Dia de festa para o povo andreense! A cidade, representada pelo time sub 20 do EC Santo André chega a final dos Jogos Regionais contra a badalada equipe do Santos FC.
E lá vamos nós para apoiar o time!
Quanto vale o sonho de se tornar um jogador profissional de futebol? O que você estaria disposto pra isso? Hoje foi dia de ver vários jovens que estão nessa luta darem um passo a mais rumo a materialização do seu sonho: o EC Santo André sagrou-se campeão dos Jogos Regionais!
No meio da molecada, um cara mais velho que faz a diferença no resultado final: o técnico Baroninho!
Os demais que já passaram dos 20 estão ali na bancada apoiando!
E olha a moral desse time: até a Fúria Andreense colou hoje para apoiar!
Outros atletas do time estavam ali pra apoiar também!
Em campo, o Ramalhão não se intimidou com a equipe do Santos e fez valer o fator casa. Alexiel e Cledson ainda no primeiro tempo definiram a vitória do EC Santo André.
Os meninos do Ramalhão chegaram a colocar o time santista na roda…
Ao terminar a partida, o técnico Baroninho ainda mexeu em vários jogadores.
A torcida já aguardava o fim da partida pra iniciar a festa…
E o juiz nem bem apitou o término da partida e a festa começou!
Olha o troféu e as medalhas para os finalistas:
O nosso zagueirão, capitão do time, foi receber o troféu.
Lá no meio do time, pronto pra receber as medalhas está o Joel, dono do Museu do Ramalhão!
E aí já “medalhados”, os garotos do time do EC Santo André:
Po, e depois até a gente aproveitou pra comemorar com os jogadores!
Taí o nosso goleirão!
O time que mais tarde (as 14hs) enfrentaria o Mauá FC pela SP Cup também se juntou à comemoração.
Teve quem pagou promessa atravessando o campo de joelho.
E o nosso zagueiro argentino, Fabricio Sebastián? Tava lá também!
Aí está o futuro do nosso time!
Muitos desses jovens atletas conquistaram hoje seu primeiro título!
Domingo, 8 de maio de 2022. Dia das mães. Enquanto a maior parte das pessoas se preparava para celebrar a data com a família, um pequeno grupo (que contou com uma vaquinha realizada pelos demais torcedores do Santo André para ajudar com as despesas das viagens) enfrentaram os mais de 700 km para acompanhar o Ramalhão pela 4a rodada da Série D do Campeonato Brasileiro.
Vale lembrar que o Santo André começou bem o Campeonato, vencendo a Academia Pérolas Negras fora de casa, mas sofreu duas derrotas por 1×0 jogando como mandante contra Nova Iguaçu e São Bernardo FC. Assim, a partida contra o Cianorte era bastante delicada para o time do ABC.
Mas a rapaziada da torcida fez um vídeo mostrando como é o estádio, na visão da torcida visitante.
Pra quem não viu o jogo, o time local abriu o placar com gol de Caio Cunha… (as 3 próximas fotos também são do perfil oficial do time no Instagram):
E o grande Denis Germano empatou com um golaço de fora da área!
Tudo isso sob os olhares da nossa torcida, que mais uma vez se fez presente!
E ali ao fundo, as faixas das duas principais organizadas do Ramalhão: Esquadrão Andreense e a Fúria Andreense.
E agora, vejamos as fotos da nossa torcida, que ficou atrás do gol:
A torcida Ramalhina ficou atrás do gol, no setor ao lado de onde fica a organizada do time local.
A outra área do estádio, fica na região central e conta com uma pequena cobertura, é onde ficam os demais torcedores locais.
Quem acompanhou o jogo presencialmente pode contar não só com um belo espetáculo (um empate conquistado na raça e na técnica, já que o time jogou melhor essa partida), como teve uma grande proximidade com o time que não apenas aqueceu como fez questão de cumprimentar, agradecer e até mesmo de vir até o alambrado para conversar com os torcedores.
