Aproveitamos o feriado da consciência negra (20 de novembro) de 2025 para refletir sobre o quanto o racismo ainda atrapalha uma vida de qualidade para todos em nosso país. E é fácil concluir que o racismo ainda é um grande problema social, e que por isso, não basta se dizer “não racista” é imprescindível que sejamos antirracistas em todos os ambientes. Pra pensar um pouco mais sobre o tema, vale a pena ouvir esse vídeo da Djamila, e mais legal ainda é você ler o “Pequeno Manual Antirracista“, escrito por ela.
Também aproveitamos o feriado para cair na estrada e fomos até Ribeirão Preto para finalmente registrar o Estádio Palma Travassos (veja aqui como foi).
No caminho para Ribeirão, aproveitei para algumas paradas. A primeira delas, em Santa Cruz das Palmeiras, só pra rever o EC Palmeirense, clube fundado em 7 de setembro de 1908 e que segue com forte vida social e um belo campo de futebol (veja aqui como foi o rolê que fizemos por lá em 2018)
Também demos uma parada em Tambaú para almoçar no Restaurante Sabor e Sede, uma ótima opção para quem estiver pela região.
A terceira parada foi em Cajuru, para “completarmos” a visita que fizemos em 2018, quando fomos até o Estádio Dr Guião, mas não conseguimos registrar seu interior. Relembre aqui como foi!
Naquele post mostramos um pouco da rica história do time que mandou seus jogos neste estádio: o Clube Recreativo Cajuruense (imagem do incrível site “Escudos Gino“):
E agora em 2025, 75 anos depois da fundação do time, será que vamos conseguir entrar no estádio?
Sim!!! Finalmente conseguimos adentrar ao estádio e registrar a casa do Clube Recreativo Cajuruense.
Essa é a saída dos vestiários, era por aí que os jogadores passavam para enfim adentrar ao campo onde verdadeiras batalhas seriam disputadas.
Uma vez no campo, eram saudados pela sua torcida, presente em suas belas arquibancadas…
E que bom que finalmente pudemos registrar sua arquibancada coberta que carrega. tantas histórias.
Algo que me chamou muito a atenção foi essa inscrição em um dos portões do estádio: “Menta”. Será um patrocínio das máqunas agrícolas de mesmo nome?
Era uma tarde quente como muitas outras devem ter sido, mas o campo parecia bem cuidado, como se estivesse sendo aguado regularmente. Essa é a visão do gol da esquerda para quem olha para a arquibancada:
Aqui, o gol da direita:
Mais uma vez, muito a agradecer pela oportunidade de estar presente e registrar mais um estádio cheio de histórias!
Aproveitamos o feriado da consciência negra (20 de novembro) de 2025 para refletir sobre o quanto o racismo ainda atrapalha uma vida de qualidade para todos em nosso país. E, infelizmente, é fácil concluir que o racismo ainda é um grande problema social, e que por isso, não basta se dizer “não racista” é imprescindível que sejamos todos antirracistas em todos os ambientes que a gente vive: escola, trabalho, amigos e futebol. Só pra reforçar o tema, vale assistir o vídeo do Eduardo Bueno que relembra quem foi e o que simboliza Zumbi dos Palmares e a data de 20 de novembro.
Também aproveitamos o feriado para pegar a estrada. Fomos até Ribeirão Preto!
Devido à sua ascensão como grande centro produtor de café no final do século XIX, houve extensivo uso de mão de obra escravizada, e mesmo com a abolição, muitas lavouras da região ofereceram resistência ao fim da escravidão. Encontrei alguns levantamentos quantitativos realizados por Luciana Suarez que destaca a população da cidade em 1874 como: 4.695 livres e 857 cativos. Dados de 1887 mostram que a população livre somava 9.041 e a escravizada 1.379. Por isso, é importante entender a realidade dos dias de hoje com base nessa história recente, porque se você acha que isso é coisa do passado, leia esta notícia de 2022 sobre idosa que era mantida em condições análogas à escravidão.
