Puxa, tanto que a gente viaja pra registrar estádios pelo Brasil e mundo afora e acabamos deixando de visitar os estádios, aqui do ABC. Por isso, o post de hoje começa a cumprir esta missão, por um estádio de São Bernardo do Campo.
São Bernardo do Campo é a cidade mais populosa do ABC, com cerca de 880 mil pessoas, e uma história muito importante pra região, já que inicialmente abrangia todas as atuais cidades do Grande ABC. Neste mapa da região metropolitana dá pra ter ideia do que seria uma cidade única no ABC:
Vale lembrar que foi em São Bernardo que futebol, política, economia e sociedade se interligaram, durante as greves dos metalúrgicos, em pleno regime militar, o Estádio 1º de Maio (na época, Estádio Distrital da Vila Euclides) foi a sede do comício que reuniu milhares, colaborando diretamente com o movimento das “Diretas já“, tendo como uma das lideranças, o futuro presidente Lula.
O segundo fato relativo à cidade é a cena cultural formado pelas bandas de hardcore com sonoridade próxima das finlandesas (vai ouvir Rattus, ou Força Macabra, pra entender), das quais escolhi o Ulster para ilustrar, por se tratar de uma banda antiga (de 1979), importante e impacatante. Mas poderíamos lembrar do Brigadas do Ódio, Ação Direta, Negative Control, F.D.S., entre outras.
O nome “Ulster” é uma referência à cidade irlandesa onde atuava o grupo terrorista IRA. Além do som rápido, agressivo e barulhento, eles tocam com um visual bem diferente, com rostos cobertos por um capuz negro.
Nosso foco hoje é falar do estádio de um dos times de São Bernardo do Campo que disputou o Campeonato Paulista Profissional: o Grêmio Esportivo Taboão. Mas o futebol do ABC tem outros times e outras histórias, caso queira conhecer mais, veja aqui o Mapa do Futebol no ABC, desenhado pelo Victor Nadal.
O Grêmio Esportivo Taboão foi fundado em 20 de janeiro de 1969, mas na verdade o time deu sequência ao legado do Esporte Clube Taboão, fundado em 1947. O time disputou seis edições da terceira divisão do Campeonato Paulista, de 1982 a 1987. Aqui, os resultados de sua participação em 1984, da qual não passou da segunda fase:
Aqui, os resultados de 1985, quando o Grêmio Esportivo Taboão não passou da primeira fase:
Em 86, mais uma vez o time não passou da primeira fase da terceira divisão, com os resultados:
Alguns recortes de jornal fornecidos pelo Dagoberto, do atual time:
Além disso, o GE Taboão disputou três edições da quarta divisão, entre 1988 e 1990. Aqui, a tabela de jogos da 4ª divisão de 1989 (antes que você pergunte, não só a mídia, mas a própria federação chamava a 4a divisão de “Terceira” porque a primeira divisão era chamada de “especial”:
Aqui, uma foto do time:
Nessas competições o time teria utilizado algumas vezes o Estádio do Baeta, mas também mandou os jogos no seu Estádio. E fomos até lá, no bairro do Taboão, conhecê-lo!
Aqui uma olhada no meio campo:
Aqui, o gol do lado esquerdo (pra quem está na arquibancada):
Aqui, o gol do lado direito:
O time ainda segue jogando no amador, como se pode ver:
Em suas arquibancadas, há capacidade para pouco mais de mil torcedores:
O belo distintivo do Grêmio Esportivo Taboão está ali na parede!
A foto é olhando pelo outro lado do campo, e fomos até lá conferir essa vista!
Os bancos de reserva:
Uma visão de dentro dos bancos:
Pode se perceber que o bairro do Taboão segue crescendo e se verticalizando…
É sempre bacana olhar o nome do time ali na parede.
O campo do Taboão segue no meio do bairro, entre uma parte mais urbanizada e um córrego, junto a um piscinão. Não é o cenário mais lindo do mundo. Mas, o futebol ajuda a mudar essa percepção.
O Grêmio Esportivo Taboão ainda é motivo de orgulho e alegria de um monte de gente envolvida com o time.
Mesmo que se sinta espremido por entre o bairro que insiste em crescer, o terrão e a arquibancada seguem firmes.
Pra não deixar a gente esquecer que tudo tem sua história. E, felizmente, tem futuro.
O futuro do Grêmio Taboão segue sendo escrito pelas ações dos atletas e do pessoal que coordena o time.
Talvez não vejamos o time de volta ao profissional. Mas o leão seguirá empunhando a bola, firme e forte.
E o campo seguirá resistindo ao cimento…
Um grande orgulho registrar esse estádio que levou o futebol do bairro do Taboão para a história do futebol profissional paulista!
Para esse post contei com a ajuda de várias pessoas, em especial do amigo e historiador do Ramalhão, Alexandre Bachega! Valeu, Ale!
O Estádio Municipal de Santo André foi construído pela Júlio Neves (até hoje eles citam o projeto no site deles) e inaugurado em 15 de novembro de 1969, com um amistoso entre o Santo André FC e o Palmeiras (na época, o campeão da Taça Roberto Gomes Pedrosa).
O Santo André FC, na época apelidade de “Canarinho” por conta de seu uniforme, prometia uma partida defensiva!
Olha aí a cor do uniforme:
O resultado não foi lá muito favorável para o time local, mas a festa valeu a pena!
Pra quem gosta de fichas técnicas, segue a desta partida, com 3.034 pagantes, embora muitos convidados entraram sem pagar…
Na preliminar deste jogo, houve uma partida entre duas forças do futebol amador da região: SE Humaitá 1×0 Vila Bela, com gol de João Carlos, o responsável pelo primeiro gol no Brunão.