O Santo André foi a campo com Fabricio Araújo (que garantiu o empate com pelo menos 2 defesas difíceis e um ótimpo posicionamento, Eliandro, Henrique Caires, Caio Ruan (João Paulo) e Udson; Tiago Ulisses, Will (Davi Ribeiro), Gharib (Denis Germano, que entrou e marcou um golaço) e Natham; Maycon (Kayan) e Ruan (Vitor), dirigidos pelo nosso treinador José Carlos Palhavan.
Um dia muito especial para a torcida do Santo André! Mais uma vez, contrariando as estatísticas chegamos às quartas de final do Campeonato Paulista, sem dúvidas, o estadual mais difícil do Brasil. Então, ao som do Tango 14 fomos até Bragança conferir o que prometia ser uma incrível peleja!
Bragança não é assim tão longe mas ainda mantém um ar de cidade do interior…
Infelizmente o histórico de incidentes entre torcedores do passado coloca em alerta aqueles que vão ao jogo de maneira “autônoma”, então para evitar qualquer problema, cheguei cedo pra conseguir parar próximo à entrada dos Visitantes (ainda bem que o pessoal do trabalho entende a importância desse jogo pra mim).
Uma vez celebrada a amizade, era hora de trocar de roupa e seguir para a arquibancada do Estádio Nabi Abi Chedid, outrora conhecido como Estádio Marcelo Stefani!
Ainda havia sol quando terminei de aprontar as bandeiras. A van com outros torcedores também chegara.
O Mário mandou uma foto lá do outro lado, pra gente poder ter ideia do visual.
Enfim… Pronto para a partida, mas ainda faltava quase uma hora pro jogo começar kkkk.
Nem todo mundo entende o prazer de estar em um estádio tanto tempo antes da partida começar, mas é aí que as amizades se fortalecem, que as boas conversas acontecem e que a relação com os estádios se constrói.
Nem percebi quando finalmente o sol se foi e os times se colocaram em campo.
O jogo começa e não dá pra negar… O time do Red Bull Bragantino é mais forte que o nosso, e simplesmente não conseguimos criar nenhuma jogada. Ao menos, nossa zaga mantém-se firme e vamos segurando o 0x0 enquanto possível. Aguenta aí, Marques…
O estádio até que tinha bastante gente, mas confesso que esperava uma loucura muito maior por parte da torcida local…
Mas ainda assim, a festa estava feita no Estádio Nabi Abi Chedid!
O nosso lado até que estava animado, mesmo sem a chegada das torcidas organizadas do Santo André.
Não me senti mal quando o habilidoso atacante Artur veio costurando e fez 1×0 para o time local. Realmente os primeiros 45 minutos não foram nossos. Aliás, dê uma olhada nos melhores momentos do jogo:
E não deu nem pra dizer que passou um filme na cabeça, porque infelizmente nesse modelo que ainda precisamos enfrentar, de montar um time em janeiro para jogar apenas até o fim de março, deu no máximo para passar uma série da Netflix… Um enredo sempre emocionante, mas só agora alguns personagens começavam a marcar nossa lembrança… Mas fica aí o registro dos nossos heróis de 2022:
Provavelmente não veremos a maioria deles de novo. Mas mesmo perdendo de 1×0, e com poucas chances de virar o jogo, o início do segundo tempo fez nossa torcida se animar… Chegavam as nossas Torcidas Organizadas – Fúria Andreense e Esquadrão Andreense (que ficaram por mais de uma hora sendo revistadas na entrada da cidade):
Aí, mesmo com o placar adverso, tivemos 45 minutos de uma despedida como deveria ser…
Esses, entra ano e sai ano, continuam aí na bancada. Fazendo o possível e o impossível para apoiar o time e pra manter viva a cultura do torcer.
A animação seguiu independente do placar, mas necessário dizer que o próprio time pareceu ter sentido a boa energia e teve nos 30 minutos finais uma atuação bem melhor.
Destaque para as lindas bandeiras homenageando os campeões da Copa do Brasil de 2004.
Assim, entre a tristeza da desclassificação e a alegria de estar em meio aos amigos, aquela quarta de final em jogo único foi se esvaindo e dando lugar à lembranças do passado, mesmo recente e também ao futuro…
Pra alguns, trata-se de um esporte. Pra outros, um jogo. Pra mim, uma cultura, um estilo de vida, uma paixão.
