Nacional 0x0 União São João de Araras – 2023

Sábado, 26 de agosto de 2023. O Estádio Nicolau Alayon recebeu a primeira e eletrizante partida das quartas de final da Segunda Divisão.

Ainda do lado de fora do Estádio, já dava pra perceber que a torcida visitante se faria presente…

Ingresso em mãos, vamos a mais uma peleja!

Em campo, dois times bastante tradicionais, em mais um duelo “Capital x Interior”.

Complete o seu álbum com as figurinhas dos dois times:

Infelizmente, mais uma tarde de pouca presença de público, levando em conta a importância da partida e o fato de ser um sábado a tarde, ainda que frio.

Mesmo há algum tempo nas divisões mais baixas do futebol paulista, o Nacional é gigante! Tem um distintivo que carrega consigo muito mais do que memórias futebolísticas, carrega a história da cidade de São Paulo, da ferrovia e inspira um futuro quem sabe mais uma vez sobre trilhos!

Aliás, além do frio, o inverno paulistano trouxe uma forte garoa nos dias anteriores que acabou prejudicando um pouco a área dos goleiros:

Dentro de campo, a Torcida União Alviverde se posicionou do lado contrário das cadeiras cobertas e fez uma bonita festa!

Dentro das proporções vividas pela Segunda Divisão do Campeonato Paulista, pode se dizer que eles tiveram sim uma boa presença, pintando de verde a bancada do Nicolau Alayon.

Ouça um pouco da festa e do apoio da bancada alviverde:

Tem coisa mais legal do que ver o ressurgimento de um time que até alguns anos atrás estava fora do cenário profissional e ver que com a volta dele, a sua torcida também despertou?

Enquanto o pessoal da Torcida União Alviverde cantava o “bicho pegava” dentro de campo. Várias divididas daquelas de fazer a torcida vibrar com a raça dos jogadores. Que bom que ninguém se machucou, mas estava claro que a tensão estava a mil!

E antes que alguém reclame dizendo “Po, mas e a atenção à torcida local??”, também é gratificante ver surgir uma nova geração de fãs do Nacional!

Assim como é importante a velha guarda manter se firme e presentes, como o pessoal da Torcida AlmaNac / Alma Nacional!

A rapaziada também estava com a voz em dia para apoiar embaixo desse frio!

É lindo ver, mais uma vez, a bandeira do Nacional exposta nas arquibancadas do seu estádio representando mais que um time, um verdadeiro estilo de vida!

Olha que bacana a disputa em campo e, ao mesmo tempo, nas bancadas do Alayon:

Em campo, os times se enfrentaram pela 5ª vez este ano, sendo um duelo disputadíssimo! Até então haviam sido três empates por 0x0 e uma vitória do União. E não seria desta vez que o ataque do Nacional iria furar a zaga do time de Araras…

Olha aí a rapaziada nos bancos de reserva:

Mas não pense que os atletas ficaram ali no quentinho por muito tempo não, até mesmo pra se acostumar com o frio, eles estiveram em aquecimento por um bom tempo…

Professor João Batista até que estava satisfeito com o time. O União não se intimidou e fez um jogo de igual para igual com o Nacional, ainda que o time local tenha criado, na minha opinião, as chances mais concretas de abrir o placar.

Bacana ver que mesmo com tantos jogos contra, não surgiu nenhum grande desentendimento entre as torcidas, tanto que no intervalo ambas estiveram juntas ali no tradicional bar do estádio!

Importante dar uma moral também pra turma que assiste os jogos ali das cadeiras cobertas e também já fazer o tradicional registro da visão do campo.

Aqui, a visão central:

O lado da esquerda:

E o lado direito:

O resultado final do jogo foi mais um 0x0, o que leva a decisão para a cidade de Araras, no próximo sábado 2 de setembro.

Pra não ficar muito repetitivo, eu fiz uma playlist no nosso canal do Youtube com outros vídeos da partida, caso você queira mais detalhes, é só acessar o canall, clicando aqui, ou ver pelo link abaixo:

Mais do que assistir a uma partida de futebol, curtir uma tarde de sábado com essa me dá a estranha sensação de estar fazendo parte da história do nosso futebol!

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EC São Bernardo 1×0 VOCEM (Paulista Sub 20 no Estádio Baetão)

Sexta feira, 18 de agosto de 2023.
Fazia algum tempo que não ia ao Estádio Municipal Giglio Portugal Pichinin, o tradicional “Baetão”. Assim, aproveitei a oportunidade de estar lá e ainda poder rever o VOCEM, time que tem papel importante na minha família!

É a penúltima rodada desta fase, e ambos os times tem chances de se classificar, portanto, o clima é bem legal e até que tem um público interessante para um jogo sub 20..

Lá vem os times…

Momento de concentração para esses garotos que sabem a importância dessa competição para a carreira deles…

E vai começar o jogo!

O time local começa mandando no jogo!
O EC São Bernardo cria várias chances e antes da parada técnica abriu o placar em uma jogada aérea.

O EC São Bernardo tem várias iniciativas legais, mas vale reforçar uma que eu acho muito foda: o time down!
Fica aqui os parabéns pelo 3º lugar na Copa do Brasil, o primeiro campeonato disputado.

Mas voltando à partida de hoje, o time soube se defender quando precisou!

Desde que o Cachorrão passou a usar mais o Baetão como casa, eles pintaram as arquibancadas de preto e branco e ficou animal! Aqui a visão do meio campo:

O gol da esquerda, onde está o portão principal do estádio:

E o gol da direita:

Aqui, a arquibancada coberta:

A camisa do VOCEM é muito bonita! Veja aqui o post que fizemos sobre ela!

Lá do outro lado estão os bancos de reserva e as comissões técnicas

Olha aí o goleiro visitante!

Após o gol, o jogo ficou mais parelho e o VOCEM decidiu atacar mais:

Mas o time do EC São Bernardo soube segurar a partida…

Os jogos nas categorias de base são sempre muito corridos.

O VOCEM ficou em cima até o fim do primeiro tempo!

Olha quantos prédios cercam o Estádio, algo que não existia 20 anos atrás…

O jogo se encaminhou para o final mantendo o placar inicial.

O próximo jogo do VOCEM é contra o Mogi Mirim, que está punido pela Federação, o que significa 3 pontos garantidos. Já o Cachorrão enfrenta o forte Mirassol(que amanhã ganha mais três pontos pois jogaria contra o Mogi). Só aí conheceremos os dois classificados!

