Em busca do Estádio perdido em Paranapiacaba

Há tempos que estou devendo um registro oficial aqui no blog sobre um dos lugares mais místicos em relação ao futebol brasileiro: Paranapiacaba, a serra de onde se vê o mar (se a neblina deixar)!

Chegamos lá cedinho, pra poder curtir um pouco da cidade (a tarde teríamos o jogo entre Santo André e Goiás, pela Copa do Brasil – 2013).

Pra quem não conhece, Paranapiacaba é um distrito, que pertence a Santo André (embora seu território não esteja dentro da cidade).

A história do lugar começou com a chegada da Companhia Inglesa de trens, a São Paulo Railway, que operava a estrada de ferro Santos-Jundiaí.

Atualmente é um “museu a céu aberto” sobre o transporte ferroviário.

Essa era a antiga casa do “Chefe a estação”, onde atualmente funciona o museu da Vila. Dizem que o lugar, chamado de castelinho, é mal assombrado.

A maior parte das bandas do ABC já utilizou o local para fazer fotos. Também, olha as coisas que você acha por lá…

O mais louco é a mistura entre esse cenário tão maquinário e a natureza, da mata atlântica.

Mas, nosso papo é sobre futebol, então é hora de conhecer o Serrano Athletico Club, o time local, fundado em 1903.

Serrano Athletico Club

Aqui em uma foto de 1929:

Existe uma lenda, passada oralmente entre as gerações de que em 1925, o Serrano AC derrotou o já poderoso Corinthians por 2×1. Existe até um troféu exposto que seria a prova de tal feito (foto de Fabrício Martinez):

Troféu Serrano x Corinthians

Anos depois, o time passou por uma fusão com o União da Sociedade Recreativa Lira da Serra e transformou-se no Clube União Liga Serrano, com uma bela sede construída na década de 1930.

Nesse mesmo ano de 1930, segundo as pesquisas do amigo Julio Bovi Diogo, o time disputou o Campeonato Citadino de Santos:

Campeonato Citadino de Santos 1930

Olha o time dos anos 40:

Aqui, uma foto do time, no início dos anos 60:

Olha o time juvenil de 1965, em foto obtida pelo amigo Ozires Alves Rodrigues:

Serrano AC - Paranapiacaba

Mas onde eram disputadas estas partidas? Onde os funcionários da São Paulo Railway disputram jogos ainda no final do século XIX? Apresentamos o “Estádio Vila Inglesa“, o campo do Serrano, um dos primeiros do Brasil!

O campo fica na Avenida Fox, s/nº e é responsável por outra lenda que circula nas ruas da vila: a de que Charles Miller teria jogado nesse campo, em 1894 com outros funcionários da São Paulo Railway.

Estádio do Serrano Atlético Clube - Paranapiacaba

Pelo valor histórico, o campo está muito abandonado, mas sabemos que não é fácil, principalmente porque quase tudo na Vila está tombado como patrimônio cultural.

Arquibancada do Estádio do Serrano Atlético Clube - Paranapiacaba

Aqui algumas fotos do campo, de uma outra visita que havíamos feito:

Estádio do Serrano Atlético Clube - Paranapiacaba
Estádio do Serrano Atlético Clube - Paranapiacaba
Estádio do Serrano Atlético Clube - Paranapiacaba
Estádio do Serrano Atlético Clube - Paranapiacaba
Estádio do Serrano Atlético Clube - Paranapiacaba
Estádio do Serrano Atlético Clube - Paranapiacaba

Olhando do banco de reservas (ou da arquibancada) este é o gol do lado esquerdo:

Estádio do Serrano Atlético Clube - Paranapiacaba

E este do lado direito:

Estádio do Serrano Atlético Clube - Paranapiacaba

E aqui o campo com a vila ao seu redor:

Estádio do Serrano Atlético Clube - Paranapiacaba
Estádio do Serrano Atlético Clube - Paranapiacaba

O campo da Vila presenciou ainda vários outros jogos do Serrano Athletico Clube contra times da época.

Estádio do Serrano Atlético Clube - Paranapiacaba

Quantos gols já teriam sido marcados aqui? Quantos sonhos este campo teria alimentado? A arquibancada singela ao fundo segue preparada para receber torcedores que queiram assistir a um jogo amador, e reviver parte do passado do futebol no Brasil.

Estádio do Serrano Atlético Clube - Paranapiacaba

Olha que foto bonita disponibilizada no site da Prefeitura:

Estádio do Serrano Atlético Clube - Paranapiacaba
Estádio do Serrano Atlético Clube - Paranapiacaba
Estádio do Serrano Atlético Clube - Paranapiacaba

E quando menos se espera, lá vem ela… a neblina! Cobrindo histórias, campos, trens…

É, sem dúvida, um grande espetáculo da natureza!

Em questão de minutos, o sol sumiu e o que se viu, ou melhor, não se viu… foi a neblina cobrir toda a Vila.

