Sábado 2 de agosto de 2025 Depois de uma manhã bem legal na exposição “Baú do Raul”, lá no MIS…
Nos dirigimos uma vez mais até Suzano para acompanhar a partida decisiva da segunda fase, de onde sairia o classificado às semifinais!
O amigo Sérgio Gisoldi novamente esteve conosco no rolê, mas acabamos encontrando outro apaixonado pelo futebol: Airton Tourinho Jr, direto da Bahia, mostrando como os campeonatos de acesso tem sim interesse para quem gosta de futebol!
Infelizmente as arquibancadas do “Suzanão” ainda estão com poucas pessoas…
O alento foi perceber que pelo menos tinha mais gente do que na fase anterior, quando assistimos o jogo contra o Mauá FC (veja aqui como foi!).
A surpresa positiva foi ver o pessoal que torce pelo Batatais presente no jogo, dando mais importância e emoção ao jogo!
Claro que aproveitamos pra trocar uma ideia com o pessoal, afinal o futebol é pra isso! Pra fazer amigos!
Placar calibrado para o começo do jogo…
A partida começou bastante aberta, afinal o Batatais não podia pensar em outra coisa que não a vitória para classificar-se para a semifinal…
O ECUS jogava com uma certa segurança, aproveitando os erros do time visitante para criar suas chances.
Aliás, foi assim que o time chegou ao seu primeiro gol, aos 30’ do 1º tempo com Mateus Goiano.
Se a missão já era complicada, o gol tirou os jogadores do Batatais do equilíbrio e assim, passaram a errar mais. E quando vc erra mais sabe quem começa a acertar tudo? Seu adversário… Assim, Guilherme Formiga acertou um chutaço lindo aos 42’ do 1º tempo, fechando a primeira etapa com um 2×0.
Aproveitei o intervalo para dar um pulo na arquibancada local e trocar ideia com o pessoal do ECUS.
Também pude ver as camisas do ECUS à venda. Estão lindas hein?
No início do segundo tempo, o Batatais bem que tentou apertar mais…
O goleiro do ECUS trabalhou bem e impediu qualquer chance dos visitantes de diminuírem a vantagem construída no primeiro tempo.
A torcida local já sentia se aproximar a possível classificação.
E com o terceiro gol veio até pirotecnia …
Fim do jogo: ECUS 3×0 Batatais. ECUS classificado para a semifinal, a ser jogada contra o time do Mauá FC. Quem passar carimba a faixa para a série A4.
O presidente Willian bateu um papo com a gente:
Se você quer conhecer mais sobre o presidente do ECUS, a gente bateu um papo maior com ele junto do pessoal do 1902futebol:
Com o lançamento da Enciclopédia do Futebol pela Federação Paulista, vários campeonatos antigos acabaram ganhando atenção, como o Campeonato Paulista do Interior, e pesquisando a edição de 1943, encontrei a participação de um time pouco conhecido aqui de Santo André, o Clube Atlético Piratininga.
O CA Piratininga foi fundado em 29 de setembro de 1939 e teve seu jogo de estreia: contra o time do Parque das Nações, um empate de 0x0.
A partir de 1940, o CA Piratininga passou a ganhar mais notoriedade, tanto que o time juvenil foi convidado a disputar a preliminar do jogo de despedida do Estádio do Primeiro de Maio (na rua Campos Sales, defronte à Catedral do Carmo).
O adversário foi o São Paulo FC, cujo time principal enfrentaria o dono do Estádio: o Primeiro de Maio FC. O time juvenil do CA Piratininga, da foto abaixo, conseguiu segurar o time da capital num 1×1. No jogo principal, o tricolor paulista amassou o Primeiro de Maio FC por 8×0.
A foto do time juvenil foi tirada do livro “A história do futebol em Santo André“, do Paschoalino Assumpoção, é um livro barato e muito completo sobre o futebol amador na cidade de Santo André (em 5/2/2022 tinha um por R$ 6 neste link.)
