Sábado, 24 de junho de 2023. 10ª rodada da série D do Campeonato Brasileiro. Em campo, duelo de paulistas e cariocas:
Assim, como a torcida do Santo André foi bem recebida na Ilha do Governador, os cariocas também o foram no ABC paulista.
Em campo, o EC Santo André enfrenta o líder do grupo e sabe que não terá uma missão fácil!
A torcida do Ramalhão mais uma vez diminuta… Menos de 1.000 torcedores se fazem presente, mas ao menos, quem veio, veio para apoiar!
A começar por nós!
Méritos aos amigos cariocas que enfrentaram a Dutra para acompanhar seu time do coração:
Começa o jogo e a Esquadrão dá início ao apoio!
Destaque também para o pessoal da Ramalhonautas, grupo dedicado à pesquisa e memória do EC Santo André!
Pra quem perguntou da TUDA, no post passado (já que por descuido meu, não teve foto dos caras) ta aí eles no jogo de sábado:
A Fúria mais uma vez, sempre, presente:
Abraços ao Gó e à Simone!
Viramos o primeiro tempo segurando o 0x0, com alternâncias entre bons e maus momentos. A Portuguesa teve menos domínio, mas quando chegou, foi mais perigosa! No segundo tempo, até criamos as condições para definir o jogo, mas não conseguimos concluir em gol, terminando o jogo em um honesto 0x0..
O Ramalhão foi a campo com: Belliato; Will Viana, Miguel Baggio, Huilherme Mattis e Vermudt; Ruan, Rafael Chorão (Felipe Pará) e Guilherme Borges; Alexiel (Flávio Torres), Vitinho (Gabriel Ferreira) e Rodrigo Carioca (Xandy). O técnico foi Leandro Niehues, já que Matheus estava cumprindo suspensão. Assista a entrevista pós jogo dele:
No próximo sábado, o Ramalhão aposta suas fichas contra o Resende lá, no Estádio do Trabalhador, no Rio de Janeiro.
Façamos uma breve pausa nos posts relacionados ao rolê que fizemos pelas cidades históricas de Minas (ainda que, na minha opinião, todas as cidades sejam históricas e que a história do território que hoje chamamos Brasil não tenha se iniciado em 1500) ….
Mas ainda falando de Minas Gerais, vamos dividir as fotos e vídeos da partida de sábado de 17 de junhode 2023, quando o EC Santo André perdeu por 1×0 para o Athletic Club de São João del Rei, em partida válida pelo returno da série D de 2023.
Seja bem vindo às arquibancadas do Estádio Bruno José Daniel, onde tentamos construir um ambiente de amizade e respeito!
O Carlão até fecha os olhos de emoção ao lembrar as emoções que já viveu nas arquibancadas e também no campo…
Olha ele aqui de olhos bem abertos enquanto dava entrevista com a camisa do, então, Santo André FC!
Se você quer curtir a partida apoiando 90 minutos, então cole com o bonde da Fúria Andreense!
E se a pegada das barras argentinas é o que te encanta, então pule com a Esquadrão Andreense!
Cansado do capitalismo e das injustiças sociais? Quer assistir a partida discutindo os problemas da atual conjuntura econômica? Então cola com esses “já não tão jovens” desajustados!
Recebemos informações de que estão sendo monitorados…
Empunhe ou amarre a sua bandeira e vamos ao jogo!
Aí estão os dois times em postura pré partida!
E como o Santo André foi a campo?
O jogo terminou 1×0 para os visitantes, mas esqueça o placar e siga com a gente!
Mas para chegar até lá, foi uma longa estrada, e para torná-la mais animada, entramos em Três Corações para conhecer a cidade onde nasceu o rei Pelé e que graças a isso, a cada dia tenta se aproximar mais do futebol.
Segundo o mapa de ocupação indígena “Native Land“, a região que viria se tornar Três Corações era ocupada por indígenas Puri que acabaram fugindo, expulsos ou mortos pelos europeus e bandeirantes que passaram a ver Minas Gerais como a possibilidade de fácil enriquecimento.
Em 1737, o ouvidor Cipriano José da Rocha informa que existem pontos de mineração na região do “Rio Verde”, levando pessoas, como o português Tomé Martins da Costa a buscar ouro ali. Em 1832 é instalada a freguesia dos Três Corações do Rio Verde, elevada à Vila em 1860. Em 1884, a Vila recebe a visita do Imperador D. Pedro II para a inauguração da polêmica estrada de ferro Minas & Rio, que ia até Cruzeiro-SP.
Três meses depois, em 23 de setembro de 1884, a Vila foi elevada à cidade, chamada apenas de “Três Corações” a partir de 7 de setembro de 1923. Em 23 de outubro de 1940 nasce aquele que seria o filho mais conhecido da cidade: Edson Arantes do Nascimento, o rei Pelé!
