Domingo, 14 de maio, dia das mães, mas elas sabem que podem esperar, afinal é dia de dar um rolê até Limeira, e registrar a partida entre o Independente de Limeira e o Mogi Mirim, no Estádio Comendador Agostinho Prada, o “Pradão”.
Peguei meu ingresso ali na secretaria mesmo, mas está aí a antiga bilheteria:
O Estádio é a casa do Independente FC, fundado em 19 de janeiro de 1944.
Antes de entrar, vamos dar uma olhada em dois troféus que estão ali na secretaria do clube.
Esse mais recente é do vice campeonato da série A3 de 2014:
O time começou sua história disputando amistosos e torneios regionais, mas em 1972, passou a jogar o profissional, estreando no Campeonato da Segunda Divisão (que equivale à terceira divisão). Em 1973, foi campeão deste campeonato, conquistando direito a disputar a Divisão Intermediária (o segundo nível do campeonato), porém não pôde jogar porque seu estádio tinha limite para 2 mil torcedores. Em 1975, houve uma mobilização da cidade para construir as arquibancadas do Estádio Municipal Agostinho Prada, o Pradão, aumentando sua capacidade para 10 mil lugares.
Então pra quem tem curiosidade de saber como é o estádio, vem comigo no caminho pra arquibancada do Pradão!
Quanto custou o ingresso? R$ 20 a inteira e R$ 10 a meia entrada.
Que bela manhã para uma partida!
Ideal para encontrar os amigos, familiares e até mesmo o companheiro de quatro patas!
Sinta um pouco o clima da arquibancada:
Quem deu o tom na bancada durante a partida foi o pessoal da Galo Beer!
Sempre que alguém critica as organizadas eu lembro que se não fosse por elas, os estádios atuais estariam muito desanimados.
A arquibancada estava bem bonita e com um ótimo clima! Ainda que o público não tenha sido dos maiores ( uma realidade do futebol brasileiro, principalmente no quarto nível do Campeonato Paulista), acompanhar o IndependenteFC em campo é um passeio que agrada diferentes perfis: da turma mais velha aos mais novos, meninos e meninas… As famílias de Limeira tem no Pradão a certeza de um rolê que permite momentos de interação cada dia menos comuns nesse mundo tão corrido…
Outro ponto curioso, é que o Estádio Comendador Agostinho Prada tem uma área bacana, e permite a presença na área lateral e também atrás do gol lá próximo ao bar. Foi de lá que eu fiz essa foto:
Na outra lateral, a área dedicada à imprensa, diretoria e demais convidados especiais.
Mais um estádio incrível com uma linda história e que merece mais apoio e maior presença do público.
O Independente é um time que mantém uma forte base de torcedores. Surpreende o número de pessoas com a camisa do time!
Aqui, o gol da direita:
O gol da esquerda:
O meio campo:
Muito bacana poder participar de um dia desses.
Olha os bancos de reservas:
O time do Independente começou o jogo nervoso e em uma falta da intermediária, o goleirão espalmou uma cabeçada para dentro da área e o atacante do Mogi Mirim não perdoou: Sapão 1×0. Com o gol eu encontrei a torcida do Mogi, não láááá atrás do gol, mas na lateral.
Fim do primeiro tempo e é hora de conhecer o bar do Estádio Pradão.
E nem as lindas faixas da torcida local, ajudaram… Mesmo enquanto o Independente jogava melhor, o Mogi fez 2×0 e praticamente matou o jogo…
A diretoria do time local (parece que eram eles) ficou louca lá naquela área do “predinho”.
A torcida deu uma desanimada, mas manteve o apoio até o fim.
Pela manhã, ainda tivemos tempo pra acompanhar parte da rodada dupla (sub 15 e sub 17), onde o Ramalhinho enfrentou o Água Santa, com presença da torcida de Diadema no Brunão e um recebimento respeitoso como sempre deve ser!
Mas voltando ao jogo da tarde, o adversário foi o Vitória FC, do Espírito Santo. O “Alvianil de Bento Ferreira” é o time profissional mais antigo do Espírito Santo, com 111 anos em 2023.
Manda seus jogos no Estádio Salvador Venâncio da Costa, já estivemos por lá, lembre aqui como foi.
Voltando ao Brunão, olha aí a Esquadrão, presente como sempre!
A nossa turma também se faz presente!
Olha a TUDA aí também!
A Ramalhão Chopp está de volta!!
E aí a Fúria!
Uma tarde agradável de sol, que contou com pequena participação da torcida… Menos de 1000 pessoas compareceram ao jogo 🙁
Em uma linda jogada de Will, que cruzou para a área encontrou o atacante Vitinho livre pra marcar o gol da partida!
Festa na torcida Ramalhina!
Olha o Gó, aí!
Mais uma vez, o time se mostra bastante integrado à torcida. Olha que bacana o fim do jogo:
São João da Boa Vista foi um dos lugares que nos incentivaram a registrar estádios, mas, quando começamos, nem sabia como fazer isso direito…
Por isso, em Abril de 2023, depois de me formar em História, voltamos à cidade para registrar com mais detalhes e metodologia, os estádios de São João da Boa Vista, que receberam jogos dos 3 times profissionais!
Segundo o livro Indígenas em São Paulo – Ontem e hoje, os povos originários que ocupavam a região eram do macro grupo Jê, conhecidos como “Tapuias”, e possivelmente Kaiapós, que acabaram expulsos ou assassinados pelos portugueses que chegavam à terra. A cidade surge em torno da Fazenda Boa Vista, onde vivia o Padre João Ramalho, e se expandiu no terreno doado por Antônio Machado.
A cidade nasceu de modo planejado com um projeto para o progresso de toda a região, explorando atividades agropecuárias e industriais. Curiosamente não há registros de quilombos ou terras indígenas, facilitando o agronegócio.
Em 2020, se confirmou a data de fundação da cidade como 24 de junho de 1824. É bacana saber que existem diversos livros sobre a história da cidade.
Em 1853, foi inaugurada a Igreja Matriz, com uma missa celebrada pelo Padre João Ramalho, que acabou morrendo no meio da celebração, marcando de forma emotiva a data!