Nosso principal objetivo na cidade era registrar o Estádio Palma Travassos, o único das 5 divisões do Estado de São Paulo de 2025 que a gente ainda não conhecia.
E, felizmente, deu tudo certo! Da bilheteria até a parte interna do Estádio, conseguimos passar uma boa tarde vivenciando o Palma Travassos!
Faltou apenas ver a loja “Garra do leão” e aproveitar algum desconto, mas como diz um grande economista, melhor do que um desconto é não gastar.
Gostaria de agradecer todo o pessoal do estádio e da assessoria de imprensa que possibilitaram a visita e nos deixaram super a vontade para registrar cada detalhe.
Na parte interna ainda, existe uma série de itens históricos, como esta camisa linda:
Aliás, já escrevemos sobre a camisa e história do Comercial, veja aqui. Faltava mesmo o registro do Estádio e antes de adentrá-lo dei uma boa volta em seu entorno e muito interessante ver que existe uma vida própria ali com bares e restaurantes.
Voltando a falar sobre os objetos históricos dispostos ali internamente, vale citar os troféus, os quadros com os presidentes e fotos históricas, muito bonitas, como a do antigo estádio!
Mas,já era hora de, finalmente, entrarmos ao campo, vamos lá?
Como mostrei no vídeo, achei legal também esses painéis homenageando figuras importantes da história do Comercial FC.
É mesmo um estádio muito bonito, e sem dúvidas que estar ali em dia de jogo é uma experiência que ainda quero passar!
Olha que linda a parte coberta da arquibancada:
E aí está o distintivo gigante no próprio campo:
No dia da visita, estavam acontecendo melhorias no estádio e no campo, mas nada que atrapalhasse o nosso registro.
A arquibancada possui cadeiras um pouco diferentes das atuais tradicionais:
Uma honra estar em um estádio com tanta história e uma torcida tão apaixonada…
Olha o placar que bacana:
Aqui, um olhar no lado direito do campo:
O meio campo:
E o gol do lado esquerdo:
Enfim, foi muito emocionante poder caminhar ali pela parte de baixo, bem ao lado do gramado e imaginar quanta coisa já passou por aí.
Esses são os meus sonhos de criança… Estar em cada um dos estádios que povoaram minha imaginação ou mesmo o acompanhamento dos campeonatos nestes 48 anos de vida… Só tenho que agradecer a oportunidade…
No feriado de 15 de novembro de 2022, fizemos um incrível rolê de Santo André até Bataguassu, no Mato Grosso do Sul. Entre as centenas de quilômetros percorridos, registramos 20 estádios que receberam partidas profissionais e amadoras em diferentes cidades.
Estivemos em Piraju em 2017 (veja aqui como foi) e deu pra curtir um pouco da cidade, uma estância turística que tem no rio Paranapanema seu maior atrativo. Dá uma olhada na chamada “garganta do diabo“, que lindo visual:
O nome Piraju tem origem tupi guarani e significa peixe (pira) amarelo (ju ou juva), por conta dos dourados encontrados no rio. O território indígena logo recebeu a visita dos europeus buscando terras para o café e em 1859, chega à região, a família que daria origem ao povoado: os Arruda. Somente em 1891, a cidade recebeu o nome de Piraju.
Em 1906, foi inaugurado o ramal ferroviário bancado pelos cafeicultores, o charmoso prédio foi construído por Ramos de Azevedo. Fotos do site Estações Ferroviárias:
A geada de 1975 arrasou o cafezal da cidade fez com que a cidade passasse a diversificar sua produção. Almoçamos por lá e aproveitamos para registrar algumas construções da época de ouro dos cafeicultores:
Em 2017 não conseguimos entrar no Estádio Municipal Gilberto Moraes Lopes …
Pior que nesta visita de 2022, os cadeados no portão pareciam oferecer o mesmo destino…
O Estádio Municipal Gilberto Moraes Lopes foi a casa do Piraju FC, que durante sua existência teve 3 brasões em seu uniforme:
O Piraju Futebol Clube foi fundado em 30 de junho de 1957 e em seu primeiro ano fez 21 jogos:
Vale reforçar que antes do Piraju FC, outros clubes fizeram sucesso na cidade como o A. A Timburiense, o Dom Bosco e o Comercial FC, que chegou a jogar o Campeonato do Interior de 1942 a 45.
