O Estádio Municipal João Cassemiro de Campos, em Cesário Lange (SP)

Cesário Lange é uma cidade que tem se destacado em relação ao turismo graças ao Castelo Park inaugurado em 2014, e que aos poucos vai se transformando em um passeio bem legal por estar próximo de importantes cidades como Sorocaba, Itu e mesmo do ABC e da capital.

Originalmente, era provável que povos kaingangs “coroados” vivessem ali, já que se espalhavam pelo oeste paulista até chegar ao atual Mato Grosso do Sul. Pela proximidade com a região da capital, talvez existissem também tupinikins e outros povos…

A partir do século XVII a região recebe a presença dos primeiros portugueses e nos séculos seguintes, por meio das bandeiras em busca de minérios e até mesmo de indígenas, essa presença passa a ser mais forte até que por volta de 1872, algumas famílias passam a ocupar as terras e iniciam um núcleo de povoamento, que seria conhecido como “Passa Três”.

Vale ler o incrível livro de Darci Ribeiro, pra se aprofundar mais sobre o tema!

Em 1880, surge uma capela em homenagem à Santa Cruz.
Em 1908, são elevados a Distrito de Paz “Cesário Lange” e a município, em 1959.

E lá fomos nós conhecer a cidade, comer um hambúrguer vegetariano no Rota 79!

Também foi bacana acordar cedo pra ver o sol nascer e pintar de rosa o céu de Cesário Lange.

Por essas e outras, é fácil gostar da visita à cidade!

Pelo menos valeu pra comemorar o aniversário do Bia!

Mas, sendo um passeio de família, não podíamos deixar de visitar o… Estádio Municipal João Cassemiro de Campos!

O Estádio nunca recebeu nenhuma partida por competições oficiais, mas tem uma estrutura de fazer inveja a muitos times profissionais!
Olha que arquibancada coberta mais bonita!

Pra quem quer conhecer o campo, veja o gol do lado direito:

O gol do lado esquerdo:

E o meio campo, com direito a um alô do seo Osvaldo ali:

Vamos dar aquele tradicional rolê pra você conhecer melhor mais um templo do futebol:

É estranho imaginar que o futebol profissional ainda não estreou esse lindo campo, fica a sensação de que ainda existe algo a ser feito…

Quem sabe algum dos times amadores não cheguem a esse feito…. Ou mesmo alguma empresa não queira apoiar uma iniciativa dessa?

Ou… E se o Departamento Municipal de Esportes não crie condições para ver a cidade no mínimo receber uma edição da Copa São Paulo?

É… Talvez a capacidade do Estádio precise ser um pouco aumentada…

Mas… Aí estamos! Em mais um campo que faz a diferença para a cidade e quem sabe o que pode. servir no futuro?

Aí está a estrela principal: o gol!

Gramado natural, aparentando muita vida, é a força da natureza!

Aparentemente, temo um sistema de iluminação que garante partidas noturnas!

E linda a arquibancada não?

O futebol local, mesmo que ainda limitado ao amadorismo, tem grande força junto aos cidadãos, tendo um dos seus representantes o Ipiranga FC, fundado em 1999 e que homenageia um antigo time homônimo da cidade.

Outro time que tem destaque em dias atuais é o Passa Três FC, que homenageia o antigo nome da cidade!

E por fim, dois times que tem feito sucesso nas competições atuais: a Associação Atlética Alvorada.

E o Castelo FC:

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Colorado Caieiras FC 2×0 FC Ska Brasil

Domingo, 21 de maio de 2023.
Nosso destino nesse domingo matinal é a cidade de Caieiras para acompanhar mais uma partida da série B do Campeonato Paulista.

Mas antes de falar sobre o jogo, vamos relembrar um pouco da história da cidade e do futebol local!

Praticamente colada à cidade de São Paulo, o teritório de Caieiras foi ocupado principalmente por tupinikins mas também por outros grupos indígenas até que os portugueses começaram a formar a cidade de São Paulo.
A partir daí, as aldeias que não se deixaram incorporar pela nova ocupação foram se dirigindo cada vez mais para o interior, abandonando suas terras.
Somente no século XIX houve o início da ocupação de Caieiras, graças a uma fazenda ao longo do Rio Juquery-Guaçu que iniciou a produção de cal, em fornos como esse:

Os primeiros moradores do novo povoado foram em sua maioria imigrantes italianos.
Em 1883, é inaugurada a Estação Ferroviária Caieiras, que atualmente está tombada pelo CONDEPHAAT.
Aqui, a estação em 1926:

Em 1890, teve início a fabricação de papel, com a Companhia Melhoramentos de São Paulo e desde então, a natureza local é formada basicamente por floresta de pinheiros e eucaliptos para alimentar a indústria.
Em 1958, surge oficialmente Caieiras, emancipada por meio de um plebiscito.

O futebol em Caieiras começou no início do século XX.
Segundo a página Caieiras Antiga, esse seria o primeiro time, em 1923:

O Colorado Caieiras é a quinta equipe da história de Caieiras a disputar competições oficiais.
A primeira delas foi o Club Recreativo Athletico Ítalo-Brasileiro (CRAIB), fundado em 1º de junho de 1925, quando Caieiras ainda era um distrito de S˜ão Paulo (distintivo do site História do Futebol).

Em 1932, disputou a Primeira Divisão da APEA (importante reforçar que embora leve esse nome, este era o segundo nível do campeonato), terminando em 2º do seu grupo (apenas o primeiro – no caso, o Lusitano FC – se classificaria para a final). O CA Albion, do outro grupo, foi o campeão.

Em 1933, o CA Ítalo-Brasileiro foi o campeão do seu grupo, perdendo a final para o time da Fábricas Orion.

Em 1934, acabou em 7º lugar.
Com a segunda guerra, o time muda de nome para Brasil Futebol Clube, cuja sede ficava no Monjolinho.
E pouco se sabe do time, uma vez que abandonou as competições oficiais. Aqui um registro do time nos anos 50:

Este o time de 64:

A segunda equipe na verdade apenas usou a cidade como sede: o Sport Club Paulista. Distintivo direto do site Escudos do Mundo Inteiro:

O time foi fundado em 13 de abril de 2000 como Sport Clube Campo Limpo Paulista, na cidade de Campo Limpo Paulista.

Assim, em 2001, jogando em Caieiras, o SC Paulista fez uma ótima campanha pela série B3, terminando a primeira fase em 2º:

Também termina a segunda fase em 2º lugar.

Acaba eliminado na semifinal pelo Corinthians B, após um empate em Caieiras por 2×2 e uma derrota na capital por 2×0.
Ainda assim, conquista o acesso à série B2 de 2002, onde fez uma campanha muito ruim, terminando em 14º lugar.
Em 2003, retornou a Campo Limpo Paulista reassumindo seu nome antigo.
Mas neste mesmo ano, a cidade teve seu 3º time disputando as competições profissionais: o Força Esporte Clube.

O Força Esporte Clube foi fundado em 16 de maio de 2001, como um desdobramento do movimento sindical para o esporte.
Em 2003 estreou em competições profissionais, e começou bem. Classificou-se em 2º lugar na primeira fase…

E termina a segunda fase em 1º, conquistando o título da Série B3!!

Em 2007, jogou a Bezinha (essa mesma onde hoje está o Colorado Caieiras) e conquistou o acesso, terminando na 3ª colocação.

Em 2010 acaba rebaixado e se licencia do futebol.

A 4ª equipe de Caieiras a disputar competições profissionais foi o Caieiras Esporte Clube, fundado em 4 de março de 2016.

Ainda em 2016, o Caieiras EC disputou a 1ª edição da Taça Paulista, organizada pela Liga de Futebol Paulista, mas o time não chegou a disputar as competições organizadas pela Federação Paulista.

Assim, chegamos ao 5º clube de Caieiras a disputar competições oficiais e o foco da nossa visita de hoje ao Estádio Municipal Carlos Ferracini: o Colorado Caieiras FC!

O Colorado Caieiras Futebol Clube LTDA foi fundado em 2019 e filiado à Federação em 2021, disputando no mesmo ano o Campeonato Paulista da Segunda Divisão, e assim como os demais times da cidade, citados acima, manda seus jogos no Estádio Municipal Carlos Ferracini, e por isso, fomos lá conhecê-lo!