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O Estádio Carlos de Alencar Pinto, a casa do Ceará Sporting Club

Na virada de 2022 para 2023, tivemos a oportunidade de fazer um rolê inesquecível para Fortaleza, capital do Ceará. E claro, fomos nos maravilhar com as praias…

Sim, são lugares absurdamente incríveis e se você tem noção disso quando vê as fotos deve imaginar que ao vivo é absurdamente mais lindo…

E sim, eu adoro estar nessas águas, largado ali o dia todo como se não houvesse amanhã…

Uma pena que hoje, já há mais de 7 meses dessa experiência, só posso me conformar olhando as fotos e lembrando destes bons momentos…

Mas tudo bem! A vida é assim… Quem sabe um dia voltaremos…

E teve rolê pela cidade…

E curtir uma produção de rapadura!

E se recentemente falamos do Estádio Estádio Alcides Santos, a casa do Fortaleza EC, hoje é a vez de falarmos do Estádio Carlos de Alencar Pinto, mais conhecido como Vovozão, o estádio oficial do Ceará Sporting Club.

Construído em 1968, o estádio possui capacidade para abrigar 4.000 torcedores e é utilizado em treinos do time profissional e de base, além de partidas a nível nacional, como a Série C e D do Campeonato Brasileiro.


Opa, tivemos companhia no rolê! Um lagarto gigante!

Diferente do que aconteceu no Estádio do Fortaleza, ao contatarmos a equipe de comunicação e história do Ceará fomos recebidos muitíssimo bem e não só nos permitiram conhecer a parte interna do clube… Grande abraço ao Gabriel!!

Como nos guiaram em uma visita pelo Centro Cultural Alvinegro e em outros pontos importantes do local.

Existem muitos detalhes históricos que embelezam o local, como estes bustos.

E o campo de jogo também é lindo e muito bem cuidado. Olha aqui, o meio campo:

Aqui, o gol da esquerda:

E aqui, o gol da direita:

Sinto que a relação dos torcedores com o Estádio é um pouco diferente do que eu imaginava. Parece existir muito mais orgulho da galera em assistir jogos na nova Arena, do que sonhar com partidas no Estádio Carlos de Alencar Pinto.

E o distintivo do Ceará sempre presente!

Aqui, a evolução do distintivo durante o tempo:

O primeiro jogo da final do Campeonato Brasileiro da Série D de 2020 foi jogado neste estádio, (Floresta 0x1 Mirassol), sendo a primeira partida profissional nacional.

Agora, me surpreendeu o cuidado com as homenagens e registros de memória do time que estão guardados e expostos ali.

São camisas que foram marcantes para a torcida…

Ah se todos os clubes tivessem esse mesmo cuidado…

Olha que linda a biblioteca que eles tem lá com foco na história do clube, mas também reunindo material sobre outros times.

Olha cada troféu lindo…

E fica a dica de leitura para pesquisa sobre o futebol cearense, obra de Alberto Damasceno.

Fiquei muito contente com a recepção que tivemos e com tanta informação que tivemos acesso. Reitero os agradecimentos à equipe do Ceará SC!

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Nacional 2×1 XV de Jaú (Segunda Divisão 2023)

Quarta feira, 16 de agosto de 2023
São Paulo é a cidade que não para, mas consegui dar uma parada no meio do trabalho para chegar até o Estádio Nicolau Alayon e acompanhar um incrível embate entre um time da capital e um digno representante do interior!

O Estádio Nicolau Alayon, também conhecido como Estádio da rua Comendador Souza, recebe partidas do Nacional desde 1938. Já parou pra pensar que talvez nem seu avô tinha nascido quando o Naça fez ali sua primeira partida?

O Estádio homenageia Nicolau Alayon, um uruguaio que foi dirigente do time, na sua origem.

O Nacional é um dos primeiros times de São Paulo e do Brasil, já que Charles Miller foi funcionário da São Paulo Railway (SPR) e acabou trazendo a cultura do futebol para os ferroviários que fundaram o São Paulo Railway Athletic Club em 16 de fevereiro de 1919, assumindo um caráter de clube operário.

Em 1946, chega ao fim a concessão da SPR e com a nacionalização da estrada de ferro, o clube precisa modificar sua denominação e inaugura o “novo nome” contra o Flamengo, jogando o primeiro tempo como “São Paulo Railway AC” e o segundo como Nacional Atlético Clube, em um Pacaembu lotado. O Flamengo venceu por 5×3. Leia no site O curioso do futebol, uma matéria legal sobre esse jogo (a foto abaixo é de lá):

O Estádio Nicolau Alayon foi inaugurado em 15 de maio de 1938 em partida contra o Corinthians (que venceu por 2×1).

Atualmente, o Estádio segue sendo a casa do Nacional e tem até uma loja oficial!

Ainda que atrasado uns 20 minutos, finalmente comprei meu ingresso e me encaminhei para assistir ao jogo.

Eu não tive muita vivência no Nicolau Alayon como tive em outros estádio próximos, mas já estive em pelo menos umas 15 partidas por aí e posso dizer que o Estádio gera em mim uma série de recordações e mesmo imaginações sobre o futebol no século passado…

Até por isso, faço questão de registrar a presença nesse embate incrível entre interior e capital!

Nem bem cheguei e saiu o gol do XV de Jaú…

Até achei que fosse o primeiro gol da partida, mas tratava-se do gol de empate dos visitantes.

Mesmo sendo uma quarta feira, a torcida visitante se fez presente!

Bem como a torcida local!

Sinta aí o clima do Estádio:

Olha aí o pessoal da Almanac, a torcida organizada do Nacional!

As bandeiras do pessoal da Almanac dão uma cara bem legal a essa arquibancada atrás do gol, com direito a lembrar da FEPASA e eu que venho de família ferroviária sempre fico muito contente de ver esse encontro entre a ferrovia e o futebol!

Empolgado pela sua torcida, o Nacional teve boas chances de se colocar a frente novamente:

Pra quem curte assistir jogos que tem grande proximidade com os atletas, o Estádio Nicolau Alayon é um daqueles que te colocam praticamente dentro do campo!

O treinador Campagnolo estava bravo, mas sabemos do potencial que ele tem de mexer no time (lembre que já vimos um jogo do XV nessa fase, veja aqui!)

Mas o time local tentava sair vencendo o jogo e até o goleirão ligava o contra ataque!

Mas ouvindo as ordens do Mr. Campagnolo, o XV de Jaú também se lançava ao ataque e teve grande oportunidade em uma falta que foi batida na barreira:

Agora é uma falta para o Nacional que faz a torcida roer as unhas!