O Chicão já nos levou ao Estádio pra descrever o gol do Humaitá, o primeiro gol do Estádio, veja:
A primeira parte a ser entregue foram as arquibancadas cobertas.
Ainda hoje, o bairro ao redor do estádio tem poucos prédios, mas, na foto abaixo é de uma época em que eram 100% casas!
Nunca houve um consenso sobre a capacidade exata do setor das numeradas do Brunão, porque além das cadeiras existiam alguns espaço comuns que em épocas de pouco controle, poderiam ser ocupados…
Mas na época da inauguração, a capacidade oficial era estimada em 6 mil torcedores.
Somente em 10 de outubro de 1973, o estádio mudaria seu nome, como homenagem a Bruno José Daniel, que foi goleiro do Primeiro de Maio FC, depois vereador e Prefeito de Santo André e que faleceu jovem, aos 51 anos, menos de um mês após a inauguração do estádio.
O passo seguinte para a ampliação do Estádio Municipal Bruno José Daniel foi a construção da imponente arquibancada descoberta!
Começaram a ser construídas em 1976 e foram inauguradas em 1977 em um amistoso entre o Santo André e a Seleção da Bulgária, que terminou em 0x0.
Um resumo das atuações na partida:
Mais do que o resultado dentro do campo, o que foi bom mesmo foia arquibancada…. Veja, que linda!
Não tive acesso a nenhum documneto oficial que comprove a capacidade da arquibancada descoberta, mas estima-se que suportava 16 mil pessoas na época. Dessa forma, a capacidade total do Estádio Bruno José Daniel era de 22 mil torcedores.
Mas, essa informação varia para mais (há quem diga em 24 mil) e para menos. Fato é que o recorde de público presente aconteceria em setembro de 1983, num 0x0 contra o Corinthians (último jogo de Zé Maria pelo alvinegro).
Foram 19.189 pagantes oficialmente, mas houve mais de 4 mil pessoas (entre menores e outros) que não pagaram ingresso totalizando um público de mais de 23 mil pessoas. Novamente a Placar, em uma edição de 1987, cita o tema:
Em 1980, veio a inauguração dos refletores do Estádio, num amistoso que perdemos de 2×1 para o Santos. Nesse jogo o Ramalhão contou com um grande reforço: o craque Ademir da Guia disputou o início da partida com a camisa Ramalhina!
O jornalista e torcedor do Ramalhão, Vladimir Bianchini fez uma entrevista com o “divino” sobre o fato:
O Santo André jogou com Milton; Zé Carlos, Luiz Cesar, Alemão e Roberto; Ademir da Guia (Mazolinha), Arnaldinho e Cunha (Neco); Volnei, Zezinho e Bona.Técnico: Luiz Carlos Fescina.
Dessa forma, o Estádio passou por um longo período sem grandes obras e acabou se tornando conhecido e querido não só pela torcida local como pelos visitantes.
Porém, nem o mais entusiasmado torcedor daqueles já distantes anos 80, iriam acreditar, mas em 2004, com a conquista da Copa do Brasil, o EC Santo André confirmava pela primeira vez na história sua participação na Copa Libertadores de América, como se pode ver nessa linda foto da Gazeta Press:
E fez se do Brunão, um caldeirão!
Mas para poder receber a disputa, o “Brunão” (o Estádio Bruno José Daniel já se fazia íntimo do torcedor há tempos) ganhou, temporariamente um aumento da sua capacidade. Na época, o amigo Thiago Fabri foi até o estádio assim que as arquibancadas ficaram prontas e fez essas fotos pros Ramalhonautas.
O cálculo da capacidade do Estádio nesse momento era difícil, porque haviam sido alterados os padrões e a capacidade inicial havia sido reduzida para 18 mil, estima-se que com as duas arquibancadas, chegou-se novamente a 20 mil lugares.
Essas arquibancadas nunca foram utilizadas. Foram feitas só pra cumprir uma obrigação.
Assim que o Santo André saiu da Libertadores, as arquibancadas tubulares foram desmontadas, voltando ao “padrão” que todos haviam se acostumado.
Tudo estava em paz até que em 2011 um burocrata teve uma ideia: Vamos derrubar aquela marquise, porque aquilo deve estar perigo…
O então Prefeito de Santo André, Dr. Aidan Ravin (PTB), anunciou uma “grande reforma do Brunão”. E assim, começou o inferno da nossa torcida.
Nunca ficou provado que era tecnicamente necessária a demolição da marquise. Estivemos lá às escondidas para registrar a demolição e recolher alguns pedaços de recordação…
O Santo André precisou atuar em cidades vizinhas como: São Caetano do Sul, São Bernardo do Campo, Mauá e até em Araras e dentro de campo as coisas também foram mal… seguidos rebaixamentos no campeonato brasileiro e no estadual.
A resposta do torcedor foi dada nas urnas, e Aidan, que vinha com grandes chances de se reeleger viu sua carreira política ruir, como ruiram nossas arquibancadas.
Até música o Visitantes (a banda rockeira do Santo André) fez sobre esse difícil momento:
Somente em 2013, o novo prefeito (Carlos Grana / PPT) reabre o estádio com a presença dos seus torcedores.
Aos poucos as obras trouxeram um novo Bruno José Daniel, no lugar da antiga e vistosa marquise, em 2015 conhecemos uma nova arquibancada descoberta.
Em abril de 2017, voltamos a ter um sistema de iluminação.
Agora, podemos ter jogos noturnos novamente!
