Seguimos na estrada… Desta vez a cidade visitada foi São Manuel!
Pra quem conhece um pouco o interior de São Paulo, a cidade fica próxima a Botucatu, cerca de 270 km da capital.
Ruas ainda pacatas, características de cidades do interior, por onde circulam os quase 50 mil habitantes. Estão aí, a tradicional igreja e o coreto da praça!
Nossa missão era de conhecer e registrar o Estádio “Dr. Adhemar Pereira de Barros”, onde a Associação Atlética Sãomanoelense mandava seus jogos.
A Associação Athletica Sãomanoelense foi fundada em 21 de junho de 1919. No site O Debate regional encontrei a imagem abaixo, do início dos anos 20, numa época em que nem arquibancadas ainda existiam por lá.
Em 1921, recebeu o time do EC Sorocabano não só para um jogo, mas para uma vivência na cidade:
Em 1922, houve um amistoso com o Santos:
Já em 1923, passou a disputar o Campeonato do Interior!
E também encontrei essa matéria do jornal “A Cigarra” de 1924 sobre um amistoso com o SC Corinthians.
Disputou novamente o Campeonato do Interior em 1942, com o EC Bandeirante, também de São Manuel.
Em 43 e 44 mais uma vez a região teve a Ferroviária de Botucatu como campeã.
Em 45, o campeão do setor foi a Botucatuense e em 47, o Noroeste. O time dessa época (foto do site Tempodebola)
Aqui, notícias sobre o Campeonato de 1948:
Em 1957 rolou até um amistoso com o Palmeiras:
Seus anos de glórias foram a década de 60. Logo em 1961, um amistoso contra o São Paulo.
Depois, a AA Sãomanoelense foi campeã, em 1968, da quarta divisão.
Dá pra ver as suas tradicionais cores (vermelho e preto) na foto abaixo, do time dos anos 80 (também do site Tempo de Bola):
Aqui, o time de 1990:
Mas, o tempo do futebol profissional se foi e o Estádio “Dr. Adhemar Pereira de Barros acabou ficando para o futebol amador, mas ainda muito bem conservado.
O Estádio recebeu 12 participações no Campeonato Paulista de Futebol.
Infelizmente o clube não resistiu às mudanças do futebol e principalmente aos altos custos e acabou licenciando-se da Federação Paulista, deixando ainda mais órfã a região (que já possuiu clubes em Botucatu, Lençóis Paulista, Avaré, entre outras cidades).
A atual capacidade do estádio não passa de 2.000 torcedores, e mesmo sabendo que para disputar o profissional, seriam necessárias obras de expansão, esse tema vive sendo discutido entre os boleiros da cidade.
Falando em boleiros da cidade, taí uma parte deles que ainda frequentam o estádio (que tem um bar anexado, onde rola a tradicional sinuca).
Um último olhar sob a arquitetura antiga da cidade, e como o sol se vai… Nós também vamos…
8 de maio de 2016. O domingo fecha um fim de semana de acessos!
Um dia após acompanharmos o Santo André voltar à série A1 do Paulista, em Barretos, fomos até Sertãozinho assistir a equipe local chegar a final da A3 e consequentemente conquistar o acesso à série A2 e a festa não podia ser melhor!
O Sertãozinho manda seus jogos no Estádio Municipal Frederico Dalmaso, o “Fredericão”.
E o campo estava cheio, e todo mundo muito animado, acreditando na classificação!
A torcida lotou todo e qualquer espaço do estádio destinado ao público local!
Vem comigo dar uma volta e sentir o clima do jogo!
Tudo isso, para sua segurança!
Pudemos conhecer pessoalmente o amigo Renan! E é pra isso que o futebol serve: fortalecer as amizades!
Pra quem não sabe, o estádio tem ainda uma pequena área coberta, junto das cabines de imprensa. Tudo muito bacana!
Mas a festa estava mesmo no meio da torcida. Uma pena que a Federação não permita que as organizadas entrem com suas faixas e camisas, mas mesmo assim, o pessoal de Sertãozinho pintou de grená e branco a cancha local, com direito a tirantes e tudo!
