Catanduva FC 0x1 CA Taquaritinga (Segunda Divisão 2023)

Sábado, 9 de setembro de 2023, uma tarde de temperatura agradável já na parte final do feriado emendado de independência do Brasil.
Nosso destino era o Estádio Municipal Sílvio Salles, onde Catanduva FC e o CA Taquaritinga se enfrentaram pela primeira partida das semifinais da Segunda Divisão de 2023.

Mas antes de acompanharmos a torcida local, vamos até a entrada da torcida visitante para ver como foi a chegada do pessoal de Taquaritinga

Nada menos que 5 ônibus vieram de Taquaritinga, além de vários carros.

Você deve imaginar a festa que eles fizeram na entrada destinada aos visitantes…

Não me lembro de um deslocamento nestas proporções em uma Segunda Divisão paulista…

Parabéns, mais uma vez ao pessoal da Torcida Jovem Garra do Leão, por ter organizado o rolê !!!

Agora sim, voltemos à entrada principal, para acompanhar a torcida local.

Quem coordena a festa nas arquibancadas deste jovem time é o pessoal da “Guerreiros do Santo“, torcida que nasceu para apoiar o Catanduva FC.

Importante lembrar que a cidade de Catanduva tem uma grande tradição no futebol como você pode ver pela quantidade de times que já defenderam a cidade. Tirando o Botafogo e o Guarany, os demais levam o nome da cidade ou seu gentílico (fonte: Livro 125 anos de história – A enciclopédia do Futebol Paulista):

Respeitando toda essa história, é hora de entrar no Estádio!

E se do lado de fora ainda falta uma melhor identificação do estádio, lá dentro um mini outdoor no banco de reserva ajuda a deixar o estádio mais bonito.

Times em campo, mas aí uma coisa pega um pouco… Antigamente o estádio comportava a torcida local lá na lateral, que hoje fica vazia.

Assim, as fotos dos times posados ficam parecendo que foram feitas em um estádio vazio…

E lá vamos nós para mais uma partida memorável!

A torcida local surpreendeu e fez uma festa bonita, principalmente no setor coberto que foi onde ficou a organizada “Guerreiros do Santo“:

Olha que bonita a arquibancada coberta lotada e colorida em azul e amarelo!

A Mari arrumou um lugar para assistir dali o primeiro tempo!

E olha quem está ali nos camarotes do estádio, bem acima da torcida do Catanduva FC: o gestor do clube, que também é padre e prefeito na cidade: Osvaldo de Oliveira Rosa.

E não é que o time do padre conseguiu movimentar a cidade e levar um bom público ao estádio?

A ideia das bexigas coloridas pode parecer simples, mas acaba dando um efeito legal!

E até bandeirão, rolou na bancada do Santo!

Lá do outro lado, podia ser vista (e ouvida) a torcida visitante que esgotou os ingressos que lhes foram disponibilizados e o time foi lá saudar os que fizeram essa viagem!

O duelo entre as torcidas animou a partida!

E animou a gente também! É sempre bom ver as pessoas valorizando suas culturas, as coisas que são feitas por pessoas como elas, ou mesmo por amigos e familiares e não simplesmente adotando um time da capital, há mais de 400 km de distância…

O jogo começa e quem achou que o CA Taquaritinga viria ficar apenas na defesa se enganou. O jogo foi lá e cá, com ambas as equipes criando oportunidades.

E o Catanduva FC também se lançava ao ataque, fazendo a torcida local ficar animada!

E vamos, Santo!!

Mas, para a tristeza da torcida local, aos 44’ do 1º tempo, Andradina fez 1×0 para o CA Taquaritinga!

O primeiro tempo chegou ao fim e foi a vez dos vendedores e dos bares faturarem!

Fomos acompanhar a partida lá da arquibancada descoberta e de lá deu pra ver como estava bonita a arquibancada coberta do Estádio Sílvio Salles!

E a torcida local passou a entender a importância do seu apoio e voltou ainda mais animada!

Dali, pudemos também acompanhar de perto também a torcida visitante!

E entre as torcidas… La policía!

E o jogo voltou animado para o segundo tempo, com o time da casa querendo empatar a qualquer custo!

No começo achei que a parte descoberta das arquibancadas locais estava um pouco vazia, mas no segundo tempo pude ver de perto que tinha sim bastante gente!

A vitória dá ao CAT uma boa vantagem para a partida de volta, porém, sabemos que no futebol, uma virada nessas condições não seria impensável… Imagina se o goleiro do CAT não tivesse pego essa bola…

E de repente, aquele amor pela cidade explode no coração e do nada a arquibancada descoberta começa a gritar e apoiar o Catanduva!