Pra quem gosta de objetos, design antigo e imagens diferentes, Paranapiacaba é um espetáculo!

Muitos destes objetos estão ali há quase um século…

E lá de cima, nos despedimos de mais um local histórico e nos encaminhamos para  Santo André novamente…

Uma pena que os trilhos que levam até a vila estejam cada vez menos utilizados (apenas para transporte de cargas e trens turísticos, com passagens mais caras).

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156- Camisa do ABC de Natal

A 156ª camisa de futebol vem em dose dupla!

Duas camisas de um time que defende as cores de uma cidade linda: Natal!

Para quem nunca visitou a cidade e a região, eu recomendo…

E não deixe de fazer um rolê de buggy, para conhecer as dunas e locais incríveis!

Levei até minha camisa do Votoraty pra passear…

Em Natal, fica o maior cajueiro do mundo.

Ambas camisas foram presentes. Uma de um leitor que reconheceu a gente lá na praia e outra do José, um colecionador de camisas que é garçon lá na Pizzaria Cipó Brasil, se liga no lugar:

Como já deu pra perceber, falamos do time da torcida alvinegra da cidade: o ABC Futebol Clube.

As quatro estrelas no canto superior representam os campeonatos conquistados no ano de 1954 e a estrela maior no canto inferior direito simboliza o campeonato no ano do sesquicentenário da Independência do Brasil. A estrela dourada sobre o escudo simboliza o título brasileiro da Série C conquistado em 2010.

O ABC Futebol Clube foi fundado em 1915, no bairro da Ribeira, lá em Natal. Esse foi o seu primeiro uniforme:

O nome do time me agrada muito, não só por ser o mesmo da região em que vivo, mas principalmente por ser uma homenagem ao pacto de amizade fraternal, assinado por Argentina, Brasil e Chile. O time é chamado também de “O Mais Querido”, alguns atribuem o apelido pelo fato do time ser o time com o maior número e conquistas estaduais.

Embora apenas em 1927, o clube tenha sido reconhecido oficialmente, já em 1915, o ABC goleou por 4×1 aquele que seria seu maior rival, o América, num campo improvisado.

Durante a década de 30, o time faria história ao conquistar o decacampeonato estadual, entre 1932 e 1941. Esse é o time de 1941:

Dá pra imaginar? 10 vezes campeão seguido!

Mas o ABC entrou de vez para a história nacional do futebol  em 1959 ao disputar a primeira versão do Campeonato Brasileiro: a Taça Brasil.

O time ainda disputaria outras seis edições da competição até 1968.

A década de 70 começou com um tetracampeonato, conquistado de 1970 a 1973.

Este é o time de 1973:

Porém, em 1972, o ABC foi punido pela então CBD (Confederação Brasileira de Desportos) com dois anos de suspensão por inscrição irregular de dois jogadores. Como o time não poderia atuar, decidiu partir em excursão ao exterior, atuando contra clubes e seleções. Foram 24 jogos, com 7 vitórias, 12 empates e 5 derrotas.

Os anos 80 trouxeram novos títulos ao ABC, como os estaduais de 1983 e 1984. Aqui, parte do elenco do time do início dos anos 80:

E aqui, o time de 1983:

Os anos 90, trouxeram mais conquistas, em 1990, 93, 94, 95, 97, 98, e 99. Esse é o time de 1990:

Os anos 2000 também não foram diferentes, estaduais em 2000, 2005, 2007 e 2008.

Aqui, o time do ano 2000:

Esse, o time de 2005:

O time ainda levaria o bicampeonato 2007 / 08 com o time abaixo:

Esse é o time de 2008:

A “década de 10” (estranho falar assim né?) já trouxe os títulos de 2010 e 2011. Aqui o título de 2011:

Um dos principais aliados do time é sua torcida!

E se tem uma forte torcida, precisamos de um estádio importante e o “Maria Lamas Farache”, ou simplesmente o “Frasqueirão“, inaugurado em 2006, representa tudo isso. A casa de uma torcida apaixonada.

Estivemos por lá em 2010! (veja aqui como foi) e deu pra conhecer bem o Frasqueirão!

O Frasqueirão presenciou o acesso do clube à série B do Campeonato Brasileiro, com o time abaixo:

Se eu fosse torcedor do ABC, só ia ficar nesse lugar, no estádio:

O mascote do time é um elefante!

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Dor, alegria, lágrimas e catarse com o Santo André na Copa do Brasil 2013

1de maio de 2013.
Dia do trabalhador, feriado para protestar e repensar a relação do homem com seu trabalho, com seus patrões.
E por quê não fazer isso no estádio?
Curtindo um mata mata de Copa do Brasil?

Olha aí a nossa torcida, em sua casa…

O “Esquerdinha” foi caracterizado como operário metalúrgico, e levou sua bicicleta toda estilizada para relembrar aqueles que tratavam o 1de maio simplesmente como dia de festas.