O estádio fica numa baixada: do lado direito é a entrada para os visitantes, subindo um escadão lá pelo lado esquerdo, temos a entrada dos torcedores locais!

Olha aí a antiga bilheteria! Mas hoje compramos os ingressos ali na sede do clube mesmo.

E não é que a Mari levou o pé quebrado pra passear…

E outra presença importante são estas duas gerações responsáveis pelo incrível canal Interior Total!

Olha como ficou da hora o trabalho deles neste jogo:

Vamos dar uma geral no Estádio?

Algumas placas indicam obras realizadas nos anos 90, mas o Estádio Municipal Carlos Ferracini foi inaugurado em 10 de abril de 1980, tendo como primeira partida a vitória do time amador SAFUL (Sociedade Atlética Famílias Unidas de Laranjeiras), fundado em 7 de setembro de 1975, por 2×1 contra o time do EC Luso Brasileiro, do Bairro do Serpa.

Olha que lindo o distintivo do time ao lado dos brasões da Federação e da cidade!

Em campo, o então último colocado recebia nada mais do que o líder do campeonato, vindo de Santana de Parnaíba com um incrível retrospecto, invicto até então.

O estádio está muito bem aparelhado, tem até um espaço para garantir as transmissões esportivas.

Registramos o lado esquerdo do campo:

O meio campo:

O lado direito:

Confira comigo no replay esse olhar pelo campo:

E vale também curtir um pouco da batucada da torcida local!

Falando do jogo, o Colorado Caieiras fez 2×0 em menos de 20 minutos (Thomas e Matheus fizeram os gols) e botou o Ska Brasil pra correr atrás do resultado.

A partida se transformou em ataque contra defesa.
Com um a menos, os mandantes se defendiam e tentavam de tudo para manter o placar e conseguir a primeira vitória na competição.

E a gente esteve aí presente pra tentar eternizar (ao menos enquanto a Internet persistir…) esse dia!

Um ponto negativo é que a capacidade do Estádio Carlos Ferracini é de pouco mais de 6 mil torcedores, mas nesta manhã, menos de uma centena de pessoas decidiram pagar ingresso e assistir à partida.
Infelizmente, o que parece cada vez mais é que o brasileiro esqueceu sua paixão pelo futebol, e preferiu passar a manhã em casa, ou em outro lugar…

A torcida visitante também não se fez muito presente, mesmo tendo uma distância pequena entre Santana de Parnaíba e Caieiras.

Além de um dia ensolarado, as nuvens também deram um visual único ao estádio:

Um ponto interessante é que o estádio tem alguns pontos que dá pra galera assistir o jogo do lado de fora!

Lá do outro lado da arquibancada também é possível ter uma visão do campo, mesmo atrás do alambrado que cerca o estádio.

O 2º tempo foi praticamente ataque contra defesa, mas o bom goleiro do Colorado Caieiras garantiu os 3 pontos.

E como trabalhou o goleiro do Colorado Caieiras… Boa revelação!

O time do Ska Brasil fez de tudo, mas não conseguiu sequer diminuir o placar.

Matheus que foi expulso após o segundo amarelo acabou indo assistir a partida na arquibancada.

Fim de jogo, tempo pra aplaudir o time e quem sabe torcer por uma recuperação no decorrer do Campeonato…

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Série B do Campeonato Paulista 2023: Independente FC 0x2 Mogi Mirim EC

Domingo, 14 de maio, dia das mães, mas elas sabem que podem esperar, afinal é dia de dar um rolê até Limeira, e registrar a partida entre o Independente de Limeira e o Mogi Mirim, no Estádio Comendador Agostinho Prada, o “Pradão”.

Peguei meu ingresso ali na secretaria mesmo, mas está aí a antiga bilheteria:

O Estádio é a casa do Independente FC, fundado em 19 de janeiro de 1944.

Antes de entrar, vamos dar uma olhada em dois troféus que estão ali na secretaria do clube.

Esse mais recente é do vice campeonato da série A3 de 2014:

O time começou sua história disputando amistosos e torneios regionais, mas em 1972, passou a jogar o profissional, estreando no Campeonato da Segunda Divisão (que equivale à terceira divisão).
Em 1973, foi campeão deste campeonato, conquistando direito a disputar a Divisão Intermediária (o segundo nível do campeonato), porém não pôde jogar porque seu estádio tinha limite para 2 mil torcedores.
Em 1975, houve uma mobilização da cidade para construir as arquibancadas do Estádio Municipal Agostinho Prada, o Pradão, aumentando sua capacidade para 10 mil lugares.

Então pra quem tem curiosidade de saber como é o estádio, vem comigo no caminho pra arquibancada do Pradão!

Quanto custou o ingresso? R$ 20 a inteira e R$ 10 a meia entrada.

Que bela manhã para uma partida!

Ideal para encontrar os amigos, familiares e até mesmo o companheiro de quatro patas!

Sinta um pouco o clima da arquibancada:

Quem deu o tom na bancada durante a partida foi o pessoal da Galo Beer!

Sempre que alguém critica as organizadas eu lembro que se não fosse por elas, os estádios atuais estariam muito desanimados.

A arquibancada estava bem bonita e com um ótimo clima!
Ainda que o público não tenha sido dos maiores ( uma realidade do futebol brasileiro, principalmente no quarto nível do Campeonato Paulista), acompanhar o Independente FC em campo é um passeio que agrada diferentes perfis: da turma mais velha aos mais novos, meninos e meninas…
As famílias de Limeira tem no Pradão a certeza de um rolê que permite momentos de interação cada dia menos comuns nesse mundo tão corrido…

Outro ponto curioso, é que o Estádio Comendador Agostinho Prada tem uma área bacana, e permite a presença na área lateral e também atrás do gol lá próximo ao bar.
Foi de lá que eu fiz essa foto:

Na outra lateral, a área dedicada à imprensa, diretoria e demais convidados especiais.

Mais um estádio incrível com uma linda história e que merece mais apoio e maior presença do público.

O Independente é um time que mantém uma forte base de torcedores. Surpreende o número de pessoas com a camisa do time!

Aqui, o gol da direita:

O gol da esquerda:

O meio campo:

Muito bacana poder participar de um dia desses.

Olha os bancos de reservas:

O time do Independente começou o jogo nervoso e em uma falta da intermediária, o goleirão espalmou uma cabeçada para dentro da área e o atacante do Mogi Mirim não perdoou: Sapão 1×0.
Com o gol eu encontrei a torcida do Mogi, não láááá atrás do gol, mas na lateral.

Fim do primeiro tempo e é hora de conhecer o bar do Estádio Pradão.

E nem as lindas faixas da torcida local, ajudaram… Mesmo enquanto o Independente jogava melhor, o Mogi fez 2×0 e praticamente matou o jogo…

A diretoria do time local (parece que eram eles) ficou louca lá naquela área do “predinho”.

A torcida deu uma desanimada, mas manteve o apoio até o fim.

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O futebol em São João da Boa Vista parte 1: a Sociedade Esportiva Sanjoanense

São João da Boa Vista foi um dos lugares que nos incentivaram a registrar estádios, mas, quando começamos, nem sabia como fazer isso direito…

Por isso, em Abril de 2023, depois de me formar em História, voltamos à cidade para registrar com mais detalhes e metodologia, os estádios de São João da Boa Vista, que receberam jogos dos 3 times profissionais!

Segundo o livro Indígenas em São Paulo – Ontem e hoje, os povos originários que ocupavam a região eram do macro grupo Jê, conhecidos como “Tapuias”, e possivelmente Kaiapós, que acabaram expulsos ou assassinados pelos portugueses que chegavam à terra.
A cidade surge em torno da Fazenda Boa Vista, onde vivia o Padre João Ramalho, e se expandiu no terreno doado por Antônio Machado.

A cidade nasceu de modo planejado com um projeto para o progresso de toda a região, explorando atividades agropecuárias e industriais. Curiosamente não há registros de quilombos ou terras indígenas, facilitando o agronegócio.

Em 2020, se confirmou a data de fundação da cidade como 24 de junho de 1824. É bacana saber que existem diversos livros sobre a história da cidade.

Em 1853, foi inaugurada a Igreja Matriz, com uma missa celebrada pelo Padre João Ramalho, que acabou morrendo no meio da celebração, marcando de forma emotiva a data!