Uma pena que as chances criadas não foram aproveitadas para fazer a torcida local celebrar como queria…

O jogo foi chegando na parte final e cresceram as provocações entre os lados da arquibancada…

Em campo, o jogo ficou mais pegado…

Mas as celebrações eram apenas das chances criadas…

Na parte final do jogo, o Catanduva FC se lançou ao ataque com mais vontade do que técnica…

Mas mesmo assim, o placar final marcou a vitória do time visitante por 1×0.

O que dizer de um rolê desses… Ali, sentado na bancada de cimento, em meio a diferentes famílias que mesmo morando próximas muitas vezes não tem outra oportunidade para estarem próximas assim, traduzindo na prática o conceito de sociedade…

Obrigado, futebol!

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Resumo de Catanduva FC 0x1 CA Taquaritinga

Enquanto produzimos o post com fotos e vídeos do rolê por Catanduva, fique com o já tradicional clipe documentário do jogo:

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O ABC está em luto: Shank se foi…

Não deixe pra amanhã o que pode fazer hoje…
Durante a pandemia estive em contato com o pessoal do Corinthians de Santo André e foi aí que conheci Antônio Shank.


Na época, tivemos o cuidado de não agendar um papo presencial, pelo risco de contaminação de COVID, uma vez que Shank já não era um garoto

Mas pudemos conversar por algumas vezes por telefone e pude conhecer apenas uma parte de toda a vivência que Shank teve no futebol da nossa região.

E aí, a pandemia se foi, chegamos a nos falar por telefone mais duas vezes, mas acabei postergando o nosso encontro pessoalmente.

E ontem fiquei sabendo pelo ABC dos Esportes que no dia 4 de setembro de 2023, aos 88 anos, Shank se foi.

Sem dúvida a história mais conhecida de Shank foi a sua participação no jogo entre o Corinthians de Santo André e o Santos, de Pelé, quando o rei do futebol marcou seu primeiro gol na carreira, em 7 de setembro de 1956, no Estádio Américo Guazelli, o campo do “Galo Preto da Vila Alzira“, como era chamado o Corinthians.

Shank teve uma carreira marcada pelas participações nos clubes da região (além do Corinthians, passou por Palestra (SBC), São Caetano EC e ainda foi treinador do Aliança de São Bernardo e nas categorias de base do Ramalhão) mas também jogou nos times da capital Juventus, o CA Ypiranga, e Nacional, entre outros, além de ter vivenciado de maneira muito próxima o futebol amador da região.

Na foto abaixo, Shank é o primeiro da direita pra esquerda, com as mãos na cintura, em 1948, no time juvenil.

Fica aqui nossa homenagem…

O dérbi do ABC – 2023

25 de agosto de 2023.
Uma sexta feira que em outros momentos, seria uma tarde de mobilização.
Falamos de um dérbi cheio de rivalidade, há tantas partidas já…
Mas a realidade de 2023, encontra nessa Copa Paulista os dois times em maus momentos.
E por isso, a mobilização foi pequena…

Apenas cumprindo tabela nesta reta final de Copa Paulista, pelo Grupo 3, as bilheterias tiveram pouco trabalho…

Ingresso em mãos (R$ 10 a inteira e R$ 5, a meia), vamos a la cancha!

Times em campo, e aí, pra quem está na arquibancada a fase é deixada pra lá, a posição no campeonato é minimizada e tudo o que importa é… vencer o rival!

Muito triste ver a bancada do São Caetano assim vazia…

Do nosso lado, sendo visitantes, pelo menos tivemos o comparecimento das organizadas e de algumas dezenas de torcedores autônomos.

Sente a vibração:

Aqui, uma boa alma fez uma foto de dentro do campo da turma do Ramalhão!

Aí, o pessoal do São Caetano. Como sempre reforço, pra mim, o rolê é rivalidade sempre, inimigos, nunca!

O amigo Barata, da Comando Azul mandou uma foto pra mostrar a rivalidade do lado de lá com a faixa do Somália fazendo a dancinha em frente à torcida do Ramalhão, num 3×0 que o São Caetano fez em 2007.

Em campo, uma boa surpresa, o Santo André entrou voando! E logo aos 4 minutos Guilherme Matheus abriu o placar! Ramalhão 1×0!

Achei que essa partida era a oportunidade pro Santo André devolver os fatídicos 3×0 de 2007, mas infelizmente o time não conseguiu converter as chances criadas.

A festa na bancada se animou!

O ritmo não diminuiu e Alexiel ampliou no final do primeiro tempo, aos 44 minutos: Santo André 2×0. Canta aê!!

Ah, sem dúvidas que o fato não esperado do jogo foi a presença do Cartolouco ! Não nego que eu achava o trabalho dele esquisito, principalmente na época do Cartola / Globo, mas hoje o cara tem feito um conteúdo bem interessante principalmente dando voz às torcidas e times fora dos grandes eixos, por isso, todo respeito a ele e ao mano que faz as fotos e vídeos junto.

