Rolê Independência & Bola! Estádio em São Simão (Parte 20 de 21)

Quarenta minutos do segundo tempo…
O rolê que começou por Pirassununga, Descalvado, Santa Rita do Passa Quatro, Tambaú, Santa Rosa de Viterbo, Santa Cruz das Palmeiras, Vargem Grande do Sul, São José do Rio Pardo, Cajuru, Batatais, Orlândia, São Joaquim da Barra, Igarapava, Uberaba, Guaíra, Miguelópolis, Ituverava, Franca e Altinópolis está chegando ao fim…

São Simão

Após tantos quilômetros, pontes, paisagens e rios, chegamos à penúltima cidade do nosso rolê…

São Simão

Minha vó, Maria José, não se cansa de nos lembrar que nasceu numa noite chuvosa em uma fazenda de São Simão.
Enquanto seu irmão ajudava no parto, seu pai viria a falecer, naquele mesmo instante, tentando livrar um animal que estava sendo eletrocutado por um fio que se soltara com a ventania.
Nos dias que se seguiram, a desculpa para o estranho “sumiço” era que ele estaria jogando futebol em Ribeirão Preto.
Mesmo com esta triste relação com nossa família, sempre quis conhecer a cidade e obviamente seu Estádio.
Assim, bem vindo à São Simão!

São Simão

Em São Simão vivem pouco mais de 14 mil pessoas, e embora as atividades agrícolas sejam muito importante para a cidade, também existe uma parte urbana bem bacana.

São Simão
São Simão

Tem um parque / bosque municipal bem cuidado…

São Simão

E uma cidade bem interessante!

São Simão

A cultura de se estar nas ruas ainda é forte no interior.
Uma pena que os condomínios e milhares de prédios tenham tomado as ruas da maioria das pessoas nas grandes cidades…
A elas restou os shoppings 🙁

São Simão

Os diversos clubes (não só os de futebol) ainda resistem pelo interior, sendo importante rede social fora dos computadores e celulares.

São Simão

A antiga estação de trem se transformou na rodoviária municipal.

São Simão

Fora que as ruas de paralelepípedos e arborizados são um charme especial!

São Simão

Mesmo as construções antigas despertam um monte de sentimento e um certo questionamento sobre o caminho que a sociedade tem seguido nas grandes cidades.

São Simão

Até por isso, nós que nem somos religiosos, gostamos de fotografar as igrejas destas cidades.

São Simão

Espero que a cidade ofereça um mínimo de condições de emprego e saúde pra quem vive lá, porque tudo isso que percebemos como “visitantes”, nem sempre se materializa numa boa condição de dia-a-dia.

São Simão

Mas, deixando as divagações de lado, vamos para o motivo que nos levou até São Simão: o Estádio da Associação Esportiva São Simão.

Estádio da Associação Esportiva São Simão - São Simão

Um estádio que não tem nome oficial, é apenas o Campo da Associação, na Av. Simão da Silva Teixeira, 1962 onde está também a graciosa sede do time.

Estádio da Associação Esportiva São Simão - São Simão

O time a que nos referimos é a Associação Esportiva São Simão, fundada em 25 de janeiro de 1920.

A Associação Esportiva São Simão, também conhecida como “A hiena da Mogiana”disputou muitos amistosos e competições amadoras, como o Campeonato do Interior.
Aqui, notícia de desafio ao Corinthians em 1957:

Graças a uma matéria da Globo local (vale assistir) sobre o time, consegui algumas fotos, aqui, o time de 1964:

Mas o time também se desafiou no Profissionalismo e jogou 6 edições do Campeonato Paulista de Futebol (em 1986, 91, 92 e 93 pela série A3, e 1988 e 89 pela 4ª divisão).
Atualmente limita-se ao futebol amador, mas para quem quer saber como era a camisa do time, aí está ela com aqueles que fizeram história no time:

Voltemos ao presente e à nossa visita ao Estádio:

Estádio da Associação Esportiva São Simão - São Simão

Mesmo assim, mantém um charmoso campo de futebol, muito bem cuidado!
Vamos dar uma olhada:

Perceba que além de uma grande arquibancada lateral (com direito alguns lugares cobertos), o campo também possui mais um lance atrás do gol (que é onde estou):

Estádio da Associação Esportiva São Simão - São Simão
Estádio da Associação Esportiva São Simão - São Simão

Com tudo isso, o estádio chega a ter capacidade pra mais de 2 mil torcedores, mas infelizmente é muito difícil voltar a disputar uma competição oficial.

Estádio da Associação Esportiva São Simão - São Simão
Estádio da Associação Esportiva São Simão - São Simão

Aqui dá pra ver a área coberta com mais detalhes:

Estádio da Associação Esportiva São Simão - São Simão

De lá, eu fiz as fotos do gol da direita (onde chega a arquibancada que eu citei):

Estádio da Associação Esportiva São Simão - São Simão
Estádio da Associação Esportiva São Simão - São Simão

O meio campo com as montanhas ao fundo (lá está o pequeno prédio que vimos na entrada):

Estádio da Associação Esportiva São Simão - São Simão

E o gol da esquerda:

Estádio da Associação Esportiva São Simão - São Simão

A cobertura é simples mas vale lembra que o estádio do meu Santo André nem isso tem atualmente e seguimos jogando a A2-2019.

Estádio da Associação Esportiva São Simão - São Simão

A montanha ao fundo dá um charme ainda maior:

Estádio da Associação Esportiva São Simão - São Simão

Hora de ir embora, com o orgulho de mais um objetivo atingido!

Estádio da Associação Esportiva São Simão - São Simão

Vale citar outro time da cidade: a Associação Esportiva Quirinense.

A AE Quirinense foi fundada em 1934 graças ao espírito de companheirismo e solidariedade que se fez sentir com a chegada da Estrada de Ferro “São Paulo & Minas” no bairro de Bento Quirino.

A AE Quirinense tem sua própria sede e o Estádio Ovídio Carramaschi, também chamado de Estádio de Bento Quirino.

