Quarta feira, 22 de janeiro de 2025. Uma tarde (!!) em pleno dia de semana… Muito calor, sem uma única sombra na arquibancada…. E ainda assim, alguns bravos torcedores compareceram…
É o fim do futebol. Pra quem joga, pra quem assiste, pra quem patrocina… Não faz sentido um jogo da série A2 nesse horário…
Após apenas 1 ponto em duas partidas, o Santo André sabia da responsabilidade do resultado desse jogo para a sequência desse início de Campeonato.
O Taubaté também entrou pressionado, principalmente após derrota por 3×0 no clássico do Vale. O papo dos times, antes do jogo deve ter sido pesado…
Infelizmente, as partidas da série A2 no geral tem uma mesma cara… Muita correria e marcação e poucas jogadas criadas gerando chances de gol.
E a primeira chance clara foi criada (e convertida) pelos visitantes… O Burrão da Central fez 1×0, placar que conseguiu segurar até o fim do jogo para desespero da torcida local.
Um jogo para se esquecer (e já foram tantos assim no ano passado)…
Parecia muito difícil acreditar que o Campeonato de 2025 poderia ser pior que o de 2024, mas infelizmente é o que está acontecendo…
Com o placar, o Santo André termina a 3ª rodada na zona de rebaixamento para a série A, na penúltima colocação… Enquanto isso, a diretoria aguentava lá do outro lado uma série de cobranças vindo da arquibancada.
O Santo André criou chances de gol? Poucas… E muito mal aproveitadas.
Um resultado que reflete em campo o que já se sente há anos na arquibancada: um distanciamento da torcida, um sentimento de ausência da diretoria nos dias de jogo e mesmo nas cobranças quando passamos por maus resultados como o de hoje. Alguns citam o ex presidente Jairo Livólis que sempre teve uma postura enérgica nesses momentos levando a cobrança para o vestiário logo após o jogo.
Fica o registro de mais uma partida… Uma lembrança triste, mas que faz parte. O grande medo não é o placar ou o momento, mas a expectativa de um futuro (ou de um “não futuro)…
Sábado, 9 de novembro de 2024. Quem diria que após algumas horas de estrada, finalmente acompanharíamos um jogo do Grêmio Novorizontino ao lado de sua torcida.
Pra mim, estar ao lado da torcida do Grêmio Novorizontino era um sonho há décadas, desde o time anterior, o Grêmio Esportivo Novorizontino que tanto chamou a atenção naquela final caipira do paulistão de 1990…
Como a distância é grande para um bate e volta no fim de semana, preferimos dormir em Bauru para ganhar tempo no retorno. E já que estávamos por lá, antes da partida fomos ver como está o campo do Estádio Alfredo de Castilho, a casa do Noroeste na série A1 de 2025.
Também deu tempo pra um alô no pessoal da Sangue Rubro, torcida do Noroeste que tem sua sede em frente ao portão principal do Estádio! Abraços ao Pavanello e demais amigos que nos receberam muito bem, como sempre!
Também fomos visitar o local onde ficava o Estádio Lusitana que hoje é um supermercado. Estes são os dois painéis que ainda estão no mercado:
O fim de semana já tinha começado em alto estilo com um encontro com o ex-jogador Gamarra, eterno rei da zaga paraguaia!
Mas, nosso objetivo do fim de semana era acompanhar a torcida do Novorizontino no Estádio Doutor Jorge Ismael de Biasi, o tradicional “Jorjão”!
Mais que um jogo, trata-se de uma verdadeira decisão com o Operário Ferroviário (time de Ponta Grossa-PR) pelo acesso à série A do Campeonato Brasileiro, por isso é dia de casa cheia no Estádio Dr. Jorge Ismael Di Biasi!
Este poderia ser o último jogo do Novorizontino como participante da série B, e por isso, os torcedores da cidade e da região compareceram!
Até as cadeiras cobertas lotadas!!
Dr. Jorge ficaria orgulhoso deste momento…
Visitantes presentes! O pessoal de Ponta Grossa, a torcida Trem Fantasma, compareceu mostrando que acredita no Operário Ferroviário Esporte Clube nesta reta final pelo acesso para a série A do Brasileirão!
Estivemos na companhia do Rico, que também apresenta o podcast Papo de Andreense e representa a nova geração de apaixonados pelo futebol raiz do Brasil.
Olha como estava bonito o Estádio…
Empolgado com a torcida, o Grêmio pensava em vencer de qualquer forma para garantir ainda nesta rodada seu acesso!
