Chegamos enfim ao nosso último post do incrível rolê que fizemos pelo Sergipe. Seremos eternamente agradecidos pela incrível receptividade das pessoas, e pela energia e beleza dos lugares em que pudemos estar…
A capital sergipana é uma delícia e tem vários passeios gostosos como os mercados…
As feiras de artesanato…
E as praias de Aracaju e das cidades vizinhas…
Mas, a região metropolitana é como aqui em SP, bastou cruzar uma ponte e saímos de Aracaju e entramos em outro município, no caso: Barra dos Coqueiros!
Nosso destino era o Estádio Municipal João Cruz.
Por se tratar de um estádio municipal, muitos times mandaram seus jogos ali, como a Associação Desportiva Barra, que é lá de Barra dos Coqueiros, mesmo!
A Associação Desportiva Barra dos Coqueiros, agora chamada de Barra FC foi fundada em 21 de março de 2014 como clube empresa trabalhando com jovens atletas, participando das categorias de base e com um time feminino nas disputas profissionais. Logo passou a disputar também as competições oficiais no masculino, na série A2, a partir de 2018.
Mas o Estádio foi também a casa do Falcon Futebol Clube, time fundado em 23 de novembro de 2020, em Barra dos Coqueiros, como um clube-empresa.
No início deste ano (2024) transferiu-se para Aracaju. Em novembro de 2021, conquista o acesso à série A1 do Campeonato Sergipano.
E em 2022, foi vice campeão sergipano, perdendo o título para o CS Sergipe.
Outro time que mandou jogos por lá foi o Aracaju FC, time fundado em 1 de dezembro de 2004 e que atualmente está licenciado das competições profissionais.
Outro time que também mandou jogos por aqui por conta da reforma do seu estádio foi o Socorro Sport Clube, time da cidade de Nossa Senhora do Socorro. Fundado em 29 de dezembro de 2018, tem disputado a Série A2 do Campeonato Sergipano.
O Santa Cruz Futebol Clube, da cidade de Riachuelo, também mandou jogos por lá, desde que se profissionalizou-se em 2018. Disputa, atualmente, a Série A2 do Campeonato Sergipano.
E até o CS Sergipe também já mandou jogos lá!
Deu pra ver a importância do Estádio João Cruz para o futebol da região metropolitana de Aracaju.
Infelizmente não conseguimos entrar para registrar a parte interna do estádio…
Mas do lado de fora deu pra sentir um pouco de como é lá dentro.
E lá fomos nós para mais um rolê pelo interior do estado de São Paulo para conhecer e registrar um novo o Estádio, dessa vez a cidade a visitar foi Fartura!
Segundo texto do site da Câmara Municipal, a região onde se encontra Fartura, foi habitada pelos povos Caiuás (Kaiowás), da família Tupi-Guarani e ainda hoje encontram-se por lá objetos de pedra de uso destes povos originários, como bacias, mão de pilão, machados e diversos outros.
Como quase toda a história do Brasil, a região também nasce fruto da invasão dos europeus e dos latifúndios criados em torno de famílias poderosas dos séculos XVII e XVIII, no caso de Fartura, a família que tomou posse do lugar foi a José Viana.
Também seguindo o percurso tradicional, a religião rapidamente passa a se materializar na região, nesse caso, por meio da Capela Nossa Senhora das Dores, construída em 1887.
Assim, passa a surgir um povoado formado pelos lavradores que trabalhariam nas terras da família e também por um comércio local, dando origem ao município em 31 de março de 1891. E se você acha que faltava algo, que tal uma cervejaria local? Em 1904 surge a fábrica de cerveja e gasosa do Sr. José Adriani para dar uma acalmada nos ânimos. A Inteligência Artificial ajudou a imaginar como era…
Alguns anos depois da cerveja, em 1920, surge o Clube Atlético Farturense para completar o rolê:
Após uma fase jogando amistosos, o time disputa o Campeonato do Interior de 1944:
Em 1945, sagra-se campeão da região, classificando-se para o mata mata e sendo eliminado pela Botucatuense (8×3, em Botucatu e 0x2 em Fartura, fatura de gols…):
E 1946:
Aqui, só pra lembrar outros times que disputaram aquela edição…
Porém, um outro time com nome próximo, surge em 1924: o Fartura EC.
Time base que jogou de 1946 até o início dos anos 50:
Em 1958, o Fartura EC defendeu as cores e o nome da cidade no Campeonato Amador do Interior:
Esse é o time de 1964:
E aqui, o time de 1975 com faixa de campeão:
Até um time feminino o Farturense EC teve!
Ambos os times mandavam seus jogos no Estádio Belgrave Teixeira de Carvalho.
O jogo de estreia foi entre o Fartura EC e o EC Cruzeiro do Sul, de Taguaí (na época a cidade se chamava Ribeirópolis) em 7 de fevereiro de 1926.
Uma pena que não conseguimos entrar para registrar a parte interna do Estádio…
No fim das contas, deu pra, pelo menos, dar uma olhada na parte interna do estádio e imaginar em como foi toda essa história…
O gramado parece muito bem cuidado e deu pra perceber também que existe um sistema de iluminação que permite partidas noturnas.
De onde fotografamos, estávamos lado a lado com o cemitério, e ali ao outro lado, a igreja!