Por fim, o último movimento do Estádio foi receber as tendas da Prefeitura e transformar-se em um hospital de Campanha durante a pandemia do Covid 19.
Pode se dizer que o Estádio Municipal Bruno José Daniel fez mais do que a sua parte na vida dos andreenses…
Atualização: após a pandemia, o Estádio Municipal Bruno José Daniel recebeu uma grande mudança: a troca do gramado natural por artificial. Dê uma olhada em como foi a época das obras:
último post sobre o nosso rolê por Portugal!
Já dividimos com você nossa passagem por Lisboa, Leiria, Coimbra,Aveiro, Santarém, Fátima, Vouzela e Viseu, Nazaré, Óbidos e Queluz, além de ter feito quase “ao vivo” um post sobre o jogo entre o Estoril e o Feirense.
Hoje vamos finalizar falando da nossa estadia em Carvalhal da Azoia, Sintra e Estoril!
O nosso rolê começou com um fato inusitado… O Rio Mondego teve uma grande cheia, impedindo sua travessia em alguns pontos. E não é que ao chegarmos ao povoado de Montemor o velho, já quase em Carvalhal da Azoia encontramos tudo parado?
Mas, para nossa alegria, o trânsio só estava suspenso momentaneamente por conta de uma visita especial…
Dessa vez, como ele estava visitando os pais, em Carvalhal da Azoia, fizemos questão de conhecer a sua aldeia, que fica no concelho de Soure. O lugar é mágico e essencial pra quem quer tirar do coração toda a tristeza urbana das grandes capitais!
Embora seja um povoado bem pequeno, quem disse que não tem uma igreja histórica por lá? Essa é a Capela da Nossa Sr.ª dos Aflitos:
E desde já fica aí nosso agradecimento à família dele pela recepção 🙂
Passear por Carvalhal da Azoia significa um rolê de poucos minutos, até se caminhar por todas as ruas, como se você tivesse voltado ao século passado, quase sem carros, sem barulho, o ser humano interagindo diretamente com a natureza …
Só que o passeio acabou ficando muito mais longo porque, mesmo sendo poucas pessoas, todos (sim, todos) os moradores conhecem o Vasco e não o viam há muito tempo. A consequência foram taças e mais taças de vinho, em casas de pessoas que nunca tínhamos visto antes…
O fim do dia foi um verdadeiro espetáculo da natureza!
No dia seguinte, antes de irmos embora, o Vasco nos levou a Montemor-o-Velho para conhecer o Castelo que tem referências documentais desde o século IX.
Tempos depois, o Rei Fernando Magno de Leão entregou o castelo ao Conde Sesnando.
Não há futebol em Carvalhal da Azoia, mas tudo bem. A amizade e a natureza foram mais do que suficiente para que a felicidade enchesse nossos corações e nos levasse à próxima parada: a cidade de Sintra!
Lá, vale a pena destacar o rolê por dois lugares, o primeiro deles, o Palácio Nacional da Pena, construído no estilo romântico, já no século XIX.
Desde 1995, o Castelo é Património Mundial da UNESCO.
O Palácio da Pena é bem diferente dos castelos que acostumamos a ver. É colorido, multicultural, parece ter sido reconstruído várias vezes (e foi). Pode ser dividido em quatro partes: as muralhas, o castelo em si, o Pátio dos Arcos frente à capela, com a sua parede de arcos mouriscos e a a zona palaciana.
Se você olhar a foto acima, perceberá um detalhe meio sinistro… Trata-se de Tritão, monstro mitológico meio homem, meio peixe, sinistro hein?
Levei a bandeira do Ramalhão para mostrar que esteja onde estiver, sempre nos lembraremos de quem somos!
O outro lugar mágico de Sintra é o Castelo dos Mouros.
Na verdade, é um castelo em ruínas que fica no alto da Serra de Sintra, no meio da floresta.
O castelo foi contruído a partir do século VIII, época da invasão de Portugal pelos Mouros Muçulmanos do Norte da África, mas acabou abandonado com a reconquista cristã e restaurado no século XIX pelo Rei Fernando II.
Crónicas árabes dizem que Sintra era uma região muito rica em campos de cultivo e o Castelo dos Mouros foi um dos castelos mais importantes nesta região.
Quem recuperou o castlo foi o rei Afonso VI de Castela, em 1093 mas os muçulmanos o recuperaram nos anos seguinte. Depois, a segunda cruzada, em 1147 finalmente colocou o castelo nas mãos dos cristãos portugueses.
O Castelo dos Mouros estava destinado a ser esquecido até que o Rei Fernando II, um apaixonado pela Idade Média ordenou sua reconstrução.
E pra chegar lá é só subir a montanha, numa caminhada cansativa, mas prazeirosa.
Mas… Além dos castelos, Sintra também tem muito futebol. A começar pelo Sintra Football.
A história do time é muito louca!
O Club Sintra Football foi fundado por um jogador de futebol (Dinis Delgado, atual presidente do clube) e dois amigos, em 27 de agosto de 2007.
E mesmo sendo um time novo, já coleciona vitórias, sendo atualmente um dos clubes com mais acessos na última década e em Portugal, e por hora, sem nunca ter sido rebaixado!
Claro que o time enfrentou (e ainda enfrenta) mil e uma dificuldades de estrutura e financeira, como por exemplo, não ter seu Estádio.
Por enquanto, o Sintra joga no campo da AD Oeiras, o Estádio Municipal de Oreiras, mas já jogou também no Estádio 1º de Dezembro, e no Estádio do Real SC.
Normalmente o time joga para uma média de 300 torcedores, que é um ótimo público para as competições de acesso (eles já subiram do dsitrital para o Campeonato de Portugal), incluindo o Ultras 2007.