Confesso que ainda acreditava num empate até os acréscimos… Uma disputa por pênaltis seria incrível!
Mas, permito me parafrasear uma amiga que recentemente escreveu sobre seu time “Quando você perde, eu te amo mais!”. E é isso mesmo. Se ficamos felizes com as nossas vitórias e conquistas, é nesse momento, a poucos minutos do fim do campeonato que o nosso amor pelo Ramalhão não cabe mais em nós e se transforma em lágrimas, em emoção, em orgulhos… Só nos resta agradecer. Ao time, diretoria e torcida, que ficou quase 10 minutos depois do fim do jogo cantando seu amor ao time…
Independente do modelo “Red Bull” ter pontos que não me agradam, eu não seria hipócrita em desmerecer a alegria da torcida local e a força do time em campo. Parabéns aos torcedores de Bragança.
E aqui, meio desfocada, fica a foto com que fechamos o Paulistão 2022, já na saída do estádio. Obrigado, Ramalhão!
O Campeonato Paulista 2022 chega à sua última rodada da primeira fase. O ECSanto André entra em campo contra a Inter de Limeira para definir o seu futuro.
Aliás, como reforçou o site Futebol Interior (a foto abaixo é deles), o time entrou em campo bem acompanhado!
E o jogo teve novidades fora de campo!! O Ramalhão levou sua loja oficial para a arquibancada e fez a alegria da torcida com preços promocionais para queima de estoque de peças antigas!
Outra boa surpresa foi a presença do nosso eterno zagueiro e agora treinador do sub 20, Gabriel, na nossa bancada. O amigo Renato Ramos, um dos fundadores e primeiro presidente da Fúria também estava por lá:
Outra coisa que chamou a atenção foi essa incrível camisa que estava com um torcedor ramalhino!! Incrível, não? Resume a campanha da Copa do Brasil de 2004!
Em campo, não corríamos mais risco de rebaixamento, mas jogando no grupo da morte (formado ainda por Red Bull, Ponte Preta e Santos), precisávamos vencer para garantir nossa vaga às quartas de final. E o público respondeu bem ao chamado!
Mais uma vez, esse foi um ano difícil. Os resultados que garantiram nossa permanência na A1 demoraram a vir e ainda havia quem desconfiasse do time. Assim, essa seria uma partida para selar a paz entre nossa própria torcida.
Mas nossa arquibancada também tem aqueles que desde o princípio compraram a ideia do técnico Thiago Carpini e da equipe montada.
As organizadas, mais uma vez deram show.
E vamos ouvir um pouco da Esquadrão Andreense, nossa “barra”:
O jogo começa e o Santo André se mexe bem e domina a posse de bola. E um diferencial fica claro desde cedo: Lucas Tocantins tem liberdade pelo lado direito, ganhando quase todas as bolas da marcação e criando lances de perigo. Em uma dessas jogadas, ele cruza a bola certeira para Thiaguinho fazer de cabeça 1×0. A festa estava oficialmente iniciada
Diferente do que ocorreu em outras partidas, o gol não fez com que o time recuasse, e logo, o Ramalhão deu um passo ainda maior para sua classificação. Após mais uma jogada individual, Lucas Tocantins foi derrubado na área: penalty!!
Resultado aprovado, Gó?
Vamos, vamos Ramalhão… Vamos jogar com raça, que na arquibancada…. “Nóis num para não”….
Com 2×0, nosso grupo “desorganizado” está sorrindo a toa:
O Flávio, que esteve ao nosso lado em tantos jogos nos anos 90 e 2000 deu as caras!! E, no meio, parecendo até pequenino, o gigante Anderson!!!
O amigão Neimar também tava na festa!!!
E dá lhe bateria!!!
A festa ameaça ficar ainda maior quando o árbitro assinala mais um penalty, mas infelizmente o VAR desmarcou o lance… ah, se precisássemos desse gol…
Acaba o primeiro tempo e nossa torcida tem todos os motivos para estar feliz 🙂 Olha aí o Gui e a Laysa. Temos uma boa historia com o Gui e o pai dele, quando lá em Barretos eles nos deram uma carona para passarmos em meio à torcida local (confira aqui esse role).
