Dando sequência ao nosso rolê, após falarmos sobre nossa visita à Lençóis Paulista (veja aqui como foi) vamos descrever como foi conhecer a cidade de Agudos!
A cidade é vizinha a Lençóis Paulista, então foi bem fácil chegar lá!
Nossas boas vindas foram dadas via placas e também com as ruas floridas!
Também deu tempo pra dar uma olhada nas ruas do centro…
Vale lembrar que em Agudos vive uma população estimada em 38 mil pessoas.
Os tapetes de rua, típicos do feriado de Corpus Christie também estavam presentes em frente à Igreja matriz:
Mas nosso objetivo era conhecer e registrar o Estádio Municipal São José!
Uma bilheteria a mais em nossa coleção!
O estádio fica na Rua José Salmen, na região central de Agudos.
O Estádio São José é a casa do Agudos EC, o Fantasma do interior.
O Agudos Futebol Clube foi fundado em 1 de janeiro de 1911 e teve seu grande momento em 1958, quando disputou seu único campeonato paulista na 3° Divisão, chegando até as fases finais como mostra essa matéria da Gazeta Esportiva de 8 de dezembro daquele ano:
O Estádio São José é a casa do futebol amador em Agudos, atualmente.
Segundo a placa local, a capacidade do estádio é de apenas 580 pessoas
O time, que parecia estar extinto, me deu esperanças, pois durante nossa visita estava rolando uma partida das categorias de base e dá uma olhada na camisa do menino:
O estádio está muito bem cuidado, dê uma conferida geral:
A arquibancada coberta, mantém um charmoso estilo oldschool!
O gramado um pouco seco pela falta de chuva, mas também bem cuidado.
Vale lembrar que além da disputa no profissional de 1958, em 1953, o time foi vice campeão do Campeonato Paulista do Interior Amador (perdeu a final para o EC Santa Sofia, de Pedreira).
Após termos relatados os dois jogos que assistimos durante nossa tour (Andradina x Talentos 10 e Tupã x Osvaldo Cruz) vamos finalmente começar a dividir o que foi nossa viagem.
Começamos pela cidade dos livros, Lençóis Paulista (a biblioteca municipal possui mais livros que o número de habitantes da cidade, que é estimado em 66.664 pessoas). E aproveitamos para conhecer 3 livros que contam a história da cidade:
Só de dar uma olhada nos livros, já comecei a me empolgar, pois encontrei várias fotos do time local, que até então eu não conhecia:
Nos anos 50, o time era chamado de “Demolidor da Sorocabana”, e olha aí um registro da época:
Nos anos 80, o time teve três grandes momentos. Em 1983, conquistou a terceira divisão paulista de forma invicta!
Outro bom momento foi em 87, quando realiza na segunda divisão a melhor campanha da primeira fase, dentre os 52 times participantes de todo o Estado. Por fim, em 1988, quando disputou a intermediária e ficou muito próximo de chegar à primeira divisão. Em 1999, o CA Lençoense ainda chegou a final da Série B2, perdendo o título para o Flamengo de Guarulhos. Enfim… Chegamos na cidade na noite de 4a feira, 30 de maio de 2018, e após passarmos a noite num hotel local, fomos finalmente conhecer o Estádio Municipal Archangelo Brega, localizado na região central da cidade.
O estádio era a casa das equipes locais nas disputas profissionais da Federação Paulista. E foram duas equipes que realizaram essa façanha: o Clube Atlético Lençoense, fundado em 1949.
E o tradicional time da Usina local, a Associação Atlética Barra Grande:
A AA Barra Grande também chegou a mandar jogos amadores em seu campo dentro da própria Usina, por isso fizemos questão de ir até lá ao menos pra conhecer o lugar atualmente.
Mas nosso objetivo maior era mesmo registrar o Bregão, e suas arquibancadas com capacidade para mais de 5 mil torcedores, a começar pela antiga bilheteria.
E vamos dar uma olhada por dentro do estádio:
Atualmente, o estádio está interditado para jogos, mas pelo que ouvimos dos moradores locais, tudo está sendo feito para que as competições amadoras da cidade voltem o quanto antes a serem disputadas ali.
O estádio possui vários lances de arquibancada ao redor do campo e ainda uma parte coberta, charmosa demais!
Atrás do estádio tem uma fábrica de macarrão (da marca Orsi) e por isso tem essas estrutura industriais meio caóticas, que também ajudam a dar um toque único ao Bregão.
