Júlio Bovi Diogo e o Rodolfo Pedro Stella Jr gostam de desafiar a lógica de mercado, os conselhos dos amigos, a recomendação dos mais centrados e seguem apostando suas forças, grana e energia na publicação de livros…
Mas, cá entre nós… Que baita livro!
Trata-se da “História da 2a divisão no Futebol Paulista”, o segundo volume desta publicação que levanta dados essenciais para jornalistas, pesquisadores e torcedores mais fanáticos sobre a atual Série A2, nesse caso, de 1978 a 1990.
São fichas técnicas completas, equipes participantes, classificações, foto do time campeão em 320 páginas, no formato A4 (21cm x 29,7 com).
São poucos exemplares, por isso, os interessados entrar em contato com Júlio Diogo pelo email – juliodiogo@litoral.com.br.
Tag: Campeonato Paulista
Bezinha 2019 – Decisão e emoção para o Rio Branco, em Americana
“Se o mundo é mesmo parecido com o que eu vejo, prefiro acreditar no mundo do meu jeito.”
Então, nesse 11 de agosto de 2019, a estrada logo cedo nos levou a um estádio que ocupa lugar especial no meu coração: Décio Vitta, em Americana, a casa do Rio Branco, o tigre da paulista!


Como sempre, tá aí a nossa parte pra apoiar o futebol local!

O Décio Vitta é um estádio muito bacana e só depois de passar a catraca e “descer o morro” é que se chega às arquibancadas.

E se não bastasse toda história, estrutura e tradição… Ta aí o bar, com seus quitutes mais que especiais!

Outro diferencial é a loja do Tigre, dentro do estádio e vendendo não só a camisa oficial mas uma série de outros itens, como esse moleton muito louco!

Embora o jogo fosse decisivo pra equipe local, a cidade estava recebendo vários eventos (de encontro de carros antigos a passeio ciclístico) e o público ficou um pouco abaixo do que o de costume para uma equipe de tanta tradição, como o Rio Branco EC.

Vamos dar uma olhada geral no estádio!
Reforço o carinho que será eterno por esse amigo que nos deixou tão cedo e que era tão querido por todo mundo. Valeu Rogérião!

Mas, mesmo sem seu eterno presidente e amigo, a Malucos do Tigre segue apoiando o Rio Branco, mesmo nesta tão dolorosa 4a divisão estadual.


Fica um alô especial para os amigos de bancada e de som!

Vale lembrar que a Malucos tem esse nome em referência a Raul Seixas e é uma das poucas torcidas que nasceu focada muito mais no rock do que em outros ritmos.

Começo de jogo com todo cerimonial exigido pela Federação, da entrada dos times ao hino nacional.

O jogo começa quente e muito corrido, como acontece em quase todos os jogos da série B do Paulista, que é na verdade, uma competição sub-23.

Se não dá pra entrar em campo, na bancada, embaixo de sol, a Malucos faz sua parte e canta o tempo todo, sonhando com dias melhores, em outra divisão.

Do outro lado, a valente Torcida Força Jovem do AD Guarulhos esteve presente com suas faixas e apoio ao time da grande São Paulo. Forte abraço ao Rapha “Cabelo” e demais amigos que compareceram. Futebol sem torcida visitante não tem graça.



E se o jogo estava quente, pegou fogo, ainda no primeiro tempo quando o Rio Branco começou a garantir sua presença na terceira fase com o gol de Thiago, numa cabeçada que matou o goleiro visitante, ainda na metade do primeiro tempo.
Festa em Americana nas cobertas e nas numeradas, que também receberam um bom público para os padrões da série B, mas ainda abaixo do potencial da torcida do Rio Branco.



O segundo tempo apresentou oportunidades para os dois lados, mas sabendo da sua condição de classificação como um dos 4 melhores terceiros, o AD Guarulhos não demonstrou muita preocupação em buscar o empate, o que não significa que não criou chances para isso.

Assim, o jogo foi se encaminhando para o seu final, com a vitória magra, mas suficiente por 1×0 e só nos restava registrar a nossa presença mais uma vez neste templo do futebol do interior paulista que é o Estádio Décio Vitta.

Finalmente o técnico Marcos Campangnollo conseguiu ter um pouco de sossego e agora terá 6 jogos para decidir o futuro do Rio Branco.

Apita o árbitro…
Antes de ir, um último olhar para a faixa da Malucos, e a certeza de que nessa vida, tudo o que vale são as amizades e aquilo que construímos com nossas atitudes.

