani

Pode parecer pouco, mas para uma cidade de pouco mais de 150 mil pessoas isso representa mais de 10% da população.

Bragança Paulista - Clube Atlético Bragantino - Estádio Nabi Abi Chedid - Estádio Marcelo Stéfani

Sem contar que na final do Paulista de 1990, contra o Novorizontino, mais de 26 mil torcedores estiveram no estádio.

Olhando das arquibancadas cobertas, este é o gol do lado esquerdo do campo:

Bragança Paulista - Clube Atlético Bragantino - Estádio Nabi Abi Chedid - Estádio Marcelo Stéfani
Bragança Paulista - Clube Atlético Bragantino - Estádio Nabi Abi Chedid - Estádio Marcelo Stéfani

Uma visão do meio campo:

Bragança Paulista - Clube Atlético Bragantino - Estádio Nabi Abi Chedid - Estádio Marcelo Stéfani

E aqui, o gol da direita:

Bragança Paulista - Clube Atlético Bragantino - Estádio Nabi Abi Chedid - Estádio Marcelo Stéfani
Bragança Paulista - Clube Atlético Bragantino - Estádio Nabi Abi Chedid - Estádio Marcelo Stéfani

E aqui, um pouco da vista da arquibancada central coberta:

Bragança Paulista - Clube Atlético Bragantino - Estádio Nabi Abi Chedid - Estádio Marcelo Stéfani
Bragança Paulista - Clube Atlético Bragantino - Estádio Nabi Abi Chedid - Estádio Marcelo Stéfani

Como percebe-se, uma das características marcantes do estádio que além de palco da final do paulistão de 1990, foi também a casa da final do brasileirão de 1991 (entre Bragantino e São Paulo) são as arquibancadas nos quatro lados do campo.

Bragança Paulista - Clube Atlético Bragantino - Estádio Nabi Abi Chedid - Estádio Marcelo Stéfani

Um destaque atual do estádio é que ele possui um restaurante aberto para o público em geral. Assim, a cidade que já é conhecida pela “linguiça” ganha mais um aparato ligado à gastronomia:

Restaurante Bragantino

Ali ao fundo pode se ver a imagem do técnico Marcelo Veiga, que mesmo tendo quebrado todos os números e dirigido o Bragantino por mais de 500 jogos, foi demitido após a fusão com o RedBull.

Bragança Paulista - Clube Atlético Bragantino - Estádio Nabi Abi Chedid - Estádio Marcelo Stéfani
Bragança Paulista - Clube Atlético Bragantino - Estádio Nabi Abi Chedid - Estádio Marcelo Stéfani

Não sabemos o que será o futuro do Bragantino pós RedBull….
Fica nosso respeito ao time, à torcida e ao estádio.
E aproveitamos para fazer uma menção honrosa ao Bragança Football Club, fundado em 1916 e que chegou a disputar algumas edições do Campeonato do Interior (em 1919 foi apenas um jogo, onde levou 7×0 do Atlético Santista e em 1921, 2 partidas, derrotas para o São João de Jundiaí por 2×0 e 7×0 para o Paulista também de Jundiaí. Distintivo do site História Futebol:

Também guardamos para uma outra viagem (veja aqui como foi) a visita ao Estádio Olympio Rodrigues, a casa do Ferroviários Atlético Clube, verdadeira potencia do futebol amador de Bragança!

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A transformação do Parque Antártica na Arena do Palmeiras

A foto acima é de 2010. Naquele ano não conseguimos liberar o Brunão para o início da série B e jogamos no então Parque Antártica, como mandantes (veja mais sobre esse jogo aqui). O site do Palmeiras ainda guarda lindas fotos daquela época:

2018. 8 anos mais tarde, temos em nossas mãos este pequeno pedaço de papel, nos garantindo a presença em mais um embate importante: a estreia do Ramalhão no Paulista 2018. Nesse momento, sequer imaginava a possibilidade de cairmos para a série A2, e que ainda assim, retornaríamos para a A1 apenas 2 anos depois.

ingresso jogo palmeiras x santo andré

Nos enfiamos no Mobi (não sei como o Duplex coube…) e quase duas horas de trânsito depois, chegamos…

torcida Santo André

O Estádio: Parque Antártica! Ou melhor… não…. É a nossa estreia na “Allianz Parque” a nova casa do Palmeiras, e só de olhar o mapa de acesso e preços, percebe-se que se trata mesmo de um novo modelo.

