Após termos relatados os dois jogos que assistimos durante nossa tour (Andradina x Talentos 10 e Tupã x Osvaldo Cruz) vamos finalmente começar a dividir o que foi nossa viagem.

Começamos pela cidade dos livros, Lençóis Paulista (a biblioteca municipal possui mais livros que o número de habitantes da cidade, que é estimado em 66.664 pessoas). E aproveitamos para conhecer 3 livros que contam a história da cidade:



Só de dar uma olhada nos livros, já comecei a me empolgar, pois encontrei várias fotos do time local, que até então eu não conhecia:



Nos anos 50, o time era chamado de “Demolidor da Sorocabana”, e olha aí um registro da época:


Nos anos 80, o time teve três grandes momentos. Em 1983, conquistou a terceira divisão paulista de forma invicta!

Outro bom momento foi em 87, quando realiza na segunda divisão a melhor campanha da primeira fase, dentre os 52 times participantes de todo o Estado. Por fim, em 1988, quando disputou a intermediária e ficou muito próximo de chegar à primeira divisão.
Em 1999, o CA Lençoense ainda chegou a final da Série B2, perdendo o título para o Flamengo de Guarulhos. Enfim…
Chegamos na cidade na noite de 4a feira, 30 de maio de 2018, e após passarmos a noite num hotel local, fomos finalmente conhecer o Estádio Municipal Archangelo Brega, localizado na região central da cidade.


O estádio era a casa das equipes locais nas disputas profissionais da Federação Paulista. E foram duas equipes que realizaram essa façanha: o Clube Atlético Lençoense, fundado em 1949.

E o tradicional time da Usina local, a Associação Atlética Barra Grande:

A AA Barra Grande também chegou a mandar jogos amadores em seu campo dentro da própria Usina, por isso fizemos questão de ir até lá ao menos pra conhecer o lugar atualmente.

Mas nosso objetivo maior era mesmo registrar o Bregão, e suas arquibancadas com capacidade para mais de 5 mil torcedores, a começar pela antiga bilheteria.

E vamos dar uma olhada por dentro do estádio:
Atualmente, o estádio está interditado para jogos, mas pelo que ouvimos dos moradores locais, tudo está sendo feito para que as competições amadoras da cidade voltem o quanto antes a serem disputadas ali.



O estádio possui vários lances de arquibancada ao redor do campo e ainda uma parte coberta, charmosa demais!



Atrás do estádio tem uma fábrica de macarrão (da marca Orsi) e por isso tem essas estrutura industriais meio caóticas, que também ajudam a dar um toque único ao Bregão.



Olha os bancos de reservas:


Como em boa parte dos estádios, o Bregão possui um responsável (um zelador mesmo) que mora lá mesmo, em uma construção junto às arquibancadas e ele foi muito simpático em esclarecer algumas dúvidas que tínhamos, por exemplo, confirmando que o time da Usina mandou no Bregão mesmo os jogos do campeonato Paulista.

Atualmente, o estádio tem um espaço reservado à Liga Lençoense de Futebol Amador, uma sala cheia de troféus e muitas histórias.

Enquanto o Bregão segue interditado, o futebol amador local tem mandado seus jogos no Estádio Eugenio Paccola. E também demos um pulo lá pra conferir!



Deu até pra dar uma passadinha e conhecer o enorme complexo esportivo do CE Marimbondo!

Como era o feriado de corpus christie, a cidade estava tomada pelos tradicionais tapetes típicos.

Conseguimos abastecer o carro, o que significava… hora de por o pé na estrada!

Apenas um último olhar na cidade…





Próxima parada: Gália! (Pepare-se Asterix!!!)

































O pouco que rodamos por lá, nos mostrou uma relação bastante próxima entre os moradores e a cidade.
O jogo foi disputado no tradicional Estádio Municipal Evandro Brembatti Calvoso. E a ideia era conhecer de perto o retorno das competições oficiais à Andradina.
Vale lembrar que a cidade já teve dois times no cenário profissional: o Andradina EC (dos anos 40), que usava uniformes tricolores (branco preto e vermelho) e chegou a disputar a terceiria divisão estadual e o Andradina FC, que chegou a ser campeão da segunda divisão em 1965, e usava uniformes em branco e azul.
O time atual, é na verdade o Atlético Araçatuba (fundado em 5 de outubro de 2002 e que havia voltado em 2016 à segunda divisão) e acabou se mudando para Andradina, para a disputa da “bezinha” (na prática a 4a divisão do campeonato paulista).
Obviamente, ao se mudar para a cidade, mudou também seu nome para Andradina, resgatando a história do futebol local e assim pode se dizer que o “foguete da Noroeste” voltou!
Ingressos em mãos, vamos pro jogo!
O Estádio fica na região central da cidade, na rua
A volta às disputas profissionais animou a cidade em torno do time.
Da nossa parte, ficamos muito contentes em poder levar essa emoção que renova a cultura da cidade e mostra que o interior ainda tem muita força no futebol!
A atmosfera do estádio é muito bacana. Até uma lanchonete ao ar livre tem lá!
A boa e velha tecnologia dos placares manuais segue fazendo a alegria dos torcedores.
Com certeza, todo mundo deve estar feliz vendo as camisas do time aparecendo não só pelo estádio, mas também pelas ruas da cidade.
Os dois times estão bem na tabela (os visitantes do Talentos 10 AC eram os líderes até o jogo contra o Andradina, que luta para se manter no G3 – que passam para a próxima fase), o que colaborou para uma boa presença de público, mesmo em meio ao feriado de Corpus Christie e aos problemas ocasionados pela greve dos caminhoneiros.
E toda a empolgação da torcida local, contribuiu para que o time do Andradina jogasse pra frente. A zaga do Talentos 10 não teve como segurar e…. penalty para o Andradina.
E tristeza para o goleiro visitante…
Mas, também é necessário lembrar que essa era a primeira vez que víamos o time do Talentos 10 AC (time de Bauru, que atualmente manda seus jogos em Marília).
O Talentos 10 AC nasceu em 1997, mas somente em 2016 participou de sua primeira competição profissional (e não foi da Federação Paulista, mas sim a Taça Paulista, criada pela Liga Nacional de Futebol).
E vimos o time empatar em uma bela jogada no ataque. Festa para os visitantes.
O uniforme (e o distintivo) do Talentos 10 lembra o da seleção brasileira.
A torcida local sabia que a missão do Andradina era difícil, afinal, até o momento o Talentos 10 era o líder do grupo.
Aqui, um breve registro das arquibancadas e do jogo:
Olha aí o banco (e o treinador) do time do Talentos 10:
E aqui o banco (e o treinador) do Andradina EC:
Vale registrar que o estádio possui lances de arquibancada nos 4 lados do campo.
Em campo a peleja se desenvolveu até chegar ao seu placar final de 3×2 para o Andradina.
Motivo de comemoração para a torcida local e para a continuidade do projeto do time.
Aproveitamos o bom momento do time com a torcida para perguntar ao Gregui, presidente da torcida uniformizada Garra Andradinense, o que significa torcer para o time da sua cidade:
As arquibancadas estavam bonitas de ver!
Pra nós, mais do que o resultado do jogo ou mesmo a qualidade da partida, o que nos motiva é apoiar, dentro das nossas limitações…
Que mais pessoas de Andradina passem (ou voltem) a apoiar o time que defende as cores da cidade.
Até uma próxima vez, Evandro Brembatti Calvoso…
Já falamos sobre o time do E.C. São José, de Porto Alegre. Se você não leu, 











































































































































































































