E nos anos seguintes, a cidade cresceu bastante e hoje vivem lá quase 80 mil pessoas.
O futebol na cidade também nasceu cedo: em 13 de setembro de 1913, era fundado o Atlético Clube Três Corações.
A cor vermelha e suas iniciais (na época “Atlético Futebol Clube“) eram uma homenagem ao América do Rio de Janeiro. Tempos depois, o nome do time passou a ser “Atlético Clube Três Corações“.
O time passa a jogar com adversários da região, como o da cidade vizinha de Varginha. A primeira partida, em 1914, foi marcada por muita confusão e pancadaria (o Atlético venceu por 2×0).
Em 1941, a Liga Esportiva Tricordiana (LET), conquista a Taça Guaraína, a mais importante competição do sul de Minas Gerais. Naquele time jogava Dondinho, pai do Pelé.
De 1941 até 1966, manteve-se no amadorismo, conquistando em 1960, o Torneio sul-mineiro.
Em 1966, inaugura a sua sede social e, no ano seguinte, em 1967 estreia no profissionalismo, ficando em 5º lugar em seu grupo, o da Zona Sul.
Em 1968, termina em 4º no seu grupo:
Assim como em 1969:
Em 1970, disputa o Campeonato Mineiro da Primeira Divisão e consegue manter-se aí por alguns anos.
Destaque para a campanha de 1972, quando termina na 4ª colocação!
Em 1974, o time vai mal e se licencia do profissionalismo até 1977 quando joga o Módulo II, terminando em 5º lugar. Em 1980, disputa a 1ª divisão (11º lugar entre 21 participantes). Sua próxima participação é em 1986, quando sagra-se Campeão Mineiro da Segunda Divisão,
O time virou até matéria na Revista Placar!
Em 1987, o time termina na penúltima colocação e volta à segunda divisão, onde fica até 1992 quando novamente é campeão desta divisão!
O time disputa mais duas edições da Primeira Divisão (1993 e 94). Em 95 disputa a segunda divisão e paralisa suas atividades até 1998, quando volta na Terceira Divisão. Mesmo indo mal, volta para a segunda divisão em 1999 onde fica até 2006, quando passa por uma fase tão ruim que decidem encerrar as atividades.
Mas, os diretores do time tiveram uma ideia: e se pudessem começar de novo? Sem dívidas nem problemas, nascia em 13 de agosto de 2007: o Clube Atlético Tricordiano, que seria a sequência do futebol na cidade!
Assim, o Clube Atlético Tricordiano herda as cores e a torcida do antigo Atlético e estreia no futebol profissional em outubro de 2008, na 2º Divisão, terminando a competição na 4ª colocação.
Em 2009, o CA Tricordiano conquista o acesso para o Módulo II do Campeonato Mineiro, ficando na 3º colocação, com a melhor média de público da competição, cerca de 1.800 torcedores por jogo sendo que na decisão mais de 6 mil pessoas foram ao Estádio Elias Arbex, na vitória por 2×0 contra a Unitri. Foto do incrível Jogos Perdidos:
Em 2010, o CA Tricordiano faz sua estreia no Módulo II, porém acabou punido com a perda de 4 pontos, terminando a competição na 5ª colocação (com os pontos perdidos, estaria em 2º).
Em 2011, o CA Tricordiano classificou-se para o quadrangular final, brigando pela vaga e perdendo o aceso à Primeira Divisão em casa contra o Ituiutaba. Em 2012, disputa o Módulo II e por pouco não vai parar na 2º divisão. Em 2013 tem um desempenho melhor, mas sem grande destaque. Em 2014 mais uma vez teve chances de subir para o modulo I, mas acabou batendo na trave.
Em 2016, estreia no Módulo I do Campeonato Mineiro, terminando em um honroso 7º lugar.
Infelizmente, em 2017, acabou rebaixado para o Módulo II do Campeonato Mineiro com uma campanha sem nenhuma vitória 🙁
Em 2018, uma campanha mediana no Módulo II e em 2019, uma série de problemas, entre eles a interdição do Estádio Elias Arbex, fizeram o time abandonar a disputa do Campeonato, e assim acabou rebaixado à Segunda Divisão, além de ser suspenso de competições oficiais por 2 anos. Assim termina a participação do Tricordiano no futebol mineiro, porém…
Os diretores novamente se perguntam… E se pudessem começar tudo de novo?
Assim, o Atlético Três Corações ressurge e volta a ocupar a posição de time da cidade, disputando a “Segunda Divisão” (nome dado ao terceiro nível do Campeonato), onde está até hoje.