Allianz Parque - Palmeiras x Santo André
Allianz Parque - Palmeiras x Santo André

O Allianz Parque, também chamado de Arena Palestra Itália foi construída pela WTorre Properties/Arenas, e levou 4 anos pra ficar pronta (de 2010 a 2014), sendo inaugurado oficialmente na partida Palmeiras 0x2 Sport (para 35.939 pessoas) e lá fomos nós para conhecê-lo e ainda torcer pelo nosso Ramalhão.

Allianz Parque - Palmeiras x Santo André

Aí as modernas bilheterias do setor visitante.

Allianz Parque - Palmeiras x Santo André
Allianz Parque - Palmeiras x Santo André

A WTorre tem a concessão da administração do estádio até 2044 (nunca na minha vida tinha pensado neste ano…) e o Palmeiras fica com toda a grana relacionada ao futebol e ainda recebe uma participação do dinheiro que vier de shows e eventos. E dá pra se fazer muuuuuito dinheiro, já que são 43.713 lugares de capacidade.

Allianz Parque - Palmeiras x Santo André

Chegamos cedo, porque sendo visitantes a nossa chegada se faz inevitavelmente pelo meio da torcida do Palmeiras, e deu pra ver o estádio encher aos poucos.

Allianz Parque - Palmeiras x Santo André

Nós, fizemos o possível, levando ao moderno Allianz nossos apaixonados torcedores tão acostumados aos estádios do interior de São Paulo.

Allianz Parque - Palmeiras x Santo André

Nossa torcida não é muito grande, todos sabem. Mas temos um pessoal muito firmeza e que comparece a todos os jogos seja em casa ou fora.

Allianz Parque - Palmeiras x Santo André

Enquanto aguardávamos o início do jogo, chegavam as primeiras imagens pela TV do nosso time.
Aqui, o nosso xerifão Domingos prometia dedicação total!

Domingos - Santo André - Allianz Parque - Palmeiras x Santo André

O Allianz acabou virando uma verdadeira casa de espetáculos, a prova é que encontramos quem não fosse torcedor de nenhum dos times (esse é um atleta que iria disputar ali uma competição nos dias seguintes).

Allianz Parque - Palmeiras x Santo André

O jogo começa e a casa está cheia! A atmosfera é bacana, mas é bem diferente do que víamos no antigo Palestra.

Allianz Parque - Palmeiras x Santo André

A torcida do Palmeiras comparece, pagando ingressos caros e gerando arrecadações nunca antes imaginadas. Falamos de alguns milhões de reais por jogo.
Mas… A primeira consequência direta disso é que os jogos do Palmeiras se transformaram em um evento caro, sendo cada vez mais difícil para o torcedor comum assistir todos os jogos em casa.

Allianz Parque - Palmeiras x Santo André

Nós, repetíamos o que sempre cantamos “Pode jogar com raça, que na arquibancada, nóis num para não!!!“.

Allianz Parque - Palmeiras x Santo André

Em meio a tanta coisa nova (esse é o tal futebol moderno), tivemos dois problemas não esperados. Primeiro que o Rafa, nosso torcedor cadeirante, simplesmente não teve como ver o jogo consoco, poruqe, pasmem, não existe nenhuma preocupação com a acessibilidade no setor visitantes. Outro ponto que chamou a atenção e conseguimos registrar foi a falta de extintores nos locais em que deveriam estar.

Extintor

Deixando isso de lado… Lá vamos nós em mais uma aventura!

Allianz Parque - Palmeiras x Santo André

O jogo foi muito bom. Perdemos por 3×1. Mesmo assim, nossas esperanças estavam no máximo.