Dá uma olhada no que tinha de gente! E esse pessoal ajudou o time a segurar um 0x0, meio morno, mas que garantiu a vaga do time local na A2 de 2017!
Outro destaque pro rolê fica para o encontro, ali nas bancadas mesmo com o amigo Nequinha, lateral direito pé quente, que acabou conquistando mais um título, desta vez da A3! Valeu, amigo!
E já que o time saiu campeão, não pode faltar a foto dos vencedores!
Pra quem andava nos cobrando mais um role pelo interior, fica esse registro! Abraços aos amigos!
No segundo dia do mês de agosto de 2015, fomos até a rua Javari para mais uma edição do clássico paulistano Juvenal!
Pra quem não sabe, o Juventus caiu no gosto popular e desde o ano passado, assistir a um jogo no Estádio Conde Rodolfo Crespi tornou-se um programa disputado e as bancadas grenás estão sempre cheias!
Mesmo sem marcar, tive a honra de trombar dois amigos, um deles, o Laércio, torcedor do Auto Esporte, veio lá da Paraíba para um passeio em terras (e estádios) paulistas!
Outro, é o Sérgio, grande figura da cena punk/hc lá do Guarujá, e que atualmente está morando em São Paulo. Grande prazer em revê-lo!
Por fim, e não menos importante, nosso amigo que esteve por tanto tempo morando em terras portenhas e agora de volta à sua Mooca querida, Traffani acompanhado na foto pelo Gui, que foi conosco ao jogo!
Do lado feminino, a Mari praticamente organizou uma seção só de pessoas chamadas Mariana…
Vamos sentir um pouco o clima do estádio:
O primeiro clássico Juvenal aconteceu em 27/9/1936 e acabou com vitória grená por 3×1. Quase 80 anos depois, os times voltaram a se enfrentar na primeira fase da Copa Paulista, onde os jogos ainda não tem muita emoção… E diga-se a verdade, o Juventus entrou em campo ainda “sonolento”…
Do lado de fora do campo, as arquibancadas, essas sim estavam mais que acordadas e acesas!
Até os reservas pareciam estar mais atentos do que os titulares.
Pra quem não tem ido à Javari ultimamente, as imagens parecem ser de décadas atrás, quando o futebol do time mooquense atraia multidões de fãs do bairro.
Do outro lado, estavam os ferroviários de azul: a torcida do Nacional! Aliás, vale lembrar que ambos os times são sócios-fundadores da Federação Paulista de Futebol.
A setor 2 puxa a festa de um lado do estádio, a Torcida Jovem, do outro. No meio dessa cantoria toda, o time grená tentava encurralar seu adversário, mas, sem sucesso.
Para desespero da torcida local, o Nacional fez 1×0.
A Mooca está mudando. Verticalizando cada dia mais.
O público do estádio começa a mudar também. É curioso, mas não me sinto a vontade para descrever, caso algum juventino queira se colocar, faça o nos comentários ou no nosso grupo do Facebook.
Mas, por mais que tudo venha mudando, confesso que ainda me sinto bem vendo pequenos sinais do futebol de outrora, sonhar com a nostalgia de outrora ainda nos é permitido…
E parabéns à torcida nacionalista que creditou no time e compareceu ao jogo e no final, saiu comemorando a boa vitória de 1×0.
Bigodes de queijo a parte… A nossa viagem chegou ao fim. Ainda pela Rodovia Washington Luiz, decidimos visitar nosso último estádio em Araraquara.
A ideia não era visitar o estádio da Ferroviária, mas sim, um estádio realmente perdido, escondido em meio à plantação de cana, também dentro de uma usina, assim como foi o primeiro da nossa viagem (em Ibaté, cidade vizinha, veja aqui como foi).
Falamos do Estádio Comendador Freitas, que também já foi chamado de Estádio Garibaldi Pereira, localizado na Usina Tamoio, mais uma usina do grupo Raizen.
