O futebol em Porto Ferreira (SP) em 2025

É… Tudo muda.
Tudo segue se transformando com o tempo.
Tem coisas tradicionais que deixam de existir e também coisas novas que nascem.
Em 2012, estivemos por Porto Ferreira para conhecer e registrar o Estádio Municipal da Vila Famosa (veja aqui como foi), também chamado de Vila Formosa.

Na época, o Estádio era a casa da Sociedade Esportiva Palmeirinha, um time que atuava na série B do Campeonato Paulista.

Cheguei a ver um jogo deles lá em Jaú, em 2013 (veja aqui como foi).

Em 2016, o time disputa seu último Campeonato Paulista pela série B, e no ano seguinte, voltamos a passar pelo estádio, para uma nova visita (veja aqui como foi).

Em 2023, chegou a notícia que o Estádio fora abandonado e estaria prestes a ser demolido.
Torcendo para ser apenas um boato, no feriado da consciência negra de 2025 passei por Porto Ferreira e, para a tristeza de todo apaixonado por futebol, confirmei a notícia…

Me pergunto se pra quem mora na cidade realmente fez sentido essa demolição para se ter um…. “nada” no lugar…
Ok, provavelmente algo será construído nos próximos meses ou anos, mas ainda assim, dói ver essa imagem, não?

A cidade é referência na produção e comércio de cerâmicas, e não é difícil pensar que algo nesse sentido pode tomar esse espaço, ou quem sabe um novo espaço para o esporte municipal?

E pensar que, assim como as cerâmicas, o time fez parte do dia-a-dia da cidade por tantos anos…

Olha que linda a foto do Marcier Martins quando goleiro do time (do acervo Marcier Martins):

É um time com muita história…

E com uma torcida bastante apaixonada!

No início da carreira, o goleiro Aranha teve uma passagem no gol do Palmeirinha!

E o que dizer de 1967, quando o time sagrou-se campeão da terceira divisão.

Muitos fizeram história com essa camisa…

Assim, com a demolição do Estádio e o fim do Palmeirinha, a cidade parecia fadada a não ter mais um time de futebol nas competições da Federação Paulista.
Mas, no dia 26 de abril de 2022, uma família da cidade decidiu criar o Porto Foot Ball Ltda, o primeiro clube-empresa de Porto Ferreira.

Se você quer saber um pouco mais sobre o time, batemos um papo com o presidente do clube, confira:

O time nasce com a missão de juntar a cidade, e por isso soma o preto e branco do antigo Porto Ferreira FC e o verde do Palmeirinha, além disso, passou a mandar seus jogos no tradicional Estádio Ferreirão

E é aqui que o futuro se une ao passado já que o Estádio Ferreirão foi a casa do Porto Ferreira FC, primeiro time da cidade a participar de competições da Federação Paulista, fundado em 1912.


Em 1916, seu primeiro campo (1 no mapa abaixo) deu lugar ao Jardim Público que é a atual praça Cornélio Procópio, obrigando-o a se mudar para onde hoje está o Hospital Dona Balbina (2 no mapa abaixo), de lá, mudou-se em 1923 para a área onde hoje está o clube social (3 no mapa abaixo) e permaneceu por lá até 1968, quando finalmente mudou para a atual área do Estádio (4 no mapa abaixo).

Em 1925, disputou dois amistosos com o Clube Atlético Paulistano, recém-chegado de excursão pela Europa, vencendo ambas (3×0 e 2×0).
Em 1926, o Clube Atlético Paulistano novamente visita Porto Ferreira e dessa vez apenas uma partida: um empate em 0x0.
Nesse mesmo ano, o Porto Ferreira FC filiou-se na Liga dos amadores de Futebol e segundo o livro “Os esquecidos”, estreia no Campeonato do Interior na Região C.

No ano seguinte disputa a Zona da Paulista:

Em 1952, foi Campeão amador do setor 9.

E se mostramos lá em cima um desfile com a bandeira do Palmeirinha, o Porto Ferreira FC também teve seu momento…

O alvinegro de Porto Ferreira foi o primeiro time a conquistar o coração da população…

E que demais esse uniforme, hein?

Dessa forma, fomos conhecer o Estádio Ferreirão, que teve sua inauguração oficial em 25 de julho de 1982, como indica a placa abaixo:

Então, venha conosco para um rolê por este verdadeiro elo entre o passado e o futuro!