Allianz Parque - Palmeiras x Santo André

Infelizmente, acabamos rebaixados para a série A2, de onde torcemos escapar o quanto antes…

Allianz Parque - Palmeiras x Santo André

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O futebol em Piquete

A cidade de Piquete tem sua história ligada ao exército desde cedo. O próprio nome da cidade vem porque as pessoas chamavam de “piquete” um destacamento militar que ficava na região para cobrança do fisco de quem passava por ali vindo das minas de Itajubá. Piquete - SP Ao fundo, a serra que separa SP de MG e que dá ao horizonte uma beleza sem igual. Piquete - SP Piquete - SP Em 1902,  o exército volta a ser protagonista na história de Piquete, ao definir que ali seria instalada uma fábrica de pólvora sem fumaça. Piquete - SP Logo, chegaria o ramal férreo e com ele, as melhorias que fez da cidade o que ela é hoje. Piquete - SP Piquete - SP Atualmente, a tranquilidade da cidade parece até uma brincadeira pra quem está acostumado com a loucura das grandes metrópoles. Piquete - SP Os casarões do passado ainda podem ser vistos pela cidade. Piquete - SP Piquete - SP A nossa visita à Piquete, tinha como objetivo visitar e registrar o Estádio da Fábrica de Pólvoras e Explosivos Presidente Vargas. Estádio Fábrica de Pólvora e Explosivos Piquete - Esporte CLube Estrela O Estádio da Fábrica de Pólvoras e Explosivos Presidente Vargas foi a casa do time que durante décadas representou Piquete no futebol profissional, o Esporte Clube Estrela. Distintivo do Esporte CLube Estrela O Esporte Clube Estrela foi fundado em dezembro de 1914, como Sport Club Strella. Aqui, um raro registro da época da fundação: Esporte Clube Estrela de Piquete O nome do time vem da “Vila Militar da Estrela”, onde fica a sede do clube. Piquete - SP Assim como muitas equipes, o Estrela começou jogando as competições amadoras, mesma situação dos dias atuais. Aqui, uma foto do time de 1948: Estrela O Estádio foi inaugurado em 1 de maio de 1937 com o nome de Estádio Fábrica de Pólvora e Explosivos Piquete. A fábrica, inaugurada em 1909, produzia pólvora sem fumaça. O próprio diretor da fábrica, o coronel Achilles Veloso Pederneiras, foi o doador da área para o estádio, que ainda hoje mantém o distintivo do Estrela em suas paredes. Estádio Fábrica de Pólvora e Explosivos Piquete - Esporte CLube Estrela Em 1957, o Estrela disputou pela primeira vez o Campeonato Paulista de Futebol, jogando a série A3, conseguindo o acesso já no ano seguinte, quando fez a final da A3 contra o Nevense. Assim, em 1959, disputou uma das mais sensacionais edições da Série A2 (clique aqui e veja como foi), mas acabou rebaixado para a série A3. Neste ano, venceram, por 3×2, uma partida amistosa contra a seleção do Exército, que tinha Pelé entre seus titulares. Estrela x Seleção do Exército - 1959 De 1960 até 1971 jogou a terceira divisão, quando novamente conseguiu uma vaga para a disputa da Segunda Divisão. Este era o time 61: Estrela de Piquete 1961 Esse é o time de 1962: Estrela de Piquete de 1962 Aqui, o de 1965: Estrela de Piquete de 1965 O Estrela jogou ainda a “A2”  de 1972, 1973 e 1975. Por fim, deu adeus ao profissionalismo jogando a quarta divisão de 1977 e se licenciando da Federação Paulista. De lá para cá, o estádio segue de pé, sendo a casa do futebol amador da cidade. Estádio Fábrica de Pólvora e Explosivos Piquete Presidente Vargas

Conversamos com algumas pessoas de Piquete, entre eles o atual dono do bar e zelador do estádio, e o que todos confirmaram é que nos tempos de glória do Estrela, a cidade toda abraçava o time. Muitas pessoas vieram para a cidade pela oportunidade de jogar futebol, mesmo tendo que trabalhar na fábrica. Estádio Fábrica de Pólvora e Explosivos Piquete - Esporte CLube Estrela Vamos dar uma olhada na parte interna do estádio.

