Especial As Mil Camisas no Piauí – parte 9: o futebol em Campo Maior

Este é o último post sobre o mágico rolê que fizemos em julho de 2025 pelo Piauí.
Até o momento descrevemos o rolê em 8 posts:
1) O Estádio Albertão,
2) O Estádio Lindolfo Monteiro,
3) O CT do River AC e a Loja do Clube Atlético Piauiense,
4) O Estádio Felipão, onde nasceu a AA Altos,
5) O Estádio Ytacoatiara, em Piripiri, a casa do 4 de Julho EC,
6) O Estádio Municipal Doca Ribeiro e o Parque Nacional Sete Cidades em Piracuruca,
7) O Estádio Municipal Manoel Freitas Soares, o Duduzão, em Luís Correia.
8) O Estádio Petrônio Portela e o Estádio Municipal Pedro Alelaf, em Parnaíba.
Fizemos um vídeo para cada um desses posts, tipo esse:

Agora, com um misto de missão cumprida e até de certa tristeza por ser o post final, falaremos sobre o futebol de Campo Maior.

Assim que chegamos à cidade, ficamos encantados pelo açude e pelo lindo cenário ao fundo!

Do outro lado do açude está Yemanjá.

A cidade de Campo Maior foi palco da Batalha do Jenipapo, importante confronto pela Independência do Brasil e também é reconhecida como a “capital da carne de sol” no Piauí.
Ao chegar na cidade, é possível avistar carnes estendidas para secagem e diversos estabelecimentos especializados na sua produção

Mas a cidade também tem uma grande tradição quando falamos de futebol.
Isso porque além de diversos times amadores, Campo Maior possui dois times no profissional.
O primeiro deles, o Comercial Atlético Clube, fundado em 21 de abril de 1945.

Seu mascote é o bode!

A partir de 1950, o Comercial AC passa a disputar as competições profissionais do Piauí. No campeonato estadual, o grande destaque é para o título de campeão de 2010.

No ano seguinte, o time quase conquista o bicampeonato, após vencer o primeiro turno do Campeonato e perder a final para o vencedor do segundo turno, o 4 de Julho de Piripiri.

O time ainda possui dois títulos da série B estadual, em 2004 e 2022.

Em 2011, faz sua estreia em competições nacionais ao disputar a Copa do Brasil (logo contra o Palmeiras) e a Série D.
Em 2023, o time foi muito citado por ter apostado no treinador iraniano Koosha Delshad, mas que comandou a equipe em apenas um jogo, contra o River, onde após ser goleado sofreu ofensas xenófobas, sendo chamado de “terrorista”.

Em 2025, ano da nossa visita, o time disputa a série B do Campeonato Piauiense.

E na tabela acima pode se ver que o Campeonato também contará com a participação do outro time da cidade, o Caiçara Esporte Clube, fundado em 20 de janeiro de 1954.


O chamado “Leão da Terra dos Carnaubais” nasceu do bom momento da cidade de Campo Maior nos anos 50, principalmente por conta do comércio da cera de carnaúba via a Casa Morais, que possui muitos trabalhadores vindos da Casa Inglesa e que tinham conexão com o Comercial Atlético Clube.
Logo, essas pessoas decidiram fundar um novo time de futebol para a cidade: o Caiçara Esporte Clube.

Por muito tempo, a Casa Morais bancava o time quase como uma “pré SAF” no século passado, e ainda tem gente que acha que o futebol piauiense é atrasado.

O time é o campeão da segunda divisão de 1963, foto do site Zéduarte futebol antigo:

Além disso, por 2 vezes, o time terminou o Campeonato Piauiense da primeira divisão com o vice campeonato: em 1990 e 1995 e um vice da segunda divisão em 2007.

E ambos estes times mandam seus jogos no histórico Estádio Deusdeth Melo:

Assim, aproveitamos esse rolê para conhecer e registrar a casa do futebol em Campo Maior, que homenageia o homem que levou o futebol no início do século XX para Campo Maior.

O Estádio Deusdeth de Melo foi construído em 1947 e desde então é um ponto importante de concentração para a população local. Mas, ano após ano passa por problemas na hora de retornar às disputas oficiais.
Desta vez, não foi muito diferente.
Quando estivemos lá, o mato havia tomado conta do que outrora foi o campo…

A parte menos prejudicada é a arquibancada. O bom e velho cimentão pintado só precisa de uma leve capinada pra ficar novinho em folha.

Mas, olhando para o gol, me pergunto se realmente dá pra se recuperar o campo na velocidade necessária para o início do Campeonato Piauiense da segunda divisão…

Do ponto de vista estrutural, está tudo ali… O banco de resevas…

Até um mini gerador alimentado por energia solar…

A arquibancada do outro lado é muito bonita e conta com duas cabines ou camarotes uma em cada extremo.

Ao fundo a cidade ainda demonstra um aspecto pouco urbano…

Espero que a casa dos dois times de Campo Maior na segundona do Piauiense esteja em dia na hora da estreia…

Como nas demais partes desse rolê, fizemos um vídeo editando um pouco do todo que foi o rolê pela cidade e pelo estádio, confira como ficou:

E assim, terminamos os posts sobre o nosso inesquecível rolê pelo Piauí, como sempre, agradecendo a cada uma das pessoas que fizeram essa tour possível e que de um jeito ou de outro acabou participando dessa vivência mágica.
Obrigado Piauí, e obrigado piauienses.
Esperamos um dia poder voltar!