E assim, nos despedimos de São Simão e nos dirigimos para a última cidade deste rolê: Casa Branca, a capital da Jaboticaba!!!

Estádio da Associação Esportiva São Simão - São Simão

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Rolê Independência & Bola! Estádio em Altinópolis (Parte 19 de 21)

brasão de altinópolis

Falta pouco para concluir esse rolê que aconteceu no feriado de 7 de setembro de 2018. Nossa missão era ir até Uberaba e voltar, registrando estádios nas diversas cidades que ficam no caminho.

Assim, passamos por Pirassununga, Descalvado, Santa Rita do Passa Quatro, Tambaú, Santa Rosa de Viterbo, Santa Cruz das Palmeiras, Vargem Grande do Sul, São José do Rio Pardo, Cajuru, Batatais, Orlândia, São Joaquim da Barra, Igarapava, Uberaba, Guaíra, Miguelópolis, Ituverava e Franca até chegarmos em Altinópolis!

Altinópolis

Vivem cerca de 15 mil pessoas em Altinópolis, e a cidade diz produzir o melhor café do Brasil!

Altinópolis

A cidade parece muito bem cuidada, tem até o tradicional pórtico de boas vindas!

Altinópolis

Embora os bairros mantenham sua característica de cidade do interior, tranquilo e com pouco movimento, a cidade é cruzada por largas e arborizadas avenidas.

Altinópolis

Nosso objetivo na cidade de Altinópolis era conhecer e registrar o Estádio Municipal Sileno Crivelente.

Estádio Sileno Crivelente - Altinópolis FC - Altinópolis
Estádio Sileno Crivelente - Altinópolis FC - Altinópolis

E aí estamos nós! Em mais um estádio desse interior tão futebolístico!

Estádio Sileno Crivelente - Altinópolis FC - Altinópolis

Uma bilheteria a mais registrada.

Estádio Sileno Crivelente - Altinópolis FC - Altinópolis

O Estádio Sileno Crivelente foi a casa do Altinópolis FC em suas disputas amadoras e em sua única aventura pelo profissional da Federação Paulista de Futebol, a terceira divisão de 1958.

distintivo do Altinópolis FC

O clube foi fundado em uma primeiro de maio, em 1917. E desde cedo, brilhou no amadorismo. Esse era o time de 1937:

Altinópolis FC 1937

Esse, o time de 1949, campeão Amador do interior do Estado de São Paulo:

Altinópolis FC 1949 - campeão amador do estado

E olha que vídeo sensacional sobre essa conquista:

Não encontrei nenhuma placa indicativa da inauguração do estádio, apenas uma de “condições de uso”.

 Estádio Municipal Sileno Crivelente - Altinópolis FC

Vamos dar uma olhada por dentro?

Demos sorte de estar rolando uma partida amadora (mas não era do Altinópolis FC).

Estádio Sileno Crivelente - Altinópolis FC - Altinópolis

Esse é o gol do lado esquerdo (pra quem olha da lateral principal):

Estádio Sileno Crivelente - Altinópolis FC - Altinópolis

Esse, o gol do lado direito (perceba a arquibancada lá atrás):

Estádio Sileno Crivelente - Altinópolis FC - Altinópolis

É bonito ver o distintivo do clube ainda nas paredes.

Estádio Sileno Crivelente - Altinópolis FC - Altinópolis

Esse é o lado “da arquibancada”:

Estádio Sileno Crivelente - Altinópolis FC - Altinópolis

E aqui está a própria arquibancada atrás do gol:

Estádio Sileno Crivelente - Altinópolis FC - Altinópolis
Estádio Sileno Crivelente - Altinópolis FC - Altinópolis

Aqui, uma vista de traz do gol, olha que linda a serra lá atrás:

Estádio Sileno Crivelente - Altinópolis FC - Altinópolis
Estádio Sileno Crivelente - Altinópolis FC - Altinópolis
Estádio Sileno Crivelente - Altinópolis FC - Altinópolis

Aqui, o pessoal que apoia o time local:

Estádio Sileno Crivelente - Altinópolis FC - Altinópolis

Olha que linda fonte, dentro do estádio.

Estádio Sileno Crivelente - Altinópolis FC - Altinópolis

Muito orgulho em estarmos presente em mais um templo do futebol paulista! E sigamos em frente!

Estádio Sileno Crivelente - Altinópolis FC - Altinópolis

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Rolê Independência & Bola! Estádio em Igarapava (Parte 13 de 21)

Olá, amigos leitores deste blog!
Seguimos dividindo com vocês o nosso rolê para registrar mais alguns estádios do interior de São Paulo, e após passarmos por Pirassununga, Descalvado, Santa Rita do Passa Quatro, Tambaú, Santa Rosa de Viterbo, Santa Cruz das Palmeiras, Vargem Grande do Sul, São José do Rio Pardo, Cajuru, Batatais, Orlândia e São Joaquim da Barra, agora é a vez de falarmos sobre Igarapava!

Igarapava

Igarapava significa “Porto de canoas”, e era um dos locais onde os bandeirantes faziam suas paradas rumo às minas dos índios goiazes.

Igarapava

Atualmente, cerca de 32 mil pessoas vivem nestas terras, onde outrora viveram os bandeirantes Bartolomeu Bueno da Silva (o Anhanguera), João Leite da Silva Ortiz e o capitão Anselmo Ferreira de Barcelos, entre outras figuras da sangrenta história paulista.

Igarapava

Outrora chamada de Comarca de Santa Rita do Paraíso, em 1906, foi elevada à categoria de município e em 1907 teve seu nome mudado para Igarapava.

Igarapava

A cidade tem o orgulho de possuir a Usina Hidrelétrica de Igarapava, no Rio Grande, na divisa entre SP e MG.

Usina Hidrelétrica de Igarapava

Olha ali onde ficam a cidade e a própria usina:

mapa

Fomos até Igarapava conhecer o Estádio Garibaldi Pereira, casa do Igarapava EC!