A grande rivalidade era contra o Hepacaré, de Lorena que lotava as arquibancadas do Estádio Fábrica de Explosivos. Estádio Fábrica de Pólvora e Explosivos Piquete - Esporte CLube Estrela Estádio Fábrica de Pólvora e Explosivos Piquete - Esporte CLube Estrela Pra se ter ideia geral do estádio, aqui a vista do meio campo: Estádio Fábrica de Pólvora e Explosivos Piquete - Esporte CLube Estrela Aqui o gol direito: Estádio Fábrica de Pólvora e Explosivos Piquete - Esporte CLube Estrela E aqui, o esquerdo: Estádio Fábrica de Pólvora e Explosivos Piquete - Esporte CLube Estrela O Estádio possui três lances de arquibancadas cobertas: Estádio Fábrica de Pólvora e Explosivos Piquete - Esporte CLube Estrela Estádio Fábrica de Pólvora e Explosivos Piquete - Esporte CLube Estrela Estádio Fábrica de Pólvora e Explosivos Piquete - Esporte CLube Estrela Do outro lado um lance de arquibancadas acompanha a lateral do campo no meio campo: Estádio Fábrica de Pólvora e Explosivos Piquete - Esporte CLube Estrela Estádio Fábrica de Pólvora e Explosivos Piquete - Esporte CLube Estrela O gramado segue bem cuidado. Estádio Fábrica de Pólvora e Explosivos Piquete - Esporte CLube Estrela Ao fundo, a natureza mostra sua força e beleza: Estádio Fábrica de Pólvora e Explosivos Piquete - Esporte CLube Estrela Estádio Fábrica de Pólvora e Explosivos Piquete - Esporte CLube Estrela Estádio Fábrica de Pólvora e Explosivos Piquete - Esporte CLube Estrela Algumas placas registram os fatos históricos do Estádio, como sua inauguração: Estádio Fábrica de Pólvora e Explosivos Piquete - Esporte CLube Estrela E suas duas principais ampliações em 1959 e 1974: Estádio Fábrica de Pólvora e Explosivos Piquete - Esporte CLube Estrela Estádio Fábrica de Pólvora e Explosivos Piquete - Esporte CLube Estrela Na hora de ir embora, pudemos fazer uma foto lá do alto (a cidade fica no meio das montanhas): Estádio Fábrica de Pólvora e Explosivos Piquete - Esporte CLube Estrela Vale o registro da camisa comemorativa ao centenário, lançada em 2014: Camisa do Esporte Clube Estreka E na hora de irmos, que tal curtir a serra da Mantiqueira, a caminho de Minas Gerais? Piquete - SP Piquete

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O futebol na cidade paulista de Cruzeiro

Brasão cidade Cruzeiro

Ainda pelo Vale do Paraíba, saímos de Cachoeira Paulista (onde fomos conhecer a história do Cachoeira FC) e chegamos à não menos mítica cidade de Cruzeiro!

Cidade de Cruzeiro (São Paulo)

Cruzeiro fica estrategicamente localizada entre as capitais de São Paulo e Rio de Janeiro, porém, não está às margens da Dutra, como outros municípios vizinhos.

Cidade de Cruzeiro (São Paulo)

A cidade está situada aos pés da Serra da Mantiqueira, próxima da divisa com o estado de Minas Gerais.

Cidade de Cruzeiro (São Paulo)

Cerca de 75 mil pessoas vivem atualmente em Cruzeiro. A história da origem da cidade está ligada à Estrada de Ferro D. Pedro II e por estar na rota do café e do ouro, entre Minas, Rio e São Paulo.

Cidade de Cruzeiro (São Paulo)

Demos o nosso tradicional rolê pela cidade e ainda almoçamos por lá, no Restaurante “Menina Gerais”.

