XV de Jaú x Rio Branco: Semifinal da série A4-2024

28 de abril de 2024.
Incrível com as divisões de acesso tornaram-se donas das manhãs de domingo. Principalmente em suas fases finais.
E em Jaú, não foi diferente…

Valendo a vaga para a final e consequentemente o acesso à série A3 de 2025, a imprensa local noticiou que mais de 8 mil ingressos haviam sido (pós jogo foi anunciado público de 8.335 torcedores).

O resultado é esse mar verde amarelo no Estádio Zezinho Magalhães.

A torcida do XV de Jaú mostrou ter deixado pra traz o mal momento vivido em 2023, na derrota para o Joseense, quando perdeu a classificação para a próxima fase dentro de casa, mesmo após ter a melhor campanha da competição…

Até as tribunas estavam cheias!

Em Jaú, quem comanda a festa é a Galunáticos!

E sim, a festa estava bonita antes mesmo da bola rolar…

O povão em geral, que não faz parte de torcida organizada também se fez presente!

Acho que não seria exagero dizer que a cidade novamente se uniu em torno do time acreditando no acesso!

O mais legal foi ver uma partida com duas torcidas competindo no apoio do seu time…

Dessa vez, ficamos na torcida visitante. Muito porque a minha relaç˜ão com o Rio Branco e com sua torcida é bastante especial…

E sinta um pouco da vibração do estádio:

O pessoal da Sangue Rubro, torcida do Noroeste, esteve presente apoiando os amigos da Malucos do Tigre.

O jogo começou com tudo! E por incrível que pareça, o time visitante que normalmente entra pra segurar, veio disposto a propor o jogo e logo ficou claro que estávamos presenciando um embate que seria bastante agressivo!

Mesmo em um jogo tão cheio de oportunidades desde o princípio, não imaginava que as coisas fossem começar a se definir tão cedo… Não lembro como começou a jogada, mas quando percebi havia uma descida pela direita que parecia importante…

E foi assim que aos 10′, Brian após uma linda jogada pela direita marcou o 1º gol do Rio Branco.

Festa na torcida visitante!!!

Dá lhe bateriaaaaa!!!

Cara, que lindo momento!!! Se o mascote do XV de Jaú agitava em campo…

O do Rio Branco ignorava o calor e literalmente ia à loucura com a própria torcida!

O que é que eu posso dizer? Só me resta agradecer…

Aos 25’do primeiro tempo, David Lazari marcou o segundo gol do Rio Branco:

O segundo gol caiu como se fosse gasolina na “fogueira” da torcida do Rio Branco!

O XV de Jaú volta a dar um abafa no fim do primeiro tempo, pensando em ir pro intervalo com apenas um gol de diferença no placar, mas não conseguiu marcar o seu gol…

Aproveitei o intervalo para registrar as lindas faixas que a torcida visitante levou para o Estádio Zezinho Magalhães:

Deu tempo também pro pessoal das torcidas se conhecerem melhor naquela tradicional troca de elogios…

Importante dizer que mesmo sendo rivais, não houve nenhum problema maior que envolvesse violência ou enfrentamentos. Ao menos não que eu tenha visto. E como cheguei e saí pelo setor visitante também não houve nada por ali.

Deu também para registrar a estrutura do espaço para os visitantes…

Talvez, sabendo da presença da torcida do Rio Branco, a estrutura poderia ter sido melhor dimensionada… Mas, deu pra atender às necessidades básicas de um dia quente como este.

O 2º tempo começou e achei curioso um senhor segurando a bandeira do Chile, e fui conhecer o senhor Ramón, chileno radicado em Americana há mais de 30 anos e que tem pelo tigre o mesmo amor que costumava ter pelo Colo Colo em seu país natal!

O 2º tempo trouxe um XV de Jáu ainda mais aguerrido em busca do resultado. Aliás, o treinador Tássio (eterno ídolo do Santo André) bem que tentou mexer com a estrutura do time…

Mas, o jogo acabou ficando ainda mais aberto… E os ataques do time local eram combatidos com contra ataques cada vez mais perigosos…

E os atacantes do Rio Branco souberam segurar a bola no ataque…

O sol forte fez necessária a parada técnica, e foi quando caiu a ficha que faltavam menos de 25 minutos para o fim do jogo…

E com 2×0 no placar e o tempo passando, só restava à torcida do Rio Branco cantar como se não houvesse amanhã…

Confesso que fiquei triste em ver mais uma vez o XV de Jaú perder a oportundiade de voltar à série A3 jogando em casa em frente da sua apaixonada torcida…

A cada minuto que se avançava, diminuía o número de torcedores no setor local…

Mas mesmo assim, a torcida do Rio Branco não cantou vitória antes da hora e por vários momentos, sentiu que o momento do XV de Jaú no 2º tempo era melhor…

E qual o caminho quando as coisas parecem complicadas? A torcida do Rio Branco responde: cantar!

E haja fôlego!

E a rapaziada da bateria também mostrou estar com o preparo físico em dia…

O sol forte só dava descanso a quem se sentou ali na lateral embaixo da árvore…

Mas com o fim do jogo se aproximando a torcida toda se uniu, embaixo do sol do meio dia, somando o pico da temperatura com o pico da alegria…

E aí, até o tradicional porópopó rolou!!!

Agora era esperar o apito final…

Quando a alegria parecia total, já aos 48’ do 2º tempo, Vitinho definiu o placar com o 3º gol.

O juiz até deu mais alguns minutos de jogo a mais, mas a verdade é que o acesso já era uma realidade… Pode apitar, “seo juiz”:

Daí pra frente, não tem muito o que descrever… Muita felicidade, muita raiva que andava guardada presa no peito por tanto tempo…

Subir no alambrado até pode enquanto a polícia não reclamou… Mas deu pra comemorar como se merece…

Na hora de ir embora, a Polícia Militar foi cuidadosa e manteve a torcida

Ao amigo Rogerião que assistiu tudo isso lá do céu… O Tigre voltou, mano! Ainda faltam passos pra chegar onde merece, mas o seu time segue na luta!

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O Estádio Benito Agnelo Castellano, a casa do Velo Clube

Pois é, com o acesso do Velo Clube à primeira divisão depois de 46 anos, estamos vivendo uma verdadeira Velomania e já que o tema é inesgotável, vamos dar nossa contribuição registrando um rolê que fizemos para registrar o Estádio Benito Agnelo Castellano!

