Estávamos animados porque pelo horário que passamos pela cidade (pouco mais de 10hs), achávamos que estaria acontecendo o jogo do Fernandópolis FC pela série B, a segunda divisão do Campeonato Paulista.
Assim, chegamos animados ao Ninho da Águia, que agora tem patrocínio e é chamado de Arena Flash!
Mesmo sem torcida, estar em um estádio em dia de jogo é muito mais animado!
Aliás, agora já é oficial, a partir de 8 de outubro, as bilheterias voltam a funcionar nos estádios! Mantenham as máscaras e a distância segura para podermos ter o futebol de volta sem maiores problemas…
O “Fefecê” vive uma má fase no Campeonato Paulista, mas a águia segue pintada em suas paredes como mostra a Mari!
Infelizmente ao chegar lá, descobrimos que a partida seria apenas as 15 horas…. Mas tudo bem, ao menos adentramos em mais um monumento do futebol interior!
Incrível como o estádio segue limpo e bem pintado… Um azul forte, parecido com o que encontramos em nossa última visita.
Além de vários grafites bacanas que dão uma cara bem própria pro estádio!
Bacana ver também que o material da torcida já estava ali colocado para a hora do jogo!
As arquibancadas Do Estádio Cláudio Rodante comportam 7.500 torcedores
De grande mudança desde a nossa última visita foi a retirada das arquibancadas de traz do outro gol, que dava ao estádio uma cara de Bombonera… Era lindo! Veja como era:
E como ficou:
Lembro que naquela visita algumas pessoas já alertavam sob a necessidade de demolição por se tratar de arquibancadas daquele modelo antigo, de madeira… Faz parte dos desafios de gestão de um clube…
Além das arquibancadas laterais ainda tem uma bela área atrás do gol da entrada (que também já estava com várias faixas da torcida local).
Eis que no meio da nossa visita, uma nuvem cinza, lembrando a poluição do ABC aparece no horizonte…
Fomos embora encucados com a possibilidade de alguma tragédia ambiental, já que o clima estava deveras seco…
Na estrada a impressão que dava é de que estávamos ao lado de uma locomotiva…
Até que chegamos ao ponto do incêndio, uma empresa de materiais reciclados… Espero que ninguém tenha se machucado…
Dessa vez, as placas nos direcionaram à cidade para rever um pouco dessa grande cidade do interior e também para ver como ficou a obra da Arena Plínio Marins.
Assim, lá fomos nós… Dessa vez foi mais fácil chegar até lá. Na nossa outra visita, até as ruas estavam sendo construídas para chegar até esse belo e novo estádio.
E aqui estamos, registrando nossa presença em mais um templo do futebol!
Pudemos dar uma volta ao redor do estádio e ver uma área diferente da arena.
Destaque para a linda imagem do mascote do CA Votuporanguense, a “pantera negra”
O distintivo gigante ali na parede também é bem bacana!
É impressionante ver a obra finalizada… Quando estivemos aqui em 2015, lembro que parecia difícil imaginá-la pronta!
A arena fica numa área meio “externa” da cidade, do outro lado da rodovia, então ela tem um jeitão meio “isolado”. Por um lado é legal, mas ao mesmo tempo eu acho tão bacana os estádios que ficam bem no meio da cidade…
Dessa vez, tivemos a chance de conhecer a part interna da Arena, e vimos que o gramado estava sendo “finalizado” já que em poucos dias começaria a ser disputada a Copa Paulista (escrevo esse post no dia 22/9/21 e o CAV teve duas vitórias por 3×0).
Ficou bem estilosa a arquibancada coberta.
A arena possui arquibancadas também atrás do gol de entrada.
Tanto atrás do outro gol, quanto do lado oposto das cobertas ainda não existem arquibancadas mas possui espaço para um eventual crescimento.
O calor é muito grande na região, imagino como deve ser assitir um jogo naqueles horários matutinos do futebol paulista… 45 do segundo tempo com o sol do meio dia hehehehe.
Agora, nossa próxima visita tem que ser para acompanhar uma partida!!!
Cardoso é uma cidade jovem, surgiu, ainda como vila em 20 de janeiro de 1937, por um grupo de pessoas que percebeu o valor de uma região tão bem servida de fontes naturais. Em 1948, se emancipa, tornando-se um município que tem no comércio, na agricultura e no lazer e turismo pluvial suas principais atividades econômicas.
Claro que deu tempo de passar em frente a tradicional Igreja Matriz e fazer uma foto!
Estávamos curiosos para ver um pouco das águas que cercam a cidade, já que são vários rios (braços do rio Grande que divide SP de MG) e até uma represa. A foto panorâmica do site da própria Prefeitura mostra o verdadeiro oasis em meio às águas:
Mas… Infelizmente a seca chegou por aqui também…
O rio que serve de grande atrativo para a cidade está bem baixo… Situação que é comum no inverno seco, mas que atinge níveis alarmantes!