Restaurante Cruzeiro-SP

Na hora de pagar a conta, encontramos o ex-árbitro Paulo César de Oliveira (logo de cara disse que eu torcia pro Ramalhão, relembrando que na primeira final do paulista de 2010 ele deu uma “forcinha” pro Santos).

Paulo César Oliveira - Cruzeiro-SP

Um dos pontos “sinistros” da cidade é o Frigorífico Cruzeiro, que teve importância histórica para a cidade e que atualmente é apenas uma estrutura abandonada.

Frigorífico - Cruzeiro - SP
Frigorífico - Cruzeiro - SP

Tentamos um olhar por dentro, mas a entrada está completamente lacrada…

Cidade de Cruzeiro (São Paulo)

Mas há no Youtube, um vídeo feito por meio de um Drone:

Em sua época áurea, o Frigorífico chegou a ter um time de futebol, o Frigorífico Atlético Clube.

Frigorífico Atlético Clube

O Frigorífico Atlético Clube foi fundado em abril de 1935, e após anos no futebol amador aventurou-se no profissionalismo disputando a série A3 do Campeonato Paulista em 1957 e 1958.

Frigorífico Atlético Clube

Esse prédio que se vê ao fundo, atualmente é essa ruína:

Frigorífico - Cruzeiro - SP

Aqui, duas imagens dos times do Frigorífico AC, na época do amadorismo:

Frigorífico Atlético Clube
Frigorífico Atlético Clube

O site Só Futebol oferece um modelo da camisa para quem quiser voltar no tempo…

Além do Frigorífico Atlético Clube, a cidade contou ainda com 3 times: O Cruzeiro FC, o Expulancex e o União Cruzeirense de Esportes.

O Cruzeiro Futebol Clube, também chamado de “Papagaio do Vale” foi fundado em setembro de 1914. O time passou por várias alterações em seu distintivo:

O Cruzeiro FC teve um primeiro período todo dedicado às competições amadoras, aqui, o time de 1939:

Cruzeiro FC

Aqui o time da década de 40:

Cruzeiro FC

E aqui, o quadro de 1950:

Cruzeiro FC - 1950

Aqui, o time de 1957:

Cruzeiro fc 1957

Somente em 1977, o clube se filiou à Federação Paulista de Futebol e estreou no Campeonato Paulista da Quinta divisão (na época chamada de “Terceira divisão”).
Em sua segunda participação (em 1978), o time sagrou-se campeão.

Cruzeiro FC - 1978

Assim, em 1979, o Cruzeiro disputou a Quarta Divisão (chamada na época de “segunda divisão”) e fez ótima campanha, terminando em 3º lugar, atrás do Fernandópolis e do Jaboticabal.

Em 1981, o “Papagaio do Vale” conquistou mais um título, considerado por muitos o bicampeonato da Terceira Divisão, mas vale reforçar que só a partir de 1980 a terceira divisão passou a valer como o “terceiro nível”.

Cruzeiro FC campeão 1981

Desde então, jogou a série A2 até a edição de 1987.

Cruzeiro FC
Cruzeiro FC
Cruzeiro FC

O time chegou a ter até torcidas organizadas, como a Geração Alviverde:

Cruzeiro FC
Torcida Organizada Cruzeiro FC

No ano seguinte, a diretoria do Cruzeiro Futebol Clube decidiu mudar o foco do clube para as atividades sociais, e assim, permanece até hoje. Demos um pulo nasede social pra conhecer o local.

Cruzeiro Futebol Clube
Cruzeiro Futebol Clube

A estrutura que eles possuem é de dar inveja a muitos clubes grandes.

Cruzeiro Futebol Clube
Cruzeiro Futebol Clube

E ele fica na parte alta da cidade, com uma vista linda:

Cruzeiro Futebol Clube

E ainda guardam alguns tesouros nas paredes, cartazes que anunciavam os jogos do time:

Cruzeiro Futebol Clube
Cruzeiro Futebol Clube
Cruzeiro Futebol Clube

Destaque para um que anuncia o derbi:

Cruzeiro x Frigorífico

E também alguns quadros do time:

Cruzeiro Futebol Clube
Cruzeiro Futebol Clube

Com a saída do Cruzeiro FC, o futebol da cidade passou a ser representado pelo União Cruzeirense de Esportes.