Em 1880, São João é elevada a Município, compreendendo as vilas de Aguaí, Águas da Prata e Vargem Grande do Sul que, com o tempo, também se emanciparam. Em 1886, a estrada de ferro chega até a cidade, com a Companhia Mogiana, colaborando com a exportação de sua produção agrícola.
O rio Jaguari-Mirim corta a cidade e dá um clima bem gostoso à cidade!
Uma das praças, há uma homenagem dos alunos da UNIFAE em homenagem ao Cachorro Zé, mascote da Instituição.
Falando do futebol local, Luiz de Freitas, ex-jogador da Esportiva Sanjoanense, diz que o esporte chegou à cidade em 1904, com as primeiras partidas disputadas no campo do Largo da Estação, usando como bola, a bexiga de um boi!
Logo, um esportista mais “moderno”, Eudálio Camargo, de Mogi Mirim, trouxe uma bola oficial para substituir a “bola” usada até então. O primeiro clube de futebol de São João da Boa Vista foi o Sport Football Club Sanjoanense, fundado pela família Rehder.
Em 1907, entra em uso um novo campo: o da Av. Dona Gertrudes, ainda teríamos novos campos na praça Joaquim José e na Av João Osório. Em 1915, surge a Associação Atlética São João, jogando no campo da rua Santo Antônio.
A grande dificuldade da Associação Atlética São João era a falta de um campo oficial e pra resolver isso, Oscar de Andrade Nogueira, sugeriu fundar um novo clube, com a fusão entre a AA São João e o SFC Sanjoanense unindo a cidade em torno de um clube e da construção de um estádio. É aí que surge a Sociedade Esportiva Sanjoanense, em 1º de julho de 1916.
A SE Sanjoanense nasce com a preocupação inicial de construir uma estrutura importante para os esportes, assim, nos primeiros anos, a Associação Atlética São João ainda jogaria com seu nome, e assim conquistaria o primeiro troféu da cidade: a Taça Tulé, vencida por 2×0 em cima do Paulistano (time de Arthur Friedenreich), em 1918!
A AA São João passa a fazer parte do novo clube que logo se filia à Associação Paulista de Esportes Atléticos fazendo sua estreia nas Campeonato do Interior de 1920 (as informações dessa competição vêm do livro “Os Esquecidos – Arquivo do futebol paulista“):
O time foi vice campeão, perdendo a final para o Corinthians Jundiaiense.
Em 1921, acaba desclassificada por inscrever jogadores irregulares, mas é também nesse ano que o campo da SE Sanjoanense é inaugurado com um amistoso contra o Palestra Itália. E veja a linda foto do estádio naquele dia:
Que lindo ver uma imagem de 102 anos atrás…
102 anos depois lá fomos nós conhecer e registrar a casa da Sociedade Esportiva Sanjoanense, que passa a ser chamada de “Esportiva“.
Atualmente, o estádio fica dentro do clube, que é uma verdadeira potência na cidade!
Existem duas entradas, uma lá pelos lados da ferrovia e outra a principal.
Vamos então conhecer o incrível estádio da Esportiva!
O nome escolhido (Estádio Dr. Oscar de Andrade Nogueira) homenageia o idealizador do clube.
Existe ainda um espaço homenageando os campeões mundiais Mauro Ramos e Bellini, que fizeram parte do futebol local.
De todos os estádios registrados, eu diria que o Estádio da Sanjoanense é um dos que mais prestam homenagens à sua história!
Olha aí que lindo o placar!
Olhando ali do espaço em homenagem aos campeões mundiais, aqui está um registro, começando pelo meio campo:
O gol da esquerda:
O gol da direita:
Mas pudemos andar pelo campo e registrar outras vistas.
Essa arquibancada fica no antigo espaço ocupado pela “torcida do barranco”.
Um pouco mais a frente, está registrada a frase imortalizada pelo ex presidente Christiano Osório de Oliveira para incentivar seus jogadores.
Ao fundo da arquibancada coberta está o ginásio do clube, com o desenho do tigre da mogiana estampado em sua parede.
E que linda, a arquibancada do Estádio Dr. Oscar de Andrade Nogueira!!
Fico contente de registrar um momento especial como esse. A presença em um estádio que já tem mais de 100 anos!!!
Do outro lado da arquibancada coberta, há um grande lance de arquibancada descoberta, que cobra toda a lateral do campo.
Quase na metade do campo, existe um distintivo na cobertura da saída dos vestiários!
Vale mais um rolê? Vale sim!!!
Lá do placar, essa é a vista que se tem do campo, da estrutura social ao fundo e da arquibancada no antigo barranco:
Esse é o gol da arquibancada do barranco:
Olhando da arquibancada descoberta, essa é a vista do meio campo, com vista da arquibancada coberta do Estádio Dr. Oscar de Andrade Nogueira:
Aqui, o gol da esquerda:
E o gol da direita:
O Estádio Dr. Oscar de Andrade Nogueira tem capacidade oficial para 4.500 torcedores, mas é incrível como tem arquibancada pra todo lado que se olhar…
Olha ai a saída dos vestiários:
Lá do outro lado estão os bancos de reserva, junto à arquibancada coberta:
Ah, e lembra que eu disse que havia uma outra entrada junto à estrada de ferro, olha como os trilhos estão próximos do campo:
Antes de ir embora, uma passada no incrível Memorial Rubro Negro!
É ali que estão incríveis troféus e imagens não só ligadas ao futebol mas a outros esportes também.
Ah, se todos os times tivessem o mesmo cuidado com a preservação de sua história como a Sociedade Esportiva Sanjoanense…
Mas, voltemos ao passado para conhecer as histórias que tiveram o Estádio Dr. Oscar Andrade Nogueira como palco… No Campeonato do Interior de 1922, mais uma vez a SE Sanjoanense se classifica como líder da Zona Mogiana.
E no quadrangular final, termina como vice campeã do interior!
Segundo o livro “Esquecidos“, a SE Sanjoanense só voltaria a disputar a edição de 1927, e ainda sim desistiu da competição no segundo turno da 1a fase.
Depois disso, o time volta ao Campeonato de 1930, sem se classificar para a fase seguinte. Isso só ocorreria em sua próxima participação, em 1942, quando venceu a 7ª região, mas perde a 1ª eliminatória para o Pirassununguense.