O Estádio Benito Agnelo Castellano, carinhosamente conhecido como o “Benitão” é a casa do lado rubro verde da cidade de Rio Claro: a Associação Esportiva Velo Clube Rioclarense.

Na parte interna do estádio, antes de se adentrar à arquibancadam existe uma série de fotos e registros sobre o passado do time junto do Bar “Toca Rubro Verde”.

Várias fotos relembrar os esquadrões que marcaram época defendendo a camisa do Velo Clube!

Por falar em imagens, taí a lenda responsável pelo canal @VeloemImagens!

Estivemos no estádio em um dia em que as categorias de base estavam disputando suas competições contra o XV de Piracicaba.

Assim, mesmo contando apenas com os familiares e aqueles que acompanham a base, pudemos viver uma tarde com o estádio vivo!

Vale lembrar como é a organização do estádio: são duas arquibancadas junto às laterais do campo sendo que no passado – e talvez isso volte no futuro- o estádio teve uma tubular atrás do gol. Desse lado em que estamos está a arquibancada coberta.

Do outro lado, uma arquibancada maior e descoberta. Ah, perceba que o campo está reduzido porque estamos falando do sub 9 e sub 11. E ali está o gol da direita:

E aqui, o gol da esquerda:

E aqui o meio campo:

Em 7 de setembro de 2022, o Estádio Benito Agnello Castellano completou 50 anos de inauguração, que se deu em 1972, na partida: Velo Clube 1 x 4 Palmeiras. Há uma placa registrando a data:

E é muito legal poder ver que tanto tempo depois, passando e vencendo tantas crises, o Benitão voltou a ser um local de felicidade!

Benito Agnello Castellano, que dá nome ao estádio, foi um esportista, dirigente, cronista esportivo (correspondente local da Gazeta Esportiva) e torcedor fanático do Velo Clube nascido na cidade em 1927. O J1 Diário publicou uma entrevista com o filho dele (na foto abaixo) no lançamento do seu livro “Benito e Velo” (veja aqui a entrevista).

O estádio nasceu como propriedade do Velo Clube, mas em 2008, a prefeitura de Rio Claro decidiu desapropriá-lo para inviabilizar seu leilão judicial, que ocorreria no mesmo ano como forma de pagamento das dívidas do clube.

O dinheiro será depositado em juízo para a quitação de dívidas trabalhistas e com Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) que o Velo tem com a Prefeitura desde 1988 e apenas em 2015, na última parcela, a prefeitura recebeu o título de posse do imóvel.

Dei uma pesquisada aqui para ler sobre quando estivemos lá em 2011 para acompanhar o acesso do time para a série A2, veja aqui como foi!

Mais recentemente estivemos no Benitão para acompanhar a partida contra o São José, válida pelas quartas de final da série A2 (veja aqui como foi)!

Curiosamente, o público recorde do Estádio é de uma partida contra o São José (vitória do Velo pro 1×0) com um total de 15.782 torcedores, em 1978.

Mais um post em homenagem ao Velo e sua torcida! Desejamos boa sorte na série A1 de 2025!

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EC São Bernardo 1×1 Grêmio Prudente – Semifinal da A3-2024 define a última vaga para A2-2025

Domingo, 21 de abril de 2024.
Dia de decisão! Para o EC São Bernardo, o jogo seria em casa, mas problemas com a prefeitura acabaram fazendo com que a torcida e o time tivessem que se dirigir a Santo André para a partida.

Ao menos os custos com os ingressos foram subsidiados pela diretoria do Cachorrão.

Antes da bola rolar, um último abraço…

Os jogadores do Esporte Clube São Bernardo fizeram questão de saudar sua torcida, aliás, time e torcida tem uma proximidade pouco comum de se ver…

E se é decisão, tem fogos de artifício nos céus… E tem torcida visitante presente!

E começaaaaa a partida!!!

A torcida do EC São Bernardo apoiou desde o início…

Olha que bacana essas bandeiras:

A Esquadrão Alvinegro é uma jovem torcida que vem crescendo e mantendo o apoio contínuo ao time independente dos resultados…

E olha aí a futura geração já nas arquibancadas!

Também vale ressaltar que cada vez mais as mulheres tem ocupado as arquibancadas, tornando o ambiente das torcida minimamente mais plural do que costumava ser num passado recente.

Sinta o clima do estádio nessa ensolarada manhã de outono…

Como deu pra ver nos vídeos acima, a presença da torcida prudentina foi surpreendente, com destaque para o pessoal da Fúria Prudentina que coloriu a bancada visitante!

Faixas, tirantes e muita vibração em azul, vermelho e branco, no setor visitante!!

O oeste paulista vinha sem um time capaz de reunir um bom número de torcedores, será que o Grêmio Prudente vai conseguir fazer isso?

E o time do São Bernardo entrou bem acordado pressionando bastante, afinal, era ele quem precisava construir o resultado.

E a pressão deu resultado: o Cachorrão saiu na frente aos 20′ do 1º tempo, quando Gustavo Santana aproveitou um cruzamento para a área e de cabeça fez: EC São Bernardo 1×0 Grêmio Prudente.

Festa na torcida alvinegra do ABC:

Vale ressaltar que além da sua Torcida Organizada, também houve a presença do torcedor comum, famílias e amigos que acompanham o time e estavam na expectativa, ainda maior com o gol de Gustavo Santana, do acesso à série A2!

Sinta a atmosfera da arquibancada:

Mas do outro lado, a vibração não parou, mesmo com o primeiro tempo terminando com o placar adverso para os visitantes.

O 2º tempo começou com os dois times mais fechados. Eu teria apostado que ambos iriam segurar o placar para que a decisão fosse nos penaltys.

Os incansáveis torcedores do Cachorrão levaram várias formas de apoio… bandeiras, sacos plásticos, diferentes coreografias na bancada…

Do outro lado, havia uma certa preocupação, pois um gol tiraria do Grêmio Prudente qualquer chance de acesso…

Mas aos poucos, em campo o Grêmio Prudente foi exercendo um domínio maior e trazendo risco à meta do goleiro Henrique Fernandes.

O povão do São Bernardo percebeu esse avanço e a preocupação agora estava na bancada local…

E, o temor dos torcedores do Cachorrão acabou se tornando realidade aos 10′ do segundo tempo quando Wallace marcou o gol de empate para a festa da torcida visitante!

É sempre difícil participar desses momentos, principalmente quando sabemos o envolvimento de cada torcedor com o destino do seu time, mas ficamos ali junto da torcida local até o final do jogo.