Sempre que possível gosto de manter o registro atualizado dos estádios que visitamos, então segue aí a vista do meio campo:

Do gol esquerdo:

E do gol direito:

A vizinhança anda diferente… Olha quantos prédios cercam o estádio fazendo com que os olhos das gulosas incorporadoras sigam crescendo o lugar onde o Nacional está…

E de tanto insistir, saiu o segundo gol do Nacional!! Na hora só deu tempo de tentar uma foto, que saiu essa coisa tremida aí kkkk

Festa na bancada local!

O moço do placar é rápido: 2×1 pro time da casa!

A torcida local ficou mais tranquila?

Mais ou menos…. Pra quem carrega o amor ao time no peito ou a bandeira em mãos, estar vencendo por 1 gol sempre significa andar por um caminho estreito onde qualquer desequilíbrio pode acabar com o dia!

Então vale sim reclamar com o juiz e xingar o banco de reservas!

Intervalo de jogo e hora de conhecer o bar local, que tem uma fogazza incrível!

Mas o tempo voa e quando vejo a partida recomeçou. Serão mais 45 minutos (fora os acréscimos) para a torcida do Nacional poder celebrar 3 importantíssimos pontos.

Do outro lado, para a torcida do XV, 45 minutos se passariam em incrível velocidade caso o empate não seja rapidamente alcançado.

Alguns torcedores do XV até mudaram de lugar pra ver se a sorte também mudava…

Enfim, nervos a flor da pele já que agora toda partida é uma decisão em busca do acesso!

Na parte coberta do estádio, onde o sol não incomoda tanto, o risco do empate deixava todo mundo apreensivo…

Assim como o bom goleiro Romário tornava mais difícil a missão de ampliar o resultado pra 3×1 e matar o jogo.

No outro jogo do grupo, o União São João fazia 1×0 no Joseense, em São José, deixando a missão da classificação para a última rodada…

A segunda divisão do paulista é assim… Emoção até o fim!

Falta para o Nacional, será agora o gol que fecha o placar?

E teve contra ataque para os ferroviários…. Mas nada do 3º gol…

E teve escanteio para o Nacional também:

Mas, mesmo a tarde aprazível chegou em seu momento final e o árbitro apitou o fim da partida!

O treinador do XV foi a loucura, mas mesmo perdendo, o time visitante mostrou força e tem boas chances de se classificar!

A imagem reflete a sensação de superação dos atletas do Nacional, que com certeza chegaram mais longe do que muitos acreditavam, ao mesmo tempo em que demonstra certa incredulidade do atleta do XV que estava confiante em um resultado melhor. Mas este é o campo da rua Comendador Souza e aqui, mandam os ferroviários do Nacional!

Hora de ir embora pelo bairro pacato que abriga o time tão tradicional…

Abraços aos amigos que estavam acompanhando a partida: Fernando, pessoal do Jogos Perdidos, Sérgio (Futebol Alternativo TV) e a torcida local que nos recebeu bem.

Sendo um time de história ferroviária, nada melhor do que pegar o trem na Água Branca e rumar de volta ao ABC!

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O Estádio Alcides Santos, a casa do Fortaleza EC

Já estamos em agosto de 2023 e ainda não acabamos de falar sobre os estádios que visitamos no Ceará, no rolê de fim de ano.
Já falamos sobre o Estádio Elzir Cabral, a Vila Olímpica, casa do Ferroviário AC, clique aqui e veja como foi o rolê.

Claro… Vale reforçar que além do futebol, a cidade de Fortaleza e a região em si, oferecem um montão de lindos passeios, principalmente envolvendo as praias!

Aqui, a praia de Lagoinha!

Mas deixando de lado (até pra não sofrer de saudades) as praias, vamos dividir aqui um pouco sobre o Estádio Alcides Santos!

O Estádio é a casa do Fortaleza EC, o tricolor de aço!

O Estádio Alcides Santos é chamado de Parque dos Campeonatos e fica na Avenida Senador Fernandes Távora, no bairro do Pici, por isso, o Fortaleza é chamado de o Leão do Pici!

Uma pena, mas mesmo conversando com o pessoal do clube, não foi possível adentrar ao clube. Também achei que fosse dar certo mas… não deu…

Mas, quando estava quase desistindo e aceitando que eu não veria nada mais do que as bilheterias pelo lado de fora…

Encontrei uma família que morava vizinha ao estádio e que permitiu que fizéssemos uma tomada de imagens da sua varanda, que pelo menos nos permitiu ver o campo.

E não é que deu pra pelo menos dar uma olhada na parte de dentro?

O Estádio Alcides Santos é o maior estádio privado do Ceará, com capacidade para cerca de 8 mil torcedores.

Em 1951, a Prefeitura Municipal de Fortaleza colocou o Estádio Presidente Vargas em reforma, fazendo com que a diretoria do Fortaleza decidisse voltar a ter um estádio particular, como o Campo do Alagadiço (nos anos 20) e o Estádio do Campo da Praça das Pelotas (nos anos 30). Mas, como nada é fácil, somente em 1957, obtém o terreno onde seria construído o Estádio Alcides Santos.

O nome do bairro vem da Base militar dos americanos em Fortaleza, durante a segunda guerra mundial, chamado de Post Command, ou “Pi Ci”.

O Estádio foi inaugurado em junho de 1962, mas o primeiro jogo oficial ocorreu apenas em 12 de março de 2008, válido pelo Campeonato Cearense daquele ano, com o Fortaleza empatando em 3 a 3 com o Itapipoca.

Em 2010 passou por uma ampliação chegando a uma capacidade de 8 mil torcedores. Com o novo formato, recebeu uma partida válida pela segunda fase da Copa do Brasil e o Fortaleza venceu o Guarani por 2×0.

E o portão que nos impediu de ver mais…

Calor né, Mari?

Talvez ali de cima fosse mais fácil ver o campo, sua arquibancada…

Mas ok, já valeu pelo menos de ter visto um pouco graças aos amigos da vizinhança, mas seria legal que os responsáveis pela burocrática permissão de visitar o campo, soubessem como seria bacana que as pessoas pudessem curtir o estádio como mais um ponto turístico da cidade.
Menção honrosa ao assessor de imprensa e aos demais colaboradores do time que chegaram a achar graça no fato de eu querer visitar o Estádio… É mole?

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União Barbarense 1×1 Améria FC (Segunda Divisão 2023)

Sábado, 12 de agosto de 2023
Dia de acompanhar mais uma partida válida pela Segunda Divisão do Campeonato Paulista.

Estamos na 4ª rodada da 3ª fase do Campeonato, e a cada rodada as partidas ficam mais decisivas, o que ajuda a atrair mais gente!

Teve até fila para entrar no Estádio Antônio Lins Ribeiro Guimarães, a casa do União Agrícola Barbarense!

Ingressos em mãos, é hora de acompanhar a festa!