Aí o Gó, Simone, Lukinhas e o nosso meio brasileiro meio uruguaio Valter Bittencourt.
O Marques e seus incansáveis registros! Diz se por aí que graças aos filmes que ele faz das categorias de base que o Santo André consegue vender alguns dos nossos jovens jogadores.
E aqui, o seo Osvaldo, também conhecido como meu pai, que mais uma vez nos acompanhou em um momento histórico do Ramalhão. Ele também esteve no Maracanã em 2004, quando invadimos o campo após o título, relembre aqui como foi!
O segundo tempo começa e o calor absurdo dá lugar a uma incrível neblina.
Mas a festa nas arquibancadas não para!
E o Jão, guitarrista do Visitantes? Aprovou o resultado?
Com o resultado praticamente garantido, e uma leve garoa pra esfriar a cabeça, o torcedor ramalhino se vê aguardando o árbitro apitar o fim de jogo para enfim garantir a classificação.
Agora, falta muito pouco…
E as torcidas organizadas decidem mais uma vez mostrar que a nossa bancada anda num bom momento e se reúnem para juntas mostrarem a força da nossa torcida!
Olho para o campo e vejo o árbitro levantar o braço indicando o final do jogo. Mais uma vez desafiamos os prognósticos e estamos o que? Repita aí Mau…
O Santo André foi a campo com: Jefferson Paulino; Jeferson, Luiz Gustavo, Carlão e Kevin; Serginho (Carlos Jatobá), Dudu Vieira, Bruno Xavier e Thiaguinho (Sabino); Lucas Tocantins (Rochinha) e Júnior Todinho (Lucas Cardoso). Técnico: Thiago Carpini.
E, claro, com a gente na bancada, né não, Matheus?
Nessa viagem eu trouxe algumas camisas, entre elas a do Sporting Cristal, e somente hoje, em pleno 2022, ao conhecer um “hincha” do time, me dei conta que nunca postei a camisa e a história deles aqui, então… Vamos lá!
O Club Sporting Cristal foi fundado em 13 de Dezembro de 1955, no distrito de Rímac, onde está o Cerro San Cristóbal.
O Rímac já tinha um time jogando o profissional: o Sporting Tabaco, fundado em 16 de novembro de 1926, por trabalhadores da estatal responsável pelo comércio de tabaco no país.
Mas o time passava por problemas econômicos e a cervejaria Backus y Johnston decidiu adotá-los como equipe, nascendo assim o “Sporting Cristal Backus”.
Cristal era a cerveja mais popular da Backus y Johnston e daí surgiu o nome do time. E logo na sua estreia, em 1956 veio o primeiro título nacional, com o time abaixo:
O time mudaria de nome, eliminando a palavra “Backus”, tornando-o apenas Club Sporting Cristal, como uma Associação Civil sem fins lucrativos. Na década de 60, vieram mais dois títulos nacionais em 61 e 68 (time abaixo).
Nos anos 70, foram mais três títulos, em 1970, 72 e 79 (o time abaixo):
A década de 80 trouxe outros três em 1980, 83 e 88.
Os anos 90 conseguiram ser ainda melhor, com 4 canecos nacionais em 1991, 94, 95 e 96.
Além disso, o time fez história ao disputar a final da Copa Libertadores da América daquele ano.
Nos anos 2000, conquistou os títulos nacionais em 2002 e 2005, quando a Associação Civil Cristal (parte social do clube) transformou-se na sociedade anônima “Club Sporting Cristal S.A.C.”
Na década de 2010, vieram conquistas em 2012, 14, 16 e 18.
E começou a década de 2020 sagrando-se campeão já no primeiro ano da década.
O time possui duas grandes torcidas organizadas, a “Extremo Celeste”:
E a “Fuerza Oriente”.
O time manda seus jogos no Estádio Alberto Gallardo. Fundado sob o nome de Estádio San Martin de Porres.
Tem capacidade para 20 mil torcedores.
Os jogos de alto risco são jogados no Estádio Nacional José Diaz.
Hey! Tem um blog novo na área, com uma proposta bem bacana, trata-se do “Entre futebol e história“.