Mas, ao mesmo tempo o fim do jogo trouxe um presente aos torcedores que vieram de tão longe para acompanhar o seu time…

O Grêmio Prudente alcança o acesso para a série A2… É algo a ser mesmo muito comemorado!

Do outro lado, time e torcida do EC São Bernardo sofreram juntos… E souberam aceitar o difícil momento do clube. Foi muito bonito de ver e com certeza, algo raro em um mundo que cada vez mais cobra e exige resultados imediatos e não aceita derrotas.

E ficam aí, as imagens da festa visitante…

E como diria o tradicional “Galinha”: To indo embora, hein…

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Um role pela cidade e os estádios em Liubliana

Liubliana - Eslovênia

Você já teve algum momento na vida em que pensou: “Ah, que bom seria se o tempo parasse…”?
Pois é, descendo do ônibus da Flixbus , no dia 23 de dezembro de 2016, tive exatamente esta sensação…

Flixbus

O Santo André havia subido de divisão, eu estava de férias e como num sonho, acabava de descer em Liubliana, a capital da Eslovênia… Não tem aquele papo de “Eu era feliz e não sabia”, eu sabia que um rolê desses talvez não se repetisse tão cedo e eu tinha que aproveitar cada segundo!

Liubliana

A Eslovênia é um pequeno país do Leste Europeu, limitado a norte pela Áustria, a leste pela Hungria, a leste e a sul pela Croácia e a oeste pela Itália e pelo mar Adriático.
Durante o inverno chega a nevar, mas ainda que o tempo estivesse no nível “frio congelante”, passamos dias incríveis caminhando pelas ruas da cidade.

Frio em Liubliana

A cidade foi (e ainda é) muito influenciada pelo punk. Dos adesivos espalhados pela rua até os diversos Squats espalhados pela cidade.

rua liubliana

É mais uma dessas oportunidades de se conhecer um lugar em que passado e presente se misturam.

Liubliana - Eslovênia

Comemos tanta coisa gostosa e diferente que só de lembrar me dá água na boca! A começar por esse restaurante “Meditarea”.

Comida mediterrânea em Liubliana

E tinha uma doceria que ficava às margens do rio, que só de lembrar me dá vontade de voltar e gastar tudo o que tenho em tortas de amora…

Torta de blueberry

A língua é fácil. Parece muito com o português, só que não….

Doceria

Uma coisa que chama a atenção na cidade é o seu “mascote”, o dragão verde que, segundo a lenda aterrorizava a cidade, em 1144, cuspindo fogo em todos que se aproximavam dele. Tal comportamento o levou a uma vida de solidão, até que se apaixonou por uma dragão fêmea e desse amor nasceu um dragão que não queria mais atacar as pessoas e sim divertir o pessoal.
As outras as criaturas mágicas da cidade acharam aquilo tão lindo que o levaram para dormir no fundo do rio, onde ele descansa até os dias de hoje.

Dragão de Liubliana

O rio que a lenda cita é o Liublianica que tem um visual lindo e divide a cidade!

rio Liublianica
rio Liublianica

De um lado da margem fica o Castelo de Liubliana, no estilo medieval e localizado no topo da colina, do outro lado está a parte comercial, as residências e a cidade em si. Aqui duas fotos feitas na gélida tarde em que subimos até o castelo:

Castelo de Liubliana

Aliás, pra quem nunca viajou pra lugares frios assim, vale frisar que, embora seja bonito, acaba estragando um pouco o passeio, já que escurece cedo e é sempre mais difícil lidar com tanto frio.

Castelo de Liubliana

Como disse, lá no início, Liubliana é uma cidade bem punk. Okupas, vários exemplos de coletivos e espaços autogeridos… Tudo isso faz parte da sua realidade, e pudemos comprovar visitando alguns locais como a antiga fábrica de bicicletas Rog, um Squat ocupado desde 2006. O prédio estava abandonado desde 1991.

Rog Tovarn

A fábrica de Rog foi inaugurada em 1953 e ocupava uma área de 7 mil metros quadrados, e agora dá lugar a vários coletivos e espaços relacionados à arte, skate, além de um centro para apoio aos refugiados, vários locais para shows e uma oficina de bicicletas.

Vale a pena conferir o documentário sobre a ROG:

ROG

A cidade guarda ainda uma mostra permanente sobre o início do movimento punk na Eslovênia, no Museu de Arte Contemporânea.

Museu da Arte Contemprânea - Liubliana
Museu do punk - Liubliana
Museu Punk Eslovênia

Mesmo com seu valor, o pessoal punk local reclama que a arte (principalmente a punk) não deveria estar “trancada”…

Museu de Arte Contemporânea
Museu de Arte Contemporânea

Pra fechar o lado punk da cidade, um rolê pelo Centro Cultural Autônomo da Cidade de Metelkova, bem no centro de Ljubljana, onde antes ficava o quartel-general militar do Exército Nacional Iugoslavo.

Metelkova - Liubliana - Eslovênia - punk

Todos os quartéis militares foram convertidos em pubs, estúdios de música ou tatuagem, tão logo os militares desocuparam a cidade, em 1991, com o fim da República Federal Socialista da Jugoslávia.

Metelkova - Liubliana - Eslovênia - Punk

Liubliana ainda não sabe bem como lidar com este espaço, e chegou a tentar demolí-lo para criação de uma área residencial, o que foi impedido pelos punks locais.

Metelkova - Liubliana - Eslovênia - Punk

E em Ljubliana, a cerveja que dá as cartas é a Laško!

Metelkova - Liubliana - Eslovênia - Punk

Hoje em dia, muitos artistas têm seus ateliês em Metelkova, assim como os escritórios de algumas ONGs e associações LGBT, e exposições de arte, performances, shows e atividades.
Graças a estas e outras iniciativas, em 1997, Ljubljana foi designada como Capital Europeia da Cultura.

Metelkova
Metelkova

No centro, a praça do poeta nacional, France Prešeren (1800-1849) estava decorada por conta do natal.

Ljubliana
Ljubliana
Ljubliana

Atualmente, em Liubliana vivem cerca de 270 mil pessoas. A história local não é tão simples e tranquila: o país fez parte de diversos impérios: Romano, Bizantino, República de Veneza, Ducado de Carantânia, Sacro Império Romano-Germânico, da Monarquia de Habsburgo, Império Austríaco, do Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos (depois Reino da Iugoslávia) e da República Socialista Federativa da Iugoslávia de 1945 a 1991, quando finalmente conquistaram sua independência, de maneira tranquila, sem guerras, diferente do que houve com outros países da Iugoslávia.

