Grêmio Prudente 0x0 Santo André, finalmente conhecendo o Estádio Prudentão!

1º de março de 2025.
Sábado de carnaval e mais um mês que nasce, cheio de oportunidades!
Assim, lá fomos nós para a estrada!

Aproveitamos o feriado e rumamos para Presidente Prudente para acompanhar a penúltima rodada da primeira fase da série A2 de 2025.

Claro que além do jogo em si, aproveitamos para conhecer um pouco mais da cidade.

Quem anda pelas ruas de Presidente Prudente frequentemente cruza com casas de madeira, cheias de estilo como esta, que são um legado da Ferrovia.

Na época, os ferroviários construiam estas casas no sistema de mutirão.
É muito legal lembrar que houve um tempo em que as pessoas se ajudavam tanto…

A ferrovia é a principal responsável pelo desenvolvimento de Presidente Prudente. A cidade atual passou a ser ocupada em 1917 e os trilhos da Estrada de Ferro Sorocabana chegaram em 1919.
Esta é a estação, atualmente ocupada por um museu (que parecia meio abandonado…).

Ali em frente `à estação, a cidade ainda guarda o “Bebedouro de animais” como patrimônio histórico e lembranças de um tempo que não volta mais…

O avanço da ferrovia para o interior do estado forçou o contato com os últimos habitantes originais da região, principalmente os povos Kaingang, que estavam tentando se manter isolados.
Esse contato, iniciado no final do século XVIII e ampliado no século XIX, se transformou em aliança ajudando a extinguir os últimos grupos de resistência…

Infelizmente, o resultado desse encontro foi o fim dos Kaingangs
Novos povos surgiram na cidade, principalmente os imigrantes japoneses, que trouxeram consigo um pedacinho da sua cultura: um templo budista!

E se for comemorar, que seja um brinde com os refrigerantes Funada!

Hoje, a cidade está enorme, veja quantos arranha-céus:

E uma cidade assim tão grande também tem uma grandiosa história no futebol, seja pelos diversos times que já defenderam Presidente Prudente, seja pelo seu gigantesco Estádio Paulo Constantino, não a toa, o “Prudent˜ão“:

Em 2013, estivemos por lá visitando os demais estádios e falando sobre os times da cidade (veja aqui como foi), mas na ocasião, não conseguimos adentrar ao Prudentão…

O Grêmio Prudente vem numa crescente dentro do futebol e ainda tem chances de conquistar o acesso à série A1 do Campeonato Paulista, por isso, a rapaziada da Fúria Prudentina estava animada!

O Estádio está bem cuidado e cheio de detalhes que reforçam sua história, com grande destaque para os grafites na entrada principal.

Sente o clima da entrada do estádio, pelo portão local:

Aproveitamos pra ouvir alguns torcedores locais:

Ingresso (digital) em mãos, ou melhor, no celular…. vamos ao jogo!

A rapaziada da Fúria enfrentou os mais de 600km para apoiar o Ramalhão!

Finalmente, vamos conhecer a parte interna do estádio, chegando pela entrada de visitantes:

Dentro do estádio, mais um grafite, desta vez recordando Ronaldo Fenômeno pelo seu primeiro gol com a camisa do Corinthians, aos 47’do segundo tempo no clássico contra o Palmeiras de 2009 e cuja celebração derrubou o alambrado do campo, frente 44.479 torcedores.

E como tudo é grande no Prudentão, a distância do vestiário pro campo também não é moleza kkkk…

Não queria dedurar, mas o Kleina foi o último a chegar ao banco kkkk Grande abraço ao nosso treinador!

Depois de muita caminhada, finalmente os times em campo!

Olha que bonito o Estádio e como são grandes as arquibancadas em torno de quase todo o campo.

E a torcida do Santo André se fez presente!

Abraço para o professor André, de Pirapozinho, apaixonado pelo Ramalhão, mesmo há 600 km de Santo André e ainda contaminou a esposa com esse amor!

15 anos atrás, Santo André e Grêmio Prudente se enfrentaram pela semifinal do Paulistão 2010, e o Ovídio deu essa bandeira a ele.
E lá estão todos reunidos no mesmo lugar novamente!

No lado local, boa presença de público!

Por sorte, o estádio oferece uma boa parte coberta para a torcida local.

Aos visitantes que preferiram assistir na arquibancada, o sol foi o principal companheiro!

Considero que o Estádio é tão grande que acaba sendo até prejudicial para a torcida local, já que é muito difícil pensar em uma partida do Grêmio Prudente com 40 mil torcedores lotando seu estádio…

Mesmo com uma média de público interessante para uma série A2, a sensação (na verdade, a realidade) é que sempre tem muito mais lugar vago do que ocupado no estádio.

Só tenho a agradecer a oportunidade de finalmente acompanhar uma partida no Estádio Paulo Constantino!

O Estádio foi inaugurado em 12 de outubro de 1982, com a partida Santos 1×0 Corinthians de Presidente Prudente, com 20.240 torcedores ocupando suas lindas bancadas!
Em 2002, alterou-se o nome do estádio para “Eduardo José Farah”.

Atualmente, o Estádio comporta 45.954 torcedores, sendo assim, o segundo maior estádio do país, fora das capitais.