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Especial As Mil Camisas no Piauí – parte 8: o futebol em Parnaíba

Em julho de 2025 viajamos até o Piauí e foi incrível.
Até o momento descrevemos o rolê em 7 posts:
1) O Estádio Albertão,
2) O Estádio Lindolfo Monteiro,
3) O CT do River AC e a Loja do Clube Atlético Piauiense,
4) O Estádio Felipão, onde nasceu a AA Altos,
5) O Estádio Ytacoatiara, em Piripiri, a casa do 4 de Julho EC,
6) O Estádio Municipal Doca Ribeiro e o Parque Nacional Sete Cidades em Piracuruca,
7) O Estádio Municipal Manoel Freitas Soares, o Duduzão, em Luís Correia.
Fizemos um vídeo para cada um desses posts, tipo esse:

Ainda no litoral piauiense, depois de termos curtido as lindas praias de Luis Correia, fomos conhecer Parnaíba, a segunda maior cidade do estado, e talvez uma das mais conhecidas por conta do delta do rio Parnaíba.

Embora seja um local maravilhoso, a gente não fez esse passeio, mas sem dúvidas é uma das razões para voltarmos ao Piauí, afinal este é o terceiro maior delta em mar aberto do mundo, apenas o Nilo (Egito) e Mekong (Vietnã) estão a frente.

Passeamos pela cidade, mas nos deliciamos mesmo foi na lagoa do portinho que fica na divisa de Parnaíba com Luís Correia. São de lá, essas imagens:

A região também é conhecida como os lençóis piauienses, combinando sutilmente as dunas com a lagoa.

Água quentinha e perfeita pra passar algumas horas tomando banho…

E a lagoa é bem grande, tem inclusive um certo movimento náutico por ali.

Agora, falando do bom e velho futebol, nossa primeira parada foi o antigo e mágico Estádio Petrônio Portela.

Mágico porque na minha cabeça só isso explica um estádio ainda estar ali mais de 100 anos depois de sua construção. O que mais ao seu redor ainda tem o mesmo uso há mais de um século?
Sua construção se deu pela força do futebol local, impulsionado pelos ingleses que moravam em Parnaíba e formaram dois times: o Camisa Azul, homenagem ao Everton, de onde nasceria o Parnahyba Sport Club, fundado em 1913, sendo o mais antigo clube ainda em atividade no Piauí…

… e o Camisa Vermelha, homenagem ao Liverpool e que daria origem ao International Athletic Club oficialmente fundado em 1917. Distintivos vindos do Site Escudos Gino:

O Estádio Petrônio Portela foi construído na década de 1920 pela Casa Inglesa (um conglomerado econômico daquela época que atuava em diferentes frentes comerciais) e foi inaugurado com o nome de Estádio Internacional, atendendo o time homônimo citado acima.

Encontrei no Portal PHB uma foto do estádio naquela época:

A pouco mais de 1 quilômetro dali, foi construído um estádio bastante parecido ao Estádio Internacional, para o Parnahyba SC (no local onde atualmente fica o Colégio São Luiz Gonzaga).
Veja no Google Maps como eles ficavam próximos:

Encontrei no incrível site História do Futebol uma foto que mostra o antigo Estádio do Parnahyba SC com arquibancada em madeira.

Em 1973, o governo estadual adquiriu e doou o estádio Internacional para o Parnahyba Sport Club, gerando muito ciúme nos demais times do estado.
Pergunta aos pesquisadores piauienses: com a doação, o Parnahyba ficou com dois estádios? Ou o Estádio Internacional foi substituído?
Em 2008, iniciou-se um projeto de restauração e ampliação, transformando-o em Centro de Treinamentos para as categorias profissional e de base do clube.
Atualmente as obras continuam, agora no muro da frente.

Atualmente, o estádio funciona como Centro de Treinamento do time e foi nessa condição que a gente fez a nossa visita!

O local ainda carece de melhorias mas ao menos está funcionando para o seu propósito e mantém vivo por ali o centenário sonho do futebol…

Por uma daquelas incríveis coincidências, o treinador do Parnahyba SC é o professor Betinho, ex atleta que teve importantes passagens pelo futebol paulista, no Juventus, Palmeiras, Portuguesa e em especial pelo Santo André!

Assim, aproveitamos para bater um papo rápido com o professor que teria uma tarde cheia de trabalhos com o time para uma partida decisiva pela série D contra o Sampaio Correia.

Dando uma olhada geral, o gramado parece em boas condições como se pode conferir olhando para o gol da direita.

Aqui, o meio campo, onde se pode perceber que ainda existem torres de iluminação, quem sabe garantindo partidas noturnas:

E o gol da esquerda:

Ali ao fundo, sem muito glamour e meio deixada de lado, encontra-se um vestígio da história incrível: parte da arquibancada original que por tantas décadas serviu ao futebol parnaibano profissional e também aos times amadores!

Além do valor histórico que encontramos com a visita, confesso que o mais legal foi estar ali e ver aquele clima de jogo, com os atletas presentes se preparando para mais uma tarde de treinamentos pensando na partida decisiva…

Quantas faltas foram ensaiadas com esta barreira?