Tantas influências diferentes fazem a cultura local fervilhar, com livrarias oferecendo livros de diversos idiomas.

Ljubliana
Livraria

E um monte de lojas de disco vendendo os clássicos rocks da Yuguslávia e colares estranhos que a Mari adora!

Rock da Yuguslávia
punk yuguslavia

Falando um pouco do futebol na cidade, a época de natal deixou tudo mais desanimado, mas o time mais importante da cidade é o Olimpija Ljubljana.

Olimpija Ljubljana

O nome oficial do time é Nogometni Klub Olimpija Ljubljana e ele foi fundado em 2005 com o nome de NK Bežigrad.
O time acabou sendo “entendido” localmente como o sucessor do Olimpija Ljubljana, extinto em 2004, embora na realidade não o seja, apenas possuem o mesmo nome.

NK Olimpija

O NKOlimpija mandou seus jogos no ŽŠD Stadion até 2010, quando o estádio foi remodelado e entregue ao futebol local como Estádio Športni Park Stožice.

Estádio Športni Park Stožice
Estádio Športni Park Stožice

Demos um pulo pra ver como é a cara dele, pelo menos do lado de fora

Estádio Športni Park Stožice

O nome do estádio vem do local em que está localizado, mas eles estão em busca de um naming rights para o quanto antes.

Estádio Športni Park Stožice

Ele foi construído em 14 meses, inaugurado em 11 2010 no amistoso da Eslovênia com a Austrália (2×0), e tem capacidade para quase 17 mil torcedores.

Estádio Športni Park Stožice
Estádio Športni Park Stožice

Também fomos conhecer o incrível Bežigrad Stadium, o antigo estádio do NK Olimpija original.

Bežigrad Central Stadium - Liubliana

Também era chamado de Bežigrad Central Stadium e é o mais antigo de Ljubljana.

Bežigrad Central Stadium - Liubliana
Bežigrad Central Stadium - Liubliana

A construção do Estádio Bežigrad começou em 1925, tendo sido projetado pelo arquiteto Jože Plečnik.
Seu nome vem do distrito de Bežigrad, em Ljubljana, onde está localizado.

O Estádio Bežigrad era predominantemente usado para jogos locais e foi a casa do NK Olimpija Ljubljana até a dissolução do clube em 2005.
O então recém-criado, NK Bežigrad jogou no estádio entre 2005 e 2007.
Desde 2008 ele está fechado.

Não pudemos entrar…

Mas conseguimos fazer algumas fotos pelas “entranhas” do muro:

Olha aí a bilheteria agora estilizada por algum artista de rua::

Bonito ver os detalhes arquitetônicos!

Aqui, um olhar pela parte de traz do estádio e láááá no fundo pode se ver a entrada do estádio.

Aqui, uma foto dessa entrada, da wikipedia (crédito na legenda):

SLOVENIJA, LJUBLJANA, 15.04.2008. LJUBLJANSKI STADION . FOTO:MAVRIC PIVK/DELO

E assim, depois dessa singela visita, seguimos para um rolê pelas ruas e pontes encantadas desta fria cidade!

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O futebol em Sorocaba – Parte 2

Este post é complementar ao primeiro que escrevemos sobre o futebol em Sorocaba (veja aqui como foi) quando falamos dos times e estádios do início do século XX:

Neste post vamos falar do Estádio Dr Rui Costa Rodrigues, casa do Estrada de Ferro Sorocabana FC e depois do Clube Atlético Sorocaba, do Estádio Severino Pereira da Silva, casa do Fortaleza Clube e do Estádio Euzébio Moreno, a casa do Clube Atlético Barcelona.

Mesmo visitando tantos estádios, confesso que alguns geram maior identificação e curiosidade, principalmente quando não consigo visitá-lo logo de cara e esse é o caso do Estádio Doutor Rui Costa Rodrigues.

O Estádio Doutor Rui Costa Rodrigues é a casa do Estrada de Ferro Sorocabana Futebol Clube.

Já estivemos em Sorocaba algumas vezes, e nunca havíamos conseguido entrar no Estádio…

Nunca até esse rolê… Até então, esse local era o máximo que eu já tinha conseguido ver do estádio, mesmo não conseguindo entrar, mas dali pra frente, seria tudo novidade…

E aí está nosso primeiro encontro…

Emocionante ver o distintivo do Estrada nas paredes do Estádio, mesmo que seja o que sobrou do time de Malha…

E a surpresa lá dentro foi total… Ainda que a arquibancada da lateral esteja praticamente destruída, o clima do estádio é incrível! Aqui, o gol da direita:

O meio campo, com a triste visão da arquibancada destruída:

Aqui, o gol da esquerda, com as arquibancadas aparentemente lavadas, como se tivesse sido recém construída.

Aqui, uma visão de como era a antiga marquise do estádio, creio que do lado da lateral…

Olhando de perto dá uma certa tristeza imaginar que esse Estádio não é mais utilizado pelos times profissionais.

Ouvi tantas histórias de jogos emblemáticos que aconteceram aqui que estar aqui, sozinho em meio a essa energia toda me deixou emocionado…

Claro… Dói ver esse lado abandonado e esquecido, mas também é compreensível ver os efeitos do tempo, afinal, o Estádio Dr Rui Costa Rodrigues foi fundado em 25 de novembro de 1930.

Olha como era a arquibancada há certo tempo atrás:

Pô, dá pra imaginar a emoção de estar nesse lugar?

O Estrada de Ferro Sorocabana FC foi fundado por ferroviários em 25 de novembro de 1930, com o nome de São Paulo FC, só adotando o nome “Estrada” em 1939 e depois de jogar muitos campeonatos e torneios amadores, estreou na Segunda Divisão do Campeonato Paulista em 1959, terminando em 4º na Série Vicente Feola.

Em 1960, o time lidera a primeira fase, na série Juscelino Kubitschek, e na fase final, termina em 4º lugar.

Olha aí que linda a camisa do time de 1960, posado no Estádio Dr Rui Costa Rodrigues (fonte na legenda da foto):

Em 1961, lidera a primeira etapa – Série Açúcareira:

Também lidera a segunda fase – Série Deputado João Mendonça Falcão:

Por fim, sagra-se campeão da Terceira Divisão ao bater a Usina São João na melhor de 3 partidas (6×2, 1×2 e 3×2), com esse time:

Em 1962, joga a segunda divisão terminando a primeira fase em 7º lugar.
Em 1963, classifica-se para a segunda fase terminando em 3º lugar na primeira fase.