O time segue na disputa do Campeonato amador, com destaque para 1944, 45, 46 e 47, quando sagra-se campeão da sua série. A fotona abaixo é do título da 2ª zona da 3ª região, de 1946:
Porém em 1947, o time decide alçar vôos mais altos e decide disputar a segunda divisão do futebol paulista, terminando em uma honrosa 5ª colocação.
A zaga desse time contava com o craque Mauro Ramos de Oliveira que acabaria vendido ao São Paulo:
Em 1948, desistiu da disputa antes do seu início. Em 1949, termina a 1a fase em 7º no eu grupo. Em 1950, tinha ninguém menos que Bellini (o primeiro em pé) no seu plantel:
Ainda assim, fecha a primeira fase em 3º, mas apenas os dois primeiros se classificavam para a fase final.
Em 1951, termina o grupo da Zona Leste em 2º lugar e classifica-se para o quadrangular semifinal, mas quem chega à final é o XV de Jaú e o Linense:
Em 1952, uma primeira campanha incrível! 14 jogos e apenas 2 derrotas, deixando pra traz o Bragantino, o Velo, a Inter entre outros times!
Na segunda fase, porém, um grande absurdo… Ao empatar por pontos com o Linense e o Paulista, houveram confrontos entre eles e o Linense acabou indo para a final (sagrando-se campeão contra a Ferroviária).
Vale reforçar que em 1952 aconteceu também a primeira partida de futebol feminino na cidade, no campo da Esportiva, frente à 5 mil torcedores.
Mas de 1952 a 1955, a SE Sanjoanense abandona o futebol profissional. Em 1956, volta à 2ª divisão e faz uma campanha bastante fraca.
Também vai mal em 1957 e 58, quando novamente desistiu das disputas profissionais.
E dessa vez, foram mais de 20 anos até voltar em 1982, agora na 3ª divisão.
Com o apoio da cidade, a Esportiva Sanjoanense classificou-se para a próxima fase!
Na segunda fase, empata em pontos, mas perde no saldo de gols a classificação
No segundo turno, também se classifica mas fica de fora da fase final.
Em 1983, faz uma boa campanha: 3º lugar no primeiro turno e 1º lugar no segundo turno, perdendo a decisão do grupo para o Itapira. Em 1984, classifica-se em 2º lugar…
Disputa a segunda fase e lidera o grupo, jogando até com a União Funilense, de Cosmópolis!
Infelizmente no triangular final, acabou ficando em último, sem vencer nenhum jogo 🙁
Na terceira divisão de 1985, nova primeira fase exemplar, terminando como líder!
Vem a segunda fase e … novamente classificado como líder!
Mas agora, foi a vez do Mauaense eliminar a Esportiva…
Em 1986, mais uma primeira fase quase perfeita na Terceira Divisão, terminando como líder do grupo verde. O time contava com Paulinho McLaren!
Porém, na segunda fase, acabou desclassificado…
O Campeonato Paulista de 1987 foi bastante esquisito… Jogando a Terceira Divisão, a SE Sanjoanense mais uma vez liderou a primeira fase…
A segunda fase era composta por 2 quadrangulares, o Palmital EC liderou um deles, e a Esportiva o outro. Por isso, muitos consideram o Palmital EC campeão da TerceiraDivisão enquanto para outros, o título é da Esportiva. O livro “125 anos de história – A enciclopédia do futebol paulista” cita a Esportiva Sanjoanense como campeã. Ambos obtiveram o direito de jogar a repescagem da segunda divisão do mesmo ano.
Porém, em 1988, volta a jogar o terceiro nível do Campeonato Paulista, denominado a partir de então com o “Segunda Divisão”.
Em algum momento de 1988, alguns torcedores estiveram no Estádio Oscar de Andrade Nogueira para torcer pela Esportiva no Campeonato Paulista, e não sabiam que aquela seria a última vez…” Será mesmo a última vez?
30 de abril de 2023 Véspera de feriado em homenagem aos trabalhadores e trabalhadoras, decidimos dar um role pela Grande SP e registrar um importante estádio na história recente do futebol paulista: Estádio Municipal Vereador José Feres!
Assim como todo o nosso continente, Taboão da Serra recebeu ocupação há milhares de anos por indígenas de diferentes etnias, que acabaram expulsos, escravizados ou mortos pelos primeiros bandeirantes, já nos séculos XVI e XVII.
Por conta das sangrentas bandeiras, aos poucos a região foi ficando conhecida por estar na rota para o sul do país. A região chegou a receber missões jesuíticas na tentativa de proteger os habitantes originais, mas com a expulsão dos Inacianos em 1759, os povos originários acabaram desaparecendo da região.
Por volta de 1910, surge o vilarejo Vila Poá nas margens dos córregos Poá e Pirajuçara, com foco na produção de frutas, legumes e verduras.
A então Vila Poá ficava distante de tudo e sem acesso às linhas de ônibus, obrigando seus habitantes a longas caminhadas. No início dos anos 50 torna-se um subdistrito de Itapecerica da Serra até obter no fim da década sua emancipação e aos poucos tornar-se o município que é hoje.
É nesta década de 50 que surgem os primeiros times amadores da cidade:
E até o fim do século XX os campos de várzea se fizeram muito presente na cidade, que ainda tinha muitas paisagens rurais, como esse, que ficava onde está o atual Shopping Taboão… Quem poderia imaginar essa transformação, hein?
A vida cultural e social de Taboão sempre esteve muito associada à da capital, uma vez que suas divisas são praticamente “invisíveis”, porém o time do CATS – Clube Atlético Taboão da Serra surgiu para fortalecer o sentimento de pertencimento da população local
Embora Taboão da Serra seja até que próxima de Santo André, é uma cidade que nunca tivemos oportunidade de pegar uma partida do CATS para registrar o Estádio Vereador José Feres.
Pena que não tem uma fachada apresentando este importante campo da história do futebol.
As bilheterias seguem por ali…
A principal identificação está na parte interna do Estádio Municipal Vereador José Feres, uma placa que informa a data da inauguração do Estádio: 20 de setembro de 1992.