Tamoio era um distrito de São Carlos e só posteriormente passou para Araraquara.
O estádio pertencia ao extinto Tamoyo Futebol Clube, mas outros times mandaram seus jogos lá, como o Ibaté Futebol Clube e a Usina Tamoio FC (antes AA Tamoio).
Mas, infelizmente não pudemos entrar para registrar o estádio 🙁
Estamos em negociação com a diretoria e a assessoria de imprensa da Usina para conseguir uma autorização, mas… Para você que nos acompanhou nos 19 estádios anteriores, conseguimos algumas imagens do campo e também da igreja, que ficam na parte interna.
Descobrimos ainda, que o vereador Donizete Simioni e o historiador Rogério Belmiro Tampellini estão na luta para que o Estádio Comendador Freitas, a Igreja e as edificações nos arredores sejam tombados como patrimônio histórico e cultural.
E olha que lindo o estádio:
Nessa imagem mais antiga, fica ainda mais charmoso:
Ainda encontramos algumas fotos do lado interno, procurando pela Internet, de coisas mais recentes:
A essas verdadeiras obras de arte do passado:
Suas arquibancadas tem capacidade para 2 mil torcedores e já foram usadas tanto para torcedores de futebol como pela população em geral em festas e comemorações cívicas.
O Estádio foi construído em 1929 e inaugurado em janeiro de 1932. Passou por uma reforma em 1986 e foi fechado em 1994.
Aqui, o time da Usina Tamoyo em 1956:
Aqui, outro lindo achado histórico:
Aqui, o time de 1965:
O time posando em frente ao estádio, nos anos 70:
Aqui, o time de 1979:
E olha o estádio ao fundo, que lindo!
Ouvimos ainda sobre um possível jogo em que o Santos de Pelé enfrentou a Ferroviária, nesse estádio, em 26 de abril de 1970, num domingo pela manhã, em comemoração ao primeiro aniversário da Administração da Refinadora Paulista S.A., reunindo centenas de torcedores. A AFE teria vencido o jogo por 1×0.
Pra terminar, mais algumas fotos recentes divulgadas pelo site da Câmara de Araraquara:
E assim, termina nosso rolê pelos Estádios do Noroeste Paulista. Com uma paradinha pra almoçar em São Carlos, antes de enfim voltar para Santo André.
Foram apenas 3 dias de viagem, mas que duraram uma eternidade em nossos corações e mentes.
E todas essa memórias estão registrada e divididas com vocês nesses últimos 20 posts. Obrigado por estar conosco em todos eles!
APOIE O TIME DA SUA CIDADE!!!
Antes que ele seja comprado, usado, escondido e trancafiado!
Seguimos a estrada, saímos de Monte Aprazível e dirigimos por um lugar mágico, de tão bonito, rumo a Neves Paulista!
A história da cidade começou por volta de 1900 e recebeu este nome em homenagem a Joaquim da Costa Penha, mais conhecido como Capitão Neves, um dos primeiros moradores do povoado.
A pequena cidade recebeu muitos imigrantes espanhóis e italianos que foram pra lá trabalhar na lavoura de café, com o sonho de conseguir no Brasil o que lhes era negado na Europa, o direito de viverem dignamente.
Chega a ser triste ver como é mais bonito, mais saudável e muito mais prazeroso manter a natureza viva na cidade. Ok, eu sei que o crescimento das cidades é algo inevitável, mas não é possível que não se possa ter um meio termo…
Nem bem cruzamos a cidade e já encontramos uma placa indicando nossa missão: o Estádio Municipal Inácio Vasques!
É nesse estádio que o Clube Atlético Nevense, time fundado em 30 de novembro de 1957, mandava seus jogos.
O C.A. Nevense não foi o primeiro time profissional da cidade, antes dele, houve o São Paulo Futebol Clube, no início dos anos 50.
O CA Nevense foi fundado em 1957, e logo em seu primeiro ano de disputa, 1958, foi campeão da Série A3, numa incrível final contra o Estrela de Piquete!