Outro time da cidade é o Sport União Sintrense.
Fundado em 7 de Outubro de 1911, o Sintrense também disputa as categorias de acesso do futebol português e manda seus jogos no seu próprio estádio (eles chamam de Estadio do Sport União Sintrense).
Veja algumas fotos do excelente site “O gol”, de Portugal.
Mais informações, você pode acessar o site deles: www.susintrense.pt
Por fim, a Sociedade União 1º Dezembro.
A Sociedade União 1º Dezembro foi fundada em 1 de Dezembro de 1880!!!!!! Um time do século XIX, é mole?
Já disputou a 3ª Divisão do nacional e atingiu a quarta eliminatória da Taça de Portugal contra o Sporting Clube de Portugal.
Mandam seus jogos Estádio Conde Sucena. Dá pra ver as fotos do Estádio novamente no site “O gol”
E asssim, chegamos à última cidade do nosso rolê: Estoril
Na verdade estivemos em Estoril e CasCais, que é a cidade vizinha, colada mesmo à Estoril e que também possui uma linda praia.
A gente só tem o fim de ano pra conseguir viajar, isso significa que só conhecemos o inverno europeu, por isso, ver o sol na praia é algo animador!
Tinha até uma galera pegando um mar…
É interessante essa mistura entre castelos e o litoral!
Em Estoril, uma das razões da cidade ser bem visitada é o “Casino Estoril“:
O litoral é bem diferente do Brasil, mas é muito bonito!
Essa é a piscina oceânica… Uma piscina formada pela água do mar. Pena que não tava tããão quente…
Deu até pra curtir um rolê romântico e pegar um por do sol…
Falando sobre o futebol e Estoril, a cidade é representada no profissionalismo pelo Grupo Desportivo Estoril Praia.
O Grupo Desportivo Estoril Praia foi fundado em 17 de Maio de 1939. Desde 2000, constituiu uma SAD (empresa de direito privado), tema que gera miuta polêmica entre os torcedores portugueses.
O time manda seus jogos no Estádio António Coibra da Mota.
E fizemos questão de visitá-lo num dia normal, sem partida. Mais uma bilheteria pra nossa coleção:
Olha que legal a pixação ao lado do estádio: “Apoia a tua equipa local”.
No dia da nossa visita encontramos alguns torcedores locais acompanhando o treino.
Aliás, graças a nossa visita ficamos sabendo que dias depois teria uma partida (a que a gente foi assistir).
O Estádio António Coimbra da Mota foi inaugurado em 1 de Janeiro de 1939 e tem capacidade para 8 mil torcedores.
O time do Grupo Desportivo Estoril Praia é chamado de “Canarinhos”, uma referência ao seu uniforme e homenagem à selecção brasileira.
O Estoril Praia já chegou a jogar a 1.ª divisão, a primeira vez, na temporada 1944/45, quando meteu um 8×1 no F.C. Porto, mas atualmente, após acessos e descensos, o clube vem jogando a segunda divisão de Portugal, para a alegria dos seus Ultras.
Mas o Estoril Praia chegou a jogar a Liga Europa da UEFA de 2013–14, jogando a fase de grupos ao lado do FC Slovan Liberec, o SC Freiburg e o Sevilla Fútbol Club. E na temporada seguinte , defrontando PSV Eindhoven, Panathinaikos e Dínamo de Moscovo.
Olha um dos adesivos deles lá no estádio, pra quem acha que tem espaço no futebol pra xenofobia…
Esse é o gol do lado direito.
Este o do lado esquerdo:
E o meio campo:
O estádio possui uma área central coberta e um grande anel descoberto em torno do campo.
Que golaço, essa visita!
Assim, prometemos que voltaríamos pro jogo e… dito e feito! Clique aqui e veja como foi.
Pudemos conhecer ao vivo os Ultras do Estoril!
E tem punk aê?
O amigo Calhal diz que sim!
Além do GD Estoril Praia, a cidade ainda conta com o União Recreativa e Desportiva de Tires (URD Tires).
O URD Tires foi fundado a 8 de Dezembro de 1962 e disputa o Distrital, quarto escalão da região de Lisboa. Manda seus jogos no Estádio Dr. A. F. Santos Neves, com capacidade para 600 torcedores.
Bom, pessoal, aqui chegamos ao fim do nosso rolê por Portugal.
Muitas experiências incríveis, estádios, natureza, um doce melhor que o outro, várias pessoas incríveis…
E agora seguimos no dia de hoje, 8 de Maio de 2020, em plena quarentena, sem previsão de quando poderemos fazer um role desses de novo.
Primeiro por conta do Coronavirus que nos obriga ao isolamento social (necessário para o controle da pandemia) e segundo porque sabe-se lá quando conseguiremos juntar o dinheiro necessário pra uma viagem dessas.
Assim, se por acaso você estiver lendo isso já no futuro, quando escaparmos dessa situação, faça aí o seu comentário sobre o que mudou e se já podemos viajar pra ver um jogo, nem que seja pra uma cidade pertinho…
Abraços a todos e em especial ao bom povo português!
Júlio Bovi Diogo e o Rodolfo Pedro Stella Jr gostam de desafiar a lógica de mercado, os conselhos dos amigos, a recomendação dos mais centrados e seguem apostando suas forças, grana e energia na publicação de livros…
Mas, cá entre nós… Que baita livro!
Trata-se da “História da 2a divisão no Futebol Paulista”, o segundo volume desta publicação que levanta dados essenciais para jornalistas, pesquisadores e torcedores mais fanáticos sobre a atual Série A2, nesse caso, de 1978 a 1990.