Lembrei de 2012, quando estivemos aqui celebrando o título e que emocionado, registrei o Rogérião falando sobre o título.
Boas lembranças para nos motivar a seguir nessa caminhada de cada um, enfrentando nossos desafios. Pra torcida do Rio Branco, vitória garantida, hora de ir pra casa e comemorar o dia dos pais, já sonhando com a próxima fase, que contará com adversários cada vez mais complicados.
A mesma coisa serve para os meninos do AD Guarulhos.

Mais uma vez, obrigado ao pessoal da Malucos do Tigre por nos receber tão bem! Abraços e vida longa à torcida!

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O triste fim do futebol profissional em Lorena


Ainda no Vale do Paraíba, vamos conhecer a triste história do fim do futebol de Lorena! Assim como a maioria das cidades, Lorena também é cortada pela estrada de ferro. Eu sou apaixonado pela Ferrovia e confesso que me emocionei ao reviver uma sensação que há tempos não tinha:
Incrível como existem verdadeiras obras da arquitetura ainda preservadas nas cidades do interior, com destaque para o Solar dos Azevedo:

O Solar dos Azevedo é pertenceu ao comendador Antônio Clemente dos Santos e, posteriormente, a Rodrigues de Azevedo, daí o nome. Atualmente,é de propriedade do bispado de Lorena.


Mas, estamos aqui pra falar de futebol! E a história é triste. Falamos do Esporte Clube Hepacaré e do seu “ex-tádio”.

O Esporte Clube Hepacaré foi fundado em 7 de setembro de 1914 e fez história ao disputar dez edições da série A3 do Campeonato Paulista (de 1956 a 58 e de 1960 a 66) e duas edições da série A2 (em 1959 e em 1973).

Ficou conhecido também porque contou com Dondinho (pai do Pelé) como atleta nos anos 40.

O time mandava seus jogos no Estádio General Affonseca.

A inauguração do estádio foi grande estilo, em 30 de março de 1941 num jogo contra o Fluminense, que acabou 5×0 para os cariocas, e quem apitou o jogo foi um tal “Arthur Friedenreich”.

O time do Hepacaré marcou época na cidade e na região, chegando a jogar contra o nosso Santo André na A2 de 1973.

O estádio se segurou até mesmo anos depois do time se licenciar das competições oficiais.


As fotos abaixo foram feitas em 2008 pelo pessoal do Jogos Perdidos (clique aqui para relembrar a visita deles ao estádio) e elas mostram como estava o estádio, desde sua entrada…



Até a parte interna. Perceba o cuidado nas cadeiras da arquibancada.



Ainda que com uma pintura gasta, o estádio estava de pé e bem vivo!

O gramado irregular, mas dentro dos limites do futebol amador que é a realidade do Hepacaré desde os anos 70.

A bela arquibancada coberta, com as palmeiras ao fundo.


Eu já havia lido esta matéria do pessoal do Jogos Perdidos (aliás, obrigado por terem conseguido registrar o General Affonseca ainda “vivo”) e contava os dias até que a oportunidade de ver e reforçar o registro que eles fizeram 11 anos atrás (escrevo este post em 2019).
Logo, chegamos ao endereço do estádio…

A triste notícia… O endereço estava certo… Os errados somos nós…
Olho para uma foto do passado…

Comparo com o presente… As palmeiras estão lá, mas tudo está errado…

Ainda existe um mísero pedaço do que outrora foi a arquibancada da torcida do Hepacaré.

Fiz questão de ir até lá e pelo menos pisar nesses poucos degraus de cimento, onde tantas emoções foram vividas…

O antigo Estádio da rua Conselheiro Rodrigues Alves não resistiu ao poder do dinheiro… O valor do imóvel na Vila Hepacaré injustificava a existência de um time amador de futebol e sua sede. Suas piscinas e sua sede, onde o funk rolava desde os anos 90 ficaram pra traz.

Em 2011, faltavam apenas três anos para o centenário do clube, mas ele não resistiu. O EC Hepacaré estava falido. Menos de um ano depois, sua sede foi leiloada (R$ 5,3 milhões, aplicados não sei como) e em 2017, nascia mais uma unidade do Supermercado Nagumo.

Antes de ir embora, encontrei mais uma parte do estádio… Uma parede que parece separar a recordação da realidade.

