Botafogo 2×1 RedBull Bragantino (Pré Libertadores 2024)

6 de março de 2024.
Um acidente na chegada da serra das Araras interrompe o trânsito de quem ia de São Paulo para o Rio de Janeiro por mais de 3 horas…

O que seriam dois dias de trabalho com certa tranquilidade começa cheio de atrasos, mas nada que tenha impedido de chegar a tempo no incrível “Estádio Olímpico Nilton Santos“!

A pedida da noite é uma partida válida pela fase “pré grupos” da Libertadores de América e envolve o tradicionalíssimo Botafogo de Futebol e Regatas frente a um time que sintetiza os novos modelos de gestão profissional do futebol: o Red Bull Bragantino Futebol Ltda.

˜Estaremos do lado carioca, então vale a bombeta do Fogão na cabeça!

Como chegamos com meia hora de antecedência, demos um rolê no entorno do Engenhão para ver como é o clima antes da partida, e confira que bacana é:

E dessa vez a companhia do rolê foi o meu xará Mauricio Savóia!

Chegou a hora do jogo e ao entramos fomos surpreendidos pelo maravilhoso mosaico feito pela torcida do Botafogo!

Olha essa foto do blog Fim de Jogo que mostra de frente, a arte tão bonita!

Os times entraram em campo com esse visual incrível dessa caveira, feita pela torcida local!

Era minha primeira vez no Estádio Nilton Santos e confesso que me surpreendi pelo visual, pela atmosfera e pela facilidade que foi acessar a arquibancada mesmo em um jogo com mais de 30 mil torcedores.

Espero que dê pra compartilhar com você que quer saber mais sobre esse lindo estádio do Rio de Janeiro neste humilde vídeo que fizemos:

O outro ponto que não surpreende em teoria, mas que na prática é sempre chocante é a vibração da torcida do Botafogo! Além de comparecer em bom número o clima criado contribuiu demais para o jogo ser favorável ao time carioca.

Olha que monstruoso o paredão alvinegro e veja que legal as frases de incentivo ao time:

Este é o outro lado do estádio, um pouco mais comportado. É desse lado que fica a principal entrada do Estádio.

É desse lado que ficam as lindas estátuas de Garrincha, Zagalo, Jairzinho e Nilton Santos (foto da Wikipedia):

Mas voltando ao Engenhão, olha que momento incrível da torcida botafoguense!!!

E aí a nossa turma!

Se não deu pra filmar o primeiro gol do Botafogo, marcado aos 43″ por Junior Santos, pelo menos deu pra registrar a emoção da galera comemorando…

É impossível assistir o Botafogo e não lembrar dos times que marcaram a história do futebol carioca, brasileiro e até mundial e ao mesmo tempo ver que o time tem vivido um novo bom momento, ainda que a perda do Brasileiro de 2023 da forma como foi tenha machucado bastante seus torcedores.

Mas a alegria da torcida local durou pouco, pois o RedBull Bragantino empatou o jogo com Juninho Capixaba aos 46″ e fez o primeiro tempo virar em 1×1.

Sei que os demais esportes tem grande importância, e que o futebol normalmente tira espaço de outras boas iniciativas, mas confesso que a pista de atletismo atrapalha um pouco por distanciar a torcida do campo…

Eu fico verdadeiramente emocionado em poder participar de um jogo, estando ali no meio da torcida do Botafogo e em uma competição como a Libertadores de América!

Olha os bancos de reservas:

Quem segue o blog sabe que a ideia não é trazer captações mais artísticas e sim registrar o clima do jogo, mas a iluminação do Engenhão atrapalhou bastante na foto da cobertura do Estádio.

O segundo tempo começa com o Botafogo atacando o gol em que estava bem a nossa frente e a expectativa de ver o time da casa marcar foi ainda maior.

O setor norte, onde ficamos, não é onde ficam as organizadas, mas confesso que achei o pessoal muito mais animado do que os dos setores “comuns” das arenas paulistas (veja o último post que fizemos sobre o jogo do Santo André contra o Corinthians).

E ali atrás da galera tem um telão que faz sucesso durante o jogo. Muitos assistem o jogo dividindo a atenção entre campo e telão.

Vale a menção honrosa pro pessoal da Torcida Guerreiros, do Red Bull Bragantino, que provavelmente também pegou o mesmo acidente na estrada que a gente e que por isso acabou chegando com certo atraso, mas se fez presente!