Os times entram em campo…

Apoio total vindo das arquibancadas!

O time carrega faixa em protesto contra a possível demolição do Estádio do União… A “Toca do Leão” foi fundada em 22 de maio de 1921 e completou, portanto, 102 anos.
Você pode ajudar, assinando a petição para o tombamento do Estádio (clique aqui e participe!)

Olha aí os times posados.
Será que ao final do campeonato veremos um (ou os dois) deles tendo conquistado o acesso para a série A3?

Ainda que o União Barbarense lidere seu grupo, a atenção é total!

O América de Rio Preto também está embalado e na segunda colocação do grupo, sabe que pontuar em Santa Bárbara é essencial para seguir lutando pelo acesso!

Sente aí o clima pouco antes do início da partida:

No primeiro tempo fiquei do lado direito da arquibancada de entrada.

Ali na arquibancada atrás do gol fica a torcida adversária.

A principal torcida organizada do União Barbarense, a “Sangue Barbarense” fica na arquibancada do outro lado:

E não é que chegaram alguns torcedores do América de Rio Preto, o “Mecão“?

A faixa avisa ao time do América FC: “Você nunca estará sozinho”!

A torcida local também seguiu chegando até os primeiros minutos da partida.

O Estádio Antônio Lins Ribeiro Guimarães tem capacidade para mais de 14 mil torcedores.

Tem uma arquibancada central parcialmente coberta…

Dos dois lados dela temos espaços descobertos para a torcida:

Também, além dos anéis de arquibancada nas laterais do campo, também existem espaços atrás dos dois gols.

Aliás, ali atrás do gol da entrada do estádio está a outra torcida local: a Inferno Barbarense!

O público parece estar começando a apoiar mais o União Barbarense, mas sem dúvidas que o time merece um jogo com a casa cheia! Mas quem esteve na arquibancada apoiou o tempo todo!

Tem quem prefira assistir (e gritar) mais de perto do time e troca a arquibancada pelos alambrados…

Cada um dá seu jeito de ficar mais perto do campo para participar ativamente do jogo!

E olha o União quaaaaase marcando o seu gol em um escanteio…

Mas a torcida foi à loucura aos 30 minutos do primeiro tempo, quando o juiz assinalou Penalty para o União Barbarense:

Foguinho foi para cobrança e oficializou a alegria para a torcida do União Agrícola Barbarense!!!

Olha aí, o Foguinho, autor do gol!

A Torcida Sangue Barbarense subiu o seu bandeirão para deixar o estádio ainda mais festivo!

E tá lá no placar…. União Barbarense 1×0!!!

Olha aí, o time reserva se aquecendo em frente à torcida local.

O primeiro tempo ia chegando ao fim e o time visitante se mostrava desnorteado, reclamando da arbitragem e sem forças para uma reação.

No intervalo, dando sequência aos protestos contra a demolição do Estádio Antônio Lins Ribeiro Guimarães iniciados com a faixa carregada pelos jogadores do Barbarense, a torcida organizou um abraço coletivo ao campo, como forma de mostrar seu carinho pelo histórico palco de tantas partidas…

Fui dar um rolê ali pela parte debaixo da arquibancada e pude regsitrar o distintivo do mais importante clube da cidade estampado em seu tradicionalíssimo estádio!

Com o segundo tempo chegando, me dirigi ao outro lado da arquibancada, ali ao lado da entrada principal do estádio.

Assim, deu pra registrar a galera que se sentou do outro lado da arquibancada coberta:

Será que o América terá forçar pra reagir?

Falta para os visitantes e o Mecão arrisca de longe, mas essa parou na barreira…

Mas o União seguia atacando…

Pensei que o jogo já estivesse resolvido, mas uma ventania mudou o clima, e de certa forma acabou colaborando com o América que atacava a favor do vento.

Olha esse registro da ventania pra você ter ideia da força do vento:

Não sei dizer se teve influência ou não, mas o América teve uma falta a seu favor e Coutinho bateu no sentido do vento, chegando ao gol de empate dos visitantes!!!

O empate fez o América FC acreditar em uma possível vitória e botou pressão no time local…

Mas mesmo após o gol de empate, a torcida local não parou de agitar, tentando empurrar o União Barbarense para a vitória!


O vento seguiu apertando, avisando do temporal que estava pra chegar e transformando cabelos kkkkk:

A chuva chegou com força e me dirigi às poucas partes cobertas lá embaixo da arquibancada.

Outros tiveram a mesma ideia…

O placar parecia indicar o resultado final, que acabou sendo interessante para ambas as equipes…

Dali, escutei o apito final e corri pro carro enquanto a chuva caía com força… A mesma força que o torcedor local espera do time do União Barbarense nessa reta final da 3ª fase.

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O futebol em Sorocaba – Parte 1

brasão Sorocaba

Bem vindo a mais um registro sobre estádios.
O post de hoje aproveita o rolê feito em 2018, em um jogo do São Bento realizado em Sorocaba, pela série A1 do Campeonato Paulista e fala sobre os primeiros times e Estádios da cidade.

A cidade de Sorocaba tem papel fundamental na história do Brasil e isso também se refletiu no futebol.

Sorocaba

Por um bom tempo, o local foi ocupado pelo povo Tupiniquim, grupo que ocupa terras capixabas atualmente.
Foram vários séculos de tranquilidade, se levarmos em conta que a chegada dos indígenas no Brasil aconteceu há cerca de 15 mil anos atrás…Por isso são mesmo os povos originários desta terra.

Mas, a paz ficou para trás com a chegada dos europeus, no século XVI.
O peabiru, caminho utilizado pelos indígenas que ia do litoral brasileiro até o Perú, cruzando as terras da atual Sorocaba, passou a ser utilizado nas viagens realizadas pelos europeus sedentos por ouro.

Na região de Sorocaba não se encontrou ouro, mas o “morro Araçoiba” estava repleto de minério de ferro, que acabou colaborando para o povoamento da cidade, recebendo a primeira fundição do Brasil.

O caminho passou a ser percorrido por bandeirantes caçadores de indígenas, entre eles o capitão Baltazar Fernades, filho de indígenas e portugueses que ganhou terras na região onde viria nascer a “Fazenda Sorocaba“, que em Tupi-guarani significa “terra rasgada”. As terras iam de Santana de Parnaíba até o Paraná!!!

Os tropeiros começaram a trazer mulas do Rio Grande do Sul para vender aos mineradores, nas feiras que se organizavam em Sorocaba.