Em 2010, o Grêmio Recreativo Barueri mudou sua sede para Presidente Prudente, reacendendo a paixão da cidade pelo futebol, entretanto, em 2011 o clube retornou para Barueri.
Em 2012, graças a iniciativa de um grupo de empresários, jogadores aposentados famosos e a prefeitura, surge o Grêmio Esportivo Prudente, que herdou os direitos federativos do extinto Oeste Paulista para a disputa das competições da FPF.
Em 2013, o Estádio volta a se chamar Paulo Constantino.

Em campo, o jogo teve bons momentos para os dois times.
Embora o 0x0 tenha sido o resultado final, ambos tiveram chance de sair com a vitória, parando ou na defesa adversária ou na falha do ataque.

Os dois times acabaram meio que nas mesmas condições, deixando ambas as torcidas um tanto preocupadas…
Menos a criançada que assistiu o jogo no alambrado e ainda bateu uma bola ali no intervalo.

O jogo foi chegando ao final e a torcida local aumentou o apoio!
E enquanto isso, faço devaneios sobre o Estádio…

Destaque para as faixas da Fúria Prudentina ao redor do campo:

E o segundo tempo rolando, mas nem a falta de gols diminuía o ímpeto da torcida local!

Com o apoio o Grêmio vinha para o ataque…

E abria espaço para o contra ataque dos visitantes!

Mas o 0x0 acabou atrapalhando a festa da torcida local, que esperava uma vitória para sedimentar sua classificação para a 2ª fase da série A2.

Pra mim, é mais uma memória, outra lembrança criada e registrada de um rolê que marca presença em um lindo estádio.

Uma oportunidade de conhecer novas pessoas e novas culturas, não apenas, mas principalmente, nas bancadas do estádio local.

É fim de jogo e o 0x0 deixa ambos os times prontos para lutar pela classificação na última partida! Eu acredito no Ramalhão!

Grande abraço aos que estiveram na nossa arquibancada! E também aos prudentinos!

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A AE Promeca de Várzea Paulista. Ou de Jundiaí?

Feriado de 15 de novembro de 2024.
Além de visitarmos a cidade e o Estádio de Campo Limpo Paulista, também fomos conhecer Várzea Paulista, uma cidade jovem, nascida no século XIX graças à Ferrovia Santos Jundiaí.
A estação local foi inaugurada em 1891 e como a estrada passava por uma várzea campesina, surgiu o nome do povoado…

Mas, muito antes, estas terras eram ocupadas possivelmente pelo povo Tupi Guarani e seus parentes (Tupiniquim, M’byá entre outros).
Foi a chegada dos portugueses que mudou drasticamente esta realidade.

A ocupação começou com pequenas olarias, cerâmicas, destilarias até chegarmos no café, que impulsionou o desenvolvimento da região, infelizmente bastante baseado no uso de mão de obra escravizada. (A foto abaixo apenas ilustra o triste fato, com uma plantaçào de café do Rio de Janeiro)

Em 21 de março de 1965, mobilizações populares fizeram com que o distrito fosse elevado a município de Várzea Paulista, onde vivem atualmente, quase 110 mil pessoas.

No momento de desenvolvimento industrial da cidade, em 1952 foi fundada a Promeca S/A, Progresso Mecânico do Brasil, que produzia tornos mecânicos de alta qualidade, como mostra a Matéria do Correio Paulistano daquele ano:

Uma imagem de um torno da Promeca:

E é dos funcionários da empresa que nasceu o bairro da Promeca, com o primeiro conjunto habitacional de Várzea e um time de futebol: a Associação Esportiva Promeca!

A AE Promeca foi fundada em 21 de abril de 1955, quando Várzea Paulista ainda era um distrito de Jundiaí, por isso, a dúvida sobre a cidade de origem do time.
Pra piorar, o time mandou seus jogos mais importantes no Campo do Nacional de Jundiaí, um pouco distante da Vila Promeca, em Várzea Paulista.

Aqui, um registro de um amistoso de 1957, contra o CA Legionário de Bragança Paulista:

Ainda naquele ano, a AE Promeca sagrou-se campeã da Taça Cidade de Jundiaí.

Em 1958, disputou o Campeonato do Interior sempre mandando seus jogos no Estádio do Nacional:

Dá até pra conhecer a escalação da AE Promeca daquele ano:

Encontrei uma nota sobre um amistoso contra um time misto do Santos, em 1961:

Em 1962, fez sua estreia no profissionalismo disputando o Campeonato da 3ª Divisão (o 4º nível do futebol Paulista) e classificou-se como líder na 1ª série.

Na fase final, a AE Promeca surpreendeu e terminou como vice campeão paulista da 3ª divisão de 1962!