O público final: 187 torcedores. Decepcionante. O horário atrapalha, as más fases dos times também, mas mesmo assim… É preciso repensar.

O São Caetano diminuiu com Douglas aos 46 do segundo tempo.

O Ramalhão foi a campo com: Marcelo; Córdoba, Henrique, Guilherme Matheus e Denilton; Ruan (Gabriel Paz), Nelsinho (Gabriel Gama), Matheus Neris (Davison) e Bruninho (Gabriel Ferreira); Alexiel (Will Viana) e Josiel. Técnico: Márcio Griggio.
Fora de campo mais uma derbi pra nossa história!

Antes de ir embora, ainda pude ver o escritório da SAF do São Caetano. Acabei não a visitando porque em dia de derbi, eu considero respeitoso não estar em um espaço desses com a camisa do rival.

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CA Taquaritinga x Rio Branco EC (Segunda Divisão 2023)

Sábado, 2 de setembro de 2023.
Data pra ficar na memória da torcida e da cidade de Taquaritinga.
O jogo ainda não valeu o acesso, mas foi o último passo para o momento decisivo, e teve como palco o Estádio Municipal Dr Adail Nunes da Silva, o Taquarão:

As duas organizadas mostraram que a rivalidade só existe dentro do jogo, fora dele, respeito total. Rivais sempre, inimigos nunca!

Ingresso em mãos (R$ 30 a inteira e R$ 15 a meia), vamos conhecer finalmente a parte interna do Taquarão!

Se liga aí como estava o clima para entrar no estádio:

Estivemos por lá em 2015, pra lembrar esse rolê, clique aqui!

Só pra lembrar, de forma resumida, a história do Estádio: em 1982, o CAT conseguiu o acesso à “Primeira Divisão” do Campeonato Paulista do ano seguinte, entretanto o estádio não possuía as condições exigidas pela Federação Paulista para abrigar jogos deste campeonato.
Com medo de uma possível exclusão, a população se mobilizou, e em uma incrível prova de amor à cidade, ao clube e ao futebol, construiu em sistema de mutirão, um estádio para 35 mil pessoas em tempo recorde: três meses.
O resultado você vai ver neste post!

Fazia tempo que eu não via uma movimentação tão legal para um jogo da “Bezinha”…

É sempre um grande orgulho fazer parte de histórias como essa!

E lá vem os times!

Em campo, os dois tradicionais times do interior mediram forças após empate no primeiro jogo, ou seja, quem vencesse levava a vaga!

A torcida do Rio Branco EC também fez a sua parte e compareceu ao Estádio para deixar a festa ainda mais importante!

Eu considero a Malucos do Tigre uma das torcidas mais criativas e diferentes com faixas relacionando a paixão pelo time com outros amores como o rock, Raul Seixas, o Reggae entre outros temas!

Fico contente por já ter partilhado momentos importantes ao lado deles, em especial com o amigo, Rogérião, que já nos deixou, mas que estará sempre vivo na nossa memória… Taí o seu legado, meu irmão:

Mas, do lado local, também temos uma torcida que merece todo o respeito! A Jovem Garra do Tigre é atualmente a organizada responsável pela festa na bancada!

E no jogo de hoje, em especial, não seria diferente!

É bandeirão que você quer para a festa ficar mais colorida? Ta aí!

Mas, no caso de Taquaritinga, ainda existe um público bem representativo que são os torcedores comuns, autônomos, ou como chamamos na bancada “o povão”.

Mesmo povão que ajudou a levantar cada tijolo desse estádio que hoje recebe uma partida decisiva, mas que chegou a ficar sem futebol por alguns anos com o licenciamento do CAT.

O CAT chega ao ataque com alguns erros de pontaria…

E é bom que melhorem, porque hoje o povão está aí e quer que o CAT siga na luta pelo acesso!

O CAT tem como mascote o leão, devido à sua bravura, mas o leão que comparece nos jogos tem uma cara de gente boa…

É que ele tem outra importante missão: formar os futuros leõezinhos…

Confesso que a energia da arquibancada estava tão bacana que eu demorei uns 20 minutos pra me ater no jogo em si… Preferi ficar admirando o cenário tricolor que tomou conta do Estádio, a começar pelas bandeiras!

Me pergunto quando as autoridades responsáveis pelo futebol vão entender que essa festa só acontece por completo quando temos as bandeiras de mastro…

Mas outros detalhes dão um caráter todo único para os jogos do CAT. Os quase 40 graus precisaram de armas poderosas para se proteger do sol!