Capitão Baltazar Fernades

Quando o Brasil inteiro passou a vender mulas, começaram a plantar algodão para a produção de tecidos.
Assim, nasceram grandes fábricas têxteis e as ferrovias para transportar o que elas produziam.
A estação local foi inaugurada em 10 de julho de 1875 pela Estrada de Ferro Sorocabana, como sede da companhia.

Em 1929, a estação foi reformada e ficou linda assim:

Demos uma passada no mercado municipal!

Sorocaba é uma ótima representação do interior paulista: se desenvolveu econômica e socialmente, apresenta grandes desigualdades sociais e aos poucos tem perdido os traços culturais bastante específicos, que possuía.
O surgimento do futebol foi fruto dessa cultura própria da cidade, desde muito cedo, principalmente relacionado às indústrias!

Não vamos falar dos times que representam o que hoje é a cidade de Votorantim (o Votorantim Athletic Club e o Sport Club Savoia), isso fica para um post futuro.
Mas, pra começar, falemos do time mais antigo da cidade: o Sport Club Sorocabano!!!

Sport Club Sorocabano - As Mil Camisas

O SC Sorocabano foi fundado em 7 de setembro de 1903 e teve até mesmo seu próprio campo próprio, o Estádio do Velódromo de Sorocaba, com capacidade para 6 mil torcedores! Em 1930, devido à dificuldade do S.C. Sorocabano em pagar o aluguel do campo, Manoel Ferreira Leão decide lotear o terreno.

Pelas informações que encontramos, essa é a provável localização do estádio naquela época, com entrada na atual Av Moreira César tendo a sua frente a Rua da Penha:

Em 1918, filiou-se à APSA (Associação Paulista de Sports Athleticos) e passou a disputar os campeonatos do interior, na Zona Sorocabana.

Ainda em 1918 disputou um amistoso contra o Corinthians em Sorocaba, com vitória do time da capital por 8×1.
O time seguiu disputando o Campeonato do Interior em 1919, 20, 21, 23 e 25.
Aqui, o time de 1921:

Destaque para a campanha de 1923, quando classifica-se em 1º na fase inicial:

Na 2ª fase, embora invicto, o time sagrou-se vice-campeão, perdendo o título para o Rio Branco de Americana.

Em 1925, mais um vice campeonato, dessa vez perdendo para o Velo Clube.

Infelizmente, o Sorocabano entrou em decadência e abandonou o futebol, e acabando extinto no início dos anos 1950.
O segundo time a surgir na cidade foi o Sport Club São Paulo Athlético, fundado em 10 de agosto de 1913:

O site História do futebol encontrou uma imagem de um atleta de 1918:

O SC São Paulo Athlético disputou o Campeonato do Interior da APEA de 1921, 23 e 25. O time também ocupou o Estádio do Velódromo.
Esse é o grupo de 1921:

Esse, de 1925:

O time também acabou extinto, entretanto, em 14 de setembro de 1913, surgiu o Sorocaba Athletic Club. O time foi fundado por integrantes do Club Athletico Chapeleiros, de 1905 da empresa de chapéus Souza Pereira.

Um desentendimento entre os sócios e diretores do time acabou determinando a mudança do nome do time para Sport Club São Bento no dia 13 de outubro de 1914.
O nome é uma alusão à Associação Atlética São Bento, campeã paulista daquele ano.

O EC São Bento passa a disputar o Campeonato Regional Amador e logo o Campeonato do Interior. Aqui, o grupo de 1923:

Em 1943:

Em 1944:

Em 1953 passa a disputar o profissionalismo jogando o Campeonato Paulista da Segunda Divisão.

Em 1962, sagrou-se campeão do Campeonato Paulista da Primeira Divisão, subindo, para a Divisão Especial (o primeiro nível do estadual).
A decisão contra o América de São José do Rio Preto se deu no terceiro jogo, no Pacaembu.

Em 1963, na sua primeira participação no Campeonato Paulista da Divisão Especial (A1), ficou com a honrosa 4ª colocação à frente de Corinthians e Portuguesa. Foto do site Arquivos do Futebol do Brasil:

Permaneceu por 29 anos na primeira divisão do Campeonato Paulista (A1), até sua queda, em 1991.
Aqui, o time de 1982 (foto do site Anotando Futbol):

Disputou a divisão intermediária (A2), em 1992 e 93, mas devido a mudanças no regulamento da Federação Paulista em 1994, passou a disputar a Série A3.
Em 1998, foi rebaixado à quarta divisão do Campeonato Paulista, entretanto, o Novorizontino desistiu de disputar a Série A3 de 1999 e o São Bento se manteve lá!
Em 2001, conquistou a Série A3. Foto do site Anotando Futbol:

Em 2002, disputou a Série A2 e foi campeão da Copa Paulista.
Em 2005, o São Bento volta para a principal divisão e disputa o Campeonato Paulista Série A1 de 2006.
Em 2007, novo rebaixamento para a A2.
2011, o clube terminou a trágica campanha sendo derrotado, em casa, para o Red Bull, amargando a sua queda à Série A3 de 2012.
Em 2013, sagrou-se Campeão da Série A3, no ano de seu centenário.

Em 2014, termina em 3º lugar voltando à série A1!

Em 2016, chega na quarta de final, sendo derrotado pelo Santos por 2×0.
Mas em 2019, volta à série A2.
Em 2020, é vice campeão (perde o título nos penaltys para o São Caetano) e volta para a série A1.

Em 2021, os dois times que haviam subido da A2, voltam pra ela.
Em 2022, mais um vice campeonato conquistado, dessa vez, perdendo a final para a Portuguesa.
Chega 2023 e … novo rebaixamento. E vejamos o que o Bentão fará na A2 de 2024!

Mas… Vejamos as imagens de 2014, quando fomos até Sorocaba pra ver o Ramalhão jogar a série A1 do Paulista contra a equipe local do EC São Bento, no Estádio Centro de Integração Comunitário Walter Ribeiro mais conhecido como CIC ou Estádio Municipal Walter Ribeiro.

O estádio foi inaugurado no dia 14 de outubro de 1978, em jogo contra o São Paulo pelo Paulistão. Vamos aproveitar nossa presença e dar uma olhada no visual do Estádio Municipal Walter Ribeiro:

Em campo, dois times aguerridos que terminariam empatando em 2×2 uma partida bastante movimentada!

O jogo foi numa 6a feira e veja que houve boa presença de público por parte da torcida do São Bento (lá do outro lado):

O Estádio tem capacidade para mais de 13 mil torcedores.

Sempre um grande prazer visitar um estádio do interior paulista, principalmente em dia de jogo.

Dá pra ver que atrás do gol dos fundos também existe uma arquibancada.

Já atrás do gol de entrada, um espaço onde ficam as ambulâncias e podem ser ocupados de acordo com a estrutura exigida.