As tradicionais paredes amarelas ainda estão ali dentro…



Se doi pra quem nunca viu um jogo, imagine para quem chegou a jogar ali…
Não há o que falar…. Nós perdemos…
A menos que novas iniciativas que começam a serem noticiadas em 2024 – quase 10 anos depois de nossa visita- possam ser verdadeiras…. Uma possível volta do Hepacaré…
Na Internet já existe até um museu do time (clique aqui e conheça) pra ir reaquecendo os corações da torcida:

Fica de recordação a camisa do amigo Fred de Taubaté:

Pra quem quiser uma lembrança, o site Só Futebol comercializa réplicas das camisas dos times extintos, como o EC Hepacaré.

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189- Camisa do Independente FC de Pirassununga
Dando um rápido intervalo nas postagens sobre a viagem pro Leste Europeu (que exigem um tempão até conseguir subir todas as fotos e escrever sobre elas), vamos contar um pouco da história do Independente de Pirassununga.
A 189ª camisa foi presente do amigo Zé Antonio, um dos caras que continuam a resgatar e valorizar a história do futebol (e da cultura) local.
O Independente Futebol Clube foi fundado em Novembro de 1938 e teve sua história marcada pelas participações nos campeonatos amadores.
Aqui, o time de 1958, em uma foto disponibilizada no excelente site: Memoriadepirassununga.blogspot.com:
O sucesso no amadorismo levou o time a se aventurar no profissionalismo e em 1977, o Independente de Pirassununga disputou o Campeonato Paulista da Quarta Divisão.
Mas, disputar o futebol profissional representa uma série de investimentos que muitas vezes inviabilizam a participação de times do interior, e foi o que aconteceu com o time de Pirassununga.
Logo, ele voltou ao amador, e montou importantes times, como o de 1981 (foto do Memoriadepirassununga.blogspot.com):
Esse é o time de 1988:
Aqui, o elenco de 1990:
E o time de 1991:
Até hoje, o time segue atuando nas disputas amadoras e principalmentenas categorias de base.
Manda seus jogos no Estádio Armando Boito, e fica localizada na Avenida Joaquim Cristóvão, 245, na Vila Santa Terezinha. Estivemos lá em 2018, veja aqui como foi.
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]]>Revisitando o estádio e a história do Nacional A.C.
Estádio Nicolau Alayon para torcer por uma vitória do nosso Ramalhão!
Mas, ao mesmo tempo é mais uma chance de rever esse belo estádio, principalmente em um momento tão importante para o Nacional Atlético Clube: seu centenário! Parabéns à sua torcida e em especial ao pessoal da Almanac que segue apoiando o time em todos os jogos.
Outra figuraça da torcida do Nacional é o Leandro Massoni Ilhéu que acaba de lançar o livro “Nacional: nos trilhos do futebol brasileiro” contando um pouco da história do time. Quem quiser adquirir, pode falar diretamente com o Leandro pelo Face dele (é só clicar aqui).
Voltando ao estádio, mesmo sendo em um feriado prolongado, até que o público esteve razoável…
Pessoal da Fúria Andreense, da TUDA e também os torcedores autônomos compareceram ao Nicolau para tentar estragar a festa do Naça:
Em campo, o Nacional fez valer seu mando de campo e teve mais posse de bola, mas o Santo André saiu ganhando e foi pro segundo tempo com 1×0 graças a esse gol de penalty:





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]]>Rolê em Assis para ver o VOCEM em 2016

E não é que mais um ano conseguimos cumprir a tradição de ir até Assis para ver um jogo do VOCEM??
O VOCEM é um time que sempre povoou meu imaginário fosse pelas histórias que meu pai contava, ou pelas tantas férias que passei na casa da vó Luzia, tendo como “vizinho de frente” a Igreja da Vila Operária, onde o Padre Belini fundara a equipe local.
Abaixo uma foto do Padre com meu vô Tonico, meu primo Gustavo (sãopaulino) e eu, armado, de cuecas e sandálias.

Ir pra Assis quase que anualmente significa refazer uma peregrinação que mistura a história da minha família ao futebol local e à ferrovia, aproveitando ainda para conhecer novas cidades ao caminho (dessa vez passamos por Cerquilho, São Manuel, Pirajú).
Também gosto de fotografar alguns locais para ver como as coisas vão mudando, e mesmo pixações que tenham a ver com meu jeito de pensar e viver, assim, seguem algumas dessas fotos:

Dói demais ver tantos trilhos, tanta estrutura pronta simplesmente abandonada… A Ferrovia faz parte da história do interior e cruzou muitas vezes com o futebol.
E o Osvaldo Gimenez Penessor, meu pai, entrou no clima do rolê, passeando com sua camisa da Ferroviária!
O interior paulista tem uma vida social e cultural riquíssima, que mistura passado e presente.
Outro detalhe que sobrevive na cidade são as casas de madeira que resistem ao tempo e mantém-se lindas!
Aqui, a praça na Vila Operária, onde ficava a Paróquia, hoje reformada e bem ajeitadinha:
Aqui a imagem do padre Aloísio Belini junto da escola de samba da Vila Operária (mesmo local de onde nasceu o VOCEM).
Tivemos tempo de dar um pulo em Cândido Mota (tomar um sorvete na praça é passeio obrigatório!) e visitar o campo do CAC (Clube Atlético Candidomotense), o Estádio Municipal Benedito Pires!
No sábado, deu ainda pra acompanhar um pouco do dérbi de Assis, pelo sub 20, final de jogo VOCEM 0x0 Asssissense…
Também fomos dar um alô no campo da Ferroviária!
E no Clube São Paulo de Assis, completando o ciclo dos times que disputaram as competições oficiais da Federação representando Assis.

Enfim, o fim de semana passou corrido, e quando me dei por conta, já era domingo de manhã, hora do jogo, e lá fomos nós, de volta à Vila Operária, para o Estádio Municipal Antônio Viana da Silva, o “Tonicão”.
O jogo era a última rodada da segunda fase da série B, de onde se definiriam os 8 times a disputar as quartas de final.
O VOCEM enfrentaria a AD Guarulhos do amigo Rapha!
Essa é a fachada do Tonicão. Acanhada né? Merecia um letreiro com nome da cancha…
Chegamos cedo, e pudemos acompanhar a entrada da torcida local, animada, mas ainda em pequeno número perto do potencial que a cidade tem.
O Estádio tem duas arquibancadas, onde cabem 5 mil pessoas em cada. O público do jogo foi de 2 mil torcedores.
Como tudo isso aconteceu há quase um ano, o fim da história eu já posso resumir pra vocês… Nem o VOCEM nem o AD Guarulhos (dos nossos amigos Francisco e Cabelo) subiram pra A3…

Se há alguns anos atrás, nosso companheiro nessa aventura foi o tio Zé (já falecido), dessa vez foi o Tilim (filho do Tio Zé) que nos fez companhia!

Destaque pra tradicional pipoca de estádio, sempre presente!
A torcida local compareceu, não em tantas pessoas como eu esperava, pra um jogo decisivo, mas… Lá estavam os apaixonados pelo futebol!
O time local venceu a partida por 4×1, eliminando qualquer esperança pro Guarulhos.
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O futebol profissional em Tietê

Bem vindos à Tietê, uma cidade localizada há pouco mais de 100 km de São Paulo, com uma população estimada, em 2018 em pouco mais de 41 mil habitantes e que nasceu às margens do rio Tietê…

Ali, às margens do rio, também podemos encontrar um pouco da história do futebol paulista, afinal praticamente na cabeceira da Ponte Grande, está construído o “Estádio José Ferreira Alves”.

Vamos dar uma olhada, mas sem álcool!

O Estádio José Ferreira Alves é a casa do time que defende as cores da cidade, o Comercial Futebol Clube (visite a página do Instagram deles pra novidades!).

O Comercial Futebol Clube foi fundado em junho de 1920 e por 20 anos mandou seus jogos no estádio localizado em frente à Santa Casa de Misericórdia (atualmente o Educandário “Rosa Mística”), como se pode ver (ou tentar imaginar) nessa foto da década de 20:


Finalmente inaugurou, em 1940, o “Estádio da Ponte Grande“, que viria a se transformar em “Estádio José Ferreira Alves”, em homenagem a um de seus fundadores. Aqui, o pessoal fazendo o nivelamento para o estádio:

O nome do time é uma homenagem ao Comercial de Ribeirão Preto e também a Rua do Comércio, onde nasceu o clube.

A história do time é muito rica, com grandes nomes tendo passado por ali.

Atualmente, o maior nome é o do presidente do clube. Esta é a vaga de estacionamento de ninguém menos que César Sampaio.


O Estádio José Ferreira Alves, apelidado como “Ferreirão” possui capacidade para 4.500 torcedores, mas pode receber melhorias e ampliação caso o plano de César Sampaio, de levar o time de volta ao profissionalismo em 2020, se realize.

Aqui dá pra se ver melhor o campo todo:

Usando como base o livro “Os esquecidos“, a estreia do Comercial FC em competições da Federação Paulista acontece em 1943 no Campeonato do Interior daquele ano, quando jogou o grupo da 23ª região, que teve como campeão a equipe da AA Saltense.