São fichas técnicas completas, equipes participantes, classificações, foto do time campeão em 320 páginas, no formato A4 (21cm x 29,7 com).São poucos exemplares, por isso, os interessados entrar em contato com Júlio Diogo pelo email –juliodiogo@litoral.com.br.
Lisboa, Leiria, Coimbra,Aveiro, Santarém, Fátima, Vouzela e Viseu, além de um post sobre o jogo entre o Estoril e o Feirense, agora é hora de falar um pouco sobre nosso rolê por Nazaré, Óbidos e Queluz.
Tivemos pouco tempo para essas cidades, e acredite o rolê por lá é muito legal… Então, confesso que dei muito pouca atenção e tempo ao futebol, mas nada que um pouco de pesquisa não nos ajude…
Começamos falando de Nazaré, a cidade conhecida como paraíso dos surfistas de ondas gigantes!
Mas nem só de ondas gigantes vive Nazaré, a cidade também tem um monte de coisas legais pra serem visitadas, como o Mercado Municipal.
O nuestro hermano Checho, de Buenos Aires iria quedar loco con essa Vespa:
Basciamente a praia de Nazaré é dividida em duas partes pelo Miradouro do Suberco, assim de um lado temos a praia de Nazaré, essa da foto abaixo (que tem ondas pequenas) e a praia do Norte (onde ficam as ondas gigantes):
Dá pra subir lá de carrro, ou pelo elevador turístico.
Uma vez lá em cima… Aproveite a vista!
Embora fosse inverno em Portugal, que é a época das ondas gigantes, achei que as que a gente viu, não eram aquelas assustadoras…
Olha a praia de Nazaré, lá do outro lado…
Aqui dá pra ver como o mar é dividido em duas praias:
Deu até pra fazer pose…
Lá em cima, tem ainda um museu do surfe (vários brazucas são lembrados ali).
Um visual único! Aqui dá pra ter ideia do tamanho delas comparadas a um surfista:
É um paredão d’ água….
E um paredão rochoso também…
Um lugar pra ficar na memória!
Mas Nazaré, também tem futebol! Conheça o Grupo Desportivo Nazareno!
Fundado em 03 de setembro de 1924, o Grupo Desportivo Nazareno manda seus jogos no Estádio Municipal da Nazaré.
O distintivo dos Nazarenos está ali reforçando o amor pelo time da cidade.
Atualmente, o time disputa o Campeonato distrital da Associação de Futebol de Leiria.
Este é o time que jogou a temporada de 2017/18:
O Estádio Municipal de Nazaré tem capacidade para quase 5 mil torcedores.
Vamos dar uma olhada no entorno do estádio, antes de irmos embora…
Nossa próxima parada (onde passamos a noite) foi a misteriosa cidade murada de Óbidos.
Na verdade, Óbidos é uma vila portuguesa, do distrito de Leiria e é um lugar mágico. A princípio a gente só ia passar por lá, mas decidimos dormir na cidade uma noite pra sentir o clima, e o hotel já ajudou a gente a entrar no clima:
Além dos apetrechos tinha um modelo de soldado das cruzadas.
Desde 2007, o Castelo de Óbidos é considerado um dos monumentos mais relevantes do património arquitetónico português. E não é por menos, se liga no visual:
O nome Óbidos não tem nada a ver com “óbitos”, mas sim “ópido”, que significa “cidadela”, ou “cidade fortificada”. E os muros não a deixam mentir…
O lugar esteve nas mãos dos Mouros até 1148, quando passou para as mãos dos cristãos e se tranformou, séculos depois nesse lugar turístico, praticamente adormecido no tempo.
Nosso hotel ficava fora da muralha (bem mais barato), mas da área externa podiamos ver o castelo.
Mas ainda restam lembranças dessa história…
Aqui, a diversão é andar pelas ruelas dentro das muralhas e tomar ginja (um licor de cerejas portuguesas que vem dentro de um copinho de chocolate).
Óbidos tem um monte de doces gostosos!
Em 2015, a UNESCO considerou Óbidos como cidade literária, e o resultado foram várias livrarias nos lugares mais doidos possíveis.
Assim, rolou a reabilitação de espaços degradados transformados em livrarias. Até a Igreja de Santiago se transformou em uma livraria!
Olha ela por fora:
Também passamos pela Igreja Santa Maria, a Matriz de Óbidos, cuja história se inicia láááá no período visigótico, sendo sido convertida em mesquita durante a época muçulmana e reconvertida para o cristianismo após D. Afonso Henriques ter conquistado a vila, em 1148.
Não deu tempo pra conhecer o estádio local, a casa do Óbidos Sport Clube.
O time foi fundado em 1925, este é o elenco de 2019:
Achei no Face deles mais umas imagens do time:
O Óbidos Sport Clube manda seus jogos no Estádio Municipal de Óbidos.
O estádio tem capacidade para 3 mil pessoas.
E fica numa área mais distante de onde estávamos:
Nossa próxima parada foi a cidade de Queluz, para conhecer o Palácio de Queluz:
Foi neste palácio, mais precisamente neste quarto (o quarto é chamado D Quixote) onde nasceu e morreu D Pedro I:
O Palácio é um verdadeiro museu, com diversos materiais e decorações do século XIX.
E fica numa área que é um verdadeiro parque.
O ambiente interno é realmente uma volta ao passado!
E as estátuas do lado de fora são no mínimo…. curiosas!
Eu estava lendo a biografia de D. Pedro I e por isso o passeio foi bem esclarecedor.
Por falar em D. Pedro I, olha ele aí!