A Sangue azul é quem comanda a festa!

Mas vale lembrar que o primeiro campo do São Bento foi o Estádio Humberto Reale.

Até Pelé esteve neste campo jogando pelo Santos Futebol Clube, em 1963, sendo derrotado pelo São Bento por 3×2. Esta e as demais fotos abaixos são do site do Jornal Cruzeiro

O jogo de despedida ocorreu em 1978, um 0x0 contra a Ponte Preta.

Porém em 1979, realizou-se um último jogo noturno no Estádio Humberto Reale: São Bento 1×2 América, válido pelo 2º turno do Campeonato Paulista da Divisão Especial.

Mais algumas fotos para que você possa conhecer como era esse lindo estádio:

O São Bento chegou a realizar alguns jogos amistosos no Humberto Reale e até meados dos anos 2000, foi usado pelo futebol Amador de Sorocaba, e depois transformado em CT, o “Complexo Humberto Reale”:

Vale a pena assistir o vídeo da Globo sobre o Estádio: https://ge.globo.com/sp/tem-esporte/video/conheca-a-historia-do-estadio-humberto-reale-agora-ct-do-sao-bento-2829852.ghtml

As arquibancadas de cimento e as de madeira foram demolidas mas o estádio segue como CT do São Bento, como mostram as imagens que fizemos em 2024:

No dia da visita estava rolando um campeonato feminino:

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202- Camisa do Plácido de Castro FC (AC)

A 202ª camisa de futebol retratada no site estreia o futebol acreano aqui no As Mil Camisas!!!!

A camisa representa o Plácido de Castro Futebol Club, clube sediado na cidade de Plácido de Castro, no estado do Acre.

Recentemente, o time reformulou seu distintivo tornando imediatamente minha camisa obsoleta. Dane-se. Eu gosto dela.

O atributo alt desta imagem está vazio. O nome do arquivo é placido-castro-1-754x1024.png

Plácido de Castro é um município há cerca de 100 Km da capital Rio Branco, criado em 1976 e que homenageia o militar que comandou os seringueiros locais em uma luta pela independência local, frente à Bolívia.

A região tinha grande potencial seringueiro e por isso era tão cobiçada que chegou a ter o próprio presidente da Bolívia, o general José Manuel Pando, participando no enfrentamento a Plácido, sem sucesso.
Depois de diversas batalhas, a “revolução do Acre” venceu as tropas bolivianas, proclamando, o Estado Independente do Acre, ou a “República do Acre” e que teve Plácido de Castro como presidente até 1903, quando o Tratado de Petrópolis, anexou o Acre ao Brasil dissolvendo o Estado Independente.

Plácido foi morto em uma emboscada aos 35 anos, por “jagunços” a mando de um ex companheiro de armas da revolução, que se sentia menosprezado e desvalorizado após tanta dedicação.
Esta é uma ilustração de José Plácido de Castro:

Vale reforçar que antes da ocupação por seringueiros, a região onde atualmente está a cidade foi ocupada por várias etnias indígenas e que atualmente ainda se fazem presente por lá.
Destaque para os Huni Kuin também conhecidos como Kaxinawá, pertencentes à família linguística Pano.

Mas, falando do futebol local, o Plácido de Castro FC foi fundado no dia 3 de agosto de 1979, começando como quase todos os clubes: disputando campeonatos e torneios amadores.
O Plácido de Castro FC se tornou conhecido como o Tigre do Abunã.

Em 1983, disputou um amistoso pela primeira vez contra um clube de futebol profissional e empatou em 1×1 com o ADESG.
A partir daí o time passou a se desafiar cada dia mais e disputar amistosos contra outras equipes profissionais.
Em 1987 e 1988, participou das duas únicas edições da Liga Independente do Norte, colocando-se, respectivamente, em quarto e terceiro lugar.
O Plácido de Castro FC se profissionalizou somente em 2008, disputando o Campeonato Acriano, ficando em terceiro lugar.
Veja a tabela do site Bola na área:

Em 2009, terminou na última colocação.
Em 2010, perdeu 6 pontos por inscrição irregular de um atleta, o que o tirou das semifinais.

Em 2011, o clube conquistou o vice-campeonato estadual, enfrentando os dois times de maior hegemonia no estado, batendo o Atlético na semifinal e perdendo o título para o Rio Branco, com um empate e uma derrota!
Na segunda partida, quase um quarto da população de Plácido de Castro (que tinha na época pouco mais de 17 mil habitantes) se moveu para apoiar o clube: mais de 4 mil placidianos viajaram 100km até Rio Branco para assistir a grande decisão

Em 2012, terminou em 4º lugar, mas em 2013, fez uma campanha muito boa na primeira fase, terminando em 3º lugar e se classificando para a semifinal!

Na semifinal, venceu o primeiro jogo contra o Atlético por 1×0 e empatou o segundo jogo por 0x0, chegando à final, contra o Rio Branco.
Perdeu o primeiro jogo por 2×0, mas ganhou o segundo por 3×0, levando a decisão por penaltys onde saiu como grande campeão!

Em 2014, perdeu a vaga para a final para o Rio Branco (uma derrota por 1×0 e um empate por 1×1), terminando em 4º lugar.
Em 2015, novamente perde a semifinal parao Rio Branco, terminando na 4ª colocação.
Em 2016, acaba na 6ª colocação. Mas neste ano, tem como grande destaque sua nova presidente: Rafaela Escalante, que era a líder da torcida organizada “Fanáticos Plácido”.

Seu maior feito foi liberar o Estádio local, o Estádio José Ferreira Lima para o uso no Campeonato Estadual, já que até então o time mandava seus jogos na Arena da Floresta.

Em 2017, volta a ficar entre os melhores ocupando a 3ª colocação.

O time mantém-se entre os melhores em 2018:

Em 2019, chega à semifinal do primeiro turno, mas é eliminado.
Em 2020, chega à semifinal contra o time do Galvez e é eliminado nos penaltys.
Em. 2021, termina em último lugar com apenas um ponto…

Em 2022, termina na 7ª colocação.
Em 2023, mais uma campanha ruim, ficando em 4º do seu grupo, não se classificando para o hexagonal final.
Aqui, o time de 2023:

O time manda seus jogos no Estádio José Ferreira Lima, o Ferreirão.

E aí sua torcida, de local no Estádio Ferreirão!

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Jabaquara AC 1×1 CA Penapolense: Segunda Divisão 2023

Sábado, 5 de agosto de 2023.
Depois de curtir uma praia no Gonzaga, onde em 1982 (41 anos atrás !!!) Raul Seixas fez um showzaço (clique aqui e relembre!), subimos o morro da Nova Cintra até o bairro Jabaquara, também conhecido por “Caneleira” para mais uma partida pela Segunda Divisão do Campeonato Paulista.