Aqui, imagem do site PhBemNota que apresenta a cabine de rádio do Estádio Petrônio Portela em jogo de 1962:

O Estádio Petrônio Portela foi bastante usado até a construção do estádio “Mão Santa”, o atual Pedro Alelaf e por isso a segunda parte do nosso rolê boleiro por Parnaíba nos levou ao atual campo onde o Parnahyba SC manda suas partidas.

O Estádio tem como alcunha o “Maior Estádio da Planície Litorânea” e por ter sido construído pelo governador Mão Santa, também é reconhecido por este nome.

É difícil explicar a sensação de visitar um Estádio com tanta história e principalmente com tanta coisa acontecendo no presente, pela primeira vez.
Tem tanta coisa pra olhar, tantas possibilidades…

Estando do lado de fora, ainda existe todo aquele receio de não conseguir entrar e perder uma oportunidade que talvez demore anos pra se repetir…

Enfim… São muitas emoções compartilhadas.
E o momento mais legal, sem dúvida é a hora de entrar!
Aliás, ao invés de segmentar em vários filmes, eu juntei tudo em um vídeo maior, que estará lá no fim do post.

E olha que bonita a arquibancada coberta.
São apenas 7 degraus, mas tem o seu charme!

O campo estava sendo muito cuidado para receber a partida com o Sampaio Correia.
Aí, o gol da direita:

O gol da esquerda:

E o meio campo:

Presença registrada em um estádio a cada dia mais importante, com a presença do Parnahyba na série D do Brasileiro!

Dali do campo, olha como fica linda a arquibancada coberta!

Close na área dedicada às cabines de imprensa:

Olha o gol!

Taí o filme mostrando o rolê pelos dois estádios:

Ah, vale reforçar que além do Parnahyba SC a cidade tem outro clube de futebol profissional, o Ferroviário Atlético Clube (FAC). Distintivos vindos do sempre incrível Escudos Gino.

Chamado de “Ferrão do Delta” foi fundado em 1946 por funcionários da então Estrada de Ferro Central do Piauí. Em 2025 disputam novamente a segunda divisão estadual!

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Especial As Mil Camisas no Piauí – parte 3: o CT do River e a loja do Atlético Piauiense, em Teresina

Em julho de 2025 tivemos a oportunidade de viajar até o Piauí e foi incrível.
Começando pela capital Teresina, que já foi tema da primeira e segunda parte destes posts (veja aqui a primeira parte sobre o Estádio Albertão e aqui a segunda parte sobre o Estádio Lindolfo Monteiro).
Agora é a vez de dividirmos duas últimas experiência boleiras na capital piauiense, começando pela nossa visita ao CT Afrânio Nunes!

O Centro de Treinamento Afrânio Nunes é a casa do River Atlético Clube.

O espaço fica em uma região um pouco mais distante do centro da cidade, mas super de boa de chegar.

O clube aproveitou para criar uma sala de troféu bem bacana, afinal são muitas conquistas!

O CT possui também essa quadra dedicada ao futsal.

Outro equipamento importante é a sala de imprensa que tem boa capacidade para receber a imprensa local.

O pessoal que estava por lá trabalha com muito afinco e carinho pelo clube e pelo espaço. Agradeço a boa recepção de todos com quem conversamos.

A grande estrela do CT é mesmo o campo de jogo, ou no caso, de treino.

Olhando do lado da chegada ao CT, esse é o gol da direita:

Esse o gol da esquerda, ali atrás estão os equipamentos como piscina, quadra e etc.

E aqui o meio campo (aquele gol ali é um gol “móvel” não é o gol oficial).

E existe até uma arquibancada ali na lateral do campo.

O gramado está super bem cuidado e está todo cercado para que a bola não vá parar muito longe.

Enfim, uma pena não ter conseguido ver um jogo, nem sequer um treino, mas ainda assim fiquei contente de participar um pouco do dia a dia do River.

O segundo rolê deste post foi nossa visita à loja do CA Piauiense.

O Clube Atlético Piauiense, também chamado de CAP ou Atlético Piauiense foi fundado em 14 de novembro de 2019 mas se profissionalizou apenas em 2024, quando sagrou-se vice campeão da segunda divisão do Campeonato Piauiense, conquistando o acesso para a primeira divisão.
E o time tem conquistado vários corações na cidade, muito graças à sua boa organização. Prova disso é sua loja em uma região importante da cidade: a Av Raul Lopes.

E olha que linda a camisa do Atlético…

Os caras também tem um perfil no Instagram (clique aqui e veja).

Fizemos um vídeo resumindo esse rolê boleiro por Teresina, confira:

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Especial As Mil Camisas no Piauí – parte 2: o Estádio Municipal Lindolfo Monteiro, em Teresina

Em julho de 2025 tivemos a oportunidade de viajar até o Piauí e foi incrível.
Começando pela capital Teresina, que já foi tema da primeira parte destes posts (veja aqui o post sobre o Estádio Albertão).

Só pra acrescentar um pouco mais do que Teresina tem pra entregar, fomos visitar o Museu de Arqueologia e Paleontologia da Universidade Federal do Piauí, que fica lá mesmo no campus.

História, fósseis e cultura local lado a lado com a vida universitária.

E como sempre, foi nas ruas que encontrei uma daquelas cenas que me fazem parar: uma série de casas “corolidas” (sim, com L mesmo, porque tem mais cor em “corolida” do que em “colorida”). Arte urbana espontânea em forma de fachada.