Olha os bancos de reservas:
Como em boa parte dos estádios, o Bregão possui um responsável (um zelador mesmo) que mora lá mesmo, em uma construção junto às arquibancadas e ele foi muito simpático em esclarecer algumas dúvidas que tínhamos, por exemplo, confirmando que o time da Usina mandou no Bregão mesmo os jogos do campeonato Paulista.
Atualmente, o estádio tem um espaço reservado à Liga Lençoense de Futebol Amador, uma sala cheia de troféus e muitas histórias.
Enquanto o Bregão segue interditado, o futebol amador local tem mandado seus jogos no Estádio Eugenio Paccola. E também demos um pulo lá pra conferir!
Deu até pra dar uma passadinha e conhecer o enorme complexo esportivo do CE Marimbondo!
Como era o feriado de corpus christie, a cidade estava tomada pelos tradicionais tapetes típicos.
Conseguimos abastecer o carro, o que significava… hora de por o pé na estrada!
Bom, ainda sobre nosso rolê de inverno de 2018, o outro jogo que conseguimos assistir foi em Tupã, no Estádio Alonso de Carvalho Braga, onde o Tupã FC manda seus jogos.
Vale lembrar que em 2011 já havíamos assistido a um jogo do Tupã aqui no ABC, contra o EC São Bernardo, quando tivemos a chance até de conhecer o Tupanzinho! Veja aqui como foi.
O jogo era válido pela Segunda Divisão do Campeonato Paulista (a tradicional “bezinha”) e o adversário era o Osvaldo Cruz FC.
O estádio do Tupã ainda mantém sua estrutura original (ele foi construído em 1942, na época ainda com arquibancadas de madeira), o que dá um charme especial a ele!
Ingressos em mãos… É hora de conhecer o estádio por dentro, e um pouco da sua torcida!
Atualmente, o “Alonsão” tem uma capacidade para 5.515 torcedores, mas já chegou a ter capacidade para quase 15 mil pessoas.
Pra nós, que viemos de tão longe, é sempre um grande prazer poder conhecer um templo do futebol, principalmente em dia de jogo!
Vamos dar uma olhada para conhecer um pouco mais do estádio:
Ali, atrás de onde estávamos, encontramos o pessoal da Torcida Garra Tricolor, a organizada do Tupã.
Entre os torcedores da Garra, encontramos o amigo Edinho, que junto do Sérgio Gisoldi, que vive atualmente em Santo André, nos aguçou a curiosidade para conhecer pessoalmente o estádio, o time e a torcida do Tupã. E lá fomos nós… Valeu, Edinho!
Em campo, um jogo duro e muito truncado.
O público até que compareceu em bom número, ocupando as diversas arquibancadas do estádio (teve até um pessoal que veio de Osvaldo Cruz, mas sem faixas ou bandeiras).
Mas, o time do Osvaldo Cruz não se importou com a força da torcida local e acabou vencendo a partida por 1×0, mostrando ser um visitante indigesto…
Assim como é de praxe em alguns campos, o placar se negava a mostrar o resultado desfavorável à equipe local…
E por falar em digestão, a pipoca lá é nota 10! (e custa R$ 4 apenas).
E quem gosta de lance bonito, taí a bicicleta que eu vi lá (hehehe piadinha besta…).
Além da bicicleta, você pode se divertir batendo uma bola com a molecada…
Se você é daqueles que, como a gente, gosta de acompanhar o jogo de perto, o Alonsão é daqueles campos cercados por alambrados, que permitem botar pressão no adversário.
Agradecemos a receptividade do pessoal de Tupã e na hora de ir embora ainda deu pra registrar mais uma cena atípica, do pessoal que costuma levar suas próprias almofadas pra ver o jogo com mais conforto. O futebol no interior ainda vive!
Começamos nossa narrativa sobre a “tour de inverno 2018” não pelo início, mas pelo que tem maior “prazo de validade” quanto ao sue conteúdo. Assim, vamos direto à Andradina, conhecer não só o estádio local, mas pra darmos uma ideia sobre o que foi o jogão entre o time local e o Talentos 10 Atlético Clube.
O pouco que rodamos por lá, nos mostrou uma relação bastante próxima entre os moradores e a cidade.