Dessa forma, a AE Promeca consegue o acesso para a 2ª Divisão de 1963 (que equivalia ao terceiro nível do futebol paulista).
Abaixo a campanha desta equipe na competição:
8/9- Estrela de Piquete 1×1 Promeca
15/9– Promeca 3×2 Cerâmica São Caetano
22/9- Promeca 2×1 Hepacaré (Lorena)
29/9- Volkswagen (São Bernardo do Campo) 0x1 Promeca
05/10- Promeca 3×2 Ituano
13/10- Nitroquímica (São Miguel Paulista) 0x1 Promeca
20/10- Promeca 4×0 Corinthians (Votorantim)
03/11- Cerâmica (São Caetano) 2×1 Promeca
10/11- Promeca 4×3 Estrela (Piquete)
17/11- Corinthians (Votorantim) 1×1 Promeca
24/11- Ituano 0x1 Promeca
01/12- Promeca 2×1 Volkswagen (São Bernardo do Campo)
08/12- Hepacaré 2×1 Promeca
15/12- Promeca 3×0 Nitroquímica (São Miguel Paulista)

Na segunda fase, acabou eliminado, mas fez uma campanha bacana!

19/1- Promeca 1×0 Cerâmica (Mogi Guaçu)
26/1- Hepacaré (Lorena) 1×1 Promeca
02/2- Cerâmica São Caetano 1×0 Promeca
16/2- Promeca 1×1 Palmeiras (São João da Boa Vista)
23/2- Internacional (Limeira) 2×0 Promeca
01/3- Promeca 1×0 Cerâmica São Caetano
08/3- Palmeiras (São João da Boa Vista) 8×2 Promeca
15/3- Promeca 2×1 Internacional (Limeira)
22/3- Cerâmica (Mogi Guaçu) 4×2 Promeca
29/3- Promeca 2×2 Hepacaré (Lorena)

Infelizmente em 1964, o time se licenciou e passou a disputar apenas as competições amadoras. Aqui, o time de 1966:

Outros times sem a identificação da época:

O time acabou se licenciando do profissionalismo e acabou sumindo até mesmo das disputas amadoras.
Para tentar sentir um pouco do que foi a sua trajetória fomos até a vizinha Jundiaí para registrar o Estádio onde a AE Promeca mandava seus jogos.

O campo do Nacional, que fica ali bem em frente à estação de trem!

A estação é a última parada do trem Jundiaí-Rio Grande da Serra e é bem movimentada!

Bacana terem preservado um pouco do passado bem ali em frente à estação!

Do outro lado da avenida e alguns quarteirões à frente fica a sede e o Estádio do Nacional Atlético Clube, funcionando quase como a sede do time da capital.

Sendo assim, o campo do Nacional acabou utilizado por outros times em disputas oficiais, como fez a AE Promeca!

Olha aí os bancos de reservas embaixo dos coqueiros que seguem a linha lateral do campo.

Ao fundo, a cidade que não para de crescer. Aqui, o meio campo:

Aqui, o gol do lado esquerdo:

E o gol do lado direito:

O sol quente nem fazia lembrar da chuva que caiu horas atrás…

E aí estamos em mais uma aventura futebolística!

Atualmente, só existem arquibancadas atrás do gol, onde está a estrutura do clube.

A parte interna do clube é bem bonita, uma pena que aparentemente o clube não tenha mais tanto glamour como no passado…

Fiquei em dúvida se essa informação presente em uma das paredes refere-se ao estádio ou ao clube…

E tudo isso, em território Jundiaiense…

Só nos restou curtir um pouco da cidade antes de ir embora, almoçando no Mercadão dos Ferroviários

Olha as placas que eles mantiveram por lá:

E depois ainda fomos até o Museu Ferroviário da cidade:

Olha quye placa bacana sobre a CIA PAulista de Vias Férreas:

Uma pena que estas locomotivas estão aí se degradando a céu aberto…

As construções pelo menos estão super bem mantidas!

Dentro do Museu, até uma camisa do Paulista está presente!

Ao lado dela uma foto do estádio antigo do Paulista, na Av Prof Luis Rosa:

Existe uma relação bastante complicada entre indígenas e a ferrovia…

E essa placa do século XIX??

Estou pensando em comprar essa locomotiva pra ir até os estádios, que tal?

Essa abaixo é uma miniatura, que, segundo a moça que trabalha no museu, tem planos para transportar crianças pela área externa…

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O futebol em São José dos Campos

Aproveitando o nosso rolê por São José dos Campos para assistir ao jogo São José EC 2×0 EC Santo André e também CA Joseense 0x1 XV de Jaú, fizemos um registro de alguns estádios e da história do futebol local.

Mas antes disso, fomos andar pelas ruas do centro, pra sentir um pouco da cidade, começando pelo Mercado Municipal

E já que estamos por aqui, vamos curtir um som!

Também estivemos pelo Parque da Cidade.

Lá, visitamos o Museu do Folclore.

A história de São José dos Campos como a de todo Brasil é anterior à chegada dos europeus.
Há milhares de anos, a região era habitada por diversos povos indígenas, como os Guayanases, Guainás, Aimorés e Puris (retratados abaixo por Van de Velden), entre outros. Cada um com sua cultura, língua e modo de vida em harmonia com a natureza.

A chegada dos europeus efetivou um processo de desapropriação das terras indígenas, resultando em conflitos e até mesmo no extermínio de comunidades inteiras. Os sobreviventes tiveram que aceitar a política de aldeamento implementada pelos jesuítas.

Com a chegada da ferrovia (olha aí a estação), em 1876 potencializou-se a expansão da cafeicultura no Vale do Paraíba, e São José dos Campos se desenvolveu economicamente.