O Comercial manda seus jogos no Estádio Celso Marques de Mattos :
Esse era o grupo da 14a região do Campeonato do interior de 1945, no qual o Comercial FC teve sua última participação:
Pra quem gosta de livros sobre futebol, vale ir atrás do livro “Os Anos Dourados do Futebol Pirajuense“:
Em 1958 seguinte, a Gazeta Esportiva noticiava a construção do novo campo do Piraju FC:
Aqui, o time de 1958:
Depois de aprontar no futebol amador, o Piraju FC se profissionalizou e em 1962 estreou na Terceira Divisão. Este ano ainda teve outro grande momento, quando o Piraju FC venceu por 2 a 1 um time misto do São Paulo FC, levando mais de 6 mil pessoas ao estádio!.
Em 1964, foi a vez do Coritiba levar uma sapecada ao disputar um amistoso: 5×1 pro Piraju FC.
Ainda naquele ano o time fez uma excelente primeira fase na Terceira Divisão, terminando o grupo chamado de “3a série” na primeira colocação:
Fez ainda uma excelente campanha na fase final, sagrando-se vice campeão (empatado em número de pontos com o time da Volkswagen):
Esse foi o time daquele ano:
O Piraju FC permaneceu na Terceira Divisão até 1968, quando se licenciou do profissionalismo, mas ainda fez mais uma campanha bacana, em 1966, quando classificou-se em segundo na primeira fase:
Mas na fase final, parece que o time se perdeu…
Depois de passar toda a década de 70, o Piraju FC volta à disputa da Terceira Divisão em 1980, onde permanece até 1982, com três campanhas bastante fracas. Esse é o time de 1981:
Os maus resultados devem ter desanimado a turma de Piraju, pois ficam de fora da edição de 1983, retornando em 1984, terminando em 4º lugar no grupo “Hideraldo Luís Bellini“.
Novamente faz uma péssima segunda fase, dessa vez termina em último lugar, mas levou boa presença da torcida aos seus jogos. Este era o time de 1984, postado com Orlando, Edinho, Marquinhos, Zé Luiz, Cido e Éder, em pé, e agachados: Pradinho, Almir, Tarugo, Joãozinho e Zezito:
Acaba ficando de fora do campeonato seguinte (em 1985), retornando em 1986 e 1987, com campanhas bastante fracas. Esse é o time de 1986:
Faz sua última participação no profissional disputando a Quarta Divisão em 1991 (que na verdade era um torneio seletivo para a segunda divisão de 1992) e … o time fez uma excelente primeira fase:
Veio a segunda fase e… Novamente terminou na liderança!
Assim, o Piraju mobiliza a cidade chegando `as semifinais contra o Beira Rio de Presidente Epitácio! Após uma derrota como visitantes (2×1), o time goleia em casa (4×1) e chega a final contra o José Bonifácio.
Infelizmente duas derrotas (1×0 em casa e 4×0 em José Bonifácio) acabaram com o sonho de gritar “É campeão!!“.
A partir daí, o Piraju FC voltou a disputar competições amadoras chegando nos dias de hoje. E lá estamos nós, frente a um incrível estádio, cheio de histórias e novamente trancado… Já estava quase desistindo quando passou uma molecada que percebeu o que eu queria e me ensinou como a turma local entra no estádio tradicionalmente… E lá fomos nós!
Ahhhh Finalmente, aí está a tão sonhada arquibancada coberta!