Segue a apresentação do blog:
O célebre Eduardo Galeano nos diz que somos feitos de histórias e não há porque de não concordar. Somos feitos de histórias e histórias foram feitas para serem contadas. “Os cientistas dizem que somos feitos de átomos, mas um passarinho me diz que somos feitos de histórias”. — Eduardo Galeano. E no futebol o que não falta é história, não é? Seja aquela em que o grande REInaldo fez um golaço digno de Puskás contra a ditadura ou aquela em que os índios guaranis inventaram o futebol. O objetivo central do projeto é contar da história mais conhecida a mais desconhecida pelo(a) leitor(a). Trazendo aos holofotes do mundo da leitura e despertando o seu interesse em buscar mais das histórias.
Bem vindo / Bem vinda a mais um post sobre o futebol amador de Santo André, e dessa vez um time que se tornou um projeto, e que mantém um campo que até parece um castelo do mundo de faz de contas para a garotada que participa…
O atual Instituto SECI, cuja sigla significa Socioesportivo, Educacional, Cultural e Inovador na verdade nasceu em 1962 como um time da várzea, a “Sociedade Esportiva Cidade Imaculada” e apenas em 2020 adotou o atual modelo de gestão e a nova sigla. Quem começou tudo isso foi o Tatinha, ex jogador.
Os caras realmente levaram a sério a ideia de fazer do futebol um agente transformador da realidade social e cultural das crianças do Capuava (um bairro de Santo André). Olha que da hora o vídeo onde o atual presidente e a coordenadora do projeto explicam o momento atual deles
E nós estivemos por lá para conhecer o campo e consequentemente toda essa ideia por traz do projeto focado em cooperativismo.
O campo do SECI é mais um do amador de Santo André que recebeu o gramado artificial.
Aí o time adulto:
Além de tudo muito bem cuidado e organizado tem uma mini sede na mesma área.
Que tal um rolê pelo campo?
Nossa tradicional olhada no meio campo:
O gol da esquerda:
O gol da direita:
E lá está o distintivo do SECI no muro próximo ao banco de reserva!
Olha aí que da hora a camisa e até a bombeta do time!
O SECI Social é o projeto esportivo de Futebol Educativo que oferece via futebol oportunidades para aprender e superar desafios. Tem também um projeto de Futebol Bilíngue que integra o ensino do Esporte à Língua Inglesa para turmas do futebol feminino.
“Nossa terra tem palmeiras…”. Teria a “canção do exílio” inspirado o brasão e o nome de Buritama? Buri e Buriti são espécies de palmeira, então imagine quão linda devia ser a região para a cidade ganhar esse nome…
A cidade guarda muitas riquezas naturais e também tem um verdadeiro tesouro esportivo: um estádio que recebeu diversas edições do Campeonato Paulista.
Mas antes… É hora de responder à polícia o que estamos indo fazer na cidade: fomos parados numa abordagem rotineira em busca de traficantes de materiais ilícitos. Como não tínhamos nada de errado, pudemos seguir!
A divisa da cidade com Brejo Alegre (que pra mim era apenas uma cidade criada por Ruth Rocha em seus contos) é feita por um ser muito importante para todos nós…
O imponente Rio Tietê, que a essa altura do seu percurso está limpo, saudável e lindo! Ao fundo pode se ver a Usina Hidrelétrica Nova Avanhandava, em operação desde 1982 e desde 1991 com suas eclusas de navegação, para vencer o desnível de 29 metros entre o reservatório da usina e o rio.
Claro, na foto acima nem dá pra ver o rio direito (até porque estávamos na ponte e essa mureta atrapalha bastante), mas faça como meu irmão Marcel e dê uma olhada nessa praia que existe logo no início da cidade (Parque Turístico “João Simão Garcia” conhecido popularmente como “Prainha”):
A cidade fica há pouco mais de 545 km da capital, às margens do Rio Tietê. Sua história se inicia ainda no século XIX com a chegada de várias famílias vindas de Minas Gerais, que formaram um núcleo chamado “Palmeiras“. Logo, surge uma capela que acaba emprestando ao loca o seu nome, no caso de Buritama, o novo nome seria “Nossa Senhora do Divino Livramento de Buriti”.