E aqui, o pai dele, D João:
Também não tivemos como conhecer o futebol local e o time do Real Sport Clube, cujo nome é uma homenagem ao Palácio Real de Queluz, mas fica aí nossa homenagem a mais um time das divisões de acesso de Portugal.
O Real Sport Clube nasceu da fusão de dois times, em 1995: o Grupo Desportivo de Queluz (este fundado em 1951) e o Clube Desportivo e Recreativo de Massamá e manda seus jogos no Complexo Desportivo do Real Sport Clube, com capacidade para 3.600 torcedores, quem sabe numa próxima vez possamos conhecê-lo ao vivo!
Lisboa, Leiria, Coimbra,Aveiro, Santarém e Fátima, além de um post sobre o jogo entre o Estoril e o Feirense vamos falar sobre um lugar mágico pra nós: Vouzela.
Uma cidade pequena, mas cheia de história…
Pra nós, a maior importância de Vouzela, é que ela é terra de João Ramalho, que fundou a vila de Santo André, além de ter casado com a índia Bartira e assim constituir uma importante união com o povo indígena da região, além de ser o mascote do EC Santo André.
Vouzela é uma vila portuguesa do distrito de Viseu, onde vivem cerca de 10 mil pessoas.
Surge da separação do Distrito de Lafões, em 1836 em duas cidades (Vouzela e São Pedro do Sul) e seu nome vem do encontro de dois rios: o Vouga e o Zela.
Vouzela é chamada de “o Coração do Centro”, e é uma cidade bem diferente. Pequena, mas com muita personalidade.
A origem da povoação do local remota ao século XI, embora tenham encontrado fragmentos de cerâmica romana que comprovaria uma povoação anterior.
Uma das mais antigas construções é a Igreja de Nossa Senhora da Assunção, a Matriz de Vouzela, que teria funcionado como mosteiro anteriormente.
Ali do lado da igreja, ali, em cima do meu ombro direito, tem uma lojinha de doces…
E lá (e em outro lugares) vendem-se os deliciosos “Pasteis de Vouzela”:
Caminhar pela cidade é encontrar paisagens bucólicas, uma verdadeira volta ao passado…
Existia uma linha de ferro que levava o trem até a cidade, e embora esteja desativada ainda mantém a maria fumaça em exposição.
Ao fundo a ponte por onde a estrada de ferro chegava à cidade.
Ali dá pra ver como tudo é pertinho…
Outra igreja antiga é a da Misericórdia, que começou a ser construída em 1593.
Ali bem perto, está a Torre de Vilharigues, uma das torres medievais remanescentes na região.
A gente ficou num hotel chamado “Hospedaria Casa Museu“, bem legal!
E olha que lindo por do sol a gente pode curtit por lá…
Mas a nossa missão em Vouzela era mais do que registrar o futebol local. Estávamos munidos de bandeira, camisa e uma carta em nome do presidente do EC Santo André, homenageando a cidade e apresentando o clube, que tem João Ramalho como mascote.
Assim, lá fomos nós para a câmara municipal, entregar esse material para os representantes oficiais da cidade (o “prefeito” estava em férias, então combinamos de entregar para uma vereadora).
E, claro, registramos o momento da entrega para a Carla.
Acabamos ganhando uma carona até o Parque Desportivo Municipal das Chãs.
O Estádio Municipal das Chãs é a casa da “Associação Os Vouzelenses“.
A Associação Os Vouzelenses foi fundada em 1930, sendo o clube mais antigo da região.
O time nasceu como um “parceiro” do Sporting, de Lisboa, tanto que por muitos anos jogaram de verde e branco como o time da capital. Aqui, uma das primeiras formações:
O time atualmente joga a primeira divisão do Campeonato Distrital (na AF Viseu) e possui uma página ativa no Facebook, para quem quiser maiores informações. Mas, vamos conhecer a sua casa!
Demos um jeito de fazer umas fotos lá dentro, mesmo que a visão esteja um pouco restrita pela neblina.
O campo tem uma bela arquibancada coberta em uma das laterais.
Olha como tava o campo na hora da visita:
Mais um momento histórico, vendo o brasão de Santo André em campo lá em Vouzela!
Uma pena que a única época do ano que podemos viajar é o fim do ano, o inverno europeu… Em épocas mais quentes (e claras), aqui veríamos o gol da esquerda.
E aqui, o da direita!
Com a missão cumprida em Vouzela, decidimos dar um pulo na vizinha Viseu, mais uma linda cidade de Portugal. Ali no centro histórico, há uma estátuda de Dom Duarte I, o rei de Portugal que faleceu após uma tentativa frustrada de invadir Tânger, em Marrocos.
A cidade tem um grande centro comercial e bastante trânsito. Tanto que chegamos a nos perder pelas várias rotatórias que existem…
Passamos pela Igreja dos Terceiros de São Francisco, um templo da segunda metade do século XVIII.
Passamos ainda pela Diocese de Viseu, que data do século VI…
Ea Capela de Nossa Senhor dos Remédios. Sim, passear por Portugal envolve muitas visitas à Igrejas.
Também tem muita construção histórica em Viseu, como a “Porta do soar”, um trecho da antiga muralha da cidade.
E o futebol também se faz importante na cidade, por meio do Acadêmico de Viseu Futebol Clube.
O Académico de Viseu CC foi fundado em 1914, como Clube Académico Futebol Clube e já participou em 4 campeonatos da Primeira Divisão Nacional graças a um processo de integração com a “Associação Grupo Desportivo Farminhão“.
Depois de 2 temporadas no distrital o Académico de Viseu FC subiu à III Divisão Nacional em 2009, depois, em 2013 obteve o acesso à Segunda Liga. O time manda seus jogos no Estádio Municipal do Fontelo.