Até o mascote do Novorizontino estava rosnando dentro da jaula do Estádio Doutor Jorge Ismael de Biasi !!
Cada um mostra seu amor e apoio pelo time como deseja. Esse pessoal estava usando a dança para animar a torcida. No intervalo eles foram pra dentro de campo fazer a festa!
Pra quem saiu do ABC embaixo de chuva, o dia bastante ensolarado em Novo Horizonte nos surpreendeu…
E será que o sol atrapalhava a visão?
Estratégias para se proteger do sol não faltaram. Dos tradicionais chapéus…
Até um tecido TNT (tipo um feltro fininho) amarelo que além de colorir o estádio, ainda foi usado por baixo do boné (no canto inferior direito da foto) para uma proteção ainda mais eficaz!
Posso dizer que meu boné salvou…
O calor estava tão grande que até um sheik apareceu para apoiar o Grêmio Novorizontino!
E teve até quem aproveitou a desculpa de se proteger do sol pra dar celebrar o amor…
Em campo, o Grêmio tomava as iniciativas mas as chances criadas acabavam desperdiçadas, e o Operário ainda levava perigo não só nos contra-ataques como também criando oportunidades reais.
Mas o Grêmio apertava! Parecia que o gol era questão de tempo!
A torcida fez uma festa a parte! Você que está lendo precisa lembrar que Novo Horizonte possui uma população de pouco mais de 40 mil pessoas… Tem ideia do que significa pra essas pessoas o time chegar à série A do Brasileiro?
Não tem anda mais legal que ver o envolvimento das pessoas com, talvez o mais precioso bem cultural da cidade: o seu time de futebol!
O lado das cadeiras cobertas tradicionalmente não canta muito, mas pelo menos apresentou uma padronização bem interessante quanto ao uso de camisas e bandeiras!
E hoje poder ver ao vivo a torcida pintando o Estádio Jorjão de amarelo e preto foi inesquecível!
O grande problema é que por mais que se esforçasse, o time não estava empolgando em campo e acabou criando-se uma certa tensão ao ver o primeiro tempo terminar empatado em 0x0.
Pra quem não vive a realidade do futebol, são apenas imagens, pra gente que respira esse dia-a-dia ver um estádio como este dessa maneira é uma verdadeira vitória, independente do placar!
Fomos dar um rolê pelo estádio no intervalo e se em campo o time não resolveu as coisas, no bar o faturamento foi certo!!
Foi bacana ver a diversidade de público no estádio, de crianças ao pessoal mais velho, todo mundo curtindo o momento único da cidade!
Espero que daqui alguns anos essa torcedora possa lembrar de quando ainda usava mamadeira no estádio.
O segundo tempo começou e o Operário manteve o controle do jogo, ainda levando perigo em algumas cobranças de falta e bolas paradas.
Alguns reclamavam que o técnico Eduardo Batista demorava pra mexer no time. Mas eu considero que ele tem muita moral pela fase atual do Novorizontino.
Formou-se um círculo vicioso: o gol não saia, com isso o nervosismo ia aumentando, fazendo aumentarem os erros…
Nessas horas, os deuses do futebol não tem piedade… E mesmo em frente essa multidão de torcedores, colorindo de amarelo as bancadas do Jorjão, o gol não saiu…
O placar insistia no 0x0…
A Garra do Tigre (principal organizada do Novorizontino) estava gigante!
E mesmo transformando a bancada em um verdadeiro show dos Ramons, o gol não saiu…
E quando parecia que não tinha como piorar para a torcida local, vem a bomba… Conforme disse um torcedor do nosso lado: “O futebol pune!” Veja no canal do GE o gol do time visitante:
Foi uma decepção para todos…
Confesso que achei um pouco exagerada a reclamação da torcida por um time que está bem próximo da série A…
Refletores acesos como um sinal amarelo… Será que o tão sonhado acesso só virá no próximo jogo, também em casa, contra o Payssandu?
O fim do jogo foi chegando, a pressão do Novorizontino aumentando, mas sabe aqueles dias em que nada dá nada certo?
Os raios de sol começavam a baixar, mostrando que a tarde caia e que o jogo chegava ao fim…
E sem sentimento algum, o árbitro trilou seu apito e encerrou o jogo deixando parte da torcida em silêncio como que não acreditando que a festa programada para o jogo não fosse ser realizada…
Novamente, agradeço a oportunidade de participar desse momento histórico ainda que sentindo um pouco do amargo da derrota do dia… Mas, confesso estar na torcida pelo acesso do Tigre do Vale em homenagem a essa pequena cidade que desafia os gigantes do futebol!