E toda essa história teve como palco o Estádio Elias Arbex, que até pouco tempo atrás tinha essa cara:
A cara mudou pois, desde 2023, o Estádio homenageia em seu nome o rei Pelé:
Fomos até lá para registrar um pouco do Estádio, a começar pelo portão de entrada:
Fomos recebidos por dos responsáveis pelas categorias de base do Atlético.
E aí está a bilheteria do estádio:
Aqui, a lateral do Estádio:
Mas vamos dar uma olhada na parte interna para conhecer um pouco da realidade do futebol de Três Corações:
O Estádio é incrível! Tem uma linda estrutura. Olhando da arquibancada coberta, aqui pode se ver o meio campo:
O gol da esquerda:
E o gol da direita:
Olha a faixa da torcida:
Ah, outra alteração em homenagem ao rei Pelé foi a inserção das coroas nos corações de seu distintivo:
A arquibancada coberta é mesmo linda!
E lá vai o Atlético contar uma nova história na terra do rei…
No Estádio, encontrei essa linda homenagem feita em 1984:
Existe uma loja dentro do estádio, mas infelizmente estava fechada 🙁
Olha que charmoso é o estádio:
O gramado está muito bem cuidado e pelo que entendi, recebendo os jogos da base.
Enfim, mais uma história registrada e mais um estádio incrível visitado!
Que a torcida siga fazendo dele um dos espaços de convivência que misturam o povo da cidade, ricos ou pobres, pretos ou brancos….
Chegamos a mais uma cidade histórica de Minas Gerais: Congonhas. E que também tinha muita história antes da chegada dos europeus: era território dos Puri!
A cidade de Congonhas também surge da febre do ouro que tomou conta de boa parte de Minas Gerais no fim do século XVII.
O ouro trouxe poder a alguns e fez surgir várias igrejas transformando alguns locais, como Congonhas em importantes centros religiosos. A Basílica do Senhor Bom Jesus de Matozinhos se tornou até hoje um local de grande interesse turístico e religioso.
Caso você não se lembre, o grande charme daBasílica são as doze estátuas de profetas, feitas em pedra-sabão por Aleijadinho e seus assistentes.
Dentro da igreja, várias obras religiosas:
Além das estátuas, existem várias capelas representando os passos da Paixão de Cristo:
É claro que vale a visita pelo valor histórico e artístico de tudo aquilo, mas Congonhas também tem um time com nome em homenagem a uma tradicional equipe carioca: o Bangu Esporte Clube, fundado em 10 de abril de 2008!
Com uma história recente, o time tem dado atenção às crianças do bairro do Joaquim Murtinho e para apoiar, em 2012, a Prefeitura entregou um Estádio Municipal!
O bairro tem grande importância, pois desde 1914 teve ali instalada a estação de trem.
E lá fomos nós conhecer o Estádio popularmente conhecido como “Dedezão”:
Hora de conhecer um pouco mais da casa do Bangu EC:
Eu acho muito bonito quando temos Estádios no meio de paisagens naturais como as montanhas que vemos no “Estádio Municipal Dedezão“.
Veja o meio campo:
O gol da esquerda:
O gol da direita:
O Bangu EC não teve nenhuma participação nas competições profissionais, mas em 2018 participou das competições sub 15 e sub 17 organizadas pela Federação Mineira de Futebol (melhor não dizer que terminou em último nas duas categorais…).
De qualquer forma suas arquibancadas pode se dizer que já entraram para a história do futebol mineiro!
Aí está, o alvi rubro banco de reservas do Bangu EC.
E olha o gol, e como o gramado está bem cuidado!
Hora de ir embora, mas antes, uma paradinha na paradisíaca cidade de Lagoa Dourada para uma vez mais deliciarmo-nos com seus rocamboles!
No feriado de Corpus Christi de 2023, tivemos a oportunidade de acompanhar uma partida do EC Santo André em São João del Rei contra o time do Athletic Club.
Claro que aproveitamos para registrar o Estádio Joaquim Portugal e você encontra maiores detalhes no post que fizemos só sobre isso (veja aqui):
Mas a história do futebol em São João Del Rei é muito rica e acabamos indo atrás de maiores detalhes de outros times da cidade.
No segundo post sobre o futebol em São João del Rei, falamos sobre o Estádio João Lombardi, a casa do Minas FC (confira aqui o post)
No terceiro post sobre o futebol em São João del Rei, falamos sobre o Estádio Paulo Campos, a casa do Social FC e do Figuerense EC (confira aqui o post)
Nesse quarto e último post vamos falar sobre o América Recreativo e Futebol, time fundado em 14 de abril de 1939 e o seu incrível Estádio Ely Araújo.
O América Recreativo e Futebol foi fundado por apaixonados pelo futebol, entre eles João Veríssimo da Silva, pai de Telê Santana e um apaixonado pelo América da capital mineira (provavelmente o nome é uma homenagem). Em 1948, o próprio Telê jogou pelo time de São João del Rei!
