Localizada na Serra da Mantiqueira, a pouco mais de 60km da capital, Piracaia tem se tornado um importante ponto turístico de São Paulo graças a sua estrutura geral, suas cachoeiras e a represa:
Vale ressaltar que a Igreja Matriz de Santo Antonio da Cachoeira, de 1891, também leva diversos turistas à cidade, porque no seu teto estão pintados os rostos de todos os Papas de São Pedro até Francisco.
Além disso, a cidade tem vários pontos que mantém a arquitetura do início do século XX (e talvez de fins do século XIX):
Oficialmente, Piracaia foi fundada em 9 de novembro de 1817, como um bairro de Nazaré Paulista, mas como todas as cidades deste chamado “Brasil”, existia vida antes da chegada dos europeus, e em memória dos indígenas um dos principais folclores da cidade é o “Caiapó de Piracaia”, desde a década de 1910, um evento envolvendo homens e mulheres, com lanças, arcos e flechas. Não sei até que ponto este ato se conecta às origens indígenas da cidade, mas…. Vale citar, certo?
O futebol chegou à cidade na década de 1910, com Eduardo Silva Pinto que trouxe da capital a primeira bola e, junto de outros rapazes (entre eles Agripino Herdade, que doou o terreno para a construção do campo, dando nome ao Estádio), fundaram o Piracaia FC em 13 de junho de 1913, na época como “União Athletica Piracaiense”.
Logo uma reunião decidiu pelo nome que segue até os dias de hoje: Piracaia Futebol Clube (PFC).
Em 2013, completou seu primeiro centenário e teve uma série de ações comemorativas.
Assim, lá fomos nós conhecer o Estádio Agripino Herdade, inaugurado em um empate por 2×2 contra o São João Futebol Clube, de Atibaia.
Em 17 de junho de 1917, ocorre a primeira partida contra o Bragança FC, que antes do surgimento do Bragantino, seria um grande rival local do Piracaia FC.
Na década de 20, partidas contra adversários locais como a AA América fizeram a cidade se apaixonar pelo esporte!
Já nos anos 30, o time “extra” do CA Bragantino enfrentou o Piracaia FC e goleou por 5×0, em 1931. Em 1933, na inauguração do Estádio das Pedras (o atual Estádio Nabi Abi Chedid) o time principal do Piracaia FC enfrentou o segundo quadro do Bragantino na partida preliminar e acabou derrotado por 2×1.
O primeiro embate entre os times principais do Piracaia FC e do Bragantino ocorreu apenas em 1940 e terminou em um emocionante 2×1 para o time de Bragança que jogava em casa.
Em 1946, o Piracaia FC recebeu em seu estádio o Bragança FC mas o fator casa não ajudou: 4×1 para os visitantes.
Em 1948, o Piracaia FC debita no Campeonato Amador do Estado no grupo do setor 7 ao lado do Bragantino, AA Cetebê (atual GE Atibaiense) e São João FC de Atibaia, AA Socorrense e União AC de Socorro e o time sagra-se campeão do grupo, vencendo o Bragantino fora de casa por 4×1!
Além de bater um bolão em campo, a Gazeta Esportiva daquele ano descreveu um pouco do lado “briguento” do quadro local:
Com o resultado, o Piracaia FC passa a ser chamado de “Fantasma da Bragantina“, alcunha que se encontra descrita até hoje em seu estádio!
Em 1949, a Gazeta trouxe um outro amistoso entre o Piracaia FC e o Laborterapica FC (campeão da LEC):
Nos anos 50, mais uma vez faz história ao participar do Campeonato Amador do Estado de 1955, terminando o grupo como vice-campeão metendo um 6×3 no outro time de Bragança (o Ferroviários AC) que foi o grande campeão. Esse time foi registrado nas páginas da Gazeta Esportiva:
A Gazeta Esportiva noticiou um amistoso contra o EC Internacional de Campo Limpo:
Em 1958, mais uma disputa do Campeonato do Interior:
Em 1962, o Piracaia FC sagrou-se campeão da Liga Bragantina de Futebol enfrentando Ferroviários AC, Legionário EC, São Lourenço EC, o time de amadores do CA Bragantino, Pinhalzinho FC, Tuiuti FC e Domínio FC de Piracaia.
De lá pra cá, muita coisa mudou na sociedade e também no futebol, mas o time segue atuando em competições amadoras exibindo com orgulho a camisa alvi rubra do Piracaia FC
Após essa breve recordação sobre o time, vamos voltar ao seu lindo estádio!