Abraços ao Rico, que nos acompanhou pela primeira vez em um rolê como este.
A hora de ir embora misturou emoções… Por um lado, felicidade em ter vivenciado momentos tão incríveis ao lado da torcida do Novorizontino, por outro, triste pelo resultado que no mínimo adia o sonho do acesso.
A Camisa 66 é mais uma representante do estado de Santa Catarina (alias, pra quem não deu atenção quando escrevemos sobre o time do Imbituba, eles chegaram na primeira divisão Catarinense…).
E na verdade não se trata de apenas uma, são duas, as minhas camisas do Joinville Esporte Clube. A segunda foi presente do grande amigo Rodrigo Ratier, atleta do tradicionalíssimo Garotos Podres e editor da Nova Escola!
O Joinville Esporte Clube foi fundado em 1976, a partir da fusão do departamento de futebol das equipes de América e Caxias, ambas da bela cidade de Joinville.
O Joinville tornou-se um dos maiores clubes de Santa Catarina, tendo conquistado 12 títulos estaduais, sendo o primeiro deles, logo no ano de estréia do clube, com o time abaixo:
Se no ano seguinte, o time não chegou ao título, os 8 anos seguintes tornariam-se memoráveis para a torcida do JEC, graças ao octacampeonato conquistado entre 1978 e 1985.
O time de 1978 você conhece agora:
O de 79, também tem foto de campeão:
O de 1980 é em preto e branco, mas vale pelo registro histórico:
O de 81 também:
Fico devendo os esquadrões de 82 e 83, mas o de 84 segue abaixo:
Sobre o título de 1985, encontrei um vídeo no youtube, se liga:
Depois do octagonal ainda viriam os títulos de 1987 e o bi-campeonato 2000 e 2001.
Além disso, o JEC disputou a série A por diversas vezes, com destaque para o ano de 1985 quando ficou na oitava posição.
O maior ídolo da torcida Jequeana de todos os tempos foi o atacante Nardela, que jogou de 1980 a 1994, se constituindo no maior artilheiro do clube com 130 gols.
Assim como a gente fez pro Santo André (ouça no www.myspace.com/foradejogo), o Joinville também ganhou uma versão Rock para seu hino, para ouví-la, clique aqui
O mascote do time é o “Jack Coelho“:
Possui um belo estádio, a “Arena Joinville“:
O site oficial é www.jec.com.br mas sugiro uma visita ao blog www.soujec.com.br feito por torcedores e por isso, mais “emocionante”.
E já que você está aqui na net, dê uma visitada no blog www.mcnishph.blogspot.com só sobre o futebol catarinense. Pra terminar, uma visão do que é comemorar um resultado com a torcida do JEC!
A 59ª Camisa de Futebol do nosso blog é a camisa do Coritiba Football Club. É uma réplica, comprada num calçadão em Curitiba por R$16. Adoro réplicas bem feitas a preços camaradas… Por que não se pode ter camisas oficiais mais baratas?? Pô, de R$16 pra R$116 é demais…. (daqui de 2025 eu te digo, R$ 116 hoje em dia é uma pechincha!!) Esse modelo de Camisa do Coritiba me lembra muito a do Celtic, ou do Sporting de Portugal, e eu acho uma combinação de cores ótima para listras horizontais. O detalhe é para o número dourado, que também acho bonito:
Bom, mas falemos sobre o Coritiba FC, dono da camisa, e sem dúvida um dos maiores clubes brasileiros. Antes de mais nada, se quiser ver o que eles mesmos falam, o site do time é www.coritiba.com.br . O Coritiba FC foi fundado em 12 de outubro de 1909, ou seja, festejou, esse ano seu primeiro centenário.
O clube nasceu graças a Frederico Fritz Essenfelder, um dos membro de um grupo de atletas que praticavam ginástica, que apareceu com uma bola e apresentou o jogo aos colegas.
Logo, todos estavam completamente apaixonados pelo esporte e decidiram fundar um clube só de futebol. Nascia o Coritibano Football Club, que em 23 de outubro de 1909, teve seu primeiro jogo contra um time de funcionários da estrada de ferro de Ponta Grossa. Abaixo, a foto do time que jogou sob o nome Coritibano:
Até 1916, usou a área do Jóquei Clube Paranaense como campo.
Em 1910, o nome do clube foi alterado para Coritiba, grafia européia, utilizada na época para designar a cidade. As cores, verde e branco, são uma referência às da bandeira do estado. Em 1915 o clube participa de sua primeira competição oficial, e no ano seguinte, conquistou seu primeiro título, no campeonato estadual.
O time é popularmente chamado de “Coxa Branca”, devido aos seus primeiros times serem formados basicamente por descendentes de alemães. Um dos possíveis criadores do apelido seria Jofre Cabral e Silva (torcedor e anos mais tarde, presidente do rival Atlético Paranaense) que tentava irritar o zagueiro Hans Breyer, chamando-o de “Coxa Branca”. As décadas de 20 e 30, trouxeram muitas novas conquistas ao clube, mas sem dúvida, o maior presente foi a inauguração do Estádio Belfort Duarte, em 1932.
Não dá pra resumir em um único post tanta história, então só para citar, os anos 40, 50 e 60 foram repletos de títulos e conquistas. Em 1969 o Coritiba faz a primeira excursão para o exterior. No ano seguinte, montou um time cheio de estrelas, visando aumentar o público e assim conseguir recursos para ampliação do Estádio Belfort Duarte. A década de 70 é chamada de década de ouro, graças a hegemonia conquistada no futebol paranaense. Conquista um hexacampeonato estadual, maior seqüência de vitórias na história do profissionalismo no futebol paranaense, e chega em quinto lugar na primeira edição do campeonato brasileiro, de 1971.
Em 1977, o nome do estádio é alterado para Major Antônio Couto Pereira, em homenagem ao falecido presidente do clube.
A década de 80 inicia-se em alto estilo, e o Coxa fica em terceiro no campeonato brasileiro de 1980. Mas o grande ano do time é 1985. Com um elenco modesto (do qual fazia parte o goleirão Rafael, e seu bigodão, que dizem terperdido a orelha num jogo, ao enroscar-se com a rede do gol…), e comandados por Ênio Andrade o Coritiba chega a final contra o não menos desacreditado Bangu.
A final, em pleno Maracanã é decidida nos penaltys. Veja como foi:
Campeão nacional, o Coxa participa da Libertadores da América de 1986, mas faz uma campanha discreta. Em 1987, lembro bastante do Coritiba porque ele foi um dos times a disputar a Copa União (e consequentemente estar em um dos melhores álbuns de figurinhas de futebol).
Em 1988 o Coritiba quase cai para a segunda divisão paranaense. Em 1989, após perder o mando de campo, o time foi obrigado a enfrentar o Santos em Juiz de Fora, um dia antes de jogar contra o Vasco. O time compra a briga e ganha na justiça comum o direito de adiar a partida. Assim, não enfrenta o Santos e como punição é rebaixado pela CBF para a Série B. O time só retornaria à primeira divisão em 1995, no último jogo sendo disputado contra nada menos que o rival Atlético Paranaense, e veja como foi:
Em 1997, o Coxa é campeão do Festival Brasileiro de Futebol. Em 1998, foi eliminado pela Portuguesa nas quartas-de-final do brasileirão, na época do “melhor de 3”. Em 2002, brilha como uma das melhores equipes do campeonato brasileiro e lança o projeto de clube-empresa. Em 2003 chega em quinto no Campeonato Brasileiro e conquista o direito de disputar a segunda Libertadores da América de sua história. Mas no ano seguinte é novamente eliminado precocemente da competição sulamericana. Em 2005, o time foi rebaixado para a Série B da competição, assim como Atlético Mineiro, Paysandu e Brasiliense. Em 2007, conquista o acesso à Serie A do Campeonato Brasileiro, sagrando-se campeão da Série B .
Em 2009, o time está lutando para não cair novamente.
Como estivemos por Curitiba no fim do ano passado, eu e a Mari não resistimos em fazer um tour pelo Estádio..
A Mari se encantou com o estilo old school do Estádio do Coxa.
A arquibancada é mesmo muito grande, principalmente quando você está sozinho no estádio…
Fomos muito bem recebidos pelo assessor de imprensa do clube, mesmo sendo no mesmo dia em que ele iria apresentar o novo técnico do time (na época Ivo Wortmann)
Essa foto abaixo é um poster que está na parte interna do estádio. Maravilhoso não?
O estádio Major Antônio Couto Pereira é o maior do Paraná, e hoje tem capacidade para 37.182 pessoas. Vale lembrar que alguns torcedores o chamam de Alto da Glória (nome do bairro). O mascote do Coritiba é um velhinho, o Vovô Coxa, em alusão ao time ser o mais antigo do Paraná:
Fica nossa homenagem e respeito aos 100 anos de existência do Coritiba FC.