Po, e olha que lindo o boné que estava sendo vendido lá mesmo no Estádio.

O jogo em si não foi dos melhores. Ainda que muito disputado, ambos os ataques não conseguiam chegar a oferecer perigo real aos goleiros.

Como a festa na bancada estava muito mais linda, deixei os jogadores e o jogo em si para serem registrados por outros veículos e voltei meus olhos ao que cada um estava fazendo ali na bancada pra demonstrar o amor pelo time da cidade…

Então voltemos às lindas imagens da torcida!

Olha que momento incrível: a cena começa com as primeiras palavras pronunciadas pela torcedora mirim, passando pelo futebol da molecada ali ao lado do alambrado até chegar no jogo em si. Quando foi que o Allianz, Morumbi ou Maracanã vivenciaram uma cena dessas?

Enquanto isso, tudo o que a Jovem Garra pedia era… “Honrem essa camisa”… Será que esses jogadores tem ideia do valor do distintivo que eles carregavam no peito nessa tarde?

Já ia me esquecendo de fazer o nosso tradicional registro do campo, começando pela região central:

Aqui, o lado esquerdo, lá atrás daquele gol é onde estava se posicionando a torcida visitante:

E aqui, o lado direito, onde está o portão de entrada:

A torcida viu com certa preocupação o primeiro tempo se encerrar como começou: 0x0.

Do lado dos visitantes, o fim do primeiro tempo foi um alívio já que não havia uma única sombra e o sol estava escaldante!

E há que valorizar uma partida que tem como adversário um time capaz de trazer uma torcida que também se esgoelou os 90 minutos e fez uma linda festa com seus bandeirões.

Eu também dei uma arriada embaixo do calorão…

Mas deixemos pra descansar na estrada no caminho de volta…. Vamos registrar as faixas das torcidas e pra isso, fui até a entrada novamente:

O bar lotado garantiu importante renda extra… Po, e olha aí a camisa da outra organizada a Fúria do Leão!

O tempo corre demais… Começa o segundo tempo e a torcida local volta com a corda toda! Leão eô!

Raça, amor e tradição. Não uma tradição dessas que se preocupa em perpetuar os erros do passado, mas uma tradição em se valorizar o que é seu como cultura, que foi construído por essas pessoas, assim como esse estádio…

Talvez estivessem ali sentadas pessoas que participaram do mutirão em 1982 e que há algum tempo não se lembrava de como foi importante o seu trabalho para a perpetuação desse amor pelo time que leva adiante o nome da cidade, de pouco mais de 50 mil pessoas…

Ou talvez ali estejam seus filhos, seus netos, que contam com orgulho a façanha dos antepassados na loucura que deve ter sido construir um estádio que comporta 25% da população da cidade…

São momentos assim que me fazem valorizar o futebol não apenas como esporte e cultura mas como um verdadeiro manifesto, ou documento histórico.

E fico muito feliz em poder estar no meio dessa festa e fazer essas fotos e vídeos sem grandes técnicas, mas que eu espero poder alcançar hoje, e quem sabe no futuro, parte das pessoas que participaram disso tudo.

Opa, olha a falta perigosa pro CAT.

E também teve falta perigosa pro Rio Branco!

Pô, juizão, o professor (e o auxiliar) não tão te entendendo kkkkk.

As torcidas seguiam no apoio… Uma de cada lado!

Ao fundo a não menos heroica torcida Riobranquense se esforça para tentar apoiar o time em busca de um gol que traria a classificação para a decisão do acesso…

Olha aí o placar final…

E o jogo, que no fundo acabou sendo apenas um pano de fundo para tanto amor e tanta festa chega ao final… Vamos aos penaltys e infelizmente uma das torcidas sairá do Taquarão com a alma ferida…

Todos preparados? Acho que é melhor acompanhar a cobrança lá de perto… Assim eu posso passar pela arquibancada e mais uma vez registrar esse dia incrível!

A bancada principal está lotada …

Fiquei me perguntando o quanto seria difícil pra essas pessoas que praticamente se conhecem e convivem diariamente se olharem no dia seguinte, caso o Leão fosse eliminado…

Assim como pensei nos amigos da Malucos do Tigre e no sofrimento que já se perdura por tantos anos nessa 4ª divisão…

Momento único: o “narrador” do estádio pede uma homenagem aos torcedores que não tiveram como entrar e decidiram assistir ao jogo em cima das árvores do entorno:

Nas bancadas, nem todos sabiam que a decisão iria pra penalty, mas logo a informação circulou e todo mundo estava de novo focado no campo!

Jogadores prontos para a decisão por penaltys…

Torcida também!