Estádio Garibaldi Pereira - Igarapava EC - Igarapava

A fachada do estádio não possui mais nenhuma identificação 🙁

Estádio Garibaldi Pereira - Igarapava EC - Igarapava

Uma pena…
A casa do alvi rubro Igarapava Esporte Clube merecia maior reconhecimento já que recebeu vários times do estado de São Paulo, desde a fundação do time em 21 de agosto de 1919.

Estádio Garibaldi Pereira - Igarapava EC - Igarapava

Assim como muitos times do interior, o Igarapava EC encontra-se afastado das competições oficiais.

 Igarapava EC - Igarapava

Como todo time do futebol paulista, o Igarapava EC começou no amador, principalmente no Campeonato do Interior.
Aqui, matéria de 1948:

Mas sua história é muito rica; participou em 11 edições das divisões de acesso do Campeonato Paulista, pela 3ª divisão (de 1961 a 1964, 1976, 1980 e 1986), pela 4ª divisão (de 1977 a 1979) e pela 5ª divisão em 1994.

Aqui, o Diário da Noite de 1962, declarava que o Igarapava EC faria parte da Segunda Divisão, o terceiro nível do futebol àquela época:

Este era o time de 1962:

Olha aí o esquadrão já nos anos 90:

Estádio Garibaldi Pereira - Igarapava EC - Igarapava

E cá estamos nós, rodeando o estádio em busca de um lugar para fotografá-lo, mas os muros parecem inimigos…

Igarapava
Estádio Garibaldi Pereira - Igarapava EC - Igarapava

A menos que… Sim, a famosa escada do seo Osvaldo nos salvou mais uma vez e garantiu o nosso registro!

O Estádio Garibaldi Pereira perdeu mais do que a presença dos torcedores em disputas profissionais… Sua arquibancada coberta já não está assim tãããão coberta…

Estádio Garibaldi Pereira - Igarapava EC - Igarapava

A arquibancada ao fundo do gol de entrada lembra um pouco o eco estádio em Curitiba.

Estádio Garibaldi Pereira - Igarapava EC - Igarapava

Mas o campo está bem cuidado, mesmo enfrentando um longo período sem chuvas.

Estádio Garibaldi Pereira - Igarapava EC - Igarapava

A arquibancada lateral é o bom e velho cimentão, dando ao estádio a capacidade para 4 mil torcedores.

Estádio Garibaldi Pereira - Igarapava EC - Igarapava
Estádio Garibaldi Pereira - Igarapava EC - Igarapava

Aqui, o outro gol, ao fundo, onde não há arquibancada.

Estádio Garibaldi Pereira - Igarapava EC - Igarapava

Enfim, mais uma missão cumprida!

Estádio Garibaldi Pereira - Igarapava EC - Igarapava

Hora de voltar para a estrada, mas antes, um rápido passeio por dentro da cidade…

Estádio Garibaldi Pereira - Igarapava EC - Igarapava

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Rolê 2018 pelo interior paulista: Duartina (parte 27 de 27)

Chegamos à Duartina!!!
E com ela, a vigésima sétima e última parada do nosso rolê de inverno em busca dos estádios perdidos.

Duartina

Pra quem não segue o blog, confira por onde passamos antes de chegar aqui: Lençóis Paulista, Agudos, Gália, Garça, Vera Cruz, Oriente, Quintana, Osvaldo Cruz, Rinópolis, Lucélia, Adamantina, Flórida Paulista, Pacaembu, Junqueirópolis, Irapuru, Dracena, Tupi Paulista, Monte Belo, Três Lagoas-MS, Castilho, Andradina, Guaraçaí, Murutinga do Sul e Mirandópolis, Valparaíso e Tupã.

Duartina

Duartina é uma cidade próxima de Marília, onde vivem pouco mais de 12.500 pessoas.

Duartina

É uma cidade pequena e que mantém nas suas ruas e praças um gostoso sentimento de tranquilidade.

Duartina

Ainda é possível encontrar casas construídas em madeira.
Lembro que ouvi uma história bonita sobre esse tipo de construção, de que normalmente ela era resultado de obras coletivas feitas pela família que ali iria morar além de trabalhadores da mesma empresa.
Espero que esta também assim o seja.
É bom poder continuar acreditando no poder da solidariedade.

Duartina

Duartina soube manter suas áreas verdes, tem até um pequeno lago na cidade.

Duartina
Duartina

Na saída da cidade deu até pra conferir um pouco da fauna da região, caminhando tranquilamente pelas rodovias movimentadas.

Duartina

Era domingo, então não pudemos conferir a força do comércio local…

Duartina

Mas, nosso objetivo na cidade era conhecer e registrar o Estádio Municipal Teófilo Cordovil.

Estádio Municipal Teófilo Cordovil - Duartina

Foi neste estádio que o Duartina FC mandou seus jogos nas disputas do Campeonato Paulista na terceira e quarta divisão.

Duartina FC

O Duartina Futebol Clube foi fundado em dezembro de 1930 e disputou duas edições do campeonato paulista da terceira divisão (1954 e 1955) e quatro da quarta divisão (1966, 67, 68 e 77).
Aqui algumas fotos antigas do time:

Duartina FC
Duartina FC

O time viveu seu apogeu nas décadas de 60 e 70, quando passou a ser chamado na região como o “Leão da Alta Paulista’’.
É curioso, mas o time chegou a ter um rival local, o EC Vila Duartina, com quem fez alguns derbis no futebol amador, levando até 6 mil pessoas ao Estádio Municipal Teófilo Cordovil.
Nos anos 50, o time contou com um goleiro chamado Toninho Lozano, que ficou conhecido como o goleiro voador.

Toninho Lozano

Se você curtiu o time, saiba que pode ter uma réplica da camisa deles, clique aqui e veja como.

Mas, voltemos ao Estádio Municipal Teófilo Cordovil, em dias atuais…

Estádio Municipal Teófilo Cordovil - Duartina
Estádio Municipal Teófilo Cordovil - Duartina
Estádio Municipal Teófilo Cordovil - Duartina
Estádio Municipal Teófilo Cordovil - Duartina

Temos aí a tradicional bilheteria do estádio que já teve muito trabalho em dias de jogos…

Estádio Municipal Teófilo Cordovil - Duartina

Vamos dar um rolê por dentro do estádio:

O Estádio tem sido a casa do futebol amador na cidade, mas pelo que ouvimos o Duartina FC já não existe mais nem como time amador.