No caminho para Cardoso, vindo de Riolândia, já dava pra ver que o nível da água estava baixo…
Uma pena, porque a flora e fauna local são riquíssimas, em poucos minutos de observação já vimos um pica pau do campo em uma árvore:
Mas tudo depende da água em seu fluxo normal… Então acho que essas imagens podem ajudar a nos lembrar do verdadeiro motivo para ser rápido no banho e evitar todo e quaquer desperdício…
Já essa outra imagem, um tanto aleatória mostra uma provável queima de estoque do vendedor local de camas…
Mas, nem (apenas) para as águas nem para as camas viemos a Cardoso. Aqui estamos para conhecer mais sobre o mítico Estádio Municipal José Romualdo Rosa, o tradicional “Estádio do CAFUC“.
CAFUC é o nome carinhoso dado pelos torcedores locais ao Cardoso Futebol Clube, que atualmente ocupa o coração da população local.
E dizemos “atualmente” porque décadas atrás o dono do amor e orgulho citadino no futebol era o Grêmio Recreativo Esportivo Cardoso, o “GREC”.
O GREC foi fundado em 1960 e foi o responsável por levar a cidade a se aventurar no futebol profissional na Quarta Divisão de 1961.
Essa é uma das raras imagens do time dessa época.
O site Arquivos de Futebol do Brasil trouxe alguns resultados do time, que aparecem como cancelados… Será que o GREC não teria terminado seu primeiro e único campeonato?
Vamos dar uma olhada no Estádio Municipal José Romualdo Rosa e em seu belo gramado!
Sua sempre charmosa arquibancada coberta, deixa a lateral do campo ainda mais imponente!
Na outra lateral, futuras árvores!
O banco de reservas simples, mas bem cuidado.
Uma visão do campo como um todo.
Um pequeno lance de arquibancadas próximas ao banco de reservas complementam a capacidade deste singelo estádio.
Aqui ou se acerta o gol ou a caixa d’ água…
O outro gol, bastante frondoso cheio de árvores…
E nas paredes do vestiário, o símbolo do CAFUC… Infelizmente os tempos de glória do GREC parecem ter terminado mesmo…
Um último olhar para estádio lindo, desejando lhe um futuro de glórias…
E mais uma vez a imagem da seca para ver se a gente se conscientiza no uso racional da água…
Antes de chegar lá, tivemos a oportunidade de ver a Usina de Marimbondo, construída entre 1971 e 77, sendo a segunda maior potência das usinas de FURNAS, mas que nesse momento, por conta da falta de chuvas está com apenas 6% de sua capacidade… Temos que usar água com consciência…
A entrada da cidade tem uma paisagem linda, mas também está sofrendo com a seca…
E lá vamos nós!
Antes da chegada dos europeus e dos primeiros “brasileiros”, a região era ocupada pelos índios Kayapós, que viviam da natureza (caça, pesca, mel, frutas…) até que um belo dia aparece por ali o bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva, chamado pelos índios de “Anhanguera” ou diabo velho. E lá se foi a vida que existia ali… Atualmente os Kayapós ainda resistem em aldeias espalhadas pelo norte e nordeste do Brasil.
Acompanhando os bandeirantes estavam padres que criaram uma missão catequista e logo, os índios foram dominados pela nova e invasiva cultura permitindo a vinda de diversas famílias para as terras do Turvo, constituindo um povoado junto ao córrego do Veadinho. Somente em 1935 foi criado o Distrito de Paz, com o nome de Veadinho. Em 1953, passou à denominação de Riolândia.
Com o crescimento da ciade, naturalmente o futebol aparece como manifestação esportiva e cultural, e o templo dedicado a esse esporte é o Estádio Municipal Luiz Ferreira da Silva.
E o Estádio Municipal Luiz Ferreira da Silva foi palco do futebol profissional graças ao Riolândia Atlético Clube, o RAC! O distintivo veio do site Escudos Gino:
O Riolândia Atlético Clube foi fundado em 5 de maio de 1962 e após duas décadas disputando campeonatos amadores estreiou no profissionalismo em 1986 na Terceira Divisão. Veja como foi a campanha daquele ano com os dados de pesquisa do Francisco TN, amigo torcedor do AD Guarulhos.
A campanha de 86 não foi tão boa e o time acabou se licenciando do profissionalismo em 87, voltando à quarta divisão de 1988, com uma campanha que o credenciou a voltar à terceira divisão em 1989.
O time chegou até a fase semifinal, mas perdeu a vaga na final para o CAU Iracemapolense, que por sua vez foi batido para o campeão: a AA Central Brasileira, de Cotia.
De 1989 a 92, o Riolândia AC permaneceu na terceira divisão do Campeonato Paulista, encerrando sua história no futebol profissional em 1993. Aqui, algumas fotos sem identificação do ano, retiradas daFanpage oficial do time):
E vamos conhecer o Estádio Municipal Luiz Ferreira da Silva, onde toda essa história foi escrita!
O Estádio segue muito bem cuidado, mesmo com tamanha seca. O futebol amador ainda movimenta o Estádio Municipal e precisa dele sempre em ótimo estado.
Ainda existe ali uma mini estrutura de vestiários, que comporta tranquilamente as partidas.