A comunicação do time com sua torcida ainda é pequena, mas mais do que as faixas, a população da cidade se mobilizou e mais uma vez surpreendeu, indo em bom número ao Bruno José Daniel.

O jogo era bom, segunda fase da Copa do Brasil.
Pegue sua bandeira, sua camisa e vamos lá, torcedor Ramalhino!

Até fila pra entrar teve….

Já dentro do estádio, o público se mostrava confiante no time, mesmo sabendo dos limites do time atual.
Pra quem nunca foi a um jogo do Santo André, a experiência é cada vez mais “bairrista”, mais próxima e intimista. Todo mundo se conhece e, felizmente, se respeita.

Essa intimidade está até mesmo presente na relação com o time, que tem literalmente chegado cada vez mais perto da torcida.

Se fosse pra natureza escolher um dos times, o céu escolheu o seu. Esse era o céu daquela tarde:

O Ramalhão posou pra foto com cara séria. O time sabe dos seus limites, mas tem colocado a raça como sua maior arma. É tudo o que a gente pedia…

O reflexo nas arquibancadas está sendo percebido. Aqui, a rapaziada da Esquadrão Andreense cantando e apoiando!

Momento pra gente nunca esquecer. Os dois times perfilados, o Goiás é o primeiro time da série A a pisar no Brunão, este ano.

Aqui, o pessoal da Fúria Andreense, reunido e pronto pra gritar pelo Ramalhão.

Mas o estádio estava tomado por torcedores comuns, autônomos, livres para torcer do seu jeito, pelo time da sua cidade.

Em campo, o Santo André começou com tudo, indo pra cima e fazendo valer seu mando.

Mesmo jogando bem, confesso que o gol me surpreendeu… Abrir o placar deu um suspiro de esperança que há tempos não sentia.

O gol trouxe ainda mais alegria e ânimo à torcida!

E o Ramalhão seguiu no ataque! Parecia que novamente havíamos encontrado nosso rumo!

Porém, uma falta na entrada da área, tirou a alegria dos rostos ramalhinos… Walter (ele mesmo, o gordo…) empatou o jogo em 1×1.

A pancada doeu. Mas, mantivemos a fé…

O intervalo mostrou mais uma vez a presença do movimento contra o futebol moderno.

Ah, e esse jogo contou com a ilustre presença do amigo Edú, que ainda não conhecia o nosso estádio.

O segundo tempo veio ainda com a esperança e a alegria dominando a torcida.

Olhando de cima, o estádio mostrava-se ainda mais bonito, como há tempos eu não via…

Diferentes pessoas, diversas torcidas, mais uma vez o futebol como agente social de integração e união.

Durante o intervalo, a Fúria Andreense organizou um mosaico bacana com as cores do Ramalhão.

Mas nem todo o esforço do torcedor e do time foi capaz de segurar o resultado.
O Goiás virou o jogo. 2×1.

E depois, o golpe fatal. Santo André 1×3 Goiás.
Esse resultado eliminava o jogo de volta, em Goiânia. Mas quando tudo parecia perdido, o Ramalhão mostrou-se forte novamente e marcou o gol que forçou o jogo de volta. Lágrimas e comemoração de uma derrota, coisa que poucas vezes eu vi…

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O adeus a Albertinho

final-de-semana-071 Olha, não deixe para amanhã o que pode fazer hoje. Há pouco mais de 3 anos, em uma das minhas visitas à Paranapiacaba entrei em uma lanchonete para comprar um tic-tac pra Mari e reparei que as paredes do lugar estavam cheias de imagens do time do Santo André FC. Para minha surpresa, o dono da lanchonete era o “Albertinho“, jogador revelado no futebol amador de Santo André, com passagem pelo histórico time do Serrano, de Paranapiacaba e que acabaria jogando também pela Portuguesa. O site www.ramalhonautas.com.br traz a informação de que ele foi um dos primeiros jogadores do Santo André, estando presente no primeiro treino da equipe, em 14/01/1968. Participou do primeiro amistoso não oficial do Santo André (Santo André 3X1 Saad, 13/03/1968), da primeira partida oficial (Santo André 2X1 Santos, 08/04/1968), do primeiro amistoso internacional (Santo André 1×0 Seleção do Congo, 01/05/1968) e da partida inaugural do Estádio Bruno José Daniel (Santo André 0X4 Palmeiras, 14/12/1969), entre outras. De coração humilde e muito gente boa, Albertinho nunca se cansou de me contar histórias e aguentar a minha curiosidade de torcedor nas várias vezes que voltei à Vila de Paranapiacaba e à sua lanchonete. Sempre que eu saia de lá, me lembro de comentar: “Uma hora preciso voltar com mais calma e fazer uma entrevista legal com ele”. Neste feriado de primeiro de Maio, de 2013, voltei à Vila, ao campo do Clube Serrano e consequentemente à lanchonete, mas desta vez, fui recebido por dona Cida, a esposa de Albertinho, ou “Betinho”, como ela o trata. Betinho já não está entre nós… Passou dessa pra melhor. Joga no time dos sonhos, com tantos outros craques. Foi-se sem grandes homenagens, sem barulho, em dezembro de 2012. Deixa família e muitos amigos. Deixa ainda uma legião de fãs e admiradores de sua história, que sequer tiveram a chance de conhecê-lo… Vai em paz, Alberto e obrigado por tudo o que você fez pelo futebol e em especial pelo Santo André… Você fez parte de uma geração de lendas do futebol, cujos nomes, o tempo jamais apagará da história.