Ah, isso aí na entrada é um matadouro! Que triste um lugar assim tão perto do estádio…
Essa é a parte de dentro do portal de entrada do estádio.
Mas vamos entrar e conhecer melhor o campo!
Vamos ver o campo de jogo!
Aqui, o meio campo:
Gol da esquerda (por onde entramos):
O estádio possui arquibancadas também lá do outro lado, na lateral do campo:
Gol da direita onde está o pórtico de entrada em frente o matadouro.
Os bancos de reserva:
O estádio possui algumas estruturas dentro dele, que servem de bar e de espaço pra curtir uma sombra!
E no andar de cima do portão de entrada o pessoal tava fazendo aquela tradicional reunião pra definir ações futuras.
Vale reforçar o visual ao redor do estádio…
Hora de se despedir de mais um templo do futebol, sempre na torcida para que esses times sigam existindo e disputando campeonatos!
25 de janeiro de 2023, vista-se de azul e branco, faça suas mandingas e vamos ao estádio! É dia de Ramalhão!
A Fúria está lá!
Seus bandeirões também!
Sinta o clima do Brunão!
E ai a nossa turma!
Que sofreu ao ver o Botafogo fazer 1×0 em uma falha da defesa… Ao menos, ainda no primeiro tempo, veio o empate.
Uma pena que mesmo na liderança do grupo, o time atraiu poucos torcedores para esse incrível passeio de 4a a noite…
Escanteio pro Ramalhão!
E as bandeiras da Esquadrão? Lindas né?
É triste ver a paixão pelo futebol se esvair do brasileiro em geral, enquanto o role no estádio ainda é algo tão mágico e tão bacana…
Mas mesmo com imagens como está, o público estava pequeno… cerca de 1300 torcedores apenas
O empate foi duro de engolir, mas frente os demais resultados da rodada até que não foi de todo mal…
Agora é juntar forças e ir até Bragança pra trazer algum pontinho na bagagem! Ao fim do jogo, uma boa lembrança dessa noite difícil… O goleiro Carlos Eduardo que chegou para disputar a vaga de goleiro apareceu por ali e fizemos esse foto!
Sábado, 14 de janeiro de 2023, um dia após a triste eliminação do Ramalhinho da Copa São Paulo é hora de rever os amigos e o nosso estádio para a estreia do time principal no Paulistão!
O EC Santo André jogou com: Lucas Frigeri; Ricardo Luz, Rodolfo Filemon, Matheus Mancini e Romário; Marthã (Moisés Ribeiro), Dudu Vieira e Gérson Magrão (Nenê Bonilha); José Hugo (Pablo), Paulo Sérgio (Gabriel Taliari) e Léo Ceará (Júlio Vitor). Técnico: Vinícius Bergantin.
Foram quase 4 mil torcedores presentes para acompanhar a boa estreia do time em um campeonato que promete ser um dos mais disputados dos últimos anos!
A torcida bugrina também se fez presente!
Mas nossa bancada também estava linda! Aí está a Fúria!
Dessa vez ainda contamos com um reforço incrível! Do outro lado da arquibancada estavam cerca de 500 crianças que fazem parte do projeto de escolinha da Prefeitura e que tem o craque Arnaldinho, do Ramalhão na organização!
Em campo, os dois times ainda erraram mais do que acertaram, mas a partida foi quente, com chance para os dois lados.
Apareceu até uma terceira camisa do Ramalhão lá na bancada, e aí, o que achou?
Com a vibração da nossa torcida fazendo a diferença, o Ramalhão foi mais efetivo e aproveitou a chance que teve com Gerson Magrão:
Festa na nossa bancada!
Aliás, olha que bacana como a copinha ajudou a tornar o “programa” mais conhecido: um monte de “povão” que talvez nem lembraria do jogo se fosse outro ano, dessa vez compareceu!
Mas se até o tempo mudou, trazendo nuvens escuras, o jogo também não ficou atrás… e no segundo tempo o Guarani apertou a marcação e veio com tudo em busca o empate.
O técnico Vinícius Bergantim fez diversas alterações e conseguiu equilibrar a partida para a alegria da garotada que compareceu!
Olha aí o uniforme do nosso goleiro Lucas Frigeri:
Esse aí é o Gabriel Taliari, que entrou bem, mas a torcida estava com saudades do camisa 16 do time da Copinha… Será que ele vai ter uma chance no time principal?