O AméricaRF participou de diversas competições amadoras envolvendo os times da região, até que em 1967 se profissionalizou e disputou o Campeonato Mineiro da Segunda Divisão, terminando em 3º lugar no seu grupo.
Em 1968, nova disputa e dessa vez a 7ª colocação.
Em 1969, foi criada mais uma divisão no Campeonato Mineiro, e assim, o América RF passou a jogar a Terceira Divisão, mas apenas 2 equipes toparam participar no grupo: o próprio América e o Athletic, que venceu os dois jogos: 2×0 e 2×1 e fez a final com o Nacional de Muriaé.
O time se licenciou e só voltou a uma competição oficial em 2006, disputando o Campeonato Mineiro Feminino da 1ª Divisão em 2006, ficando na 3ª colocação do seu grupo e depois disputando o Campeonato Mineiro Feminino regional.
Atualmente está de volta às disputas amadoras:
E por isso fomos até o Estádio Ely Araújo, registrar o local onde o América vem escrevendo sua história.
O Estádio fica na Avenida Leite de Castro, e atrás dele passa um braço do Rio das Mortes. Essa é a entrada do Estádio, bem singela, eu diria, mas é um graaaande corredor até chegar no estádio (veja no mapa abaixo que vai entender).
Há uma pequena placa indicando o nome do Estádio: Ely Araújo!
Uma placa menor indica que em 99 houve a inauguração de uma parte das arquibancadas.
Entrando por esse corredor chegamos ao Estádio. Vamos dar uma olhada:
O distintivo do América está presente em várias as paredes do clube! Aliás, tem um lindo ginásio, mas acabei não fotografando 🙁
O futebol e a religiosidade sempre andaram meio juntos… E no caso do América e do Estádio Ely Araújo não é diferente: olha o pequeno altar que existe na entrada do campo:
Chegando ao campo, olha que bacana… O time veterano do América está se preparando para um amistoso! Só não entendi porque o uniforme do time agora é verde 🙁
E olha que louca a arquibancada coberta, logo do lado da entrada do Estádio:
Do outro lado, também existe um outro lance de arquibancadas cobertas:
Vamos curtir um pouco do clima do pré jogo:
E olha aí o time posando para a foto:
E pra finalizar, o nosso tradicional registro do gol do lado direito:
Aqui, o gol do lado esquerdo:
E aqui, o meio campo:
Foram apenas 2 dias pela cidade de São João del Rei , mas deu pra ter ideia da importância e da grandeza do futebol local para a cidade!
No feriado de Corpus Christi de 2023, tivemos a oportunidade de acompanhar uma partida do EC Santo André em São João del Rei contra o time do Athletic Club.
Claro que aproveitamos para registrar o Estádio Joaquim Portugal e você encontra maiores detalhes no post que fizemos só sobre isso (veja aqui):
Mas a história do futebol em São João Del Rei é muito rica e acabamos indo atrás de maiores detalhes de outros times da cidade.
No segundo post sobre o futebol em São João del Rei, falamos sobre o Estádio João Lombardi, a casa do Minas FC (confira aqui o post)
Nesse terceiro post vamos falar sobre o Social Futebol Clube, time fundado em 15 de setembro de 1939 e o seu lindo Estádio.
O Social FC nasceu no bairro humilde de Matosinhos, e teve como grande benfeitora a “Dona Cotinha” que doou o terreno para que fosse construído o clube. Seu primeiro presidente foi Joaquim Zito de Souza, que dividia a atenção do cargo sendo também o fanático chefe de torcida.
Conhecido como “O Xavante de Matosinhos”, remetendo à bravura dos indígenas que por tanto persistiram à invasão portuguesa e bandeirante, iniciou sua vida disputando competições e amistosos locais, e em 1948 conquistou seu primeiro título da Liga Municipal de São João del Rei.
Em 1951 veio e segundo título, e em 1955, o terceiro com o time abaixo:
O time passou a sofrer baixas entre seus atletas que acabaram “comprados” pelos times rivais, que tentavam não apenas se fortalecer, mas abalar o time socialino. Como solução à crise, a diretoria decide profissionalizar o time e em 1966 o Social FC disputa a “Zona Metalúrgica” da segunda divisão:
Em 1967, mais uma disputa da segundona:
Aqui, a tabela de 1968, quando termina em 8º lugar da sua chave, terminando sua participação no futebol profissional:
Em 1968, o Social FC passa por uma nova crise: sem os documentos que comprovassem a posse, perdem seu campo para os herdeiros de Dona Cotinha, e o terreno acaba loteado. Como última ideia sugere-se a troca da sede social por um terreno para se construir o estádio, obtendo a escritura oficial no ano seguinte. Mas de 1969 a 1975, o Social FC permanece inativo. Em 1975, tendo como presidente Octávio de Almeida Neves, irmão de Tancredo de Almeida Neves, começa a construção do atual estádio.