Mas o foco de hoje é outro estádio importante da capital: o Estádio Municipal Lindolfo Monteiro, carinhosamente chamado de “Lindolfinho”.

Inaugurado em 1944, ele foi, por muitos anos, o principal palco do futebol teresinense, até a chegada do Albertão. E agora está de cara nova!

O estádio foi recentemente reinaugurado após reformas no gramado e nos vestiários, fruto de uma parceria entre a Federação de Futebol do Piauí e a Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (Semel).

A arquibancada coberta ganhou o charme de uma mini floresta ao redor, e no meio do campo há outra área coberta que traz sombra e memória. Do lado oposto, o outro gol guarda o cenário com o Ginásio Arena Verdão ao fundo, quase como uma moldura moderna.

Mas tem também uma área coberta no meio campo:

Quem nos recebeu por lá foi o Bandeira, figura histórica do futebol local, tanto no amador quanto no profissional. Daquelas pessoas que carregam décadas de arquibancada na história.

O nome do Estádio homenageia o ex prefeito de Teresina dos anos 40 e mesmo com a reforma recente, o Lindolfinho ainda guarda aquele charme de estádio antigo, com concreto gasto, alambrado baixo e uma certa intimidade que só os campos do futebol raiz conseguem oferecer.

O estádio foi reaberto após ter ganho reparos no gramado e nos vestiários graças a uma parceria entre Federação de Futebol do Piauí e a Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (Semel). O retorno ao futebol se deu com o jogo válido pela série D entre Altos e Sampaio Correia sem a presença do público:

É um lugar onde cada banco, cada sombra e cada marca no cimento parece contar uma história, daquelas que não aparecem no placar, mas ficam pra sempre na lembrança de quem viveu.
Olha aí o gol do fundo!

Bonito né?

Os bancos de reserva estão novinhos, indicando que o Lindolfinho continua sendo casa do futebol piauiense.

Olha aí a placa da série D:

Ao fundo, o Ginásio Arena Verdão:

Andar por ali foi como folhear um álbum de figurinhas do futebol nordestino. Imaginar a torcida apertada gritando ali atrás do gol.

Tudo isso dá um valor imenso ao Lindolfinho.
Que bom que ele segue vivo e que continue sendo cenário de novas memórias por muito tempo.
Reuni todos os vídeos mais longos sobre os estádios de Teresina em um só link, dá uma olhada e me diz o que achou!

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Especial As Mil Camisas no Piauí – parte 1: o Estádio Albertão, em Teresina

Em julho de 2025 tivemos a oportunidade de viajar até o Piauí e foi incrível.

Visitamos várias cidades e aprendemos muito com cada pessoa que conversamos. Obrigado por isso, futebol…
Tudo começou na capital do estado: Teresina!

Única capital nordestina fora do litoral, Teresina tem sua realidade ambientada por 2 importantes rios: o Poty (esse abaixo) e o Parnaíba.

Fomos apresentados ao abacaxi temperado (alguém já conhecia de outro lugar?) que é a metade de um abacaxi servido na casca mesmo, coberta com pimenta, sal e leite condensado.

Além disso, só posso dizer que Cajuína é vida.

Essa é a Ponte Estaiada do Sesquicentenário Mestre João Isidoro França, um marco para celebrar os 150 anos da cidade, inaugurada em 2010. Mas não rola mais visitas à parte superior (a vista deve ser linda).

Abaixo da ponte, uma rica cena esportiva e cultural com uma das faixas de trânsito fechada aos carros para que a população possa aproveitar.

É muito difícil tentar resumir uma cidade tão linda e tão importante como Teresina em um mero post…
O que posso fazer é enumerar alguns pontos como a Central de Artesanato Mestre Dezinho.

Um suco de Tamarindo combina bem com tanta arte.

Além da grande riqueza artística e artesanal, o espaço guarda uma parte triste da nossa história como país: ainda há no local um porão que foi utilizado como sala de tortura, durante o período da Ditadura Militar.

Também fomos até o mercado central pra sentir um pouco da vibe do centro da cidade. E adoramos!

Esse é o nosso país. E é bom ver um montão de frutas, verduras e legumes produzidos no nosso próprio território e que poderiam gerar um Brasil ainda mais igual e com menos fome.

Nossa passagem por Teresina foi uma aula viva sobre o Brasil que muitos ainda não conhecem.
A arquitetura, a culinária, o sotaque, os mercados e a força do povo piauiense.

Cada conversa que tivemos, cada sorriso que recebemos e cada rua que caminhamos foi uma confirmação de que viajar é também um ato de escuta e aprendizado.

E tem também uma série de produtos ligados à cultura nordestina que também tem que ser visto como motivo de orgulho para o piauiense e para o brasileiro em geral.

A literatura de cordel sobrevive!!

Ali bem próximo do mercado está o outro rio tão importante: o Parnaíba.
A outra margem já é área do Maranhão (cidade de Timón).

O primeiro Estádio que fomos registrar nesse rolê foi o Governador Alberto Tavares Silva, o “Albertão“.
E olha a fachada que te recebe logo na chegada!

Arquitetura muito bonita e moderna pra um estádio que em 2023 completou 50 anos!

O pessoal que trabalha lá no estádio foi bastante receptivo e permitiu que a gente desse uma volta na parte interna para registrar o chamado “Gigante da Redenção“.