Curiosamente, o futebol não se desenvolveu junto da Ferrovia como estamos acostumados a ver, mas sim, junto às indústrias.
Entre os anos de 1920 e 40, São José dos Campos recebeu indústrias de cerâmica (como a Cerâmica Weiss) e tecelagem (Tecelagem Parahyba e a Cia. Rhodosá de Rayon, do grupo Rhodia, fabricante de fios sintéticos).
A cidade ainda iria passar por outras fases mais modernas de industrialização (lembre-se que aí fica a sede da EMBRAER), mas foram as fábricas do início do século que movimentaram o futebol local.

A cidade teve nada menos que 9 times disputando as competições profissionais do futebol paulista:

Vamos relembrá-los por ordem cronológica de fundação.
O mais antigo deles é a Associação Esportiva de São José, fundada em 15 de agosto de 1913 com o nome de “São José Futebol Clube“, rebatizada como Associação Esportiva São José em 23 de maio de 1918.

Seu campo ficava no local onde hoje está o Ginásio Poliesportivo Linneu de Moura.

Sua estreia no profissionalismo se deu em 1922 quando disputou a Divisão do Interior da APSA (Associação Paulista de Sports Athléticos) e terminou em último lugar, as se torna o primeiro time de São José a figurar nas competições oficiais.

A Esportiva de São José termina na mesma colocação em 1923, mas segue fazendo história no futebol paulista.

Em 1927, disputa o Campeonato do Interior da LAF (Liga dos Amadores de Futebol) jogando a Seção Sul da Zona Central do Brasil.
Em 1930 e 31 disputa o Campeonato do Interior da APEA (Associação Paulista de Esportes Atléticos).
Aqui, o time de 1942 que também jogou o Campeonato do Interior:

A Esportiva de São José disputou ainda os campeonatos de 1943, 44 e 1946 quando foi campeão da 1ª Zona do Campeonato do Interior (grupo com os times abaixo), perdendo o título da região para o Cruzeiro FC:

Em 1957, a Associação Esportiva São José decidiu extinguir seu departamento de futebol. Mas o clube social segue vivo!

A Associação Atlética Santana do Paraíba é o segundo time mais antigo, tendo sido fundada em 10 de outubro de 1913, poucos meses depois da AE São José.

O campo da AA Santana do Paraíba ainda está de pé, mas acabamos não o visitando desta vez, até porque atualmente o time manda seus jogos no AD Parahyba (que vamos mostrar mais abaixo):

O time disputou uma única edição oficial do futebol paulista: o Campeonato do Interior da LAF, em 1928, jogando a Seção Sul da Região Central do Brasil. Naquele ano, o time era denominado Sant’Anna FC.

Aqui, a AA Santana do Paraíba nos anos 40. Em 1942, 43 e 44 disputou o Campeonato do Interior.

Na sequência, foi fundado o Esporte Clube São José em 13 de agosto de 1933.

Até por levar o nome da cidade, o time logo ganhou o carinho dos torcedores, ainda que tenha se mantido por décadas disputando apenas as competições amadoras.
Como São José dos Campos tinha muitas formigas, o time ficou conhecido como “Formigão“.

Duas equipes da cidade, o Klaxon Clube e o Internacional FC, se fundiram para fortalecer ainda mais o São José, o que acabou aumentando a rivalidade com o outro time da cidade, a Associação Esportiva São José. Na foto abaixo, um encontro entre os dois times.

Em 1943, estreou no Campeonato do Interior, jogando até 47.
Em 1957, o time faz a estreia no futebol profissional, jogando a 3ª divisão, com o time abaixo:

Após aquela aventura, o EC São José se licenciou e só retornou ao profissionalismo em 1964, desta vez na 4ª divisão, da qual foi campeão, obtendo o acesso para a Terceira Divisão do ano seguinte.

Em 1965, o Formigão do Vale brilhou na fase inicial da Terceira Divisão, liderando a sua série:

Mas o time foi mais longe, sagrando-se Campeão da Terceira Divisão de 1965, garantindo o acesso para a segunda divisão do Campeonato Paulista. Aqui, a fase final do Campeonato:

Esse é o time de 1965:

Assim, em 1966 disputa a 2ª divisão do Campeonato Paulista.

Aqui, o time de 1967 que disputa a segunda divisão:

Foi nesse período que o clube revelou o goleiro Emerson Leão, que veio das categorias de base.

De 1970 a 76 disputou a 2ª divisão, sendo que em 1972, conquistou o título do Campeonato, classificando-se em na primeira fase, atrás do SAAD

Na segunda fase, vingou-se do time de São Caetano chegando à final contra o Garça FC:

O Formigão venceu por 3×0 em casa e empatou por 0x0 em Garça mas não subiu pra primeira, porque o acesso estava suspenso pela Federação Paulista.

Infelizmente, o time custava mais do que arrecadava e passou a se afundar em dúvidas.
O time permaneceu jogando a segunda divisão até 1976, quando para vencer as dívidas encerrou sua existência, mudando seu nome e dando origem ao atual São José EC (já já falaremos dele).

O EC São José mandava seus jogos no antigo “Estádio da Rua Antonio Saes“, que desde 1942 era oficialmente denominado Estádio Martins Pereira, que viria a ser também o nome do Estádio atual.