Apenas em 1948 passou a ser Município, sob a jurisdição da comarca de Monte Aprazível, e em 1963 passou a ser Comarca, compreendendo também os Municípios de Turiúba, Planalto, Lourdes e Zacarias.
E dá uma olhada no visual do rio, que coisa linda…
Aqui dá pra ver a outra margem do rio:
E aqui a prainha!
Vale muito a pena voltar um dia para curtir o rio! Aliás, existe um site todo só sobre turismo na cidade, basta clicar aqui pra conferir!
Por conta do rio, a pesca é um outro grande ponto de atração para a cidade!
Como dissemos, o nosso objetivo era registrar o Estádio Municipal Carlos Guerbach, e como a cidade é pequena, é super fácil de achar.
Mesmo que esteja faltando uma “mão de tinta”, só a identificação e esse portal na entrada já dão uma baita cara legal pro estádio!
Antes que você se pergunte, Carlos Guerbach foi um vereador dos anos 50, em Buritama.
E o B.F.C., refere-se ao Buritama Futebol Clube, o último nome do clube a representar a cidade. Mas o antigo nome também estaria presente na sigla, já que antes, o Buritama FC se chamava Brasil FC.
Com o portão principal fechado, o jeito foi pensar em alternativas para entrar no estádio, e enquanto eu avalio se pular o muro seria muito difícil, vamos falar um pouco sobre o futebol na cidade de Buritama.
Como eu disse anteriormente, o primeiro time a disputar uma competição profissional na cidade foi o Brasil Futebol Clube, fundado em 7 de setembro de 1955. O distintivo está no excelente site Escudos Gino.
Na fanpage “Amigos de Buritama” encontrei algumas imagens do time, muitas delas sem identificação da data.
Essa consta até os nomes dos jogadores e do cabo Nivaldo.
Esta é dos primeiros times formados pelo Brasil FC, identificada na fanpage como sendo de 1957 ou 58:
Esta parece ser da mesma época:
Esta consta identificação na própria foto, da época das competições amadoras.
O Brasil Futebol Clube disputou 5 edições do Campeonato Paulista. Sua estreia foi na Quinta divisão de 1978, onde fez uma campanha interessante por ser seu primeiro ano, terminando na 6a colocação:
Veja a campanha de 1978:
A partir de 1980, o Campeonato Paulista passa a ter apenas 3 níveis e assim, o Brasil FC passa a disputar a “Terceira Divisão“. O time faz campanhas fracas até 1982, quando se licencia e no final do ano, muda seu nome para Buritama FC., sob o novo distintivo.
Essa mudança de nomes consta no livro “A enciclopédia do futebol paulista“, como tendo ocorrida em 1982, porém muitos sites consideram que a mudança se deu em 1986, e essa confusão se faz porque somente em 1986 a cidade voltou a receber jogos profissionais com a participação do Buritama FC na 3a divisão de 1986, quando terminou em 7º lugar do seu grupo:
No ano seguinte, além de uma péssima campanha, ainda inscreveu jogadores irregulares e perdeu pontos, terminando na última colocação, desanimando os seus gestores que licenciaram mais uma vez o time. E dessa vez já se vão mais de 3 décadas sem futebol profissional na cidade, para a tristeza do Estádio Carlos Guerbach.
Por falar no estádio, decidimos que melhor do que pular o muro seria conversar com o vizinho pra ver se conseguiríamos entrar e…. bingo!
Aí estamos nós em mais um templo mágico do futebol paulista, olha a arquibancada coberta lá atrás, que sensacional!
Provavelmente aqui ficava a imagem do distintivo pintada nesse cimentão, que acabou perdendo a cor e sendo aos poucos cobertos pelo mato e pelas folhas secas…
Bem ali, ao lado das bandeiras da cidade, do Brasil e do clube!
Chegando mais perto pude ver que a arquibancada coberta é cheia de lindos detalhes… Ainda está com as cores bem vivas!
A sua direita temos um dos gols com a região central da cidade ao fundo:
E a esquerda o gol que tem ao fundo as franjas de Buritama.