Para quem acha que o futebol do Piauí não tem representatividade, se liga nesse mapa dos times só de Teresina:

Esse busto do Governador Alberto Tavares Silva está na parte interna do estádio.

Tem até uma foto dele batendo um penalty na inauguração do estádio.

Então é hora de finalmente conhecer mais este templo do futebol, o mais importante do estado do Piauí! Vem com a gente!

O estádio tem capacidade para 44.200 torcedores, mas atualmente a Federação tem liberado apenas metade desse número.

Mas é bonito demais não?

Aí eu te pergunto…
Aí no seu estado é “cadeira cativa” ou “cadeira perpétua” que se fala?

Essa marquise imponente chama a atenção…

Tem uma história pesadona do dia da inauguração do estádio (26 de agosto de 1973), quando jogavam o Tiradentes local contra o Fluminense do RJ.
Uma histeria coletiva causada por alguém que gritou que o estádio estava cedendo tirou a vida de ao menos 5 torcedores, além de ferir quase uma centena de pessoas.
É triste. Sempre penso na família e nos amigos que ficaram e realmente é uma situação muito difícil…

Espero que as muitas tardes de alegria que o futebol proporcionou neste lugar tenha ajudado a diminuir essa “bad vibe” que marcou a estreia.

Aí está o astro rei do nosso futebol: o gol!

Uma pena não ter conseguido assistir nenhum jogo nessa arquibancada…

Mas só de estar presente ali já foi uma experiência incrível!!
Estar ali dentro do Albertão foi como entrar num território sagrado.
Mesmo vazio, o estádio pulsa.
Dava pra ouvir o eco dos nossos passos nas arquibancadas ressoando como se carregasse vozes antigas, gritos de gol, vaias, aplausos…
É fechar os olhos e ouvir a torcida cantando (será que tomei muita cajuína??)

O concreto envelhecido, os assentos gastos, as curvas da marquise, os bancos de reserva… tudo conta uma história.
É como se o estádio estivesse dormindo, à espera do próximo domingo, do próximo hino, do próximo gol.
E mesmo assim, sem jogo, ele já nos entrega um espetáculo.

A cada passo, tentava imaginar como seria ver um jogo ali de verdade.
A bateria das torcidas, a tensão de uma cobrança de falta, a alegria de um gol aos 46 do segundo tempo…

É sempre legal pensar que um monte de gente viveu momentos inesquecíveis nesse lugar, pais com filhos, amigos de infância, jogadores que realizaram sonhos.

Vamos embora?
Antes, parei no meio da arquibancada, respirei fundo e só agradeci.
Por estar ali. Por poder ver com meus olhos algo que tantas vezes só vemos pela televisão ou em registros antigos.
Foi um encontro com o futebol em seu estado mais puro: concreto, sol, silêncio, memória. E foi lindo. Muito obrigado, Albertão.

Fizemos esse montão de foto pra pelo menos guardar bastante lembrança desse momento incrível!

Ao sair do Albertão, carregávamos um misto de respeito e admiração por tudo que ele representa para o futebol do Piauí. Não é apenas um estádio: é um palco onde milhares de histórias se cruzaram, de gols incríveis a momentos difíceis como aquele da inauguração, que marcou tantas vidas.

Nos próximos posts vamos mostrar outras 3 aventuras boleiras em Teresina e depois estádios de outras cidades piauienses que nos acolheram com o mesmo carinho: Altos, Piripiri, Piracuruca, Luis Correia, Parnaíba, Buriti dos Lopes e Campo Maior.

Seguimos com nossa missão de documentar estádios, clubes, histórias, cores, rostos e realidades que não cabem nos grandes centros e que merecem ser lembradas com o mesmo entusiasmo. Porque o futebol está em todo canto, e a cultura que o envolve é sempre maior do que o próprio jogo.

Ah, fizemos 7 vídeos sobre o rolê misturando música, fotos e vídeos dos estádios visitados, confira o primeiro deles que mostra um pouco mais do Estádio Albertão:

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Série C 2025: São Bernardo FC 1×3 CSA

Segunda feira, 2 de junho de 2025.
E quem disse que em plena segundona a gente não pode acompanhar uma partida de futebol?
Fomos até o Estádio 1º de Maio, em São Bernardo do Campo para enfim registrar um jogo da série C do Campeonato Brasileiro de 2025.

Seja bem vindo ao Estádio Primeiro de Maio!

Em campo, dois times que tem lutado para estar no G8 e assim disputar os mata-matas que vão levar 4 equipes à série B.
Apoiando o time da casa, o São Bernardo FC, estão os inabaláveis torcedores da Febre Amarela:

Ali no outro lado da bancada está ainda o pessoal da Guerreiros do Tigre e demais torcedores do time!

Do lado visitante, uma incrível presença dos torcedores de Alagoas, defendendo o time do CSA:

Uma noite fria de outono, mas que em campo se mostrou quente, principalmente para os torcedores visitantes, que logo aos 11 minutos viram o gol do São Bernardo ser anulado por impedimento e aos 19 minutos, Tiago Marques fazer 1×0 para o CSA!

A torcida do CSA fez bonito ao se fazer presente em uma partida em um estádio distante mais de 2 mil quilômetros de sua cidade natal!

Infelizmente, a torcida do São Bernardo vem passando por um momento difícil. Como disse um amigo, apenas os verdadeiros torcedores mantém-se fieis ao time, e diminuiu muito aquele clima de caldeirão que existia no Estádio e complicava a vida dos visitantes.