Tentei fazer uma sobreposição imaginando onde seria o Estádio nos dias atuais…

Não resistimos e fomos até a atual Igreja que ocupa o espaço imortalizado pelo futebol, pra imaginar como era…

Antes que crucifiquem a Igreja Universal (que trocadilho hein?), vale dizer que a área foi ocupada por um supermercado Jumbo Eletro depois do Estádio.

No site do Museu do Futebol encontrei essa foto da torcida do Esporte Clube São José no 0 X 0 contra o Fernandópolis, em 1960:

Sua capacidade era de apenas 5 mil torcedores, motivo pelo qual a cidade se organizou para a construção do novo Martins Pereira. O Museu do Futebol tem também uma foto que registra a última partida disputada no Estádio da Rua Antonio Saes: o amistoso EC São José 2X0 DERAC, de Itapetininga.

O time seguinte a ser fundado foi o Rhodosá Atlético Clube, em 13 de fevereiro de 1948.

O time foi formado por trabalhadores da Companhia Rhodosá de Rayon SA, indústria química, instalada no bairro de Santana.

O time se filiou à Federação Paulista de Futebol (FPF) e passou a disputar o Campeonato Amador pela Zona de Lorena. Aqui, o time de 1949 que disputou competições e torneios amadores e com outras indústrias.

O Rhodosá Atlético Clube se tornou bicampeão amador em 1959 e 1960, levando o time a se tornar o 1º time profissional de São José dos Campos, disputando a 4ª divisão em 1965, ainda que sem conseguir realizar uma grande campanha:

De qualquer forma, o time fez história no futebol e isso não se apaga jamais!

O Rhodosá AC teve até um time feminino!

Mandava seus jogos no Estádio Dr Roberto Moreira (nome do presidente da Rhódia na época) construído junto à fábrica, no bairro de Santana, e inaugurado em 1956.

Como o endereço em mãos fomos até lá para ver se o Estádio ainda existe, mesmo com o fechamento da indústria.
Próximo do local, encontramos esta linda e gigantesca árvore:

Olha aí a frente do Estádio:

Olhando do lado de fora, deu pra ver que o que encontraríamos não era mais um estádio de futebol…

A entrada para o antigo estádio é esse portão:

Pedimos permissão para o “caseiro” da atual área e fomos tentar encontrar algo do antigo estádio. Olhando assim, parecia apenas uma casa, mas… o que parece aquilo no andar de cima?

Subi essa escada, sabendo onde chegaria…

Aí está a arquibancada do Estádio Dr Roberto Moreira, o Campo do Rhodosá!

Presença registrada em mais uma arquibancada histórica!

Agora, olhando da arquibancada, aqui está (está ???) o gol da esquerda:

O gol da direita:

E o meio campo:

Encontrei uma imagem que mostra o campo algumas décadas atrás:

Missão cumprida, ainda que os registros não sejam muito animadores…

Dando sequência, é vez de falar do Corinthians Futebol Clube de São José dos Campos, fundado em 3 de janeiro de 1954.

Lá no Mercado Municipal já havia visto (e registrado) esse poster do time, no bar em que ouvimos aquele senhor cantar.

Inicialmente, o Corinthians FC usava um campo que ficava na Praça Duque de Caxias, 48, no bairro do Jardim Paulista.
Esse é o time de 1961, vice campeão local:

Em 1976, decide disputar a 3ª divisão, mas infelizmente acaba abandonando a competição ao fim do primeiro turno.

Falemos agora do Grêmio Olimpico Futebol Santanense, fundado em 5 de setembro de 1975. Distintivo direto do site Escudos Gino:

O clube surgiu por iniciativa de atletas da equipe juvenil do Esportivo Futebol Clube, que queriam levar o futebol adiante, fazendo surgir o Grêmio Olímpico de Futebol Santanense.
Aqui, o time de 1981:

Depois de muitos campeonatos amadores e locais, o time decidiu se profissionalizar e disputar o Campeonato Paulista da Terceira Divisão em 1986.

De 1986 a 92 disputou a 3ª divisão.

Destaque para a campanha de 1988, quando se classificou em segundo lugar na primeira fase:

Liderou a fase 2:

E só acabou desclassificado na penúltima fase.

O Grêmio Santanense mandou seus jogos no campo da ADC Parahyba, o campo que surgiu junto à Tecelagem Parahyba presente em São José de 1925 até 1995. Hoje ainda há produção de cobertores por meio de uma cooperativa de ex- funcionários. Ficou conhecida com a marca Cobertores Parahyba.

Como o Estádio ADC Parahyba, também conhecido como o “Campo da Tecelagem”, ainda está lá, fomos fazer uma visita para registrá-lo:

Diferente do estádio do Rhodosá, confira que lindo está o Campo da Tecelagem:

Então, vamos eternizar mais este lugar com nossa humilde câmera digital kkkk

Olha que charmosa a arquibancada que lembra a geral dos tradicionais estádios brasileiros:

Lä do outro lado também existe um lance de arquibancada, o que totaliza mais ou menos 5 mil lugares para a torcida.

A manutenção do local garantiu mais um momento histórico para o futebol local, ao receber jogos da Copa Libertadores de América de Futebol Feminino de 2011 a 2014.