Ficamos contentes em ver que o futebol amador estava ocupando o estádio no dia da nossa visita, permitindo nossa presença e o registro da parte de dentro!
O jogo da inauguração foi um amistoso entre a Seleção de Master do Brasil e a Seleção de Veteranos de Taboão da Serra. Vitória do Brasil por 14×0. Confira os melhores momento da partida:
Ao entrar pelo portão principal você terá esta visão:
Pra quem não conhece o Estádio, vamos a um rápido olhar, para quem está em sua grande arquibancada, este é o gol da esquerda (é atrás dele que está a entrada do estádio):
A arquibancada acompanha toda a lateral do campo:
Aqui, o meio campo:
E o gol da direita:
A arquibancada da direita também acompanha toda a lateral e ainda permite um espaço isolado láááá ao fundo, onde provavelmente acolhe-se a torcida visitante.
Aqui dá pra se ter ideia da arquibancada como um todo:
Do outro lado, apenas a estrutura interna do estádio e um tímido prédio para as transmissões:
O futebol amador trouxe alguns torcedores locais ao campo, em uma manhã ensolarada de domingo!
Mas, assim como o gramado sintético que já dá sinais de desgaste, a atual situação envolvendo o CATS e a Prefeitura também precisa ser renovada, afinal depois de tantas conquistas essa história não pode ser jogada fora…
Tudo começa com a fundação do CATS em 12 de dezembro de 1985 (impulsionado pelo vice campeonato do time de futsal que representava a cidade, nos Jogos Regionais de 1984) por Odair Franco Menegueti, primeiro presidente, e o professor de educação física Domênico Celestino Feligno.
O Clube Atlético Taboão da Serra passa a disputar amistosos e competições amadoras, e fica conhecido na região como o “Cão Pastor“, homenagem ao cachorro do caseiro que “residia” no interior do estádio.
Em 2003, CA Taboão da Serra decide alçar vôos mais altos e estreia no futebol profissional disputando a série B2, o sexto nível do futebol paulista. Mas a primeira participação foi bastante fraca.
Em 2004, o futebol paulista passa por uma mudança e de 6 divisões passa a ter apenas 5 e o CATS passa a jogar o quinto nível. O time surpreende e termina a primeira fase como líder!
Vem a segunda fase e mais uma vez, o time lidera seu grupo!
No último quadrangular que encaminhava um dos finalistas, uma campanha quase impecável, com 5 vitórias em 6 jogos.
Na final, jogando em Itararé, o time da casa fez 2×1 no CA Taboão da Serra, mas no jogo de volta: CA Taboão da Serra 3×1 Itararé. O CATS sagra-se campeão paulista da série B2!
Em 2005 o futebol paulista passou por mais uma mudança levando o CATS à série A3, mas infelizmente em sua estreia no terceiro nível, o time acaba rebaixado.
Assim, a partir de 2006, o CATS passa a disputar a 4ª divisão – chamada de “Bezinha“-. fazendo campanhas medianas até 2009. Em 2010, classifica-se para a segunda fase, na quarta colocação.
Na segunda fase, uma campanha melhor, classificou o time em primeiro (jogando ao lado da Inter de Limeira, que passou em 2º!!!):
Mas a Bezinha já era um verdadeiro labirinto e mandou o CATS para mais um quadrangular, do qual o Cão Pastor escapou com facilidade, em primeiro lugar!
Um último quadrangular definiu um dos finalistas daquele ano, e deste grupo saiu o CATS (assistimos o jogo deles contra o Paulínia em Paulínia, mas por alguma curiosidade não achei nenhum registro desse jogo).
Do outro grupo saiu o Velo Clube. Jogando em casa o CATS fez 2×0 e em Piracicaba (não lembro porque o jogo não foi em Rio Claro), o time de Taboão da Serra mandou logo 4×0, sagrando-se campeão da 4a divisão!
Em 2011, acabamos pegando um jogo do CATS na Mooca contra o Juventus (veja aqui como foi!), pela série A3, onde fez uma campanha fraca.
Em 2012, não aguentou a pressão da terceira divisão e caiu de volta para a Bezinha. Jogando a edição de 2013, classificando-se para a segunda fase, na de 2014, chega à terceira fase.
Em 2015, contando com a presença do craque Viola, aos 46 anos e de Fabrício Carvalho, o CATS chega na segunda fase, mas não passa do hexagonal. Veja aqui a matéria da Globo!
Em 2016, chega Edilson Capetinha:
Com o capetinha, o time classifica-se em terceiro para a próxima a fase:
Na segunda fase, classificou-se em segundo lugar:
Vale conferir o último jogo daquela fase:
O time passa ainda pela terceira fase mas perde a semifinal para a Portuguesa Santista, a campeã daquele ano, garantindo ao menos o acesso à série A3!
Em 2017, faz uma campanha bacana na série A3, classificando-se em 5º lugar, pegando o Monte Azul nas quartas de final, quando foi eliminado após um empate e uma derrota.
Em 2018, uma campanha mediana, terminando em 10º na primeira fase.
Em 2018, ainda jogou a Copinha, olha o público no Estádio Municipal José Feres.
Para 2019, o CATS apostou em mais um artilheiro das antigas: aos 49 anos Túlio voltou ao futebol pra jogar pelo time do Taboão!
A ideia era buscar o gol 1001, o “gol superação”.
E aí está o gol…:
Mas em campo, o time não foi bem, o CA Taboão da Serra ficou sem estádio e jogou a Série A-3 em Guarulhos. O resultado? Acabou rebaixado para a Bezinha… Entretanto, havia uma possibilidade do não rebaixamento, caso o Batatais fosse punido por uma possível participação em um esquema de manipulação de resultados. Como a Federação não puniu o Batatais, o CATS abandona o profissionalismo. Para acessar notícias sobre o clube e torcida, vale a pena ler e seguir o blog Valente Cão Pastor!
É, como escreveu Milton Santos “Cada lugar é, ao mesmo tempo, objeto de uma razão global e de uma razão local, convivendo dialeticamente”
Abril de 2023. Depois de 11 anos, voltamos à Mogi Mirim para rever o Estádio Vail Chaves, a casa do Mogi Mirim EC (essa foi a parte 1 deste post, confira aqui como foi).