Já em 1959, disputou pela primeira e única vez uma edição da série A2 (que teria o Corinthians de Presidente Prudente como campeão).
O Nevense disputou a Série Geraldo Starling Soares acabando na penúltima colocação deste grupo (fonte: História da 2a divisão do Futebol Paulista – Julio Bovi Diogo e Rodolfo Pedro Stella Jr).
O time base do Nevense: Paulo, Mascarado e Verdamin, Perigo, Lega e Manfrin; Daniel, Chiquinho, Edson, Titio e Hercílio. Outros atletas: Dema, Romildo, Joel, Gim, Brandão. Essas foram as partidas:
Assim, de volta à série A3, o time disputou essa divisão de 1960 a 1966, depois de 1969 a 1976 e de 1980 a 1987 e a 4a divisão (atual “B”) de 1977 a 79 e de 1988 a 1990.
Olha o time de 1972:
Em 82, o time ainda sagrou-se campeão sub-20 da A3, com o time abaixo:
E esse, o time de 1983 (foto do Jornal A Tribuna, gentilmente envida pelo amigo Rodrigo):
Aqui, o time sub 20, vice campeão de 1985:
O mais bacana é que a cidade nunca chegou a ter 10 mil habitantes (atualmente são cerca de 9.300) e mesmo assim manteve-se por mais de 30 anos em competições da Federação fosse na série A2, A3 ou na B.
É por essas e outras que o Estádio local é tão importante!
E indiretamente, o estádio tem a ver com o fim do futebol profissional na cidade, já que o Nevense se licenciou após sofrer uma punição pela FPF, devido a falta de segurança no estádio.
Sua última participação no paulista ocorreu em 1990, mas sofreu uma punição pela FPF, pela falta de segurança no estádio e assim abandonou o futebol profissional, para nunca mais voltar…
Vamos conhecer o estádio? Mais abaixo teremos vídeos da parte interna do estádio, feitos em nossa segunda visita à cidade!
Suas arquibancadas tem capacidade 3 mil torcedores!
O gol parece estar quase que encostado no fim do estádio, engraçado né?
O gramado está bem cuidado e beeem verdinho!
O campo possui iluminação e é cercado por um alambrado, como o da Rua Javari! Quem sabe o time não volte a defender a glória de sua cidade em competições oficiais no futuro?
Registro pós visita: em 2016, o Lobo da Araraquarense foi reativado, e se filiou à Liga de Futebol Paulista para a disputa da 1ª Taça Paulista.
Em 2022, mais uma vez passamos por lá, na companhia do Rodrigo e sua família para uma nova olhada no estádio.
Muito bacana ver que o Estádio Municipal Ignácio Vasques segue bem cuidado e com a sinalização com seu nome.
E também segue ali sua bilheteria:
Já era hora de uma nova olhada no campo!
Um olhar para o gol da direita:
O meio campo:
E aqui, o gol do lado esquerdo:
Um novo olhar na arquibancada que já vivenciou tantas emoções:
Ufa, confesso que agora que estamos devolvendo nossa viagem em forma de posts, esse rolê parece maior do que o que vivemos… Vamos aproveitar e conhecer mais uma cidade do interior paulista: Monte Aprazível!
Seus quase 22 mil habitantes desfrutam de uma cidade ainda tranquila que possui uma boa área verde 🙂
Nossa missão em Monte Aprazível era conhecer e registrar o Estádio Municipal Melchíades Pereira de Mattos!
Nele, o Grêmio Esportivo Monte Aprazível (G.E.M.A.) mandou seus jogos nas competições profissionais da Federação Paulista.
O Grêmio Esportivo Monte Aprazível foi fundado em 26 de abril de 1946 e após sagrar-se campeão citadino, passou a disputar o Campeonato amador do interior e depois ainda teve 9 participações no Campeonato Paulista. Esse é o time de 1948:
Sem dúvidas, o time devia fazer a festa da bilheteria local!
O time foi a única equipe da cidade a se profissionalizar, em 1955, e chegou a disputar a Segunda Divisão (atual A2), e permaneceu entres idas e vindas no futebol profissional, até 1991.