Os penaltys são um momento difícil para ambas as torcidas. Mas, o CAT garantiu suas 3 primeiras cobranças e viu o Rio Branco perder 2 dos 3 penaltys, o que levou o time local à 4ª batida podendo encerrar a disputa. E foi o que aconteceu:

A partir daí o que se viu foi uma explosão coletiva de felicidade.

O presidente da Garra Junior expressou a importância dessa vitória:

E aí? Você quer que eu tente traduzir o que se passava na cabeça e nos corações de quem estava ali vivendo essa catarse?

Me arrepiei todo e quase chorei ao cruzar com um homem com os olhos mareados de emoção…

Importante reforçar a proximidade que o elenco tem (ou aparentou ter) com os torcedores, afinal, eles merecem. Os jogadores chegam e saem. Nós, torcedores, estaremos sempre na bancada! Respeita a gente!

Vale chorar, se abraçar e até mandar o recado pra quem está longe: “Estamos classificados!!!”

Aos amigos de Americana, compartilho da sua tristeza, o Rio Branco não merece estar onde está e assim como um dia acompanhei o título da A3 e a volta para a A2, não tenho dúvidas que um dia estaremos juntos celebrando o acesso do Tigre!

Ao povo heróico que um dia construiu um estádio em nome do próprio time, vocês tem a minha total admiração, meu mais profundo respeito. Que esse amor não termine nunca!

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CA Taquaritinga 0x0 Rio Branco (Teaser)

Pessoal, enquanto o post oficial do nosso rolê não fica pronto, segue um clip que resume a nossa tarde tão bacana por Taquaritinga, no segundo jogo das quartas de final da Segunda Divisão do Campeonato Paulista, onde o CAT bateu o Rio Branco nos penaltys:

Aliás, se você ainda não acompanha o nosso Canal no youtube, clique aqui e passe a seguir.

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Nacional 0x0 União São João de Araras – 2023

Sábado, 26 de agosto de 2023. O Estádio Nicolau Alayon recebeu a primeira e eletrizante partida das quartas de final da Segunda Divisão.

Ainda do lado de fora do Estádio, já dava pra perceber que a torcida visitante se faria presente…

Ingresso em mãos, vamos a mais uma peleja!

Em campo, dois times bastante tradicionais, em mais um duelo “Capital x Interior”.

Complete o seu álbum com as figurinhas dos dois times:

Infelizmente, mais uma tarde de pouca presença de público, levando em conta a importância da partida e o fato de ser um sábado a tarde, ainda que frio.

Mesmo há algum tempo nas divisões mais baixas do futebol paulista, o Nacional é gigante! Tem um distintivo que carrega consigo muito mais do que memórias futebolísticas, carrega a história da cidade de São Paulo, da ferrovia e inspira um futuro quem sabe mais uma vez sobre trilhos!

Aliás, além do frio, o inverno paulistano trouxe uma forte garoa nos dias anteriores que acabou prejudicando um pouco a área dos goleiros:

Dentro de campo, a Torcida União Alviverde se posicionou do lado contrário das cadeiras cobertas e fez uma bonita festa!

Dentro das proporções vividas pela Segunda Divisão do Campeonato Paulista, pode se dizer que eles tiveram sim uma boa presença, pintando de verde a bancada do Nicolau Alayon.

Ouça um pouco da festa e do apoio da bancada alviverde:

Tem coisa mais legal do que ver o ressurgimento de um time que até alguns anos atrás estava fora do cenário profissional e ver que com a volta dele, a sua torcida também despertou?

Enquanto o pessoal da Torcida União Alviverde cantava o “bicho pegava” dentro de campo. Várias divididas daquelas de fazer a torcida vibrar com a raça dos jogadores. Que bom que ninguém se machucou, mas estava claro que a tensão estava a mil!

E antes que alguém reclame dizendo “Po, mas e a atenção à torcida local??”, também é gratificante ver surgir uma nova geração de fãs do Nacional!

Assim como é importante a velha guarda manter se firme e presentes, como o pessoal da Torcida AlmaNac / Alma Nacional!

A rapaziada também estava com a voz em dia para apoiar embaixo desse frio!

É lindo ver, mais uma vez, a bandeira do Nacional exposta nas arquibancadas do seu estádio representando mais que um time, um verdadeiro estilo de vida!

Olha que bacana a disputa em campo e, ao mesmo tempo, nas bancadas do Alayon:

Em campo, os times se enfrentaram pela 5ª vez este ano, sendo um duelo disputadíssimo! Até então haviam sido três empates por 0x0 e uma vitória do União. E não seria desta vez que o ataque do Nacional iria furar a zaga do time de Araras…

Olha aí a rapaziada nos bancos de reserva:

Mas não pense que os atletas ficaram ali no quentinho por muito tempo não, até mesmo pra se acostumar com o frio, eles estiveram em aquecimento por um bom tempo…

Professor João Batista até que estava satisfeito com o time. O União não se intimidou e fez um jogo de igual para igual com o Nacional, ainda que o time local tenha criado, na minha opinião, as chances mais concretas de abrir o placar.