União Cruzeirense de Esportes

O União Cruzeirense foi fundado em fevereiro de 1989 e logo em 1990 passou a disputar o profissional, jogando o Campeonato Paulista da Quarta divisão. Jogou ainda três edições do Campeonato Paulista da série A3 (de 1991 a 1993) e três edições da já extinta quinta divisão (1994, 1995 e 1997).

O time de 91 chegou até a virar time de botão nas mãos de um fã:

União Cruzeirense

Aqui, o time de 1993:

união cruzeirense 1993

Por fim, a cidade de Cruzeiro ainda viu o Expulancex Futebol Clube representá-la nos campos profissionais.

Expulancex

O Expulancex foi fundado em 1961 por trabalhadores da Fábrica Expulancex, que ficava em Cruzeiro e  que produzia acessórios para a industria têxtil.

Embora tenha nascido como um momento de lazer para os funcionários, o time acabou se aventurando no profissionalismo e jogou a quarta divisão do Campeonato Paulista em 1964.

A Só Futebol lançou uma camisa comemorativa ao time, quem quiser comprar, basta acessar o link clicando aqui:

Conhecendo os times, passamos a pesquisar onde eles mandaram seus jogos.

Descobrimos que o primeiro Estádio da cidade era simplesmente chamado de “Ground do Cruzeiro” e foi utilizado a partir de 1915, até o dia em que os donos da área em que ele ficava a pediram de volta.

Para dar sequência ao futebol na cidade, um novo terreno foi adquirido, com a ajuda do Professor Virgílio Antunes de Oliveira e em outubro de 1920 foi inaugurado o Estádio Rosalina Novaes dos Santos (localizado na Av. Major Novaes).

Cartaz Inauguraçao estadio

A fanpage Vila da Nossa Senhora da Conceição do Cruzeiro disponibiliza algumas fotos antigas deste estádio:

Estádio Rosalina Novaes dos Santos - Cruzeiro-SP

É duro imaginar que lá no passado, a cidade de Cruzeiro possuia um estádio tão lindo quanto esse.

Estádio Rosalina Novaes dos Santos - Cruzeiro-SP

Era no Estádio Rosalina Novaes dos Santos que aconteciam os jogos dos times da cidade, entre eles o Cruzeiro FC.

Estádio Rosalina Novaes dos Santos - Cruzeiro-SP

Uma arquibancada que mais parecia uma casa…

Estádio Rosalina Novaes dos Santos - Cruzeiro-SP
Estádio Rosalina Novaes dos Santos - Cruzeiro-SP

O Estádio Rosalina Novaes dos Santos manteve-se de pé até 1955 quando desentendimentos entre a diretoria do clube e do poder público, ela acabou sendo desapropriada.

No lugar, atualmente existe uma praça, conhecida como a “praça nova”, mas com o nome oficial de Dr. Antero Neves Arantes.

Praça Dr. Antero Neves Arantes - Cruzeiro-SP

Com o fim do Estádio Rosalina Novaes, os times profissionais da cidade passaram a utilizar o Estádio Professor Virgílio Antunes de Oliveira e fomos até lá para conhecê-lo.

Estádio Municipal Professor Virgílio Antunes de Oliveira
Estádio Municipal Professor Virgílio Antunes de Oliveira - Cruzeiro - SP

O Estádio fica localizado na

Estádio Municipal Professor Virgílio Antunes de Oliveira - Cruzeiro - SP

Aqui, uma vista aérea mais antiga do Estádio Professor Virgílio Antunes de Oliveira:

Estádio Professor Virgílio Antunes de Oliveira

Vamos dar uma olhada na parte interna!

Diferente do antigo estádio Rosalina, o Virgílio Antunes tem uma capacidade maior, para mais de 4 mil torcedores, distribuidos em seus vários lances de arquibancadas.