Estádio Municipal Teófilo Cordovil - Duartina

Olha aí o setor das “cadeiras descobertas”:

Estádio Municipal Teófilo Cordovil - Duartina

Estava rolando uma partida no momento da nossa visita.

Estádio Municipal Teófilo Cordovil - Duartina
Estádio Municipal Teófilo Cordovil - Duartina

O banco de reservas parece ter sido pintado em cima de um quadro. A vista é muito bonita.

Estádio Municipal Teófilo Cordovil - Duartina

Essa é a parte do fundo do estádio.

Estádio Municipal Teófilo Cordovil - Duartina

Juizão tava mandando bem na partida hehehehe.

Estádio Municipal Teófilo Cordovil - Duartina

Olhando do fundo, pode se ver o lance de arquibancadas em meio ao gramado.

Estádio Municipal Teófilo Cordovil - Duartina

Do outro lado, a tradicional e charmosa arquibancada coberta.

Estádio Municipal Teófilo Cordovil - Duartina

E o feioso aqui pra marcar presença!

Grama do gol é sempre sagrada!

Estádio Municipal Teófilo Cordovil - Duartina

Nossa visita foi chegando ao fim, embora a bola ainda rolasse, e confesso que chegou a dar um pouco de tristeza por confirmar que o rolê que fizemos por 4 dias também chegava ao fim.

Estádio Municipal Teófilo Cordovil - Duartina

Os nossos dois principais objetivos com esse registro dos estádios das 27 cidades visitadas eram oficializar como memória imagética alguns dos campos que foram palco de partidas do Campeonato Paulista, independente de qual divisão, e ao mesmo tempo reforçar o sentimento de orgulho que a população de cada uma dessas cidade merece ter em relação a isso.

Estádio Municipal Teófilo Cordovil - Duartina

Embora em Duartina, a estrutura do estádio até permita sonhar com a disputa de uma série Bezinha (4a divisão) no futuro, sabemos que outros estádios estão muito mais perto de serem destruídos em nome da especulação imobiliária do que de voltar a receber jogos profissionais.

Estádio Municipal Teófilo Cordovil - Duartina

É triste, porque na nossa visão, o futebol é como a música, a dança, a poesia…
É uma forma de expressão do ser humano, seja jogando ou torcendo.
É um espaço que pode e merece ser ocupado pelas pessoas.
Felizmente a vida melhorou pra quase todas as cidades, nos últimos 30 anos, no que se tange a opções de diversão, lazer e cultura.
As cidades já não tem no futebol sua única possibilidade de extravasar depois de tanto stress.
O lado triste, é que em muitas destas cidades, o futebol acabou minguando, ou não tendo a força necessária para ao menos aventurar-se em disputas semi profissionais. Resta nos a paixão do futebol amador, com a esperança de que seja uma semente de crescimento para tempos futuros.

Estádio Municipal Teófilo Cordovil - Duartina

Que mais times do interior retornem ao profissionalismo, como fez o Andradina, esse ano. Pois nós e muitas outras pessoas estaremos aqui, pronto para apoiar, torcer, acompanhar e se emocionar com mais uma cidade representada pelo futebol.

Aos 41 anos, posso seguir bradando o meu ódio eterno ao futebol moderno, sabendo que boa parte da culpa das mazelas do futebol atual são dos dirigentes e empresários mal intencionados, ou que só usam o esporte pelo dinheiro fácil, mas também dos torcedores que ainda insistem em entregar seu amor a um time da capital, mesmo vivendo a mais de 500 km de lá.

O futebol precisa ser gerido com seriedade (isso não tem a ver com o conceito do “futebol moderno” que tanto critico).

É necessário ser sustentável do ponto de vista econômico e também social.
E depende de cada um de nós para isso.
Da nossa parte, seguimos sonhando e acreditando em um futuro melhor.
Obrigado a quem leu ou ao menos deu uma olhadinha em cada um desses 27 posts, escritos e vividos por este casal que vos escreve.

As mil camisas

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Tupã FC 0x1 Osvaldo Cruz FC – Série B do Campeonato Paulista 2018

Bom, ainda sobre o rolê de inverno de 2018, o outro jogo que conseguimos assistir foi no Estádio Alonso de Carvalho Braga, onde o Tupã FC enfrentou o Osvaldo Cruz FC, pela Segunda Divisão do Campeonato Paulista (a tradicional “bezinha”).

O estádio do Tupã ainda mantém sua estrutura original (ele foi construído em 1942, na época ainda com arquibancadas de madeira), o que dá um charme especial a ele! Ingressos em mãos…

Estádio Alonso de Carvalho Braga

Vale lembrar que em 2011 já havíamos assistido a um jogo do Tupã aqui no ABC, contra o EC São Bernardo, quando tivemos a chance até de conhecer o Tupanzinho! Veja aqui como foi.

É hora de conhecer o estádio por dentro, e um pouco da sua torcida!

Atualmente, o “Alonsão” tem uma capacidade para 5.515 torcedores, mas já chegou a ter capacidade para quase 15 mil pessoas.

Pra nós, que viemos de tão longe, é sempre um grande prazer poder conhecer um templo do futebol, principalmente em dia de jogo!

Vamos dar uma olhada para conhecer um pouco mais do estádio:

Ali, atrás de onde estávamos, encontramos o pessoal da Torcida Garra Tricolor, a organizada do Tupã.

Entre os torcedores da Garra, encontramos o amigo Edinho, que junto do Sérgio Gisoldi, que vive atualmente em Santo André, nos aguçou a curiosidade para conhecer pessoalmente o estádio, o time e a torcida do Tupã.
E lá fomos nós… Valeu, Edinho!

Em campo, um jogo duro e muito truncado.

O público até que compareceu em bom número, ocupando as diversas arquibancadas do estádio (teve até um pessoal que veio de Osvaldo Cruz, mas sem faixas ou bandeiras).