Em 1880, São João é elevada a Município, compreendendo as vilas de Aguaí, Águas da Prata e Vargem Grande do Sul que, com o tempo, também se emanciparam.
Em 1886, a estrada de ferro chega até a cidade, com a Companhia Mogiana, colaborando com a exportação de sua produção agrícola.

Foto antiga da estação de São João da Boa Vista, vinda do site Estações Ferroviárias.

Esta é a atual rodoviária:

O rio Jaguari-Mirim corta a cidade e dá um clima bem gostoso à cidade!

Uma das praças, há uma homenagem dos alunos da UNIFAE em homenagem ao Cachorro Zé, mascote da Instituição.

Falando do futebol local, Luiz de Freitas, ex-jogador da Esportiva Sanjoanense, diz que o esporte chegou à cidade em 1904, com as primeiras partidas disputadas no campo do Largo da Estação, usando como bola, a bexiga de um boi!

Logo, um esportista mais “moderno”, Eudálio Camargo, de Mogi Mirim, trouxe uma bola oficial para substituir a “bola” usada até então.
O primeiro clube de futebol de São João da Boa Vista foi o Sport Football Club Sanjoanense, fundado pela família Rehder.

Em 1907, entra em uso um novo campo: o da Av. Dona Gertrudes, ainda teríamos novos campos na praça Joaquim José e na Av João Osório.
Em 1915, surge a Associação Atlética São João, jogando no campo da rua Santo Antônio.

A grande dificuldade da Associação Atlética São João era a falta de um campo oficial e pra resolver isso, Oscar de Andrade Nogueira, sugeriu fundar um novo clube, com a fusão entre a AA São João e o SFC Sanjoanense unindo a cidade em torno de um clube e da construção de um estádio.
É aí que surge a Sociedade Esportiva Sanjoanense, em 1º de julho de 1916.

A SE Sanjoanense nasce com a preocupação inicial de construir uma estrutura importante para os esportes, assim, nos primeiros anos, a Associação Atlética São João ainda jogaria com seu nome, e assim conquistaria o primeiro troféu da cidade: a Taça Tulé, vencida por 2×0 em cima do Paulistano (time de Arthur Friedenreich), em 1918!

A AA São João passa a fazer parte do novo clube que logo se filia à Associação Paulista de Esportes Atléticos fazendo sua estreia nas Campeonato do Interior de 1920 (as informações dessa competição vêm do livro “Os Esquecidos – Arquivo do futebol paulista“):

O time foi vice campeão, perdendo a final para o Corinthians Jundiaiense.

Em 1921, acaba desclassificada por inscrever jogadores irregulares, mas é também nesse ano que o campo da SE Sanjoanense é inaugurado com um amistoso contra o Palestra Itália.
E veja a linda foto do estádio naquele dia:

Que lindo ver uma imagem de 102 anos atrás…

102 anos depois lá fomos nós conhecer e registrar a casa da Sociedade Esportiva Sanjoanense, que passa a ser chamada de “Esportiva“.

Atualmente, o estádio fica dentro do clube, que é uma verdadeira potência na cidade!

Existem duas entradas, uma lá pelos lados da ferrovia e outra a principal.

Vamos então conhecer o incrível estádio da Esportiva!

O nome escolhido (Estádio Dr. Oscar de Andrade Nogueira) homenageia o idealizador do clube.

Existe ainda um espaço homenageando os campeões mundiais Mauro Ramos e Bellini, que fizeram parte do futebol local.

De todos os estádios registrados, eu diria que o Estádio da Sanjoanense é um dos que mais prestam homenagens à sua história!

Olha aí que lindo o placar!

Olhando ali do espaço em homenagem aos campeões mundiais, aqui está um registro, começando pelo meio campo:

O gol da esquerda:

O gol da direita:

Mas pudemos andar pelo campo e registrar outras vistas.

Essa arquibancada fica no antigo espaço ocupado pela “torcida do barranco”.

Um pouco mais a frente, está registrada a frase imortalizada pelo ex presidente Christiano Osório de Oliveira para incentivar seus jogadores.

Ao fundo da arquibancada coberta está o ginásio do clube, com o desenho do tigre da mogiana estampado em sua parede.

E que linda, a arquibancada do Estádio Dr. Oscar de Andrade Nogueira!!

Fico contente de registrar um momento especial como esse. A presença em um estádio que já tem mais de 100 anos!!!

Do outro lado da arquibancada coberta, há um grande lance de arquibancada descoberta, que cobra toda a lateral do campo.

Quase na metade do campo, existe um distintivo na cobertura da saída dos vestiários!

Vale mais um rolê? Vale sim!!!

Lá do placar, essa é a vista que se tem do campo, da estrutura social ao fundo e da arquibancada no antigo barranco:

Esse é o gol da arquibancada do barranco:

Olhando da arquibancada descoberta, essa é a vista do meio campo, com vista da arquibancada coberta do Estádio Dr. Oscar de Andrade Nogueira:

Aqui, o gol da esquerda:

E o gol da direita:

O Estádio Dr. Oscar de Andrade Nogueira tem capacidade oficial para 4.500 torcedores, mas é incrível como tem arquibancada pra todo lado que se olhar…

Olha ai a saída dos vestiários:

Lá do outro lado estão os bancos de reserva, junto à arquibancada coberta:

Ah, e lembra que eu disse que havia uma outra entrada junto à estrada de ferro, olha como os trilhos estão próximos do campo:

Antes de ir embora, uma passada no incrível Memorial Rubro Negro!

É ali que estão incríveis troféus e imagens não só ligadas ao futebol mas a outros esportes também.

Ah, se todos os times tivessem o mesmo cuidado com a preservação de sua história como a Sociedade Esportiva Sanjoanense

Mas, voltemos ao passado para conhecer as histórias que tiveram o Estádio Dr. Oscar Andrade Nogueira como palco…
No Campeonato do Interior de 1922, mais uma vez a SE Sanjoanense se classifica como líder da Zona Mogiana.

E no quadrangular final, termina como vice campeã do interior!

Segundo o livro “Esquecidos“, a SE Sanjoanense só voltaria a disputar a edição de 1927, e ainda sim desistiu da competição no segundo turno da 1a fase.

Depois disso, o time volta ao Campeonato de 1930, sem se classificar para a fase seguinte.
Isso só ocorreria em sua próxima participação, em 1942, quando venceu a 7ª região, mas perde a 1ª eliminatória para o Pirassununguense.

O time segue na disputa do Campeonato amador, com destaque para 1944, 45, 46 e 47, quando sagra-se campeão da sua série.
A fotona abaixo é do título da 2ª zona da 3ª região, de 1946:

Porém em 1947, o time decide alçar vôos mais altos e decide disputar a segunda divisão do futebol paulista, terminando em uma honrosa 5ª colocação.

A zaga desse time contava com o craque Mauro Ramos de Oliveira que acabaria vendido ao São Paulo:

Em 1948, desistiu da disputa antes do seu início.
Em 1949, termina a 1a fase em 7º no eu grupo.
Em 1950, tinha ninguém menos que Bellini (o primeiro em pé) no seu plantel:

Ainda assim, fecha a primeira fase em 3º, mas apenas os dois primeiros se classificavam para a fase final.

Em 1951, termina o grupo da Zona Leste em 2º lugar e classifica-se para o quadrangular semifinal, mas quem chega à final é o XV de Jaú e o Linense:

Em 1952, uma primeira campanha incrível! 14 jogos e apenas 2 derrotas, deixando pra traz o Bragantino, o Velo, a Inter entre outros times!

Na segunda fase, porém, um grande absurdo… Ao empatar por pontos com o Linense e o Paulista, houveram confrontos entre eles e o Linense acabou indo para a final (sagrando-se campeão contra a Ferroviária).

Vale reforçar que em 1952 aconteceu também a primeira partida de futebol feminino na cidade, no campo da Esportiva, frente à 5 mil torcedores.

Mas de 1952 a 1955, a SE Sanjoanense abandona o futebol profissional.
Em 1956, volta à 2ª divisão e faz uma campanha bastante fraca.

Também vai mal em 1957 e 58, quando novamente desistiu das disputas profissionais.

E dessa vez, foram mais de 20 anos até voltar em 1982, agora na 3ª divisão.

Com o apoio da cidade, a Esportiva Sanjoanense classificou-se para a próxima fase!

