Dando sequência às nossas aventuras futeboleiras do fim de 2018, chegamos ao Leste Europeu, para falar sobre a cidade e o futebol de Belgrado.
Chegamos num dia pós nevada e a cidade estava linda, coberta de neve…
Foi uma experiência incrível andar nos parques e bosques em meio a tanta neve….
Claro que como todo idiota que vê tanta neve assim pela primeira vez, não resistimos a um boneco de neve!
Ou mesmo a brincadeiras estúpidas…
Ao mesmo tempo dá uma sensação de estar em uma cena de “O Iluminado” sem nada pra nenhum lado…
Subimos ao forte Kalemegdan, num parque que abriga uma série de atrações entre museus, artefatos de guerra e uma vista incrível do encontro do rio Danúbio com o rio Sava.
Outro lugar de destaqie é o Templo de St Sava, o maior templo ortodoxo da Europa!
Mesmo não sendo um país católico, a Sérvia também celebra a chegada do natal (lá a “noite de natal” é no dia 7 de janeiro), então deu pra ver a cidade toda enfeitada:
Claro que fomos a uma loja de vinil e a escolhida foi a Yugovinyl que fica próxima ao centro da cidade, na Rua Cetinjska 15.
O escolhido a vir morar no Brasil foi o “Pesmi Sprave”, segundo disco da banda eslovena Pankrti.
Ainda ali próximo ao centro existem vários monumentos espalhados pelas largas avenidas.
E que tal comer uma massa na tradicional “Mesa do Maradona” na Trattoria Campania?
Outro restaurante incrível (e com ótimos preços, aliás, tudo em Belgrado é muito mais barato do que em São Paulo) é o Zavicaj! Comida típica dos balcãs a preços camaradas e porções bem servidas!
Mas se você quer saber como é o dia-a-dia gastronômico de quem vive em Belgrado, dê uma olhada em como é uma feira:
Mas se o seu coração é vermelho e seus sonhos de igualdade e liberdade te fazem sonhar com a antiga República Socialista Federativa da Iugoslávia… Então você precisa ir até o Museu da Iuguslávia e saudar o túmulo do Marechal Tito.
Encontramos muita coisa da arte socialista, com foco nos movimentos opoerários e na vida do trabalhador:
E também relacionado às guerras, no caso abaixo a luta contra os nazistas na segunda guerra.
Intervenções nos museus reproduzindo o horror da guerra:
E deu até pra dar um rolê na rua “Antifasciste”!
Bom, você deve imaginar que ir pra Belgrado é uma verdadeira aventura e foram muitas diversões e alguns poucos perrengues (afinal nem todo mundo fala inglês, por lá), mas… Cá estamos neste blog para falar de futebol, e escolhemos 3 times para representar o futebol local.
Começamos pelo Fudbalski Klub Zemun, time que defende as cores dos moradores do bairro de Zemun (uma parte de Belgrado que possui uma certa independência cultural).
O FK Zemun (em sérvio, como está no distintivo:Фудбалски клуб Земун) nasceu em 1946, na época como Jedinstivo Zemun (apenas em 1986, surge o nome “FK Zemun“).
O time manda seus jogos no Zemun Stadium, inaugurado em 1962.
A neve não permitiu que desse pra ver o nome do estádio escrito em cima deste muro grafitado:
Então peguei uma do Google Maps só pra gente ter noção (o google borra a imagem do grafite no muro porque ele acha que é uma pessoa hehehe:
Uma bilheteria a mais pra nossa coleção!
É sem dúvida um momento de grande nervosismo pra mim adentrar a um estádio assim tão longe da nossa realidade no Brasil e ao mesmo tempo tão próximo em relação ao sentimento de quem mora no bairro de Zemun pelo time…
Estão pronto? Então vamos lá, para acompanhar uma partida do time válida pela segunda divisão do campeonato sérvio, onde o FK Zemun tem lutado para fugir do rebaixamento…
Frustrações a parte por não poder acompanhar a partida, vamos ao menos conhecer o Zemun Stadium, que tem capacidade para 15.000 torcedores.
Nesse vídeo dá pra ver melhor um pouco das arquibancadas:
Atendendo aos pedidos da Mari, aí vão as fotos eternizando nossa presença em mais um templo do futebol mundial:
Além de receber os jogos do FK Zemun, o estádio recebeu os shows da Tina Turner e do Bob Dylan, nos anos 80. Aqui, uma visão do gol esquerdo, para quem olha das arquibancadas cobertas:
O meio campo:
E o gol direito:
As pombas não se incomodam nem com a neve… Olha elas aí…
E onde estão os bancos de reserva? Transformados em geladeiras!