O jogo contou ainda com a cobertura da imprensa local!

Mas, o time do Osvaldo Cruz não se importou com a força da torcida local e acabou vencendo a partida por 1×0, mostrando ser um visitante indigesto…

Assim como é de praxe em alguns campos, o placar se negava a mostrar o resultado desfavorável à equipe local…

E por falar em digestão, a pipoca lá é nota 10! (e custa R$ 4 apenas).

E quem gosta de lance bonito, taí a bicicleta que eu vi lá (hehehe piadinha besta…).

Além da bicicleta, você pode se divertir batendo uma bola com a molecada…

Se você é daqueles que, como a gente, gosta de acompanhar o jogo de perto, o Alonsão é daqueles campos cercados por alambrados, que permitem botar pressão no adversário.

Agradecemos a receptividade do pessoal de Tupã e na hora de ir embora ainda deu pra registrar mais uma cena atípica, do pessoal que costuma levar suas próprias almofadas pra ver o jogo com mais conforto. O futebol no interior ainda vive!

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O futebol em Pedreira

Hoje é dia de contarmos sobre nossa busca pelos Estádios da cidade de Pedreira, que fica há uma meia hora de Campinas e é conhecida por ser um centro de compras de objetos de decoração.

Lá, em março de 1939 surgiu um time chamado EC Santa Sofia.

Distintivo do EC Santa Sofia

Sua sede social e esportiva ainda permanece ativa na cidade.

EC Santa Sofia

O clube nasceu como amador e vive atualmente como um clube social.

O time começou com um início modesto com disputas locais, e antes que fizesse sua estreia pelas disputas da Federação Paulista, um outro clube local chamou atenção e disputou o Campeonato do Interior de 1943: o Corinthians EC (distintivo do site Escudos Gino).

Em 1944, o EC Santa Sofia estreia no Campeonato do Interior:

Em 1945 mais uma vez disputa o acirrado grupo da 6ª região ao lado de times como Ponte Preta, Guarani, Bragantino, Rio Branco entre outros…

Aqui um lindo registro do time de 1946 que mais uma vez disputou o Campeonato do Interior:

Em 1947, mais uma vez os dois times de Pedreira estavam presentes:

O grande destaque local vai para o EC Santa Sofia que levanta o título de campeão do interior de 1953.

Aqui, uma matéria sobre o derbi:

Em 1956, o EC Santa Sofia sagrou-se campeão do setor 13:

E fala ainda do zagueiro Arlindo, do Corinthians:

A Gazeta Esportiva registrou um amistoso do time contra o Mogiana:

Grupo do Campeonato de 1958:

Em 1966, o EC Santa Sofia faz sua estreia no Campeonato Paulista, disputando sua única edição da quarta divisão.

Com tantas histórias, lá fomos nós registrá-lo!

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Como o futebol profissional não teve sequência e o clube social precisava de espaços, eles “cortaram” um pedaço do campo, e o que era a linha de fundo do passado virou a linha lateral do atual gramado.

Quem quiser maiores informações, o site do clube é www.esporteclubesantasofia.com.br .

Os atuais bancos de reserva:

Ao fundo se vê o clube.

Porém a cidade ainda possui outro estádio, o Wanderley José Vicentini.

O Estádio Municipal Wanderley José Vicentini é ainda maior que o estádio do Santa Sofia.

Tem capacidade para 3.262 pessoas e foi construído em 1976.

O Santa Sofia inaugurou o estádio em uma partida contra a AA Nadir Figueiredo.

O estádio está passando por reformas, a época da nossa visita.

Tem até uma parte coberta.

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Torcida do Sertãozinho dá show no acesso à A2-2017

13095956_1058867850837342_4421089579483657212_n 8 de maio de 2016. O domingo fecha um fim de semana de acessos! Um dia após acompanharmos o Santo André voltar à série A1 do Paulista, em Barretos, fomos até Sertãozinho assistir a equipe local chegar a final da A3 e consequentemente conquistar o acesso à série A2 e a festa não podia ser melhor! 13138985_1019867961433957_8219649637272245699_n O Sertãozinho manda seus jogos no Estádio Municipal Frederico Dalmaso, o “Fredericão”. 13138886_1058863764171084_6877128825184115130_n E o campo estava cheio, e todo mundo muito animado, acreditando na classificação! 13133239_1058865417504252_4070497999134003101_n A torcida lotou todo e qualquer espaço do estádio destinado ao público local!

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Vem comigo dar uma volta e sentir o clima do jogo!

Tudo isso, para sua segurança! 13082500_1058866750837452_4270755319800289742_n 13095833_1058868937503900_6347692429483457232_n Pudemos conhecer pessoalmente o amigo Renan! E é pra isso que o futebol serve: fortalecer as amizades! 13164387_1019867654767321_7945354828200763700_n

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Pra quem não sabe, o estádio tem ainda uma pequena área coberta, junto das cabines de imprensa. Tudo muito bacana!

13151389_1019871081433645_6487375951108399769_n 3 5 Mas a festa estava mesmo no meio da torcida. Uma pena que a Federação não permita que as organizadas entrem com suas faixas e camisas, mas mesmo assim, o pessoal de Sertãozinho pintou de grená e branco a cancha local, com direito a tirantes e tudo! 11217679_1019892871431466_2096946033973662187_n 13138937_1019870744767012_6049222921600623047_n 13083323_1019871011433652_3835303526117320682_n 13164364_1019872118100208_6864256053167332853_n Dá uma olhada no que tinha de gente! E esse pessoal ajudou o time a segurar um 0x0, meio morno, mas que garantiu a vaga do time local na A2 de 2017! 13124709_1019868304767256_5746055201714109878_n 13165863_1019893208098099_1140805656180587021_n Outro destaque pro rolê fica para o encontro, ali nas bancadas mesmo com o amigo Nequinha, lateral direito pé quente, que acabou conquistando mais um título, desta vez da A3! Valeu, amigo! 13151410_1058868380837289_1602485553205288478_n E já que o time saiu campeão, não pode faltar a foto dos vencedores!