Na fase final, acabou eliminado na 4ª posição:

Em 1964, termina a primeira fase em 3º lugar, classificando-se para a fase final.

Mas na fase final, acaba em 8º lugar…

Não se classifica para a fase final em 1965 (termina na 3ª colocação na primeira fase), nem em 1966 (quando termina em 9º) nem em 1967, quando faz sua última participação no Campeonato Paulista, terminando em 3º lugar no Grupo A.

Mas, as ferrovias começaram a perder o foco no Brasil e os times relacionados a elas sentiram o efeito, entre eles o Estrada FS que acabou abandonando as competições oficiais e dedicando-se apenas ao amadorismo.

O outro time importante a ser mencionado é o Fortaleza Clube, que surgiu em 24 de junho de 1903. O distintivo é do site Gino Escudos:

O Fortaleza Clube foi fundado por operários da Santa Rosália, uma indústria textil pela fusão de times da da fábrica (Sport Club Floresta, e o Fortaleza Foot-Ball Club) dando origem ao Sport Club Fortaleza. Time de 1921:

Em 1942 inaugurou o seu estádio próprio: Estádio Severino Pereira da Silva, primeiro estádio de Sorocaba a receber iluminação.

O Estádio existiu até 1971.

O time foi rival do Savóia de Votorantim, então bairro da cidade de Sorocaba. Um destaque interessante é que o Fortaleza venceu o Flamengo por 4 x 1 em 01 de março de 1947.
Além disso, foi campeão do Interior em 1948.
Em 1970, o clube extinguiu seu departamento de futebol e perdeu seu estádio para a especulação imobiliária.

Outro Estádio importante da cidade de Sorocaba é o Estádio Euzébio Moreno, a casa do Clube Atlético Barcelona.

O Clube Atlético Barcelona foi fundado em 15 de novembro de 1951 e mantém se na ativa até os dias de hoje em seu estádio.

O Estádio Euzébio Moreno foi inaugurado em 15 de novembro de 1983.

Foto do site História Futebol do time 1977:

Em 1990, o Barcelona faturou o Varzeano pela primeira vez.

Em 1993, aventurou-se no futebol profissional, disputando a Segunda Divisão (o terceiro nível do Campeonato Paulista daquele ano) em parceria com o Atlético Sorocaba e conquistou o acesso à série A3 via repescagem.

Atualmente disputa apenas campeonatos amadores de futebol, veja o time nos dias atuais:

A partir de 1994, o Atlético Sorocaba, oficialmente fundado em 1991, deu sequência na disputa do Campeonato Paulista ocupando a vaga do Barcelona! Escudos do site Escudos Gino:

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O Atlético Sorocaba nasce com a fusão do seu time amador com o Clube Atlético Barcelona com o Estrada de Ferro Sorocabana.
A ideia era reformar o Estádio Euzébio Moreno, o campo do Barcelona, mas como não seria possível ampliar sua capacidade para atender às exigências da Federação Paulista, a decisão foi usar o Estádio Dr Rui Costa Rodrigues então com capacidade para 6 mil torcedores, sendo reinaugurado em um Atlético Sorocaba 4×1 contra o Garça.
Em 1994, foram construídas arquibancadas de concreto, ampliando a capacidade para 15 mil torcedores. Em campo, o time terminou na 4ª colocação, sem obter o acesso à A2.

Em 1995, fica em 11º, em 1996 em 7º, em 1997 em 6º no grupo 1, em 1998, em 5º, em 1999, fica em 6º do grupo 1, em 2000 em 3º do grupo 2 (eram 4 grupos neste ano), em 2001, a série A3 foi dominada pela cidade de Sorocaba, com os 2 times liderando a competição e subindo à série A2!

Em 2002 faz sua estreia na série A2 e termina na 12ª colocação.
Em 2003, liderou a primeira fase, eliminou o CA Taquaritinga na semifinal e perdeu a final para o Oeste, mas ainda assim, chega à primeira divisão do Paulista!

Em 2004 faz sua estreia na principal divisão do futebol paulista, terminando na 8ª colocação no seu grupo.

Em 2005, é rebaixado para a série A2.
Em 2006, termina em 6º do grupo 2. Em 2007, em 10º. Em 2008, classifica-se para a fase semi final, mas termina em 3º no seu grupo, permanecendo na série A2.
Mas neste ano vêm seu principal título: a Copa Paulista.

Em 2009 e em 2010, termina apenas em 15º.
Em 2011, classifica-se para a fase semifinal de grupos, mas termina em 3º.
Em 2012, lidera a primeira fase…

Termina a fase semifinal em 2º do seu grupo, voltando assim para a série A1 do Paulista.

Em 2013, termina a série A1 na 15ª colocação.
Em 2014, foi rebaixado à série A2 do Campeonato Paulista.
Em 2015, patina na A2, terminando na 15ª colocação.
Em 2016 foi rebaixado para a Série A3 do Campeonato Paulista e licenciou-se das competições profissionais.

Durante as competições mais importantes, mandou seus jogos no Estádio Centro de Integração Comunitário Walter Ribeiro mais conhecido como CIC ou Estádio Municipal Walter Ribeiro.

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O último round da luta pelo acesso à série A1…

Domingo, 7 de abril de 2024, Santos nos recebe com uma manhã de outono bem mais fresca do que normalmente encontramos em jogos no Ulrico Murca.

Mas os corações estão quentes… Batendo forte e empolgados pelo duelo que levará uma das duas equipes de volta à série A1 do Campeonato Paulista.

Clima bem legal do lado de fora, com as duas torcidas convivendo em respeito e perfeita harmonia. Vale reforçar que ambos os setores tiveram seus ingressos esgotados muito antes do fim de semana chegar.
E sempre importante valorizar o torcedor visitante, que se faz presente sabendo das adversidades que isso representa.

Com ingresso em mãos, é hora de seguir para a bancada local!

O Estádio Ulrico Mursa é pequeno, mas muito bem cuidado e cheio de pequenos detalhes que ajudam a cativar os laços com sua torcida.

E a própria torcida acaba colaborando nesse sentido, via stickers, faixas e seu apoio incrível!

Uma das consequências desse trabalho é ver surgir na bancada rubro-verde uma nova geração de fãs da Briosa.