Na segunda fase, empata em pontos, mas perde no saldo de gols a classificação

No segundo turno, também se classifica mas fica de fora da fase final.

Em 1983, faz uma boa campanha: 3º lugar no primeiro turno e 1º lugar no segundo turno, perdendo a decisão do grupo para o Itapira.
Em 1984, classifica-se em 2º lugar…

Disputa a segunda fase e lidera o grupo, jogando até com a União Funilense, de Cosmópolis!

Infelizmente no triangular final, acabou ficando em último, sem vencer nenhum jogo 🙁

Na terceira divisão de 1985, nova primeira fase exemplar, terminando como líder!

Vem a segunda fase e … novamente classificado como líder!

Mas agora, foi a vez do Mauaense eliminar a Esportiva

Em 1986, mais uma primeira fase quase perfeita na Terceira Divisão, terminando como líder do grupo verde. O time contava com Paulinho McLaren!

Porém, na segunda fase, acabou desclassificado…

O Campeonato Paulista de 1987 foi bastante esquisito… Jogando a Terceira Divisão, a SE Sanjoanense mais uma vez liderou a primeira fase…

A segunda fase era composta por 2 quadrangulares, o Palmital EC liderou um deles, e a Esportiva o outro.
Por isso, muitos consideram o Palmital EC campeão da Terceira Divisão enquanto para outros, o título é da Esportiva.
O livro “125 anos de história – A enciclopédia do futebol paulista” cita a Esportiva Sanjoanense como campeã.
Ambos obtiveram o direito de jogar a repescagem da segunda divisão do mesmo ano.

Porém, em 1988, volta a jogar o terceiro nível do Campeonato Paulista, denominado a partir de então com o “Segunda Divisão”.

Em algum momento de 1988, alguns torcedores estiveram no Estádio Oscar de Andrade Nogueira para torcer pela Esportiva no Campeonato Paulista, e não sabiam que aquela seria a última vez…” Será mesmo a última vez?

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O futebol em Mogi Mirim (SP) – Parte 2: o Estádio Municipal Angelo Rotoli, o "Tucurão".

Abril de 2023.
Depois de 11 anos, voltamos à Mogi Mirim para rever o Estádio Vail Chaves, a casa do Mogi Mirim EC (essa foi a parte 1 deste post, confira aqui como foi).

https://www.asmilcamisas.com.br/wp-content/uploads/2023/04/Esta%CC%81dio-futebol-Mogi-mirim4-2-1024x768.jpg

Mas ainda havia mais futebol em Mogi! Talvez poucos se lembrem, mas a cidade teve um outro time que também se aventurou no futebol profissional, o Clube Atlético Mogiano, fundado em 4 de janeiro de 1978.

O time nasceu para disputar logo de cara a Terceira Divisão de 1978 (o quinto nível do Campeonato Paulista), o que permitiu o primeiro (e até então único) dérbi no Estádio Municipal Angelo Rotoli, o “Tucurão“.

O time terminou à frente do rival citadino Mogi Mirim EC, mas o time acabou extinto.

E é claro que fomos até lá para conhecer e registrar o Estádio Angelo Rotoli, o “Tucurão“!

Claro que o Tucurão não nasceu para apenas receber as partidas do CA Mogiano por um ano, ele é muito mais antigo, é a casa da tradicionalíssima Associação Atlética Tucurense, fundada em 1919.

Conhecida pelo apelido de “Veterana”, a AA Tucurense já foi chamada de Tucura Futebol Clube.

Logo na entrada do Estádio você já é apresentado ao Alvinegro da Zona Norte!

O estádio possui um belo lance de arquibancadas em uma de suas laterais.

Existem dois espaços para a transmissão das partidas, um na lateral da arquibancada…

E um segundo na outra lateral:

Aqui, o meio campo, com vista para a arquibancada e o sistema de iluminação:

O gol da esquerda, com o ginásio ao fundo:

E o da direita:

Opa! Vale registrar a presença em mais um templo sagrado do futebol!

Mas não há espaço para a torcida na outra lateral.

Gramado bem cuidado, o zelador tem feito um bom trabalho!

A arquibancada também parece bem cuidada!

Olha aí que legal a camisa retrô que a Aktion lançou:

Agradecemos aos deuses do futebol mais uma oportunidade!

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O futebol em Mogi Mirim (SP) – Parte 1: o Estádio Vail Chaves

Este post se complementa com a sua parte 2 que fala do Estádio Municipal Angelo Rotoli, veja aqui.

Abril de 2023.
Lá se vão 11 anos da final do Troféu do Interior Paulista de 2012 no Estádio Vail Chaves, a casa do Mogi Mirim EC.
Vale relembrar algumas imagens..

Há séculos, Mogi Mirim foi o território de indígenas de diferentes etnias, principalmente da etnia Kayapó, (do grupo Jê, os “tapuias”) que segundo o livro Indígenas em São Paulo, de Benedito Prezia, chegaram a atacar a cidade de Jundiaí no início do século XVII.
O próprio nome é de origem indígena (tupi) e significa Pequeno Rio das Cobras.
Aqui, atuais Kaiapós do interior paulista (foto de uma matéria da Revide).

Mas, assim como várias cidades, a região foi invadida por portugueses e por seus filhos, muitos deles frutos das relações com as indígenas.
No século XVIII ergue-se a Igreja Matriz de São José e logo a região se torna Freguesia de São José de Mogi Mirim, depois Vila até chegar a Município, em 1769, desmembrado da antiga vila de Jundiaí.

Mas, para nós, o verdadeiro templo sagrado da cidade é o Estádio Vail Chaves, a casa do Mogi Mirim EC.

Já falamos da camisa e da história do Mogi Mirim (veja aqui como foi).

Como disse no início do post, também estivemos lá vendo a conquista do Troféu do Interior em 2012 – veja aqui como foi.

A história do Mogi Mirim Esporte Clube é riquíssima! Fundado oficialmente em 1º de fevereiro de 1932, mas com uma grande polêmica que diz que esta data foi apenas uma “reorganização” do então Mogy-Mirim Sport Club, fundado em de outubro de 1903.
Enfim… o Sapão tem muita história!

O time começou disputando partidas amistosas e em 1943, fez sua estreia no Campeonato Amador do Interior, na 6a região (uma das mais difíceis!).

Jogou ainda outras edições, como em 1944 e 45.
Se profissionaliza em 1954, estreando na recém-criada Terceira Divisão. Estreou chamando a atenção, classificando-se para a segunda fase, tendo que vencer a Itapirense em um jogo desempate.

A segunda fase apresentou adversários ainda mais difíceis e acabou não chegando a final.

Em 1955, terminou em último lugar na primeira fase e em 1956, abandonou a competição antes mesmo do seu início.
Em 1957 retorna ao Campeonato, mas termina em terceiro, sem se classificar, mesma posição de 1958, quando abandonou o profissionalismo.
Retorna ao terceiro nível do futebol paulista em 1970, fazendo uma campanha incrível na primeira fase, com apenas uma derrota em 18 jogos!

Aí acontece aquelas coisas que a gente nunca entende…
Ao invés de dois jogos semifinais, a sequência é uma semi final em jogo único, e campo neutro (Araraquara) contra o Sertãozinho, que bate o Mogi por 1×0.

Em 1971 e 72, campanhas pífias.
Em 1973, novamente se classifica para a segunda fase.

A fase seguinte é um quadrangular, onde o time termina em terceiro.

Em 1974, mais uma campanha fraca, e em 1975, a Terceira Divisão não chega ao fim, desanimando o Mogi que só volta a jogar, agora o quarto nível do Campeonato, em 1977, mas ainda assim com mais uma campanha fraca.

Em 1978e 79 também fez campanhas fracas sem se classificar para a fase seguinte.
Em 1980 faz uma campanha bacana, mas apenas um time dos 17 times do grupo se classificou para a fase final.

Em 1981, Wilson Fernandes de Barros passa a fazer parte do comando administrativo do clube, e com seus investimentos, a equipe se torna mais competitiva!

Já no mesmo ano, os resultados começaram a aparecer, o time foi campeão do primeiro turno:

O 2o turno fico com o Guaçuano, e na decisão o time de Mogi Guaçu levou a melhor e se classificou para a fase final de 81.