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Pra quem andava nos cobrando mais um role pelo interior, fica esse registro! Abraços aos amigos!

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Clássico JuveNal

Clássico Juvenal - Copa Paulista 2015

No segundo dia do mês de agosto de 2015, fomos até a rua Javari para mais uma edição do clássico paulistano Juvenal!

Screen Shot 2015-09-01 at 22.28.47Pra quem não sabe, o Juventus caiu no gosto popular e desde o ano passado, assistir a um jogo no Estádio Conde Rodolfo Crespi tornou-se um programa disputado e as bancadas grenás estão sempre cheias!

Clássico Juvenal - Copa Paulista 2015

Mesmo sem marcar, tive a honra de trombar dois amigos, um deles, o Laércio, torcedor do Auto Esporte, veio lá da Paraíba para um passeio em terras (e estádios) paulistas!

Clássico Juvenal - Copa Paulista 2015

Outro, é o Sérgio, grande figura da cena punk/hc lá do Guarujá, e que atualmente está morando em São Paulo. Grande prazer em revê-lo!

Clássico Juvenal - Copa Paulista 2015

Por fim, e não menos importante, nosso amigo que esteve por tanto tempo morando em terras portenhas e agora de volta à sua Mooca querida, Traffani acompanhado na foto pelo Gui, que foi conosco ao jogo!

Clássico Juvenal - Copa Paulista 2015

Do lado feminino, a Mari praticamente organizou uma seção só de pessoas chamadas Mariana…

Clássico Juvenal - Copa Paulista 2015

Vamos sentir um pouco o clima do estádio:

O primeiro clássico Juvenal aconteceu em 27/9/1936 e acabou com vitória grená por 3×1. Quase 80 anos depois, os times voltaram a se enfrentar na primeira fase da Copa Paulista, onde os jogos ainda não tem muita emoção… E diga-se a verdade, o Juventus entrou em campo ainda “sonolento”…

Clássico Juvenal - Copa Paulista 2015

Do lado de fora do campo, as arquibancadas, essas sim estavam mais que acordadas e acesas!

Clássico Juvenal - Copa Paulista 2015

Até os reservas pareciam estar mais atentos do que os titulares.

Clássico Juvenal - Copa Paulista 2015

Pra quem não tem ido à Javari ultimamente, as imagens parecem ser de décadas atrás, quando o futebol do time mooquense atraia multidões de fãs do bairro.

Clássico Juvenal - Copa Paulista 2015

Do outro lado, estavam os ferroviários de azul: a torcida do Nacional! Aliás, vale lembrar que ambos os times são sócios-fundadores da Federação Paulista de Futebol.

Clássico Juvenal - Copa Paulista 2015

A setor 2 puxa a festa de um lado do estádio, a Torcida Jovem, do outro. No meio dessa cantoria toda, o time grená tentava encurralar seu adversário, mas, sem sucesso.

Clássico Juvenal - Copa Paulista 2015

Clássico Juvenal - Copa Paulista 2015

Para desespero da torcida local, o Nacional fez 1×0.

Clássico Juvenal - Copa Paulista 2015

A Mooca está mudando. Verticalizando cada dia mais.

O público do estádio começa a mudar também. É curioso, mas não me sinto a vontade para descrever, caso algum juventino queira se colocar, faça o nos comentários ou no nosso grupo do Facebook.

Clássico Juvenal - Copa Paulista 2015

Mas, por mais que tudo venha mudando, confesso que ainda me sinto bem vendo pequenos sinais do futebol de outrora, sonhar com a nostalgia de outrora ainda nos é permitido…

Clássico Juvenal - Copa Paulista 2015

E parabéns à torcida nacionalista que creditou no time e compareceu ao jogo e no final, saiu comemorando a boa vitória de 1×0.

Clássico Juvenal - Copa Paulista 2015

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Taubaté, campeão da A3 de 2015: um título à moda antiga

Final

Mais um final de semana de aventuras no mundo do futebol. Dessa vez, pegamos a Ayrton Senna / Dutra e fomos até Taubaté.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense

Nossa missão: acompanhar a final da série A3, entre o time local e o Votuporanguense, no tradicionalíssimo Estádio Joaquim de Morais Filho, o “Joaquinzão”.

Estádio em Taubaté

Mesmo tendo perdido o primeiro jogo, em Votuporanga por 3×0, alguns amigos da torcida local disseram que a cidade estava confiante na reversão desse placar.
Eu e a Mari acreditamos e pra poder aproveitar o rolê, fomos um dia antes pra Taubaté, pra sentir o clima da final.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense

Ainda no sábado, demos um pulo no Joaquinzão para comprar nossos ingressos!

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense

O time tinha acabado de treinar e deu pra bater um papo com alguns jogadores. Encontramos também diversos torcedores do Taubaté que foram até lá pra apoiar o time, ou mesmo pra pegar autógrafos do time que poderia entrar pra história!

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense

Vale lembrar alguns dados do Estádio Joaquinzão: atualmente sua capacidade é de 9.600 torcedores, diferente dos mais de 20 mil lugares disponibilizados desde sua fundação, em 1967.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense

Antes dele, o Taubaté mandava seus jogos no Estádio Praça Monsenhor Silva Barros, “O Campo do Bosque”.
E para a construção do novo campo, em 1958 houve uma grande campanha de arrecadação de tijolos.
A partida de estreia foi contra o São Paulo que venceu o time local por 2 a 1.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

Atualmente,o time do Taubaté vem superando as dificuldades e se posicionando cada vez mais como o time da cidade, lutando contra a massificação dos jovens que cada dia mais se deixam levar pela mídia e notoriedade dos times da capital.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense

O recorde de público do estádio aconteceu no jogo contra o Corinthians, em 11 de junho de 1980: 21.272 torcedores, e embora a realidade atual seja diferente, o público esperado para o jogo é um dos maiores dos últimos anos.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

Mas…
Antes do jogo, fizemos o tradicional rolê pela cidade, conhecendo um pouco dos lugares tradicionais da cidade, de restaurante até a antiga estação de trem, sem deixar de conhecer a Feira da barganha, em frente o Mercado Municipal, nos domingos pela manhã (deu pra ir antes do jogo)…

Taubaté
Taubaté

A boa surpresa foi que ficamos no mesmo hotel que o time do Votuporanguense, o que nos permitiu vivenciar um pouco da sensação de disputar uma final, quase como parte do grupo.