O jogo foi disputado no tradicional Estádio Municipal Evandro Brembatti Calvoso. E a ideia era conhecer de perto o retorno das competições oficiais à Andradina.
Vale lembrar que a cidade já teve dois times no cenário profissional: o Andradina EC (dos anos 40), que usava uniformes tricolores (branco preto e vermelho) e chegou a disputar a terceiria divisão estadual e o Andradina FC, que chegou a ser campeão da segunda divisão em 1965, e usava uniformes em branco e azul.
O time atual, é na verdade o Atlético Araçatuba (fundado em 5 de outubro de 2002 e que havia voltado em 2016 à segunda divisão) e acabou se mudando para Andradina, para a disputa da “bezinha” (na prática a 4a divisão do campeonato paulista).
Obviamente, ao se mudar para a cidade, mudou também seu nome para Andradina, resgatando a história do futebol local e assim pode se dizer que o “foguete da Noroeste” voltou!
Ingressos em mãos, vamos pro jogo!
O Estádio fica na região central da cidade, na rua Presidente Vargas, 1118. Atualmente, ele tem capacidade para 8 mil torcedores.
A volta às disputas profissionais animou a cidade em torno do time.
Da nossa parte, ficamos muito contentes em poder levar essa emoção que renova a cultura da cidade e mostra que o interior ainda tem muita força no futebol!
A atmosfera do estádio é muito bacana. Até uma lanchonete ao ar livre tem lá!
A boa e velha tecnologia dos placares manuais segue fazendo a alegria dos torcedores.
Com certeza, todo mundo deve estar feliz vendo as camisas do time aparecendo não só pelo estádio, mas também pelas ruas da cidade.
Os dois times estão bem na tabela (os visitantes do Talentos 10 AC eram os líderes até o jogo contra o Andradina, que luta para se manter no G3 – que passam para a próxima fase), o que colaborou para uma boa presença de público, mesmo em meio ao feriado de Corpus Christie e aos problemas ocasionados pela greve dos caminhoneiros.
E toda a empolgação da torcida local, contribuiu para que o time do Andradina jogasse pra frente. A zaga do Talentos 10 não teve como segurar e…. penalty para o Andradina.
Trabalho para o dono do placar…
E tristeza para o goleiro visitante…
Mas, também é necessário lembrar que essa era a primeira vez que víamos o time do Talentos 10 AC (time de Bauru, que atualmente manda seus jogos em Marília).
O Talentos 10 AC nasceu em 1997, mas somente em 2016 participou de sua primeira competição profissional (e não foi da Federação Paulista, mas sim a Taça Paulista, criada pela Liga Nacional de Futebol).
E vimos o time empatar em uma bela jogada no ataque. Festa para os visitantes.
O uniforme (e o distintivo) do Talentos 10 lembra o da seleção brasileira.
A torcida local sabia que a missão do Andradina era difícil, afinal, até o momento o Talentos 10 era o líder do grupo.
Aqui, um breve registro das arquibancadas e do jogo:
Olha aí o banco (e o treinador) do time do Talentos 10:
E aqui o banco (e o treinador) do Andradina EC:
Vale registrar que o estádio possui lances de arquibancada nos 4 lados do campo.
Em campo a peleja se desenvolveu até chegar ao seu placar final de 3×2 para o Andradina.
Motivo de comemoração para a torcida local e para a continuidade do projeto do time.
Aproveitamos o bom momento do time com a torcida para perguntar ao Gregui, presidente da torcida uniformizada Garra Andradinense, o que significa torcer para o time da sua cidade:
E como não podia faltar, uma foto do pessoal na bancada:
As arquibancadas estavam bonitas de ver!
Pra nós, mais do que o resultado do jogo ou mesmo a qualidade da partida, o que nos motiva é apoiar, dentro das nossas limitações…
Que mais pessoas de Andradina passem (ou voltem) a apoiar o time que defende as cores da cidade.
Até uma próxima vez, Evandro Brembatti Calvoso…
Até por sua vocação “praieira”, o time adotou como mascote o…. Sol!!!!!! O sol é uma derivação do brasão da bandeira do município, isso porque os raios que saem dele representam a geração de energia elétrica, uma vez que a cidade nasceu da construção da Hidrelétrica de Ilha Solteira, uma das maiores do mundo.
O time do Ilha Solteira manda seus jogos no Estádio Municipal Frei Arnaldo Castilho, e tem capacidade para 5.540 torcedores.