A antiga arquibancada coberta segue firme e forte, tendo ao seu lado um grande anel de arquibancada descoberta, o que permite a presença de quase 4 mil torcedores.
Um olhar em 3 fases, começando pelo meio campo:
O gol da esquerda:
O gol da direita:
Ah, e tem arquibancada também atrás do gol da direita!
Aí o pessoal que nos recepcionou e permitiu qu eesse registro fosse feito, quem sabe o futuro do futebol em Riolândia esteja aí?
Como sempre fazemos questão de dizer, é uma grande honra e motivo de orgulho pessoal poder pisar em um campo que teve tanta história (e quem sabe, tanto futuro) para o futebol…
Quantas boas histórias, quantas vitórias nos acréscimos, quantos sonhos e quantas emoções já não foram compartilhadas nesse pequeno espaço de concreto que costumamos chamar de arquibancada…
E o que dizer do campo em si… Quantos gritos de gol, quantas lindas jogadas… Que o povo de Riolândia não desista do futebol jamais!!!
Antes de ir embora, uma água de côco na barraca em frente à Igreja pois o calor é grande!
Um último olhar para a cidade, ants de voltarmos para a estrada…
Severínia surgiu em 1914 com terras doadas por um criador de porcos chamado José Severíno de Almeida (daí o nome da cidade). Sua ideia era apostar no café, e para isso criou a fazenda “Bagagem”. Aos poucos a cidade foi crescendo até que a estrada de ferro chegou na cidade, porém, no dia da inauguração, para surpresa de todos, mudaram a placa indicativa da localidade e o nome passou a ser Luís Barreto.
A própria cidade passou a se chamar Luis Barreto por quase oito anos quando voltou a se denominar Severínia.
Atualmente a população de Severínia é de pouco mais de 17 mil pessoas, que vivem basicamente da agricultura e dos empregos gerados pela Usina Guarani, pelo comércio e pela Prefeitura Municipal.
E Severínia tem também seu destaque no esporte, mais particularmente no futebol graças à Associação Atlética Severínia, time que conseguiu chegar a disputar o Campeonato Paulista de Futebol (distintivo do site História do Futebol).
A Associação Atlética Severínia foi fundada no dia 2 de janeiro de 1987 e 3 anos depois estreou na Quarta Divisão do Campeonato Paulista de 1990, com o time abaixo:
O campeonato contou com poderosas equipes do interior paulista:
Naquele ano mágico até a categoria de base se movimentou!
Achei curioso o fato do distintivo da camisa ser diferente daquele tradicional… Ainda estou pesquisando pra saber o motivo, mas por hora, vamos dar um pulo no Estádio Municipal de Severínia!
E mais uma vez vamos registrar um estádio que foi palco das divisões de acesso do futebol paulista.
Abaixo, uma foto da entrada no dia da inauguração do estádio, em 17 de outubro de 1976 (foto do site Onda do Esporte):
E nessa época, quem mandava aí seus jogos nos campeonatos amadores era o EC Severínia, que inclusive perdeu o jogo de inauguração do estádio por 5×1 para o Rio Preto (distintivo do site História do Futebol).
Vale lembrar que antes do Esporte Clube, houve ainda um outro time, o Severínia FC.
Segundo a placa na entrada, o nome oficial é “Estádio Municipal Jovelino José Lopes“.
Mais uma bilheteria para nossa coleção!
No vídeo abaixo, acabei dizendo que o Severínia foi campeão, mas na verdade, o time apenas disputou as competições de acesso. A emoção do momento falou mais alto, acontece!
O forte calor da região somado ao tempo seco deixou o gramado em condições prejudicadas, mas mesmo assim, nota-se que a prefeitura tem cuidado do estádio e do campo.
Aparentemente haviam feito a poda da grama naqueles dias.
O campo ainda possui alambrado e sistema de iluminação.
E uma mini estrutura na lateral para banco de reservas e de arbitragem,
A impressão é que essa área na lateral onde existe a maior parte da arquibancada foi coberta no passado. Provavelmente se deteriorou e acabaram a retirando
O que deverá acontecer em breve com os alambrados de traz do gol.
Para quem gosta de ter uma ideia geral do campo, seguem as 3 tradicionais imagens, começando pelo meio campo:
O gol da esquerda:
E o gol da direita:
Sem dúvidas um estádio que está registrado eternamente na história do futebol paulista e que merece ser preservado até para que possibilite num futuro, o retorno do time ao profissionalismo.
A história da cidade de Monte Azul Paulista está ligada à imigração italiana que chegou ao Brasil para trabalhar nas lavouras de café do fim do século XIX.
Embora mantenha seu ar de cidade do interior, Monte Azul Paulista tem crescido bastante, pelo menos nós que ficamos 11 anos sem andar por ali percebemos a diferença.
O calor é grande por aqui… Dá até vontade de por os pés na fonte da praça…
A Mari curtiu esse espaço dedicado às crianças!
A Igreja Matriz do Senhor Bom Jesus fica no lugar onde a cidade nasceu. Foi ali que colocaram uma cruz em uma imensa árvore e em seu entorno foi surgindo a povoação.