Em 1944, novamente jogou o grupo da 23ª região, que dessa vez teve como campeão o EC São Martinho de Tatuí.

Em 1947, mais uma participação no Campeonato do Interior.

Aqui, o time de 1957:

A estreia do Comercial FC no profissionalismo se deu em 1962, na Terceira Divisão, que equivalia ao quarto nível do futebol, classificando-se para a fase seguinte ao vencer a 2ª série da fase inicial do Campeonato, ao lado do CA Usina Santa Bárbara, Capivariano, Portofelicense e Sorocabana de Mairinque.

Ainda assim, perdeu o título para o CA Usina Santa Bárbara por apenas 2 pontos.


Em 1963, mais uma vez classifica-se para a fase final…

Mas termina em último do grupo final.

Esse foi o time de 1963:

Em 1964, classifica-se para a próxima fase de novo…

Mas não consegue chegar às finais, terminando em 4º lugar.

Em 1965, não passa da primeira fase, mas em 1966, volta a se classificar não apenas para a segunda fase…

…como também para a terceira e final.

Infelizmente e inesperadamente o Comercial FC desiste da disputa na fase final…

O Comercial FC ainda permanece nessa série até 1969, quando se licencia do profissionalismo. Seu retorno ocorre em 1978, em uma terceira divisão que agora representava o 5º nível do futebol paulista. E se em 1978, não se classifica para a segunda divisão, em 1979 mais uma vez chega lá!

Na segunda fase acaba na quinta colocação do grupo.

Em 1980, a Terceira divisão passa a representar o terceiro nível do futebol paulista, e Comercial FC passa a desenvolver campanhas apenas medianas, mas classificando-se para a segunda fase em 1982.


Em 1983, o campeonato estava no Grupo Amarelo e foi campeão do primeiro turno.

Assim, teve que jogar contra o campeão do 2º turno: a União Esportiva Funilense de Cosmópolis!

Vencendo a Funilense, o Comercial FC classificou-se para a fase final, terminando na 5ª colocação.

Em 84, mas uma bela primeira fase (no grupo onde estava o futuro campeão Capivariano)!

Mas o Comercial FC de Tietê não passou da segunda fase.

Em 1985, o time licencia-se do Campeonato. Em 1986, classificou-se em primeiro no Grupo Vermelho.

Mas, o time de Tietê tem uma má campanha na 2ª fase.

Em 1987, o Comercial FC não passa da fase de grupos, e joga com o time abaixo:

Em 1988, o terceiro nível passa a se chamar Segunda Divisão.
Em 1989, licencia-se do profissionalismo e na década de 90, o time de Tietê disputa apenas as edições de 1990 e 1993, sequer se classificando para a segunda fase, o que novamente o leva a se licenciar.
Aqui, momento memorável, na final da Copa José Farah, onde bateu o Capivariano por 3×0, sagrando-se campeão.


Em 2001, o time retorna ao profissionalismo, jogando a 6ª divisão e faz uma incrível primeira fase!

Mas mais uma vez, faltou gás para o time tornar-se campeão (o título da 6ª divisão de 2001 acabou com o Corinthians B).

Em 2002, mais uma edição da série B3, a 6ª divisão do Campeonato Paulista. Mais uma vez, o time passa da primeira fase e classifica-se para as quartas de final.

Nas quartas de final, o Comercial FC enfrentou o time B da Portuguesa, e perdeu de 4×0 em Tietê e depois ainda conseguiu vencer por 2×1 no Canindé, mas a vaga na semi final era mesmo da lusa. E assim, o time acabou se licenciando até os dias atuais. Esse foi o time de 2002:

Fomos conhecer o Estádio José Ferreira Alves, para tentar ver essa história um pouco mais de perto.

Em 1988, pelo que a placa indica, a Prefeitura realizou algumas melhorias no Estádio.

Tivemos a sorte de encontrar pela cidade um dis diretores que nos falou um pouco sobre o “Projeto Cidadãos do futebol” focado no futebol como instrumento de melhoria da vida dos jovens. Ta aí a camisa!

O campo está muito bem cuidado e pode voltar a receber partidas profissionais.

Só não sei se existe um lado “visitante”… Talvez se existir um projeto de entrada pelo lado do fundo.

Aqui é a visão da entrada do campo.