A boa campanha levou o Mogi Mirim à segunda divisão de 82, onde fez mais uma boa campanha, chegando até a fase final de grupos.
Em 1983 e 84, a segunda divisão foi longa e confusa, o Mogi Mirim novamente teve boa campanha mas sem chegar à fase final.
Até que chegamos em 1985.

Um primeiro turno inacreditável: 24 jogos e 2 derrotas apenas, fazendo com que o time se classificasse em 1º!

A segunda fase foi um quadrangular e dessa vez: nenhuma derrota! Vamos à fase final!

A última fase também se tornou inesquecível!! Com uma campanha irretocável o Mogi Mirim sagrou-se campeão da segunda divisão, classificando-se para a primeira divisão!

Sua estreia na Primeira Divisão em 1986foi mediana, mas o suficiente para manter-se na elite para mais um ano.

As campanhas de 1987 e 88 mantiveram esse perfil mediano, mas em 1989, disputou a primeira fase no Grupo 1 (sem os times da capital) e pela primeira vez classificou-se para o quadrangular final em 1ºlugar!

Mas a fase seguinte foi um triangular ao lado de Santos e Corinthians, e ele acabou desclassificado.
Em 1990, fez uma campanha similar e em 1991 termina em último do seu grupo.
Em 1992, mais uma vez terminou a primeira fase em primeiro lugar e termina eliminado no quadrangular final.

Mas este time entrou pra história com um esquema tática trabalhado pelo saudoso treinador Osvaldo Alvarez, o Vadão.

Esse time ficou conhecido como o “Carrossel Caipira”! Em 2010, este time foi tema do documentário “Carrossel Caipira: o fenômeno tático do interior“.

Ainda em 1992, conquistou a “Copa 90 Anos da Federação Paulista de Futebol”.

Em 1993, jogando no grupo dos times da capital, o Mogi não conseguiu obter a classificação para a segunda fase.

O Mogi Mirim EC foi onde o craque Rivaldo apareceu pro mundo do futebol. Se liga na torcida ao fundo, em especial às bandeiras da Mancha Vermelha!

Em 1994, termina em 14º e acaba rebaixado para a 2a divisão.
Em 1995, conquista novamente o campeonato e volta à primeira divisão, onde faz campanhas medianas de 1996 a 98.
Em 1999, classifica-se para a segunda fase, como líder do seu grupo.

Mas não conseguiu se classificar à fase final.

Em 2000, outra campanha mediana. Em 2001, volta a ser rebaixado para a série A2, mas a mudança na fórmula do campeonato mantém o time na A1 de 2002.
Entre 2003 a 2005 segue com campanha frágeis, até que em 2006 acaba rebaixado para a A2.
Em seu ano do retorno faz uma boa campanha, classificando-se em 3º na primeira fase…

E terminando em segundo na fase semifinal da A2 de 2008, conquistando o acesso à série A1!

De volta à série A1, as campanhas seguem medianas, entre 2009 e 2011, mas em 2012 conquista o Troféu do Interior. Estivemos em Mogi naquela noite, veja aqui como foi!

Em 2013, mais um momento histórico, o Mogi Mirim classifica-se às quartas de final em 2º lugar!

Nas quartas, bate o Botafogo-SP por 6 a 0 e acaba eliminado nos pênaltis pelo Santos, na semifinal!

A foto abaixo é do site Futebol de campo!

Outra boa notícia em 2013, foi o título do campeonato paulista sub-20!

Em 2014 foi mal no Paulista, mas disputando a série C do brasileiro, conquista a vaga à Série B.

Em 2015, uma campanha sem grandes surpresas no paulista, mas na Série B, termina na última colocação e foi rebaixado à Série C.

E aí começa o tormento do torcedor do Mogi…
Em 2016, o Mogi Mirim foi rebaixado mais uma vez para a Série A2.
Em 2017, cai pra Série A3 e no Brasileiro acaba rebaixado para a Série D.
Em 2018, o Estádio Vail Chaves foi interditado e o Mogi mandou seus jogos em Itapira. Assim, acaba caindo para a 4ª divisão do Paulistão.
Em 2019, se licenciou de competições profissionais.
Em 2021, retornou ao futebol profissional, na Quarta Divisão, mas termina na última colocação, levando o time a se licenciar novamente em 2022, e agora, em 2023, onde estreou com derrota.

Ufa… Tanta história faz por merecer uma nova visita ao Estádio Vail Chaves!

O Estádio Vail Chaves já teve momentos mais poderosos…
Veja a quantidade de bilheterias:

Existe uma loja no próprio Estádio, o Shopping Mogi!

O espaço dedicado à lanchonete também está por lá:

E ali fica a secretaria:

Hora de dar um rolê pelo estádio, vamos lá?

Atualmente, o Estádio tem capacidade para 19.900 torcedores.

O nome homenageia Vail Chaves, que ajudou a adquirir o terreno do estádio, nos anos 30.

Mas o campo só foi inaugurado em 7 de julho de 1981, na vitória do Mogi por 4 a 2 sobre o Palmeiras.

O nome durou até 1999, quando o então presidente Wilson Fernandes de Barros achou justo uma homenagem rebatizando o estádio com seu nome, afinal ele havia investido muita grana no time e até mesmo construído novas arquibancadas de concreto, nos anos 80.

Se a auto homenagem já foi esdrúxula, a mudança seguinte foi ainda mais esquisita: Wilson teve mulher e filha sequestradas, e prometeu que, caso as duas fossem devolvidas, chamaria o estádio de Papa João Paulo II. E elas foram libertadas.

Estive lá também nessa época registrando uma foto do nome:

A última troca aconteceu assim que Rivaldo assumiu a presidência do Mogi Mirim, em 2011. O craque decidiu homenagear o pai e batizou o estádio de Romildo Vitor Gomes Ferreira.
A mudança irritou torcedores e causou um distanciamento entre cidade e clube.

Em 2016, o estádio voltou ao seu nome original.

O título que acompanhamos em 2012, hoje está registrado no próprio estádio!

Graças à sua estrutura, o Estádio Vail Chaves foi utilizado várias vezes por outros times, como em 2005, com União São João de Araras 1×6 Corinthians e Santos 0x0 São Paulo.
Em 2007, recebeu São Paulo 2×2 Marília e em 2011, o clássico San-São pela última rodada do Brasileirão (São Paulo 4×1 Santos):

Por fim, um abraço ao pessoal da Mancha Vermelha que segue no apoio incondicional ao time!

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O Estádio Municipal "Godofredo Pagliusi" em Ibirá (SP)

Carnaval de 2022
Já se foi mais de um ano e eu ia me esquecendo de registrar um Estádio desta cidade tão mágica: Ibirá!

Ibirá é mais uma cidade com nome de origem tupi guarani (era o nome da “fibra” que os povos originários tiravam das árvores e usavam para tecer seus utensílios) e como todo interior, era terra indígena, de diversos povos, principalmente kaingang que acabaram fugindo com a chegada do tal “progresso”, materializado atualmente em uma incrível sorveteria!

As terras acabaram nas mãos do império, e Dom Pedro II as doou a Antonio Bernardino de Seixas, que logo se encantou com o as águas do Córrego das Bicas (o atual Distrito de Termas de Ibirá), onde antes, os indígenas passavam muito tempo banhando-se e aproveitando de misteriosas propriedades medicinais.
Os invasores deram ao lugar o nome de Freguesia da Cachoeira, depois Freguesia de Ibirá (quando pertencia a São José do Rio Preto) e a partir de 12 de dezembro de 1921, Município, subordinado à comarca de Catanduva.
As Termas de Ibirá são hoje grande atrativo para turistas que buscam cuidar da saúde com terapias alternativas.

O atual Balneário Evaristo Mendes Seixas foi inaugurado em 1975, e possui 5 fontes de água mineral, cujas águas contém em sua formulação natural o componente “Vanádio”, seu grande diferencial.

E claro, que aproveitamos o role para experimentar os banhos terapêuticos!

Experimentamos também as águas das diferentes fontes.

O parque é bastante aprazível e vale uma visita!

A cidade também tem a tradicional praça da igreja…

A gente comeu ali pertinho, em uma pizzaria em frente à praça mesmo.

Triste foi o fim do “Grande Hotel” abandonado na cidade…

Mas, se além de toda essa água você quer saber um pouco do futebol local, que tal um pulo até o Estádio Municipal Godofredo Pagliusi?