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CAD Diadema: o nascer de um time!

Sábado, 27 de abril de 2013.
Uma pacata rodada da série B do Campeonato Paulista torna-se uma data histórica para o futebol do ABCD em especial, para Diadema. Finalmente a cidade tem um time de futebol representando oficialmente sua população, no Campeonato Paulista. Na verdade, tem dois: O CA Diadema e o Água Santa.

E foi para conhecer um desses times que enfrentamos um belo ladeirão até chegar no Estádio Municipal José Batista Pereira Fernandes, o tradicional Campo Distrital do Inamar.

Tivemos um ilustre convidado nos acompanhando neste jogo, o torcedor do São Bernardo F.C. Victor, que quase desistiu na metade da subida…

Infelizmente, Diadema é uma cidade que sempre teve seu nome ligado à questão da violência social, e embora muitas vezes os dados estatísticos tenham sido aumentados (dizem que “desovavam” os crimes da zona sul da capital para Diadema, para melhorar os índices paulistanos) a verdade é que Diadema é um reflexo da desigualdade social do Brasil.

O Estádio Municipal José Batista Pereira Fernandes fica numa região humilde da cidade e é mais uma prova de como o futebol pode colaborar para a melhoria da qualidade de vida das pessoas.

Para quem esperava um cenário marcado pelos problemas, o que se viu na estreia do time foi um estádio muito bonito e as pessoas orgulhosas de verem o nome da cidade em um time.

A arquibancada recém construída é bastante alta, tendo um aspecto imponente e chamativo.

Ficamos orgulhosos em poder registrar um novo estádio que entra pro cenário do futebol profissional!

A Prefeitura de Diadema entrou de cabeça no projeto, colaborando tanto com a reforma do até então “Estádio Distrital do Inamar“, quanto na própria gestão do time, que é feita em parceria com uma empresa.

E se o trabalho foi feito na organização, o público não deixou por menos. Mesmo num horário próximo do jogo entre Santos x Palmeiras, pelas quartas de final do Paulistão, mais de 1.000 pessoas estiveram presentes.

O time já conta com uma organizada, chamada Máfia 13, que levou diversas faixas ao Estádio.

Parece que uma delas foi retirada pela polícia. Dá pra ver ela, lá em cima ainda exposta!

Mesmo com quase 30 minutos de jogo, ainda tinha gente chegando!

Fica aí nosso registro histórico do primeiro jogo do CA Diadema!

Aí, o Victor fazendo pose na parte inferior do Estádio.

Em uma parte do alambrado, encontrei um recado ao futebol moderno…

Na arquibancada, a galera fez a festa, afinal, o time fez 2×0 com certa facilidade, em cima do Mauaense.

Em campo, o Diadema mostrava a vantagem em treinar no gramado sintético, e ganhava quase todas as bolas no meio campo. Sem dúvida, jogando em casa, vai ser difícil bater o time do Diadema!

O placar é aquele modelo old school, movido a plaqueiro!

E como era um dia histórico, valeu a pena registrar um dos primeiros gols da história do time!

Mesmo com 3×0, ainda no primeiro tempo, o Diadema manteve a pressão e por pouco não foi pro vestiário com um resultado ainda maior!

Lá ao fundo, a torcida do Mauaense, que também compareceu, acabou começando o ano com um gosto bastante amargo.

Já do lado da turma de Diadema, só elogios ao time!

Com o jogo praticamente resolvido, tivemos tempo para reparar em alguns detalhes do jogo, como o banco de reservas…

Conseguimos achar algumas camisas do CA Diadema pela arquibancada, o que vocês acharam? Lembra a do Vélez?

Encontramos também diversos jovens que participam da escolinha oficial do time.

E que tal o espaço para a imprensa?

Fim do primeiro tempo.

Ponto negativo para a culinária de estádio, que ainda não oferece nenhuma opção, apesar da informação…

O segundo tempo começou mais devagar, mas logo entrou na correria.

O resultado final: 5×1 para a alegria dos estreantes e para a tristeza dos mauaenses… Palmas para o time do CA Diadema.

Uma pena a regionalização do campeonato obrigar aos times do ABCD terem que se eliminar logo e cara…

Vamos torcer pra que Diadema dê sequência na boa fase do futebol! E em breve, esperamos visitar o outro time da cidade, que na sua estreia ganhou do E.C. São Bernardo, em pleno Baetão, por 2×1.