Os bancos de reserva:

Na lateral do campo, a beleza da mata do entorno do rio…

O mesmo rio que as vezes gera certos prejuízos…

Mas, temos aí mais um exemplo de um estádio que soube se manter ativo mesmo com o passar de tanto tempo, e que pode, bem no centenário do Comercial de Tietê, voltar a receber partidas oficiais.

O time de 2015:

Uma prova de que as coisas podem estar caminhando é o o time sub 17, que disputou os campeonatos em 2018.

E aqui o time de 2021:

Vamos embora, com a esperança de voltar a ver um jogo aqui! Boa sorte!

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Rolê Independência & Bola! Estádio em São Joaquim da Barra (Parte 12 de 21)
A estrada ainda é longa, permite várias aventuras, e agora, voltamos à Rodovia Anhanguera para chegar até a cidade de São Joaquim da Barra! Pra quem está acompanhando esse rolê, vale relembrar que já registramos os estádios de Pirassununga, Descalvado, Santa Rita do Passa Quatro, Tambaú, Santa Rosa de Viterbo, Santa Cruz das Palmeiras, Vargem Grande do Sul, São José do Rio Pardo, Cajuru e Batatais e Orlândia.

A cidade serve de residência par acerca de 50 mil pessoas atualmente e nos surpreendeu com a infraestrutura que pudemos ver!

Desde ruas largas e arborizadas, até o comércio local, forte e ativo!

Mesmo tão desenvolvida, a cidade ainda guarda a calma das tradicionais cidades do interior.

O motivo da nossa visita à cidade é o São Joaquim Futebol Clube!
O São Joaquim FC foi fundado em 20 de abril de 1920, sendo assim um clube centenário (na época de nossa visita já existiam algumas homenagens aparecendo por lá)!

O time desafiou a distância da capital e disputou 5 edições do Campeonato Paulista: 1949 e 1950 na A2, 1993 na A3 e 1994 e 1995 na atualmente extinta quinta divisão.
Esse era o time de 1948 no dia em que o São Paulo FC foi até São Joaquim disputar um amistoso com o “Espigão” (apelido do time local) para inaugurar um novo espaço do Estádio:



Segundo a Gazeta Esportiva, em 1955, o Espigão contratou o zagueiro Blanco, do River Plate!

Mais notícias de 1955:

O time despediu-se do profissionalismo com o título da Quinta divisão de 1995.

Esse era o time campeão:

Um fato curioso é que o time foi abandonado pelo patrocinador no meio do campeonato e os jogadores decidiram seguir, tendo como única fonte de renda a bilheteria e patrocínios pontuais:

Aqui, o time presente em Aparecida contra o Aparecida EC: Aqui a camisa de recordação do título!



Em 2011, foi realizado um jogo beneficente entre o São Joaquim Futebol Clube (com os jogadores campeões em 1995) contra a equipe Master do Corinthians Paulista.
O clube tem uma série de brindes e materiais comemorativos, como essa caneca:

O futebol nasceu na cidade no início do século XX (em 1915), e em 1920, o futebol da cidade se uniu para fundar o São Joaquim Futebol Club (S.J.F.C.).
Em 1961, o time muda de endereço deixando o campo na esquina da Rua Voluntário Geraldo com a Rua Goiás.
Essa era a fachada da época:

E assim, começava a surgir o atual Estádio Dr. José Ribeiro Fortes!

Essa é a entrada do estádio atualmente:

E mais uma vez estamos aí pra registrar parte desta linda história!

E o clube social possui uma entrada própria também.

Entrando por lá, existem distintivos do time por toda a parte.

E também no muro que margeia o clube.

Lá dentro, nota-se um trabalho de marketing que nem os grandes clubes da capital conseguem fazer.

Mas, viemos para ver o estádio, que tal uma volta por lá?
E assim, finalmente conhecemos mais um templo do futebol paulista!

O estádio Dr. José Ribeiro Fortes é quase impensável!
Ou inacreditável…
Um estádio tão bacana e tão grande…
Merecia ter um time de volta ao campeonato!

O banco de reservas segue ali! Mesmo antigo, provavelmente atenderia às expectativas do futebol.

Com tantas arquibancadas ao seu redor, o estádio possui capacidade para cerca de 12 mil pessoas.

São arquibancadas de cimento, no melhor estilo old school, com uns 12 degraus.

Ali ao fundo, fica o clube.

Aqui, uma visão do meio campo para quem está na arquibancada.

Aqui, o gol do lado direito:

E aqui, o lado esquerdo:

Aqui ficava a identificação do estádio, bem no centro do campo.