Olha que bem estruturado é o estádio em se falando de arquibancada.
Temos estes degraus em torno da lateral de entrada e também atrás do gol esquerdo:

Sempre gosto de comparar com outros times que estão disputando a série B do Campeonato Paulista para pensar se um estádio teria condições de abrigar o futebol profissional novamente, e no caso do Ferreirão, acredito que com algumas poucas melhorias teríamos condições de ver o Porto Foot Ball alçando voos mais altos!

Além das atuais arquibancadas, existe espaço do outro lado do campo para eventuais novas estruturas, como se vê nesta foto do meio campo!

Ali ao lado direito, também temos parte da arquibancada quase até o gol.

Aqui, o já supra citado gol do lado esquerdo.

Uma pena só ter o registro do time que este ano foi finalista da Série B do Campeonato Paulista Sub 20 no Estádio de Paulínia.

Ainda estamos devendo acompanhar um jogo por aqui… Era pra gente ter vindo na final, vencida pelo Paulinense, mas ano que vem teremos o time na Série A do sub 20 e quem sabe podemos enfim registrar um jogo.

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O futebol em Caçapava-SP

Nesses mais de 15 anos do As Mil Camisas, poucas missões para registrar estádios falharam.
Infelizmente a cidade de Caçapava foi um destes casos, mas mesmo assim, hoje vamos recordar um pouco da linda (e antiga) história do futebol por lá.

Esta é mais uma cidade que nasceu dos conflitos entre os povos originários e bandeirantes que buscavam novas terras, pedras e minerais preciosos além de escravizar os indígenas.
Alguns destes sanguinários bandeirantes seguiram o curso do Rio Paraíba do Sul, enfrentando o povo Puris, pertencente ao tronco linguístico macro-jê, aqui, registrados no século XIX por Van de Velden:

E aqui, por Johann Moritz Rugendas, no século XIX:

Os Puris acabaram abandonando suas terras em direção da Serra da Mantiqueira, mais ou menos como o Iron Maiden canta em “Run to the Hills“, em referência à história americana:

Aos poucos, os invasores passaram a ocupar o vale do rio Paraíba originando o que seriam as cidades do leste do estado, como São José dos Campos, Jacareí, Taubaté e a querida Caçapava, cujo nome deriva do termo tupi guarani caá-sapab (algo como “mato vazio”, devido à clareira que existia no local).

Inicialmente pertencente à Taubaté, o povoado de “Cassapaba” foi crescendo ao redor da capela construída em 1706 que daria origem à Igreja de Nossa Senhora D’Ajuda.

A partir do século XIX, questões políticas levaram a população a viver na fazenda de João Dias da Cruz Guimarães, onde existia uma capela de São João Batista.
Ali, iniciou-se o núcleo que se tornou a atual cidade de Caçapava. O velho povoado tornou-se o bairro do “Caçapava Velha“.

A base da economia era a produção cafeeira realizada pelos escravizados, com fazendas importantes em Caçapava, que também produzia cana-de-açúcar, fumo e gêneros alimentícios.
Até hoje, o comércio local movimenta a economia, esse é o Mercado Municipal:

Em 1° de outubro de 1876 é inaugurada a estação ferroviária.

A ferrovia ajudou a trazer a industrialização para a cidade que passou a contar com empresas do ramo têxtil, depois chegaram a Mafersa (material ferroviário) e a Providro (que também teve um time profissional como veremos na parte final deste post).
Olha quantas indústrias existem atualmente só ali às margens da Dutra:

Assim, chegamos à Caçapava de hoje em dia que vê o desenvolvimento chegar com força total e fez no futebol mais uma vítima desse crescimento…
Estivemos na cidade pouco tempo depois da demolição do estádio da AA Caçapavensena região central.

A Associação Atlética Caçapavense foi fundada em 9 de dezembro de 1913 e tinha sede na rua Capitão João Ramos (atual agência do Banco do Brasil) mudando-se em 1941 para a Avenida Cel. Manoel Inocêncio, onde estava o Estádio Capitão José Ludgero de Siqueira até 2013 quando foi vendida e completamente demolida…

Estivemos lá alguns meses depois da demolição e já havia um estacionamento construído na esquina do terreno, onde antes ficavam as bilheterias…

Fiquei tão decepcionado que não encontrei as fotos que fiz do local… Por sorte o Google Maps ainda mantém como imagens um cenário bem parecido com o que visitamos.