Pra entender a história dos estádios é preciso lembrar como surgiu o futebol profissional na cidade.
O primeiro time a representar Araraquara nas competições profissionais da Federação Paulista de Futebol foi o Paulista FC.
O Paulista Futebol Clube foi fundado por Carlos Bersanetti em 3 de dezembro de 1930, no bairro de São José e chegou a participar de 5 edições da Série A2 entre os anos de 1948 e 1954.
O Galo (como era carinhosamente chamado pela torcida local) fez sua primeira partida em 28 de dezembro de 1930, em um empate de 2×2 contra o Ruy Barbosa de São Carlos no Estádio Municipal de Araraquara.
Aqui, o time de 1950 que enfrentou o Palmeiras em um amistoso (vitória de 5×3 para o time da capital):
Porém, outro time surgiu na cidade: o São Paulo de Araraquara!
O time foi fundando em 4 de fevereiro de 1937 e sagrou-se campeão do amador do interior de 1948, vencendo na decisão o Radium de Mococa por 3×0.
Com a conquista, passou a disputar a segunda divisão do paulista em 1949, permanecendo até 1951.
Porém, em 9 de janeiro de 1952 os dois clubes se fundem dando origem à Associação Desportiva Araraquara, a lendária ADA!
O fundador da ADA foi Pereira Lima, também responsável pelo nascimento da Ferroviária, anos antes.
A ideia era ter um time mais aberto, já que a Ferroviária estaria ligada apenas à EFA (Estrad de Ferro Araraquara).
Esse era o time da ADA, em 1954:
Como era de se esperar, logo surgiu uma grande rivalidade entre as duas equipes locais, principalmente na série A2, nos anos 50.
Em 1955, a ADA foi a vice-campeã da sua regional e seguiu para disputar o torneio dos campeões, porém, quem acabou se classificando para a primeira divisão foi a Ferroviária.
O time se licenciou em 1966 e parecia ter se transformado apenas num mito, quando em 2016, a ideia da “Liga de Futebol Paulista” (uma organização profissional paralela à Federação Paulista) trouxe de volta a vida o time da ADA.
Inicialmente, todos esses times mandavam seus jogos no Estádio Municipal Tenente Siqueira Campos, inaugurado em 1912, e que, atualmente pertence ao Clube Araraquarense.
Veja como era o estádio na época:
Em 2006, com objetivo de saldar as dívidas da Ferroviária, o governo do prefeito Edinho Silva fez uma negociação com o Clube Araraquarense, que já tinha interesse no Estádio Municipal e vendeu o estádio.
Desde 1994, o Estádio levava o nome de “Estádio Municipal Cândido de Barros“.
Segundo a Prefeitura, o espaço foi vendido por R$ 3 milhões e anexado ao patrimônio do clube e, com esse dinheiro, o Executivo municipalizou o Estádio “Doutor Adhemar de Barros”, a Fonte Luminosa, que então era do time grená, que vivia uma crise financeira.
Parte da arquibancada segue lá!
O campo ganhou gramado artificial e receber muitas partidas do pessoal associado do clube.
No dia em que estivemos lá, estava sendo disputado um festival com várias equipes.
O lado de fora sofreu poucas alterações. Apenas ganharam alambrados pra evitar a tradicional bola na rua…
O maior charme, ainda que pouco explorado é mesmo o portão de entrada original…
A parte triste da visita foi constatar que parte de suas arquibancadas originais foram demolidas em 2013. Encontrei essa foto da época da demolição:
Mas pelo menos, o estádio ainda segue lá… Localizado no centro da cidade, na Rua Adélia Izique (rua 9), ao lado do Cemitério Municipal…
E se tá do lado do cemitério, que tal um gole no bar “Pé na cova”???
Antes de irmos embora, ainda demos uma passada em frente ao atual Estádio Municipal, no Jardim Botânico, mas confesso que não me animei de entrar…
Depois me arrependi, vendo algumas fotos de quando a Ferroviária mandou seus jogos por lá:
Mas ainda faltava rever o principal estádio da cidade da atualidade, onde a Ferroviária manda seus jogos.
O Estádio Doutor Adhemar de Barros ou também denominado Estádio da Fonte Luminosa ou Arena da Fonte foi inaugurado em 1951, num amistoso contra o Vasco da Gama.