Mas, o que a maioria queria aconteceu e a torcida foi à loucura com o segundo gol dos donos da casa , marcado novamente por Júnior Santos.
Repare que o filme começa com a torcida nervosa porque o juiz não tinha dado uma falta pro Botafogo, mas a tensão se dissipa em energia no momento do golaço!!!

E aí a festa não parou mais nas bancadas alvinegras:

E vamos Botafogo!!!!

Antes de ir pra casa (ou pro trabalho, no caso), uma parada em frente à imagem sagrada de Nilton Santos e Garrincha

E na hora de ir embora e voltar para Santo André, um último encontro inesperado com o Estádio Nilton Santos que apareceu para dizer um “até logo”… Obrigado!

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O futebol em Cotia-SP

Dessa vez, vamos falar de um rápido pitstop em Cotia, cidade vizinha da capital, para registramos o Estádio Euclides de Almeida, a casa do futebol local.

Cotia é uma das áreas que sintetiza a história do Brasil: repleta de povos indígenas, ocupando originalmente suas terras, a região viu os europeus chegarem e acabarem com toda a cultura e modo de vida até então, em busca de ouro e do aprisionamento e da escravização dos indígenas.
Ainda assim, atualmente alguns povos indígenas seguem vivendo na cidade.

Logo, a região passou a servir de ponto de abastecimento para as caravanas que por ali passavam, aproveitando as trilhas indígenas, em direção ao interior do Brasil ou até Sorocaba, um importante ponto para negociação de gado.
Um dos possíveis significados do nome da cidade seria devido a isso: Kutia significaria ponto de encontro.
Os jesuítas possuíam ali duas importantes áreas: Aldeia de Carapicuíba (a foto abaixo é do site do Iphan) e Aldeia de São João.

Em meados do século XVII, Fernão Dias Paes apoia os então moradores a construirem uma capela em louvor à Nossa Senhora do Monte Serrat, padroeira beneditina.
Em 1703, a capela de Nossa Senhora de Monte Serrat é transferida para o local onde encontra–se até hoje a Igreja Matriz (foto do site do Turismo de Cotia).

Assim, em 1723, surge Nossa Senhora do Monte Serrat de Cotia, elevado à categoria de vila em 1856 e à cidade em 1906.
E com o desenvolvimento econômico e social, logo o futebol chegou à cidade.
E o time que materializou essa paixão, levando a cidade até às disputas profissionais foi a Associação Atlética Cotia. A imagem abaixo é do Site Escudos Gino:

O time foi fundado em 15 de dezembro de 1980 e depois de muitas disputas amadoras, decidiu estrear no Campeonato Paulista, na Terceira Divisão de 1986, onde terminou em último lugar no Grupo Branco.

Ao final do campeonato, os diretores perceberam que precisariam de um parceiro para continuar no profissionalismo.
Assim, a Central Brasileira, famoso entreposto da cidade, assumiu a equipe, fazendo com que passasse a se chamar Associação Atlética Central Brasileira, também conhecida por Central Brasileira de Cotia, agora rubro-negra. A imagem abaixo é do Site Escudos Gino:

Logo no primeiro ano de competição com o novo nome, em 1988 a AA Central Brasileira sagrou-se campeã da Quarta Divisão, classificando-se em primeiro no seu grupo da primeira fase:

Na segunda fase, mas uma vez o Central liderou seu grupo:

Na terceira fase, o time passou por um triangular e chegou a final!

Na final, enfrentou o Iracemapolense em duas partidas, vencendo a primeira em Iracemápolis por 2×0 e a segunda em Cotia por 1×0, sagrando-se assim campeão, com o time abaixo:

Em 1989, não se classifica para o triangular final, conquistando o acesso para a divisão de acesso (chamada de série A2, em 2024).

O time tinha na zaga ninguém menos que Luiz Pereira:

Em 1990, fez uma estreia bastante digna, terminando a primeira fase em 3º e caindo na segunda fase.

E o time também jogou a Copinha naquele ano, vencendo o Santos em sua estreia!

Em 1991, não passou da primeira fase, mas contou Wladimir (ex Corinthians e ex Santo André), aqui, já aposentado com a camisa da Central Brasileira de Cotia!