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155- Camisa da Universidad del Chile

A 155a camisa de futebol da nossa história foi presente de um casal de amigos muito bacana, lá de Santiago, o José e a Javi.

Eles estiveram um tempo aqui no Brasil, e pudemos mais uma vez ver como o futebol pode ser capaz de reunir as pessoas.
Levamos os dois até o Estádio Bruno José Daniel, onde o Santo André manda seus jogos.

Mas também fizemos uns rolês menos boleiros, como a visita ao pico o Jaraguá, guiados por Gabriel Uchida, que decidiu mostrar seu lado atlético!

A camisa defende as cores do time que eles torcem, a Universidad de Chile.

O site do time da Universidad de Chile é www.udechile.cl.

O time nasceu em 1927, com a fusão do Internado Football Club, do Club Atlético Universitario e do Club Náutico Universitario, com o apoio da Associação Desportiva da Universidade do Chile. Esse foi o primeiro time da La U:

A partir de 1938, passou a disputar o campeonato profissional. Esse é o time daquele ano:

Em 1940, conquistou seu primeiro campeonato nacional.

Em 1959, um novo título. O time já se tornara um dos mais populares da capital.

Os anos 60 deram o apelido ao time de ” O Ballet azul” devido às boas atuações, coroadas com títulos em 1962, 64, 65, 67, 68 e 69.

Em 1970, o time alcançou as semifinais da Copa Libertadores, sendo derrotado pelo Penarol, em partida extra disputada em Avellaneda.

Os anos 70 trariam ainda um grande recorde de vitórias sobre a rival Universidad Católica: foram mais de 13 anos sem derrotas. Esse é o time de 1976:

Mas, os anos 70 passaram sem grandes conquistas para o time. E os anos 80 ainda trouxeram grande crise financeira para o time. Chegaram a fazer uma rifa para construção do estádio que acabou não dando certo. Como momento mais trágico, em 1988, o time caiu para a segunda divisão.

No ano seguinte, o time já estaria de volta à primeira divisão. Nos anos 90, 3 títulos nacionais em 1994, 95 e 99. Esse era o time de 99:

Em 2000, novo título, abrindo bem a nova década!

O Campeonato Chileno passou a ser disputado como os demais na América Latina: com um torneio abertura e um clausura, e o time conquistou mais um título em 2004 (abertura).

Em 2006, embora o time estivesse melhor do ponto de vista técnico, a crise econômica e jurídica do clube se agravou e para que o mesmo não fechasse as portas, foi feita uma concessão à Azul Azul S.A. para a gestão do clube por um período de 30 a 45 anos.

A parceria ao menos manteve o clube como um time de ponta, trazendo os títulos dos Torneios Abertura de 2009, 2011 e 2012 e o clausura de 2011.

Em 2010, o time foi semifinalista da Libertadores.

Em 2011, veio a conquista da Copa Sulamericana, passando por equipes como o Flamengo, Arsenal, Vasco da Gama, e batendo a LDU (Liga de Quito de Ecuador) na final.

Nós já estivemos em Santiago por duas vezes e em ambas fomos a jogos da Universidad de Chile, veja aqui como foi em 2011 e aqui como foi em 2012. Pra quem tem preguiça de entrar nos links, seguem algumas fotos desses roles, aqui em frente ao Estádio Nacional, em 2011:

Aqui, dentro do Estádio:

Estádios são ambientes incríveis para se conhecer um país!

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154- Camisa do Bandeirante de Birigui