Atrás do gol uma singela arquibancada para atormentar o goleiro:
O caminho até a cidade passa no meio de várias montanhas que dão um visual único.
Na hora de ir embora, pegamos uma tempestade que acabou com a energia da cidade e, acredite ou não, deixou TODOS os postos de combustível sem atendimento possível. Isso nos fez arriscar a atravessar as montanhas praticamente sem combustível até chegar a Piraju…
Pra terminar, nos anos 80, o time junior do Santos esteve no Estádio para um amistoso, olha aí o Cesar Sampaio, encabeçando os enfileirados.
Que começo de ano maluco hein? O Paulistão está a todo vapor, mas ainda precisamos dividir a parte final do rolê que fizemos na virada de 2023 pra 2024 por Sergipe (do tupi si’ri ü pe, que pode ser traduzido como “no rio dos siris”, em referência ao rio que corta o estado e principalmente a capital).
Aliás, foi bacana passar a virada de ano na capital Sergipana, nos sentimos muito bem e só tenho a agradecer a energia desse povo!
Se você quiser ver mais, sobre outras cidades, já escrevemos sobre o futebol e a cultura geral de Canindé do São Francisco, Nossa Senhora da Glória, Itabaiana, além de ver o primeiro rolê pela capital para registrar o Estádio do Confiança, e também um rolê mágico, passando a fronteira do Sergipe e chegando até Piranhas, em Alagoas, sempre ao lado de uma água de coco e de uma vista de tirar o fôlego…
Falando em comida… Saudades desse queijinho empanado com um melaço pra dar um charme…
Saudades também de andar pela orla, pelos bairros, pela praia, pelo centro e pelos mercados…
E olhar mil vezes as coisas que eu sei que não vou comprar mas que é gostoso de olhar…
A Mari já tem mais saudades das sorveterias…
O rolê de hoje é para registrar a parte vermelha da cidade: o Estádio João Hora de Oliveira.
O Estádio João Hora de Oliveira, popularmente chamado de “João Hora” é a casa do CS Sergipe, e fica no bairro Siqueira Campos.
Entre 1998 e 2000, com a interdição do Batistão, teve o seu grande momento, sendo o principal palco do futebol profissional de Aracaju
Seja bem vindo ao caldeirão!
Sua inauguração se deu em 26 de julho de 1970 em partida entre o Sergipe (que saiu na frente fazendo o primeiro gol oficial do estádio, com o jogador Duda) contra o Itabaiana (que virou o jogo colocando água no chopp dos donos da festa…).
E a partida de inauguração contou com presenças ilustres…
E 54 anos depois… Cá estamos!
Suas arquibancadas de poucos degraus tem capacidade para cerca de 6 mil torcedores.
O Estádio João Hora chegou a receber jogos de competições regionais e nacionais. Aqui, vemos o gol do lado direito:
Desde 2014, possui um sistema de refletores, permitindo a realização de jogos noturnos. Veja um ali ao fundo, próximo do gol da esquerda:
Aqui, o meio campo, onde pode se ver uma singela área coberta dedicada às cabines de rádio:
É demais poder estar em um estádio tão bacana, e, mesmo longe, me sentir em casa!
Se as imagens formam ótimas lembranças, o que dizer das pessoas? Agradeço o massoterapeuta do time Edivaldo Souza Santos, o “Neguinho do Jipão”, por ter me recebido tão bem, me apresentado o estádio, os atletas e o treinador Marcelo Martelotte.
Pra terminar, pedi pra Inteligência Artificial desenhar uma nova versão do mascote do time do CS Sergipe, o “diabo vermelho”, e qual vc achou mais legal?
Voltando a falar do rolê que marcou o fim de 2023 e o começo de 2024, quando atravessamos o estado do Sergipe para conhecer a caatinga, o rio São Francisco, e claro alguns estádios, hoje vamos falar do Estádio André Avelino, na cidade de Canindé de São Francisco.
A cidade é conhecida por ser cortada pelas águas do rio São Francisco, ali onde fica a Usina Hidrelétrica de Xingó.
Além disso Canindé faz fronteira (dividida pelo rio São Francisco) com a cidade de Piranhas (já em Alagoas) e com Poço Redondo (onde fica a Grota de Angicos, lugar em que Lampião e boa parte de seu grupo de cangaceiros foram assassinados).
Ah, e tem os incríveis Cânions de Xingó, formados pela erosão das rochas pelo rio São Francisco ao longo de milhões de anos, em conjunto com o soerguimento tectonico da crosta terrestre.
O rio São Francisco é mágico… Um rio vivo, forte, imponente!
Poder ter nadado lá foi inesquecível…
A região tem seus doces detalhes, como as cocadas…
E tem ainda o MAX – Museu de Arqueologia de Xingó da Universidade Federal de Sergipe (UFS), inaugurado em abril de 2000 para colaborar com a preservação do patrimônio arqueológico do Baixo São Francisco, realizado pela UFS de 1988 à 97.
Normalmente falamos dos povos originários que viviam nas cidades visitadas, na época da chegada dos europeus, mas o MAX nos apresentou os povos que viviam nessa região há mais de 3 mil anos atrás!
Uma cidade tão especial merecia ter um time né? Então conheça o Clube Desportivo Canindé!
O Clube Desportivo de Canindé do São Francisco chamado apenas de “Canindé” foi fundado dia 22 de fevereiro de 2000.