Mas Monte Azul Paulista, mesmo tendo pouco mais de 18 mil habitantes, tem um grande tesouro…um time que não só disputou o profissionalismo como chegou à série A1: o Atlético Monte Azul!
O Atlético Monte Azul foi fundado em 28 de abril de 1920 com a união dos times que já existiam na cidade. Esse é o time de 1922 (fonte: site do Atlético Monte Azul).
E esse o distintivo do período inicial do time:
O Monte Azul teve uma primeira etapa focada em competições locais, mandando seus jogos no “Campo velho” (onde hoje está o Fórum), mas a partir de 1940, com a filiação na Federação Paulista e a disputa do Campeonato do Interior a partir de 1944, o time passa a mandar seus jogos no “campo novo”.
Esse foi o grupo do Campeonato do Interior de 45:
E esse o de 1946:
E esse o grupo de 1947 (todos retirados do livro “Os esquecidos“):
Vale lembrar que nesse ano, ainda aconteceu um amistoso contra o Corinthians (os paulistanos ganharam de 2×1) perante mais de 3 mil torcedores.:
A partir de 1950, o Atlético Monte Azul passa a disputar a segunda divisão do Campeonato Paulista.
O Atlético Monte Azul disputa a segunda divisão por 3 anos com campanhas medianas e se licencia. Essa foi a campanha de estreia no segundo nível do futebol paulista:
O Atlético Monte Azul volta ao futebol profissional apenas em 1961, na terceira divisão, onde fica até 1966, quando ocorre outra parada. Esse, o time de 1964:
O time só voltou ao profissionalismo em 1975 numa aparição relâmpago disputando a terceira divisão daquele ano e de 76, com o time abaixo:
O “AMA” fica longe do profissionalismo durante toda a década de 80 e em 1990 a volta se dá na quarta divisão que teve naquele ano uma final curiosa: Cortinhians de Presidente Venceslau (o campeão) x Palmeiras de Franca. A partir de 91, o Atlético Monte Azul volta à terceira divisão, esse é o time de 1992:
Em 1993, acabou rebaixado para a quarta divisão, retornando em 1995 para a terceira, graças ao título de 1994:
Entre altos e baixas, o time voltaria a ser campeão da quarta divisão 10 anos depois, em 2004.
Em 2007, sagra-se vice campeão da A3, voltando à série A2 depois de mais de 50 anos.
Os dois anos seguintes foram mágicos. O retorno à série A2 e logo a despedida… Mas dessa vez, a despedida foi positiva, o título inédito da A2 levou o Atlético Monte Azul à série A1!
Tudo bem que foi apenas um ano na série A1, mas foi incrível… E a campanha nem foi tão ruim… Foram poucas derrotas e partidas inesquecíveis…
De volta à série A2, o Monte Azul acabou rebaixado em 2016 para a série A3, de onde retornou com o vice campeonat ode 2019.
Assim, nossa missão na cidade de Monte Azul Paulista era registrar o Estádio que foi palco de tantas histórias!
Trata-se do Estádio Otacília Patrício Arroyo que até 2009 era chamado de Estádio Ninho do Azulão, ou Estádio do Atlético Monte Azul.
O Estádio foi inaugurado em 6 de agosto de 1944, numa derrota de 1×0 para o Barretos.
Em 2010, o estádio passou por uma ampliação, para atender a capacidade exigida pela Federação (15 mil lugares).
Nosso tradicional registro do campo (onde aqueciam as equipes sub 17 do Atlético Monte Azul e do Batatais, que se enfrentariam na sequência.
A torcida do Monte Azul já havia deixado suas faixas em campo!
O Estádio possui uma pequena parte de sua linda arquibancada coberta, onde ficam as cabines de imprensa.
É sempre uma grande honra poder registrar nossa presença em estádios com tamanha história e tradição! Agradeço ao Galo, da diretoria do Monte Azul pela liberação da nossa entrada para o registro!
O estádio lembra um pouco os do futebol argentino, com arquibancadas em ambas as laterais e atrás dos gols.
Placar tradicional, presente!
Abaixo das arquibancadas ficam os vestiários e estrutura do time.
Abraço a equipe técnica da base do Atlético Monte Azul!
Na hora de ir embora, é impossível não ler a inscrição que lembra o título da A2 de 2009 e tudo pelo qual aquele estádio passou na série A1 de 2010…
Um último olhar para as arquibancadas singelas, mas cheias de atitude, de um time que ousou desafiar a lógica e trouxe praticamente todos os times do estado de São Paulo a sua casa.
Olha a gente aí de novo! 11 anos depois de nossa primeira visita à cidade (veja aqui e confira como foi o rolê) estamos de volta a Bebedouro, após passar por Guariba e Monte Alto em um rolê que cortou o noroeste paulista em busca de estádios!
Já conhecíamos a cidade, mas dessa vez pudemos aproveitar um pouco mais os detalhes, visitar o Sebo da Cultura e simplesmente relaxar passeando pelo centro…
Dei uma passada na praça onde está o Monumento aos construtores de Bebedouro, onde pude conversar um pouco sobre a Inter com o pessoal da velha guarda que se reúne ali.