Como vimos na notícia da Gazeta Esportiva, o Estádio Municipal Gilberto Moraes Lopes foi construído em 1958.
O gramado segue bem cuidado e as árvores ao fundo do gol dão aquele visual de estádio do interior.
Aqui, o gol do lado esquerdo:
O meio campo:
E o gol da direita:
Quantas alegrias já foram vividas nessa arquibancada?
Olha aí a estrela do estádio… O gol!
Como sempre gosto de reforçar, a presença, mesmo que em tão pouco tempo, em um estádio como esse mexe com a ideia do passado e do futebol, ao mesmo tempo que questionam como será nossa sociedade do futuro, como o futebol se incluirá nela…
No post #1, falamos de dois estádios, o Estádio Engenho Grande onde a SER Usina São João e o União São João mandaram seus jogos, e o Estádio São Joaquim, a casa da AA Ararense. Veja aqui como foi!
No post #2, vamos falar do Estádio Joel Fachini, onde os outros 3 times da cidade (o CA Ararense, o Comercial FC e o Araras CD) mandaram seus jogos nas disputas de Campeonatos profissionais!
Comecemos com o mais antigo deles, o Comercial FC, fundado em 26 de agosto de 1929 no extinto Bar do Lima, na rua Tiradentes, por um grupo de comerciários e que somente em 24 de novembro fez sua estreia contra o Cordeiropolense empatando em 0 a 0.
Apelidado de “Leopardo da Paulista“, o Comercial disputou várias competições amadoras.
Em 1932, o filiou-se à APEA (Associação Paulista de Esportes Atléticos) e participa pela primeira vez do Campeonato do Interior da APEA.
O Comercial obteve grandes resultados em competições importantes como o título de Campeão Amador da Região do Interior em 1933, e do Estado em 1949, além de ser Campeão Amador do Setor em 1950, 55, 56, 57, 58, 59, 1963 e 1972 e Vice-Campeão do Interior em 1956 e 57.
Foi ainda Campeão Ararense em 1947 (derrotando a AA Ararense por 3×2 na final), 1957, 1963, 1970 e 71. A foto abaixo (do site História do Futebol) retrata o time campeão de 47:
Sua estreia no profissional foi na 2ª Divisão do Campeonato Paulista em 1950, terminando em 8º lugar no seu grupo.
Em 1951, tem sua segunda e última participação na segunda divisão do Campeonato Paulista de profissionais, ficando novamente em 8º lugar no seu grupo (o outro time da cidade, a AA Ararense terminou na última colocação).
Em 1956, o S.C.Corinthians esteve no Estádio Joel Fachini para enfrentar o Comercial FC, mas quando o placar estava 2 a 0 pros paulistanos uma chuva interrompeu a partida. Santos, São Paulo e Palmeiras também viriam visitar Araras. Para maiores informações sobre o time visite o site União Mania! E olha que beleza a matéria de 1958:
O Comercial FC passou a perder sua força e em 1984, foi aprovada a concessão do Estádio Joel Fachini para o poder Executivo. Em 1996, o ComercialFC volta ao cenário futebolístico ararense com as equipes de base e em 2001 se funde com o Atlético Ararense.
O time tem utilizado um novo distintivo:
O segundo time que mandou seus jogos no Estádio Joel Fachini foi o Araras Clube Desportivo.
O Araras Clube Desportivo foi fundado em 5 de maio de 1966, para tentar suprir o amor da cidade pelo futebol. O time da Usina São João abandonou o futebol profissional em 1965, assim como a AA Ararense. Além disso, o ComercialFC também desistiu de voltar ao profissionalismo. Assim, a “ACD” representou Araras na 3ª Divisão do Campeonato Paulista (quarto nível do Campeonato) em 1966.