Mais uma bilheteria pra nossa coelção!
O Estádio Municipal do Fontelo fica no Parque Desportivo Municipal do Fontelo, na região central da cidade de Viseu.
O estádio foi inaugurado em 12 de junho de 1928, e em novembro daquele ano recebeu seu primeiro jogo oficial. É um estádio muito bonito, com uma cor laranja que dá a ele uma baita vida. Gostoso estar ali!
A arquibancada coberta e a área para a imprensa ficam em uma das laterais do campo.
O estádio chegou a ter capacidade para cerca de 30.000 torcedores, mas atualmente limita-se a 12.000. Vamos dar uma olhada no vídeo que fizemos lá dentro:
O estádio possui uma bela pista de atletismo com piso sintético.
A arquibancada circunda o campo todo.
Sem dúvidas, o estádio merece receber os jogos da primeira divisão! Todos os detalhes muito bem cuidados…
Olha aí o banco de reservas!
O nome da cidade defendido pelo time e presente na arquibancada!
Enfim… Mais uma honra pra nós em conhecer um estádio tão bacana!
Pelo youtube você pode conhecer um pouco da cultura da bancada local:
O time tem até uma loja oficial no Shopping do centro da cidade.
Dá até pra ver como é bonita a camisa do time (o Shopping é o patrocinador do time).
Pra quem gosta de ônibus de time de futebol (por onde andará o amigo Anderson, de Curitiba, que colecionava fotos assim), ta aí o do Acadêmico Viseu FC.
Sigamos pelas ruas de Viseu…
Lisboa, Leiria, Coimbra e Aveiro, além de um post sobre o jogo entre o Estoril e o Feirense vamos dar uma rápida pincelada pelo futebol de duas cidades que a gente só fez uma rápida parada, começando por Santarém.
A cidade está situada na província do Ribatejo, onde vivem cerca de 30 mil pessoas e cuja história remota a tempos antigos, tendo sido visitada por Fenícios e Romanos. As primeiras habitações datam do século VIII.
Está é o centro da cidade, com a igreja ao fundo.
Estivemos na cidade para conhecer o Jardim da Porta do Sol.
É ali que se encontram os resquícios da muralha da cidadela, da época romana, com um visual único, principalmente numa manhã nublada como a que fazia no dia da nossa visita…
Há uma bela estátua de D. Afonso Henriques (Afonso I “o Conquistador”), o primeiro Rei de Portugal e que tanto lutou contra os mouros.
Como foi uma passagem rápida, nem deu pra visitarmos o “Campo Chã das Pedras“, a casa da União Desportiva de Santarém, o time local.
A União Desportiva de Santarém foi fundado em 1969 da união do Sport Grupo Scalabitano “Os Leões” (de 1911) com o Sport Grupo União Operária. Aqui, o time campeão na temporada 2018/19:
O time mana seus jogos no Estádio Campo Chã das Padeiras e como não conseguimos ir até lá, seguem umas fotos das redes sociais do time e do próprio estádio:
O estádio foi inaugurado em 1950, e possui até uma bela arquibancada coberta de onde a torcida assiste às glórias do UD Santarém!
Outros assistem deste lado e conseguem registrar até a comemoração dos gols!
Um olhar de outro ângulo:
E pra quem ficou curioso sobre o que existe do outro lado, aí está: uma arquibancada descoberta! Somadas, a capacidade do estádio chega a 5 mil torcedores!
Uma pena que não tenha dado tempo de ir comhecer o estádio pessoalmente… Assim como não pudemos conhecer pessoalmente a casa do Centro Desportivo de Fátima!
Estivemos na cidade pra conhecer o Santuário de Fátima.
O Centro Desportivo de Fátima foi fundado em 1958. e manda seus jogos no Estádio Municipal de Fátima, e desde 2019 denominado “Estádio Papa Francisco”.
O Estádio tem capacidade para pouco mais de 2 mil torcedores e foi inaugurado em 2005, num jogo entre o CD de Fátima e o FC Porto.
Possui uma bancada coberta e um grande arco descoberto.
Em 2006/2007, o clube alcança o 1º lugar da 2º Divisão B na Série C, tornando-se na primeira equipa do distrito de Santarém a participar na Liga de Honra. O time de 2020:
Existe ainda um segundo estádio utilizado que também leva o nome de um papa: o Estádio Papa João Paulo II (imagem do site https://www.ogol.com.br):
O estádio também recebe jogos do CD Fátima.
E também possui sua arqubancada coberta.
Mais um post sobre o futebol português. Após um rolê por Lisboa, Leiria e Coimbra, além de um post sobre o jogo entre o Estoril e o Feirense … Seja bem vindo a Aveiro!
Portugal é um lugar muito lindo, com surpresas como essa… Aveiro é a terra das casas coloridas, um lugar único no mundo, entre o surpreendente e o pitoresco, mas sem dúvidas, inesquecível!
Essas casas ficam na praia de Costa Nova do Prado, um dos lugares que os portugueses adoram ir nas férias.
Um ar gostoso, embora um pouco mais frio do que estamos acostumados (afinal era inverno). O lugar surgiu com a abertura da barra da Ria em 1808. Daqui partiam para o mar, os pescadores. Eles construíram locais para guardarem os materiais de pesca e é daí que surgem as casas coloridas, construídas com tábuas na horizontal, usando sobretudo a cor vermelha.
Você chega à praia por meio de uns caminhos de madeira. Ali ao fundo, dá pra ver a Igreja Matriz da Costa Nova, inaugurada em abril do ano 2000.
Outro lugar bacana de Aveiro é a praia da Barra!