O Estádio foi inaugurado em julho de 1979, que tal dar uma olhada:

Senti falta de um portal na entrada identificando o estádio, mas, em uma cidade tão singela, pra que identificar o campo que todos conhecem?

Será que era aqui que o antigo time da cidade, o Guarani de Ibirá, mandava seus jogos?

Atualmente, existe um time homônimo, mas não soube dizer se trata-se da mesma equipe…

Aqui está o meio campo:

O gol da esquerda, dá pra ver que o estádio possui um sistema de iluminação que permite jogos noturnos:

O gol da direita:

Ali, ao fundo, pode se ver o ginásio que atende a cidade.

6 degraus de arquibancada servem a torcida local… E uma faixa gramada a separa do alambrado do campo!

Uma pena que um estádio tão bonito não tenha uma equipe profissional ou mesmo um time mais tradicional que jogue o amador…

Gramado muito bem cuidado! E com aquelas lindas árvores ao fundo!

Atualmente, a cidade tem um time chamado Ibirá que disputa partidas amadoras:

E existe ainda um time no distrito chamado Termas de Ibirá FC :

Um último olhar na parte externa do estádio, que muitas histórias ainda possam ser escritas neste lugar, para a alegria da população local!

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O futebol em Mogi Guaçu

Já estivemos em Mogi Guaçu por diversas vezes para acompanhar partidas do CA Guaçuano.

Até um acesso com direito a invasão de campo, a gente já curtiu!

Também estive visitando o Estádio em 2010:

Em abril de 2023, retornamos à cidade para conferir o momento atual do futebol.
Após alguns anos parado, desde 2022, o CA Guaçuano está de volta, às categorias de base (sub 15 e 17 começaram no fim de semana!).

Mas se a boa novidade é a volta do Mandi, a má notícia é que o tradicional Estádio Municipal Alexandre Augusto Camacho segue em reforma. Fomos lá pra dar uma conferida, mas fomos impedidos de entrar pela equipe da obra.

Oficialmente, o Estádio Municipal Alexandre Augusto Camacho completa 72 anos em 2023.
Em 30 de agosto de 1951, o projeto de Lei n° 77, assinado pelo prefeito Orlando Chiarelli, alterou o nome da Praça de Esportes de Mogi Guaçu, o “Campo do Mandi”, criado em 1930, para o atual.

O estádio homenageia Alexandre Augusto Camacho, cidadão da Ilha da Madeira (Portugal) que veio para o Brasil e fez sua vida em Mogi Guaçu, sendo o presidente da fundação do clube até sua morte, em 1951.
Ele foi um dos responsáveis pela construção do estádio.

Olhando de longe é difícil dizer o que está sendo feito atualmente de reforma no estádio…

Mas vi uma matéria mostrando algumas fotos referentes à fase de reformas internas:

Demos uma volta em torno do campo, mas só deu mesmo para registrar “fragmentos” da parte interna do estádio.

Espero de verdade que para 2024, tenhamos 2 novidades: o retorno do time ao profissionalismo e também a reinauguraç˜ão do estádio.

Mas enquanto o Estádio Municipal Alexandre Augusto Camacho segue em reforma, aproveitamos para registrar um outro estádio que ganhou visibilidade: o Estádio Municipal Carlos Nelson Bueno, o “Furno”.

O nome provavelmente vem dessa antiga indústria:

Já no ano passado, nas competições “paralelas”, como a Paulista Cup e mesmo em diversas competições amadoras, o estádio já foi bastante usado, mas sem dúvida 2023 é um ano mágico para ele.

Olha aí o gol da direita:

O meio campo:

E o gol da esquerda:

Um estádio meio bucólico, integrado em meio a certa natureza e num local meio afastado da cidade. Sem dúvida, muito bacana!

Lá ao fundo está uma pequena arquibancada que permite a presença de cerca de 500 torcedores.

E assim, mais um estádio do futebol paulista fica registrado aqui no site!

Já escrevemos um pouco sobre a história do Clube Atlético Guaçuano quando mostramos a camisa que doamos para o acervo oficial do time, a cuidados inicialmente do Samir Gimenez e atualmente pela diretoria do clube. Muitas das fotos deste post vieram do trabalho organizado por ele e do site oficial do clube: www.atleticoguacuano.com.br/

Vale a pena reforçar um pouco a história do futebol local.

Um dos primeiros times de futebol da cidade foi o “Mo­gi-Guassú Sport Club“, que inaugurou a praça de espor­tes da cidade com um duelo contra o Sport Club Itapiren­se, em 2 de julho de 1911.

O CA Guaçuano, fundado em 26 de fevereiro de 1929.

De lá pra cá teve uma série de outros escudos:

O time foi fundado como “Club Athletico Guassuano”. Aqui, o time de 1933:

Após uma fase de amistosos e torneios locais, a partir de 1946, passou a disputar o Campeonato do Interior, na 3ª zona da 7ª região:

Em 1957, venceu a sua regional!

Em 1958 sagrou-se Campeão do Regional, vencendo o derbi contra o Cerâmica Clube (falaremos dele daqui a pouco).

Em 1959, o time se licenciou e permaneceu parado até 1975, quando voltou ainda mais forte, estreando no profissional, já que outro time da cidade, o Grêmio Esportivo Guaçuano (também falaremos dele na sequência) abandonou as competições.
Assim, o CA Guaçuano passa a disputar a Segunda Divisão (terceiro nível do futebol paulista) de 1975, liderando a fase de classificação:

Acredite ou não, a Federação se atrapalhou e não teve tempo pra dar sequência ao campeonato, que terminou sem um campeão. Os líderes de cada um dos 3 grupos (Mirassol e Dracena FC) se declararam campeões daquele ano.

Em 1976, o CA Guaçuano faz uma péssima campanha na Série Professor João Carvalhaes e acaba rebaixado para a Terceira Divisão (o quarto nível do futebol paulista).

Em 1977, lidera a primeira fase, sagrando-se campeão da “Série Petronilho de Brito“.

O Guaçuano acabou desclassificado na segunda fase, que teve o Primavera de Indaiatuba como classificado e na sequência campeão.

Em 1978, novamente classifica-se para a segunda fase, mas não chega às finais.

Campanha similar em 79:

Em 1980, a Federação diminuiu para 3 o número de divisões do Campeonato Paulista, e o CA Guaçuano voltou à Segunda Divisão (o terceiro nível), jogando o Grupo Verde, e enfrentando 16 equipes não se classificou mas atingiu um honroso 3º lugar.

Em 1981, mais um campeonato maluco…. O CA Guaçuano foi mal no primeiro tuno, terminando na sexta colocação do Grupo Azul…

Entretanto no segundo turno, terminou como líder.

Houve assim um enfrentamento entre os vencedores de cada turno e após dois empates, um terceiro jogo foi marcado em campo neutro (Limeira) e por 4 a 3. o CA Guaçuano bateu o Mogi Mirim, chegando ao hexagonal final, mas terminando fora da decisão do campeonato.

Ainda em 1981, sagrou-se campeão estadual de juniores, mostrando que a fase estava boa!
Com a boa campanha de 81, o time garantiu presença na Segunda Divisão de 1982 (equivalendo ao segundo nível do campeonato), e o Mandi sentiu o peso da nova divisão, terminando em último lugar do seu grupo.

Em 1983 e 84 o time fez campanhas medianas. Em 85, escapou do rebaixamento no chamado “torneio da morte” com a Saltense, caindo o Jaboticabal e o Dracena.
Em 1986, mais uma campanha mediana, mas em 87 veio o encaminhado rebaixamento de volta à Segunda Divisão (o terceiro nível do campeonato), onde permaneceu com campanhas medianas até 1992, quando montou um time forte e terminou a primeira fase em primeiro lugar do seu grupo.

Veio a segunda fase em um grupo bastante disputado e novamente o Mandi terminou em 1º lugar, após jogo decisivo com o C.A.U. Iracemapolense.!

Chega então a fase final, e mesmo com um bom aproveitamento, acabou perdendo o título para o Oeste de Itápolis.