Bacana ver que mesmo com tantos jogos contra, não surgiu nenhum grande desentendimento entre as torcidas, tanto que no intervalo ambas estiveram juntas ali no tradicional bar do estádio!

Importante dar uma moral também pra turma que assiste os jogos ali das cadeiras cobertas e também já fazer o tradicional registro da visão do campo.

Aqui, a visão central:

O lado da esquerda:

E o lado direito:

O resultado final do jogo foi mais um 0x0, o que leva a decisão para a cidade de Araras, no próximo sábado 2 de setembro.

Pra não ficar muito repetitivo, eu fiz uma playlist no nosso canal do Youtube com outros vídeos da partida, caso você queira mais detalhes, é só acessar o canall, clicando aqui, ou ver pelo link abaixo:

Mais do que assistir a uma partida de futebol, curtir uma tarde de sábado com essa me dá a estranha sensação de estar fazendo parte da história do nosso futebol!

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O Estádio Carlos de Alencar Pinto, a casa do Ceará Sporting Club

Na virada de 2022 para 2023, tivemos a oportunidade de fazer um rolê inesquecível para Fortaleza, capital do Ceará. E claro, fomos nos maravilhar com as praias…

Sim, são lugares absurdamente incríveis e se você tem noção disso quando vê as fotos deve imaginar que ao vivo é absurdamente mais lindo…

E sim, eu adoro estar nessas águas, largado ali o dia todo como se não houvesse amanhã…

Uma pena que hoje, já há mais de 7 meses dessa experiência, só posso me conformar olhando as fotos e lembrando destes bons momentos…

Mas tudo bem! A vida é assim… Quem sabe um dia voltaremos…

E teve rolê pela cidade…

E curtir uma produção de rapadura!

E se recentemente falamos do Estádio Estádio Alcides Santos, a casa do Fortaleza EC, hoje é a vez de falarmos do Estádio Carlos de Alencar Pinto, mais conhecido como Vovozão, o estádio oficial do Ceará Sporting Club.

Construído em 1968, o estádio possui capacidade para abrigar 4.000 torcedores e é utilizado em treinos do time profissional e de base, além de partidas a nível nacional, como a Série C e D do Campeonato Brasileiro.


Opa, tivemos companhia no rolê! Um lagarto gigante!

Diferente do que aconteceu no Estádio do Fortaleza, ao contatarmos a equipe de comunicação e história do Ceará fomos recebidos muitíssimo bem e não só nos permitiram conhecer a parte interna do clube… Grande abraço ao Gabriel!!

Como nos guiaram em uma visita pelo Centro Cultural Alvinegro e em outros pontos importantes do local.

Existem muitos detalhes históricos que embelezam o local, como estes bustos.

E o campo de jogo também é lindo e muito bem cuidado. Olha aqui, o meio campo:

Aqui, o gol da esquerda:

E aqui, o gol da direita:

Sinto que a relação dos torcedores com o Estádio é um pouco diferente do que eu imaginava. Parece existir muito mais orgulho da galera em assistir jogos na nova Arena, do que sonhar com partidas no Estádio Carlos de Alencar Pinto.

E o distintivo do Ceará sempre presente!

Aqui, a evolução do distintivo durante o tempo:

O primeiro jogo da final do Campeonato Brasileiro da Série D de 2020 foi jogado neste estádio, (Floresta 0x1 Mirassol), sendo a primeira partida profissional nacional.

Agora, me surpreendeu o cuidado com as homenagens e registros de memória do time que estão guardados e expostos ali.

São camisas que foram marcantes para a torcida…

Ah se todos os clubes tivessem esse mesmo cuidado…

Olha que linda a biblioteca que eles tem lá com foco na história do clube, mas também reunindo material sobre outros times.

Olha cada troféu lindo…

E fica a dica de leitura para pesquisa sobre o futebol cearense, obra de Alberto Damasceno.

Fiquei muito contente com a recepção que tivemos e com tanta informação que tivemos acesso. Reitero os agradecimentos à equipe do Ceará SC!

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Nacional 2×1 XV de Jaú (Segunda Divisão 2023)

Quarta feira, 16 de agosto de 2023
São Paulo é a cidade que não para, mas consegui dar uma parada no meio do trabalho para chegar até o Estádio Nicolau Alayon e acompanhar um incrível embate entre um time da capital e um digno representante do interior!

O Estádio Nicolau Alayon, também conhecido como Estádio da rua Comendador Souza, recebe partidas do Nacional desde 1938. Já parou pra pensar que talvez nem seu avô tinha nascido quando o Naça fez ali sua primeira partida?