Estádio Municipal Professor Virgílio Antunes de Oliveira - Cruzeiro - SP
Estádio Municipal Professor Virgílio Antunes de Oliveira - Cruzeiro - SP
Estádio Municipal Professor Virgílio Antunes de Oliveira - Cruzeiro - SP

O entorno do campo ainda é composto por casas, perceba que ainda não existe nenhum prédio sujando o horizonte.

Ali atrás das arquibancadas fica localizada a Escola Superior de Educação Física de Cruzeiro.

Estádio Municipal Professor Virgílio Antunes de Oliveira - Cruzeiro - SP
Estádio Municipal Professor Virgílio Antunes de Oliveira - Cruzeiro - SP

Opa…. olha ali o primeiro prédio, só pra desmentir nossa afirmação anterior.  O gramado está acima da média se considerarmos que atualmente o estádio serve apenas os jogos amadores.

Estádio Municipal Professor Virgílio Antunes de Oliveira - Cruzeiro - SP

O banco de reservas feito de alvenaria, pronto para receber os times.

Estádio Municipal Professor Virgílio Antunes de Oliveira - Cruzeiro - SP

A arquibancada coberta também mostra-se muito bem cuidada.

Estádio Municipal Professor Virgílio Antunes de Oliveira - Cruzeiro - SP
Estádio Municipal Professor Virgílio Antunes de Oliveira - Cruzeiro - SP

Uma vista do meio campo:

Estádio Municipal Professor Virgílio Antunes de Oliveira - Cruzeiro - SP

Aqui, uma visão do gol esquerdo:

Estádio Municipal Professor Virgílio Antunes de Oliveira - Cruzeiro - SP

E aqui o gol direito:

Estádio Municipal Professor Virgílio Antunes de Oliveira - Cruzeiro - SP

A tribuna de imprensa presta homenagem ao radialista Bechara Boueri, que sempre esteve a frente da Rádio Mantiqueira de Cruzeiro.

Estádio Municipal Professor Virgílio Antunes de Oliveira - Cruzeiro - SP

O estádio ocupa uma área tão grande que atualmente até de estacionamento ele serve.

Estádio Municipal Professor Virgílio Antunes de Oliveira - Cruzeiro - SP

A arquibancada de cimento também mostra-se resistente ao tempo.

Estádio Municipal Professor Virgílio Antunes de Oliveira - Cruzeiro - SP

Enfim, embora o Estádio Professor Virgílio Antunes de Oliveira siga ali, a ausência de times profissionais dá um certo ar bucólico ao local. Consegui conversar com um senhor que estava sentado na arquibancada olhando para o campo e embora ele não tenha permitido um registro oficial ele se mostrou bastante descontente com o rumo que o futebol teve em sua cidade…

Estádio Municipal Professor Virgílio Antunes de Oliveira - Cruzeiro - SP

Hora de ir embora, identificando-se com o porteiro…

Estádio Municipal Professor Virgílio Antunes de Oliveira - Cruzeiro - SP

E sonhando com dias melhores para o futebol de Cruzeiro.

Estádio Municipal Professor Virgílio Antunes de Oliveira - Cruzeiro - SP

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O futebol em Cachoeira Paulista

Ainda no rolê que nos levou a conhecer algumas das cidades do Vale do Paraíba, e consequentemente o registro dos seus estádios e times que fizeram (ou fazem) parte da história do futebol profissional, chegamos à bela cidade de Cachoeira Paulista.

Cachoeira Paulista
Cachoeira Paulista

Olha aí o brasão da cidade enfeitando suas próprias ruas!

Cachoeira Paulista

E lá está a igreja no centro da cidade…

Cachoeira Paulista

Ao contrário do que o nome da cidade indica, não existem muitas cachoeiras por aqui. A mais bacana é a Cachoeira da Bocaina, mas outras opções de turismo podem ser vistas no site da prefeitura.

cachoeira bocaina

Mas o site da Prefeitura traz outras boas opções de passeios como a Estação Ferroviária da Central do Brasil, que era atendida pela Estrada de Ferro D. Pedro II, que ia até o Rio de Janeiro.