Outra fonte importante para esse trabalho foi o livro “Os esquecidos“, realizado pelo DataToro / RedBull, com pesquisas de Antonio Ielo, Fernando Martinez, Júlio Diogo e Marcio Javaroni e editado pelo Rodolfo Kussarev.
Na sequência, a partir de 1941, o time passou a jogar a segunda divisão da liga Santoandreense, até que finalmente, em 1943, o CA Piratininga participou do Campeonato Paulista do Interior enfrentando os times do ABC, Guarulhos e Franco da Rocha, como apresentado no livro “Os esquecidos – Arquivo de Futebol Paulista” (no detalhe, o time é apresentado como sendo de São Bernardo, e com um escudo diferente do que se vê na foto acima, do time posado):
A história da cidade de Monte Azul Paulista está ligada à imigração italiana que chegou ao Brasil para trabalhar nas lavouras de café do fim do século XIX.
Embora mantenha seu ar de cidade do interior, Monte Azul Paulista tem crescido bastante, pelo menos nós que ficamos 11 anos sem andar por ali percebemos a diferença.
O calor é grande por aqui… Dá até vontade de por os pés na fonte da praça…
A Mari curtiu esse espaço dedicado às crianças!
A Igreja Matriz do Senhor Bom Jesus fica no lugar onde a cidade nasceu. Foi ali que colocaram uma cruz em uma imensa árvore e em seu entorno foi surgindo a povoação.
Mas Monte Azul Paulista, mesmo tendo pouco mais de 18 mil habitantes, tem um grande tesouro…um time que não só disputou o profissionalismo como chegou à série A1: o Atlético Monte Azul!
O Atlético Monte Azul foi fundado em 28 de abril de 1920 com a união dos times que já existiam na cidade. Esse é o time de 1922 (fonte: site do Atlético Monte Azul).
E esse o distintivo do período inicial do time:
O Monte Azul teve uma primeira etapa focada em competições locais, mandando seus jogos no “Campo velho” (onde hoje está o Fórum), mas a partir de 1940, com a filiação na Federação Paulista e a disputa do Campeonato do Interior a partir de 1944, o time passa a mandar seus jogos no “campo novo”.
Esse foi o grupo do Campeonato do Interior de 45:
E esse o de 1946:
E esse o grupo de 1947 (todos retirados do livro “Os esquecidos“):
Vale lembrar que nesse ano, ainda aconteceu um amistoso contra o Corinthians (os paulistanos ganharam de 2×1) perante mais de 3 mil torcedores.:
A partir de 1950, o Atlético Monte Azul passa a disputar a segunda divisão do Campeonato Paulista.
O Atlético Monte Azul disputa a segunda divisão por 3 anos com campanhas medianas e se licencia. Essa foi a campanha de estreia no segundo nível do futebol paulista:
O Atlético Monte Azul volta ao futebol profissional apenas em 1961, na terceira divisão, onde fica até 1966, quando ocorre outra parada. Esse, o time de 1964:
O time só voltou ao profissionalismo em 1975 numa aparição relâmpago disputando a terceira divisão daquele ano e de 76, com o time abaixo:
O “AMA” fica longe do profissionalismo durante toda a década de 80 e em 1990 a volta se dá na quarta divisão que teve naquele ano uma final curiosa: Cortinhians de Presidente Venceslau (o campeão) x Palmeiras de Franca. A partir de 91, o Atlético Monte Azul volta à terceira divisão, esse é o time de 1992:
Em 1993, acabou rebaixado para a quarta divisão, retornando em 1995 para a terceira, graças ao título de 1994:
Entre altos e baixas, o time voltaria a ser campeão da quarta divisão 10 anos depois, em 2004.
Em 2007, sagra-se vice campeão da A3, voltando à série A2 depois de mais de 50 anos.
Os dois anos seguintes foram mágicos. O retorno à série A2 e logo a despedida… Mas dessa vez, a despedida foi positiva, o título inédito da A2 levou o Atlético Monte Azul à série A1!
Tudo bem que foi apenas um ano na série A1, mas foi incrível… E a campanha nem foi tão ruim… Foram poucas derrotas e partidas inesquecíveis…
De volta à série A2, o Monte Azul acabou rebaixado em 2016 para a série A3, de onde retornou com o vice campeonat ode 2019.