A estação ferroviária já se encontra desativada há um bom tempo, mas pelo menos transformou-se em uma área de cultura.
Assim como as demais cidades do Noroeste paulista, Bebedouro tem sua história ligada à expansão da Cultura do café e à chegada da Ferrovia.
Como nossa última visita a Bebedouro foi quase que exclusivamente dedicada ao Estádio Sócrates Stamato, dessa vez arrumei um jeito de ir até o antigo “Estádio da Rua Valim“, depois chamado de Estádio Arnoldo Bulle, que em 2021 completa seu centenário!
O EstádioArnoldo Bulle foi a primeira casa da Associação Atlética Internacional. (Distintivos do site escudos Gino):
A AA Internacional foi fundada em 11 de junho de 1906 (o que faz com que muitos a considerem o time mais antigo do interior de São Paulo) e se filiou à Associação Paulista de Esportes Atléticos (APEA) em 1909.
O Estádio Arnoldo Bulle foi criado em 1921, na época como o “Estádio da Rua Valim” ou ainda como “O Estádio da Internacional“. Aqui, uma foto rara (do site Campeões do futebol) do estádio nos seus tempos de “século XX”:
A página Bebedouro Arts comparou a imagem do antigo estádio com a atual área que faz parte do centro esportivo da UNIFAFIBE, faculdade referência na região:
Com a construção do estádio, logo a Inter deixou de se dedicar apenas a amistosos e a partir de 1924 começou a disputar as competições amadoras até 1947, quando adentrou ao profissionalismo. Aqui, o grupo da 1a região do Campeonato do Interior de 1930 (foto do livro “Os esquecidos”):
A Inter jogaria ainda o Campeonato do Interior de 1942 , 43, 44, 45, 46 quando chegou à fase Inter-regional e em 47 quando foi campeão do seu setor.
Nesse período enfrentou outros times de Bebedouro: o Botafogo FC, o EC Paulista, o EC São Paulo – Goiás, o Santa Cruz FC, o Vasco da Gama entre outros. O distintivo abaixo é do Escudos Gino:
Em 1948, passou a disputar o Campeonato Paulista profissional na segunda divisão, relembre (graças ao livro História da 2a Divisão no Futebol Paulista, de Júlio Bovi Diogo e Rodolfo Pedro Stella Jr) a campanha da Inter no primeiro campeonato:
Foram 36 temporadas disputadas aí, com destaque para a campanha de 1956, quando a AA Internacional sagrou-se campeã da Série Pecuária, sendo eliminada apenas na segunda fase. O presidente deste ano era o senhor Arnoldo Bulle, que daria nome ao estádio.
Em 1960, acabou disputando a 3a divisão, onde sagrou-se campeão da Série Paulo Machado de Carvalho e retornou à segunda divisão em 1961.
O site do Milton Neves “Que fim levou?” apresenta uma foto do atleta Willian Gamboni em 1973:
Em 1982, a AA Internacional esteve perto de chegar à elite mas perdeu a decisão do grupo vermelho para o CA Taquaritinga, na melhor de 3 jogos: 1×1 em casa, 2×2 em Taquaritinga e derrota de 4×2, em campo neutro (Ribeirão Preto, no Estádio Santa Cruz). Foto do facebook da Inter:
A Inter mandaria seus jogos no Arnoldo Bulle até 1990, mas mesmo 31 anos depois, passeando pelo entorno, ainda é possível encontrar vestígios dos seus tempos de glória.
O pessoal da UNIFAFIBE foi muito gente boa ao nos receberem e mostrarem o quanto conheciam da história do lugar!
Essa é a imagem do meio campo, em 2021:
O gol do lado direito:
E o do lado esquerdo (ali ao fundo um incrível ginásio esportivo da faculdade):
E existe um detalhe importantíssimo nesse estádio: foi o primeiro estádio do interior a receber sistema de iluminação (permanece lá até hoje):
Ali na lateral, a arquibancada que ainda resiste ao tempo e que tantas glórias acompahou, entre elas o amistoso contra o Penarol, do Uruguai.
Do outro lado pode se ver parte importante da estrutura da UNIFAFIPE.
Se for pro gol, me chama que eu vou! Fiquei muito feliz de poder registrar
Claro que não resistimos e demos um pulinho no Estádio Sócrates Stamato…
Como gostaríamos de comprar um ingresso e assistir um jogo da Inter….
Que baita estádio… Capacidade para mais de 15 mil torcedores.
O estádio foi inaugurado em 9 de fevereiro de 1956 no jogo Internacional 2×1 XV de Jaú.
O Estádio conta com uma pequena área das arquibancadas cobertas bastante charmosa.
E olha aí o novo reforço da Inter!!!
Atualmente a Inter está disputando a Segunda Divisão do Campeonato Paulista que equivale à quarta divisão estadual (no momento em que escrevo esse post a Inter vence o América de Rio Preto por 4×0!!!).
A torcida local apoia bastante o time, dentro e fora de casa (já assistimos a Inter como visitantes contra o São Carlos e contra o São Vicente).