Talvez o clima gerado pela presença da torcida visitante tenha inspirado os jogadores do CSA e, em especial, Tiago Marques que fez a alegria da galera marcando o segundo gol dos alagoanos aos 27 minutos.

Como é que se explica o amor a um time?

Foi especial ver tantos azulinos nas arquibancadas, vindos de Maceió ou mesmo já radicados pela Grande São Paulo carregando em seus corações histórias e lembranças de desafios dessa nova realidade.

Foi mais do que futebol: a arquibancada deu lugar para reencontros, aventuras e saudade.
Muitos que migraram para cá em busca de uma vida melhor puderam, por 90 minutos, se sentir de volta à infância, à cidade natal, às lembranças boas de casa.
Aos que enfrentaram os 2 mil quilômetros de viagem… Foi como viver uma odisseia!

“Vai pra cima deles, Azulão”, cantavam os alagoanos:

O CSA em campo foi mais do que um time: foi o elo com as raízes, com a memória e com o coração.

Com os dois gols no placar, o CSA foi para o intervalo sabendo que o mais difícil já havia sido feito.
Aproveitamos para ouvir um pouco daqueles que decidiram apoiar o time alagoano no ABC paulista.

Também fomos ouvir o pessoal da Mancha Azul, a organizada do CSA, sempre vibrante e sempre presente, ainda que a polícia militar tenha dificultado ao máximo a presença dos caras, impedindo a entrada das faixas e demais materiais.

Por outro lado, a torcida local mantinha seu apoio e acompanhava com dor o difícil momento.

Aos 20 minutos do segundo tempo, penalty para o CSA e Enzo marcou o terceiro e derradeiro gol.

Aos 26 o São Bernardo diminuiu com Felipe Azevedo que veio do banco de reservas para honrar minimamente o manto do São Bernardo!

Um pouco de pressão no final do jogo, com direito a algumas boas defesas do goleiro Gabriel Félix, mas o placar terminou nos 3×1 para os visitantes.

A preocupação da torcida do CSA agora é pensar no confronto com o Vasco pela Copa do Brasil, e quem sabe viver mais um feito histórico do time alagoano!

Parabéns aos azulinos alagoanos pela presença! Espero revê-los em breve!

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A Vila Olímpica Elzir Cabral – a casa do Ferroviário AC

O fim de 2022 nos reservou uma ótima surpresa: uma inesperada possibilidade de viajar até Fortaleza!!!

Sabe o que isso significa? Tempo de praias!!!

Rios que se encontram com o mar…

Paisagens inesquecíveis…

Rolê de buggy…

E também tempo pra conhecer um novo lugar e sua história… Seja bem vindo a Fortaleza!

O local em que hoje está a cidade tem sido ocupado por seres humanos há mais de 2 mil anos: os primeiros a chegar foram os indígenas tapuias. Num segundo momento, os tapuias acabaram expulsos para o interior pelos tupis que chegavam da Amazônia, entre eles os potyguara, os “comedores de camarão”.

Fortaleza guarda ainda um mistério: será que foi ali que em janeiro de 1500, o espanhol Vicente Yáñez Pinzón teria desembarcado antes de Cabral?

A partir de 1603, os portugueses iniciaram a ocupação batizando o povoado de Nova Lisboa. Tempos depois, sofrem uma tentativa de ocupação holandesa que é duramente combatida. Vitoriosos, os lusos passam a se fazer cada vez mais presentes, invadindo os sertões, sendo enfrentados com muita luta e resistência pelos indígenas.

Em 1726, o povoado do forte foi elevado à vila. Em 1799, Fortaleza foi escolhida capital e em 1823 a vila se tornou a cidade. A partir do século XX cresce rapidamente, tornando-se uma verdadeira metrópole, mas que ainda mantém uma alma própria bastante simpática!

Vale reforçar que Fortaleza teve um posicionamento abolicionista muito forte que terminou em um levante popular em 1881, protagonizado pelos jangadeiros liderados por Dragão do Mar, que findou o tráfico de escravos na capital.

Foi lá que demos oficialmente início a este ano de 2023!

E como o ano não poderia começar sem um grande Estádio, fomos conhecer a Vila Olimpica Elzir Cabral, a casa do Ferroviário Atlético Clube!

Já escrevemos sobre as camisas do Ferroviário AC (confira aqui como foi), mas vale a pena ressaltar a origem operária do time, fundado em 9 de maio de 1933 (naquele momento com o nome Ferroviário Football Clube) por trabalhadores do Setor de Locomoção da Rede de Viação Cearense (RVC),

Mas tive que abrir espaço nos armários porque tem uma nova (e linda!!) camisa do Ferrão chegando!!!

Comecemos então a dividir o visual do Estádio, pelo seu pórtico de entrada:

Como podemos ver, o Estádio Elzir Cabral é todo decorado nas cores tricolores.

Veja como era a entrada na época da inauguração do estádio, em 1967:

Em frente o estádio está a praça dos Ferroviários, com uma estátua sem identificação… Quem seria?

Adentrando ao estádio, chegamos nas arquibancadas que ficam atrás do gol:

E antes de adentrar ao campo de jogo fui conhecer a incrível sala de troféus do Ferroviário AC.