Jogadores de 1957:
Esse é o time de 1988:
E olha a festa que a torcida fazia no estádio!
Aqui, a conquista do acesso:
Aqui, um pouco da história da cidade naquela época:
O Estádio Municipal Melchíades Pereira de Mattos segue com suas belas arquibancadas de cimento, recebendo um e outro torcedor que curte acompanhar as categorias de base do futebol da cidade.
Vamos conhecer um pouco mais deste templo do futebol?
O gramado segue em boas condições, como a molecada que jogava mostrou:
O estádio possui ainda alguns departamentos onde possivelmente ficavam os vestiários.
Suas arquibancadas chegaram a ter capacidade para 3.500 torcedores!
E tem até uma seção de cobertas!
Tem um lance de arquibancada ali, beeeem escondidinho, atrás do gol!
E lá estão as árvores ao redor do campo…
Agradecemos mais uma oportunidade de registrar esse campo e torcemos para que siga sendo um lugar para se reunir em prol da saúde e da diversão, como já foi no passado!
Agosto de 2015… Continuando nossa história sobre o rolê de inverno para conhecer os estádios do Noroeste paulista, realizado no início do mês, deixamos a estrada nos levar a mais um destino até então desconhecido para nós…
Seguíamos pela, agora já tradicional, Rodovia Euclides da Cunha!
E fomos parar em Fernandópolis, a “cidade progresso”, ou também “cidade das águas quentes”, onde vivem cerca de 68 mil pessoas.
O nome da cidade é uma homenagem ao interventor federal Fernando Costa, que colaborou nas uniões das vilas locais.
Um comércio muito forte atraiu muita gente para a cidade. E, onde há muita gente, também tem muitos problemas, e na cidade um dos principais é a violência, que gerou uma polêmica medida: toque de recolher para menores de idade, que ficou em vigência por alguns anos.
Entretanto, no meio de tanto corre corre ainda é possível encontrar antigas edificações.
Algumas “modernidades” também fazem parte do dia a dia do pessoal de Fernandópolis, como essa escultura do restaurante japonês, ou mesmo das batatas belgas, de tão longe:
Nossa missão na cidade era “pousar no ninho da águia”, o Estádio Municipal Cláudio Rodante, casa do Fernandópolis F.C. .
O Fernandópolis F.C., ou “Fefecê” (www.fefece.com.br) é um time bastante tradicional do interior paulista e com uma característica marcante: embora fundado em 15 de novembro de 1961, não leva o nome de “XV de …” como outros times. O brasão do time é uma águia.
Aqui, o primeiro time, em 1961:
O time foi fundado com o nome de Associação Bancária de Esportes (A.B.E).
A foto abaixo é de 1964 quando o time jogou o quarto nível do futebol paulista de 1963 e 1964:
Nessa época, o escudo do time já tinha a Águia, mas ao invés das letras “FFC”, levavam um A na asa direita, B no peito e E na esquerda.
Falando um pouco do time, a Associação Bancária estreou no Campeonato Paulista em 1963, na Quarta Divisão, sendo vice campeã em 1963.
Em 1965, conquistou acesso a Terceira Divisão, onde permaneceu até 1968.
Nesse meio tempo, em 1966, mudou seu nome para Fernandópolis Futebol Clube para poder estar mais conectado à cidade e porque os bancários já não contribuíam mais para o clube.
Aqui, a torcida que, em 1967 foi até Araraquara para acompanhar partida decisiva com o Oeste:
O Fernandópolis manda seus jogos no Estádio Municipal Cláudio Rodante, mais conhecido por Ninho da Águia, inaugurado em 25 de maio de 1953, em um amistoso entre uma seleç˜ão da cidade, o “Fernandópolis EC” contra o Uchoa FC:
Vamos conhecer o interior do estádio?
Sua capacidade atual é de quase 8 mil torcedores!
Pouco mais de uma década depois, em 1979, o Fernandópolis erguia seu primeiro troféu: campeão da 2a Divisão (que equivalia ao terceiro nível do futebol paulista).