Po, e parece que o Rafael Cammarota tava ali no meio com um uniforme de linha…

Em 1992, fez uma primeira fase razoável, terminando em 4º lugar, mas apenas os 3 primeiros se classificaram para a fase seguinte.
Em 1993, liderou o seu grupo, classificando-se para a próxima fase, onde terminou em 2º, perdendo a chance de disputar o título:

Em 1994, já no formato pontos corridos, termina na 5ª colocação mas a parceira já não era suficiente para manter o time em Cotia e para não fechar o time, preferiram buscar um novo parceiro em uma nova cidade: Espírito Santo do Pinhal.
Assim, em 1995, disputa a Terceira Divisão (chamada de série A3, em 2024) como Central Brasileira de Pinhal terminando na última colocação e licenciando-se do futebol profissional.

E para registrar um pouco dessa história fomos conhecer o Estádio Euclides de Almeida, onde o clube mandou seus jogos:

Uma pena que fomos super mal recebidos por um caseiro que trabalha ou vive no Estádio e que tentou impedir até mesmo que fizéssemos fotos estando do lado de fora (pelos vãos do portão):

Olha o gol da esquerda e a arquibancada lá do outro lado:

Pelo que vi, o gol da direita está caído…

Até um vídeo por ali deu pra fazer:

Mas na hora de ir embora, parei na estrada e percebi que dali do alto dava pra ter uma bela vista do Estádio Euclides de Almeida

Depois até achei uma foto na fanpage do time que mostra uma versão antiga do estádio com as arquibancadas todas montadas:

Em 2011, o futebol profissional voltou a bater nas portas da cidade, com a criação do Cotia FC!

Naquele ano, o Cotia Futebol Clube, fundado em 13 de abril de 2000, na cidade de Campo Limpo, com o nome de Sport Club Campo Limpo Paulista, estreava na 4ª divisão de 2011.

Em 2012, avançou apenas até a Segunda Fase.

O time tinha até uma torcida: “Ultras”.

Em 2013, o Cotia FC, conquista o acesso para a série A3 do Campeonato Paulista, mesmo tendo problemas com o estádio Euclides de Almeida que acaba interditado obrigando o time a mandar seus jogos em outras cidades.

Em 2014, termina sua primeira A3 em 14º lugar.
Em 2015, acaba excluído da competição, se licenciando e novamente deixando a cidade órfã de futebol profissional, por isso…

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O futebol em Caconde-SP

No carnaval de 2024, tivemos a oportunidade de fazer mais um rolê misturando futebol, natureza, cultura e estrada.
Nossa primeira parada foi a cidade de Itobi, passamos também por Casa Branca, Mococa, Arceburgo (MG), Guaranésia (MG), Guaxupé, Tapiratiba e agora chegamos a Caconde!

Se você tem acompanhado os últimos posts, já percebeu que uma das características dessas cidades que visitamos é a riqueza de seus recursos hídricos, e isso se deve principalmente pelo rio Pardo, que tem sua nascente em Ipiúna-MG, desemboca no Rio Grande e no meio desse rolê de mais de 500 km, passa por Caconde, onde foi construída uma represa com um lindo visual.

E, claro que essa beleza toda que faz a gente ficar babando é algo artificial que só existe por conta do represamento do rio, mas é óbvio que os povos que vivam ali antes da chegada dos europeus também se aproveitavam dos benefícios da água. Então, permita-se por um minuto imaginar como essa região devia ser repleta de vida há milhares de anos atrás…

Logo, os diferentes povos que viviam ali perceberam que as coisas estavam mudando… Homens brancos passando pela região, capturando e escravizando os que ali viviam até uma verdadeira guerra intercultural ser travada e expulsar os que moraram por tanto tempo nestas terras, como retratou o holandês Rugendas:

A partir do século XVIII, a notícia de que havia ouro na região trouxe diversas pessoas à região, mas a procura não se converteu em riqueza fazendo os mineradores abandonarem o local, só ficando por ali, os agricultores.
Atualmente, cerca de 20 mil vivem na cidade, que teve toda essa natureza, potencializada pela cafeicultura que gerou grande movimentação econômica.

Nos anos 50, inaugura-se a Usina Hidrelétrica Caconde:

Com ela, surge o lago da Graminha do Rio Pardo reforçou o potencial turístico da cidade, com a criação do Parque Prainha e Praça Esotérica e panorâmica do Mirante. Olha aí uma parte da prainha:

Outro rolê que eu recomendo é a trilha pra cachoeira do Moinho Velho:

E a cachoeira em si…

Pra terminar… um licor de jabuticaba pra aquecer a alma!