Aqui o gol da esquerda:

Aqui, o meio campo:

Aqui, o gol da direita:

Ali ao fundo, os bancos de reserva e vestiários:

A arquibancada é única e realmente inesquecível!

Agora, é a hora de falar do time mais expressivo e tradicional da cidade: o São José Esporte Clube.

Pra isso, devemos voltar a 1976, com o antigo EC São José completamente endividado. A solução para a situação foi “encerrar” o antigo clube e realizar uma reformulação da identidade, fazendo surgir um novo São José.
O Formigão deixava de existir para em seu lugar surgir a Águia do Vale.
O preto e branco deram lugar ao azul, amarelo e branco, as tradicionais cores da cidade.

Assim, em 24 de dezembro de 1976, surge o São José EC e que logo no ano seguinte, passa a disputar a 2ª divisão (a Intermediária) e logo no primeiro ano, termina em 3º lugar:

Mesma posição do ano seguinte (1978):

E também a de 1979:

Finalmente em 1980, chegou a vez do São José EC realizar uma campanha quase perfeita e finalmente subir para a Primeira Divisão.
Essa foi a primeira fase:

Liderou também a segunda fase:

Depois vieram as semifinais contra o Aliança de São Bernardo (0x0 no ABC e 2×1 em São José), depois as finais com o Grêmio Catanduvense (ganhando como visitantes por 1×0 e 4×0 em casa) e sagrando-se assim campeão, com o meu ídolo Tonho, no gol.

Sua estreia na 1ª divisão em 1981 foi incrível! Em um campeonato maluco, chegou à fase final, após 2 turnos, em um grupo ao lado de Palmeiras, Santos e Ponte Preta, mas não se intimidou…

Assim, fez a final do turno com o São Paulo, vencendo em São José por 1×0 e perdendo por 3×2 no Morumbi, em um jogão!

Em 1982, o São José realizou uma campanha mediana, mas em 83, acabou rebaixado, e acabou se licenciando até 1985 quando voltou a disputar a segunda divisão, mas teve uma campanha fraca, assim como em 1986.
Mas, em 1987, novo bom momento: com o vice campeonato da 2ª divisão, o São José estava de volta à elite!

Assim de 1988 a 93, a Águia voou pela 1ª divisão, com campanhas interessantes, um 3º lugar em 88, um vice campeonato em 1989, com o time abaixo (olha o goleirão Rafael no time!):

Em 1990, 91e 92, novamente campanhas medianas, culminando no rebaixamento de 1993.
Assim, em 1994 o São José EC jogava mais uma série A2.
Mas, em 1996, um terceiro lugar devolvia a Águia à principal divisão do futebol paulista.

De volta à primeira divisão, o São José EC conseguiu se segurar até 1999 quando acaba rebaixado mais uma vez.
Mas dessa vez, após 4 anos na A2, a águia foi parar na A3.
Daí em diante, o time passou por muito sobe e desce, jogando a A3 em 2005 e 06, a A2, de 2007 a 2014, a A3 em 2015 e 16, a Segunda Divisão de 2017 a 2020, a A3 de 2021 a 23, quando finalmente volta à série A2.

Vale reforçar a importância e o sucesso do time feminino do São José, criada em 2001.
O time foi vice campeão Paulista de 2010. Em 2011, garantiu vaga na Copa Libertadores por ser sede do torneio, do qual sagrou-se campeã!

Em 2012, conquistou seu primeiro título da Copa do Brasil e o Campeonato Paulista.
Em 2013, o bicampeonato da Copa do Brasil e da Copa Libertadores.

Em 2014, além da Libertadores, o São José conquistou o Torneio Internacional de Clubes, derrotando o Arsenal.

Desde 2017, infelizmente, vive um período de declínio na modalidade.

Mas a cidade de São José dos Campos ainda tinha inspiração para mais times e em 1º de outubro de 1998 foi fundado o Clube Atlético Joseense.

O time nasce com foco nas categorias de base, participando dos campeonatos sub-20, 17 e 15, além da Copa São Paulo de Futebol Jr, a partir de 2001, quando também participa da Série B3 do Campeonato Paulista.
Termina em 5º lugar e consegue o acesso para a Série B2, onde ficou até 2004, quando subiu para a Série B (a quarta divisão, na prática).

Aqui, o time de 2010:

Em 2012, garantiu acesso à Série A3 do Campeonato Paulista, a ser disputada pela primeira vez em sua história no ano de 2013.
Em 2014 mudou seu nome para São José dos Campos Futebol Clube, mas a ideia não foi muito bem aceita pela população local que considerou que o time estava tentando tomar o lugar do tradicional “São José EC”.

Em 2017, decidiram voltar ao nome de origem.
Em 2018, acaba rebaixado para a Segunda Divisão, onde está até os dias de hoje.
Este é o time de 2022:

Este é o time de 2023, que segue na briga (aliás, confira o post sobre o jogo contra o XV de Jaú aqui) pelo acesso à série A3:

O último time fundado na cidade foi o Futebol Clube Primeira Camisa, fundado em 2 de março de 2007.

O time surgiu de uma iniciativa do zagueiro Roque Júnior em parceria com as categorias de base do São José.

Em 2008, o time se profissionalizou e passou a disputar a 4ª divisão, onde ficou até 2011, quando se licenciou.