E enquanto a gente conhecia o campo, a galera (pelo que entendemos até alguns torcedores) se dedicavam à limpeza do campo.
O estádio viu o FK Zemun chegar a 3 semifinais da Copa da Iugoslávia (1982, 1993 e 2000)
Com o fim da Iuguslávia, os times locais passaram a jogar o campeonato e a Copa da Sérvia. E o FK Zemun chegou a final da copa, em 2008.
Enfim… Missão cumprida em Zemun!
Antes de ir embora, vale ler as instruções para se adentrar ao estádio:
E como se pode ver, a torcida local, conhecidos como os “Taurunum Boys” parecem não ligar muito para a parte que fala da proibição da pirotecnia…
E que torcida!
Fomos embora sem passar pela parte de trás do estádio, por isso apelei novamente ao Google Maps:
Assim, saímos do bairro de Zemun para voltar à região central de Belgrado, no bairro de Autokomada, onde encontramos os estádios dos outros dois times que escolhemos conhecer para ilustrar o futebol local.
Comecemos com a história do Fudbalski Klub Crvena Zvezda conhecido por nós como “Estrela Vermelha de Belgrado”.
Ah… Parece que foi ontem que atravessamos as ruas cobertas de neve para finalmente conhecer o Estádio do Estrela Vermelha.
A cada passo que dávamos o estádio estava mais próximo…
O FK Estrela Vermelha de Belgrado (também popularmente conhecido como “Фудбалски клуб Црвена звезда“) foi fundado em março de 1945, quando o mundo conhecia a Guerra Fria (que colocava frente a frente capitalistas e socialistas) e representava o lado vermelho desta guerra, materializando no futebol um pouco dos ideais antifascistas e vindo ao mundo pelas mãos do próprio Partido Comunista.
O time manda seus jogos no Estádio Estrela Vermelha, apelidado carinhosamente de Marakana.
É… Os sérvios não só gostam de futebol como gostam do futebol brasileiro. Alias, a Seleção Sérvia de Futebol também manda seus jogos aí. Essa é a entrada do Estádio:
O Estrela Vermelha foi o último campeão do Campeonato Iugoslavo de Futebol, antes do processo de separação da antiga Iuguslávia.
Conseguimos entrar no estádio e fazer umas fotos internas e dá pra se surpreender com o tamanho do Marakana…
O campo estava coberto de neve, então mais parece um pedaço do céu rodeado por arquibancadas…
Vamos dar uma olhada melhor no vídeo:
Eu confesso que sempre sonhei em conhecer o estádio do Estrela Vermelha, não só por ser o maior campeão da liga nacional, mas também por ter conquistado o troféu da Champions League e o mundial em 1991 (jogando a final contra o Colo-Colo do Chile).
Suas arquibancadas podem receber até 55 mil torcedores (até os anos 90 eles liberavam a entrada de até 97 mil torcedores no Marakana).
O Estádio foi inaugurado em setembro de 1963 e tem recorde de público de 96.070 torcedores na semifinal da Copa da UEFA contra o time húngaro Ferencváros TC (embora digam que mais de 110 mil pessoas estiveram naquele jogo). É daí que veio o apelido de Marakana.
Aqui, o gol direito:
O meio campo:
E o gol do lado esquerdo:
O placar eletrônico bem ali no meio da arquibancada!
Olha quantos adesivos de torcidas!
Existe uma loja de artigos da torcida dentro do estádio.
E grafites também!
Hora de dar tchau ao Marakana!
E após nos despedirmos do Marakana com certa dor no coração (torcendo para que eu consiga voltar um dia e ver um jogo!), é hora de conhecer o terceiro time que escolhemos para registrar em Belgrado, e claro, não poderia deixar de ser o Partizan Fudbalski Klub, maior rival do Estrela Vermelha! Juntos fazem o chamado Clássico eterno!
O Partizan FK (se escreve Фудбалски клуб Партизан) foi fundado logo após o Estrela Vermelha, em outubro de 1945, como o time do Exército Popular da Libertação da Iugoslávia (chamado na época de Partisan), que lutou na Segunda Guerra Mundial contra os Nazistas e seus aliados.
O Partisan FK manda seus jogos no Estádio Partizan que é conhecido como “O Templo” e também como Stadion JNA (Estádio do Exército Popular Iugoslávo).
Vamos dar uma olhada no estádio?