Votuporanguense

Além disso, tivemos a sorte de conhecer o Émerson, que coordena o VotuNews, portal muito bacana que leva à Internet as informações sobre a cidade de Votuporanga, em especial o esporte.

Votu News

O time do Votuporanguense chegou confiante graças ao placar elástico no jogo de ida, mas em momento algum, percebemos qualquer sentimento de “já ganhou”.
Ao contrário, sabiam da dificuldade que seria enfrentar o Taubaté no Joaquinzão.

Votuporanguense

Eu e a Mari demos uma volta pela região e após muitas atividades, o sábado foi chegando ao fim.
Chegamos ao hotel, prontos pra descansar pro dia seguinte. Por volta das 23hs quando começamos a pegar no sono… Uma surpresinha… Um barulho ensurdecedor praticamente na nossa janela do hotel…

Rojão

Na mesma hora, percebemos como seria aquela noite. E assim foi até as 6 horas da manhã. De hora em hora os rojões despertavam aqueles que tentavam dormir e têm o sono mais leve.
No dia seguinte, levantamos cedo, pra aproveitar o momento do café da manhã com os atletas do Votuporanguense e não se ouvia outra coisa entre eles, e também entre os demais hóspedes do hotel: a noite do sábado fora um “mini Iraque”. Aparentemente os jogadores levaram numa boa, mas alguns hóspedes estavam mesmo bravos com todo o barulho gerado pela torcida do Taubaté.

Votuporanguense
Votuporanguense

Confesso que achei engraçada aquela situação, afinal, em tempos de “futebol moderno” onde qualquer coisa é considerada radicalismo, o pessoal de Taubaté soube aproveitar uma oportunidade, sem ofender ou agredir ninguém.
Saímos cedo pra conhecer a feira da barganha e quando voltamos estranhamos a presença do ônibus dos jogadores ainda no hotel.
Ficamos sabendo que além dos rojões, a torcida local furou (ou murchou) alguns pneus do ônibus, atrasando a saída do time e obrigando o Votuporanguense a utilizar o ônibus dos torcedores para levar os atletas ao estádio.

Ônibus do Votuporanguense

É mole???
Pra quem acha que as boas histórias do futebol morreram, aí está mais uma que pode acompanhar os torcedores por alguns anos.
Bom, mas vamos ao jogo, que é pra isso que estivemos em Taubaté!

A torcida local pareceu ignorar a forte garoa que molhou a cidade desde a noite do sábado e colocou quase 6 mil torcedores no Joaquinzão.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

Público formado por torcedores organizados, mas também muitas famílias e torcedores comuns.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

Deu orgulho de poder fazer parte dessa história, mesmo não sendo torcedor de nenhum dos dois times.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)
Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

Aliás, olhando lá para o outro lado, dava pra ver que a torcida visitante também compareceu em um bom número, principalmente se considerarmos a distância entre as duas cidades.

Torcida do Votuporanguense
Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

Outro ponto que vale a pena citar é que não vimos nenhum tipo de incidente entre torcedores e olha que demos umas duas voltas em torno do estádio pra sentir o clima do jogo.
Sem dúvida, a chuva reduziu em boa parte o número de torcedores presentes, com certeza em um dia sem tanta água caindo, teríamos quase 10 mil pessoas no campo.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense

Que fique registrado: choveu durante os 90 minutos.
E isso prejudicou o público, mas também a qualidade do gramado e consequentemente o nível do jogo.
Só que o time do Taubaté decidiu passar por cima de tudo isso.
Das poças, do frio, do jogo truncado…
E foi pra cima do Votuporanguense.
Resultado? Escanteio batido e Lelo marca.
Taubaté 1×0, em menos de 10 minutos.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

E pra quem achava que era só um “aperto inicial” o Burrão seguiu no pique e logo aos 15 minutos, marcou o segundo gol.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)
Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

Os rojões teriam conseguido efeito?
O forte time do Votuporanguense sucumbiria ainda no primeiro tempo, por uma noite mal dormida?
O torcedor local tinha certeza disso, mas…
O primeiro tempo acabou em 2×0, mesmo, sob aplausos da torcida local.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

O intervalo foi ótimo para nos permitir conhecer pessoalmente o pessoal da Comando 1914, com quem já trocávamos mensagens na Internet.

comando 1914

Fica aqui um grande abraço ao Ronaldo e todo mundo que fez uma linda festa na arquibancada, não somente na final, mas em cada jogo do Taubaté.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)
Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

O 2º tempo começou, a chuva não deu trégua, e o time visitante apertou a marcação, mostrando que não entregaria um terceiro gol facilmente.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

A torcida local seguia em seu transe quase hipnótico de apoio ao time, torcendo como se estivessem em campo, jogando junto.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

Que fique claro, o Taubaté não é uma exceção entre os times do interior paulista. Acometido por dificuldades financeiras (não é fácil manter um time pagando em dia, na série A3) a diretoria conseguiu reunir a Prefeitura, as empresas locais e só assim o envolvimento entre cidade e futebol voltou a se acender.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

Por volta dos 25 minutos, decidi dar uma volta pelo estádio e foi incrível perceber que não havia um único torcedor do Taubaté que parecia ter desistido do título.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

Dava pra ver nos olhares, nos abraços, nos gritos e na própria postura de cada torcedor o sentimento de dedicação e amor ao time da cidade.
O estádio estava feliz, pela conquista do acesso, mas queria mais.
Entre tosses e espirros, os ensopados, pré-gripados torcedores queriam o título.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

O grito de campeão estava preso e sufocado, por anos de convivência com os demais cidadãos que abriram mão do time da cidade para torcer pelos times da capital. Eram 6 mil pessoas que queriam gritar aos sãopaulinos, corinthianos, palmerenses e santistas nascidos na cidade um “ACORDEM, SOMOS CAMPEÕES, O TIME DA NOSSA CIDADE!!!”