O time fez sua estreia no profissionalismo em 2004, no Campeonato Sergipano da 2ª divisão, a atual série A2. Em 2007, terminou na 3ª colocação e no ano seguinte, acabou vice campeão, conquistando assim o acesso para a inédita primeira divisão!
Infelizmente, em 2009, o time terminou na 10ª colocação e retornou para a segunda divisão. Permaneceu ali até 2013, quando a 3ª colocação levou o time novamente à série A1. Em 2014, o time termina em 9º e volta para a segunda divisão, onde fica até os dias atuais. Este foi o time de 2021:
Em 2023, terminou na 3ª colocação, muito perto de um novo acesso que acabou não vindo, com o time:
Vale lembrar que o CD Canindé tem tradição em montar equipes femininas!
Após termos publicado esse post, o amigo e jornalista Luiz Fernando Gaspar mandou a foto da camisa que ele usou quando jogou pelo CD Canindé na A2 do Sergipano, em 2005.
O CD Canindé do São Francisco manda seus jogos no Estádio André Avelino, o “Andrezão”, e nós fomos até lá para conhecer e registrar mais um templo do futebol!
O Estádio pertence ao Governo Municipal e tem capacidade para 2.200 torcedores.
O Estádio possui esse detalhe bem diferente: o nome escrito no paredão de grama atrás do gol da esquerda:
Aqui, o meio campo:
E aqui, o gol da direita:
As duas cabines para transmissão bem na parte central do estádio:
Aqui, o lance de arquibancada que fica atrás do gol:
Já estivemos em Salto algumas vezes, seja para registrar o Estádio Alcides Ferrari, a sede do Guarani de Salto, o Estádio Luiz Milanez, lembra dele? Ele fica em uma ilha no rio Tietê, aliás olha como está alto o rio Tietê, no dia da nossa visita. O volume estava 4 vezes maior que o normal.
Dessa vez nosso foco foi registrar uma partida do mata-mata da Copa São Paulo 2024 entre o Botafogo-SP e o Floresta-CE:
Ah, e claro, também aproveitamos para registrar o Estádio Municipal Amadeu Mosca!
O Estádio Municipal Amadeu Mosca foi inaugurado em 1982 e chegou a receber um derbi entre a Associação Atlética Saltense e o Guarani (1×1), pelo Campeonato Paulista da Segunda Divisão de Profissionais. Cerca de 7 mil torcedores estiveram presentes naquela partida!
Apenas a partir de 1º de maio de 1992, o Estádio Municipal passa a se chamar “Amadeu Mosca“. E que estádio, hein?
Vale reforçar que a cidade conta com um novo time, o Sfera FC, fundado em 2021 como clube empresa, focado na formação de atletas. Uma pena que por ter se classificado em 2º, o Sfera foi jogar em outra cidade nesse mata-mata …
Ainda bem que o Sfera FC surgiu, porque um estádio com essa estrutura precisa rapidamente estar utilizado!
Aqui, o meio campo:
O gol da direita:
O gol da esquerda:
Quem mora na portinha acima dos sanitários?
Infelizmente o público não foi tão grande na partida, já que as duas equipes não possuem grandes ligações com a cidade de Salto…
Mas, o que vale é ter mais um estádio registrado durante uma partida!
O mais incrível é que o estádio pode ampliar suas arquibancadas se um dia quiser…
Mais um estádio que investiu em ter algumas áreas cobertas – o que pra Copinha significa muito!
E as bancadas tem um azul bem bonito, o estádio está todo limpo, e muito bem cuidado!
Bem vindo a Cravinhos, uma cidade que há muito tempo não tem um time disputando os campeonatos oficiais da Federação Paulista e que aproveita a Copa São Paulo para matar a saudade do futebol. A foto acima é do Estádio João Domingos Martins (já havíamos estado por lá em 2012, veja aqui como foi!!!), mas há alguns anos, passaram a utilizar o Estádio Municipal Prefeito José Vessi como sede da Copinha.
Foi para visitar esses dois estádios e acompanhar um mata-mata da Copinha que pegamos a estrada mesmo com chance de enfrentar uma daquelas tradicionais chuvas de verão… Mas só choveu na estrada mesmo, lá foi tudo seco!
A primeira parada foi no Estádio JD Martins, a casa do CAC – Clube Atlético Cravinhos.
Este é o atual distintivo, que reforça a tradição do time, fundado em 12 de julho de 1906:
Como já escrevemos sobre a história e resultados do CAC no post anterior (veja aqui!!), só apresentamos a seguir fotos novas (de 2024) do Estádio, que pra mim é charmoso demais!!
O Estádio foi inaugurado em 1926, após o CAC (Clube Atlético Cravinhos) ter jogado em outros campos da cidade. Então vamos a ele!
O primeiro campo do CAC ficava na rua Prudente de Moraes, depois mandou os jogos onde hoje está a escola João Nogueira, depois, na rua 14 de Julho. Em 1917 foi jogar em um campo na rua Rui Barbosa, em 1919 jogou no terreno onde foi construída a fábrica de meias, e em 1924 na Avenida Fagundes, num estádio com arquibancada para 500 torcedores. Mas o JD Martins segue por lá, firme e forte, aguardando um novo respiro do CAC.