Entretanto, dos 4 times, apenas o Paraguaçuense vai disputar a Intermediária (segundo nível) do Paulistão em 1993, porque a Federação impede os acessos alegando que os estádios n˜ão tinham capacidade mínima.
O CA Guaçuano acaba não disputando nada e retorna em 1994, na recém criada Série B1B (quinto nível estadual).
Em 1996, o clube terminou a primeira fase na liderança do grupo com 18 equipes.

Mais uma vez na fase final, o time patinou 🙁

Em 2001, disputa o 6º nível do futebol paulista agora chamado de B3 e em, no seu primeiro ano nessa divisão, o Mandi até se classifica para a segunda fase, mas não chega às semifinais.
Porém no ano seguinte disputa a B2, graças à desistência do Corinthians de Presidente Prudente, do EC São Bernardo e à exclusão da Santacruzense.
Ainda assim, volta a fazer más campanhas, até que em 2005, a Federação unifica a série B em uma única, formando o quarto nível da competição.
Na primeira fase, liderou seu grupo.

Mas na segunda fase acaba caindo frente a dois adversários mais fortes: Penapolense e Santacruzense.

Em 2008 mais uma vez passa da primeira fase (mesmo tendo perdido 6 pontos no “tapetão”)…

Na segunda fase, classifica-se em segundo lugar!

No grupo final, que daria vaga para a final e o acesso pra série A3, perdeu um jogo decisivo para o Batatais, em casa, por 3×0…

Em 2009 e 2010, também passa por 2 fases antes de ser eliminado.
Em 2011, mais uma vez classifica-se para a segunda fase da série B.

Passa também pela segunda fase…

E lidera seu grupo na terceira fase.

Agora é o quadrangular de onde saem 2 acessos e um finalista, e o time perde a vaga na final por um gol de saldo, mas conquista a volta à série A3.

Estivemos acompanhando o time na ultima rodada contra o CA Votuporanguense que valeu o acesso. Leia aqui como foi.

Em 2012, na Série A3, faz uma campanha brilhante, liderando grande parte do campeonato, classificando-se em 3º lugar.

Na fase decisiva, um empate em casa com o Marília AC acabou com o sonho do acesso à A2, em um Estádio Camachão com mais de 10 mil torcedores.

Em 2013, disputou o campeonato inteiro com os portões fechados e escapou do rebaixamento na última rodada diante da A. A. Flamengo de Guarulhos.

Em 2014 a Federação Paulista não permitiu a utilização do Estádio Alexandre Augusto Camacho e o Mandi mandou seus jogos em Itapira. Longe de sua torcida, acabou rebaixado, em último lugar, de volta à série B.

Em 2015, licenciou-se dos Campeonatos e somente em 2022 voltou a disputar as competições de Base organizadas pela Federação Paulista de Futebol.

Porém, nossa visita à cidade em 2023 também permitiu que registrássemos outro time que também chegou ao profissional: o Cerâmica FC, atual Cerâmica Clube.

Vale reforçar que não só o clube, mas toda a cidade se desenvolveu muito em torno da indústria de cerâmica.
As 3 maiores foram a Martini, a Chiarelli e a Armani (sem contar as várias olarias como a Brunelli, a Irmãos Ramalho, Toso e Fantinato, entre outras).
E foi a Cerâmica Martini, fundada em 1908 por Luigi Andréa Martini e sua esposa, Emília Marchi Martini, que fundaram o Cerâmica Clube.
O Cerâmica Futebol Clube foi fundado em 2 de janeiro de 1948, mas infelizmente acabou trocando sua tradição no futebol por um moderno clube social.

O distintivo na parede em uma espécie de “nova cerâmica” ajuda a entendermos que o mundo realmente mudou…

Algumas coisas do passado, como o arco do estacionamento, ainda foram mantidas:

Mas só o que pudemos ver em nossa visita, em um feriado chuvoso foram muros…

Olha aí como é a frente do clube:


Existe uma outra entrada em uma rua paralela:

Da época áurea da cerâmica, sobraram dois cartões postais da cidade: a antiga chaminé da Cerâmica


E a Capelinha de Nossa Senhora Aparecida

Os compradores da antiga cerâmica, decidiram preservar a Capelinha, mas não tiveram a mesmo ideia em relação ao estádio.
Alguém deve ter pensado “já tem um campo do outro lado da rua”…
Pra entender como era, eu fiz a montagem abaixo, perceba como a área do clube (e da própria cerâmica) era enorme e como o campo ficava literalmente em frente o “Camachão“!

Mesmo o CA Guaçuano sendo mais antigo, o Cerâmica FC foi o primeiro time da cidade a atuar no profissional. Existem poucas lembranças do time, mas essas duas fotos do juvenil são incríveis!!! Olha as chaminés de fundo!

O pessoal do Jogos Perdidos esteve por lá e conseguiu algumas fotos incríveis (acesse e veja a matéria original deles aqui). Aqui, o time de 1958 que disputou o Campeonato Amador e a Terceira Divisão:

Na Terceira Divisão, o time fez uma boa campanha, classificando-se mesmo em um grupo com 2 times fortes!

Na fase final, não fez feio mas não conseguiu chegar à final.

Depois de se ausentar em 1959 e 60, voltou a disputar o Campeonato em 1961, com uma campanha apenas mediana…

Jogou também a edição de 1962, classificando-se como vice líder da Série Sr. Laudo Natel.

Na segunda fase, o time acabou desclassificado, terminando no 4º lugar.

Em 1963, termina a primeira fase em 4º lugar, classificando-se para a fase seguinte.

Na segunda fase, disputa a Série Doutor José Ermírio de Moraes Filho, mas termina na última colocação.

Em 1964, uma campanha irregular, e o time termina no 9º lugar.

E por fim chegamos a 1965, a última participação do Cerâmica no profissionalismo, em uma campanha bastante fraca.

O time acabou se licenciando e hoje segue como opção de lazer para a população local.

Por fim, a cidade ainda viu o surgimento do Grêmio Esportivo Guaçuano, fundado em 10 de junho de 1960:

O site História do Futebol apresenta outros dois distintivos:

Aí está o primeiro time do GE Guaçuano, ainda em 1960:

O Grêmio Esportivo Guaçuano estreou no Campeonato Paulista Profissional em 1969 na Quarta Divisão com uma boa campanha, em turno único o time terminou em 3º lugar.

Depois disputou a Terceira Divisão de 1970 e fez uma campanha mediana, jogando o grupo “1ª série”. O Rio Branco de Ibitinga seria o campeão.

Em 1971, terminou a 1ª fase como líder do seu grupo:

Naquela época, era comum celebrar a conquista dessa fase como se fosse um título, por isso, há fotos do Grêmio com as faixas de campeão…

Na 2ª fase, o time não chegou a final por apenas um pontinho… E o campeão foi o Sertãozinho.

Em 1972, mais uma boa campanha na Série “Independência“, mas infelizmente o 2º lugar não valeu de muito, pois apenas o líder chegou a final (o Pirassununguense fez a final com o José Bonifácio EC, que sagrou-se campeão!) :

Em 1973, desiste da competição antes do seu início.
Em 1974, o Grêmio Esportivo Guaçuano se despede do profissionalismo, com uma campanha bem irregular, terminando em penúltimo lugar na primeira fase.

Com seu mal desempenho. jogou a o grupo B da Série dos perdedores:


Infelizmente, após este campeonato o Grêmio Esportivo Guaçuano também se licenciou e atualmente se limita à competições amadoras.

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O futebol em Espirito Santo do Pinhal

Este post foi realizado em duas viagens para a cidade de Espírito Santo do Pinhal: a primeira em junho de 2010 e a segunda em abril de 2023. Olha eu mais jovem aí:

Comecemos com nossa primeira visita quando voltando de São João da Boa Vista, vimos a placa e decidimos entrar em Espírito Santo do Pinhal!

A cidade também teve como uma das suas origens a Estação do Ramal Férreo Pinhalense da Cia Mogiana:

Para mim, a cidade sempre teve uma forte ligação com o futebol, graças à fama do Ginásio Pinhalense de Esportes Atléticos, fundado em 17 de julho de 1937, bastante tradicional no futebol paulista.

O apelido do time acabou se tornando seu mascote: o diabo da serra!

Sua histórica sede:

Mas o time mais antigo da cidade é a Associação Atlética Pinhalense, fundado em 3 de maio de 1925. (fonte do distintivo: Escudos Gino).