A 154ª camisa de futebol do nosso blog foi presente de aniversário de um grande amigo, torcedor do Santo André e admirador e estudioso do futebol do interior paulista: Matheus Alvez Mota. O Matheus ainda escreve o blog Futebol Interiorano. O time defende as cores de Birigui! Falamos do Bandeirante Esporte Clube, o BEC! Embora eu tenha uma forte recordação do Bandeirante devido aos polêmicos W.O.s que o time enfrentou em 1987, a história da equipe começou muito antes, em março de 1923. Esse é o time daquele ano: Bandeirante Birigui Assim como várias equipes paulistas, os primeiros anos do Bandeirante foram dedicados às disputas amadoras. Aqui, uma bela recordação do fim dos anos 20, início dos anos 30: Naqueles tempos os estádios mantinham seus placares de um jeito bem artesanal, e no caso do Bandeirante não foi diferente: Em 1938, o time conquista sua sede, no centro da cidade. Aqui, o time da década de 40 que começou a se destacar conquistando campeonatos amadores e partindo para a disputa das competições oficiais organizadas pela Federação. Outro detalhe que mostra o quão tradicional o time é: as traves ainda de madeira e quadradas! Esse é o time de 1948, que além de disputar a segunda divisão, ainda sagrou-se campeão amador no mesmo ano. Os anos 50 ainda foram marcados por participações nas divisões de acesso do Campeonato Paulista, mas o time acabou se licenciando. Esse é o time de 1952. O BEC só voltaria a ativa em 1963, para a disputa da 4a divisão (chamada de “Terceira” já que a primeira era chamada de especial). E não é que o time sagrou-se campeão, conseguindo o acesso à 2a divisão de São Paulo.? Esse foi o time campeão: Os poucos anos na segunda divisão serviram de orgulho ao povo de Birigui, mas em 1968, novamente o time se licenciou. Somente em 1972, o futebol profissional voltou à Birigui, com as disputas da segunda divisão, mas anos mais tarde o time voltaria para a terceira. Esse é o time de 1978, com a base formada por atletas da cidade! O BEC ficou na terceira divisão até 1981, quando novamente conquistou o acesso, com o time: Em 1983, a cidade de Birigui viu ser inaugurado o Estádio Pedro Marin Berbel, num jogo contra o Botafogo de Ribeirão Preto. Chegamos ao grande momento do Bandeirante de Birigui: 1986. Com um time incrível, o Bandeirante conseguiu se classificar para o quadrangular final, disputado em Campinas, de onde o time sairia campeão e classificado para a Primeira Divisão de São Paulo. Assim, em 1987, o Bandeirante Esporte Clube disputou a Primeira Divisão, onde conquistou as seguintes vitórias: Botafogo 0x2 Bandeirante Bandeirante 2×1 Ponte Preta Bandeirante 1×1 Santos São Paulo 0x2 Bandeirante Bandeirante 2×1 Noroeste Bandeirante 2×1 Ferroviária Bandeirante 1×0 Sant0 André (podia ter deixado essa né?) Esse foi o time de 1987: Durante o campeonato, a Federação Paulista alterou as regras referentes ao rebaixamento e ao serem rebaixados, Ponte Preta e Bandeirante entraram na Justiça Comum, para tentar se manter na primeira divisão. Daí, os fatídicos WO’s. Os demais times negavam-se a enfrentar Ponte Preta e Bandeirante. A justiça caçou a liminar e tanto o time de Campinas quanto o de Birigui passaram o ano sem jogar, só retornando à segunda divisão no ano seguinte. Os anos 90 foram marcados por um sobe e desce de divisões, entre a A2 e a A3. Esse o time que subiu em 1995 para a A2: Os anos 2000 começaram com mais um acesso para a A2, em 2001, com o time: Em 2002, um título bacana, da antiga Copa Coca-Cola, embrião da Copa Estado de São Paulo. O Bandeirante se segurou na A2 até 2008, quando foi rebaixado à Série A3. Em 2010, o momento mais baixo da história do clube: rebaixamento à série B do Paulista, equivalente à quarta divisão estadual, onde permanece até o ano de 2013. O time manda os seus jogos no “Estádio Municipal Pedro Marin Berbel“, ou “Pedrão”, com capacidade para 18.000 pessoas. Já estivemos por lá, confira aqui como foi. Antes, a casa do BEC era o Estádio Roberto Clark. Confira aqui como foi. Alguns nomes de peso já passaram pelo Bandeirante, como Paulinho McLaren, Palhinha, Esquerdinha (ex-São Caetano e Botafogo), André Cunha entre outros. Maiores informações no excelente site do time: www.bandeiranteec.com.br .

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Em busca do Estádio perdido em Buenos Aires

Bandeiras em punho. Multidão cantando em coro. Emoção e alento nas ruas e em um estádio repleto.

Mas não, não se trata de um jogo de futebol.

Quer dizer, como se pode ver, a cultura do futebol está sempre entrelaçada ao nosso dia a dia, mas hoje vou falar de um role que fizemos no fim de semana de 23 e 24 de março, por Buenos Aires.

O fim de semana tinha 2 grandes acontecimentos: o show da banda espanhola SKA-P, que nunca veio ao Brasil em suas 8 turnês pela América Latina e as marchas de protesto pelos 37 anos do golpe militar na Argentina.

Foi também a oportunidade de rever pessoalmente amigos muito importantes, como o Adrian, da banda Tango 14.

Bom, então vamos do começo, pelo estádio que conhecemos de um jeito bem especial, o Estádio do Ferro Carril Oeste:

É aqui que o Ferro Carril manda seus jogos!

Uma olhada em como é o estádio normalmente:

O Estádio Arquiteto Ricardo Etcheverry foi inaugurado em 1905 e atualmente tem capacidade para mais de 25 mil torcedores.

Lembrando bastante a história de muitos times paulistas, o Estádio foi construído nos fundos de um terreno da linha de trem Ferro Carril Oeste.

Possui uma parte coberta e dois lances de arquibancadas descobertas.

Para ser construído, o Ferro Carril Oeste vendia seus jogadores em troca de materiais de construção como madeira e chapas de zinco.  Aliás, o estádio ainda possui arquibancadas de madeira, e por isso é conhecido como “El Templo de Madera” ou “El Monumental de Madera”, numa referência ao Estádio Monumental de Nuñez.

O Estádio foi o palco escolhido pelo SKA-P para apresentar seu último disco, recém lançado, chamado 99%.