Mas ainda havia mais futebol em Mogi! Talvez poucos se lembrem, mas a cidade teve um outro time que também se aventurou no futebol profissional, o Clube Atlético Mogiano, fundado em 4 de janeiro de 1978.
O time nasceu para disputar logo de cara a Terceira Divisão de 1978 (o quinto nível do Campeonato Paulista), o que permitiu o primeiro (e até então único) dérbi no Estádio Municipal Angelo Rotoli, o “Tucurão“.
O time terminou à frente do rival citadino Mogi Mirim EC, mas o time acabou extinto.
E é claro que fomos até lá para conhecer e registrar o Estádio Angelo Rotoli, o “Tucurão“!
Claro que o Tucurão não nasceu para apenas receber as partidas do CA Mogiano por um ano, ele é muito mais antigo, é a casa da tradicionalíssima Associação Atlética Tucurense, fundada em 1919.
Conhecida pelo apelido de “Veterana”, a AA Tucurense já foi chamada de Tucura Futebol Clube.
Logo na entrada do Estádio você já é apresentado ao Alvinegro da Zona Norte!
O estádio possui um belo lance de arquibancadas em uma de suas laterais.
Existem dois espaços para a transmissão das partidas, um na lateral da arquibancada…
E um segundo na outra lateral:
Aqui, o meio campo, com vista para a arquibancada e o sistema de iluminação:
O gol da esquerda, com o ginásio ao fundo:
E o da direita:
Opa! Vale registrar a presença em mais um templo sagrado do futebol!
Mas não há espaço para a torcida na outra lateral.
Gramado bem cuidado, o zelador tem feito um bom trabalho!
A arquibancada também parece bem cuidada!
Olha aí que legal a camisa retrô que a Aktion lançou:
Agradecemos aos deuses do futebol mais uma oportunidade!
Abril de 2023. Lá se vão 11 anos da final do Troféu do Interior Paulista de 2012 no Estádio Vail Chaves, a casa do Mogi Mirim EC. Vale relembrar algumas imagens..
Há séculos, Mogi Mirim foi o território de indígenas de diferentes etnias, principalmente da etnia Kayapó, (do grupo Jê, os “tapuias”) que segundo o livro Indígenas em São Paulo, de Benedito Prezia, chegaram a atacar a cidade de Jundiaí no início do século XVII. O próprio nome é de origem indígena (tupi) e significa Pequeno Rio das Cobras. Aqui, atuais Kaiapós do interior paulista (foto de uma matéria da Revide).
Mas, assim como várias cidades, a região foi invadida por portugueses e por seus filhos, muitos deles frutos das relações com as indígenas. No século XVIII ergue-se a Igreja Matriz de São José e logo a região se torna Freguesia de São José de Mogi Mirim, depois Vila até chegar a Município, em 1769, desmembrado da antiga vila de Jundiaí.
Mas, para nós, o verdadeiro templo sagrado da cidade é o Estádio Vail Chaves, a casa do Mogi Mirim EC.
Já falamos da camisa e da história do Mogi Mirim (veja aqui como foi).
Como disse no início do post, também estivemos lá vendo a conquista do Troféu do Interior em 2012 – veja aqui como foi.
A história do Mogi Mirim Esporte Clube é riquíssima! Fundado oficialmente em 1º de fevereiro de 1932, mas com uma grande polêmica que diz que esta data foi apenas uma “reorganização” do então Mogy-Mirim Sport Club, fundado em de outubro de 1903. Enfim… o Sapão tem muita história!
O time começou disputando partidas amistosas e em 1943, fez sua estreia no Campeonato Amador do Interior, na 6a região (uma das mais difíceis!).
Jogou ainda outras edições, como em 1944 e 45. Se profissionaliza em 1954, estreando na recém-criada Terceira Divisão. Estreou chamando a atenção, classificando-se para a segunda fase, tendo que vencer a Itapirense em um jogo desempate.
A segunda fase apresentou adversários ainda mais difíceis e acabou não chegando a final.
Em 1955, terminou em último lugar na primeira fase e em 1956, abandonou a competição antes mesmo do seu início. Em 1957 retorna ao Campeonato, mas termina em terceiro, sem se classificar, mesma posição de 1958, quando abandonou o profissionalismo. Retorna ao terceiro nível do futebol paulista em 1970, fazendo uma campanha incrível na primeira fase, com apenas uma derrota em 18 jogos!
Aí acontece aquelas coisas que a gente nunca entende… Ao invés de dois jogos semifinais, a sequência é uma semi final em jogo único, e campo neutro (Araraquara) contra o Sertãozinho, que bate o Mogi por 1×0.
Em 1971 e 72, campanhas pífias. Em 1973, novamente se classifica para a segunda fase.
A fase seguinte é um quadrangular, onde o time termina em terceiro.
Em 1974, mais uma campanha fraca, e em 1975, a Terceira Divisão não chega ao fim, desanimando o Mogi que só volta a jogar, agora o quarto nível do Campeonato, em 1977, mas ainda assim com mais uma campanha fraca.
Em 1978e 79 também fez campanhas fracas sem se classificar para a fase seguinte. Em 1980 faz uma campanha bacana, mas apenas um time dos 17 times do grupo se classificou para a fase final.
Em 1981, Wilson Fernandes de Barros passa a fazer parte do comando administrativo do clube, e com seus investimentos, a equipe se torna mais competitiva!
Já no mesmo ano, os resultados começaram a aparecer, o time foi campeão do primeiro turno:
O 2o turno fico com o Guaçuano, e na decisão o time de Mogi Guaçu levou a melhor e se classificou para a fase final de 81.
A boa campanha levou o Mogi Mirim à segunda divisão de 82, onde fez mais uma boa campanha, chegando até a fase final de grupos. Em 1983 e 84, a segunda divisão foi longa e confusa, o Mogi Mirim novamente teve boa campanha mas sem chegar à fase final. Até que chegamos em 1985.
Um primeiro turno inacreditável: 24 jogos e 2 derrotas apenas, fazendo com que o time se classificasse em 1º!
A segunda fase foi um quadrangular e dessa vez: nenhuma derrota! Vamos à fase final!
