Em 14 de dezembro de 1969, o Estádio Municipal de Santo André, mais tarde nomeado Estádio Bruno José Daniel, foi palco de sua primeira partida de futebol. Na preliminar do amistoso entre Santo André e Palmeiras, que terminou com vitória do time paulista por 4 a 0, a equipe do Humaitá enfrentou o Vila Bela.
Aos 11 minutos do primeiro tempo, João Carlos marcou o primeiro gol da história do estádio, após uma jogada iniciada por Francisco Lasso de La Vega Filho, conhecido como Chico Lasso. Este vídeo homenageia Chico Lasso e sua contribuição para o futebol de Santo André, relembrando o início de uma história rica e emocionante no Estádio Bruno José Daniel. E ainda chega aos dias de hoje onde seu neto Vinicus Lasso joga como lateral direito do EC Santo André, sub17.
Na tarde de sexta feira, 27 de junho, a Arena Aclimação viveu um momento especial que vai ficar marcado na memória de muitos jovens atletas. Quem apareceu por lá foi ninguém menos que Pará, lateral multicampeão que passou por clubes de peso como EC Santo André, Santos, Grêmio, Flamengo e Portuguesa, construindo uma carreira marcada por superação, garra e títulos. O clima de treino deu lugar à empolgação quando o ex-jogador chegou para dar um alô aos meninos do Sub-15, que ainda estão dando os primeiros passos na trilha do futebol — a mesma que ele trilhou há alguns anos. Mais do que posar para fotos ou trocar abraços, Pará fez questão de conversar com a molecada, compartilhando um pouco de sua história e, principalmente, o começo difícil que viveu no futebol.
Ele contou como foi deixar a casa ainda jovem para correr atrás do sonho e como encontrou no EC Santo André o primeiro espaço para mostrar seu talento. Falou sobre a importância da disciplina, humildade e perseverança, valores que, segundo ele, o acompanharam até as grandes conquistas.
A presença de um ídolo como Pará — que já enfrentou os maiores clubes do Brasil, disputou finais históricas e levantou taças — ali, no campo onde tantos jovens sonham com o mesmo caminho, foi mais do que uma visita: foi uma injeção de esperança e uma aula de realidade.
Em tempos de imediatismo, ouvir alguém que veio de baixo e chegou ao topo com os pés no chão faz toda a diferença. E foi bonito ver nos olhos da garotada aquele brilho de quem passa a acreditar mais em si mesmo.
Pará foi embora, mas deixou ali uma semente plantada. Talvez dali saiam os próximos grandes nomes do futebol brasileiro. Talvez não. Mas com certeza, saíram dali jovens mais motivados, mais confiantes e conscientes do que é preciso para chegar longe. Vale lembrar que no sábado o Pará ainda esteve na bancada apoiando o Ramalhão:
Obrigado, Pará. E parabéns ao pessoal do Aclimação sempre de portas abertas para quem respeita e valoriza a base. ⚽💙
Sábado, 28 de junho de 2025. Após uma manhã fria de inverno, chegamos a uma tarde ensolarada quente como se estivéssemos no verão…
Os times entram em campo sob o cerimonial oficial da Federação Paulista:
Concentração de ambos os lados, afinal a Copa Paulista é a competição mais importante neste momento para as duas equipes.
Como sempre, a Fúria Andreense faz sua parte e apoia gritando os nomes de cada jogador, do treinador, cantando o hino… Eu não faço parte de nenhuma torcida organizada mas é bastante claro pra mim que sem a Fúria, a bancada do Brunão estaria literalmente morta.
Depois de ser proibida de entrar no jogo passado, novamente a bateria se fez presente e parece que o pessoal estava com saudades de tocar…
Do outro lado, parabéns aos torcedores visitantes que compareceram!
É muito bacana ver 3 gerações da mesma família em campo para apoiar o nosso Ramalhão!
Fico contente de poder estar em mais uma partida em meio a todo esse pessoal!
O jogo começa bastante corrido. Sou realista o suficiente para saber que o time do São José nesse momento é superior ao do Santo André, por isso, confesso que me surpreendi com um começo de jogo bem disputado, tendo até algumas chances de gol em bolas paradas.