E se até o sol termina seu ciclo, nos despedimos de Bebedouro para quem sabe um dia retornar para assistir uma partida da Inter…
No sonho, depois de muito sofrimento ele chegaria a uma terra especial (daí o apelido de “cidade do sonho”) e ao conhecer a região, não teve dúvidas: comprou algumas terrras e em 15 de maio de 1881, fundou “Bom Jesus de Pirapora de Monte Alto das Três Divisas”. Logo, a ocupação foi crescendo, graças à cultura do café e o distrito acabou se tornando o Município de Monte Alto.
Mas o que o sonho não mostrou é que a região guardava outro tesouro: um incrível sítio paleontológico e arqueológico, descobertos nos anos 20, durante a construção da estrada de ferro! Monte Alto está literalmente “recheada” de fósseis e resquícios de uma aldeia indígena (Kaingang) que habitou a região por volta do século XV. Tamanha riqueza deu origem a um centro cultural formado por três museus (Histórico, Arqueológico e o Paleontológico), que você precisa visitar! Se não puder ir até lá, vale a pena fazer a visita virtual (é só clicar aqui!).
Uma coisa que deve agitar crianças e demais entusiastas pelo tema foi o cenário que eles recriaram na parte externa do Museu com a fauna local, do período Cretáceo.
Os dinossauros e a aldeia dos Kaingang infelizmente não existem mais, porém seguem sendo parte do dna da cultura local que precisa ser valorizada e resgatada a cada dia, assim como outro aspecto cultural importante da história de Monte Alto: o futebol! E é por isso que vamos recordar sua história, começando pelo time mais antigo que conseguiu disputar o Campeonato Paulista: a Sociedade Esportiva Montealtense (o distintivo está lá no excelente Escudos do Gino!
O alviverde de Monte Alto foi fundado em 1962 e teve uma única participação no Campeonato Paulista de 1963, disputando a 3ª série da Terceira Divisão daquele ano. Alguns jogos daquele campeonato histórico:
Há muito pouco material sobre a SE Montealtense, mas encontrei alguns amistosos que foram disputados em 1964, quando provavelmente o time se licenciou, encontrando se extinto atualmente.
Mas Monte Alto não podia ficar sem um time de futebol nas competições e ainda em 1963 (em 20 de novembro), surgiu o Monte Alto Atlético Clube (o distintivo abaixo veio do site História do futebol).
Em seu ano de estreia (1964), segundo o jornal Correio da Manhã, o Monte Alto AC disputou alguns amistosos: em 5 de abril contra o Volkswagen Clube, de São Bernardo, 12 de abril contra o XV de Jaú, além de um 2×2 contra o Jaboticabal, em 17 de maio e uma derrota de 1×0 para o Orlândia em 31 de maio.
Mas a grande alegria é que com o Monte Alto AC, a cidade volta a ter um time no futebol profissional e em seu ano de estreia disputou a 4a série da Terceira Divisão, com outras 10 equipes como mostra a tabela da RSSSF Brasil:
Aqui, a foto do time de 1965:
O time era conhecido como “Galo do Triângulo” por ser o rei das disputas com os vizinhos Jaboticabal e Taquaritinga.
O Monte Alto AC disputou a terceira divisão até 1967, quando se licenciou pela primeira vez.
Mas em 1974, o Monte Alto AC volta a disputar a Terceira divisão até 1976. Em 1977, joga o quarto nível do Campeonato Paulista e ao fim do ano, se licencia mais uma vez.
O Monte Alto AC retornaria por duas vezes para disputar a terceira divisão em 1983 e 1985, quando infelizmente fecha suas portas.
No momento da primeira paralização do Monte Alto AC, surgiu o terceiro time da cidade: o Botafogo Futebol Clube, em 1º de janeiro de 1973.
Aqui, o time de 1976 que foi campeão da Copa Arizona de Futebol Amador:
O Botafogo FC fez história no futebol amador da região e acabou conhecido como o “Tigre da Araraquarense”. Logo tamanha força ficou grande demais para limitar-se ao amadorismo e passou a disputar o futebol profissional começando pela Quinta divisão em 1978 e 79
Nos anos 80, passou a disputar a Terceira divisão do Campeonato Paulista de 1980 a 82. Infelizmente, o Botafogo FC também acabou afastando-se do futebol profissional, passando sua inscrição na Federação Paulista para o Monte Alto AC e hoje segue como time amador. (foto do time de 82 do amigo Manolinho)
Assim, a cidade que respirou o futebol com tamanha intensidade se via sem um time para as disputas oficiais. E é aí, que em 28 de julho de 2016, um grupo de empresários se uniu para encaminhar o retorno do futebol profissional à cidade. Nascia o Montealtense Atlético Clube (distintivo está lá no Escudos do Mundo Inteiro).
O primeiro desafio veio em 2017 na disputa da Taça Paulista, terminando em 3º lugar na categoria sub-19 e também na categoria profissional (onde contou ainda com o artilheiro da Taça: Léo, com 7 gols).