Mas o nosso rolê até Caconde também tinha como missão visitar um dos Estádios da cidade, o Estádio do Cacondense FC:

Este é o distintivo do time:

E ele está espalhado pelos muros do estádio:

A data “oficial” de fundação do Cacondense Futebol Clube é de 8 de dezembro de 1943, entretanto, existem registros prévios dessa data, na verdade desde 1925. Algumas dessas fotos:

Infelizmente não há uma placa que indique a data de inauguração do Estádio, apenas essa que mostra a inauguração do conjunto poliesportivo.

E olha que lindo o campo:

Aqui, o gol da esquerda:

E aqui, o meio campo:

Aqui, o gol da direita:

Existe até um vestiário ali atrás do campo.

Também existe um bar ali na arquibancada:

Um pequeno banco de reservas, ao lado de uma placa que deixa claro que com racismo não tem jogo!

O cuidado de ter o tricolor do time na arquibancada dá um charme especial ao estádio!

Aqui, olhando do outro lado do campo, o gol da esquerda:

O meio campo, com a arquibancada:

O da direita:

Mais uma conquista! Um estádio incrível registrado para o nosso site.

E que linda a natureza se fazendo presente no campo…

Vale lembrar que o Cacondense FC em 1942, disputou a 7ª região do Campeonato do Interior:

Em 1947, surge o União Esporte Clube de Caconde:

A visita ao Estádio do União fica para uma próxima vez em Caconde!

Em 1949 disputa amistoso com a Sociedade Esportiva Liberdade de Guaxupé:

Em 1950, ambos os times da cidade disputam o Campeonato do Interior:

Em 61, o pau fechou em Casa Branca:

Aqui, uma foto de 1963 do Cacondense FC:

E aqui, o time nos anos 70:

Pra terminar, um registro de quando Garrincha esteve em Caconde para uma partida defendendo a camisa do Milionários contra o Cacondense FC:

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208- Camisa do Newcastle

A 208ª camisa registrada no blog pertence ao Newcastle United Football Club, time de Newcastle Upon Tyne, e que manda suas partidas no St. James’ Park, localizado no centro de Newcastle, e que tem atualmente capacidade para 52.305 pessoas.

O clube foi fundado em 1892 após a fusão de dois clubes locais: o Newcastle East End Football Club e o West End Newcastle Football Club.
Seus torcedores se auto denominam como o Toon Army.

Antes de cada jogo em casa, a equipe entra em campo com a música Local hero.

Tem uma rivalidade de longa data com o Sunderland, com o qual contesta o Tyne – Wear derby desde 1898.

Além desse, o Middlesbrough, com quem disputa o clássico Tyne–Tees derby.

São mais de 90 temporadas na primeira divisão, tendo conquistado títulos do Campeonato Inglês em 4 temporadas, o primeiro deles em 1904–05:

Depois em 1906–07:

Em 1908–09:

E por fim, 1926–27:

Além disso, também foi campeão da Copa da Inglaterra nas temporadas 1909–10, 1923–24, 1931–32, 1950–51, 1951–52 e 1954–55, além da Super Copa de 1909.

Depois de ser rebaixado em 2009, o clube foi posto à venda, mas não conseguiu encontrar um comprador.
Porém, em 2021, o Newcastle anunciou a aquisição do clube por 300 milhões de libras pelo consórcio formado pela PCP Capital Partners, a RB Sports & Media, e liderados pelo Public Investment Fund, fundo estatal administrado pelo governo da Arábia Saudita, tornando-o um dos clubes mais ricos da Premier League.

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Santo André 0x0 Inter de Limeira

Santo André, 24 de fevereiro de 2024. Com essa partida, faltam 3 rodadas para o fim da primeira fase do Paulista e enquanto uns sonham com a próxima fase, ou com o título, o Santo André entra em campo buscando ainda sua primeira vitória no campeonato.

A média de pouco mais de mil torcedores segue nas arquibancadas, embaladas pela cantoria da Fúria Andreense:

E lá está também a TUDA:

E também a Esquadrão Andreense:

Os visitantes compareceram, aí está o pessoal da Interror. Abraço ao Leandro e também ao Tiger e os rockeiros da bancada de Limeira:

Já não há muito o que escrever sobre esse Campeonato… Mais uma partida com boas chances criadas que não se convertem em gols…

O placar final amargura mas mantém vivo o sonho de se manter na série A1: 0x0.