Olha como era esse lugar em 1995, no ano do título de campeão paulista da série B:

E olha como a torcida lotava as arquibancadas do estádio:

Uma curiosidade é que não existem lugares cobertos no estádio.

Importante citar o outro time da cidade, a Associação Atlética Joaquinense (AAJ).

Fundada em 3 de fevereiro de 1942, a AA Joaquinense não chegou a disputar competições profissionais mas manteve seu time em atividade por décadas e ainda possui sua sede e ginásio na cidade:


A AA Joaquinense era chamada de o “time da baixada”.

Enfim, cumprimos mais uma etapa da nossa missão!

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Rolê Independência & Bola! Estádios em Santa Rita do Passa Quatro (Parte 3 de 21)
Depois de termos conhecido os estádios de Pirassununga e Descalvado, a terceira etapa do nosso rolê nos leva à mágica cidade de Santa Rita do Passa Quatro, onde vivem cerca de 28 mil pessoas.

Todo curioso já se perguntou o porquê do “passa quatro” e a resposta vem da natureza: antigamente para se chegar à cidade era necessário se passar quatro vezes por um córrego (que nós nem conseguimos achar em nossa viagem).
Mas…. A cidade está lá! E também suas ruas de paralelepípedos, tão charmosas…


Tem praça com coreto também!

E tem a tradicional Igreja Santa Rita de Cássia.

Casas bonitas com leões de guarda na entrada? Tem lá também!

Se nosso amigo Rafael Furlan, o geógrafo, lesse esse post, ele ficaria contente em ver que notamos uma formação curiosa e que depois pesquisando descobrimos tratar-se do ponto mais alto da cuesta basáltica (uma espécie de montanha que tem um lado “normal” e o outro super íngreme) que cruza o estado de São Paulo. Mas não fui atento o suficiente para fotografar…. Mas fiz mais fotos da rua, olha:

Bom, mas geografia a parte, estávamos visitando a cidade para conhecer o estádio que serviu de casa da Associação Atlética Santa Ritense nas 16 edições do Campeonato Paulista que disputou entre a terceira e a quinta divisão.

Sendo assim, bem vindo ao Estádio José Pereira da Silva, o “Pereirão“!

O estádio fica junto do clube social, então em todo lugar se vê o distintivo da Santa Ritense pelas paredes!


E como mostra o distintivo, a Associação Atlética Santa Ritense foi fundada em 25 de janeiro de 1927.
De lá pra cá, muita história rolou com esse time que caminha para seu centenário… Em 1928, o Diário Nacional noticia um amistoso:

O Correio Paulistano de 1930 noticia um amistoso com o Operário FC de Porto Ferreira:

E outro, no mesmo ano, fora de casa, em Leme, contra o Lemense:

Outro amistoso noticiado em 1932, desta vez contra o Porto Ferreira Clube:

Em 1936, foi a vez de enfrentar o Descalvadense:

Destaque também para as diversas participações no Campeonato Amador do Interior, como mostra a Gazeta Esportiva de 1956:

Ou o Correio Paulistano de 1957:

Encontrei uma foto do time juvenil de 1958:

A partir de 1964 o time começou a disputar o profissionalismo, na quarta divisão. Em seu ano de estreia liderou a primeira fase.

Termina a 2ª fase na 5ª colocação:

Jogaria ainda a 4ª divisão em 1965, quando não passou da 1ª fase.
Licencia-se do futebol profissional até 1970, quando acaba jogando a 3ª divisão, já que o 4º nível do Campeonato Paulista acabou cancelado. Azar dos adversários que viram uma linda campanha na primeira fase, classificando o time para a semifinal, onde é derrotado pelo Rio Branco de Ibitinga.

Nota no jornal sobre partida do Campeonato Paulista de 1970:

Em 1971, manteve-se no 3º nível do futebol paulista mas não se classificou para a fase final do Campeonato.
Novamente se licencia do profissionalismo e só retorna em 1975, em um campeonato que não chegou ao final por problemas na primeira fase.
Em 1976, lidera o 1º turno da primeira fase:

Mas faz uma péssima campanha no 2º turno e também na 2ª fase.
Em 1977, joga a quarta divisão e não se classifica para a segunda fase.
De 1980 a 86 disputa a 3ª divisão.
Novo licenciamento, dessa vez mais longo, retornando apenas em 1999, agora na 5ª divisão. Disputa as edições de 2000 e 2001, quando obtém vaga para a 4ª divisão, a série B1 de 2002.
Em 2003 é impedido de disputar a fase final por problemas em seu estádio.
E em 2004 disputa sua última competição, despedindo-se do futebol profissional.
É ou não é muita história pra um único distintivo?