Olha aí o banco de reservas que lindo!
As árvores fazem um fechamento no estádio único!
Atrás da arquibancada existe um empreendimento da própria prefeitura, que parece ser uma área de armazenamento… Coisa estranha… Ainda mais estranho quando ao dar uma fuçada na Internet e encontrei esse documento (tá no próprio site da Prefeitura, veja aqui) dizendo que o Buritama FC doou o seu patrimônio à própria Prefeitura.
Assim como as árvores secam e no seu tempo correto voltam à vida, quem sabe o futebol profissional na cidade não volte algum dia às divisões de acesso do Campeonato Paulista?
Apenas nos cabe agradecer pela oportunidade de estar aqui, nesse solo sagrado!
Antes que você esqueça, olha como é lindo o rio Tietê..
Enquanto escrevo este post, passamos por uma semana super chuvosa dentro da primavera (já no fim de outubro de 2021) e fico lembrando da secura que estava esse dia que passamos por Guararapes… Até o céu parecia empoeirado…
Guararapes tem um nome curioso, que nasce de um vocábulo indígena que significa “o caminho dos lobos”. O nome só foi adotado a partir de 1934, mas a ocupação surgiu em 1908, com uma primeira família (“Pinto de Oliveira”) que adquiriu terras na localidade.
Aos poucos novas famílias foram chegando, impulsionadas pelo avanço da Estrada de Ferro Noroeste e com o surgimento da Estação Ferroviária.
A estrada que liga Araçatuba à Guararapes estava bastante florida!
A igreja no centro da cidade:
A cidade pode se honrar em ter um Estádio Muncipal de Beisebol, o “Wilton Motomatsu“.
Nosso objetivo em Guararapes era conhecer e registrar o Estádio Municipal Adelmo Almeida, a casa do futebol profissional (e do amador também) da cidade! Essa é uma das entradas do Estádio:
O Estádio atualmente está sem identificação, o que é uma pena…
Só o pessoal da pixação que tem identificado seus nomes ali na bilheteria…
Essa é outra entrada, no lado da arquibancada:
Não encontrei (ainda) um documento que comprove a data da inauguração do Estádio Municipal Adelmo Almeida, mas vários sites dizem que o Estádio foi “pensado” pelo próprio senhor Adelmo Almeida, quando ele esteve na inauguração do Estádio do Pacaembu (abril de 1940). Aqui uma imagem de quando o campo ganhou cara:
Aqui, a arquibancada antiga do estádio:
E aqui, quando seu primeiro cercamento de madeira foi construído:
O estádio tem capacidade para quase 5 mil torcedores. Essa é sua principal arquibancada!
Esse é o gol do lado esquerdo:
Esse é o gol do lado direito:
Embora muito bem cuidado, a seca machucou o gramado… Mas é sempre um lindo visual, ver um gol e a arquibancada ali ao lado…
Vamos dar uma volta por ele, pra você poder conhecer melhor o visual do Estádio Municipal Adelmo Almeida.
Esse é o outro lado (por onde entrei):
Ao fundo, o detalhe da cidade ainda bastante horizontal, sem nenhum prédio para romper o céu empoeirado…
A pedra fundamental do campo trazia apenas uma informação sobre a iluminação do Estádio.
Aqui dá pra ver melhor a arquibancada e ao meu lado o banco de reservas:
Aliás, a arquibancada possui ainda uma estrutura dedicada à imprensa, naquelas cabines amarelas.
O entorno do campo é bastante utilizado pelas pessoas que gostam de caminhar ou correr e possui lindas e frondosas árvores.
Para falar da história do futebol profissional em Guararapes é necessário lembrar a trajetória de 3 times. O primeiro deles é o Grêmio 8 de dezembro, que nasceu em 1962, com uma ligação tão forte com a cidade que seu distintivo era o brasão da cidade e seu nome a data da emancipação da cidade!
O Grêmio 8 de dezembro defendeu a cidade em 2 edições do Campeonato Paulista da Quarta Divisão: 1963 e 64. E nesses mesmos 2 Campeonatos, não é que a cidade teve um outro participante? Tratava-se da Sociedade Esportiva Palmeiras, fundada em 1956 por torcedores do verdão, e que justo naqueles 2 anos decidiu participar do profissional.