Abraço aos que colam com a gente, afinal nas horas difíceis é “nóis por nóis”.

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De volta a Guaranésia-MG

No carnaval de 2024, tivemos a oportunidade de fazer mais um rolê misturando futebol, natureza, cultura e estrada.
Nossa primeira parada foi a cidade de Itobi, passamos também por Casa Branca, Mococa, Arceburgo (MG) e agora chegamos a Guaranésia.

A região era ocupada há milhares de anos por diversos povos como Guaranis, Kayapós, Puris, entre outros, e logo foi ocupada por europeus já que ficava no caminho para as minas de ouro. Pintura de Oscar Pereira da Silva.

Em 1901, a localidade foi elevada a cidade, com o nome de Guaranésia.
Logo ao entrar na cidade você percebe sua característica geográfica: somente 20% do relevo do município de Guaranésia apresenta-se plano… É morro pra cá e pra lá.
O primeiro trecho do ramal ferroviário ligando Guaxupé a Guaranésia foi inaugurado em 1912.

Hoje o que sobrou são apenas lembranças… Materializadas em uma locomotiva eternamente estacionada em frente onde ficava a estação.

Já visitamos Guaranésia em 2009, para conhecer o Estádio Francisco Lopes (veja aqui como foi) e veja abaixo como eu era 15 anos mais jovem e já com meus tradicionais bermudões pretos.

Naquela rápida visita ficamos chateados por não ter conseguido adentrar ao Estádio Francisco Lopes e aguardava uma nova oportunidade para fazê-lo.
Eis que esse dia chegou!

Olha que linda vista aérea disponível no site Guaranésia Memórias:

No início do Século XX já se jogava futebol em campos improvisados em Guaranésia.
Os primeiros times da cidade foram a Associação Atlética Esportiva e a SAGI Futebol Clube (Sociedade Anônima Guaranésia Industrial), fundada em 11 de Novembro de 1923, que daria origem ao Clube Operário de Recreios e Esportes (CORE).

Aqui, matéria de 1938 sobe a SAGI:

No mesmo 1938, jogo com o Arceburgo FC:


Aqui, jornal de 1940 fala de um jogo do CORE contra o J Nicola FC, de Mococa.

E outro contra o Guaxupé EC:

Aqui, o time de 1949:

Já em 1930, surgiriam o Santa Margarida Futebol Club e o Aliança Futebol Clube.

Aqui, uma das primeiras formações do Aliança:

Em 1932, o Aliança FC sofre um revés por 8×0, em um amistoso contra o Radium e decidem encerrar o time, e fazer surgir em seu lugar o Guaranésia Futebol Clube.

O primeiro estádio da cidade era o do Clube Operário Recreativo (CORE), e ficava no centro, mas em 1937, o Sagi Futebol Club prometia também construir o seu próprio campo.

Porém, o terreno do campo do CORE (onde o Guaranésia mandava seus jogos) foi entregue para a construção da Fábrica de Tecidos Santa Margarida…
Veja nesse mapa atual, como a fábrica fica perto do atual campo do Guaranésia:

Nessa foto mais antiga dá pra ter ideia de como era o local em 1923 (a foto é do site da própria Santa Margarida).

Aqui, um recorte do jornal Monitor Mineiro de 1934, falando sobre uma partida entre a Esportiva e a SAGI FC:

Também em 1934, uma nota no mesmo jornal sobre uma partida entre o Guaranésia FC e a AA Riopardense:

1944:

Após a doação do campo para a construção da fábrica, o Guaranésia Futebol Clube passou a utilizar o Estádio Marinho Ribeiro Lima Filho, o “campo das almas” (por estar perto do cemitério) e que hoje é chamado de Campo do Cruzeiro.
Passamos por lá pra registrá-lo:

Olha uma foto do time do Cruzeiro:

Só depois disso é que veio o atual Estádio Municipal, e que infelizmente, mais uma vez estava fechado e não permitiu que registrássemos melhor sua arquibancada.

Só o que fizemos foi fazer umas fotos do lado de fora:

Bem que tentei entrar pelo portão de traz, mas… também estava fechado.

Recentemente o time do Guaranésia Futebol Clube chegou na final da Copa Alterosa de Futebol Amador perdendo para a Seleção de Campo Belo e também a final da COPA AMOG.