Foi duro, mas depois de uma conversa que misturou inglês, sérvio, espanhol e português, convencemos o segurança a nos levar até lá!
O estádio tem capacidade para 32.887 torcedores.
O Estádio Partizan chegou a ser sede do Estrela Vermelha, de 1959 a 1963 (ano em que se mudaram para o Estádio Marakana).
O estádio tem arquibancadas ao redor de todo o campo e sua construção começou logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, com o intuito de hospedar a seleção nacional iugoslava e o BSK Beograd.
O estádio foi construído com a ajuda do exército popular jugoslavo.
O Partizan estreiou o estádio em 1957, numa partida contra o Vardar Skoplje.
Em 1989, o Partizan comprou o estádio do exército da Iugoslávia.
Este é o gol da esquerda pra quem olha da entrada do estádio:
Aqui, o meio campo:
E por fim, o gol do lado direito:
Em 2009, teve um grande show do AC/DC frente a aproximadamente 40 mil pessoas.
No caminho para o estádio, mais grafites, desta vez do craque croata Stjepan Bobek!
E também mostra da amizade dos torcedores locais com torcedores russos do CSKA de Moscou.
Ainda vimos fotos antigas (não sei se é um ex atleta ou torcedor) em um museu:
E claro, muitos adesivos espalhados pela cidade…
Pra terminar, chore imaginando estar em meio à torcida do Partizan escutando um sucesso do Grupa JNA (assim como nós temos a banda “Visitantes” pra suportar o Santo André, essa é a banda deles):
Ufa…. Com esse rolê pelo Estádio Partizan finalizamos nossa rápida visão e registros sobre os estádios de Belgrado.

A viagem começou pela Itália, pela cidade de Fiumicino, vizinha à Roma, e conhecida por ser o local onde está o maior aeroporto da região e também por ser um local tranquilo no litoral do mar Tirreno.
A cidade não só é super arborizada, como é fácil encontrar laranjeiras pelas ruas locais.
Este é um afluente do Rio Tibre que lá no fundo desemboca no oceano…
Encontramos um mercado de pulgas no coração da cidade, pra quem gosta de economizar…
Também é muito legal aproveitar as barracas de frutas espalhadas pelas ruas de Fiumicino.
Bom… o jantar não podia ser outro…. Pizza !!!
A cidade ainda guarda várias construções antigas.
E tem ainda um bom cuidado com a natureza local.
O futebol local tem a atenção e o carinho dos moradores, principalmente dos mais velhos que ainda guardam na memória lembranças dos times da cidade.
Vamos conhecer dois deles, começando pelo SFF Atletico.
O SFF (
Fregene e Focene são dois “distritos” da cidade, e como cada um tem um estádio de futebol, o Atletico de Fiumicino tem várias “casas”.
O SFF Atletico pode escolher entre mandar seus jogos em Fragene, no Estádio Aristide Paglialunga (antigo estádio do Fregene) ou no Estádio Vincenzo Cetorelli em Fiumicino.
Assim, aproveitamos o rolê para conhecer o Estádio Vincenzo Cetorelli.
O Estádio fica na região central da cidade e possui uma estrutura mínima capaz de receber jogos, com apenas uma arquibancada descoberta em uma das laterais do campo:
E embora sejam apenas 4 lances de arquibancada, ela é compriiiiiiiidaaaaa:
Vamos dar uma olhada melhor:
Ao menos o estádio conta com um sistema de iluminação:
Para quem está na arquibancada, este é o gol do lado esquerdo:
Este é o lado direito (repare que a pista de atletismo, embora dê um aspecto mais profissional ao estádio, acaba tirando a proximidade da torcida com os jogadores e com o bandeira):
Mas, o campo está bem cuidado e pode seguir recebendo os jogos menores, enquanto os demais são jogados no Estádio Aristide Paglialunga embora tenhamos ouvido de um senhor que o time pensa em construir um novo estádio para 2020.
Em 2017, o clube subiu para a Série D e em 2018, terminou como o terceiro do grupo G, perdendo o que seria o segundo acesso consecutivo, para o Trastevere nas semifinais da série D.
Assim, vamos falar do outro time da cidade de Fiumicino, o A.S. Fiumicino 1926.
O Fiumicino 1926 tem esse nome porque o clube que o originou (o Fiumicino Calcio) foi fundado em 1926.
O time manda seus jogos no Estádio Pietro Desideri, e pudemos dar um role por lá pra dividir com você um pouco da cara do estádio, confira:
Depois de muito tempo jogando a série D, finalmente o Fiumicino 1926 alcançou a série C (Grupo Promozione Lazio).
Assim, desde o ano passado, o Estádio Pietro Desideri, recebe partidas ainda mais importantes.
O estádio tem capacidade para cerca de 2.500 torcedores.
Assim, mesmo se tratando de uma cidade menor, Fiumicino segue viva com seu futebol local! A bandeira segue tremulando!
O Estádio possui arquibancada dos dois lados do campo, mesmo sendo super próximas das casas da vizinhança.
E pelo visto, possui até um grupo de Ultras!
Basta uma rápida pesquisa na Internet para conhecê-los:
Fica nossa homenagem aos torcedores locais, convidando-os a conhecer a casa do nosso time, o EC Santo André.
Antes de ir embora, uma olhada do gol do lado direito:
Meio campo:
E o gol do lado esquerdo. Parece a versão (ainda mais) italiana da rua Javari!
Andando pelo bairro conhecemos algumas pessoas que apoiam o futebol local!
Pra terminar o rolê, um passeio noturno pela praia local… Pena que não dá pra ver hehehehe:

















































O
O Sparta Rotterdam manda seus jogos no
Dê uma olhada neste lindo estádio:



Faz com o Feyenoord o clássico da cidade de Rotterdam.






























































































































































































Assim como diversas cidades, Laranjal Paulista cresceu em torno da ferrovia. A estação da cidade foi inaugurada pelo próprio D. Pedro II.
Os nossos “anfitriões” eram esse trio: Esdras, Kiki (a cachorrinha) e o Carlos.
Recentemente, a cidade teve destaque nos noticiários por terem pixado o sobrenome (“Queiroz”) de um ex assessor do atual presidente na tradicional laranja gigante que fica na entrada da cidade.
Mas, a população de Laranjal Paulista tem um grande motivo de se orgulhar! Trata-se da Associação Esportiva Laranjalense.
A Associação Esportiva Laranjalense foi fundada em março de 1943 e chegou a disputar cinco edições da terceira divisão do Campeonato Paulista (1971, 1972, 1974, 1975 e 1976) e quatro da quarta divisão (1969, 1977, 1978 e 1979).
Aqui, o time de 1971 (na foto está escrito 2a divisão, porque na época existia a primeira, a “especial” e a segunda):
Em 1977 chegou a semifinal da terceira divisão, contra o Primavera, perdendo o primeiro jogo em Indaiatuba por 2×1 e o jogo de volta (em Laranjal) por 3×2. Esse jogo ficou marcado na história como a maior caravana já feita pela torcida do Esporte Clube Primavera, veja a torcida tricolor no Accácio Luvisotto:
Esse é o time de 1978:
Aqui, também uma imagem que retrata um tempo em que torcida e time se viam com grande frequência!
A AE Laranjalense mandava seus jogos no Estádio Municipal Accácio Livisotto.
E se tem estádio com distintivo do time pintado na parede… Aí estamos nós!
Uma bilheteria a mais na nossa coleção.
E que tal dar um rolê por dentro do estádio?
Do outro lado, temos dois lances de arquibancadas cobertas:
Ao fundo, pode se ver a cidade, ainda sem os prédios tão comuns às grandes metrópoles.
O Estádio possui ainda um sistema de iluminação daqueles tradicionais.
Do outro lado, o ginásio de esportes, que também contribuiu para a vida esportiva da cidade.
E esse é o Carlos, professor de educação física e que tem uma relação bem especial com o estádio. Desde cedo ele frequenta o campo, seja pra assistir (algumas vezes até pulando o muro…) seja para jogar.
E ele (e várias pessoas) ainda sonham em ver esse campo cheio de torcedores e atletas locais, ocupando uma parte tão importante da cidade, que já foi responsável por tanta alegria.
Nós torcemos para esse dia chegar logo…




























