Aqui, a classificação dos times em 1963:
Aqui, a classificação dos times em 1964:
Após o campeonato de 1964, as duas equipes acabaram se licenciando e para o seu lugar, surge o Guararapes Esporte Clube.
O time era um resgate ao seu homônimo que surgira anos atrás, da fusão do Star Futebol Clube e da Associação Atlética Brasil. Mas essa primeira tentativa, que ocorreu em 1960 acabou não dando certo.
Assim, o “novo” Guararapes Esporte Clube foi fundado em 2 de dezembro de 1964, para dar sequência à história do futebol profissional na cidade, e em 1965 passa a disputar a Quarta Divisão, terminando o campeonato na 4a colocação do seu grupo (a 6a série):
Em 1966, o time foi melhor e classificou-se para a segunda fase em 3º lugar do seu grupo:
O Gurarapes EC acabou desclassificado na segunda fase, terminando na segunda colocação .
Infelizmente as duas participações do time na quarta divisão acabaram não gerando as condições de manter o time no profissional e o Guararapes EC acabou se licenciando e deixando a cidade sem representante no futebol profissional.
O resgate do futebol em Guararapes se daria apenas em 1981, com o retorno do Guararapes EC disputando a série A3 daquele ano. Essa foi a primeira fase:
E essa a classificação da segunda fase:
O Guararapes EC disputou a Terceira Divisão até 1992, quandio novamente se licenciou.
Destaque para a campanha de 1991, quando esteve a um passo da fase final que garantiria o acesso. O time começou bem e liderou a primeira fase (jogavam contra os times da sua série (G) e de outras três séries que completavam o Grupo IV).
A segunda fase era um quadrangular com times das outras séries que completavam o Grupo IV.
A terceira fase reunia os campeões dos grupos e o time do Guararapes EC acabou perdendo a classificação para a fase final ao empatar em casa com o São Caetano.
Navegando pela fanpage dos fãs do time encontrei várias fotos dos times que disputaram estes campeonatos, infelizmente muitas delas sem a data, mas vale a pena conferir:
O “Lobo guará” ainda tentou um retorno ao futebol, para disputar a Quinta Divisão do futebol paulista (na época a série B2) de 1999 e a de 2000, mas… Aquele seria o último respiro do futebol profissional em Guararapes…
O urubu nas cabines mantém seu olhar para o campo, como se algo ali tivesse morrido… Será?
Uma cidade importante… Uma história tão rica no futebol… Será mesmo que nunca mais veremos o Guararapes EC em campo?
17 de outubro de 2021. Interrompemos essa série de posts sobre o interior de São Paulo para registrar um ato de celebração dos 40 anos da Torcida Uniformizada Dragão Andreense, a TUDA.
Em pleno Estádio Bruno José Daniel ocorreu um ato simbólico realizado por outros torcedores (como nós) e pelo pessoal do “Acervo – Torcida Santo André” (que reúne imagens e vídeos históricos sobre a torcida do Santo André) para entregar à torcida duas bandeiras utilizadas nos anos 80 que foram reformadas e novamente estarão presentes nos Estádios!
Mesmo em uma tarde chuvosa, o pessoal se reuniu no Estádio do Ramalhão para celebrar os 41 anos e receber as duas bandeiras.
Aqui uma imagem dos anos 80 onde se podem ver as bandeiras nas arquibancadas do Brunão!
Antes de serem entregues, as bandeiras foram lavadas, secas e costuradas novamente!
E enfim puderam voltar ao Estádio!
Até o Diário do Grande ABC esteve presente ao Estádio Municipal Bruno José Daniel para registrar o ato (confira aqui a matéria do Diário!)
O Acervo – Torcidas de Santo André, principal responsável pela restauração, é um projeto que tem como foco recordar momentos dos apoiadores do EC Santo André.
E eu aproveitei para registrar o atual estado do nosso futuro gramado sintético…
O Quero quero segue presente no Brunão, botando seus ovos nos pequenos espaços onde ainda há grama! A natureza não desiste fácil!