O local é bem no centro da cidade e imagino que realmente não fazia mais sentido um campo, há décadas dedicado apenas ao futebol amador, ocupar um espaço tão importante…

Dá pra comparar com uma imagem mais antiga:

Após vários anos disputando amistosos e torneios amadores, em 1918, a AA Caçapavense estreia no Campeonato do Interior (organizado pela APEA), na Zona Central do Brasil.
Em 1920, se classifica para a fase final, mas perde para o Corinthians de Jundiaí.
Em 1921 venceu o Elvira e empatou com o Taubaté, em partida que teve invasão de campo pela torcida de Caçapava. Esse era o time de 1921:

A área do Estádio Capitão José Ludgero de Siqueira foi adquirida em 1915 e em junho de 1922 enfim foi inaugurado com uma incrível partida entre a AA Caçapavense e o Clube de Regatas Flamengo!

O Flamengo leva para casa a Taça Elias, ofertada por comerciantes da cidade, vencendo o Caçapevense por 5×0.

A partir de 1922, a Zona Central do Brasil passa a ser bastante disputada, com times de diversas cidades da região.

Esse é o time de 1925:

Em 1928,, a AA Caçapavense sagra-se campeã da sua região, mas acabou sendo desclassificada na fase final. A AA Caçapavense disputa o Campeonato do Interior até 1930, apenas deixando de participar das edições de 1924 e 29.
Imagina se você dissesse pra essa galera que esse lugar ia virar um estacionamento, algumas décadas depois…

Talvez tenha faltado passar esse amor pelo futebol para seus filhos, filhas, netos e netas…

Claro… O mundo hoje é outro, mas fico me perguntando como deve ter sido mágico vivenciar as aventuras da AA Caçapavense na primeira metade do século XX…

E como era linda a arquibancada coberta do Estádio Capitão José Ludgero de Siqueira:

Olha que uniforme lindo!

A AA Caçapavense volta às disputas locais até 1946, quando disputa novamente o Campeonato Paulista do Interior, agora organizada pela Federação Paulista e embora campeã da sua zona, o time foi eliminado na fase regional.

Após esta disputa única, o time mais uma vez se ausenta das competições oficiais e volta a jogar torneios amadores e regionais.

Aqui o time de 1958:

O time de 1961:

A AA Caçapavense ressurge na década de 60 para aventurar-se no profissionalismo disputando a Terceira Divisão da Federação Paulista de 1964, e o time terminou na 6a colocação da 1a série.

Em 1965, terminou a 5a colocação:

Em 1966, o time sagra-se campeão do seu grupo…

Mas acaba abandonando a 2a etapa da competição e desistindo do profissionalismo.

Atualmente, a AA Caçapavense, centenária desde 2013 possui uma nova sede no Jardim Maria Cândida, voltada aos associados.

Antes de finalizar o post, vale falar um pouco mais da empresa Providro citada anteriormente.

A empresa tinha tamanha importância na cidade e envolvimento com seus funcionários que acabou dando origem a um time de futebol em 17 de agosto de 1964: o Clube Providro. Segundo o site Futebol Nacional existiram dois distintivos:

Em 1966, o Clube Providro se aventurou no futebol da Quarta Divisão.

Só achei uma foto no Facebook dizendo ser do time, mas já nos anos 70:

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Buscando um lado bom para a Copa…

Como disse no post anterior, fico indignado com as sacanagens relacionadas à Copa do Mundo. Além disso, escrevo esse texto atrasado. Os 7×1 já passaram por cima da euforia da torcida brasileiro aniquilando a até então fervorosa paixão pela seleção. Mas, não posso negar o quanto me agradou a possibilidade de vivenciar essa “salada multicultural” proporcionada pela Copa.

Por isso, decidi dividir com vocês, mais algumas aventuras que vivi graças à Copa.

Pode parecer bobo, mas a começar pelo simples, mas alternativo outdoor que aproximou Guarulhos e sua população da seleção do Irã.

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E por que estou comentando sobre um outdoor de Guarulhos se vivo em Santo André? É que no feriado de Corpus Christi tivemos a oportunidade de ir até Maceió pra curtir algumas das mais belas praias do mundo!