Assim, nossa missão na cidade de Monte Azul Paulista era registrar o Estádio que foi palco de tantas histórias!
Trata-se do Estádio Otacília Patrício Arroyo que até 2009 era chamado de Estádio Ninho do Azulão, ou Estádio do Atlético Monte Azul.
O Estádio foi inaugurado em 6 de agosto de 1944, numa derrota de 1×0 para o Barretos.
Em 2010, o estádio passou por uma ampliação, para atender a capacidade exigida pela Federação (15 mil lugares).
Nosso tradicional registro do campo (onde aqueciam as equipes sub 17 do Atlético Monte Azul e do Batatais, que se enfrentariam na sequência.
A torcida do Monte Azul já havia deixado suas faixas em campo!
O Estádio possui uma pequena parte de sua linda arquibancada coberta, onde ficam as cabines de imprensa.
É sempre uma grande honra poder registrar nossa presença em estádios com tamanha história e tradição! Agradeço ao Galo, da diretoria do Monte Azul pela liberação da nossa entrada para o registro!
O estádio lembra um pouco os do futebol argentino, com arquibancadas em ambas as laterais e atrás dos gols.
Placar tradicional, presente!
Abaixo das arquibancadas ficam os vestiários e estrutura do time.
Abraço a equipe técnica da base do Atlético Monte Azul!
Na hora de ir embora, é impossível não ler a inscrição que lembra o título da A2 de 2009 e tudo pelo qual aquele estádio passou na série A1 de 2010…
Um último olhar para as arquibancadas singelas, mas cheias de atitude, de um time que ousou desafiar a lógica e trouxe praticamente todos os times do estado de São Paulo a sua casa.
Domingo, 25 de setembro de 2011. Eram 4hs quando fomos dormir, após uma noite de festa comemorando o aniversário da Mari. 9hs da manhã. Garoa no ABC. Não há tempo para o cansaço. Enfim, vamos ao Estádio Ulrico Mursa, para um jogo da Briosa!
Pouco mais de 40 minutos de Anchieta nos levam até o tradicional Estádio da Portuguesa Santista. A garoa nos acompanhou e somada à brisa gelada do mar estava pronto o cenário de desafio para o torcedor acompanhar a partida.
Mas, é bom perceber que ainda existem esperança nas arquibancadas. Centenas de torcedores não se importaram com o clima ou mesmo com a condição de pré classificada (graças à boa campanha nesta fase) e foram ao campo torcer pelo time da sua cidade. Veja como define esse amor, um dos torcedores da Portuguesa Santista.
Mas se nas bancadas a galera se animava, em campo, o jogo estava como o tempo. Frio. Jogando contra o ECUS, equipe já sem chance de classificação, a partida acabou encarada apenas para cumprir tabela.
Quer dizer, não que a torcida tenha deixado o time ficar na moleza. Cantaram e cobraram garra e atitude, afinal, agora só falta uma fase para a Briosa voltar para a série A3.
Enfim, para nós, mais um estádio tradicional e histórico, e mais uma partida acompanhada de perto, guardando na memória cenas de um time que pode entrar para a história da Portuguesa Santista trazendo o título de campeã paulista
Aproveitamos para bater um papo com a torcida. A expectativa é de ver enfim esse ano terminar e sem dúvida alguma com a Portuguesa Santista de volta à série A3, para poder brigar pela A2, já no ano que vem.
Vale ressaltar que a equipe praiana tem feito uma campanha de destaque, mas, o jogo do ontem acabou não servindo de parâmetro, e o primeiro tempo virou um daqueles 0x0…
O segundo tempo voltou um pouco mais animado. A Briosa foi pra cima em busca da vitória.
A garoa deu um alívio, mas a água que já tinha caído acabou deixando gramado do Ulrico Mursa bem castigado.
Melhor em campo, a Portuguesa Santista perdeu a chance de abrir o placar ao perder um penalty, defendido pelo goleiro do ECUS.