Em 20 de junho de 1976 é organizada a partida entre Social FC x Minas FC, para inaugurar o Estádio para a felicidade e emoção da torcida socialina, que mais uma vez veria o Social FC vencer em campo (2×0) e honrar a camisa ”xavante”. O sonho voltava a ser realidade!
De volta ao amadorismo, em 1979 o Social FC ganha outro título da Liga Municipal.
Em 30 de novembro de 1988, o Estádio Paulo Campos reabriu seus portões ao público para inauguração do lance de arquibancada e da nova iluminação, culminando com a entrega de faixas aos Campeões Invictos de 1988, contra o Tupi F. C. de Juiz de Fora.
O time ainda levantaria o caneco municipal em 1988, 1995–1996 e 2001. Este é o time de 2017:
E em pleno 2023, lá fomos nós conhecer o Estádio Paulo Campos
A placa interna do estádio datada de 1986deu a entender que só nessa data, foi oficializado o nome “Paulo Campos”.
Pausa para mais uma arquibancada registrada!
Mas sigamos curtindo o rolê pela área interna:
Em uma das paredes internas encontramos o hino do clube!
O estádio, embora pequeno, é super bem cuidado, veja que linda a arquibancada coberta:
Vale esclarecer que existe uma arquibancada na outra lateral, também coberta. Somadas, tem capacidade para cerca de 1.500 torcedores:
A presença em um estádio inédito é sempre emocionante…
Mas fica ainda melhor quando se tem a oportunidade de acompanhar uma partida de um time tão bacana quanto o Social Futebol Clube!
Aproveitei para registrar a foto da camisa do Social FC:
Curta aí o clima de um estádio histórico:
Olho no lanceeee!!!
Olha os bancos de reservas:
O jogo era dos times veteranos, mas mesmo assim estava bem corrido!
Nosso tradicional registro do meio campo:
O gol da direita:
O gol da esquerda:
Antes de encerrar, vale reforçar que outro time utilizou esse estádio como casa no futebol profissional: o Figuerense Esporte Clube!
O Figueirense Esporte Clube foi fundado em 19 de outubro de 1975, inicialmente como um clube amador. O nome é uma homenagem ao homônimo de Santa Catarina.
Com o sucesso nas disputas amadoras, a partir de 2005, o Figuerense EC decidiu se profissionalizar e disputou a Segunda Divisão do Campeonato Mineiro (o terceiro nível do campeonato), fazendo uma campanha fraca em sua estreia:
Em 2006, nova disputa, e uma sensível melhora:
Em 2007, se licencia e abandona o profissionalismo, retorna para disputar a edição de 2015, quando sagra-se campeão do seu grupo, mas acaba eliminado no hexagonal final.
Volta em 2019.
Em 2020 desiste da disputa da Segunda Divisão, mas retorna em 2021, sendo eliminado na primeira fase:
Em 2022, mais uma vez eliminado na primeira fase:
O FiguerenseEC não disputará a Segunda Divisão do Campeonato Mineiro, tampouco o Social FC, o que significa que o Estádio Paulo Campos não terá futebol profissional neste ano…
No feriado de Corpus Christi de 2023, tivemos a oportunidade de acompanhar uma partida do EC Santo André em São João del Rei contra o time do AthleticClub.
Claro que aproveitamos para registrar o Estádio Joaquim Portugal e você encontra maiores detalhes no post que fizemos só sobre isso (veja aqui):
Mas a história do futebol em São João Del Rei é muito rica e acabamos indo atrás de maiores detalhes de outros times da cidade.
Nesse segundo post vamos falar sobre o Minas Futebol Clube, fundado em 15 de agosto de 1916. O distintivo, que veio do site História do futebol, tem suas cores (azul e branco) em homenagem à Nossa Senhora da Glória.
O time do bairro Tejuco é conhecido como o “Leão da biquinha“, por conta de um circo que ficou muito tempo nas cercanias e tinha um leão como principal atração e pela bica d’água que existia por ali (eu nã. Olha o leão eternizado em frente ao Estádio João Lombardi!
O Minas FC iniciou sua vida disputando partidas e torneios locais, entre eles amistosos com grandes potências, como o Botafogo-RJ.
Quem fez história pelo clube foi Tancredo Neves, que além de atleta, foi presidente entre 1942 e 1946. Aqui, o time de 1960:
Em 1961 foi a vez do Fluminense visitar o Minas FC e os visitantes venceram por 3×0. Olha o Telê Santana com a camisa do Flu:
Em 1966, o Minas FC aderiu ao futebol profissional, classificando-se para as finais do Campeonato da Segunda Divisão. Na fase semifinal acabou eliminado para o USIDA.