Possui uma grande rivalidade local com a Sociedade Esportiva Cinelândia, com quem faz o Derby citadino.

A SE Cinelândia disputou a 5a divisão do Campeonato Paulista em 1997, 1999 e 2001 (aliás, obrigado ao amigo David Willian Severino Martins

Até a Portuguesa Santista já esteve lá fazendo uma pré temporada!

No estádio cabem em torno de 3 mil torcedores.



Encontrei outras imagens do
pelo site da Prefeitura falando do campeonato amador da cidade:
O time campeão foi o Disk Limp:

Mas, infelizmente nessa visita, registramos apenas o Estádio José Pereira da Silva, a começar pela tradicional foto na bilheteria.



Segundo matéria do Diário da Noite, o Estádio é de 1927!

Que tal uma olhada mais de perto? Sigam me os bons!
Tava até rolando uma pelada na hora em que estivemos por lá!

Aí está ela! A arquibancada coberta que já abrigou tantos torcedores do sol e da chuva (será?).

A arqui bancada ainda segue para ambos os lados da cobertura.

Bancos de reserva bem colocados a espera dos suplentes!

Aí sim! Mais uma memória registrada de uma equipe super tradicional e que tem grandes chances de voltar ao profissionalismo, caso tenha esse desejo!

Uma olhada no campo, dos dois lados e do centro:



A arquibancada de cimento promete aguardar o tempo necessário para novamente receber torcedores!

Um último olhar pelo lado de fora… E é hora de irmos…

Mas… Não podemos ir embora sem falar do terceiro time da cidade, que já não existe nem como time amador e nem como sede social.
Trata-se do Córrego Rico Futebol Clube.

O time foi fundado em 1953, na Usina Santa Rita.
Encontrei uma nota falando de um jogo em 1958.

Neste ano, o time foi campeão da Zona 24, como mostra a Gazeta Esportiva:

Em 1965 estreia no profissional disputando a quarta divisão do Campeonato Paulista, mandando seus jogos no Estádio da Usina.

Se alguém quiser “vestir” a lembrança, o site Só futebol comercializa réplicas das camisas do Córrego Rico FC (clique aqui pra ver).

Bom… Hora de voltar à estrada!

APOIE O TIME DA SUA CIDADE!!!
Rolê 2018 pelo interior paulista: Castilho (parte 20 de 27)
A vigésima parte do nosso rolê volta ao estado de São Paulo, após termos passado por 19 cidades (Lençóis Paulista, Agudos, Gália, Garça, Vera Cruz, Oriente, Quintana, Osvaldo Cruz, Rinópolis, Lucélia, Adamantina, Flórida Paulista, Pacaembu, Junqueirópolis, Irapuru, Dracena, Tupi Paulista, Monte Belo e Três Lagoas-MS além de dois jogos da 4a divisão paulista em Andradina e em Tupã).
Sendo assim, agora é a vez de conhecermos a cidade de Castilho.
Em Castilho, vivem atualmente 20.500 pessoas.
A cidade faz fronteira com o Mato Grosso do Sul, por meio do Rio Paraná. Aliás, graças ao rio, a cidade começou a desenvolver sua veia turística.
E pudemos passear um pouco pelas suas ruas até chegar ao nosso objetivo…
O Estádio Municipal Valdomiro Moreira Aguiar.
O Estádio Municipal Valdomiro Moreira Aguiar foi a casa do Castilho Atlético Clube.
O time foi fundado em 1966, e em 1968 disputou a 4a divisão do Campeonato Paulista, sua única participação em competições profissionais.
Encontramos algumas fotos do time na fanpage dedicada à cidade:
Aqui, o time de 1974:
Voltando ao presente… Vamos dar uma olhada no Estádio Valdomiro Moreira Aguiar!
Mais uma vez nos orgulhamos em estar presente registrando um estádio que outrora abriu suas portas ao futebol profissional.
Mais uma bilheteria para a nossa coleção de imagens:
Aqui o lado de traz da arquibancada, olhando ainda pelo lado de fora.
Opa, e olha ali um portão aberto!
Vamos aproveitar para registrar algumas imagens do interior do estádio:
Mais uma grata surpresa! Uma joia escondida, um estádio bem conservado, com uma arquibancada que parece ter sido desenhada, de tão bonita!