Depois de uma série de reformas e melhorias, o estádio ganhou status de Arena e possui capacidade para 20 mil torcedores.
Além disso, existe um museu dedicado ao futebol da cidade, que fica lá no próprio estádio.
É um dos mais modernos e bem equipados estádios do interior paulista e receberá mais uma vez a série A1 do Paulista em 2018.
Atualização em 2019: Estivemos na Fonte Luminosa para acompanhar Ferroviária x Santo André pela Copa Paulista e pudemos fazer algumas fotos:
Tivemos a companhia do Gabriel, nesse role!
E agora sim, as imagens da parte interna do Estádio, ainda que com baixíssimo público…
Vamos dar uma olhada no campo!
Olha aí o banco de reservas ocupado pelo Ramalhão, o visitante do dia!
A tradicional torcida AFEGANISTÃO, se fez presente também.
Por fim, ainda tínhamos uma última missão: registrar o Estádio onde o EC DER, o time do Departamento de Estradas de Rolagem mandou suas partidas nas oportunidades em que disputou as competições oficiais da Federação Paulista.
Na verdade, não tínhamos ideia de onde o EC DER mandava seus jogos então decidimos arriscar uma visita à sede do DER, na cidade.
E qual não foi a surpresa ao perguntar para o segurança se existia um campo de futebol lá dentro e ele dizer que sim. Que bastava entrar e acessar uma trilha…
E lá fomos nós, crentes que tínhamos descoberto um estádio esquecido…
Mas… Aprendemos que provavelmente o EC DER mandou seus jogos também no Estádio Municipal…
Já era tarde, hora de curtir o visual da cidade, tomar um sorvete de creme suiço! E nos preparar para a sequência final da viagem, com duas últimas paradas em Américo Brasiliense e Ribeirão Bonito!
A parte 8 do nosso rolê de “Pré Inverno” nos levou até a cidade de José Bonifácio.
Na verdade, o primeiro post feito sobre essa viagem foi sobre a partida que assistimos lá, entre o time local e o VOCEM. Você pode ler um post só sobre essa visita com mais detalhes clicando aqui.
Mas, para quem não leu, e para registro oficial, vamos a uma versão resumida.
O time da cidade é o José Bonifácio EC.
O time teve seu grande momento, quando sagrou-se campeão da Terceira Divisão Paulista, em 1972, com o time abaixo:
Fizemos o tradicional rolê pela cidade, registrando os principais pontos que fazem de José Bonifácio um lugar tão bacana…
Fomos até lá para conhecer e registrar o Estádio Municipal Antonio Pereira Braga!
E nada melhor do que fazer isso em um dia de jogo…
Logo de cara, ficamos mais do que contentes de ver que a cidade tem no estádio, um importante registro da história do futebol local.
O Estádio Antonio Pereira Braga, ou “Pereirão” tem capacidade para quase 10 mil torcedores.
Vamos dar uma olhada por dentro?
Atrás do gol, fica sua torcida organizada: A “Serpente do Vale”.
O placar não saiu do zero no embate frente ao VOCEM:
Mas para nós foi mais do que especial, já que nos permitiu conhecer mais um templo sagrado do futbeol do interior de São Paulo.
Além disso, pudemos conhecer um pouco da torcida do José Bonifácio, que tem se feito presente cada vez mais.
Saímos com a alma lavada e com a certeza de que mais do que um time, a cidade possui um ícone cultural que dificilmente será apagado da memória!
De José Bonifácio, começamos nosso caminho de volta, rumando até Araraquara!
SalvarSaAtualização: em 2022, demos uma nova passada na cidade, e mesmo sem ter o time do José Bonifácio EC disputando as competições oficiais, demos um pulo para ver como estava o estádio:
Depois de ter passado por Urupês para registrar o Estádio Municipal Augusto Gonçalves chegamos a Potirendaba, município onde vivem cerca de 16 mil pessoas, já na Microrregião de São José do Rio Preto.
Como sempre, fizemos um rolê pelo centro da cidade, vivendo um pouco do que é o dia a dia de mais uma tranquila cidade do interior paulista.
Já sabíamos que estávamos pisando no sagrado solo de onde vêm os refrigerantes Poty, mas não sabíamos que Potirendaba também tem uma cervejaria que produz uma cerveja muito boa, a Trieste!
As águas dessa cidade devem mesmo ser mágicas!
Potirendaba pode ser considerada a terra do basquete, afinal, foi lá que nasceu a rainha Hortência!