Em 1967, novamente disputou a segunda divisão, mas terminando na 6ª colocação.
Aqui, a classificação do Campeonato Mineiro da segunda divisão de 1968:
Em 1969, o time acabou desistindo antes do início do campeonato e limitou-se a seguir nas disputas da Liga Municipal de Desportos de São João del Rei, vencendo-a por 14 vezes.
E para ajudar a eternizar tanta história, lá fomos nós conhecer o Estádio João Lombardi!
Então, vamos lá para mais um estádio de futebol que recebeu o futebol profissional!
E olha o distintivo do Minas FC aí na entrada do Estádio João Lombardi:
Lá dentro, o estádio segue muito bem cuidado e fizemos o nosso tradicional olhar no meio campo…
O gol da direita:
E o gol da esquerda:
Olha aí o banco de reservas:
Foi aqui que o Minas FC fez suas disputas que marcaram a história do time! Curta mais um momento lá dentro!
Existe uma singela arquibancada atrás do gol de entrada:
E tem arquibancadas também em ambas as laterais:
O Estádio João Lombardi é mais um que sobrevive bem em meio ao centro da cidade, mas o ponto positivo é que fiquei com a impressão que ele é bastante movimentado!
Bom ver que a molecada tem participado com entusiasmo dos dias atuas do Estádio João Lombardi!
No dia em que estivemos por lá, ia rolar um jogo contra a AA São Caetano, local, um time cujo estádio não visitamos, mas que também tem sua importância.
Uma imagem retirada do Google Maps para registrar sua sede:
Quarta Feira, 7 de junho de 2023. A série D do Campeonato Brasileiro tem um jogão nessa rodada: Athletic Club x EC Santo André. Sendo véspera de feriado pudemos viajar até São João del Rei para conhecer novos estádios, em especial o Estádio Joaquim Portugal, a casa do Athletic Club.
Mas antes de falarmos sobre o riquíssimo futebol de São João del Rei, vamos relembrar um pouco da história da cidade.
Muito antes da presença europeia, a região era ocupada pelos incríveis Puris, indígenas do tronco linguístico macro-jê, registrados no século XIX pelo alemão Johann Moritz Rugendas:
Aqui, outro quadro histórico (“Dança dos puris” de Johann Baptist von Spix) que retrata os puris, já com a presença de forasteiros europeus:
A chegada dos portugueses e bandeirantes à região se deu no início do século XVIII, como consequência do ouro descoberto na região na serra do lenheiro. O povoado começa a se formar em torno da Capela de Nossa Senhora do Pilar, incendiada em 1709 durante a Guerra dos Emboabas. Como você não lembra deste tema, o Eduardo Bueno te lembra:
A Capela incendiada deu lugar à Catedral Basílica de Nossa Senhora do Pilar concluída em 1750:
Aliás, São João del Rei é uma das cidades históricas da Estrada Real, o que significa a possibilidade de visitar várias igrejas e casarões dessa época.
A região também mantém boas lembranças da ferrovia, incluindo um museu!
Vale uma passada pelo mercado municipal também, afinal, quem não gosta de queijo, bom sujeito não é!
Enfim, lindos visuais históricos é o que não faltam nesta linda cidade!
Espero que você tenha a possibilidade de visitar a cidade um dia, porque além de tudo isso, São João del Rei conta ainda com vários times que fizeram história no futebol local, dos quais escolhemos 5 para conhecer mais.
Comecemos com o mais antigo deles, fundado em 27 de junho de 1909 com o nome de o Atlético Futebol Clube.
O nome atual, Athletic Club, só foi adotado a partir de 10 de agosto de 1913. Aqui, foto do incrível site História do Futebol:
Esse é o time de 1969:
E esse, o de 1970:
O Athletic Club é o terceiro time da sua região com mais participações na primeira divisão do Campeonato Mineiro, atrás do Olympic Club e do Villa do Carmo, ambos de Barbacena.
Em junho de 2009, o clube comemorou seu centenário, mas apenas em 2018, após 48 temporadas, retornou ao profissionalismo disputando o terceiro nível do Campeonato Mineiro, conquistando o acesso ao Campeonato Mineiro Módulo II de 2019.
Em 2020, o Athletic conquistou o vice-campeonato do Módulo II e o acesso ao Módulo I de 2021.
Assim, em 2021, o Athletic disputou o principal nível do estadual, o “Campeonato Mineiro Módulo I”, pela segunda vez em sua história, terminando em 8º lugar. Em 2022, foi eliminado pelo Cruzeiro, na semi final, mas sagrou-se Campeão do Interior e da Recopa.
Em 2023, mais uma vez chegou às semi finais, perdendo para o Atlético em um jogo bastante polêmico. Acabou mais uma vez Campeão do Interior. E ainda este ano está disputando a série D do Campeonato Brasileiro, e foi para um destes jogos que comparecemos a Estádio Joaquim Portugal.
Para registrar melhor o Estádio Joaquim Portugal fui até lá um pouco antes do jogo para aproveitar a luz do sol!
E consegui até chegar ao campo!
E à nossa bancada!
Dá uma olhada como é a vista:
Após um role pela cidade, era hora de voltar pro jogo, vamos lá!
Lá vem os times e a pirotecnia rola solta!
O Estádio é também chamado de Arena Unimed e fica no bairro de Matosinhos. Olha que bacana o placar eletrônico:
A nossa torcida se fez presente!
A capacidade do Estádio Joaquim Portugal é de 3.500 torcedores. E a torcida local fez uma verdadeira festa!
Durante o jogo eu parei pra pensar no que significa para a população local que ficou décadas sem ver o time em campo, vivenciar uma fase como a atual do Athletic…
Espero que os investimentos que foram feitos para este retorno sejam sustentáveis a longo prazo e que São João del Rei possa vivenciar outras noites como esta!
Os bancos de reserva ficam bem abaixo do espaço da torcida visitante.
Deu pra acompanhar o treinador do Santo André trabalhar desde o princípio.
O EC Santo André começou jogando bem, marcando alto e abriu o placar com um gol de penalty, mas após o gol, o time mudou a postura e se limitou a ficar na defesa.
E antes do final do primeiro tempo, o Athletic empatou!
Festa nas bancadas locais!
No intervalo é hora de conhecer e registrar detalhes do estádio.
Olha que bacana a cabine da imprensa:
Vem o segundo tempo e o time local aumenta a pressão…
E um penalty para o time local, traz a virada!
O Estádio vira um caldeirão, e dá pra sentir o quanto a cidade está abraçando a ideia de ter um time pra chamar de seu!
Pra nós… Resta acompanhar o término da partida e respeitar a vitória do adversário…
Nem o Ovídio no VAR pode evitar a derrota… A partida terminou 4×2 para os locais.
Embora o resultado tenha me deixado chateado, a oportunidade de registrar o Estádio Joaquim Portugal ajudou a minimizar a tristeza.
Sábado, 3 de junho de 2023. Não podemos perder as oportunidades que a vida entrega: viajar, ver o Ramalhão jogar em outro estado e ainda poder conhecer um novo estádio… Vamos à mais uma partida da série D!
Saímos de Santo André ainda de manhã, o que foi ótimo pois permitiu curtir a linda paisagem da Dutra, em especial a Serra da Mantiqueira e o rio Paraíba.
Dessa vez, a minha companhia foi a velha guarda da torcida Ramalhina: Ovídio, Gaúcho e Marques!
Antes de chegarmos no Estádio Luso Brasileiro, passamos pelo bairro de Olaria para pegar um pouco do jogo válido pela 2ª divisão carioca. Veja aqui como foi!
Depois dessa visita ao Estádio da Rua Bariri, a casa do Olaria AC, fomos finalmente até a Ilha do Governador!!!
Finalmente chegamos no Estádio Luso Brasileiro!
O Estádio Luso Brasileiro é a casa da Associação Atlética Portuguesa do Rio de Janeiro, fundada em 17 de dezembro de 1924.
Foi campeã da segunda divisão carioca em 1939, 1940, 1996, 2000 e 2003, além de duas edições da Copa Rio (em 2000 e 2016), e em 2021, ficou em 3º lugar! Olha aí o time de 1961:
O time de 1977:
O pessoal local nos recepcionou muito bem e rolou até um churrasco integrando as organizadas.
Esse grupo da série D tem conseguido organizar bons encontros entre as torcidas, mostrando que o futebol é sem dúvida uma incrível ferramenta de integração! Abraço ao amigo Francis!
E também para o Fabiano!
Depois de bater um papo com o pessoal, eu fui dar um rolê pelo estádio e conhecer um pouco do que ele oferece, a começar pela lojinha logo na entrada:
Olha que legal essa inscrição no chão, logo na entrada das catracas!
E o portão conta com um detalhe que eu acho muito legal e que era feito antigamente: o brasão do time construído dentro da própria ferragem:
O Estádio foi construído no início dos anos 60 e inicialmente abrigou um Jockey Club. mas em 2 de outubro de 1965, a Portuguesa recebeu ali o Vasco da Gama (que venceu por 2×0) e assim era inaugurado o Estádio de Futebol Luso Brasileiro frente a mais de 8 mil torcedores!
Existe ali uma incrível sala de troféus. Acho até que a Portuguesa deveria criar um sistema de rotação e ir apresentando cada um deles para o seu torcedor.
O ingresso custou R$ 20, a inteira e R$ 10, a meia entrada! E se o ingresso está nas mãos… À la cancha!
Como entrei mais cedo, deu pra aproveitar a luz natural pra registrar o Estádio em seus detalhes, como a linda marquise que cobre as cadeiras:
E vamos ao nosso vídeo apresentando o Estádio Luso Brasileiro! Dá pra ouvir o vento e entender porque ele também é chamado de Estádio dos ventos uivantes (aliás, esses ventos garantiram o primeiro gol de goleiro feito no Brasil)!
E que bonitas as cadeiras rubro verdes… Nós ficamos em uma das laterais da bancada.
As equipes de comunicação e imprensa parecem ter um belo espaço a sua disposição.
Os times ainda estavam aquecendo, mas aproveitei para registrar o meio campo:
O gol da direita, onde a Portuguesa aquecia:
E o gol da esquerda, onde o Ramalhão fazia seu aquecimento.
Nossas bandeiras, eternas companheiras!
E uma companhia inusitada: uma lua incrível!!!
Por estarmos quase ao lado da torcida local, foi difícil fazer umas fotos legais da torcida da Portuguesa, mas vale ressaltar que cantaram o jogo todo e fizeram da partida uma grande festa!!!
Inclusive fizeram um bom uso da pirotecnia na entrada da Portuguesa!
Destaque também para a mascote da Lusa: a Zebrinha! Mas do jeito que o time anda, já já esse mascote não combina mais…
A nossa torcida também merece elogios, afinal, não é assim tão simples a logística para uma viagem dessas!
E teve quem aproveitou pra matar as saudades do time, uma vez que está morando em terras fluminenses!
Os rojões indicam: é hora da festa começar!
Times perfilados!
Então, bola rolandooooo!!!
E a Portuguesa mostra que não lidera a chave a toa… Aos 3 minutos Marcelo Toscano faz 1×0 para a Lusa! E se a torcida já estava em festa mesmo antes do jogo, o rápido gol coloca fogo no Estádio Luso Brasileiro!!!
E a nossa cara de visitante fica como? Assim… Desanimado 🙁
E se perder faz parte, segure-se aí porquê aos 7 minutos Pedro Botelho faz 2×0. Escuta aí a festa lusitana:
E pra encurtar o sofrimento dos torcedores ramalhinos ao ler esse post, já vou dizer que aos 46 minutos do primeiro tempo, a Lusa faz 3×0. E esse é o resultado final da partida.
Quem marcou o gol foi essa aí: o endiabrado Lucas Santos… Aliás, que baita jogador, que veio de empréstimo do Vasco!
Daí pra frente foi esquecer o placar e curtir a experiência de estar nesse estádio tão bacana.
Nosso pessoal também sabe que a vida é assim. Ganhar e perder são diferentes faces da mesma moeda. Então curtimos juntos o nosso sofrer sabendo que 4ª feira já temos um novo desafio!
O segundo tempo foi um pouco mais parelho, mas a Portuguesa também deu uma segurada no ânimo…
Aí o goleirão da Portuguesa, que pouco trabalhou…
Ruan entrou no segundo tempo e fez uma boa partida, dentro do inferno astral que o time vivia…
Na hora de ir embora, um alo a alguns de nossos jogadores, torcendo para que o que ocorreu hoje tenha sido apenas um acidente de percurso…
E antes de ir embora ainda rolou um jantar na beira da estrada!!!
Sábado, 3 de junho de 2023: dia de conhecer a série A2 do Campeonato Carioca!
O local, um dos estádios mais charmosos da cidade: o Estádio Antonio Mourão Vieira Filho, popularmente conhecido como “O Estádio da rua Bariri“!
O Olaria AC mantém ali o seu incrível e movimentado clube social. Já estivemos por lá no passado, veja aqui como foi!
E lá dentro do clube, é possível acessar o Estádio, inaugurado em 6 de abril de 1947!
Estávamos no Rio de Janeiro para acompanhar o jogo entre a AA Portuguesa carioca e o EC Santo André, e pedimos pra fazer um rápido registro da partida que valia pela série A2 entre o clube local e o DA Cabofriense.
Uma vez lá dentro, me surpreendeu a boa presença de público!
Um rápido giro pela arquibancada:
Esse é o lado das cadeiras do clube:
O outro lado possui a sua tradicional arquibancada curva.
Aqui, o gol da direita:
Aqui, o gol da esquerda, onde se encontra a Torcida Jovem:
A turma local estava contente, porque quando entramos o time fez o 2º gol da vitória contra seus rivais de Cabo Frio
Porém, o tempo era curto e rumamos para a Ilha do Governador para acompanhar a rodada da série D. Espero poder voltar para acompanhar uma partida com mais calma..