É ali que está o Farol da Barra é o maior farol de Portugal, construído no século XIX.
Existe ainda uma ponte que entra algumas centenas de metro ao mar…
Mas o grande charme da cidade, que a faz ser conhecida como a “Veneza portuguesa” são seus canais.
E é possível se passear por eles, em um Moliceiro, um barco típico.
Dá uma olhada, que bacana!
Depois, vale a pena andar pela cidade em torno dos canais, e pelas pontes.
Essa é a ponte “Laços de Amizade”.
No centro da cidade, encontramos a Igreja Paroquial de Vera Cruz, construída sobre uma capela dedicada a S. Gonçalo, no século XVII.
A noite ainda rolava um parquinho ali nas cercanias do centro!
Mas a nossa diversão, também vem da bola! E por isso não pudemos deixar de visitar o “pomposo” Estádio Municipal de Aveiro.
Mais um estádio que foi construído para a Euro de 2004.
Com sua construção, o time da cidade, o Sport Clube Beira Mar, passou a mandar aí os seus jogos, ao invés de usar o tradicional Estádio Mário Duarte.
Desde sua construção, o Estádio Municipal de Aveiro passou a ser o 5º maior estádio de Portugal.
Mesmo já tendo mais de 15 anos, o estilo do Estádio é bem moderno.
Mas…. Pra mim, a casa do SC Beira Mar será sempre o Estádio Mário Duarte, mesmo que ele esteja mais esquecido…
Mais uma bilheteria pra nossa coleção!
O SC Beira Mar é o time que defende a cidade de Aveiros.
O Sport Clube Beira-Mar foi fundado na virada do ano de 1921 para 1922 e chegou a conquistar a Taça de Portugal de 1998/1999. Além disso, foi campeão nacional da Segunda Liga em 2005/2006 e 2009/2010. Em 2011, passou por um momento muito criticado até hoje quando o iraniano Majid Pishyar adquiriu 85% das ações do clube.
Em 2013, é anunciada a venda das ações pertencentes à 32Group ao grupo italiano Pieralisi, passando este a ser o principal acionista.
Em 2015, por problemas administrativos e financeiros, o clube foi rebaixado para a mais baixa divisão do futebol distrital e o clube viu aí seu renascimento com uma maior aproximação do torcedor e voltando inclusive a mandar seus jogos no Estádio Mário Duarte.
Tudo isso ajudou o SC Beira-Mar a subir à I Divisão Distrital da Associação de Futebol de Aveiro.
O Estádio Mário Duarte foi o primeiro estádio da cidade de Aveiro, inaugurado em 1935, quando era chamado de Estádio Municipal .
Vamos dar uma olhada?
Demos a sorte de pegar um treino do time durante a nossa visita.
Só a partir de 1940, o Estádio passou a se chamar Estádio Mário Duarte.
A capacidade do estádio está em torno de 12 mil torcedores.
Ele possui inclusive um setor coberto:
Aqui dá pra se ter uma ideia melhor da sua estrutura:
Inicialmente, estava agendada para 2019 a demolição do estádio para que o Hospital de Aveiro fosse ampliado para a área que o estádio ocupa atualmente.
Mas…. não fui só eu que se incomodou com a mudança de lugar… A maioria da torcida também não aceitou bem a mudança do clube para o atual Estádio Municipal de Aveiro, devido a forte ligação emocional com o local.
As arquibancadas persistem, como que lutando pela sua permanência…
Assim, ainda existe uma pequena esperança de manutenção do espaçpo nem que seja como local de treinamentos, como o de hoje.
Além disso, é difícil imaginar uma estrutura tão bacana ser simplesmente abandonada…
Como sempre faço questão de registrar, para nós é uma honra estar presente em mais um local histórico para o futebol local!
A 192ª camisa de futebol apresentada no As Mil Camisas veio do nosso rolê pelo leste europeu, e é uma camisa “celebrativa” da Bulgária. comprei pensando que fosse ao menos uma réplica da camisa da seleção, mas sequer possui o distintivo da Federação Búlgara e sim o brasão do país.
Já escrevemos sobre nosso rolê por Sófia e o futebol local (clique aqui e leia se tiver curiosidade).
Além de toda história do futebol local, a seleção búlgara marcou a minha geração (quem nasceu no fim dos anos 70) com o time de 1994, que chegou em 4º lugar na Copa do Mundo.
Na época, o mundo todo se apaixonou por Hristo Stoitchkov, que terminou como artilheiro da Copa do Mundo.
Mas a seleção da Bulgária tem ainda uma outra relação comigo, é que em 1976, eles estiveram no Brasil e jogaram um amistoso contra o EC Santo André, que terminou em 0x0.
Enfim, aí estão os “demônios da Europa”!!
Na sequência dessa viagem que fizemos pelo sul de Minas passando por Guaxupé, Cabo Verde, Muzambinho, Guaranésia e que foi voltar lá por Mococa, também demos uma parada em Botelhos para conhecer o Estádio do Esporte Clube Guanabara.
O Esporte Clube Guanabara, também conhecido como “Garoto Travesso”, foi fundado em 24 de abril de 1949.
O time manda seus jogos no Estádio Municipal Major Antonio Fernandes.
O Estádio foi inaugurado em 1956. Olha aí a bilheteria!
O time nunca disputou o profissional, mas estádio abriga muitas partidas do futebol amador da região.
Em 14 de dezembro de 2000, o Esporte Clube Guanabara foi municipalizado pela Prefeitura Municipal de Botelhos.
Que ela possa manter o estádio bem cuidado!
Um abraço ao pessoal do “Garoto Travsso”.