Em 2018, chegou a final, mas acabou perdendo o título para o Corinthians de Presidente Prudente mas chegando invicto até a final. Foto do time no site do Jornal O Imparcial:
E o local sagrado para as partidas de todos os times de Monte Alto em quaisquer que sejam suas competições é o Estádio Municipal Edmar Morgado, o “Morgadão”.
O Estádio nasceu com o nome de Estádio Municipal José Pizarro.
Mas em 1995, um dos presidentes do Monte Alto Atlético Clube, o advogado de grande importância para o esporte local “Dr. Edmar Morgado“acabou dando seu nome ao Estádio.
Esse é o gol da direita para quem olha da entrada do estádio:
O meio campo:
E o gol da esquerda:
A arquibancada possui uma linda estrutura em madeira como já não se faz mais nesse mundo moderno e besta, que nem sabe tampouco o quanto era legal jogar fliperama.
Em suas paredes ainda se encontra o distintivo do último representante do futebol montealtense: o Montealtense Atlético Clube.
As arquibancadas seguem na solidão do isolamento causado pela pandemia de Covid-19, sedentas pelo retorno do público.
Público que vinha comparecendo pra apoiar o MAC em suas disputas da Taça Paulista.
E que tal comparar o estádio dos dias atuais com sua estrutura de 50 anos atrás:
O banco de reservas segue bem cuidado!
O gol com o apoio do supermercado Savegnago:
E as charmosíssimas arquibancadas laterais que sobreviveram ao tempo e ao Covid…
Um último olhar no campo, antes de nossa próxima parada em Bebedouro!
Aqui começa a descrição do rolê feito no feriado de 7 de setembro de 2021, que percorreu 24 cidades (veja aqui o post comentando todos os locais por onde passamos) tendo como primeira parada Guariba!
A história de Guariba está ligada a 2 fatores principais do fim do século XIX: a cultura do café e à estrada de ferro que colaboram para a expulsão definitiva dos indígenas que por venutura ainda viviam nas cercanias da então “Sesmaria da Cachoeira“. A foto abaixo (do incrível site Estações Ferroviárias) é da estação que durante décadas serviu a cidade:
Mas somente em 1918, Guariba tornou-se município (antes foi distrito de Jaboticabal). O nome da cidade vem de uma espécie de macaco (o “Bugio Alouatta Guariba”) que vivia pela região e que hoje é uma espécie em extinção… A foto abaixo é do Blog da UNICAMP:
Com a crise do café (reflexo da crise de 29 dos EUA), Guariba passou por dias difíceis e só conseguiu se recuperar com a chegada de outra monocultura: o açúcar. E foi nesse cenário do agronegócio, que em 1984, heróicos boias-frias tiveram coragem de cruzar os braços por melhores condições de emprego. Houve grande repercussão e também grande reação da polícia militar que pos fim ao movimento. Ao menos ficou como legado o chamado “Acordo de Guariba” responsável por mudanças da lei trabalhista rural. Vale assistir a uma matéria da época, resgatada pelo Museu do Trabalhador do Campo:
Em meio a toda essa agitação, o futebol profissional também se fez presente na história do município a partir dos anos 70, com o Juventus Esporte Clube (o distintivo abaixo foi disponibilizado pelo site História do Futebol.)
O Juventus Esporte Clube foi fundado em 1º de Março de 1971 em homenagem ao time homônimo da capital e disputou quatro edições da Terceira Divisão (1974, a 1976 e 1980), uma edição da Quarta Divisão (1977) e duas da Quinta Divisão (1978 e 79).
Confira abaixo a campanha do Juventus EC na Terceira Divisão de 1979 (Fonte: Arquivos Futebol Brasil):
Mais algumas imagens deste time que inaugurou o futebol profissional em Guariba:
Esse foi o time que disputou a Terceira Divisão em 1974 (Caseri, Jair, Lilito, Léo, Pagito e Fefeu. Mangueira, Paulinho, Cláudio, Wilson Carrasco e Fiapo). A foto é do amigo Manolinho, mais um apaixonado pelo futebol do Interior.
Esse foi o time que disputou a Quarta Divisão em 1977:
E olha o estádio lotado ao fundo assistindo ao grená de Guariba!
Embora tenha feito história na região, o Juventus disputa em 1980 o seu último campeonato profissional. Nesse mesmo ano, o time se une ao seu rival, o tradicional time do Java FC para um novo momento do futebol da cidade.
Dessa fusão nasce o Guariba Esporte Clube!
Assim, o Guariba EC assume a vaga do Juventus não só no coração da torcida local, mas também no Campeonato Paulista da Terceira Divisão, o qual disputa pela primeira vez em 1981, depois em 82, 84 e 86. Ainda em 1989, depois de 2 anos licenciado, disputou a 4a divisão.
E não foi apenas nos anos 80 que o time ficou nessa de se licenciar e voltar. Nos anos 90, o Guariba EC só disputou o campeonatos de 91 e 91 (na terceira divisão) e os de 94 e 95 (na 5a divisão). Aqui uma foto do time jogando de verde (da FanPage Guariba ontem, hoje e sempre)… Curiosa, não?
Depois, só em 2006 o time voltou a aparecer no profissional disputando o campeonato do quarto nível do futebol paulista, até 2014, quando se licenciou novamente.