E se Guarulhos já estava no clima, dentro do Aeroporto pudemos vivenciar um pouco mais dessa mistura e assistimos em meio a muitos chilenos a eliminação da Espanha, ainda na primeira fase.

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O Aeroporto de Guarulhos criou um espaço só para se assistir aos jogos. Aí, já viu né… Virou point de encontro de torcedores do mundo todo.

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Desse jeito, o tempo passou rápido e em pouco mais de 2 horas de vôo, já estávamos baixando em terras alagoanas, no Aeroporto Zumbi dos Palmares!

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Se esse fosse um blog dedicado ao turismo e às praias, gastaria um bom tempo falando sobre as praias de Maceió. São lindas e mesmo no inverno, pegamos temperaturas acima dos 30 graus.

Essa era a vista do nosso hotel, da praia do Pajuçara:

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Mas, para colaborar com a divulgação das belezas naturais do nosso país, vou destacar algumas praias, a começar pela bela São Miguel dos Milagres, pra mim, um dos lugares mais loucos que já vi… Olha a cor da água…

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E aí estou,com a camisa que ganhei dos amigos Juventinos Veganos!

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Outra praia que merece destaque é Paripuera. Além dos tradicionais passeios até às piscinas naturais, também tem um belo encontro entre mar e rio (as chamadas barras).

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Uma última dica (não que não existam muitas outras, mas só pra resumir o rolê praieiro) é a incrível Praia do Gunga. Você pode chegar de carro ou atravessando um pequeno rio de barco (sai da barra de São Miguel).

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A praia é cercada de coqueiros e recebe visitantes de vários locais.

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A população local de lagartos escondida nas casinhas de barro é incrível!

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E a água, uma delícia!

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Dá pra passar o dia inteiro no mar ou na água doce que também desemboca ali, do outro lado desse mar de guarda sol.DSC00149

Bom, chega de mergulhos e praias lindas, vamos falar um pouco do lado boleiro da cidade. Lembrando que já falamos bastante do futebol local, graças ‘a visita que fizemos anos atrás, quando no nosso último dia perdemos a câmera.

Você pode relembrar esse rolê lendo o post que fizemos sobre ele, na verdade foram dois, então se você clicar aqui, vai ver um pouco mais, ou ainda pode ler os posts sobre as camisas do CRB e do CSA.

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A primeira coisa para se falar sobre o futebol em Maceió é que a cidade não foi sede da Copa, mas pude sentir o gostinho da competição graças à seleção de Gana, que se hospedou na cidade.

DSC00258 A torcida local abraçou o time e tinha até bandeira da seleção passeando pela orla. Difícil era chegar perto do hotel… Nada menos que o BOPE estava de plantão…

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Por sorte, alguns integrantes da comissão técnica sairam pra um role e deu pra trocar umas ideias…

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Mas, se a Copa tentou dar uma força ao futebol local, a realidade dos clubes de Maceió não está em sua melhor fase.

Infelizmente, mais uma vez acompanhamos um processo que me parte o coração: a morte de um estádio, e dessa vez, a vítima foi o Estádio Severiano Ribeiro, ali na Pajuçara mesmo, onde o CRB treinava e chegou a mandar alguns jogos.

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Quando estivemos ali, anos atrás, pudemos até assistir uma partida do CRB, mas dessa vez, infelizmente o Estádio já não pertencia mais ao clube, mas sim a uma rede de supermercados que construirá ali mais uma obra prima do capitalismo. E venderá muito mais do que a antiga “Boutique do CRB”…

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Pra piorar, o estádio parecia estar todo fechado, mas… quando pensávamos em nos limitar a registrar o entorno do estádio, encontramos um portão aberto…

DSC00088 Ao adentrar em mais um templo do futebol, a surpresa… Onde está o estádio?

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Opa, ali a placa que confirma, não estou no lugar errado, estou mesmo no lugar que foi o Estádio…

A arquibancada que tantas emoções recebeu já se prepara para seu triste fim, provavelmente demolida… DSC00092 Do lado oposto, a arquibancada descoberta começa a ser coberta pelo mato…

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  O gol, símbolo mor do nosso futebol, já não resiste. Caiu.