A última fase também se tornou inesquecível!! Com uma campanha irretocável o Mogi Mirim sagrou-se campeão da segunda divisão, classificando-se para a primeira divisão!
Sua estreia na Primeira Divisão em 1986foi mediana, mas o suficiente para manter-se na elite para mais um ano.
As campanhas de 1987 e 88 mantiveram esse perfil mediano, mas em 1989, disputou a primeira fase no Grupo 1 (sem os times da capital) e pela primeira vez classificou-se para o quadrangular final em 1ºlugar!
Mas a fase seguinte foi um triangular ao lado de Santos e Corinthians, e ele acabou desclassificado. Em 1990, fez uma campanha similar e em 1991 termina em último do seu grupo. Em 1992, mais uma vez terminou a primeira fase em primeiro lugar e termina eliminado no quadrangular final.
Mas este time entrou pra história com um esquema tática trabalhado pelo saudoso treinador Osvaldo Alvarez, o Vadão.
Esse time ficou conhecido como o “Carrossel Caipira”! Em 2010, este time foi tema do documentário “Carrossel Caipira: o fenômeno tático do interior“.
Ainda em 1992, conquistou a “Copa 90 Anos da Federação Paulista de Futebol”.
Em 1993, jogando no grupo dos times da capital, o Mogi não conseguiu obter a classificação para a segunda fase.
O Mogi Mirim EC foi onde o craque Rivaldo apareceu pro mundo do futebol. Se liga na torcida ao fundo, em especial às bandeiras da Mancha Vermelha!
Em 1994, termina em 14º e acaba rebaixado para a 2a divisão. Em 1995, conquista novamente o campeonato e volta à primeira divisão, onde faz campanhas medianas de 1996 a 98. Em 1999, classifica-se para a segunda fase, como líder do seu grupo.
Mas não conseguiu se classificar à fase final.
Em 2000, outra campanha mediana. Em 2001, volta a ser rebaixado para a série A2, mas a mudança na fórmula do campeonato mantém o time na A1 de 2002. Entre 2003 a 2005 segue com campanha frágeis, até que em 2006 acaba rebaixado para a A2. Em seu ano do retorno faz uma boa campanha, classificando-se em 3º na primeira fase…
E terminando em segundo na fase semifinal da A2 de 2008, conquistando o acesso à série A1!
De volta à série A1, as campanhas seguem medianas, entre 2009 e 2011, mas em 2012 conquista o Troféu do Interior. Estivemos em Mogi naquela noite, veja aqui como foi!
Em 2013, mais um momento histórico, o Mogi Mirim classifica-se às quartas de final em 2º lugar!
Nas quartas, bate o Botafogo-SP por 6 a 0 e acaba eliminado nos pênaltis pelo Santos, na semifinal!
Outra boa notícia em 2013, foi o título do campeonato paulista sub-20!
Em 2014 foi mal no Paulista, mas disputando a série C do brasileiro, conquista a vaga à Série B.
Em 2015, uma campanha sem grandes surpresas no paulista, mas na Série B, termina na última colocação e foi rebaixado à Série C.
E aí começa o tormento do torcedor do Mogi… Em 2016, o Mogi Mirim foi rebaixado mais uma vez para a Série A2. Em 2017, cai pra Série A3 e no Brasileiro acaba rebaixado para a Série D. Em 2018, o Estádio Vail Chaves foi interditado e o Mogi mandou seus jogos em Itapira. Assim, acaba caindo para a 4ª divisão do Paulistão. Em 2019, se licenciou de competições profissionais. Em 2021, retornou ao futebol profissional, na Quarta Divisão, mas termina na última colocação, levando o time a se licenciar novamente em 2022, e agora, em 2023, onde estreou com derrota.
Ufa… Tanta história faz por merecer uma nova visita ao Estádio Vail Chaves!
O Estádio Vail Chaves já teve momentos mais poderosos… Veja a quantidade de bilheterias:
Existe uma loja no próprio Estádio, o Shopping Mogi!
O espaço dedicado à lanchonete também está por lá:
E ali fica a secretaria:
Hora de dar um rolê pelo estádio, vamos lá?
Atualmente, o Estádio tem capacidade para 19.900 torcedores.
O nome homenageia Vail Chaves, que ajudou a adquirir o terreno do estádio, nos anos 30.
Mas o campo só foi inaugurado em 7 de julho de 1981, na vitória do Mogi por 4 a 2 sobre o Palmeiras.
O nome durou até 1999, quando o então presidente Wilson Fernandes de Barros achou justo uma homenagem rebatizando o estádio com seu nome, afinal ele havia investido muita grana no time e até mesmo construído novas arquibancadas de concreto, nos anos 80.
Se a auto homenagem já foi esdrúxula, a mudança seguinte foi ainda mais esquisita: Wilson teve mulher e filha sequestradas, e prometeu que, caso as duas fossem devolvidas, chamaria o estádio de Papa João Paulo II. E elas foram libertadas.
Estive lá também nessa época registrando uma foto do nome:
A última troca aconteceu assim que Rivaldo assumiu a presidência do Mogi Mirim, em 2011. O craque decidiu homenagear o pai e batizou o estádio de Romildo Vitor Gomes Ferreira. A mudança irritou torcedores e causou um distanciamento entre cidade e clube.
Em 2016, o estádio voltou ao seu nome original.
O título que acompanhamos em 2012, hoje está registrado no próprio estádio!
Graças à sua estrutura, o Estádio Vail Chaves foi utilizado várias vezes por outros times, como em 2005, com União São João de Araras 1×6 Corinthians e Santos 0x0 São Paulo. Em 2007, recebeu São Paulo 2×2 Marília e em 2011, o clássico San-São pela última rodada do Brasileirão (São Paulo 4×1 Santos):
Por fim, um abraço ao pessoal da Mancha Vermelha que segue no apoio incondicional ao time!
Carnaval de 2022… Já se foi mais de um ano e eu ia me esquecendo de registrar um Estádio desta cidade tão mágica: Ibirá!
Ibirá é mais uma cidade com nome de origem tupi guarani (era o nome da “fibra” que os povos originários tiravam das árvores e usavam para tecer seus utensílios) e como todo interior, era terra indígena, de diversos povos, principalmente kaingang que acabaram fugindo com a chegada do tal “progresso”, materializado atualmente em uma incrível sorveteria!