E esse é o uniforme atual do time:

E aqui, uma contribuição do amigo Luis Sérgio mostrando mais uma camisa do time:

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As Mil Camisas em Barra dos Coqueiros – SE

Chegamos enfim ao nosso último post do incrível rolê que fizemos pelo Sergipe. Seremos eternamente agradecidos pela incrível receptividade das pessoas, e pela energia e beleza dos lugares em que pudemos estar…

Esse é o último post sobre o Sergipe, mas se você quiser ver as cidades e estádios que visitamos, escolha entre Canindé do São Francisco, Nossa Senhora da Glória, Itabaiana, ou pela capital, o Estádio do Confiança (Proletário Sabino Ribeiro), o Estádio do CS Sergipe (João Hora) ou a Arena Baptistão, e também um rolê mágico, passando a fronteira do Sergipe e chegando até Piranhas, em Alagoas

A capital sergipana é uma delícia e tem vários passeios gostosos como os mercados…

As feiras de artesanato…

E as praias de Aracaju e das cidades vizinhas…

Mas, a região metropolitana é como aqui em SP, bastou cruzar uma ponte e saímos de Aracaju e entramos em outro município, no caso: Barra dos Coqueiros!

Nosso destino era o Estádio Municipal João Cruz.

Por se tratar de um estádio municipal, muitos times mandaram seus jogos ali, como a Associação Desportiva Barra, que é lá de Barra dos Coqueiros, mesmo!

A Associação Desportiva Barra dos Coqueiros, agora chamada de Barra FC foi fundada em 21 de março de 2014 como clube empresa trabalhando com jovens atletas, participando das categorias de base e com um time feminino nas disputas profissionais.
Logo passou a disputar também as competições oficiais no masculino, na série A2, a partir de 2018.

Mas o Estádio foi também a casa do Falcon Futebol Clube, time fundado em 23 de novembro de 2020, em Barra dos Coqueiros, como um clube-empresa.

No início deste ano (2024) transferiu-se para Aracaju. Em novembro de 2021, conquista o acesso à série A1 do Campeonato Sergipano.

E em 2022, foi vice campeão sergipano, perdendo o título para o CS Sergipe.

Outro time que mandou jogos por lá foi o Aracaju FC, time fundado em 1 de dezembro de 2004 e que atualmente está licenciado das competições profissionais.

Outro time que também mandou jogos por aqui por conta da reforma do seu estádio foi o Socorro Sport Clube, time da cidade de Nossa Senhora do Socorro. Fundado em 29 de dezembro de 2018, tem disputado a Série A2 do Campeonato Sergipano.

O Santa Cruz Futebol Clube, da cidade de Riachuelo, também mandou jogos por lá, desde que se profissionalizou-se em 2018. Disputa, atualmente, a Série A2 do Campeonato Sergipano.

E até o CS Sergipe também já mandou jogos lá!

Deu pra ver a importância do Estádio João Cruz para o futebol da região metropolitana de Aracaju.

Infelizmente não conseguimos entrar para registrar a parte interna do estádio…

Mas do lado de fora deu pra sentir um pouco de como é lá dentro.

E deu pra registrar as bilheterias!

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O futebol em Fartura-SP

E lá fomos nós para mais um rolê pelo interior do estado de São Paulo para conhecer e registrar um novo o Estádio, dessa vez a cidade a visitar foi Fartura!

Segundo texto do site da Câmara Municipal, a região onde se encontra Fartura, foi habitada pelos povos Caiuás (Kaiowás), da família Tupi-Guarani e ainda hoje encontram-se por lá objetos de pedra de uso destes povos originários, como bacias, mão de pilão, machados e diversos outros.

Como quase toda a história do Brasil, a região também nasce fruto da invasão dos europeus e dos latifúndios criados em torno de famílias poderosas dos séculos XVII e XVIII, no caso de Fartura, a família que tomou posse do lugar foi a José Viana.

Também seguindo o percurso tradicional, a religião rapidamente passa a se materializar na região, nesse caso, por meio da Capela Nossa Senhora das Dores, construída em 1887.