O Estádio homenageia Nicolau Alayon, um uruguaio que foi dirigente do time, na sua origem.

O Nacional é um dos primeiros times de São Paulo e do Brasil, já que Charles Miller foi funcionário da São Paulo Railway (SPR) e acabou trazendo a cultura do futebol para os ferroviários que fundaram o São Paulo Railway Athletic Club em 16 de fevereiro de 1919, assumindo um caráter de clube operário.

Em 1946, chega ao fim a concessão da SPR e com a nacionalização da estrada de ferro, o clube precisa modificar sua denominação e inaugura o “novo nome” contra o Flamengo, jogando o primeiro tempo como “São Paulo Railway AC” e o segundo como Nacional Atlético Clube, em um Pacaembu lotado. O Flamengo venceu por 5×3. Leia no site O curioso do futebol, uma matéria legal sobre esse jogo (a foto abaixo é de lá):

O Estádio Nicolau Alayon foi inaugurado em 15 de maio de 1938 em partida contra o Corinthians (que venceu por 2×1).

Atualmente, o Estádio segue sendo a casa do Nacional e tem até uma loja oficial!

Ainda que atrasado uns 20 minutos, finalmente comprei meu ingresso e me encaminhei para assistir ao jogo.

Eu não tive muita vivência no Nicolau Alayon como tive em outros estádio próximos, mas já estive em pelo menos umas 15 partidas por aí e posso dizer que o Estádio gera em mim uma série de recordações e mesmo imaginações sobre o futebol no século passado…

Até por isso, faço questão de registrar a presença nesse embate incrível entre interior e capital!

Nem bem cheguei e saiu o gol do XV de Jaú…

Até achei que fosse o primeiro gol da partida, mas tratava-se do gol de empate dos visitantes.

Mesmo sendo uma quarta feira, a torcida visitante se fez presente!

Bem como a torcida local!

Sinta aí o clima do Estádio:

Olha aí o pessoal da Almanac, a torcida organizada do Nacional!

As bandeiras do pessoal da Almanac dão uma cara bem legal a essa arquibancada atrás do gol, com direito a lembrar da FEPASA e eu que venho de família ferroviária sempre fico muito contente de ver esse encontro entre a ferrovia e o futebol!

Empolgado pela sua torcida, o Nacional teve boas chances de se colocar a frente novamente:

Pra quem curte assistir jogos que tem grande proximidade com os atletas, o Estádio Nicolau Alayon é um daqueles que te colocam praticamente dentro do campo!

O treinador Campagnolo estava bravo, mas sabemos do potencial que ele tem de mexer no time (lembre que já vimos um jogo do XV nessa fase, veja aqui!)

Mas o time local tentava sair vencendo o jogo e até o goleirão ligava o contra ataque!

Mas ouvindo as ordens do Mr. Campagnolo, o XV de Jaú também se lançava ao ataque e teve grande oportunidade em uma falta que foi batida na barreira:

Agora é uma falta para o Nacional que faz a torcida roer as unhas!

Sempre que possível gosto de manter o registro atualizado dos estádios que visitamos, então segue aí a vista do meio campo:

Do gol esquerdo:

E do gol direito:

A vizinhança anda diferente… Olha quantos prédios cercam o estádio fazendo com que os olhos das gulosas incorporadoras sigam crescendo o lugar onde o Nacional está…

E de tanto insistir, saiu o segundo gol do Nacional!! Na hora só deu tempo de tentar uma foto, que saiu essa coisa tremida aí kkkk

Festa na bancada local!

O moço do placar é rápido: 2×1 pro time da casa!

A torcida local ficou mais tranquila?

Mais ou menos…. Pra quem carrega o amor ao time no peito ou a bandeira em mãos, estar vencendo por 1 gol sempre significa andar por um caminho estreito onde qualquer desequilíbrio pode acabar com o dia!

Então vale sim reclamar com o juiz e xingar o banco de reservas!

Intervalo de jogo e hora de conhecer o bar local, que tem uma fogazza incrível!

Mas o tempo voa e quando vejo a partida recomeçou. Serão mais 45 minutos (fora os acréscimos) para a torcida do Nacional poder celebrar 3 importantíssimos pontos.

Do outro lado, para a torcida do XV, 45 minutos se passariam em incrível velocidade caso o empate não seja rapidamente alcançado.

Alguns torcedores do XV até mudaram de lugar pra ver se a sorte também mudava…

Enfim, nervos a flor da pele já que agora toda partida é uma decisão em busca do acesso!