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

Sem desmerecer, ao mesmo tempo, o excelente time e torcida da Votuporanguense. Pra nós, que assistíamos a essa verdadeira ópera como meros espectadores (Se é que era mesmo possível) doía ver o esforço de um time jovem e tão correto caindo em solo molhado.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

Mas ainda não havia nada perdido, para nenhum dos times.
Afinal, os 2×0 dava o título ao time visitante.
Passava dos 30 minutos, mais água ainda e o placar igual.
Senhores, senhoras e crianças sofriam nas arquibancadas tanto ou mais do que os atletas em campo.
Havia um sentimento de estafa emocional, lágrimas sendo preparadas para o choro, de tristeza ou felicidade.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

O gramado chorava da sua maneira.
As chuteiras não perdoaram, arranharam, machucaram, fizeram o sangrar terra viva, mas esse foi o sacrifício feito pelo Joaquinzão para fazer parte dessa história. Times, torcidas, jornalistas, o campo, uniformes, as traves, a bola, cada pedaço de pano molhado amarrado na arquibancada.
Todos sofriam por igual.
Sério, parecia que em algum momento algo iria explodir e não eram os rojões da noite anterior.
Foi aí que algo aconteceu.
Em meio a tudo isso, um apito longo feito por um maquinista avisava…
Se o trem não para, por que o Burrão iria??

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)
Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

Não sei se foi combinado ou não, mas o estádio começou a gritar o tradicional “EU ACREDITO”, e antes que alguém desmaiasse de tensão ou dor…
Veio o fato que todos (os torcedores locais) aguardavam.
Gol.
Do Taubaté.
E a explosão veio.
De felicidade, de raiva, de amor, de orgulho…

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

O time da cidade estava presente de corpo e alma.
Abraçad@s, vizinh@s, amig@s, namorad@s, pais e filhos, av@s….
Há tempos não víamos lágrimas tão reais e intensas em torno de uma partida.
46 do segundo tempo.
Outro gol.
Já não há o anormal.
A certeza do título já é uma realidade.
A felicidade em cada gota de chuva já pode ser ouvida dentro e for a do estádio.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

Mais fogos de artifício.
Esses vêm de longe.
Houve quem preferisse acompanhar o jogo pela TV ou pela rádio e agora amaldiçoava o fato de perder essa festa queimando o céu.
Eu a Mari saímos quietinhos.
Contentes por poder vivenciar tudo isso tão de perto.
Por ver os amigos do Taubaté levantarem a taça e mais uma vez colocar o nome do time na história.

Taubaté campeao 2015

Ao mesmo tempo, um pouco tristes por saber que o pessoal que havia tomado café da manhã conosco, há poucas horas, voltaria pra casa sem o troféu.
Nos tranquilizamos pensando que o acesso seria um presente grande o suficiente para acalmar a cidade.
Rapidamente estávamos no hotel, tomamos um banho quente pra tentar fugir da gripe e em pouco menos de uma hora estávamos deixando a cidade.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

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O Estádio em Rotterdam: a casa do Sparta

Acorde Mari, é cedo e frio nas ruas de Rotterdam, na Holanda, mas… É hora de conhecer mais um estádio de futebol, a casa do Sparta Rotterdam.

Hoje, vamos contar um pouco sobre nosso role até o “Sparta Stadion Het Kasteel” a casa do Sparta Rotterdam.

Pra chegar lá é muito fácil. Basta tomar o TRAM 21 e descer no ponto final. É exatamente em frente o Estádio, e mesmo sendo semana de natal… A loja do estádio estava aberta!

Mas, antes de dar uma olhada na loja, vamos dar uma volta e ver o estádio.

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O Sparta é o time mais antigo da Holanda em atividade, foi fundado em 1888. É o rival do Feyenoord, com quem faz o dérbi de Rotterdam.

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É engraçado como alguns times/estádios geram uma identificação imediata… Esse foi o caso com o Estádio do Sparta Rotterdam.

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Mas, a chuva, o horário e a época do ano não ajudaram… O estádio estava fechado 🙁 . Uma pena.

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Bom, deu pra fazer algumas fotos do lado de fora mesmo.

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Dói o coração quando a gente gosta de um estádio, viaja alguns milhares de quilômetros e tem que ver ele desse ângulo…

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Bom, sem estádio, vamos conhecer a loja do time! E pelos deuses do futebol… Quanta coisa legal!

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Junto a tantos souvenirs, lembranças e uniformes, bastante memória do Sparta pendurada pelas paredes…

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E quanta coisa tem na loja dos caras… Da camisa oficial…

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Uns moletons muito loucos!

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Até uma miniatura do estádio…

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Antes que eu me esqueça, eles tem um site que vende (só não sei se entrega aqui no Brasil): www.fanshop.sparta-rotterdam.nl

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Mas mais do que os produtos, me encantam as pessoas. E foi na loja do Sparta que conheci dois senhores: o “Art” e seu amigo, que não recordo o nome. Eles ficaram contentes em saber que antes de conhecer o estádio do Feyenoord eu preferi conhecer a casa e a história do Sparta.

Ficamos um bom tempo vendo fotos antigas e trocando histórias sobre nossos times. Experiência única.

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Mas mais do que histórias, acabamos ganhando um presentão deles… Fomos enfim conhecer o lado de dentro do estádio!!!

É de ficar em choque!

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Em suas arquibancadas, o Estádio Het Kasteel comporta quase 15 mil pessoas.

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Mari disse que o dia estava “um pouco” frio.

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A história do Sparta já teve dias de glória, sendo considerado uma das potências da Holanda até os anos 60. Porém, desde 66 segue um jejum de títulos, disputando atualmente a segunda divisão nacional neste belo estádio.

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Boa parte das arquibancadas é coberta.

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Enfim… Mais um sonho realizado por este andreense que se encanta pelo futebol mundo a fora…

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