Po, no meio de tantas taças eu fui encontrar uma que eu desejo demais… a da série D!

Também passamos pelo painel da imprensa e pude entrevistar a nova contratação do Ferrão!

Mas acho que chegou a hora de adentrar ao campo…

Há arquibancadas também na lateral do campo, onde pode se ver quatro cabines (3 pra imprensa e uma pra PM)…

Além de reforçar que você está na casa do primeiro campeão brasileiro da capital cearense!

O estádio não costuma receber grandes jogos, porque tem uma capacidade de público pequena, mas é um verdadeiro alçapão!!

Aí está o banco de reservas do FAC:

Como sempre fazemos, segue o registro do meio campo (aqui, olhando do lado da arquibancada):

O gol da esquerda, onde pode se ver um pequeno prédio que serve de apoio:

Aqui dá pra se ter ideia da estrutura:

Aqui, o gol da direita (foi por ali que entramos!):

Atrás do gol também temos a arquibancada tricolor!

O gramado estava pronto pra receber o treinamento daquela tarde, que serviria de preparação para o jogo da “Pré-Copa do Nordeste” que rolaria no dia depois de nossa volta 🙁

Aqui, a visão estando do outro lado, o meio campo:

O gol da esquerda:

E o gol da direita:

O estádio tem vários espaços diferentes com muito cuidado com a imagem do time.

Po, e que tal esse momento com o craque e agora treinador Paulinho Kobayashi?

Um último olhar estando nas arquibancadas atrás do gol por onde entramos:

Um grande abraço ao amigo Lenílson, que fez possível esse nosso registro. Ele é o assessor de imprensa do Ferroviário e tem feito um belo trbaalho de resgate de memória e valorização do clube!

E um abraço especial também pro pessoal da torcida Resistência Coral!

Só nos restava fazer parte “teoricamente” do jogo da noite seguinte…

O rolê por Fortaleza foi mágico. O Nordeste brasileiro tem algo de apaixonante… O povo, a natureza, o clima… Espero poder voltar.
E boa sorte ao Ferroviário AC nas disputas de 2023!

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O Estádio do Arruda – A casa do Santa Cruz FC

Ainda no rolê por Recife, sob a paixão do seu litoral, lindo durante o dia e mesmo durante a noite…

Como a grana anda curta, não deu pra trazer nada de grandes lembranças, apenas esse singelo boné de Pernambuco que acabou nem chegando em Santo André… Perdi entre o aeroporto e nossa casa 🙁 Que esteja feliz em uma nova cabeça.

No post anterior (sobre o Estádio dos Aflitos) falei um pouco do valor cultural do rolê para Recife e reforço a importância de conhecer ao menos o Museu do Homem do Nordeste (machista essa generalização da “raça humana” né?).


Algumas obras retratam o início da colonização em Pernambuco e o importante papel dos indígenas e africanos na formação da capital e do estado como um todo.

Importante reconhecer as celebrações (algumas delas religiosas) africanas e afro-brasileiras.

E também para poder ter acesso a objetos importantes da nossa história como essa urna, onde provavelmente eram guardados os restos mortais dos indígenas.

E sim, a gente fez todos os rolês de turista não só no litoral da capital como nas cidades ainda mais turísticas. Vale banho de lama? Vale! Da lama ao caos, do caos à lama!

E os vários roles pela cidade mostraram como podemos ter uma cidade importante integrada aos rios que a cortam, de uma maneira diferente do que nos acostumamos em São Paulo.

Em suma… Se possível, visite e conheça Recife, sua cultura, sua gente, suas praias etc… E não deixe tampouco de conhecer seu futebol! Pra isso, depois de falarmos do Estádio dos Aflitos (o campo do Náutico), fomos conhecer a casa do clube das multidões, do mais querido: o Santa Cruz Futebol Clube!!!

Falamos do Estádio José do Rego Maciel, o Estádio do Arruda!

Vale lembrar que já falamos da história do clube pernambucano no post sobre a sua camisa:

hino ramalhao 030

O tricolor pernambucano tem uma casa que impõe respeito e que atualmente capacidade para 60.044 torcedores, sendo assim o maior estádio do estado e entre os dez maiores da América Latina.

O Arruda já foi palco de vários jogos internacionais, entre eles eliminatórias e amistosos da Seleção brasileira.

O próprio José do Rego Maciel foi quem captou os investidores que bancaram a construção do estádio e em 1954 começou a se projetar a construção do “Alçapão do Arruda“, mas, apenas em 1965, a construção teve início, o que na época seria o quarto maior estádio particular do mundo.

Foi graças a muitas doações da própria torcida que o Santa Cruz Futebol Clube conseguiu construir seu estádio. Em 4 de junho de 1972, em um amistoso 0x0, contra o Flamengo, o Estádio do Arruda foi inaugurado oficialmente, frente a 64 mil torcedores.

Em 1º de agosto de 1982 foi inaugurado o anel superior, tendo a capacidade elevada para 110.000 torcedores. Em 2000, os os estádios brasileiros tiveram sua capacidade reduzida quase à metade pela nova legislação da CBF, e a capacidade do estádio caiu para 65.000 torcedores.

Aqui, o pessoal da gestão do Santa que nos recebeu para conhecermos esse lindo estádio por dentro!

Como sempre digo, é uma verdadeira honra poder registrar um estádio tão importante para o futebol brasileiro como o Arruda!