Já garantimos o nosso!

O Ska-P (aliás, aqui no Brasil a gente costuma pronunciar “Escapê” quando o correto é “Escápe”) foi formado em 1994, no bairro de Vallecas (já estivemos por lá, lembre aqui como foi). A banda tem sua obra marcada pelas críticas sociais contra o capitalismo, o fascismo, imperialismo, racismo entre outros temas. Essa é a atual formação:

E lá vamos nós para o som, dentro do Estádio!!!

O estádio fica próximo do centro, umas 40 quadras, mais ou menos e por iso mesmo, muitas vezes foi utilizado por outras equipes da grande Buenos Aires como River Plate, Boca Juniors, Vélez Sarfield, San Lorenzo de Almagro e Argentinos Juniors. O público lotou o estádio, não ouvi nenhuma informação oficial mas comentava-se que mais de 15 mil pessoas estavam presentes. Falando um pouco do show e da banda, o SKA-P faz um ska bastante politizado e panfletário. Defendem nas suas letras uma ideologia ligada à liberdade e por isso são várias as críticas à polícia, à igreja e ao estado. A Igreja católica não foi poupada, mesmo com o recente anúncio do papa argentino. No show, a Igreja católica foi representada por um demônio assustador, olha aí:

E se bandeiras fazem parte do dia a dia do Estádio, lá estava mais uma delas, na música Intifada, em defesa do povo Palestino!

O show foi bastante animado, as pessoas dançavam e pogavam por todos os lados, sendo quase impossível ficar lá na frente do palco.

Mas mais do que qualquer coisa, a energia de 20 mil pessoas cantando músicas com temas tão politizados é de animar!

Olha aí um vídeo que achei no youtube com uma das músicas novas sendo tocadas lá no show:

Aqui, Mari ainda no aquecimento do show!

Ainda com as luzes parcialmente acesas, deu pra ver um pouco de como são as arquibancadas e a cara do Estádio, já rodeado de grandes prédios.

Enfim, foram quase 3 horas de show e de muita festa, discussão política e música! Tudo isso em um estádio… O que mais eu ia querer?

Bom, no dia seguinte fomos nos juntar às manifestações populares que recordam os 30 mil companheiros desaparecidos na ditadura argentina que completa 37 anos. E não é que arrumaram espaço pro futebol também?

Outras marchas locais já agitaram a capital, desde a noite de sábado, organizadas pelas assembleias populares de bairro. Foram mais de 5 horas de caminhada e muita cantoria contra o abuso cometido pelos militares durante tantos anos. No Brasil, essa data é o dia 31 de março e não teremos tantas movimentações como lá. Bom, só pra aproveitar o post e o role, seguem algumas imagens mostrando outros aspectos culturais bacanas de Buenos Aires. Tivemos a oportunidade de conhecer o “GarageArte” um evento realizado pela Victória que reúne, literalmente na garagem, moda, livros, música e amizade! Não faltaram papas fritas também… E o tradicionalíssimo “Dulce de Leche”…. E para quem gosta mesmo de música, ainda foi possível trombar o pessoal da banda alemã MAD SIN, por lá, gente finíssima. Mari mostra que a questão das Malvinas ainda é discussão permanente em Buenos Aires. Sobre o futebol, essa é a loja que vende as roupas relacionadas à cultura Barrabrava, fica na galeria Bond Street, na Av Santa Fé, onde funciona a versão local da Galeria do Rock. E se você estiver por Buenos Aires, não deixe de visitar a sessão de futebol das livrarias locais. Existem títulos incríveis e únicos falando da história de jogadores, torcidas e clubes…. E para aqueles que me perguntam onde comprar camisas e materiais relacionados ao futebol (flâmulas, bandeiras, pins, etc), duas sugestões: uma, a loja FUTEBOLITO, do hincha do Racing ” Lito”, um cara muito gente boa e que entende bastante de futebol.

A loja fica numa galeria da Lavalle (o calçadão que corta a tradicional Florida), no número 835.

A outra dica de loja é para aqueles que gostam de camisas de times das divisões de acesso e chama-se Lavalle 978. O nome da loja já entrega seu endereço, mas segue aí uma sacola deles até com o email pra quem quiser tentar comprar online (não sei se eles vendem, mas não custa tentar….). Ah, os preços são bacanas, principalmente as ofertas. Mudando de área, incrível como essa cultura de design típico ainda se mantém e combina com o ambiente. Outro que tem um design bem diferente do que estamos acostumados aqui no Brasil são os ônibus. Sempre coloridos e mais parecendo um ônibus de torcida do que transporte normal… Deixamos por lá uma lembrança da nossa luta diária por um futebol mais humano, menos econômico. E seguimos de volta ao ABC…

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153- Camisa do Guangzhou Evergrande F.C.

A 153a camisa da coleção deste blog vem do outro lado do mundo, da terra que tem revolucionado (não sei se para bom ou para mal) os tempos contemporâneos. Trata-se da camisa do Guangzhou Evergrande Football Club (ou simplesmente 广州恒大足球俱乐部 se você preferir).