Na parte coberta do estádio, onde o sol não incomoda tanto, o risco do empate deixava todo mundo apreensivo…

Assim como o bom goleiro Romário tornava mais difícil a missão de ampliar o resultado pra 3×1 e matar o jogo.

No outro jogo do grupo, o União São João fazia 1×0 no Joseense, em São José, deixando a missão da classificação para a última rodada…

A segunda divisão do paulista é assim… Emoção até o fim!

Falta para o Nacional, será agora o gol que fecha o placar?

E teve contra ataque para os ferroviários…. Mas nada do 3º gol…

E teve escanteio para o Nacional também:

Mas, mesmo a tarde aprazível chegou em seu momento final e o árbitro apitou o fim da partida!

O treinador do XV foi a loucura, mas mesmo perdendo, o time visitante mostrou força e tem boas chances de se classificar!

A imagem reflete a sensação de superação dos atletas do Nacional, que com certeza chegaram mais longe do que muitos acreditavam, ao mesmo tempo em que demonstra certa incredulidade do atleta do XV que estava confiante em um resultado melhor. Mas este é o campo da rua Comendador Souza e aqui, mandam os ferroviários do Nacional!

Hora de ir embora pelo bairro pacato que abriga o time tão tradicional…

Abraços aos amigos que estavam acompanhando a partida: Fernando, pessoal do Jogos Perdidos, Sérgio (Futebol Alternativo TV) e a torcida local que nos recebeu bem.

Sendo um time de história ferroviária, nada melhor do que pegar o trem na Água Branca e rumar de volta ao ABC!

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O Estádio Alcides Santos, a casa do Fortaleza EC

Já estamos em agosto de 2023 e ainda não acabamos de falar sobre os estádios que visitamos no Ceará, no rolê de fim de ano.
Já falamos sobre o Estádio Elzir Cabral, a Vila Olímpica, casa do Ferroviário AC, clique aqui e veja como foi o rolê.

Claro… Vale reforçar que além do futebol, a cidade de Fortaleza e a região em si, oferecem um montão de lindos passeios, principalmente envolvendo as praias!

Aqui, a praia de Lagoinha!

Mas deixando de lado (até pra não sofrer de saudades) as praias, vamos dividir aqui um pouco sobre o Estádio Alcides Santos!

O Estádio é a casa do Fortaleza EC, o tricolor de aço!

O Estádio Alcides Santos é chamado de Parque dos Campeonatos e fica na Avenida Senador Fernandes Távora, no bairro do Pici, por isso, o Fortaleza é chamado de o Leão do Pici!

Uma pena, mas mesmo conversando com o pessoal do clube, não foi possível adentrar ao clube. Também achei que fosse dar certo mas… não deu…

Mas, quando estava quase desistindo e aceitando que eu não veria nada mais do que as bilheterias pelo lado de fora…

Encontrei uma família que morava vizinha ao estádio e que permitiu que fizéssemos uma tomada de imagens da sua varanda, que pelo menos nos permitiu ver o campo.

E não é que deu pra pelo menos dar uma olhada na parte de dentro?

O Estádio Alcides Santos é o maior estádio privado do Ceará, com capacidade para cerca de 8 mil torcedores.

Em 1951, a Prefeitura Municipal de Fortaleza colocou o Estádio Presidente Vargas em reforma, fazendo com que a diretoria do Fortaleza decidisse voltar a ter um estádio particular, como o Campo do Alagadiço (nos anos 20) e o Estádio do Campo da Praça das Pelotas (nos anos 30). Mas, como nada é fácil, somente em 1957, obtém o terreno onde seria construído o Estádio Alcides Santos.

O nome do bairro vem da Base militar dos americanos em Fortaleza, durante a segunda guerra mundial, chamado de Post Command, ou “Pi Ci”.

O Estádio foi inaugurado em junho de 1962, mas o primeiro jogo oficial ocorreu apenas em 12 de março de 2008, válido pelo Campeonato Cearense daquele ano, com o Fortaleza empatando em 3 a 3 com o Itapipoca.

Em 2010 passou por uma ampliação chegando a uma capacidade de 8 mil torcedores. Com o novo formato, recebeu uma partida válida pela segunda fase da Copa do Brasil e o Fortaleza venceu o Guarani por 2×0.

E o portão que nos impediu de ver mais…

Calor né, Mari?

Talvez ali de cima fosse mais fácil ver o campo, sua arquibancada…

Mas ok, já valeu pelo menos de ter visto um pouco graças aos amigos da vizinhança, mas seria legal que os responsáveis pela burocrática permissão de visitar o campo, soubessem como seria bacana que as pessoas pudessem curtir o estádio como mais um ponto turístico da cidade.
Menção honrosa ao assessor de imprensa e aos demais colaboradores do time que chegaram a achar graça no fato de eu querer visitar o Estádio… É mole?

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