Aqui está a campanha do time:
O estádio nasceu como “Amaral Furlan“, nome de um senador da época. Esse nome permaneceu até 1963, quando o nome foi trocado para “John Fitzgerald Kennedy” homenageando-se assim o presidente dos Estados Unidos assassinado naquele ano.
Na época, olha quantos patrocinadores apoiavam o time…
Em 1993, a Federação Paulista de Futebol remodelou seus campeonatos, e clube foi rebaixado para a série B1-A, por não possuir um estádio com capacidade para 15 mil pessoas.
Como resposta, no ano seguinte, conquistou o título de 94.
Com o título, veio a ampliação do estádio Cláudio Rodante para 15 mil lugares.
Atualmente a capacidade está menor porque a arquibancada atrás do gol está fechada.
E é daquelas arquibancadas maravilhosas de madeira….
Provavelmente essa parte nunca mais receberá público. E é uma pena.
Em 1997, o time foi rebaixado, dessa vez dentro de campo. E desde então, vem jogando no “Ninho da águia” para voltar às divisões mais importantes.
Assim, é um orgulho estar presente nessas bancadas. Só é uma pena que o jogo que estávamos pensando em assistir seria no dia seguinte a nossa passagem pelo estádio.
Diz a lenda que antigamente, algumas pessoas paravam seus caminhões, colocavam cadeiras em cima das carrocerias e assistiam os jogos assim, sem pagar. Hoje, o que se vê é um estádio muito preparado para qualquer divisão do futebol paulista.
O sistema de iluminação foi inaugurado em 1981.
Somente em 1987, acontece a mudança para o atual nome “Estádio Municipal Cláudio Rodante”, homenageando o esportista fernandopolense, falecido naquele ano.
A torcida deixou seu recado para os jogadores…
Outros recados estranhos encontrados pelo campo…
E imagens diferentes também, como essa torneira pra galera resfriar a cabeça:
Olha o banco de reservas aí!
De todos os estádios visitados nessa tour, acho que o do Fefece foi o que mais impressionou, lembrando que o time está lutando para conquistar uma vaga na próxima fase da série B do Paulista 2015.
Até uma campanha de incentivo para a torcida existe…
Felizes por termos conhecido mais um templo, mas tristes por não poder assistir um jogo nessas bancadas…
Nem um lanchinho pudemos provar…
Esse é, sem dúvida, um time que pode servir de exemplo para as demais cidades do interior, que muitas vezes preferem abrir mão de um time ou um estádio em prol de um pseudo desenvolvimento imobiliário, que não leva a lugar algum.
Viajar é preciso, navegar é preciso, e quem não tem barco, viaja como dá, rasgando as estradas em busca de novas aventuras, experiências e estádios.
E assim, chegamos em mais uma cidade incrível que sempre povoou minha mente, só de eu ouvir falar dela: Jales! Nunca entendi porquê, mas Jales sempre esteve na minha mente como um lugar a ser visitado.
Na cidade, vivem hoje cerca de 49 mil pessoas, mas mesmo assim, ainda consegue manter uma cara de cidade do interior, porém em franco crescimento.
O nome da cidade é uma homenagem a Euphly Jalles, vereador de Fernandópolis, da qual Jales se emancipou.
Porém, antes de seguir em busca do estádio local, era hora de visitar um outro ponto local de grande importância: o restaurante Dom Lugui!
Horas e horas de estrada exigem um belo prato! Aliás, R$ 12 e você come o que quiser… E é uma comida caseira muito gostosa.
Muitas opções para quem é vegetariano como a gente!
De barriga cheia, seguimos até o nosso objetivo: o Estádio Municipal Roberto Valle Rollemberg!
O estádio foi a casa do Clube Atlético Jalesense, que disputou competições da Federação Paulista até os anos 90, tendo estreado na Quarta Divisão, em 1963.
E também da A.E. Jalesense, time fundado na década de 50, que por algumas vezes disputou o campeonato por lá também.
Vamos conhecer o estádio?