Pra quem não conhece o Estádio Ulrico Mursa, bem pertinho da vila Belmiro, vale lembrar que ele oferece uma proximidade bem legal entre torcida e a partida.
Abraço ao pessoa da Força Rubro Verde, sempre presente nos jogos!
É muito legal ver que o jogo da Briosa ainda traz ao campo torcedores de gerações passadas, muitas vezes acompanhados de seus filhos ou até netos, multiplicando a resistência ao futebol moderno.
Sobre a culinária do estádio, muitas opções, mas acabamos só na tradicional pipoca.
Só fiquei triste pela desclassificação do ECUS, que acompanhamos no jogo contra o Barretos.
O bom de fazer tantas fotos é que de vez em quando algumas saem bem legais, como esta:
Mas além de cenas bonitas, há curiosidades que valem a pena ser fotografadas, como o recado ao torcedor mais exaltado:
Por falar em torcedor exaltado, a Briosa fez 1×0 e conseguiu fechar a campanha nessa fase com mais uma vitória.
Assim, era hora de uma última olhada nas arquibancadas…
Última foto de recordação…
E pronto. Atravessar a rua, ou melhor, o canal, pegar o carro e subir a serra!
Mas ainda deu tempo de comprar uma balinha de coco, vendida na saída da cidade…
Sábado, 13 de agosto de 2011. Dia de conhecer uma nova amiga, a Bianca, recém chegada ao mundo, filha dos amigos corinthianos, Tuca e Andra!
E amigo de verdade é assim. Ri junto. Chora junto.
E aproveitando que estávamos na terra dos batateiros, fomos até o Estádio do Baetão, para assistir ao jogo do Esporte Clube São Bernardo contra a equipe do Tupã, do interior paulista.
O jogo era legal por vários motivos, mas principalmente porque mais uma vez ia conhece um time ao vivo, no caso, o Tupã.
E se os nossos amigos corinthianos, do começo do post, tivessem ido ao jogo, também teriam se divertido.
É que o Tupanzinho, o talismã da Fiel, natural da cidade de Tupã e envolvido na direção do time visitante, estava por lá!
A torcida do E.C. São Bernardo estava animada, mesmo com um início de segunda fase negativo, com duas derrotas, o que fazia o jogo contra o Tupã ser de extrema importância.
O time é carinhosamente chamado de “o Vovô do ABC“, pela sua tradição. O time foi fundado em 1928!
Em campo, um típico jogo da segundona paulista. Muita correria e muita vontade deixam o lado técnico do jogo em segundo plano.
O público não era dos melhores, e pra atrapalhar, o outro São Bernardo (o F.C.) jogava no outro estádio da cidade, pela Copa Paulista.
Mas a torcida local mostrou como se faz uma festa, com faixas, bateria, trapos e fogos de artifício!
E dá lhe fogos de artifício!
E enquanto a festa rolava solta na arquibancada, o time do ABC se mandava ao ataque…
Ah, e estavam lá alguns torcedores do Tupã, também!
O Tupanzinho ficou ali mesmo nas arquibancadas, junto do pessoal de Tupã.
Enfim, uma noite perfeita para o futebol!
E mais uma vez, registramos nossa presença, transformando mais um jogo em memória e consequentemente, história!
O gramado sintético do Baetão dá um visual legal, mas tem horas que eu acho que ele atrapalha umas jogadas.
A torcida local, demorou, mas comemorou. O time do E.C. São Bernardo fez 1×0.
Aliás, parabéns ao pessoal que tenta fazer ressurgir o amor pelo time de tantas histórias!
O São Bernardo ainda ampliou o placar no final do jogo, aos 38 minutos.
E mesmo o gol do Tupã não desanimou a rapaziada!
O E.C. São Bernardo venceu assim seu primeiro jogo, nessa segunda fase.
O time que foi a campo e fez a alegria da galera foi: Jefferson; Ranses, Alex, Danilo Bahia e William; Emerson, Carlos Henrique, Roben e Mancuso; Chuck e Deivid. Técnico: Julio César Passarelli.
Estamos pra postar a história do E.C. São Bernardo e sua camisa. Aguarde!