E com isso, a força da bancada só aumentava!
Teve até presença ilustre do Pará, nosso eterno lateral esquerdo! O Sérgio, que está aí na foto com ele, considera que o gol feito pelo Pará contra o Ceará em 2008 foi o mais bonito que ele viu no Estádio Bruno José Daniel. Ah, estivemos com o Pará um dia antes no campo do Aclimação EC, veja aqui o papo que gravamos!
E mais uma chance acabou pra fora…
Entretanto, aos 33′ do 1º tempo, após um cruzamento para a área em uma bola que parecia ser do nosso goleiro, Gustavo Brandão, de cabeça, fez 1×0 para o time visitante. Que droga…
O primeiro tempo terminou com a desvantagem mínima gerando um clima chato na bancada. Fomos ouvir um pouco o pessoal da arquibancada:
Veio o segundo tempo e por alguns breves instantes até teve quem sonhasse com um empate e até mesmo com uma virada heróica daquelas para entrar pra história…
Vê se alguém aí tava com cara de desacreditar…
Mas, logo a cara do torcedor ramalhino azedaria de vez…
Aos 18’ do 2º tempo Rone Carlos fez 2×0. Aos 29’, Danilo Fidélis ampliou. E aos 42, Marlon Martins fechou a goleada… 4×0 em casa… Todo mundo foi embora puto da vida, triste com o time e a diretoria…
Sábado, 28 de junho de 2025. O sol tímido das 10hs da manhã e o clima de inverno recepcionam o início da segunda fase da Série B do Campeonato Paulista no tradicional Estádio Municipal Pedro Benedetti, em Mauá.
Hoje, seria um dia para festa, para arquibancadas pulsando em vermelho e amarelo, mas…
… a realidade de 2025 impôs um contraste duro: mais gente dentro do campo do que fora dele.
Apesar do silêncio constrangedor nas arquibancadas, o Pedro Benedetti segue belo em sua simplicidade, com suas coloridas arquibancadas.
Do alto da bancada, se vê o meio-campo recortado pelos bancos técnicos, tendo ao fundo uma pequena estrutura para as comissões técnicas e os vestiários.
E aqui, o gol da esquerda, agora com menos árvores no fundo, mas ainda cercado por alguma resistência verde. Um pequeno alívio em tempos de tanto cimento.
O juiz apita e começa a segunda fase do Campeonato Paulista da Segunda Divisão. E como já virou tradição nos estádios do interior paulista, lá estava Edson, o “Gaguinho do Amendoim”, figura lendária das arquibancadas, unindo simpatia e previsões futebolísticas. Veja aqui a entrevista que fizemos com ele antes da bola rolar!
Em campo, o Guarulhos vinha com o respaldo de uma boa campanha na primeira fase, de onde saiu como líder do grupo 2.
Mas, foi o Mauá FC que começou dominando! Victor Hugo perdeu uma chance claríssima e Wanderson Martins teve boa oportunidade logo depois.
O time criou boas jogadas pela direita e teve boas chances, como uma cobrança de falta venenosa da intermediária. O bom goleiro Vitor Boin, do Guarulhos garantiu o 0x0.
Enfim, pode se dizer que nesse primeiro tempo não faltou emoção em campo, mas não se pode dizer o mesmo nas bancadas… Como ressaltamos ao chegar no estádio, o público foi mesmo decepcionante…
Aproveitei o intervalo para bater um papo com o Marrom, uma figura importantíssima para o futebol de Mauá e do ABC:
Mas o Guarulhos, líder do Grupo 2 na primeira fase, voltou do intervalo mais focado.
Aos 14 minutos abriu o placar com Ítalo, aproveitando cruzamento certeiro na área.
O gol foi um verdadeiro banho de água fria — e em pleno inverno. O Mauá se apagou, e o jogo caiu de ritmo. Guarulhos administrava, Mauá tentava, mas parecia sem fôlego.
Quando o jogo entrou nos últimos 15 minutos, o Mauá voltou a equilibrar o jogo e passou a apertar o time visitante novamente.
E oi assim, já nos acréscimos que o time local buscou o empate! Mateus de Araújo anotou o 1×1.