Em 2007, fez uma parceria com o São José EC e os atletas do Primeira Camisa representaram a Águia do Vale na Copa São Paulo, tendo a melhor campanha de um time de São José dos Campos na Copa São Paulo, chegando nas quartas de final, quando perdeu para o Cruzeiro, em um Martins Pereira, com mais de 20 mil torcedores e com gente do lado de fora.

Ufa… É mesmo muita história!

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O Estádio Municipal Clube Ferroviário e o futebol em Bernardino de Campos

No feriado de 15 de novembro de 2022, fizemos um incrível rolê de Santo André até Bataguassu, no Mato Grosso do Sul. Entre as centenas de quilômetros percorridos, registramos 20 estádios que receberam partidas profissionais e amadoras em diferentes cidades.

Depois de registrar o Estádio Municipal Tonico Lobeiro, na cidade de Óleo e o Estádio Gilberto Moraes Lopes, em Piraju nossa terceira parada foi em Bernardino de Campos para conhecer o Estádio Municipal Clube Ferroviário !

Bernardino de Campos tornou-se município, legalmente, em 9 de outubro de 1923, mas a história da região também passou pelas diferentes fases com ocupação indígena até a chegada dos portugueses, e depois uma aceleração com a chegada da ferrovia (Foto do site Estações Ferroviárias).

Encontrei esse galpão, achando que foi o que sobrou da estação.

Até o fim do século XIX, o local era um pequeno povoado conhecido como “Douradão”, que depois foi chamado de “Figueira” até finalmente se oficializar como “Bernardino de Campos” em homenagem ao político que presidiu o estado de São Paulo por duas vezes.

Bernardino de Campos tem como base da economia a agricultura e teve início com o café e o algodão, mas com o tempo, grande parte do cultivo foi dedicado a pastagens e canaviais. Atualmente, sua atuação está focada em gado de leite, gado de corte, cana-de-açúcar, milho e soja, além de um pequeno comércio e serviço.

Demos um rolê rápido pela cidade e deu pra sentir que o lugar ainda é bastante tranquilo. Por lá, vivem cerca de 12 mil pessoas.

Estivemos na cidade para conhecer e registrar o atual Estádio Municipal de Bernardino de Campos, que por muitos anos foi conhecido como o Estádio do Esporte Clube Ferroviário.

Fiquei triste de ver a pintura mal cuidada… No passado essa entrada era assim:

O Esporte Clube Ferroviário foi fundado em 16 de agosto de 1947, pelos funcionários da Estrada de Ferro Sorocabana.

Olha aí a imagem de um goleiro que defendeu o clube no passado.

Como a maioria dos times, o EC Ferroviário começou no futebol amador e nessa fase, seu principal adversário era o outro time da cidade: a Associação Atlética Bernardinense, fundado em 13/08/1925.

Já em 1931, os jornais noticiavam partidas da AA Bernardinense:

A AA Bernardinense disputou o Campeonato Paulista do Interior em 1947:

Aqui, o time juvenil de 1957:

E o principal do mesmo ano:

Em 1956 e 58, rolou o derbi pelo Amador do Estado daquele ano.

E a vitória foi da Associação, mesmo jogando no campo do Ferroviário!

E também no jogo de volta…

O campo da Associação fica na Av da Saudade. O Estádio foi construído no início dos anos 30!

Aqui, uma imagem da torcida do EC Ferroviário no campo da Associação em 1978:

Aqui, uma matéria na Gazeta Esportiva falando sobre um amistoso disputado em Palmital:

Mas, em 1965, desafiando a lógica, o EC Ferroviário fez sua estreia no futebol profissional na 4ª do Campeonato Paulista, terminando a primeira fase de grupos em 8º lugar.

O time manteve no profissional em 1966, novamente com uma campanha muito ruim, terminando na última colocação.

O EC Ferroviário volta às disputas amadoras.

Com a crise na Ferrovia, o clube também passou por problemas e em 1994 a Prefeitura assume a gestão do time e do estádio, mas a sua memória segue por lá, nas paredes…

Vamos dar uma olhada em mais este templo do futebol:

Aparentemente, o time voltou a usar o estádio jogando partidas amadoras.

Suas cores seguem na pintura da arquibancada.

E nos olhos sonhadores da molecada que segue frequentando o campo e jogando bola lá, sonhando em quem sabe ser um jogador, ou simplesmente curtir os seus 90 minutos de craque local.

A pequena arquibancada segue lá, na lateral do campo. Dá pra ver que ela é feita em tijolos, uma construção para durar muito tempo.

O gramado cresce bonito aproveitando os nutrientes da famosa “terra roxa”.

Antes de ir embora, o registro do meio campo, com destaque para um detalhe que eu aprendi a observar com o historiador “seo” Adalberto, aqui de Santo André: perceba o que está sendo usado para segurar o alambrado.

Veja aqui, o gol da direita enquanto eu te respondo o que são esses “falsos” postes: na verdade são pedaços de trilhos, que provavelmente sobraram nos depósitos da época da Ferrovia.

E o gol da esquerda:

Um grande orgulho poder pisar e registrar o Estádio do Clube Ferroviário e de ter conhecido a bela e pacata cidade de Bernardino de Campos.