O nome Nova Cintra foi dado por Luís de Mattos, português que viu semelhança com a “Sintra“, portuguesa.
O caminho para o Estádio Espanha é tranquilo e permite conhecer uma parte de Santos pouco divulgada, mas com seu charme, seja pela Paroquia de São João Batista, que alguns dizem ter sido construída ainda no século XIX…

Seja pela Lagoa da Saudade, que teria se formado na cratera de um vulcão e abrigado diversos jacarés…

Pelas características da natureza, é certo que antes da chegada dos portugueses, havia ocupação indígena para aproveitar a abundância de água e demais recursos.
O nome Jabaquara seria uma versão aportuguesada de Yab’a’kwara, algo como “o buraquento”, por causa do antigo riozinho cheio de buracos que por ali passava.
O bairro ficou mais conhecido por conta do famoso quilombo de mesmo nome: Jabaquara.

Até 1922, havia um elevador hidráulico, atendendo à população, quando um grave desastre veio dar fim a ele.

A ocupação portuguesa se deu ainda nos tempos de Martim Afonso de Souza, quando foi criado um núcleo agrícola no alto do morro.
O bairro se desenvolve e assim como na cidade surgem os canais.
Aliás, bem em frente ao canal da Av. Francisco Ferreira Canto está o Estádio Espanha!

E ali já teve muita história rolando… Olha essa foto linda do Jabaquara de 1966:

O Estádio Espanha foi inaugurado em 7 de setembro de 1971, e 52 anos depois, lá vamos nós pra uma partida da Segunda Divisão!

Pelo adesivo que vi em um dos carros, sabia que ia encontrar uma das figurinhas carimbadas do Jabaquara, o sr. Hilário Garcia Carvalho, também conhecido como “Jabuca“.

E olha quem estava ali na entrada, ele mesmo, o maior torcedor do Jabaquara!

Antes de entrar, fiz questão de dar uma passada pela parte social do clube, para registrar a estátua em homenagem ao maior ídolo da história do Jabaquara, Gylmar do Santos Neves. Gylmar faleceu em agosto de 2013 e jogou pelo Jabaquara entre 1945 e 1951. Aqui, a foto da inauguração, em 2015:

E aqui, a estátua no dia do jogo:

Vale recordar, que em 1924, o clube tinha sua sede no bairro do Macuco, e mandava seus jogos no Estádio Antonio Alonso:

Ingressos em mãos, vamos lá!

Bandeiras hasteadas, e tudo pronto! O Estádio está lindo!

Até camisas do time estão disponíveis para a venda por R$ 75.

Os times entram em campo pressionados pois nenhum deles venceu nas duas primeiras rodadas da terceira fase.

Assim, é com certo nervosismo que a partida começa no tradicional “Estádio Espanha” neste embate válido pela 3ª fase do Campeonato Paulista da Segunda Divisão de 2023.

O Estádio Espanha tem capacidade para mais de 8 mil torcedores.

Existem arquibancadas nos 4 lados do campo, mas o público se concentra mesmo na arquibancada que fica junto à entrada do Estádio, principalmente porque nos jogos a tarde é onde fica a parte da sombra. E é aqui que ficamos!

Conforme a tarde foi caindo toda a bancada estava à sombra!

Do outro lado, mais uma grande arquibancada, que permanece vazia pelo baixo público, mas que está pronta para a volta dos dias de glória do Jabuca!

Este é o gol da direita, onde também se encontra uma arquibancada e que normalmente é disponibilizada aos visitantes.

Atrás do gol da esquerda é o espaço onde se coloca o pessoal das Organizadas do Jabaquara: a Fúria Rubro Amarela e a Torcida Jovem!

Ali está a faixa da Fúria Rubro Amarela:

Poder acompanhar um time como o Jabaquara Atlético Clube é uma verdadeira honra. Fico pensando até quando um time que representa um outro tempo e que não faz parte do grupo dos “gigantes” se manterá fazendo história…

O clube foi fundado em 15 de novembro de 1914 e conseguiu ultrapassar seu centenário mantendo ao seu redor uma legião de torcedores do bairro!

Mas a bola está rolando e é hora de dividir um pouco do clima de jogo no Estádio Espanha:

O gol impedido logo cedo aumentou a vontade de ganhar do time…

… e dos torcedores locais também!

Ainda que muitas das jogadas fossem de bolas paradas ou mesmo chutões desperdiçados ao acaso…

O CA Penapolense também levava perigo….

Mas o jogo não se limita ao campo, dê uma olhada nas arquibancadas e curta o espírito do futebol em Caneleira!

O Jabaquara aperta e faz da entrega a sua maior arma!

E de tanto apertar, em um ataque aos 35 minutos, Gabriel Patrez marcou o gol do Jabaquara para alegria de sua torcida!

Em meio às emoções, o primeiro tempo vai terminando…

Hora de curtir um pouco o Estádio e registrar a torcida que compareceu pra apoiar o Jabuca!

São poucos os times brasileiros que adotaram as cores vermelho e amarelo em seus uniformes, lembro-me apenas do Atlético Sorocaba, existiu algum outro?

De qualquer forma, é uma combinação bem chamativa nas bancadas!

O bar local teve trabalho dobrado, já que mesmo à sombra, o dia estava quente!

Bacana ver uma molecada presente na arquibancada. Quem sabe não darão sequência a essa história toda?

Aproveito o intervalo pra lembrar o início do time, ligado a um grupo de jornaleiros espanhóis que reuniam-se no bairro do Jabaquara para praticar o futebol.
Conta-se que foi um senhor negro, ex-escravizado foi quem propôs o nome e assim fez nascer o Hespanha Foot Ball Club.

O Hespanha FC estreou em competições profissionais no Campeonato Paulista de 1927, organizado pela LAF (Liga dos Amadores de Futebol), e saiu com o vice-campeonato do que equivalia à segunda divisão daquele ano.