As terras acabaram nas mãos do império, e Dom Pedro II as doou a Antonio Bernardino de Seixas, que logo se encantou com o as águas do Córrego das Bicas (o atual Distrito de Termas de Ibirá), onde antes, os indígenas passavam muito tempo banhando-se e aproveitando de misteriosas propriedades medicinais. Os invasores deram ao lugar o nome de Freguesia da Cachoeira, depois Freguesia de Ibirá (quando pertencia a São José do Rio Preto) e a partir de 12 de dezembro de 1921, Município, subordinado à comarca de Catanduva. As Termas de Ibirá são hoje grande atrativo para turistas que buscam cuidar da saúde com terapias alternativas.
O atual Balneário Evaristo Mendes Seixas foi inaugurado em 1975, e possui 5 fontes de água mineral, cujas águas contém em sua formulação natural o componente “Vanádio”, seu grande diferencial.
E claro, que aproveitamos o role para experimentar os banhos terapêuticos!
Experimentamos também as águas das diferentes fontes.
O parque é bastante aprazível e vale uma visita!
A cidade também tem a tradicional praça da igreja…
A gente comeu ali pertinho, em uma pizzaria em frente à praça mesmo.
Triste foi o fim do “Grande Hotel” abandonado na cidade…
Mas, se além de toda essa água você quer saber um pouco do futebol local, que tal um pulo até o Estádio Municipal Godofredo Pagliusi?
O Estádio foi inaugurado em julho de 1979, que tal dar uma olhada:
Senti falta de um portal na entrada identificando o estádio, mas, em uma cidade tão singela, pra que identificar o campo que todos conhecem?
Será que era aqui que o antigo time da cidade, o Guarani de Ibirá, mandava seus jogos?
Atualmente, existe um time homônimo, mas não soube dizer se trata-se da mesma equipe…
Aqui está o meio campo:
O gol da esquerda, dá pra ver que o estádio possui um sistema de iluminação que permite jogos noturnos:
O gol da direita:
Ali, ao fundo, pode se ver o ginásio que atende a cidade.
6 degraus de arquibancada servem a torcida local… E uma faixa gramada a separa do alambrado do campo!
Uma pena que um estádio tão bonito não tenha uma equipe profissional ou mesmo um time mais tradicional que jogue o amador…
Gramado muito bem cuidado! E com aquelas lindas árvores ao fundo!
Atualmente, a cidade tem um time chamado Ibirá que disputa partidas amadoras:
E existe ainda um time no distrito chamado Termas de Ibirá FC :
Um último olhar na parte externa do estádio, que muitas histórias ainda possam ser escritas neste lugar, para a alegria da população local!
Este post foi realizado com base em três visitas à cidade de Águas da Prata, em 2008, 2009, e 2023, nessa incansável busca por Estádios que fazem parte da história do Futebol, como é o Estádio Municipal de Águas da Prata.
Incrível olhar as fotos das primeiras viagens e ver como as coisas mudaram… Estádios como este são ignorados pela mídia esportiva, mas nem por isso são menos valorosos. São símbolos de um futebol local, de cidades do interior como a bela e pequena… Águas da Prata!!
A cidade é conhecida por suas fontes de águas diferenciadas. Você pode até não lembrar, mas já bebeu uma água de lá, pode apostar!
Veja como está a mesma fonte em 2023:
A visita de 2009 foi unicamente para registrar em imagens e em nossas memórias o Estádio Municipal Franco Montoro. Situado bem em cima da montanha, ele tem um cenário bem bucólico, com direito a neblina e tudo!
O Estádio Municipal Franco Montoro foi a casa da Associação Atlética Águas da Prata, equipe que nunca se profissionalizou. O clube teria sido fundado em 29/04/1981. Mas não conseguimos obter maiores informações da Associação Atlética Águas da Prata, se alguém souber de algo, por favor, entre em contato! Aqui, o distintivo do site História do futebol.
Conhecemos o administrador do Estádio, que jogou por diversas equipes amadoras e pelo Radium de Mococa.
A pequena arquibancada me fez lembrar a da extinta AABB de Santo André (leia o post até o fim e veja como essa parte do estádio ficou maior e mais completa):
Mas o “redor” do campo é diferente de qualquer outro estádio, parece até que era um estádio numa cidadezinha européia…
Ainda nas imagens de 2008, a Mari foi sentir o que era sair do vestiário subterrâneo :
E eu preferi fazer pose…
Aliás, o que não faltou foi pose pelo estádio…
E até uma tentativa de barra nas traves do gol, detalhe para minha bermuda companheira de tantas aventuras que não resistiu e se rasgou no joelho…
Mas o maior charme é a montanha e a neblina ao fundo…
Enfim… Fomos embora nas primeiras visitas, com a tristeza de não ver um time ocupando o estádio e levando o nome da cidade aos “escritos oficiais” da Federação Paulista de Futebol. Em 2023, voltamos a visitar o Estádio e embora ainda não tenha um time representando a cidade, percebemos diversas melhorias em sua estrutura, começando pelo nome do local: “Praça de Esportes João Rabelo de Andrade“.
E fizemos o vídeo (que faltou nas primeiras visitas) pra registrar a emoção:
Olha como a arquibancada evoluiu:
O gramado está em excelente condições. Aqui, o meio campo:
Aqui o lado esquerdo do campo (ali ao fundo agora está a Secretaria de Esportes da cidade):
Aqui, o lado direito:
Ao fundo o prédio tradicional que caracteriza a paisagem há tempos!
Os bancos de reserva e as montanhas complementam o cenário:
Aqui a vis˜ão atrás do gol!
Olha como ficou lindo o novo projeto da arquibancada coberta:
E de volta ao túnel que ficou na nossa memória!
Enfim… O tempo pode ter passado, mas o futebol segue como marco esportivo, social e cultural da cidade. E nós, seguimos na esperança de um clube local ocupar o campo!
Este post foi feito com base em 2 visitas à Aguaí, uma em junho de 2009 e outra em abril de 2023, quando a cidade anunciou que o Sport Clube Aguaí, fundado em 2021, iria disputar as competições de categorias de base da Federação Paulista.