O time defende o futebol da cidade de Cantão, na China.

O time nasceu em 1953 com o nome apenas de Guangzhou F.C. , o atual nome veio quando a Evergrande Real Estate Group adquiriu o time e passou a fazer contratações milionárias, como a do argentino Darío Leonardo Conca, na busca por transformar o time no “Chelsea Asiático”.

Seu principal rival é o Shanghaï Shenhua.

O time entrou pra história ao tornar-se o primeiro clube de futebol profissional na China, em 1993. Mesmo antes do profissionalismo, o Guangzhou venceu a segunda divisão da liga chinesa por 5 vezes, em 1956, 1958, 1981, 2007 e 2010. Em 1991, chegou à final da China FA Cup. Pela primeira divisão, o time chegou ao vice campeonato em 1992 e 1994. Em 2007, ganhou pela primeira vez, a China League One. Entretanto, em 2010, foi rebaixado para a “League One” por participar de uma manobra de manipulação de resultados. E foi nesse cenário, que a Evergrande Real Estate Group assumiu o clube. Um dos craques do time, e ídolo da torcida é o brasileiro Muriqui. Em 2011, o time voltou para a primeira divisão, conquistando o título da liga. Em 2012, Guangzhou Evergrande venceu o campeonato pela segunda vez consecutiva e ainda levou a Chinese FA Super Cup, no mesmo ano, consagrando se como principal equipe chinesa.

É com esse ânimo de campeão que o time inicia o ano de 2013 em busca de novas conqusitas!

Manda seus jogos no Estádio Tianhe com capacidade para mais de 60 mil torcedores. 

E pra quem acha que chinês não curte futebol, olha aí a torcida dos caras!

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Em busca do Estádio perdido em Cariacica – ES

Mais um rolê em busca de estádios, histórias, amigos e memórias.

Dessa vez, embora frustrado por não poder acompanhar um jogo, fui ao menos conhecer o Estádio da Desportiva Ferroviária de Cariacica, time que tenho ouvido muito falar, nos últimos anos, principalmente pelo amigo e torcedor Thiago Nunes Abikahir.

Cariacica é um município da “Grande Vitória”, mais ou menos como as cidades do ABC em relação a São Paulo. Você nem percebe que saiu e já está lá.  O nome da cidade vem da expressão “Cari-jaci-caá”, utilizada pelos índios para identificar o porto onde desembarcavam os imigrantes. Sua tradução é “chegada do homem branco”.

E assim como no ABC, Cariacica também tem suas quebradas…

Estivemos lá no carnaval de 2013 e pudemos conhecer diversos Estádios da região de Vitória, e um deles foi o Estádio Engenheiro Alencar de Araripe, ou simplesmente Engenheiro Araripe, como é mais conhecido.

Atualmente este é o principal estádio do Espírito Santo, com capacidade para mais de 15 mil torcedores.

Enquanto não se termina o novo Estádio Estadual Kleber Andrade, o Engenheiro Araripe vai se consagrando como casa do futebol capixaba.

O Estádio também está passando por obras e melhorias nas arquibancadas atrás do gol.

Mas nada que interrompa a rotina de receber jogos. Chegamos numa sexta feira de noite, quase sábado, e no final da tarde o campo já havia recebido mais um jogo da Desportiva Ferroviária. Um estádio muito bacana, pra calar a boca de quem acha que o Espírito Santo não tem uma cultura futebolística interessante. O Estádio foi fundado em 1966, e teve sua partida de estreia entre a Desportiva Ferroviária e o América do Rio de Janeiro, jogo vencido pelos cariocas por 3 a 0. Naqueles tempos a capacidade era de cerca de 28.000 torcedores.

O Estádio tem uma parte coberta bem grande e um anel de arquibancada descoberta que envolve todo o campo. Encontramos uma relação dos jogadores que disputaram a partida da tarde anterior… Resquícios do futebol pré carnaval em terras capixabas… Pra quem achava que o Espírito Santo não tinha uma cancha forte… Ta aí!

Ficamos satisfeitos pela oportunidade de conhecer esse Estádio e de poder apoiar um dos estados que, na minha opinião, teria que ser muito mais valorizado do que é.

Nesse momento em si, falamos da casa da Desportiva Ferroviária, mas esperamos, dentro da nossa humilde força e alcance, contribuir para o fortalecimento do futebol capixaba.

Vale contar que em 2011, a Desportiva Ferroviária conseguiu adiar o leilão do estádio para pagamento de dívidas acumuladas.

O Engenheiro Araripe recebeu o único jogo oficial da seleção brasileira, no estado do Espírito Santo, em 1996, na vitória contra a Polônia, por 3 a 1.

O estádio foi ainda o local de mando de jogo da Desportiva Ferroviária, no Brasileiro Série B de 1994.

Independente de resultados, a cultura da cidade e região merece seu valor!

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