E o futebol local também merece destaque importante, graças ao União FC, time que representou a cidade de Potirendaba nas disputas dos campeonatos da Federação Paulista de Futebol, jogando a terceira e a quarta divisão, entre 1964 e 1968 e depois em 1986.
A terceira divisão de 1986, rendeu uma importante matéria na revista Placar:
O time do União FC manda seus jogos no Estádio Josephino de Carli.
Fica a curiosidade em relação à data na placa: 30/03/1989 refere-se à inauguração ou à alguma reforma?
O União FC foi fundado em 8 de agosto de 1939.
Mas no início, o time só disputou campeonatos amadores, até os anos 60, quando passou a disputar a 4a divisão paulista. Aqui, uma foto de quando o time sagrou-se campeão amador de 1963:
Essa é a bilheteria do estádio, junto do bar.
Mais uma bilheteria pra nossa conta!
E mais um estádio registrado.
O Estádio possui aquela tradicional arquibancada coberta na parte central.
Além do alambrado, existe uma pequena “cerca viva” em torno do campo.
Outra parte coberta é dedicada aos mesários e auxiliares.
Aqui, um breve vídeo mostrando um pouco do estádio:
A vista lá de baixo para a arquibancada:
E mais um pouco do campo…
Infelizmente esse é mais um estádio e time que possuem poucas informações disponíveis. Provavelmente, devem existir fotos da época, principalmente nas mãos de quem viveu aqueles tempos. Espero que esse post incentive essas pessoas a digitalizar essas imagens e compartilhar com quem gosta do futebol, antes que essas memórias se percam em uma gaveta ou ainda acabem indo pro lixo.
A nossa parte a gente tenta fazer liberando ss fotos que fazemos para uso em qualquer publicação on ou offline.
Deixamos Potirendaba e seguimos para José Bonifácio, não só para registrar o estádio, mas para acompanhar a partida entre a equipe local e o VOCEM de Assis.
Dando sequência ao nosso rolê, depois de termos passado por Itajobi (veja aqui como foi) a parte 6 desse projeto nos levou à cidade de Urupês.
Se você gostou daquele falcão carcará que mostramos no post sobre os estádios de Novo Horizonte, vale você dar uma olhada na “turma” que nos recepcionou no caminho para Urupês. Não 1, nem 2, nem 10, mas cerca de 20 Gaviões Carcará que estavam ali… tomando um sol e buscando um rango na terra recém revolvida…
Urupês fica na parte norte do estado de São Paulo, e tem uma população de pouco mais de 14 mil pessoas.
A cidade leva o nome da tradicional coletânea de contos e crônicas do escritor brasileiro Monteiro Lobato, publicada originalmente em 1918.
E Urupês parece mesmo ter nascido de uma fábula brasileira, fiel aos detalhes do imaginário coletivo quando se fala em uma pequena e pacata cidade do interior…
Nossa memória nos traiu e não lembramos que o casal de amigos Guido e Maria Aparecida, torcedores do Ramalhão e figurinhas sempre presentes nos jogos do nosso time pelo interior, moram em Urupês…
A gente acabou almoçando por lá e tomando um Guaraná Poty!
Valeu até um rolê pra conhecer o cemitério!
Mas, nosso objetivo na cidade era registrar o Estádio Municipal Augusto Gonçalves, antigo Estádio São Lourenço, onde o Mundo Novo FC mandou seus jogos em 1967, em sua única participação em competições profissionais da Federação Paulista, pela quarta divisão.
O amigo Guido nos ajudou com duas fotos da entrada oficial do estádio (a gente entrou pela lateral e ia acabar perdendo esse registro!):
A placa indica que a inauguração do Estádio Augusto Gonçalves se deu em 23 de setembro de 1989.
O time foi fundado em 1958 e acabou sendo refundado em 1982, mas dedicando-se apenas às disputas amadoras.
O nome “Mundo Novo FC” vem da antiga denominação da cidade de Urupês quando ainda era um distrito (passou a ser chamada de Urupês em 1944).
O amigo Raul Casagrande, morador de Urupês e colecionador de imagens da cidade, ainda nos enviou mais estes raros registros do time do Mundo Novo FC:
Esse é o endereço do estádio:
Aqui é a entrada lateral por onde chegamos:
A entrada lateral (por onde chegamos) tem até um espaço onde deve ter existido um banner com o nome do estádio.