A Associação Atlética Pinhalense estreou no Campeonato do Interior da APEA em 1926, ganhando a fase regional (ao lado de nada menos que Guarani, Ponte e Rio Branco, além de D’Alva e Ipiranga – ambos de Campinas). Porém na segunda fase, o time se licenciou preferindo jogar o Campeonato da LAF a partir de 1927, sendo que em 1929, foi vice campeã. Em 1930 faz sua última participação nas competições oficiais.

Outro time também fundado em 1937 é o Esporte Clube Comercial.

Aqui, um dos primeiros times (o goleiro gostava de jogar com uma camisa do Votorantim EC, mas o time é mesmo o Comercial).

Em 1942 e 43 os dois times se enfrentaram pelo Campeonato do Interior Olha a chamada do jogo entre eles em 1942 (e já convidando a população a ajudar a construção do Estádio Municipal):

Aqui, o time de 1943 do Comercial (fonte da foto: site Arquivos do Futebol) que chegou à final da 6a região perdendo para o Guarani (Campinas) por 7×0.

Em 1944, a cidade conta com um novo time no Campeonato do Interior, o Botafogo FC.

Em 1945, o Comercial e o Ginásio Pinhalense voltam a se enfrentar no Campeonato do Interior. Em 1946 e 47, o EC Ipiranga, também de Espírito Santo do Pinhal, se junta aos dois no Campeonato do Interior. Os times seguem fazendo história no Campeonato até 1950.

A cidade perde a presença nas principais competições nas décadas seguintes e apenas em 1976 volta, mas dessa vez com o Ginásio Pinhalense disputando a 2a divisão.

Em 1977, sagra-se campeão paulista da série A3 de 1977.

Ginásio Pinhalense 1977

Olha como era a festa da torcida, mesmo como visitante:

Torcida do Ginásio Pinhalense

Em 1978, uma mega treta na final com a Inter de Limeira!

Olha aqui o time de 1983:

Ginásio Pinhalense

E o de 1986:

ginásio Pinhalense 1986

Até 1987 o GPEA fica na segunda divisão da época, quando se licencia para apenas retornar em 2001 na 6a divisão até 2003, jogando a 5a divisão de 2004 e a 4a de 2005 e 2006, quando se licencia.

Outro time que fez história no profissionalismo local foi a Central Brasileira Pinhalense, fundada em 1º de janeiro de 1980 em Cotia e que disputou a 3a divisão de 1995 pela cidade.

E o Sport Paulista, fundado em 13 de abril de 2000, em Campo Limpo e que disputou a quarta divisão de 2008 pela cidade de Espírito Santo do Pinhal. Distintivos do site do Gino!

Voltando à nossa primeira viagem à cidade… ainda era manhã e pudemos tomar um café numa padaria local, e foi onde nos informaram o caminho para o Estádio Municipal Dr. Fernando Costa.
Como a cidade não é tão grande, chegar foi moleza.

Embora seja um daqueles estádios pequenos, ele é muito legal. Tem iluminação e um pequeno lance de arquibancadas descobertas do lado esquerdo. A capacidade total do estádio é 3.600 torcedores.

Até poucos anos atrás, o Estádio recebeu partidas oficiais, como o jogo entre o Pinhalense e o Radium, pela segundona de 2005 e documentado pelo pessoal do jogos perdidos,veja aqui).

Do lado direito, um lance de arquibancadas cobertas.

Conversando com um pessoal que passava por ali, descobrimos que existe um segundo estádio, próximo daquele, o Estádio Municipal Prefeito José Costa. Nomes parecidos, né? Eu até me confundi na hora de postar, mas tá certo, é isso mesmo…

Como eu gosto de inventar caminhos (mesmo em lugares que não conheço) decidi contornar o estádio, por uma estrada mais “rural”, e acabei me dando mal. Passei em cima de alguma coisa e consegui romper o cabo do filtro de combustível.

Resultado.. tivemos que caminhar até uma mecânica mais próxima e conseguir ajuda pra sair dali.

Uma hora e R$30 depois lá estávamos nós no Estádio Municipal Prefeito José Costa.

Com capacidade para mais de 15.700 torcedores, o Estádio impressiona pelo tamanho.

Fiz questão de marcar presença em mais uma cancha!

Estadio - Espírito Santo do Pinhal

E a Mari também!

Estadio - Espírito Santo do Pinhal

Em 2023, voltamos à cidade e revisitamos os 2 estádios, confira como está o Estádio Municipal Prefeito José Costa:

Da outra vez, faltou um vídeo mostrando o estádio, desta vez aí está:

E aqui, o Estádio Municipal Dr. Fernando Costa:

Vamos dar uma olhada no estádio nos dias atuais:

A parte de dentro do portal:

O vídeo mostrando o estádio:

O Ginásio Pinhalense segue licenciado, o que significa que os dois belos estádios da cidade não estão recebendo jogos profissionais.

É hora da iniciativa privada, dos moradores da cidade e do poder público se mobilizarem, para resgatar o “Diabo da Serra”!!!

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As Mil Camisas no Estádio Municipal em Águas da Prata (SP)

Este post foi realizado com base em três visitas à cidade de Águas da Prata, em 2008, 2009, e 2023, nessa incansável busca por Estádios que fazem parte da história do Futebol, como é o Estádio Municipal de Águas da Prata.

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Incrível olhar as fotos das primeiras viagens e ver como as coisas mudaram… Estádios como este são ignorados pela mídia esportiva, mas nem por isso são menos valorosos. São símbolos de um futebol local, de cidades do interior como a bela e pequena… Águas da Prata!!

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A cidade é conhecida por suas fontes de águas diferenciadas. Você pode até não lembrar, mas já bebeu uma água de lá, pode apostar!

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Veja como está a mesma fonte em 2023:

A visita de 2009 foi unicamente para registrar em imagens e em nossas memórias o Estádio Municipal Franco Montoro. Situado bem em cima da montanha, ele tem um cenário bem bucólico, com direito a neblina e tudo!

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O Estádio Municipal Franco Montoro foi a casa da Associação Atlética Águas da Prata, equipe que nunca se profissionalizou.
O clube teria sido fundado em 29/04/1981.
Mas não conseguimos obter maiores informações da Associação Atlética Águas da Prata, se alguém souber de  algo, por favor, entre em contato! Aqui, o distintivo do site História do futebol.

Conhecemos o administrador do Estádio, que jogou por diversas equipes amadoras e pelo Radium de Mococa.

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A pequena arquibancada me fez lembrar a da extinta AABB de Santo André (leia o post até o fim e veja como essa parte do estádio ficou maior e mais completa):

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Mas o “redor” do campo é diferente de qualquer outro estádio, parece até que era um estádio numa cidadezinha européia…

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Ainda nas imagens de 2008, a Mari foi sentir o que era sair do vestiário subterrâneo :

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E eu preferi fazer pose…

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Aliás, o que não faltou foi pose pelo estádio…

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E até uma tentativa de barra nas traves do gol, detalhe para minha bermuda companheira de tantas aventuras que não resistiu e se rasgou no joelho…

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Mas o maior charme é a montanha e a neblina ao fundo…

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Enfim… Fomos embora nas primeiras visitas, com a tristeza de não ver um time ocupando o estádio e levando o nome da cidade aos “escritos oficiais” da Federação Paulista de Futebol.
Em 2023, voltamos a visitar o Estádio e embora ainda não tenha um time representando a cidade, percebemos diversas melhorias em sua estrutura, começando pelo nome do local: “Praça de Esportes João Rabelo de Andrade“.

E fizemos o vídeo (que faltou nas primeiras visitas) pra registrar a emoção:

Olha como a arquibancada evoluiu:

O gramado está em excelente condições. Aqui, o meio campo:

Aqui o lado esquerdo do campo (ali ao fundo agora está a Secretaria de Esportes da cidade):

Aqui, o lado direito:

Ao fundo o prédio tradicional que caracteriza a paisagem há tempos!

Os bancos de reserva e as montanhas complementam o cenário:

Aqui a vis˜ão atrás do gol!

Olha como ficou lindo o novo projeto da arquibancada coberta:

E de volta ao túnel que ficou na nossa memória!

Enfim… O tempo pode ter passado, mas o futebol segue como marco esportivo, social e cultural da cidade. E nós, seguimos na esperança de um clube local ocupar o campo!

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