E isso, sem perder a identidade, ou o amor irracional ao time da sua cidade e vendo ao seu lado as outras gerações que marcaram e ainda marcam a história da torcida da Portuguesa Santista.

Escolhi ficar ao lado da Força Rubro Verde, em um lugar que me permitiu tanto registrar a festa da bancada local…

Quanto também acompanhar os visitantes:

Também deu pra registrar as cadeiras cobertas…

E era tanta gente que até os bancos de reservas pareciam estar superlotados!

Ah, e tinha gente também lá no lado da entrada do Estádio:

Times perfilados para o hino nacional…

As torcidas mandam seus recados, na voz, ou por escrito também…

Em campo, a Portuguesa Santista faz um bom início de jogo, muito graças as descidas do camisa 7 local, “Maranhão” pela direita do ataque!

No primeiro tempo, a Briosa ataca para o lado da sua torcida, pra azar do goleiro Reynaldo que teve que atuar com toda essa pressão contrária!

E embora a falta não tenha sido muito bem batida, sinta aí um pouco do clima do Ulrico Mursa nessa decisão!

Mas, o Noroeste parava estas iniciativas com boa marcação e faltas quando necessário.

As chegadas são infrutíferas para ambos os lados…

O Noroeste montou mesmo um paredão que parece impenetrável!

E as faltas para a Briosa não geravam grande perigo…

Lá do outro lado o goleiro Wagner sofria apenas nas investidas de contra ataque e nas bolas aéreas…

A torcida local faz sua parte…

E mais uma vez me sinto muito feliz em poder vivenciar tudo isso assim tão de perto…

O primeiro tempo termina em 0x0…

E é hora de dar um rolê pelo Estádio Ulrico Mursa e registrar o que faz esse estádio e esse rolê únicos!

E olha a Cachopinha aí!

Confesso que lembrei daquela imagem que viralizou de um cara fumando, com a fantasia de Minie e fiquei me perguntando quem está por baixo dessa fantasia kkkk

É fato público que a Portuguesa Santista está com problemas financeiros chegando inclusive a atrasar salários e sempre que estou em campo torço para que toda a grana que vejo circular esteja indo pro lugar certo… Foi muita gente fazendo o bar faturar além da bilheteria (cerca de R$ 123 mil reais líquidos), e pode não parecer muito para os padrões das arenas, mas deve fazer a diferença pra quem está nessa situação.

Começa o segundo tempo e se o apoio da torcida local já havia sido considerável nos primeiros 45 minutos, o que se vê a partir de agora é uma verdadeira família espalhada pelo estádio, gritando junto em torno do time!

Bandeiras e bexigas fazem o setor da torcida Força Rubro Verde vibrar!

Mas em campo, o efeito parece o contrário e é o Noroeste que volta melhor!

E não demora pro pior (para a torcida local) acontecer: penalty para o Noroeste… O resultado você vê abaixo:

Festa na arquibancada visitante!

Mas a Portuguesa Santista é conhecida pelo seu brio… Como diz a faixa… “A mais briosa”!

E a explosão na Força Rubro Verde só pode ter uma causa: aos 31′ do segundo tempo, sai o empate da Briosa, com Vavá!

E se tem gol de empate, o clima aumenta na bancada da Briosa…

E dá lhe, bandeirão!

Com a partida terminando em 1×1, e o jogo de ida tendo sido 0x0, vamos para a disputa de penaltys. Imagina como estão os jogadores de cada time…

A torcida local aposta suas fichas no bom goleiro Wagner Coradin…

E vem a 1ª cobrança da Portuguesa Santista:

E a 2ª…

Adiantando a história, a Briosa perde o terceiro penalty, enquanto o Noroeste segue com 4 conversões. Chegamos assim ao 4º e decisivo penalty pra Briosa… É necessário marcar o gol para poder torcer contra a última cobrança do Noroeste, mas… Não haverá uma última cobrança…

É muito difícil escrever qualquer coisa sobre esse momento se você não for torcedor da Portuguesa Santista. Não dá pra explicar o que cada um sentiu naquele pranto coletivo, sofrido por cada presente…

Assim, como não se deve desmerecer a conquista dos visitantes…

Junto do Velo Clube, o Noroeste será mais uma equipe do interior a fazer parte da série A1 do Campeonato Paulista a partir de 2025, por isso, vale sim e muito a festa do povo de Bauru!

Como não podia deixar de ser, os jogadores fizeram a festa junto de sua apaixonada torcida…

Mesmo com a tristeza momentânea por parte da torcida da Portuguesa Santista, basta ver as diversas decisões que a equipe esteve envolvida nos últimos anos pra entender que o time e torcida vivem uma fase incrível e tenho certeza de que em breve estaremos juntos registrando o acesso da Briosa!

Aproveitando que estou em Santos ainda deu pra curtir um pouco do fim de tarde nas águas da praia de Itanhaém

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212- Camisa do Americana FC

A 212ª camisa de futebol do nosso site foi presente do amigo Murilo de São Caetano, e graças ao Caio Tambara chegou pra mim, obrigado aos 2!!!
O dono da camisa é o Americana FC, um clube que gerou polêmica ao trocar sua cidade e nome de origem.

Mas o time foi fundado em 1º de outubro de 1998 como Guaratinguetá Esporte Clube.

No ano de 2000 estreou em competições profissionais na Quinta Divisão do Campeonato Paulista. Na primeira fase, os times do grupo 1 enfrentaram os do grupo 2 e depois enfrentaram os do próprio grupo (em ida e volta), no qual o Guaratinguetá terminou em 4º lugar.

Nos mata matas, passou pelo Corinthians do Vale do Paraíba (1×1 e 3×0), depois pelo Linense (1×0 e 2×1) e foi eliminado pelo Palmeiras B (1×2 e 0x1).
Em 2001, contava com Marcinho Guerreiro, que faria história no Palmeiras em 2004 e terminou na terceira posição, subindo para a 4ª Divisão do Campeonato Paulista (na época chamada de Série B1).

Em 2002, o Guaratinguetá terminou vice-campeão, perdendo a final para o Rio Claro (0x0 e 0x3), mas conseguindo o acesso para a Série A3.

Em 2003, em sua estreia na série A3 não passa da primeira fase.
Em 2004, muda de nome para Guaratinguetá Futebol Ltda e termina na terceira colocação, conquistando o acesso para a série A2 do Campeonato Paulista.