Assim, passa a surgir um povoado formado pelos lavradores que trabalhariam nas terras da família e também por um comércio local, dando origem ao município em 31 de março de 1891.
E se você acha que faltava algo, que tal uma cervejaria local? Em 1904 surge a fábrica de cerveja e gasosa do Sr. José Adriani para dar uma acalmada nos ânimos. A Inteligência Artificial ajudou a imaginar como era…

Alguns anos depois da cerveja, em 1920, surge o Clube Atlético Farturense para completar o rolê:

Após uma fase jogando amistosos, o time disputa o Campeonato do Interior de 1944:

Em 1945, sagra-se campeão da região, classificando-se para o mata mata e sendo eliminado pela Botucatuense (8×3, em Botucatu e 0x2 em Fartura, fatura de gols…):

E 1946:

Aqui, só pra lembrar outros times que disputaram aquela edição…

Porém, um outro time com nome próximo, surge em 1924: o Fartura EC.

Time base que jogou de 1946 até o início dos anos 50:

Em 1958, o Fartura EC defendeu as cores e o nome da cidade no Campeonato Amador do Interior:

Esse é o time de 1964:

E aqui, o time de 1975 com faixa de campeão:

Até um time feminino o Farturense EC teve!

Ambos os times mandavam seus jogos no Estádio Belgrave Teixeira de Carvalho.

O jogo de estreia foi entre o Fartura EC e o EC Cruzeiro do Sul, de Taguaí (na época a cidade se chamava Ribeirópolis) em 7 de fevereiro de 1926.

Uma pena que não conseguimos entrar para registrar a parte interna do Estádio

No fim das contas, deu pra, pelo menos, dar uma olhada na parte interna do estádio e imaginar em como foi toda essa história…

O gramado parece muito bem cuidado e deu pra perceber também que existe um sistema de iluminação que permite partidas noturnas.

De onde fotografamos, estávamos lado a lado com o cemitério, e ali ao outro lado, a igreja!

Atrás do gol uma singela arquibancada para atormentar o goleiro:

O caminho até a cidade passa no meio de várias montanhas que dão um visual único.

Na hora de ir embora, pegamos uma tempestade que acabou com a energia da cidade e, acredite ou não, deixou TODOS os postos de combustível sem atendimento possível. Isso nos fez arriscar a atravessar as montanhas praticamente sem combustível até chegar a Piraju…

Pra terminar, nos anos 80, o time junior do Santos esteve no Estádio para um amistoso, olha aí o Cesar Sampaio, encabeçando os enfileirados.

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As Mil Camisas em Aracaju – Parte 2 (Estádio João Hora de Oliveira)

Que começo de ano maluco hein? O Paulistão está a todo vapor, mas ainda precisamos dividir a parte final do rolê que fizemos na virada de 2023 pra 2024 por Sergipe (do tupi si’ri ü pe, que pode ser traduzido como “no rio dos siris”, em referência ao rio que corta o estado e principalmente a capital).

Aliás, foi bacana passar a virada de ano na capital Sergipana, nos sentimos muito bem e só tenho a agradecer a energia desse povo!

Se você quiser ver mais, sobre outras cidades, já escrevemos sobre o futebol e a cultura geral de Canindé do São Francisco, Nossa Senhora da Glória, Itabaiana, além de ver o primeiro rolê pela capital para registrar o Estádio do Confiança, e também um rolê mágico, passando a fronteira do Sergipe e chegando até Piranhas, em Alagoas, sempre ao lado de uma água de coco e de uma vista de tirar o fôlego…

Falando em comida… Saudades desse queijinho empanado com um melaço pra dar um charme…

Saudades também de andar pela orla, pelos bairros, pela praia, pelo centro e pelos mercados…

E olhar mil vezes as coisas que eu sei que não vou comprar mas que é gostoso de olhar…

A Mari já tem mais saudades das sorveterias…

O rolê de hoje é para registrar a parte vermelha da cidade: o Estádio João Hora de Oliveira.

O Estádio João Hora de Oliveira, popularmente chamado de “João Hora” é a casa do CS Sergipe, e fica no bairro Siqueira Campos.

Entre 1998 e 2000, com a interdição do Batistão, teve o seu grande momento, sendo o principal palco do futebol profissional de Aracaju

Seja bem vindo ao caldeirão!

Sua inauguração se deu em 26 de julho de 1970 em partida entre o Sergipe (que saiu na frente fazendo o primeiro gol oficial do estádio, com o jogador Duda) contra o Itabaiana (que virou o jogo colocando água no chopp dos donos da festa…).

E a partida de inauguração contou com presenças ilustres…

E 54 anos depois… Cá estamos!