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114- Camisa do São Bento

A 114ª camisa do blog vem de uma cidade próxima à São Paulo e que teve muito de sua história escrita graças à Estrada de Ferro.

E onde há Estrada de Ferro, há Futebol (e trens…). A cidade é Sorocaba!

O time, dono da camisa é o Esporte Clube São Bento.

Seu mascote é o pássaro Azulão, abaixo na versão do meu xará, Maurício Tadeu:

O São Bento foi fundado em setembro de 1913, por operários da Ferreira e Cia, ainda sob o nome Sorocaba Athletic Club e o começo da sua história está bastante ligado à atual cidade de Votorantim, um dos “ninhos” do futebol brasileiro, graças ao time Savóia.

Na época, outras equipes figuravam no cenário boleiro local, como o Sorocabano, o Fortaleza Club, o A.A. Scarpa e o Estrada de Ferro Sorocabana F.C.

No ano seguinte à sua fundação, o clube mudou seu nome para Esporte Clube São Bento, em homenagem ao mosteiro de São Bento, que ficava próximo do campo onde mandava seus jogos.

A partir daí, ingressa na disputa de campeonatos profissionais, principalmente os tradicionais torneios do interior.

Em 1953, disputa a segunda divisão de profissionais junto de outros 19 times, entre eles Corinthians F.C. de Santo André, Paulista de Jundiaí, Jabaquara de Santos, Bragantino, São Caetano E.C. (que não é o atual A.D. São Caetano), E.C. Taubaté. O primeiro jogo oficial foi contra o Bragantino (uma derrota por 2×1).

Em 1962, sagra-se campeão da segunda divisão, conquistando o acesso à divisão de elite do paulista. Momento mágico para a cidade, graças ao time abaixo:

Logo no seu primeiro ano, em 1963, conseguiu terminar o campeonato em 4° lugar, ficando na frente de várias potências do estado como Portuguesa e Corinthians. O céu parecia o limite para o São Bento!

O time de 1964 também fez boa campanha. As fotos abaixo, consegui do ótimo site do Milton Neves “Que fim levou?” e permite visualizar ao fundo um pouco da cidade :

Aqui, o time de 1972. Dá pra ver o público que comparecia aos jogos:

Os anos 70 passaram rápido e a cidade era tão ligada ao time que era impossível alguém acreditar que décadas depois, esse amor sumiria… Aqui, o time de 1978, dá pra ver ali agaixado o ex jogador Lance que também marcou a história do Santo André:

O São Bento disputou ainda o Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão de 1979, ficando em 15° lugar.

Então vieram os anos 80.

A década que marca o “início do fim” da paixão dos torcedores locais pelos times de suas cidades.

E isso também aconteceu em Sorocaba, com o São Bento. Foram os últimos anos onde a torcida realmente se mobilizou e parou a cidade, como o time merece.

Nessa década, o time disputou, a Taça de Prata de 1981 e 1983.

Aqui, o time de 1986:

Infelizmente, nos anos 90, o time realizou más campanhas e logo em 1991 foi para a série A2, após quase 30 anos consecutivos na primeira divisão.

E se as coisas pareciam ruins, ficariam ainda piores.

Em 1994, devido às famosas mudanças da Federação Paulista, o São Bento passou a disputar a Série A3.

Em 1998 chegou a ser rebaixado a quarta divisão, mas conseguiu permanecer na A3, já que o XV de Novembro de Caraguatatuba não conseguiu aumentar a capacidade de seu estádio, tendo sua participação vetada.

O clube quase foi fechado e somente na década seguinte, pode se reorganizar.

Assim, em 2001, conquistou o acesso à A2 com o título da Série A3.

No ano seguinte, além de disputar a Série A2, o São Bento conquistou o título da Copa Futebol do Interior, atual Copa Paulista.

Em 2005, o time volta para a primeira divisão após 14 anos.

Infelizmente, em 2007 o clube sofreria novo rebaixamento, desta vez sob o comando de Freddy Rincón.

Em 2009, o time realizou uma recente mudança em seu Estatuto, e “aportuguesou” seu nome para “Esporte Clube São Bento”.

Em 2011, após péssima campanha na série A2, voltou a ser rebaixado para a série A3, terceira divisão do futebol paulista.

O São Bento manda seus jogos no Estádio Municipal Walter Ribeiro, o popular CIC (Centro de Integração Comunitário).

Estivemos lá vendo um jogo do São Bento, pela Copa Paulista em 2010, veja como foi aqui!

Essa foto foi num jogo contra o Barueri:

Aqui, dá pra ver a torcida em ação, no estádio. Bonita festa em azul e branco:

O Estádio Municipal foi inaugurado com a intenção de aposentar o Estádio Humberto Reale, que atualmente está sendo reformado para tornar-se um centro de treinamentos e alojamento.

Já demos uma passada por lá, mas estava fechado:

Esse é sem dúvida, um estádio histórico, tendo passado por ele vários craques, do Santos de Pelé ao Nacional de Montevidéu.

O time faz o dérbi local contra o Atlético Sorocaba e é semrpe certeza de casa cheia, como na foto abaixo:

Para maiores informações, existe o site oficial e dois blogs muito legais: http://vamossubirbento.com.br/blog/ e  http://esporte-clube-sao-bento.blogspot.com/

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