O anel superior deu ao estádio um visual ainda mais impactante. Agora em 2022, o Santa tem disputado a série D e tem levado grande público às arquibancadas!

Aqui um olhar sob o gol da esquerda:

O gol da direita:

E o meio campo:

Aqui, o banco de reservas:

Emocionante, não?

Importante reforçar que, mesmo vestido a camisa do Ramalhão, tivemos todo respeito com o time e torcida do Santa, afinal este é um templo do futebol!

Gostaria muito de poder voltar ao estádio do Santa Cruz para acompanhar uma partida…

Ah, vale ressaltar também os grafites na parte interna do estádio! Lindos e históricos!

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Em busca do Estádio perdido em Natal – parte 2

Finalizando nosso rolê boleiro por Natal, fomos para o outro lado da cidade, conhecer o Estádio Municipal João Machado, onde o América manda seus jogos e que também recebe partidas do Alecrim.

Ah, e para quem quiser saber um pouco sobre o rolê tradicional turístico em Natal, veja o post que a Mari fez no blog dela.

A vista de um local próximo do estádio mostra que tem uma cara mais artística do que estamos acostumados.

Chamado popularmente de “Machadão“, o Estádio João Cláudio de Vasconcelos Machado é o maior estádio do Rio Grande do Norte.

O endereço (eu sempre procuro endereços nos sites e nunca acho hehe) é: Avenida Prudente de Morais, 5121 – Lagoa Nova.

O torcedor americano Gustavo (do memorialdodragao.blogspot.com) lembrou me num comentário sobre o Frasqueirão, que o América tem outros bons “pontos turísticos” a serem visitados, da sede social ao CT do clube, sem contar o tradicional Estádio Juvenal Lamartine.

Nessa viagem tive que me contentar com a visita aos dois maiores estádios da cidade!

O Machadão é considerado um dos mais belos do Brasil, pelo formato diferenciado. Foi carinhosamente comparado a um “poema de concreto” e até 1989 era chamado de Estádio Humberto de Alencar Castelo Branco, o “Castelão”.

 Seção placas históricas do Estádio:

Infelizmente esse belo estádio deve ir ao chão ainda esse ano (2011) para ser construído o Estádio das dunas, para a disputa da Copa2014.

Por isso é bom registrarmos nossa presença para a eternidade…

Faz muito sol em Natal, tive que sentar para esriar um pouco (eu costumo ficar ansioso na primeira visita a um estádio).

A Mari, como sempre, acompanhando mais um rolê boleiro!

A capacidade atual é de 42 mil pessoas.

Ao fundo a bela cidade já mostrando sua verticalização…

É… As fotos não ficaram tão boas com esse monte de equipamento de som em campo…

Mas… Era o único momento de poder retratar o estádio.

Já era hora de voltarmos para a praia!

Taxi e caminhada nos levam de volta ao hotel e a mais um paraíso desse país…

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Em busca do Estádio perdido em Natal

Oi! pessoal! Feliz ano novo a todos!

Nem bem começou o ano e já temos um monte de estádios e camisas a serem postados. Decidi começar pelos estádios visitados durante nosso rolê por Natal, no Rio Grande do Norte!

O primeiro deles foi o Estádio Maria Lamas Farache, popularmente conhecido como “Frasqueirão“, onde o ABC manda seus jogos.

O Frasqueirão foi inaugurado em 2006, no jogo ABC 1 x 1 Alecrim. Sua capacidade atual é estimada em 20.000 torcedores. Vamos dar uma olhada:

 O estádio é no estilo old school, muito cimento e arquibancadas, mas com vários cuidados como banners e faixas.

Existe um projeto para aumentar a capacidade do estádio para 30 mil lugares, além disso, existe uma área onde será construído um estacionamento para mais de 10 mil veículos.

Mas o nosso negócio é ver o campo, e aí está ele…

A arquibancada permite uma boa proximidade com o campo e atletas!

E o Brasão do ABC está estampado por todo lado…

Ainda bem que a Mari também curte o rolê boleiro, caso contrário não seria fácil trocar uma manhã na praia, por uma manhã num estádio. 

Mas a vista é quase tão bonita quanto à do mar, não é mesmo?

E o Frasqueirão é uma obra quenão pode deixar de ser conhecida pelos amantes do futebol…

Mais um palácio do futebol para ficar guardado na memória…

E graças aos amigos baianos Paulo e Zica, que nos acompanharam, pudemos fazer uma foto juntos!

 O principal adversário da torcida rival é o sol… Em dias de jogos, chega fácil a 40 graus….

E com o acesso de volta à série B, o campo merece ser ainda mais “paparicado”, por isso lá estavam os jardineiros acertando os últimos detalhes do gramado.

 Se eu conseguir assistir um jogo no Frasqueirão, esse é o lugar que quero ficar!!!

E se o estádio é bom, o que dizer da loja do clube?

Se não pudemos comprar mais do que alguns adesivos e um livro do clube, a foto registra ós vários modelos de camisa a venda…

E assim, finalizo o primeiro post sobre um estádio do ano. Só para aquecer, ainda teremos mais um estádio de Natal, um de Curitiba e 2 de Santa Catarina. Espero postar tudo em janeiro, se a Copinha deixar (são muitos jogos…)!

Abraços e ótimo 2011!!!

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Encare os estádios como monumentos culturais!

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