Suas arquibancadas de poucos degraus tem capacidade para cerca de 6 mil torcedores.

O Estádio João Hora chegou a receber jogos de competições regionais e nacionais. Aqui, vemos o gol do lado direito:

Desde 2014, possui um sistema de refletores, permitindo a realização de jogos noturnos.
Veja um ali ao fundo, próximo do gol da esquerda:

Aqui, o meio campo, onde pode se ver uma singela área coberta dedicada às cabines de rádio:

É demais poder estar em um estádio tão bacana, e, mesmo longe, me sentir em casa!

Se as imagens formam ótimas lembranças, o que dizer das pessoas? Agradeço o massoterapeuta do time Edivaldo Souza Santos, o “Neguinho do Jipão”, por ter me recebido tão bem, me apresentado o estádio, os atletas e o treinador Marcelo Martelotte.

Pra terminar, pedi pra Inteligência Artificial desenhar uma nova versão do mascote do time do CS Sergipe, o “diabo vermelho”, e qual vc achou mais legal?

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O futebol em Canindé do São Francisco-SE

Voltando a falar do rolê que marcou o fim de 2023 e o começo de 2024, quando atravessamos o estado do Sergipe para conhecer a caatinga, o rio São Francisco, e claro alguns estádios, hoje vamos falar do Estádio André Avelino, na cidade de Canindé de São Francisco.

A cidade é conhecida por ser cortada pelas águas do rio São Francisco, ali onde fica a Usina Hidrelétrica de Xingó.

Além disso Canindé faz fronteira (dividida pelo rio São Francisco) com a cidade de Piranhas (já em Alagoas) e com Poço Redondo (onde fica a Grota de Angicos, lugar em que Lampião e boa parte de seu grupo de cangaceiros foram assassinados).

Ah, e tem os incríveis Cânions de Xingó, formados pela erosão das rochas pelo rio São Francisco ao longo de milhões de anos, em conjunto com o soerguimento tectonico da crosta terrestre.

O rio São Francisco é mágico… Um rio vivo, forte, imponente!

Poder ter nadado lá foi inesquecível…

A região tem seus doces detalhes, como as cocadas…

E tem ainda o MAX – Museu de Arqueologia de Xingó da Universidade Federal de Sergipe (UFS), inaugurado em abril de 2000 para colaborar com a preservação do patrimônio arqueológico do Baixo São Francisco, realizado pela UFS de 1988 à 97.

Normalmente falamos dos povos originários que viviam nas cidades visitadas, na época da chegada dos europeus, mas o MAX nos apresentou os povos que viviam nessa região há mais de 3 mil anos atrás!

Uma cidade tão especial merecia ter um time né? Então conheça o Clube Desportivo Canindé!

O Clube Desportivo de Canindé do São Francisco chamado apenas de “Canindé” foi fundado dia 22 de fevereiro de 2000.

O time fez sua estreia no profissionalismo em 2004, no Campeonato Sergipano da 2ª divisão, a atual série A2.
Em 2007, terminou na 3ª colocação e no ano seguinte, acabou vice campeão, conquistando assim o acesso para a inédita primeira divisão!

Infelizmente, em 2009, o time terminou na 10ª colocação e retornou para a segunda divisão. Permaneceu ali até 2013, quando a 3ª colocação levou o time novamente à série A1.
Em 2014, o time termina em 9º e volta para a segunda divisão, onde fica até os dias atuais. Este foi o time de 2021:

Em 2023, terminou na 3ª colocação, muito perto de um novo acesso que acabou não vindo, com o time:

Vale lembrar que o CD Canindé tem tradição em montar equipes femininas!

Após termos publicado esse post, o amigo e jornalista Luiz Fernando Gaspar mandou a foto da camisa que ele usou quando jogou pelo CD Canindé na A2 do Sergipano, em 2005.

O CD Canindé do São Francisco manda seus jogos no Estádio André Avelino, o “Andrezão”, e nós fomos até lá para conhecer e registrar mais um templo do futebol!

O Estádio pertence ao Governo Municipal e tem capacidade para 2.200 torcedores.

O Estádio possui esse detalhe bem diferente: o nome escrito no paredão de grama atrás do gol da esquerda:

Aqui, o meio campo:

E aqui, o gol da direita:

As duas cabines para transmissão bem na parte central do estádio:

Aqui, o lance de arquibancada que fica atrás do gol:

E aqui, a arquibancada lateral:

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