Em 2005, teve uma má campanha por pouco não voltando à série A3.
Em 2006, termina a primeira fase em 4º lugar, e na fase de grupos, em 2º do grupo 4, não indo à final, mas conquistando o acesso para a série A1 do futebol paulista

Assim, o time igualou o feito da Associação Esportiva Guaratinguetá! que jogou a primeira divisão entre 1961 e 64.

Em 2007, estreia na Série A-1 do Campeonato Paulista, agora como Guaratinguetá Futebol Ltda, terminando em décimo lugar e assim classificando-se para o troféu do interior.

Após bater o Paulista de Jundiaí e o Noroeste, sagrou-se Campeão do Interior.

Em 2008, termina a 1ª fase na liderança, classificando-se para as semifinais onde foi eliminado pela Ponte Preta.

No mesmo ano, disputa o Brasileiro da Série C, terminando na 9ª colocação e não conseguindo o acesso para a série B.
Em 2009, acabou rebaixado para a série A2.

Na Copa do Brasil, elimina o Caxias, mas acaba eliminado na fase seguinte pelo Atlético Mineiro. Na Série C, conseguiu o acesso ao Campeonato Brasileiro da Série B, após terminar em 2º lugar no grupo, depois eliminando o Caxias e sendo eliminado pelo América Mineiro nas semifinais.

Em 2010, volta à série A1 do Campeonato Paulista com o 3º lugar na A2. Além disso estreia na série B com uma campanha mediana.

Em 2011, algo parece estar errado e o clube se muda para a cidade de Americana e passa a se chamar Americana Futebol Clube.

No Paulistão faz uma campanha mediana e termina em 12º.

Na série B do brasileiro chegou a frequentar o G4, mas não conquista o acesso à série A.
Porém a mudança de cidade acabou se mostrando não tão interessante, talvez porque Americana seja a casa do Rio Branco, um time estabelecido e com uma torcida apaixonada, que sempre se colocou contra um novo clube.
Assim, o time acabou voltando para Guaratinguetá, mas… Aí era a torcida local que agora se sentia traída e acabou abandonando o time.
Com tanta turbulência, em 2012 o clube voltou à Série A2 e escapou por pouco do rebaixamento para a Série C.

Em 2013, classifica-se para a fase final, mas acaba eliminado, mantendo-se na série A2, mas acabou rebaixado para a série C do Campeonato Brasileiro.

No fim do ano o empresário Sony Alberto Douer vendeu o clube para um de seus fundadores fazendo com que ele permanecesse em Guaratinguetá em 2014, terminando a série A-2 na 15º colocação. O ano terminaria com novas turbulências já que uma parceria com o Clube Atlético Lemense, trouxe uma nova diretoria, comissão técnica e jogadores.
Como consequência de tantos problemas, em 2015, veio o descenso para a A3…

Em 2016, o Guaratinguetá FL foi rebaixado na Série A3 do Paulistão e na Série C.

Em 2017, pediu licenciamento das competições oficiais, alegando problemas financeiros e no calendário, sumindo do mapa do futebol…

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Desportivo Brasil 0x1 Catanduva FC (4ª de final da série A3)

Sábado, 30 de março de 2024.
Bem vindo a mais uma aventura futeboleira, desta vez para registrar o primeiro jogo pelas quartas de final da série A3 do Campeonato Paulista de 2024, em Porto Feliz.

Em um passado distante, com o rio cheio com as águas de verão, os bandeirantes saiam do rio Tietê rumo ao interior do Brasil para escravizar indígenas obtendo mão de obra para o agronegócio da época e em busca de minérios valiosos.
Esse movimento acompanhando o rumo dos rios eram conhecidos como as Monções. E agora 500 anos depois, e com um propósito minimamente mais nobre, cá estamos nós…

Naquela época, este local, atualmente acessado pelo Parque das Monções em Porto Feliz, era conhecido como Porto de Araritaguaba, que significa algo como “o lugar onde as araras bicam a areia” em Tupi.

Fiquei imaginando essas águas limpas com as margens cercadas pela mata nativa, e cheias de araras… Será que valeu a pena o preço do progresso?

A atual cidade de Porto Feliz considera-se fundada em 1693 por Antonio Cardoso Pimentel e seu nome se deve à alegria de seus habitantes nas celebrações ao retorno das expedições fluviais que haviam ido até Goiás e Mato Grosso.
E realmente vale uma passagem pelo Parque das Monções se você estiver pela cidade…

Já estivemos em Porto Feliz antes para registrar o riquíssimo futebol da cidade, veja aqui como foi! Mas mesmo assim, decidimos refazer o rolê por 2 estádios antes e ir pro jogo, começando pelo Estádio Dr. José Esmédio Paes de Ameida.

Como se pode ver pela inscrição acima, o Estádio é a casa do Esporte Clube União de Porto Feliz, fundado em 3 de setembro de 1916. Como disse, já escrevemos sobre o EC União antes e você pode ver mais detalhes aqui!

No início da tarde de sábado ainda pegamos um “pós jogo” com o pessoal concentrado ali no bar.

O outro estádio visitado foi o incrível Dr Julien Fouque e assim como o campo do União, já ganhou um texto mais completo sobre ele, basta clicar aqui para ver como foi!

Aliás, ao citar o post no Facebook recentemente, muitos amigos torcedores do Santo André lembraram do confronto com a AA Portofelicense.

Gramado e estádio em ótimo estado, segundo os administradores o atual problema, em vias de ser solucionado são as águas de um pequeno córrego, braço do rio Tietê, que tem subido e atingido a estrutura do Estádio.

Antes de ir pro jogo, dei um pulo na sede do Desportivo Brasil, que atualmente serve também de sede para os coirmãos do Shandong Luneng Taishan, time que participa da integração Brasil – China, parte do DNA do Desportivo Brasil.

Infelizmente não permitiram o nosso acesso para um registro das partes internas do Centro de Treinamentos…

Mas, no site oficial do Desportivo Brasil, você pode conhecer um pouco dessa estrutura de todos os ângulos…

E também conhecer um pouco dos jovens chineses do Shandong Luneng Taishan que estão hospedados no CT do Desportivo Brasil.

O Desportivo Brasil foi fundado em 19 de novembro de 2005 pelo Grupo Traffic e o empresário José Hawilla, como clube-empresa focado em formar jovens talentos e foi comprado em pelo grupo chinês Luneng, fornecedora de energia elétrica da província de Shandong e que é proprietário do time Shandong Luneng, da Super Liga Chinesa.