Ainda nos anos 2000, mais precisamente em 2007, o clube conquistou a 2a divisão do Campeonato Paulista Sub-20.
Mais recentemente, o time preferiu adotar um novo distintivo que dá mais visibilidade ao seu mascote: “a cobra canavieira”.
O time de 2011 ainda recebeu a cobertura do pessoal do Jogos Perdidos na partida contra o Olímpia!
Aqui, o time de 2013, no jogo de estreia:
Em 2016, o time ainda deu as caras na “Taça Paulista de Futebol” organizada pela Liga de Futebol Nacional do Brasil (formada por times que estavam extintos ou licenciados e por novas equipes que ainda não tinham condições de disputar o campeonato estadual da FPF.
Desde 2019 o time tem tentado voltar ao profissional, mas a COVID 19 deve ter atrapalhado um pouco seus planos…
A boa notícia é que as camisas que estão sendo vendidas pelo Facebook do time (e pelo WhatsApp: +55 14 98232-6685) voltaram com o distintivo original:
E nossa ida até Guariba foi para registrar o Estádio Municipal Domingos Baldan, a casa tanto do Juventus EC quanto do Guariba EC em suas aventuras pelo futebol profissional!
Para quem quiser umas fotos mais neutras:
Aliás, vale comparar a atual fachada do estádio com a que existia antigamente (a foto abaixo é do Jogos Perdidos, da partida contra o José Bonifácio, em 2007)
E infelizmente nosso rolê começou difícil… Quem disse que dava pra entrar no Estádio? O jeito foi apelar pros buracos…
Deu até pra pegar um pouco do clima do campo, mas … Não é a mesma coisa que estar lá dentro…
Mas, dando uma ajeitada nas fotos aqui e acolá, pelo menos dá pra ver que a tradicional arquibancada do Estádio Municipal Domingos Baldan segue por ali!
Sua capacidade é de pouco mais de 5 mil torcedores.
Mais um vídeo (da fanpage do Guariba EC) que dá pra ter uma visão completa do estádio:
Aqui uma vista do outro lado (foto do Facebook do Guariba EC):
Mais uma história que escrevo graças à lembrança e ao acervo do amigo Amarildo, que poucos meses atrás ajudou o EC Paraguaçuense a trazer para casa o Troféu da série A2, conquistado em 1993 (veja aqui como foi essa história).
O desafio dessa vez foi lançado a ele graças a uma lembrança de uma história contada pelo meu tio Zé (conhecido como “Alemão” em seus tempos de Ferroviária de Assis). Olha ele aí com a gente assistindo um jogo do CA Assisense em 2011 (lembre aqui como foi esse rolê):
O tio Zé contava (ele já faleceu, infelizmente) que em meados dos anos 60, o time do ABC – Atlético Brasil Clube de Paraguaçu Paulista desafiar o poderoso time do Santos FC para um amistoso, e que foi montada uma verdadeira seleção da região e que ele havia participado do elenco.
Longe de mim querer desconfiar da história dele, mas… como historiador em formação, eu queria encontrar algum documento ou mesmo uma fonte para me relembrar essa história, e aí lembrei do amigo Amarildo (que também já trombamos em um jogo em Assis, em 2014. Veja aqui como foi):
E com o Amarildo, missão dada é missão cumprida! No mesmo dia que eu comentei com ele, chegaram fotos do jornal “A SEMANA“, da época do jogo, que comprova a história, com a data de 31/5/1964:
O jornal “A SEMANA” (que foi fundado em 1953 e existe até os dias de hoje) deixa claro que o time contou mesmo com atletas de outras equipes da região, em uma época em que cidades como Assis, Rancharia, Presidente Prudente e mesmo Paraguaçu Paulista contava com muitos jogadores de qualidade.
Ganhar daquele Santos não era nem cogitado pela equipe local, mesmo o Santos jogando sem Pelé, assim o placar de 4×1 para a equipe praiana foi até festejado pelo time local!
O ABC chegou a faze 1×1 para a festa nas arquibancadas, que, segundo o jornal local, contava com público de diversas cidades e até do Paraná.
Segundo o jornal “A SEMANA”, a equipe local jogou com Jardim, Baco, Gavião e Jaime; Nide e Dráuzio; Bolão (Betinho), Tarzino, Bene, Osvaldo e Colavite. O técnico era Tonico. Ainda falta saber se entre os jogadores que não jogaram, estava ou não o Alemão… o Tio Zé!
Essa história acabou indo parar nas páginas do livro “No meu tempo… Em Paraguaçu Paulista”, obra de Anizio Canola.
Tem até a foto do time que disputou aquela partida:
Mas a história que o tio Zé contava não termina aí. Ele diz que depois desse jogo houve um convite a ele e outros atletas para um teste no Santos FC, mas quem disse que o seo Tonico (pai dele, e consequentemente, meu avô) deixou…
Só pra não perder a oportunidade, segue matéria da Gazeta Esportiva de 9 de julho de 1957, de quando o ABC de Paraguaçu foi campeão do setor 45 do Campeonato amador do Estado