Vamos entrar e conhecer um pouco do campo?
Além do gramado muito bem cuidado, o campo é inteiro cercado por um alambrado e por um banco de madeira.
No lado lateral, uma bela arquibancada onde cabem uns 800 torcedores.
O campo é todo cercado por árvores, características dos estádios do interior.
Possui sistema de iluminação que garante jogos noturnos.
O estádio fica num bairro que é praticamente o limite da cidade. As ruas laterais nem tem saída, e é uma região predominantemente residencial.
Os bancos de reserva parecem ter sido reformados, estão novinhos!
A inscrição que se seguida a risca deve diminuir bastante as chances de ataque….
Eu, todo contente de conhecer um estádio que possui tão poucas informações disponíveis, mesmo na era da Internet.
Alguns nunca entenderão a força de um estádio assim…
Uma última olhada antes de irmos embora e dar sequência à nossa viagem…
Nossa próxima parada: Potirendaba, terra mãe dos refrigerantes Poty!!
Dando sequência ao nosso rolê de “Pré inverno”, saímos de Barra Bonita (veja aqui como foi) e chegamos em Bariri, cidade logo após Jaú (já estivemos lá outra vez, por isso não a incluímos em nosso roteiro, mas veja aqui como foi acompanhar uma partida do XV e aqui como foi uma visita ao Estádio Zezinho Magalhães).
Atualmente cerca de 40 mil pessoas vivem em Bariri. A principal fonte de renda do município são as suas indústrias e a agricultura, com foco na cana-de-açúcar.
Almoçamos por lá, no restaurante “Sucata”.
Demos um rápido rolê pelo centro, pra pelo menos curtir um pouco da arquitetura ainda preservada em diversas casas e comércios.
É muito legal ver que as coisas podem continuar a existir mantendo uma série de construções lindas de quase cem anos de história!
Como não podia deixar de faltar… A igreja e a praça matriz!
Falando um pouco sobre o futebol na cidade, vale ressaltar que já existiram vários times defendendo a cidade, do Sport Clube Resegue, time da tradicional família Resegue:
Depois tivemos o EC Municipal:
O EC Bariri, que usava o próprio brasão da cidade como distintivo:
E, por fim, o polêmico CAL Bariri, que foi o time do Clube Atlético Lençoense que migrou para a cidade e passou a mandar ali os seus jogos.
Já vimos um jogo contra o CAL Bariri, em 2009, lá em Paulínia, contra o time local. Clique aqui e lembre como foi .
Nossa missão era conhecer e registrar o Estádio Municipal Farid Jorge Resegue, palco de todos esses times locais.
O Estádio fica em um quarteirão que tem em um de suas esquinas o cruzamento da São João com a General Osório, numa rua bem pacata.
Para tirar umas fotos de dentro, encontramos um “novo portão” de acesso.
E grata surpresa! Um estádio que parece ter parado no tempo, do ponto de vista do charme e da arquitetura típica do início do século XX!
A pergunta que fica é: quantas histórias, partidas e aventuras não devem ter acontecidas nesse campo? Da nossa parte segue o orgulho em registrar mais um templo do futebol, que torcemos volte a ser utilizado nas disputas oficiais da Federação Paulista!
Por hora, os muros estão passando por uma reforma, e aparentemente também alguns detalhes da parte interna. Mas olha que interessante o entorno do campo feito em paralelepípedos!
Que a energia siga viva!
Vamos dar um giro via vídeo?
Gosto muito quando os estádios conseguem manter as árvores ao seu redor, deixando uma cara mais “ecológica”.
Olha aí o banco de reservas.
Interessante como os gramados seguem bem cuidados. Parece que o futebol amador vem fazendo bom uso do estádio.
Em 2009, o Lençoense trouxe o futebol profissional de volta ao estádio, desde que o Sport Club Resegue disputou as divisões inferiores, na década de 1960.
Suas arquibancadas tem capacidade para cerca de 3 mil torcedores, mas segue esvaziada depois que o CAL Bariri se licenciou da Federação.
Mesmo sabendo das dificuldades para se manter um time de futebol, seguimos na torcida para que a cidade de Bariri consiga o mais cedo possível um time para chamar de seu e voltar a ocupar o Estádio Farid Jorge Resegue!
E de Bariri, seguimos caminho para Ibitinga!