O time manda seus jogos no Estádio Ernesto Rocco, inaugurado em 6 de agosto de 2011, conhecido como “Ernestão” ou a “Toca do Dragão”, e foi construído em parceria entre a Prefeitura de Porto Feliz e a Metalúrgica Schadek, com capacidade para até 6 mil torcedores. Está localizado na Avenida Silvio Brand Corrêa, 2591 no Jardim Vante, próximo ao bairro Altos do Jequitibá.

E com ingresso em mãos lá vamos nós para o Portão de acesso!

A entrada do Estádio Ernesto Rocco é bastante simples, e nessa semifinal era o único acesso à torcida local.

A pipoca já estava pronta pra receber os torcedores!

Praticamente fui um dos primeiros a chegar…

Deu pra ver o aquecimento e chama a atenção o entrosamento e coesão do time visitante: o Catanduva FC (no ano passado acompanhamos um dos jogos finais deles, veja aqui como foi!)

O time do Desportivo Brasil é uma grande incógnita… Com uma formação incrível, muitos dizem que o time não tem interesse no acesso, apenas em manter-se nas disputas das divisões inferiores… Será?? Eu não acredito nessa tese…

Aos poucos os elementos principais vão formando o que será mais uma festa do futebol nessa quarta de final da série A3: a torcida visitante chega e começa a fazer barulho em plena casa do Desportivo Brasil!

Os “Guerreiros do Santo” presente mais uma vez, e dessa vez em uma partida mais de 300 km longe de casa…

Ainda representando o Catanduva, chega o padre Osvaldo Oliveira, praticamente o “dono do time” e que mesmo em um sábado de páscoa se fez presente como visitante!

E aí estão os dirigentes do Desportivo Brasil:

Outra figura incrível que vive muito o futebol do interior e também se fez presente nesse jogo é o Edson, também conhecido como Gaguinho do Amendoim, mais um apaixonado por futebol que você encontra cada hora em um estádio vendendo amendoim.

Lá vem os times….

Sente aí o clima…

Até que chegou um pessoal para assistir o jogo, mas confesso que me decepcionei, já que em um jogo decisivo como este, imaginava que o estádio estaria lotado…

Começa o jogo e o Desportivo Brasil parecia que ia mandar no jogo…

Ao mesmo tempo, o Catanduva FC deixava claro que iria correr em cada jogada!

E não é que apareceu uma torcida pra fazer um barulho na arquibancada local?

Seguindo os pontos do estádio, aí estão os bancos de reservas:

A torcida visitante sentiu a pressão do time local nos minutos iniciais do jogo…

Mas, a pressão não deu certo… Aos 9 minutos do primeiro tempo Gustavo Henrique, marcou para os visitantes: Catanduva FC 1×0!

Festa na torcida visitante…

Mesmo com a torcida local sem grande apoio, o Desportivo Brasil tentou seguir apertando…

Bola na área… Mas muito forte…

O torcedor visitante se perguntava se o time iria segurar essa pressão até o fim do jogo…

Não faltava habilidade ao time local, mas o Catanduva FC segurava o placar com os dentes, e a cada minuto isso ia desconstruindo os ímpetos do Desportivo Brasil

Pra evitar riscos, o Catanduva ia truncando o meio de campo, sempre com mais de um marcador no entorno dos jogadores do Desportivo Brasil

As chances iam saindo nas bolas aéreas em faltas, escanteios ou mesmo em jogadas pelas laterais do time local.

Do lado visitante, a torcida do Catanduva não queria saber de nada e curtia essa vitória, sabendo da importância desse resultado!

Já no segundo tempo e o Desportivo Brasil não consegue transformar em gol as chances criadas…

Também não se pode dizer que a torcida local conseguiu criar um alçapão…

Dá uma olhada como é a torcida do Desportivo Brasil, olhando lá do último degrau da arquibancada…

E claro… Além de muito respeito a mais um clube importante do futebol paulista, fico muito feliz em poder curtir a cultura local e sentir o que é torcer pro Desportivo Brasil…

De verdade, o final do jogo ficou bastante moroso… O time local até tentava a virada, mas sabe aqueles jogos em que parece que nada dá certo?

E isso acabou se refletindo na arquibancada…

Até o pessoal que era pra estar batucando sentou e deu uma parada…

O Desportivo Brasil seguiu criando oportunidades até os últimos momentos…

Fim de jogo… O Desportivo Brasil é derrubado!

Pô, fiquei contente porque embora já estivera em Porto Feliz foi a primeira vez que assisti a uma partida no Estádio Ernesto Rocco, e posso dizer que foi um grande prazer.
Espero que no futuro toda a pujança do futebol da cidade possa estar somada, unindo as forças do EC União e da AA Portofelicense e dos apaixonados por futebol.

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Mergulhe na emocionante memória da AA Votuporanguense

Em cada cidade há uma história viva que pulsa nas veias e na memória de seus habitantes.
É notório que a formação da sociedade brasileira deixou um legado de dor e de muita injustiça que precisa ser sempre lembrado, principalmente pelo que foi feito com os povos originários e com os povos africanos.
Mas, somos resultado dessa mistura, de toda essa dor e injustiça e de certa forma, o futebol carrega essa história consigo.
Em Votuporanga, temos uma nova obra que conta, através de suas páginas um pouco de como o futebol se envolveu com a cidade.

Para adquirir, fale com o Augusto pelo WhatsApp: ‪ 041 99280‑1953‬

O livro se chama “Associação Atlética Votuporanguense: a paixão de uma cidade“, e é uma obra que mergulha fundo na alma do futebol local e revela os segredos por trás da equipe que uniu uma comunidade, trazendo de volta momentos inesquecíveis como a conquista da 3ª Divisão de 1960.

O responsável pela obra é o Grupo Memorial Votuporanguense (GMV), fundado em 6 de março de 2021 com o objetivo de preservar e divulgar a memória do futebol de Votuporanga, incluindo o Memorial Franciso Santana (Fifi), que será o museu de imagem e som das equipes votuporanguenses, como a equipe de 1967, campeã sem vencer.

A leitura dessa obra é uma verdadeira celebração da comunidade, do esporte e da história!

Então se você ama futebol e gosta de saber as origens dessa cultura em uma cidade como Votuporanga, junte-se a esta jornada que atravessa décadas de glória, mostrando como um time de futebol pode transcender o campo e se tornar o verdadeiro símbolo de uma cidade, como o time campeão em 1978 da 2ª Divisão:

Quem tiver interesse em adquirir o livro, fale com o Augusto pelo WhatsApp: ‪ 041 99280‑1953‬

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