É, torcedor… Se os 3 pontos não vêm, melhor começar com um empate, correto?
Ou dá pra sonhar mais alto? Porque agora só dá Mauá!!
Será que vai rolar a virada?
Não… Ao contrário. O baixinho “Gustavinho”, uma versão local do venezuelano Soteldo acreditou até o último momento na jogada e aos 48 do segundo tempo ajudou o Guarulhos a levar 3 importantes pontos para casa.
Triste para o MauáFC, sim. Mas mais triste ainda é ver um clube da cidade lutar sem seu povo por perto. O futebol sobrevive da paixão — e sem ela, vira só um jogo silencioso.
Se você ficou curioso para saber o número oficial de pagantes, segue o boletim financeiro da partida:
Essas últimas semanas temos visitado várias exposições e sempre encontro uma pitada de futebol nelas. Acabei me lembrando de quando o amigo Danilo “Mandioca” me apresentou esse cara da foto acima: Francisco Rebolo Gonsales, conhecido como “Rebolo“, nascido num já longínquo 22 de agosto de 1902 e falecido em 10 de julho de 1980. Francisco Rebolo começou sua carreira como atleta na Associação Atlética São Bento em 1917 e em 1922, foi para o Sport Club Corinthians Paulista. Em 1934 encerrou a carreira jogando pelo Ypiranga para dedicar-se mais intensamente à carreira de pintor e entre um monte de trabalhos legais, fez esse ícone que retrata não apenas o futebol paulista e brasileiro mas toca diretamente na questão do racismo ao retratar o negro como um dos protagonistas da cena retratada!
Rebolo fez parte do grupo conhecido como “artistas proletários”, dentro do movimento modernista. E sua ligação com o futebol e em especial com o SC Corinthians foi ainda mais profunda, já que no início dos anos 30 ele desenhou o escudo do Sport Club Corinthians Paulista, usado até hoje.
Hoje, sua obras são gerida pelo Instituto Rebolo, já que Rebolo morreu de infarto em 10 de julho de 1980. Quem disse que arte e futebol não podem andar junto?
Domingo, 22 de junho de 2025. Mais uma tarde delas: das Ramalhetes, o primeiro time feminino do EC Santo André a disputar uma competição oficial da Federação Paulista. Bem vindas ao campo, meninas!
Ainda que o público não seja grande é bacana conferir que a cada jogo aparecem novas pessoas na torcida… E o trabalho do @Acervo1967 em trazer as faixas das torcidas antigas dá uma cara bem legal ao Estádio!
Vamos ao cerimonial pré jogo…
Tudo pronto na bancada…
Tudo pronto em campo…. Então, bola em jogo!
Tem até placar eletrônico no jogo de hoje!
As Ramalhetes começam com grande intensidade, tanto na marcação quanto na geração das jogadas.
Ah, e parabéns à torcida visitante que se fez presente:
Olha que bacana os stickers começando a fazer parte da cultura do Ramalhão!
A cultura do futebol é cada dia mais ampla e mais democrática, olha, por exemplo a bandeira que o Roberto – outro maluco pelo Santo André- fez em homenagem às “Arqueiras“, que na visão dele é um apelido mais em linha com a história da cidade, já que a mulher de João Ramalho era uma indígena.
E veja que interessante a família toda – principalmente as meninas – vendo o Ramalhão:
Aliás, os jogos do feminino tem trazido ao estádio cada vez mais mulheres à arquibancada!
Em campo, o time das meninas faz parecer que é apenas uma questão de tempo até abrirem o placar.
Olha a Vitória, nossa lateral levando o time para o ataque!
Bom… Devemos lembrar que o time vem de 2 derrotas fora de casa contra Ituano e São Paulo, então o jogo de hoje é importante pra retomar o caminho das vitórias…
O clima na arquibancada estava muito legal!
Pô, e graças ao Doug e ao seu bom papo, não deu pra pegar nenhum gol em vídeo kkkk
Como ele foi o responsável por dar um clima a mais no jogo, com suas faixas, está perdoado…
Principalmente porque se mostrou pé quente e saímos de campo com mais uma vitória e por goleada!!!