Os dois times da cidade tiveram suas idas e vindas até o fim dos anos 70, porém, em 1979, o Clube Atlético Jalesense retorna à ativa para disputar mais 22 vezes a competição, com destaque para a campanha de 1990 que levou o time à série A2:
Time de 1989:
O mascote dos dois times era o mesmo: um dragão.
Infelizmente, atualmente o futebol em Jales encontra-se sem nenhum time no futebol profissional, porém a liga amadora é bastante atuante.
O estádio possui uma estrutura linda! Contando todas as arquibancadas, a capacidade chega a 7 mil torcedores!
Achei triste algumas matérias da imprensa local que considera o campo um “entrave” para uma região de grande desenvolvimento urbano e valorização. Ainda critica o custo de manutenção que ele exige. Enfim… Os caras querem mesmo que o estádio seja vendido e demolido… Triste não?
Na contramão desse desejo, a Prefeitura Municipal de Jales começou a reformar o estádio, utilizando recursos de convênio firmado pela prefeitura com o Governo Federal, por meio do Ministério do Esporte, no valor de R$ 184. 884.
E lá estão as árvores ao redor do campo, que tanto vimos nos campos visitados nesta tour.
Uma coisa que eu curto muito nos estádios antigos é que eles utilizavam madeira nas arquibancadas, e isso quase não se vê mais hoje em dia.
Mesmo no campo do Jalesense, a arquibancada de madeira, agora está interditada.
Lembro de ter ouvido, no fim de 2013, boatos sobre a volta do C.A. Jalesense ao profissionalismo, mas, até hoje, ficou no plano. Espero podermos voltar a este estádio para ver um jogo no futuro!
Ah, a rodovia Euclides da Cunha e as surpresas que podem estar guardadas para você. Uma pena que não tivemos a chance de ver nenhum dos possíveis “pedestres” que atravessam a pista com certa frequência…
Já estávamos no caminho de volta, mas ainda havia tempo para muitas aventuras. Dessa vez, a estrada nos levou a uma cidade de nome, no mínimo curioso… Urânia!
Não encontrei a informação oficial, mas, ao menos na Mitologia, Urânia era uma das nove Musas, filhas de Zeus e Mnemósine, e era responsável pela Astronomia. E se o nome já é uma curiosidade, a história da fundação da cidade não fica muito atrás. Nos anos 40, havia um cidadão de Catanduva, chamado Benedito Pinto Ferreira Braga, que tinha como sonho fundar uma cidade… E assim, em 5 de junho de 1943 ele comprou a terra que em 1959 seria elevada à condição de município, que segue por lá, com suas ruas tranquilas, como se o tempo tivesse parado nos anos 70…
Ali pertinho do estádio ainda há ruas de terra, colaborando pra essa percepção de cidade pacata. Algumas pessoas talvez vejam isso como um ponto negativo, mas pra mim é sempre bacana ver um lugar que ainda está tão próximo do jeito natural das coisas…
O pessoal ainda mantém o hábito de sentar-se em frente de casa, trocar uma ideia, ler um jornal… É triste ver que nos grandes centros abandonamos essas ideias quase que por completo.
Ah, e não podíamos deixar de registrar a igreja da praça central, comum em quase todas as cidades que visitamos nesse rolê pelo Noroeste paulista!
Por fim… Chegamos ao nosso objetivo, o Estádio Municipal Hermínio Martini!
Caso você esteja se perguntando, “Mas, pô pessoal, onde fica exatamente esse templo do futebol?”, eu fiz uma foto da placa com o nome da Avenida onde ele está localizado: Av Presidente Kennedy.
Quem mandava seus jogos lá era a Associação Atlética Uraniense, time fundado em 1962 conhecido como a “Veterana da Araraquarense”. Aliás, em homenagem ao bicampeonato da Copa do Mundo conquistada pelo Brasil naquele mesmo ano, seu distintivo é bastante similar ao da CBF.
A Uraniense entrou para história ao disputar o Campeonato Paulista da segunda divisão de 1966. Desde então, a bilheteria segue por lá…
Que tal uma voltinha pra conhecer o campo?