Por pouco o time não avançou para a terceira fase…
O site União Mania apresenta a foto do time de 1966:
Em 1967, mais uma boa campanha, desta vez no 3º nível do Campeonato, então denominado 2ª Divisão Profissional, ocupando a vaga que era do time da Usina São João.
Esse foi o time daquele ano:
Em 1968, mais uma vez disputou o 3º nível do Campeonato, a 2ª Divisão Profissional.
Ainda em 1968, o Araras CD conquista seu único título: o do Torneio Início Campeonato Ararense, com o time
Por fim, falemos do Atlético Futebol Clube, time fundado em 13 de março de 1971.
O clube nasceu como uma homenagem ao Clube Atlético Mineiro. E seu primeiro campeonato profissional foi a Quinta Divisão do Campeonato Paulista em 1979, onde classificou-se em primeiro lugar na fase inicial.
A segunda fase foi mais complicada e o time acabou desclassificado.
Em 1980, disputa mais uma edição da Terceira Divisão do Paulista.
Em 1981, terminou a primeira fase em 4º lugar, com uma foto bem mal feita:
E na segunda fase, terminou em 5º.
Em 1982 o Atlético iniciou a disputa da Terceira Divisão do Campeonato, mas acabou desistindo no meio da competição, licenciando-se até 1986, quando retorna com o nome de Clube Atlético Ararense, mas foi seu único e último ano de existência.
Sua participação no Grupo Vermelho terminou na 6a colocação.
E como disse, todos estes times jogavam no Estádio Joel Fachini daí a importância de uma visita para um registro!
E finalmente encontramos suas portas abertas!
Aí estão suas bilheterias que receberam torcedores de tantos times nas disputas relatadas acima!
E vamos finalmente conhecer a parte interna do Estádio?
Essa área da cidade sempre foi ocupada por um campinho de futebol, mas na década de 30, o Comercial FC oficializou sua compra e transformou o lugar no Estádio Joel Fachini.
Olha que bacana na parte interna do estádio a descrição de alguns dos títulos do ComercialFC.
No dia da nossa visita, estava rolando uma rodada dupla do Campeonato Amador de Araras!
Foi bacana poder ver o campo ocupado.
O gramado está muito bem cuidado.
Ainda existe uma estrutura de vestiários bem bacana!
Aqui, um olhar da parte de traz do gol. Quer apostar que nos próximos anos veremos surgir vários prédios no horizonte?
Olha que linda a arquibancada do estádio ali no lado direito:
Vamos dar um rolê e conhecer mais do Estádio Joel Fachini:
E além da arquibancada, perceba o charme da mureta que a separa do campo, e logo ali, os bancos de reservas:
A arquibancada é toda pintada em alvinegro:
Aí o meio campo:
O gol do lado esquerdo:
O gol do lado direito:
E a bela arquibancada!
Lá dentro, alguns quadros enaltecem os feitos históricos do Comercial FC, como a conquista do Setor do Amador de 1949:
E essa visão da arquibancada coberta na época de ouro do time… Dá uma comparada com a atualidade:
Atrás do outro gol, ainda existe um lance de arquibancada descoberta:
Também existem algumas imagens de times históricos:
Voltando aos dias atuais, é bom ver que o futebol amador tem ocupado o estádio e feito a realidade futeboleira da cidade mais feliz!
A 7ª parte do nosso rolê nos trouxe à Quintana! Lembramos que já passamos por Lençóis Paulista, Agudos, Gália, Garça, Vera Cruz e Oriente, sem contar os dois jogos que já descrevemos em Andradina e em Tupã. Em Quintana vivem cerca de 6 mil pessoas atualmente e a cidade está repleta de casas antigas, com uma arquitetura e histórias de outros tempos, quando tudo parecia ser mais fácil e mais simples (e provavelmente mais legal).
Segundo nossos informantes o lado esquerdo dessa rua é o chamado “calçadão” e vive cheio de gente nas noites de Quintana:
Quem gosta de fotos antigas sobre a cidade, pode acompanhar a fan page “Amo Quintana“. Eles sempre publicam fotos antigas da cidade!