O site “O curioso do futebol” trouxe a história dessa campanha e a foto abaixo:

Em 1929, seria o 3º colocado, depois disputaria o Campeonato da APEA de 1933 (novamente vice campeão) e 1935 (4º lugar), o da LPF de 1936 (7º lugar) e os campeonatos organizados pela Liga da LFESP de 1938 a 1940.
Em 1941, foi um dos clubes fundadores da Federação Paulista de Futebol (FPF), e em 1942, após terminar em último lugar no campeonato, mudou seu nome de Hespanha para Jabaquara por conta da 2ª Guerra Mundial.
Já nos anos seguintes, campanhas fracas, com o time terminando sempre nas últimas colocações. Nessa época, mandava suas partidas no Estádio Ulrico Mursa, da Portuguesa Santista.
Aqui, o time de 1945:

Em 1952, termina em penúltimo e é rebaixado junto do Radium de Mococa para a segunda divisão. Retorna em 1955 e permanece até 1963, quando uma goleada para o Santos por 5×3 decreta novo rebaixamento.
Nunca mais o Leão da Caneleira teve forças para retornar à elite.
Em 1960, se estabeleceu em Caneleira, com seu Estádio Espanha.
Em 1968 licencia-se do Campeonato. Em 1977, passa a disputar a “Segunda Divisão” (que equivalia ao quarto nível) até 1979.
Em 1980 e 1982 joga a segunda divisão, com passagem pela 3ª em 1981, de 83 a 93. Em 1987, chegou à fase final, perdendo o acesso pra Sanjoanense, mas em 1993 sagrou-se campeão, com grande campanha!

O time acabou entrando na nova organização do futebol paulista e passou a jogar a série B1-A (o quarto nível).
Entre altos e baixos, em 2002, novo título, dessa vez da série B3 do Campeonato Paulista. Confira matéria do Curioso do Futebol!

Bom, mas é hora de voltar para o segundo tempo porque lá vem o time do CA Penapolense, treinado por Oscar Souza, prometendo “botar fogo no jogo”.

O CA Penapolense voltou para o segundo tempo melhor arrumado e buscando o gol a todo instante!

O Jabaquara seguia tentando na bola parada…

Olha aí o estádio…


Um céu azul lindo, a natureza ao fundo…. e o Jabuca lutando para seguir existindo e quem sabe até voltar à Terceira Divisão

O jogo entrava no tudo ou nada e o CA Penapolense se lançava ao ataque loucamente, abrindo espaços para o contra ataque. O time do Jabaquara perdeu a chance de matar o jogo dessa forma…

Esqueça as dores na canela, o jogo vale a vida para o Jabaquara!

Já nos acréscimos (o juiz deu 7 minutos) o CAP chegou ao empate para a alegria do narrador de Penápolis que foi o único a segurar o grito de gol por longos segundos…

Um triste golpe para a fiel torcida do time local…

Fim de jogo, o empate mantém um fio de esperança para ambas as equipes, mas de verdade, foi um placar ruim para os dois times.
Veja como ficou a tabela de classificação do grupo (peguei lá do Futebol Interior):

E se alguém achou injusto o resultado, a revanche já tem data: no próximo sábado as duas equipes se enfrentam novamente no. “returno” desta fase, mas dessa vez no Estádio Tenente Carriço, em Penápolis.

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Copa Paulista 2023: São José EC 2×0 EC Santo André

29, de julho de 2023.
Sabadão a noite. O rolê pra hoje não tem taaaanto glamour, já que a Copa Paulista não é a competição mais apreciada pelos torcedores, mas em campo, temos um encontro que há tempos não se via.

Assim, repetindo o que torcedores do Ramalhão já faziam nos anos 70, pegamos a Dutra e fomos até o belíssimo Estádio Martins Pereira para acompanhar a partida frente o São José, que vem em uma retomada dentro do cenário futebolístico.

Antes do jogo, fomos dar um rolê pela cidade e foi bacana ver a loja do São José, lá no centro da cidade:

A loja faz a diferença na “materialização” do time em pleno centro da cidade.

Uma série de cartazes espalhados pela cidade ajudam a divulgar os jogos do São José na Copa Paulista:

Refletindo o bom momento do time, a torcida local compareceu e fez uma bela festa!

Uma pena que ali do local destinado aos Visitantes, não deu pra fazer uma foto frontal.

Massacrado por uma incrível sequência de maus resultados, o Ramalhão tenta se reerguer juntando ao time de “pratas da casa” alguns nomes que chegaram para a Série D, da qual foi eliminado há uma semana. E começou o jogo indo pra cima do São José EC:

Será que bem aqui em São José dos Campos o Ramalhão iniciaria uma incrível reviravolta chegando ao título da Copa Paulista, conquistando também a Copa do Brasil 2024 e voltando à Libertadores em 2025?
Olha aí outro ataque do Santo André que nos deixava esperançosos:

O São José EC respondia nos contra ataques e em bolas paradas:

Falta para o Santo André e um desvio quase “mata” o bom goleiro Ariel. Aliás, o seu reserva é o nosso amigo Luis Augusto! Seguimos na torcida pra que ele tenha uma carreira vitoriosa!

O jogo era mesmo de rivalidade! Teve cordão de policiamento separando e tudo!

O primeiro tempo virou 0x0. Mas com a chegada da Fúria Andreense, as emoções se concentraram mais na arquibancada do que no próprio campo.

Fico contente de ver a nossa turma sempre presente mesmo em um momento tão difícil do time.

É óbvio que ninguém gosta de perder, e participar diretamente do pior momento do time nos últimos anos, mas estar na arquibancada com os amigos é sempre um prazer!

Nossos sonhos de vitórias foram interrompidos aos 28 minutos do 2º tempo, quando Matheus Serafim colocou os donos da casa na frente do placar! A torcida local foi à loucura!

O que fazer do nosso lado, se não responder cantando e apoiando ainda mais…

Loucura? Inocência? Não há porque seguir apoiando?
Fala isso pra Fúria, então, que canta a plenos pulmões mesmo nos piores momentos….

Mas, somos realistas. Sabíamos dos limites deste time e principalmente deste ano, com um time montado sem grandes esforços comerciais, e aos 36’ do 2º tempo, Nicholas fez 2×0 e matou o jogo…

É um momento de extrema satisfação para a torcida do São José que tem acompanhado esse novo momento do time, de volta à série A2, após chegar à Segunda Divisão, o quarto nível do futebol paulista e agora luta para conquistar uma vaga na série D do Brasileiro de 2024…

A nós? Resta a resiliência em aguardar um 2024 melhor (já que nossa principal dívida termina de ser paga em outubro-2023) e a disposição de tentar levar a frente ideias de como a diretoria pode melhorar a gestão do time…

Após o jogo, ainda pudemos celebrar o aniversário do amigo e também torcedor do Ramalhão, Furlan! Feliz aniversário, meu amigo e que os próximos jogos sejam melhores presentes kkkk

Por fim, a síntese de curtir o futebol se resume a isso: diferentes times, rivais sempre, mas inimigos nunca. Abraços aos amigos Lucas, que acabei encontrando no estádio e também na pizzaria em que fomos comemorar, e ao Castanhare, que não deu pra trombar no rolê!

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