Ainda existe uma arquibancada coberta, bem charmosa.
E também as descobertas ao redor do campo.
A capacidade total é estimada em 3 mil torcedores.
Um estádio simples, mas com uma energia muito bacana!
Tem até flores por lá…
O gramado tá muito bem cuidado!
Assim como alguns estádios do interior, as árvores ao redor do campo dão um aspecto ainda mais legal ao estádio!
O campo está cercado por alambrado, muito bem arrumadinho!
E olhando do outro lado, a arquibancada coberta se mostra ainda mais bonita!
Mais um templo do futebol visitado e registrado, e vamos para mais uma aventura!
Grande momento de 2015, para o nosso blog! Rompemos mais uma fronteira e pudemos, pela primeira vez, fotografar um estádio no Mato Grosso do Sul, mais precisamente em Aparecida do Taboado.
A rodovia Euclides da Cunha nos levou de São José do Rio Preto até esse lugar mágico!
É impressionante a quantidade de água que está ali, passando bem debaixo da gente… Em um momento em que tanto se fala em falta de água, aqui em São Paulo…
Vale dizer que é, no mínimo, curioso andar numa ponte tão extensa, que em alguns momentos dá a impressão de nunca terminar hehehe. Ela é a maior ponte fluvial brasileira, e foi inaugurada em 29 de maio de 1998.
Vale lembrar que a ponte tem dupla função, é uma rodo-ferroviária.
Enquanto pelas quatro faixas rodoviárias na parte superior passam os carros, ônibus e os caminhões que escoam boa parte da produção do centro-oeste, na parte de baixo essa mesma produção se utiliza dos trilhos do trem. Essa foto abaixo não é minha, é do site www.janeladohorizonte.com.br.
Logo após o fim dessa ponte está a entrada da cidade.
Em verdade, conhecemos bem pouco da cidade, provavelmente a avenida mais movimentada e os arredores do estádio, e por ali, a cidade nos pareceu bem movimentada.
Só fui descobrir lá que a cidade é conhecida como “A terra dos 60 dias apaixonado”, por causa de uma música chamada “60 dias apaixonado”, de Constantino Mendes e Darci Rossi, e que foi gravada por Chitãozinho e Xororó.
Também foi chamada de “Princesinha de Mato Grosso do Sul” e ganhou fama por conta de sua “Festa do Peão de Boiadeiro”, que ocorre desde 1969, e que ocorre num lugar parecido com um estádio de futebol (e fica exatamente ao lado do campo).
Mesmo sabendo da tradição da festa e de quanto ela significa culturalmente para a população local, não podemos deixar de nos posicionar em relação aos rodeios (infelizmente parte principal das festas de peão):
Deixando de rodeios, vamos ao que nos levou até Aparecida do Taboado: o Estádio Municipal Pereira de Queiroz, mais conhecido como Pereirão.
Acima do portão de entrada, a escultura nos revela a inauguração do campo em 25 de maio de 1980.
Vamos conhecê-lo?
Suas arquibancadas são modestas, têm capacidade para pouco mais de 2.000 torcedores.
Quem mandou seus jogos aí foi o Taboado Esporte Clube, time fundado em 9 de março de 1992 e que disputou o Campeonato Sul-Mato-Grossense, nesse mesmo ano e que atualmente encontra-se afastado das competições de futebol profissional, disputando apenas competições amadoras e categorias de base.
Não encontramos torcedores do time local, mas quem sabe um bom mascote…
Mais um gol Brasil a fora, mais um time, uma cidade…
Assim como outros estádios visitados, esse também tem seu campo rodeado de árvores.
Assim, fizemos nosso registro do primeiro estádio sul-matogrossense visitado pelo As mil camisas!
Longe de casa, era hora de começar a voltar, as antes uma olhadas nos incríveis souvenirs que vendem em uma loja de artesanato na beira da estrada:
Mato Grosso do Sul, prazer em conhecê-lo, e até breve!