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O mato, em áreas que costumavam ser o gramado, em alguns lugares chega a ter quase 30cm de altura…

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Claro, não se pode negar as questões econômicas, que guiam não só o futebol. Por conta das dívidas e as dificuldades financeiras, o CRB teve que se desfazer do estádio. Mas também não dá pra negar a tristeza no Brasil que se auto proclama o “País do futebol” ter um estádio derrubado para dar lugar a um supermercado…

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DSC00102 Por outro lado, ao hospedar a seleção de Gana, a cidade de Maceió viu o Estádio Rei Pelé em alta.

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Pena que no dia em que passamos por lá, os treinos estavam fechado para o público.

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Só o que pudemos fazer foi passear pelo entorno do estádio, admirando sua beleza!

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Estádios do Oeste Paulista: 2- Lins

Dando sequência ao nosso rolê boleiro pelo oeste paulista de junho de 2013, saímos de Marília e fomos conhecer a cidade de Lins e um pouco da história do futebol local, e registrar o Estádio Gilberto Siqueira Lopes, o “Gilbertão“.

E lá vai a Mari conhecer outra bilheteria!

Demos a sorte de conseguir pegar o final do jogo, válido pelo sub 17 entre o C.A. Linense e o Santacruzense (3×0), e assim conhecer o lado de dentro do estádio.

Se você nunca esteve no Gilbertão e quer ter uma ideia geral dele, veja o vídeo abaixo, lembrando que ele é de 2013 e o Estádio deve ter passado por transformações até o momento em que você está lendo isso, possivelmente 10 anos ou mais depois…

Dividindo um pouco da história deste Estádio, sua inauguração ocorreu em 1962, com o jogo Linense 2×4 Botafogo.
A iluminação foi “presente” do então governador Dr. Adhemar de Barros, bastante influente na região.

Inicialmente, o estádio tinha capacidade para 11.000 torcedores.

Em 2009, aumentou sua capacidade para 15.000 torcedores e com o acesso do time à primeira divisão foi ampliada temporariamente a mais de 20 mil torcedores, graças a estas arquibancadas tubulares:

Como dissemos, deu até pra fotografar um pouco do jogo entre os jovens do Linense!

E como sempre, a torcida do Linense estava lá, presente!
A estimativa é de que existam mais de 50 mil torcedores e/ou simpatizantes do Linense, na cidade.

O “Gilbertão” chegou a receber mais de 13 mil torcedores no Paulistão de 2013, contra o Corinthians, lotando as dependências do estádio!

Confesso que tenho muita simpatia pelo time do Linense!

O Linense não tem do que reclamar da fase atual.
E pelo visto, o segredo vem de dentro de casa!

Que as arquibancadas sigam cheias, elas merecem!

Da nossa parte, fica um sentimento de orgulho de não só ter conhecido o tradicional estádio do interior, mas também ter visto um pouco de uma partida oficial do Linense, ainda que da equipe sub-17.

Porém, a história do futebol em Lins vai além (ou ao menos ia) do que o Estádio Gilberto Siqueira Lopes.
Antes dele, vieram o Estádio Municipal dos Eucaliptos, o primeiro lugar onde o Linense jogou, até 1952 quando o time sagra-se campeão da 2ª divisão e a Federação faz uma série de exigências para a disputa da 1ª divisão do ano seguinte.

Assim, em apenas 60 dias, é construído um novo estádio, o “Estádio Roberto Gomes Pedrosa“, também chamado de “Gigantão de Madeira“, pelo fato de suas arquibancadas serem todas feitas de madeira.

O Gigantão de Madeira foi utilizado até 1959, quando foi demolido e seu terreno loteado. Atualmente, em seu lugar foi construído uma unidade do Amigão Supermercados. E se não podemos voltar no tempo para conhecer o Gigantão, ao menos pisamos no mesmo solo…

Pra quem quer conhecer o lugar, o endereço está na placa:

É triste, mas é real… Cada vez mais supermercados e igrejas tomam conta de áreas antes ocupadas pelos Estádios…

Conseguimos ouvir um depoimento de um senhor que participou dessa história, olha que bacana:

Aproveitei para comprar umas coisas e tenho uma ótima dica gastronômica: a melhor água de coco “industrializada” que já tomamos!
Normalmente água de coco em garrafa ou lata são horríveis, mas essa da Amambi parece que saiu do coco, mesmo!

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antes que ele vire mais um supermercado…