Estrada de ferro D. Pedro

As ruas da cidade guardam ainda muitas memórias do futebol profissional…

Cachoeira Paulista

Tudo isso graças ao tradicional Cachoeira Futebol Clube!

Distintivo do Cachoeira Futebol Clube

O Cachoeira Futebol Clube foi fundando em janeiro de 1912 (na época, “Cachoeira Football Club“) e que dedicou décadas ao futebol amador.

Cachoeira FC - década de 40

Diferente de muitos times tradicionais, existem várias fotos do time disponíveis na Fanpage “Cachoeira Paulista Antiga“, como esta acima (da década de 40) e esta abaixo, de 1944, registrada em uma partida em que o Cachoeira FC goleou a Associação Atlética Caçapavense por “míseros” 8×2.

Cachoeira FC
Cachoeira FC

Em 1955, o Juventus combinou um amistoso por lá.

Este é o time de 1956:

Cachoeira FC

O Cachoeira FC disputou 4 edições do Campeonato Paulista da Série A3 em 1957, 1958, 1967 e 1968 e duas edições do Campeonato Paulista da Série B – a Quarta Divisão Paulista – em 1965 e 1966.
Em 1958, disputou o Campeonato do Interior:

Nos anos 70, o time voltou ao amadorismo.
Esse é o time de 1975, em um amistoso:

Cachoeira FC

Conseguimos resgatar alguns cartazes históricos:

Caratz jogo de futebol
cartaz futebol
Cartaz futebol

Atualmente, possui um novo distintivo.

Cachoeira FC

Esta é a sede social, bastante atuante até hoje.

Sede do Cachoeira Futebol Clube

A sede ainda guarda uma recordação ainda mais bacana: o portão do estádio com as inscrições do nome do time.

Cachoeira FC

O futebol ainda fala alto no clube.

Cachoeira FC

A sede fica ao lado do antigo Estádio João Gomes Xavier, que ainda preserva seu campo, onde o time segue existindo, seja no amador seja nos veteranos!

Cachoeira FC

O nome do Estádio João Gomes Xavier é uma homenagem a um esportista do passado (era também professor, industrial e filantropo).

Estádio joão Gomes Xavier - Cachoeira FC - Cachoeira Paulista

E mesmo sofrendo uma série de alterações, seu nome segue lembrado, ainda que as pessoas se refiram ao lugar mais como “Cachoeira Futebol Clube“.

Estádio joão Gomes Xavier - Cachoeira FC - Cachoeira Paulista
Estádio joão Gomes Xavier - Cachoeira FC - Cachoeira Paulista

Essa é a parte de traz do estádio que citamos no vídeo.

Estádio joão Gomes Xavier - Cachoeira FC - Cachoeira Paulista

Atualmente, o campo está cercado por casas e pelo comércio. Não teve jeito… A cidade cresceu e infelizmente não conseguiu manter o futebol profissional coexistindo.

Estádio joão Gomes Xavier

Mas o campo segue vivo, como se a cor vermelha do sangue se desse a liberdade de tornar-se verde e tingir a paisagem da cidade, nem que seja pra gritar baixinho “Ainda estou vivo!”.

Estádio joão Gomes Xavier - Cachoeira FC - Cachoeira Paulista
Estádio joão Gomes Xavier - Cachoeira FC - Cachoeira Paulista
Estádio joão Gomes Xavier - Cachoeira FC - Cachoeira Paulista

A inscrição na parede relembra o centenário, de 7 anos atrás.

Estádio joão Gomes Xavier - Cachoeira FC - Cachoeira Paulista

O distintivo também insiste em manter a lembrança do profissionalismo viva!

Estádio joão Gomes Xavier - Cachoeira FC - Cachoeira Paulista

Quem sabe o futuro não reserve alguma surpresa, até quem sabe renovando os votos de amor ao clube, como foi feito com o time de futebol de botão do Cachoeira Futebol Clube.

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