Atualmente, o Estádio tem capacidade para 3.200 torcedores. Esse é o gol do lado direito, com um bom lance de arquibancada ali atrás.
Olhando do outro lado do campo, veja que existe uma estrutura coberta ali em cima da arquibancada:
Existe ainda uma arquibancada central maravilhosa, com cobertura antiga, quase como um telhado de uma casa:
Veja como ficava essa arquibancada nas edições anteriores da Copa SP:
E aqui o gol da esquerda:
Ficamos felizes de rever o velho (e charmoso) Estádio JD Martins, mas nos apressamos para o Estádio MunicipalJosé Vessi, o campo do Bela Vista, esse sim, ainda desconhecido para nós e que recebe novamente uma edição da Copa São Paulo.
Em campo, duas equipes geograficamente distantes, mas com um sonho em comum: Chapecoense (SC) e Tiradentes (PI). Aliás, olha aí a camisa do Tiradentes:
É muito interessante o cuidado que eles tiveram em criar uma área coberta na arquibancada do outro lado. Uma ideia simples que melhorou absurdamente o bem estar de quem está lá! Esse é o meio campo:
Aqui, o gol da esquerda:
Nesse mesmo lado, existe uma série de arquibancadas coloridas que dão uma cara bem divertida ao lugar!
E aqui, o gol da direita:
Ainda que a Chape tenha começado com tudo, o Tiradentes saiu na frente, com um gol de contra ataque!
Mas, o time da Chape soube aguentar o tranco e buscou a virada… Aqui, momento da celebração do gol catarinense!
E até que tinha um pessoal com camisa da Chapecoense por ali!
A Chapecoense seguiu apertando…
O time catarinense não dava sossego aos meninos do Piauí e logo o placar marcava 3×1:
O jogo parecia definido, e fui registrar o estádio, pois Cravinhos não é assim tão perto, então sabe-se lá quando voltaremos…
Essa é a visão das arquibancadas cobertas:
Lá do outro lado, uma pequena estrutura dedicada aos jornalistas:
Ali, o ginásio da cidade se apresenta imponente!
Ali nas cobertas, um momento de festa: gol do time do Tiradentes, celebrado pelos atletas que não foram relacionados para o jogo! Não perca as contas: 4×2.
Já no segundo tempo, mais um registro em vídeo do campo:
Calor monstruoso, ainda bem que existia um filtro com água gelada dentro do estádio.
O time da Chapecoense tentou cadenciar o jogo, mas o Tiradentes estava com “sangue nos olhos”.
E o que era apenas uma visita para registro do estádio acabou se transformando em uma partida inacreditável…
Nem mesmo o treinador do Tiradentes podia acreditar… Mais um gol… 4×3
Vale a pena ver o resumo do jogo com todos os gols para você entender como acabou essa história:
5a feira, feriado de 12 de outubro de 2023. O rolê de hoje é por Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, muito conhecida pela produção de hortaliças em uma área de cultivo estimada em mais de 7.100 hectares.
A região era densamente ocupada muito antes da chegada dos portugueses. Vários povos como os Tupis, Guaianás, Carijós e os Tupiniquim, do qual fazia parte o cacique Tibiriça, pai de Bartyra com quem o misterioso João Ramalho se casaria.
Em torno de 1560, é registrada a primeira entrada de um bandeirante na região de Mogi das Cruzes, em busca de ouro: Braz Cubas, registrado abaixo por Benedito Calixto, séculos depois:
Outro bandeirante, Gaspar Vaz, foi quem abriu o primeiro acesso a Mogi, facilitando a formação do povoado, elevado à Vila de Sant’Anna de Mogi das Cruzes em 1611. Aqui, a igreja matriz de Mogi retratada em bico de pena por Tunico de Paula sobre aquarela de Thomas Ender:
Atualmente, a cidade é constituída por 8 distritos: distritos: Mogi das Cruzes, Biritiba-Ussu, Brás Cubas, Cezar de Souza, Jundiapeba, Quatinga, Sabaúna e Taiaçupeba. Estivemos lá há 10 anos, em 2013, para acompanhar um jogo entre o Atlético Mogi e o Jacareí pela Segunda Divisão. Clique aqui e veja como foi.
Somente em 2023 pudemos voltar com mais calma para visitar o Estádio e entender um pouco mais da história do futebol na cidade.
O livro cita um artigo do jornal “O Diário de Mogi”, de 1957, que indica o responsável pela introdução do futebol em Mogi das Cruzes: o sapateiro Alfredo Cardoso, mais conhecido como Alfredão (foto retirada do livro e creditada ao Acervo Glauco Ricciele).
O livro esclarece que a primeira partida de futebol de Mogi das Cruzes envolveu um time de “camisas brancas” contra o de “camisas azuis”, em 6 de maio de 1906. O registro de uma partida em 30 de junho de 1911, apresenta o Operário Futebol Clube como o primeiro clube da cidade. A partir da década de 20, surgem outros clubes e já uma primeira grande rivalidade: de um lado, o Mogi Futebol Clube, que jogava de vermelho e do outro, o Falena Futebol Clube (que teve o Operário FC como origem), que jogava de branco e era o time do Alfredão. As partidas eram disputadas em um terreno próximo ao antigo convento que ficava na rua Campo Santo, atualmente rua Otto Unger. E foi ele quem propôs a unificação dos dois times, dando origem, no dia 7 de setembro de 1913 a um clube que agregaria o futebol mogiano como um todo: o União Futebol Clube. Evolução do distintivo vindo do site Gino Escudos:
O União Mogi começou jogando no campo do Parque, atualmente Rua Major Pinheiro Franco. Segundo o livro Os Esquecidos, depois de partidas amistosas, fez sua estreia no Campeonato do Interior da APEA em 1928, sendo desclassificado em uma polêmica partida desempate com a Caçapavense, um 3×2 com arbitragem duvidosa. Como consequência, os dirigentes do União mandaram um ofício à APEA pedindo desligamento da entidade. Rolou até um “enterro simbólico” da associação reunindo cerca de duas mil pessoas. O time retorna às competições oficiais em 1942, e nesse ano, nada menos do que 6 times da cidade disputaram a 24ª região do Campeonato do Interior (contando o AA Poaense, já que na época, Poá era um distrito de Mogi das Cruzes).
Destes, a AA Comercial, fundada em 14 de abril de 1931, ainda está viva disputando o amador e com seu Estádio em funcionamento.
Achei uma única foto do pessoal do MogytexFC:
Do Santo Angelo FC, que representava o distrito de Jundiapeba encontrei uma foto dos anos 70:
A AA Poasense ainda mantém se na ativa, com uma bonita sede própria.
Do São JoãoFC eu não encontrei nada, mas o Vila Santista teve uma importante história que resumiremos daqui a pouco.
Voltando à história do time do UniãoMogi, destaque para o Campeonato do Interior de 1947, quando vence o Setor 1 da Zona 1 com o time abaixo:
Este é o Estádio Francisco Ferreira Lopes, na Rua Casarejos:
Em 1951, o União se profissionaliza. Time daquele ano:
Em seu primeiro ano, disputa o Campeonato Paulista da Segunda Divisão e licencia-se no ano seguinte. Retorna em 1955, quando disputou mais uma vez a Segunda Divisão, onde permaneceu por outros quatro anos. Aqui,o time do União em partida contra o Vila Santista, pela segunda divisão paulista de 1958, no estádio da Rua Francisco Franco, do Vila. O jogo terminou em empate por 2×2.
Em 1960, o clube pediu licença mais uma vez, ficando fora por quase duas décadas. O União retorna em 1979, no Campeonato Paulista da Terceira Divisão, até 1981, quando foi promovido à Segunda Divisão. Permanece na segunda até 1993.
Em 1998, o clube mudou seu nome para União Mogi das Cruzes Futebol Clube. Em 2002, a equipe foi rebaixada à Série B1. A partir de 2004, passa a disputar a Segunda Divisão, da qual sagra-se campeão em 2006, retornando à Série A3. O pessoal do Jogos Perdidos esteve cobrindo a final (veja aqui como foi), as fotos abaixo são do Fernando Martinez:
Em 2008, o clube volta ao nome União Futebol Clube. Em 2009, passa por dificuldades financeiras e faz uma má campanha na A3, ficando em último lugar, voltando para a “Série B”. Em 2011, além d crise financeira, o União Mogi acaba acusado (por conta de atos de seu treinador) de estelionato, injúria, difamação e até assédio moral e sexual. Em 2023, o União Mogi foi rebaixado para a quinta divisão paulista de 2024.
O time manda seus jogos no Estádio Municipal Francisco Ribeiro Nogueira, o “Nogueirão”, inaugurado em 31 de maio de 1995. Para viver um pouco desta história na prática, fomos até lá conhecê-lo.
Vamos ao campo!
A história do Estádio está ligada à da própria cidade, já que toda essa área pertencia à empresa Mineração Geral do Brasil desde 1942. Ali foi construída uma usina siderúrgica, 550 moradias para seus funcionários e… um campo de futebol que serviu de base para o time do Esporte Clube Mineração Geral do Brasil, organizado pelos trabalhadores da usina. Em 1957, o campo passa a ser denominado Estádio Cavalheiro Nami Jafet, ganhando estruturas ligadas a outros esportes.
Dá uma oilhada como está o campo hoje em dia:
Atualmente a capacidade do estádio é de 10.000 torcedores.
A siderúrgica entra em concordata, em 1965 e foi incorporada a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), em 1967. Em 1973, o Estádio Nami Jafet foi municipalizado e incorporado ao patrimônio público da Prefeitura de Mogi das Cruzes.
Esse grafite com a indústria de fundo é uma área bem característica do Estádio!
As cadeiras na área coberta deixaram o estádio realmente bem bonito!
Aqui, o gol da esquerda:
Aqui, o gol da direita:
Aqui, o meio campo:
Dê uma olhada nas demais arquibancadas, atrás dos dois gols:
Alguns vídeos para ilustrar o rolê:
E ali fica o placar:
E como estávamos em Mogi das Cruzes, importante falarmos também do Vila Santista Futebol Clube, fundado em 14 de julho de 1919:
O Vila Santista FC homenageia o bairro próximo do centro da cidade, e iniciou sua história disputando amistosos com times da cidade e da região. Em 1922, inaugura-se seu Estádio, na atual Rua Francisco Franco.
O presidente do clube era Ângelo Pereira Passos, que viria a dar nome ao campo.
Com a criação da Federação Paulista de Futebol (FPF) em 1941, o Vila Santista passa a disputar o Campeonato Paulista do Interior. Aqui, o time de 1949:
Em 1957, o Vila Santista segue o caminho do União e disputa o Campeonato Paulista da Terceira Divisão. Na primeira fase, seu grupo contava com apenas outros 2 times: o Elvira, e o E.C. São José e o Vila classifica-se para a segunda fase em um novo grupo com Velo Clube, Expresso São Carlos, Guarani Saltense, Legionário (Bragança Paulista), São José, Ferroviária de Pindamonhangaba e o E.C. Aparecida, do qual apenas um time se clasificou: o Expresso São Carlos, tendo o Vila Santista terminado em 2º lugar. O Expresso São Carlos alcança o acesso à segunda divisão, mas decide abandonar o profissionalismo, deixando sua vaga ao próprio Vila! O time disputa a segundona de 1958 e 59, quando volta à terceira. Em 1960, cai para a quarta divisão e em 61 faz ali sua última participação no futebol profissional.
Outro time de Mogi das Cruzes, surgiu em 1952: o CA Ypiranga.
Ninguém sabe direito a história do CA Ypiranga se foi inspirado no time da capital ou se foi até mesmo uma filial em Mogi das Cruzes. Aqui, o time dessa primeira fase pré profissional:
O que se sabe é que o CA Ypiranga disputou a quarta divisão paulista em 1964, no grupo chamado “6ª Série”, ao lado do General Motors E.C. (São Caetano do Sul), o C.A. Pirelli (Santo André) e o Expulancex F.C.,de Cruzeiro, times que aproveitaram os benefícios para empresas que criaram seus times profissionais. No grupo, ainda estava o Atlético Vila Alpina e o E.C. São José. O time de Mogi terminou em penúltimo lugar, e acabou extinto.
Mas, já no século XXI, a cidade de Mogi das Cruzes viu o surgimento de um novo time: o Clube Atlético Mogi das Cruzes de Futebol, fundado em 19 de abril de 2004, na época como “Mogi das Cruzes Futebol Limitada”.
O time foi fundado por Joaquim Carlos Paixão Filho, um mogiano apaixonado por futebol que tentou fazer uma parceria com o União sem conseguir o que esperava. Assim, em 2005, estreia no Campeonato Paulista da Segunda Divisão. Mas se licencia em 2008 retornando em 2009, aí sim com o nome de Clube Atlético Mogi das Cruzes. Em 2011 e 2015 novamente esteve licenciado das disputas. Recentemente, o Clube Atlético Mogi passou por uma péssima fase, conquistando a alcunha de o “Pior Time Do Mundo” ao bater a terrível marca de 56 partidas sem vitórias, que até então pertencia ao Íbis!
O time ficou 62 jogos sem vitórias até que em 27 de Maio de 2023, venceu o Guarulhos por 1×0. Mais um estádio, e uma cidade com muita história no futebol
Sábado, 30 de setembro de 2023. É dia de festa para o futebol paulista, o Estádio Hermínio Ometto recebe o segundo jogo, a finalíssima da Segunda Divisão do Campeonato Paulista. Ah, se você quiser ver um montão de vídeos que fizemos no jogo, acessa a playlist que montamos.
Em uma tarde bastante quente, ainda que com o sol encoberto pelas nuvens, desde as 13hs, a torcida local já se encaminhava para o Estádio.
Infelizmente não foi possível evitar as filas já que quase 8 mil torcedores compareceram à partida!
Desde a concentração em frente ao estádio até o final do jogo, houve a venda de diversas camisas e até daquele chapéu tipo “pescador”.
Até uma cerveja do time estava a venda na entrada do estádio.
Mais uma vez, tive a companhia do amigo punk, escritor, professor, poeta e até futeboleiro, o Joey, que vive por estas bandas, passeando entre Araras, Leme, Mococa, Porto Ferreira… Ah, e pudemos conhecer o amigo Pedro “Carroceiro” e sua sobrinha, Sophia Helena!
Então, acompanhe-nos na entrada para o estádio!
Lá dentro, um espetáculo emocionante: as arquibancada do Estádio Hermínio Ometto cheias, como há muitos anos não se via…
Uma faixa me chamou a atenção e depois fui conhecer a triste história, que se contrapôs ao momento feliz da tarde de sábado: Bruna Angleri, de 40 anos, foi morta de forma brutal na quarta feira (27), tendo o seu ex namorado como o principal suspeito até o momento. No domingo, ainda rolou uma manifestação nas ruas de Araras (foto abaixo do Portal de notícias da Rádio Clube Ararense). Vivemos uma verdadeira “epidemia” de feminicídio… Isso é inaceitável! Precisamos lutar contra essa aberração.
Voltando ao jogo, havia muita gente com a camisa do time, de diferentes épocas, como esta:
Dessa forma, foi se pintando de verde e branco as bancadas do Estádio Hermínio Ometto!
Dê uma olhada no público:
A Torcida União Alviverde é quem comanda a festa na bancada!
Além das arquibancadas, o Estádio tem um um “corredor” ao lado do alambrado e com um gramado que cria um ambiente bastante “acolhedor”.
Lá no campo, quem anima a festa é a Arararinha!
A Torcida União Alviverde espalhou tirantes (esses panos verdes e brancos indo até lá embaixo) que deu um visual bem legal!
A Torcida visitante também se fez presente e merece respeito, principalmente porque com o acesso, o Catanduva FC está tentando se tornar o novo time da cidade.
O Estádio Dr Hermínio Ometto tem capacidade para mais de 16 mil torcedores e o público no sábado foi de quase 8 mil pessoas!
Em campo, após o 0x0 na primeira partida, ambos os times partiram pra cima, afinal, quem ganhasse o jogo, se tornaria campeão.
Às torcidas, cabia apoiar!
O primeiro tempo chegava ao fim, mantendo o placar do início, quando Toninho recebeu uma bola, e observando que o goleiro Mandela estava adiantado, mandou um petardo de fora da área fazendo 1×0 para a festa da torcida local!
Intervalo de jogo, tempo pra botar a conversa em dia!
Também deu pra dar um rolê e registrar um pouco da galera que compareceu!
Foi distribuída uma bandeirinha que poderia ter dado um charme maior na arquibancada, mas o pessoal preferiu usar como “abanador”. De qualquer forma, trouxe logo 3 de recordação do dia!
O segundo tempo viu o sol se por e até uma ameaça de chuva, que não caiu, mas ajudou a amainar o calor que esquentou a cabeça do pessoal…
E o jogo voltou com o Catanduva vindo pra cima em busca do empate!
Além disso, o juiz começou a não agradar o público local…
Também achei engraçado a turma que assistiu o jogo lá no morro atrás da arquibancada!
E a Torcida União Alviverde seguia com a festa:
Pra quem acha que as organizadas tem que acabar… Sem a presença dos caras, o jogo não teria menor graça…
E tamanho apoio deu certo: penalty para o União São João cobrado por Valdívia (o craque da Bezinha) e o 2×0 praticamente sacramentou o resultado e o título!
Daí pra frente foi só curtir a festa com a certeza de que o time da casa estava a minutos de se tornar campeão da Segunda Divisão do Campeonato Paulista!
Que bacana poder fazer parte de uma tarde como esta!
Logo após o apito final, o que se viu foi um encontro entre o time e sua torcida, para a alegria de toda uma cidade, que há anos parecia ter abandonado o amor pelo futebol…
Foi emocionante ver o Catanduva FC receber o troféu e ser aplaudido por todo o estádio. Na imagem abaixo, você percebe que eles mesmos estão batendo palmas a torcida do União em um dos momentos de respeito e admiração!
A torcida visitante também reconheceu o esforço do time e celebrou o vice campeonato.
Os próprios jogadores do Catanduva FC fizeram questão de ir celebrar com a torcida.
E aí chegou a grande hora… o troféu vem para as mãos do União São João…
Uma verdadeira explosão de alegria para a torcida!
Muitos sequer eram nascidos quando em 1996, o time levantou seu último caneco: o título da série B.
A nova geração soube aproveitar a oportunidade e interagir com os novos ídolos!
E eu e a Sophia Helena também fomos lá pra fazer uma foto com o craque Miguel!
Também fizemos a tradicional foto em frente ao distintivo, com a esperança de dias cada vez mais animados para o futebol em Araras.
Saímos cheio de felicidade, mas lembrando que o caso da dentista Bruna clama por justiça… (foto de Carol Custanari do site Notícia 360º):
Esse post foi feito com base em um texto produzido por um grande torcedor e ex-presidente do EC Santo André: Sidnei Riquetto.
O Estádio Distrital do Jaçatuba foi construído pela Prefeitura Municipal para servir ao futebol amador e ser utilizado alternativamente pelo Esporte Clube Santo André. Atualmente é a sede do clube poliesportivo e fica localizado à rua dos Ramalhões, 126.
É lá que você encontra a loja oficial do clube:
Seu nome oficial é Estádio Distrital do Jaçatuba, tal como consta na Lei nº. 6.288, de 24/12/1986, que autorizou a sua cessão ao Esporte Clube Santo André, pelo prazo inicial de 30 anos, posteriormente alterado para 99 anos, pela Lei nº 9.057, de 25/06/2008.
Vale destacar que, conforme artigo 2º, item 6, da Lei nº 6.288, o Esporte Clube Santo André era obrigado a manter o campo de futebol apenas até o dia 31 de dezembro de 1987, mas a Diretoria do clube optou pela sua preservação até os dias atuais. Estive lá acompanhado do Marques, outro apaixonado pelo Ramalhão, para ver como está o Estádio em pleno 2023.
Dê uma olhada no visual:
O Estádio esteve envolvido em uma história curiosa: em meados de junho de 1975, a imprensa esportiva noticiava a existência de um movimento para a criação de um novo clube de futebol profissional em Santo André. O ex-dirigente do Santo André FC, Geraldo Novaes trabalharia para a fundação do Utinga Futebol Clube. Como existia um movimento separatista onde Utinga queria sua emancipação, surgiram sugestões de novos nomes (Comercial FC, Industrial FC e Operário FC). A questão é que o futuro time alvi rubro desejava mandar seus jogos no novo Estádio do Jaçatuba que estava prestes a ser inaugurado e que mantém se vivo até os dias de hoje. Aqui, o meio campo, lá ao fundo está a Avenida do Estado.
O gol da esquerda (é o lado de Mauá):
E o gol da direita (sentido da capital e de Utinga):
O projeto ruiu em 7 de setembro de 1975, que seria adotado como a data de fundação do time e que foi quando perceberam que não havia coesão suficiente para isso. Já no final daquele ano, em 17/12/1975, em uma quarta feira a noite, o Estádio do Jaçatuba foi inaugurado com o amistoso Santo André 0x0 Palmeiras e as suas arquibancadas ficaram lotadas!
O jogo contra o Palmeiras, em 1975, teve tripla finalidade: serviu para a comemoração do título da primeira divisão (equivalente a atual A2), com a entrega das faixas de campeão ao elenco do Santo André; homenageou o centenário da imigração italiana ao Brasil e marcou a inauguração do Estádio.
Os times foram a campo com: EC Santo André: Ronaldo, Roberto, Rodolfo, Flávio e Luiz Augusto; Fernandinho e Souza; Celso Mota (Luizinho Gaúcho), Vicente Cruz (Fernandes), Tulica e Rômulo. SE Palmeiras: Leão (Bernardino); Valdir, Arouca, Alfredo (Jair Gonçalves) e Donizetti; Dudu e Didi; Zuza (Zé Mário), Erb (Fedato), Mário (Itamar) e Toninho Vanusa.
Embora há muito tempo não se tenha uma partida oficial, o campo segue com muitos cuidados, como o distintivo do Ramalhão, ali na área onde ficam as bandeiras.
Santo André, a cidade e o clube, já faziam por merecer um estádio à altura de seu potencial. Assim, no dia 14 de novembro de 1975, foi assinado o Edital de Concorrência nº 218/75, para a construção de arquibancadas com capacidade para mais de 13 mil pessoas no Estádio Bruno José Daniel.
Assim, o Estádio do Jaçatuba foi extremamente importante para o Ramalhão porque em 1976, o Estádio Municipal Bruno José Daniel passou por uma primeira grande reforma de ampliação e não pode ser utilizado no Campeonato Paulista daquele ano.
O Estádio Distrital do Jaçatuba foi utilizado pelo EC Santo André no Campeonato Paulista da Primeira Divisão de 1976 (equivalente à série A2 atual). A campanha como mandante foi incrível: 10 vitórias e 3 empates. Invicto no Caldeirão do Jaçatuba!
O Estádio recebeu ainda 18 partidas amistosas, com destaque para o então campeão mundial de clubes e também hexa campeão da Libertadores: CA Independiente da Argentina, realizado em 11 de março de 1976.
Jogando um futebol exuberante, o esquadrão ramalhino liquidou os argentinos por impiedosos 4 a 0 (gols de Celso Mota, Roberto, Vicente Cruz e Rômulo). O time argentino podia ser imbatível em seu continente, mas no Bruno Daniel ou no Jaçatuba, o imbatível era o Santo André. EC Santo André: Ronaldo (Molina); Roberto, Rodolfo, Flávio (Tito) e Luiz Augusto (Luizinho Maia); Fernandinho e Souza; Celso Mota, Vicente Cruz (Muró), Tulica e Rômulo (Luizinho Gaúcho) CA Independiente: Pogani; Lencina, Armendari, Villaverde (Trossero) e Bertoli; Palomba, Sagioratto (Rodrigues); Arroyo, Perci Rojas (Soria) e Brites (Pavoni)
Outro importante amistoso foi um 0x0 contra o Santos, para inaugurar os refletores do Estádio Jaçatuba em 21/01/1976, quarta-feira, à noite.
EC Santo André: Ronaldo; Robertão (Tito), Rodolfo, Flávio e Luisinho; Vicente e Messias; Luizinho Gaúcho, Muró (Celso Motta), Tulica e Rômulo. Santos FC: Wilson Quiqueto; Zé Carlos, Lazinho, Marçal (Ney) e Fernando; Clodoaldo, Léo Oliveira (Didi) e Babá (Alceu); Totonho, Da Silva (Tostão) e Mazinho.
Ainda em 1976, o Estádio recebeu a primeira partida do “Troféu Grande ABC“, um confronto entre o EC Santo André e o Saad em duas partidas: a primeira no Estádio do Jaçatuba (um 0x0 que saiu faísca de tanta porrada em campo) e o segundo em São Caetano (também marcado pelos pontapés e que foi decidida na prorrogação: 3×1 pro Ramalhão e mais uma taça pra coleção!). No jogo no Jaçatuba, o Santo André jogou com Ronaldo, Roberto, Rodolfo, Flavio e Luiz Augusto; Fernandinho e Souza; Celso Mota (Luizinho Gaucho), Vicente, Tulica e Rômulo. O Saad jogou com Leonetti, Mingo, Celso, Nega e Walter; Serelepe, Toninho I (Nascimento) e Henrique; Toninho II, Wanderlei e Wagner.
Pra terminar, um registro que encontrei no Facebook: uma foto do festival Rock in ABC, realizado no Estádio do Jaçatuba, evento foi em 87 teve a presença dos Titãs, Beto Guedes, Sandra de Sá e Capital Inicial!
Foto disponível no Museu de Santo André:
Aqui, uma foto tirada no dia 07/09/1988 após o último jogo de Luiz Pereira pelo EC Santo André, no EstádioJaçatuba.
E um abraço ao companheiro de arquibancadas, Marques por estar junto em mais uma aventura!