Olha aí o time sub 17 de 2023:
Em 2009, o nosso rolê se iniciou em Cosmópolis, pegando um jogo em casa da Funilense.
No dia seguinte, rumamos à Aguaí!!!
Então, sejamos bem vindos à cidade… Aguay na língua tupi significa chocalho, guiso ou cascavel. Por isso, até 1944 o então distrito de São João da Boa Vista era chamado Cascavel.
A cidade é pequena, mas muito charmosa, o detalhe mais curioso são os pequenos (mas íngremes) viadutos que ajudam os cidadãos a atravessar a ferrovia. Olha a foto e diz que não lembra uma montanha russa…
Já em nossa segunda visita, em 2023, fiz esse vídeo pra você sentir a emoção do passeio:
Na época, estava sendo feito ou reformado um parque ao redor do lago (senão me engano, chama-se “Parque Interlagos”), e no dia que estivemos por lá, iria rolar um campeonato de bike, numa pista que fica ali.
Mari em frente o lago
Além da hospitalidade, a cidade guarda um tesour: o Estádio Municipal Dr. Leonardo Guaranha. Infelizmente, como quase todos os estádios desse país e da América do Sul, Dr. Leonardo anda um pouco mal das pernas, com algumas “varizes” como pode-se ver…
Tem alguém aí?
O estádio está junto de um complexo esportivo e após falar com uma senhora que trabalha por lá, descobrimos que só conseguiríamos adentrar ao estádio após uma hora… O jeito foi tirar umas fotos por cima do muro…
Ainda que alguns detalhes estejam ruins, o gramado pareceu estar em boas condições, melhor que muitos campos de times de divisões superiores. Ah, e a pequena arquibancada é muito charmosa.
Mari sentiu na pele o que é estar “Fora de jogo” e não poder entrar no templo sagrado de Aguaí…
O último jogo no estádio foi entre os masters da seleção Aguaiana e do Corinthians, e contou com um público muito bom, segundo alguns moradores. A seleção Aguaiana usou seu uniforme azul e branco, O placar foi 5 x 1 para o Corinthians.
Mas vale reforçar que no passado, a cidade contou com a Associação Atlética Aguaiana, fundada em 1945.
A AA Aguaiana disputou o Campeonato do Interior de 1945 em uma série beeem complicada e ainda assim saiu-se campeã do grupo!
Time de 1956:
Em 2023, mais uma vez pegamos a estrada para chegar até Aguaí!
Esta vez, com um pouco mais de tempo, pudemos completar o cenário da cidade com o registro da Igreja Matriz:
Revemos a rua que marcou minha memória por tanto tempo:
E finalmente reencontramos o Estádio Dr Leonardo Guaranha!
O estádio passou por algumas mudanças, como percebe-se, recebeu uma nova pintura tanto na entrada…
Quanto nas arquibancadas!
Ah, mais uma vez não conseguimos entrar no Estádio, então segue o vídeo feito lá de fora mesmo:
Dali, deu pra ver um pouco da parte interna do estádio:
Existe uma placa na entrada do Estádio que informa a data de sua inauguração: 31 de agosto de 1986:
Deu pra pegar uma parte do placar também:
Uma pena que não deu pra entrar pra registrar com maiores detalhes.
Na semana seguinte à nossa passagem, o amigo Rafael Murer (torcedor do Lemense) foi assistir um jogo do sub 17 e nos mandou algumas fotos da parte interna, valeu, meu amigo!
Uma tubaína antes de pegar a estrada…
De Aguaí rumamos para São João da Boa Vista, para registrar o riquíssimo futebol local!
Domingo, 26 de março de 2023. Dia de final da Taça Independência, o torneio dedicado aos times que não chegaram à fase final do Campeonato Paulista. E com o ingresso em mãos (obrigado ao pessoal da Fúria do Leão), vamos nessa!
Em campo, duas equipes que tem crescido muito no cenário nacional, ambas com acessos conquistados no Campeonato brasileiro!
Aí estão os times perfilados:
A foto do time do Mirassol:
E vamos ao jogo! Sente o clima da torcida do Mirassol:
A torcida local também compareceu, ainda que a campanha do time justificasse um número maior de torcedores…
Aos poucos o lado visitante foi ganhando torcedores vindos da cidade de Mirassol e também moradores da região, mas oriundos da cidade do interior.
Como é que a gente deixou eles tirarem da gente as bandeiras de mastro por tanto tempo?
E a galera pareceu não ter sentido as horas de viagem até o ABC paulista… Cantaram sem parar os 90 minutos!
A torcida da casa também embalou o seu time!
Momento de confusão envolvendo o gandula! Ele não devolveu a bola no tempo correto evitando o contra ataque do Mirassol.
No gol do time visitantes está ninguém menos que o goleiro Muralha!
O jogo está tão quente que exigiu parada pra recompor… Mas na bancada, a festa continua!
E dá-lhe bateria!
E dá lhe bandeiras, com seus merecidos mastros!
Uma festa bem bacana, de uma torcida que merece muito respeito!
O jogo vai chegando ao fim do primeiro tempo em um 0x0 marcado mais pela correria e pelas disputas físicas do que por jogadas claras de gol.
Vem o segundo tempo e Muralha garante o 0x0!
E a torcida também fez sua parte!
A imprensa deu bastante atenção ao jogo, que além da transmissão pela SPORTV contou com a presença do Fernando do Jogos Perdidos!
Mais uma vez, fica o meu agradecimento por fazer parte desse rolê! (vale lembrar que no ano passado a gente esteve ao lado da torcida do Mirassol no jogo contra o Grêmio pela Copa do Brasil – confere aqui como foi!)
E com o 0x0, a decisão foi para os penaltys…
Com 2 cobranças perdidas pelo time visitantes, o São Bernardo tinha na sua 5a cobrança a chance de fechar a partida e garantir o título…. E foi o que aconteceu:
A torcida visitante soube valorizar a atuação do time mesmo não levando o título…
Parabéns ao time e torcida do São Bernardo FC pelo título e parabéns ao pessoal de Mirassol pela torcida!