Ainda dá pra se encontrar bastante gente sentada nas calçadas, longe da loucura das grandes cidades.
A igreja também estava em alta durante nossa visita, graças aos tapetes de rua enfeitados.
Nosso objetivo era conhecer e registrar em imagens o Estádio Municipal Orides Nunes da Silva, onde o Comercial FC mandava seus jogos. Brasão do Gino Escudos.
O Comercial FC representou a cidade de Quintana nos campeonatos e amistosos. A fanpage “Amo Quintana” apresenta esta foto datada de 1948, com um time descrito como “Comercial da Vila de Quintana”. Será um embrião do Comercial FC?
Em 1956, disputou o setor 21 do Campeonato do Interior, como mostra a Gazeta Esportiva da época:
Em 1958, nova disputa e uma novidade: segundo a Gazeta Esportiva, a cidade de Quintana contou com um segundo time naquele campeonato: o Aero Clube!
O Aero Clube ainda manteve-se ativo em 1960, como mostra essa matéria do Correio Paulistano:
Em 1966, o Comercial FC disputou a 3ª divisão do Campeonato Paulista (o quarto nível daquele ano) terminando na 3ª colocação e assim obtendo vaga para a segunda fase.
Mas ficou apenas na segunda fase o único campeonato por onde o Comercial FC passou.
Foto cedida pelo amigo Wladir Muzati Buim Buim (disponível em Facebook):
Então, é hora de conhecermos o Estádio Municipal Orides Nunes da Silva!
Não sei se a gente que bobeou ou se realmente não existe mais essa entrada com o nome do estádio, mas para registrar estou usando essa foto que encontrei na Internet (o autor está indicado ali no canto dela mesmo: Fábio Vasconcelos):
E lembro que o Almanaque do Futebol Paulista (a bíblia de quem ama o futebol paulista) apresenta essa foto da fachada do estádio, ainda nas cores do Comercial FC (vermelho e branco):
Provavelmente a atual fachada foi pintada (se você olhar, essa foto que fizemos é quase do mesmo lugar e agora a cor predominante é o verde):
De qualquer forma é aí, no Estádio Municipal Orides Nunes da Silva que o Comercial FC mandou seus jogos na 3ª divisão.
Que tal uma olhada na parte interna do estádio?
Aqui, uma placa indicativa mostra que houve uma reforma nos últimos anos.
E pode se perceber que o estádio está realmente muito bem cuidado!
No dia da nossa visita, estava rolando uma partida do amador.
O estádio tem capacidade para cerca de 2 mil pessoas e possui até um bom espaço coberto.
Em campo a rapaziada se dedicava em busca da vitória!
Os bancos de reserva são um pouco diferente dos tradicionais, mas estão presentes!
Um último olhar antes de irmos embora e seguir nossa viagem!
31 de maio de 2018
A crise do combustível parecia começar a se resolver, e decidimos levar adiante nosso projeto de inverno focado no interior paulista.
Foram 1969 km cruzando o estado de São Paulo até chegar no Mato Grosso do Sul e voltar para nossa querida Santo André.
Foram 27 cidades, 27 estádios que já tiveram algum time disputando competições oficiais, um estádio dedicado ao futebol amador e duas usinas que tiveram entre seus funcionários times de futebol que disputaram competições oficiais.
A partir de hoje, 4 de junho, com a viagem já realizada, começo a descrever o que foi cada uma dessas aventuras.
Conseguimos entrar em todos os estádios visitados, não tivemos nenhum perrengue nem nenhum acidente.
Obrigado a quem acompanhou e ficou conversando com a gente durante esse longo rolê e principalmente obrigado ao Osvaldo Penessor por ter emprestado um carro que aguentasse o tranco dessa viagem.
Até a próxima!
MARI & MAU
Pra quem quiser repetir a brincadeira um dia, segue o nosso itinerário: