A 225ª camisa de futebol do nosso site veio lá de Rondônia, via o amigo Marcel Guariglia que roda o Brasil mapeando projetos de sustentabilidade. O dono da camisa é o Real Madrid Paiter, time do povo Paiter Suruí. E como os europeus se apropriaram de tantas coisas dos povos originários, nada melhor do que uma doce vingança: os Pater Suruí se apropriaram do nome, da coroa, do distintivo e da camisa do poderoso Real!
Aproveitamos a oportunidade para bater um papo com Oyniin Suruí, que hoje atua na comunicação do Real Madri Paiter, assista, e se não for inscrito no nosso canal do Youtube, faça isso e deixe seu like lá no vídeo pra que ele chegue organicamente a mais pessoas.
Atualmente, cerca de 1.900 pessoas vivem em 24 aldeias dentro da Terra Indígena Sete de Setembro e além do time de futebol o povo Paiter Suruí foi o fundador da primeira agência de turismo indígena do Brasil e tem se mostrado super atuante na produção cultural, como o livro que conta sua história:
Os Paiter Suruí relatam que seus antepassados migraram das proximidades de Cuiabá para Rondônia durante o século XIX, fugindo da perseguição dos brancos. E tudo ficou em paz até a década de 60, quando os conflitos com os não indígenas retornaram.
No dia 7 de setembro de 1969, funcionários da Funai tiveram o primeiro contato oficial com o povo Suruí. E dali em diante, a história se repetiu: vieram surtos de sarampo, gripe e tuberculose, que reduziu pela metade sua população. Pra piorar, os que sobreviveram viram seu território invadido por colonos que exploraram recursos naturais, como extração ilegal de madeira e mais recentemente a busca por minérios. Nem todo Agro é Pop.
Os Suruí de Rondônia se autodenominam Paiter, que significa “gente de verdade, nós mesmos”, e falam uma língua que pertence ao grupo Tupi da família Mondé.
Hoje, eles têm usado a internet para denunciar o avanço do desmatamento, mas ainda mantêm muito das suas tradições, tanto no que diz respeito à cultura material quanto aos aspectos cosmológicos. Para conhecer mais, vale visitar o site Paiter Suruí.
Falando sobre o Real Madrid Paiter, é preciso ressasltar que ele não é um clube profissional, surgiu nas aldeias da região de Cacoal, em Rondônia. O time disputa campeonatos locais como o “Ruralzão” e torneios indígenas.
O nome segue uma tradição de batizar seus coletivos com nomes ligados a projetos de sucesso. Além do Real Madrid, existe o “Barcelona Suruí”, e os dois fazem o “clássico” no Ruralzão de Cacoal.
Alguns atletas chegaram a jogar profissionalmente o Campeonato Rondoniense pelo União Cacoalense.
Em julho de 2025 estivemos no Piauí, dando um super rolê por diversas cidades e aprendi que a capital Teresina fica ao lado de Timon, já no Maranhão, sendo divididas pelo rio Parnaíba.
O rio Parnaíba é o maior rio nordestino, navegável em toda sua extensão, sendo super importante para a economia do Piauí, não só para a pesca mas potencializando as atividades agropastoris, o transporte, a produção de energia elétrica, além do abastecimento urbano, lazer e turismo.
E atravessando o rio… Chegamos a Timon, já no estado do Maranhão!
Timon é a quarta cidade mais populosa do Maranhão mas faz parte do dia a dia da grande Teresina. Com base nos estudos sobre a presença indígena na área, pode-se supor que diversos grupos tenham habitado a região como os Gamela que transitavam entre o leste do Maranhão e o oeste do Piauí, povo agricultor e caçador, e que acabaram catequizados ou escravizados entre os séculos XVII e XVIII. Além dos Gamela, também haviam os Tremembé, os Timbira (que eram uma espécie de confederação de povos Jê), além de certa influência dos Tupinambá e Tabajara. Pedi pra IA uma imagem de como seriam os Gamela e olha aí o que veio:
A ocupação da região começou no século XVIII, por estar no traçado da estrada real que ligava os dois estados (Piauí e Maranhão) e fez com que fazendeiros, jesuítas e aventureiros acabassem se estabelecendo ao longo do caminho que de tão florido deu o nome ao lugar de… “Flores“. Somente em 1940, ocorreu a mudança de nome do município de Flores para Timon, numa homenagem ao intelectual maranhense João Francisco Lisboa, que deixou uma obra com o título Jornal de Tímon, numa referência ao célebre filósofo da Antiga Grécia.
Além disso, também no início dos anos 1940, tendo o Sr. Urbano Martins como interventor nomeado por Getúlio Vargas, foi construído campo que seria o Estádio Miguel Lima.
Atualmente, quem manda seus jogos la é o Timon Esporte Clube.
O TEC é um time recente, fundado em 2005 e que passou a disputar a série B do Campeonato Maranhense em 2007. Depois disputou as edições de 2010, 2014, 2017, 2018, 2019, 2020 (quando acabou rebaixado para a terceira divisão, pela perda de 16 pontos por uma irregularidade), 2021 (não houve terceira divisão e acaba voltando pra segunda), 2022, 2023, 2024 e 2025. O time chegou a bater na trave do acesso por várias vezes…
Outro time da cidade é a Sociedade Esportiva Juventude Timonense, fundado em 14 de janeiro de 2008, que atuava focado no futebol feminino mas que mais recentemente passou a ter equipes de base no masculino também.
A SEJ Timonense foi campeã do Campeonato Maranhense de Futebol Feminino de 2019, representando o Maranhão na série A2 do Campeonato Brasileiro de 2020. Em 2019 e 2022 também conquistou o título estadual.
E cruzando as ruas da cidade, enfim chegamos à casa do futebol de Timon…
Então é hora de conhecer o Estádio Miguel Lima, onde meninas e meninos escrevem suas histórias no futebol profissional e amador!
Como as portas estavam abertas, fomos dar um rolê e conhecer um pouco deste estádio já tradicional na história do esporte da cidade.
Vale um registro com sua bela arquibancada de fundo!
O gramado estava em dia, principalmente se considerarmos o forte calor da região e a falta de chuva do seco inverno piauiense.
O Estádio possui ainda uma pista de atletismo em torno do campo, que permite a prática de outros esportes à população.
O banco de reserva é de cimento. Pode não ser tão estiloso, mas dura mais…
Ali atrás do gol, um ginásio esportivo que complementa o equipamento municipal.
Acima da arquibancada, temos várias cabines de rádio em uma estrutura simples mas muito bem planejada.
Tradicional registro do gol da direita:
O gol da esquerda:
E o meio campo:
Para finalizar, não podíamos deixar de falar de outro time sediado em Timon, mas que não manda seus jogos nem em sua cidade natal, nem mesmo em seu Estado natal: o Esporte Clube Timon!
O Esporte Clube Timon disputa os campeonatos no estado do Piauí, sendo filiado à Federação de Futebol do Piauí, desde 2015. O time foi vice-campeão da Segunda Divisão do Campeonato Piauiense de 2019, conquistando o acesso para a 1ª divisão do estadual de 2020.
Começamos nossa aventura pela cidade de Alvorada do Sul.
Alvorada do Sul era distrito administrativo de Porecatu e está às margens do rio Paranapanema, tornando a cidade bastante agradável.
Pouco mais de 11 mil pessoas vivem em Alvorada do Sul, que apenas em 1951 alcançou sua autonomia, graças a uma fazenda homônima cujo loteamento deu origem à cidade.
Assim como boa parte da região, o plantio de café foi o responsável pelo seu desenvolvimento. A empresa Lima, Nogueira & Exportadora que manejava a venda do café lá em Santos adquiriu uma vasta área de terras na localidade sabendo que seria um bom negócio.
Atualmente a cidade segue progredindo, bastante ligada ao agronegócio e assim tentando construir sua identidade, misturando alguns elementos ao seu dia a dia…
O nosso objetivo em Alvorada do Sul era conhecer o Estádio Municipal Álvaro Alves.
O Estádio Municipal Álvaro Alves é novamente a casa do PSTC (Paraná Soccer Technical Center ou Centro de Treinamento de Futebol do Paraná) na disputa da segunda divisão do Campeonato Paranaense.
Não, não é um partido político, é mesmo um time de futebol. O PSTC surgiu em 1994, com a proposta de revelar jogadores. De lá vieram Kléberson, Fernandinho (ambos jogariam depois pela Seleção Brasileira), Alan Bahia, Dagoberto, Guilherme, Jádson, Rafinha, entre outros.
Logo, o time se transformou em uma potência nas competições das categorias de base do Paraná, conquistando títulos no Sub-17 e Sub-15.
Em 2010, o PSTC se aventurou no futebol profissional, jogando a 3ª divisão.
Em 2012, termina a competição na 3ª colocação, conquistando o acesso para a Segunda Divisão do Campeonato Estadual.
No ano de estreia na segundona, o clube fez uma parceria com o município de Cornélio Procópio, tornando-se o PSTC Procopense, terminando na 6ª colocação em 2013 e 4ª colocação em 2014.
Em 2015, o Estádio Ubirajara Medeiros em Cornélio Procópio passou por reformas, obrigando o time a mandar seus jogos no Estádio Éxaro Menck em Sertanópolis e foi lá que o PSTC conquista a vaga para a primeira divisão do Campeonato Paranaense, com o título da Segunda Divisão conquistado de forma invicta.
Em 2016, sua estreia na elite do futebol Paranaense foi surpreendente: chega até a semifinal junto do “Trio de Ferro” do Paraná, classificando-se para a série D do Campeonato Brasileiro. Em 2017, o time é rebaixado para a segunda divisão, de onde retorna em 2019 com mais um título.
Mas, veio um novo rebaixamento em 2020 e somente em 2023, sagra-se vice campeão da série B e retorna à principal divisão paranaense, mas novamente cai no primeiro ano de disputa (2024) e assim disputará a segunda divisão em 2025 no Estádio Municipal Álvaro Alves em Alvorada do Sul (um grande trava língua não?).
O Estádio teve sua capacidade ampliada para pouco mais de 2.800 torcedores.
Veja como, embora seja um estádio pequeno, ele é bem estruturado.
As arquibancadas agora percorrem o entorno do campo, chegando até atrás do gol:
Aqui, o meio campo:
O gol do lado esquerdo onde ainda não há arquibancadas:
E o gol do lado direito:
Veja como é o visual e o clima pacato de um estádio que fica em uma cidade pequena e sem aquela barulheira dois grandes centros urbanos:
O Estádio estava fechado, mas o muro da rua lateral é baixo, aqui eu estou do lado de fora do estádio e olha como dá pra ver o estádio todo:
Lá do outro lado, tem aquela parte coberta do estádio:
Ao lado do Estádio está o Clube Recreativo Alvorada:
Entrando pelo Clube Recreativo Alvorada deu para registrar mais de perto a parte coberta da arquibancada:
E um pouco da outra lateral (era de lá daquele muro branco que eu estava fazendo as fotos antes).
Aqui dá pra ver um pouco do campo todo. Bonito né? O futebol paranaense está em plena ascensão e o PSTC representa uma nova força no estado.
Só acho que o distintivo podia ser um pouco melhor né?
1º de março de 2025. Sábado de carnaval e mais um mês que nasce, cheio de oportunidades! Assim, lá fomos nós para a estrada!
Aproveitamos o feriado e rumamos para Presidente Prudente para acompanhar a penúltima rodada da primeira fase da série A2 de 2025.
Claro que além do jogo em si, aproveitamos para conhecer um pouco mais da cidade.
Quem anda pelas ruas de Presidente Prudente frequentemente cruza com casas de madeira, cheias de estilo como esta, que são um legado da Ferrovia.
Na época, os ferroviários construiam estas casas no sistema de mutirão. É muito legal lembrar que houve um tempo em que as pessoas se ajudavam tanto…
A ferrovia é a principal responsável pelo desenvolvimento de Presidente Prudente. A cidade atual passou a ser ocupada em 1917 e os trilhos da Estrada de Ferro Sorocabana chegaram em 1919. Esta é a estação, atualmente ocupada por um museu (que parecia meio abandonado…).
Ali em frente `à estação, a cidade ainda guarda o “Bebedouro de animais” como patrimônio histórico e lembranças de um tempo que não volta mais…
O avanço da ferrovia para o interior do estado forçou o contato com os últimos habitantes originais da região, principalmente os povosKaingang, que estavam tentando se manter isolados. Esse contato, iniciado no final do século XVIII e ampliado no século XIX, se transformou em aliança ajudando a extinguir os últimos grupos de resistência…
Infelizmente, o resultado desse encontro foi o fim dos Kaingangs… Novos povos surgiram na cidade, principalmente os imigrantes japoneses, que trouxeram consigo um pedacinho da sua cultura: um templo budista!
E se for comemorar, que seja um brinde com os refrigerantes Funada!
Hoje, a cidade está enorme, veja quantos arranha-céus:
E uma cidade assim tão grande também tem uma grandiosa história no futebol, seja pelos diversos times que já defenderam Presidente Prudente, seja pelo seu gigantesco Estádio Paulo Constantino, não a toa, o “Prudent˜ão“:
Em 2013, estivemos por lá visitando os demais estádios e falando sobre os times da cidade (veja aqui como foi), mas na ocasião, não conseguimos adentrar ao Prudentão…
O Grêmio Prudente vem numa crescente dentro do futebol e ainda tem chances de conquistar o acesso à série A1 do Campeonato Paulista, por isso, a rapaziada da Fúria Prudentina estava animada!
O Estádio está bem cuidado e cheio de detalhes que reforçam sua história, com grande destaque para os grafites na entrada principal.
Sente o clima da entrada do estádio, pelo portão local:
Aproveitamos pra ouvir alguns torcedores locais:
Ingresso (digital) em mãos, ou melhor, no celular…. vamos ao jogo!
A rapaziada da Fúria enfrentou os mais de 600km para apoiar o Ramalhão!
Finalmente, vamos conhecer a parte interna do estádio, chegando pela entrada de visitantes:
Dentro do estádio, mais um grafite, desta vez recordando Ronaldo Fenômeno pelo seu primeiro gol com a camisa do Corinthians, aos 47’do segundo tempo no clássico contra o Palmeiras de 2009 e cuja celebração derrubou o alambrado do campo, frente 44.479 torcedores.
E como tudo é grande no Prudentão, a distância do vestiário pro campo também não é moleza kkkk…
Não queria dedurar, mas o Kleina foi o último a chegar ao banco kkkk Grande abraço ao nosso treinador!
Depois de muita caminhada, finalmente os times em campo!
Olha que bonito o Estádio e como são grandes as arquibancadas em torno de quase todo o campo.
E a torcida do Santo André se fez presente!
Abraço para o professor André, de Pirapozinho, apaixonado pelo Ramalhão, mesmo há 600 km de Santo André e ainda contaminou a esposa com esse amor!
15 anos atrás, Santo André e Grêmio Prudente se enfrentaram pela semifinal do Paulistão 2010, e o Ovídio deu essa bandeira a ele. E lá estão todos reunidos no mesmo lugar novamente!
No lado local, boa presença de público!
Por sorte, o estádio oferece uma boa parte coberta para a torcida local.
Aos visitantes que preferiram assistir na arquibancada, o sol foi o principal companheiro!
Considero que o Estádio é tão grande que acaba sendo até prejudicial para a torcida local, já que é muito difícil pensar em uma partida do Grêmio Prudente com 40 mil torcedores lotando seu estádio…
Mesmo com uma média de público interessante para uma série A2, a sensação (na verdade, a realidade) é que sempre tem muito mais lugar vago do que ocupado no estádio.
Só tenho a agradecer a oportunidade de finalmente acompanhar uma partida no Estádio Paulo Constantino!
O Estádio foi inaugurado em 12 de outubro de 1982, com a partida Santos 1×0 Corinthians de Presidente Prudente, com 20.240 torcedores ocupando suas lindas bancadas! Em 2002, alterou-se o nome do estádio para “Eduardo José Farah”.
Atualmente, o Estádio comporta 45.954 torcedores, sendo assim, o segundo maior estádio do país, fora das capitais.
Em 2010, o Grêmio Recreativo Barueri mudou sua sede para Presidente Prudente, reacendendo a paixão da cidade pelo futebol, entretanto, em 2011 o clube retornou para Barueri. Em 2012, graças a iniciativa de um grupo de empresários, jogadores aposentados famosos e a prefeitura, surge o Grêmio Esportivo Prudente, que herdou os direitos federativos do extinto Oeste Paulista para a disputa das competições da FPF. Em 2013, o Estádio volta a se chamar Paulo Constantino.
Em campo, o jogo teve bons momentos para os dois times. Embora o 0x0 tenha sido o resultado final, ambos tiveram chance de sair com a vitória, parando ou na defesa adversária ou na falha do ataque.
Os dois times acabaram meio que nas mesmas condições, deixando ambas as torcidas um tanto preocupadas… Menos a criançada que assistiu o jogo no alambrado e ainda bateu uma bola ali no intervalo.
O jogo foi chegando ao final e a torcida local aumentou o apoio! E enquanto isso, faço devaneios sobre o Estádio…
Destaque para as faixas da Fúria Prudentina ao redor do campo:
E o segundo tempo rolando, mas nem a falta de gols diminuía o ímpeto da torcida local!
Com o apoio o Grêmio vinha para o ataque…
E abria espaço para o contra ataque dos visitantes!
Mas o 0x0 acabou atrapalhando a festa da torcida local, que esperava uma vitória para sedimentar sua classificação para a 2ª fase da série A2.
Pra mim, é mais uma memória, outra lembrança criada e registrada de um rolê que marca presença em um lindo estádio.
Uma oportunidade de conhecer novas pessoas e novas culturas, não apenas, mas principalmente, nas bancadas do estádio local.
É fim de jogo e o 0x0 deixa ambos os times prontos para lutar pela classificação na última partida! Eu acredito no Ramalhão!
Grande abraço aos que estiveram na nossa arquibancada! E também aos prudentinos!
Ainda no rolê por Recife, sob a paixão do seu litoral, lindo durante o dia e mesmo durante a noite…
Como a grana anda curta, não deu pra trazer nada de grandes lembranças, apenas esse singelo boné de Pernambuco que acabou nem chegando em Santo André… Perdi entre o aeroporto e nossa casa 🙁 Que esteja feliz em uma nova cabeça.
No post anterior (sobre o Estádio dos Aflitos) falei um pouco do valor cultural do rolê para Recife e reforço a importância de conhecer ao menos o Museu do Homem do Nordeste (machista essa generalização da “raça humana” né?).
Algumas obras retratam o início da colonização em Pernambuco e o importante papel dos indígenas e africanos na formação da capital e do estado como um todo.
Importante reconhecer as celebrações (algumas delas religiosas) africanas e afro-brasileiras.
E também para poder ter acesso a objetos importantes da nossa história como essa urna, onde provavelmente eram guardados os restos mortais dos indígenas.
E sim, a gente fez todos os rolês de turista não só no litoral da capital como nas cidades ainda mais turísticas. Vale banho de lama? Vale! Da lama ao caos, do caos à lama!
E os vários roles pela cidade mostraram como podemos ter uma cidade importante integrada aos rios que a cortam, de uma maneira diferente do que nos acostumamos em São Paulo.
Em suma… Se possível, visite e conheça Recife, sua cultura, sua gente, suas praias etc… E não deixe tampouco de conhecer seu futebol! Pra isso, depois de falarmos do Estádio dos Aflitos (o campo do Náutico), fomos conhecer a casa do clube das multidões, do mais querido: o Santa Cruz Futebol Clube!!!
Falamos do Estádio José do Rego Maciel, o Estádio do Arruda!
O tricolor pernambucano tem uma casa que impõe respeito e que atualmente capacidade para 60.044 torcedores, sendo assim o maior estádio do estado e entre os dez maiores da América Latina.
O Arruda já foi palco de vários jogos internacionais, entre eles eliminatórias e amistosos da Seleção brasileira.
O próprio José do Rego Maciel foi quem captou os investidores que bancaram a construção do estádio e em 1954 começou a se projetar a construção do “Alçapão do Arruda“, mas, apenas em 1965, a construção teve início, o que na época seria o quarto maior estádio particular do mundo.
Foi graças a muitas doações da própria torcida que o Santa Cruz Futebol Clube conseguiu construir seu estádio. Em 4 de junho de 1972, em um amistoso 0x0, contra o Flamengo, o Estádio do Arruda foi inaugurado oficialmente, frente a 64 mil torcedores.
Em 1º de agosto de 1982 foi inaugurado o anel superior, tendo a capacidade elevada para 110.000 torcedores. Em 2000, os os estádios brasileiros tiveram sua capacidade reduzida quase à metade pela nova legislação da CBF, e a capacidade do estádio caiu para 65.000 torcedores.
Aqui, o pessoal da gestão do Santa que nos recebeu para conhecermos esse lindo estádio por dentro!
Como sempre digo, é uma verdadeira honra poder registrar um estádio tão importante para o futebol brasileiro como o Arruda!
O anel superior deu ao estádio um visual ainda mais impactante. Agora em 2022, o Santa tem disputado a série D e tem levado grande público às arquibancadas!
Aqui um olhar sob o gol da esquerda:
O gol da direita:
E o meio campo:
Aqui, o banco de reservas:
Emocionante, não?
Importante reforçar que, mesmo vestido a camisa do Ramalhão, tivemos todo respeito com o time e torcida do Santa, afinal este é um templo do futebol!
Gostaria muito de poder voltar ao estádio do Santa Cruz para acompanhar uma partida…
Ah, vale ressaltar também os grafites na parte interna do estádio! Lindos e históricos!