Aí o nosso amigo Leandrinho, figurinha carimbada da Fúria Andreense e da bancada do Ramalhão ao lado do Silas, que representa a continuidade desse movimento!
O movimento dos ônibus ao fim do jogo deu uma cara de grandes movimentações à partida..
Como sempre… A melhor parte é rever os amigos de bancada!
O Santo André foi a campo com: Gabriel Carbal, Hnerique Cayres, Renan, Lucas Silva (Diego), Lucas Campo, Pato (Lucas Souza), Bruninho, Cledson (Henry), Leonardo (Gabriel Silva), Gabriel Ferreira (Fuzil), Alexiel (Jhonatas). O técnico foi Ari Mantovani.
Mesmo o jogo sendo em uma sexta feira às 11 horas, tivemos mais um bom público, mas, vale lembrar que sobrou aos jogadores muito pouco tempo de descanso, já que haviam vencido o Santos na 4a feira…
Mais uma vez, vamos falar de traz pra frente: Santo André 1×2 Bahia, fim de jogo e a equipe do Ramalhinho disse adeus à competição.
Somando os 4 jogos em que esteve envolvido, foram mais de 30 mil pessoas impactadas pelo nosso time de juniores, e mesmo com a derrota pro Bahia a torcida saiu de campo bastante satisfeita com a qualidade do futebol apresentado.
Foi tempo de aquecer os reencontros para o Campeonato Paulista e tempo pra curtir essa amizade embaixo de um grande calor…
Foi bom poder ter meu irmão na arquibancada depois de mais de 20 anos sem ele ver um jogo do Ramalhão ao vivo…
Mas gostaria de deixar esse registro sobre o que foi essa Copa São Paulo 2023, que foi muito diferente das últimas.
Primeiro porque esse foi um dos poucos anos em que pude acompanhar o time desde o primeiro jogo. Normalmente eu voltava de férias já após a segunda ou até terceira partida, com o time eliminado. Esse ano deu pra estar 100% na copinha.
Quem pode acompanhar o time na Paulista Cup, percebeu que ela serviu de preparo para a Copinha. O elenco demonstrou ter evoluído em diversos sentidos, do técnico até a convivência entre eles, chegando à maturidade de ter perdido a final em menos de 10 minutos mal jogados.
Hoje, aliás, mesmo sob forte cansaço (o jogo anterior com o Santos acabara menos de 36 horas antes), o time começou muito bem, mais uma vez com vários destaques, do gol até o ataque.
Dói perder, claro… Mas esse é sem dúvida alguma o melhor time e a melhor “safra” de atletas que temos desde 2003 quando saímos campeões da competição.
Eu diria que esse elenco pode inclusive ser bem aproveitado no decorrer do ano não apenas no Paulista Sub 20, mas numa eventual Copa Paulista e até numa série D (neste caso, com o suplemento de alguns jogadores mais velhos para dar “casca”).
Não a toa a torcida se apaixonou…
Além disso, é importante que esse time respire os ares do futebol profissional durante o Paulistão. Essa proximidade pode trazer bons resultados.
E ainda tem a joia a ser lapidada…. Esse Gabriel Ferreira é uma coisa rara nos dias atuais, mesmo na derrota contra o Bahia, criou ao menos 4 chances claras de gol para o nosso ataque.
Sobre o Bahia, além da lembrança amarga que vai demorar pra sair, fica um olhar esquisito pra essa camisa, que chega a lembrar a do rival…
E que fique registrada a importância da torcida nesse momento…
Uma pena que não deu pra aproveitar essa torcida toda nem pra vender ingressos pro paulistão, nem camisetas, nem nada…
O Santo André não só saiu na frente como quebrou um tabu que vinha incomodando a torcida local: fez um gol de falta!
A virada não desanimou nem a torcida nem o time, mas um empate inesperado no final do primeiro tempo, quando o Bahia já parecia “aceitar” o resultado, somado ao cansaço que cobrou seu preço no segundo tempo…. Levou o time à derrota…
Quem não jogou (machucado ou suspenso) ocupou a bancada como torcedor…
Só resta agradecer a tantas pessoas que se envolveram com o time…
Uma das primeiras cidades que visitamos para fotografar estádios foi Valinhos, láááá em 2008, mas… naquele dia, nada deu certo…
Não conseguimos autorização para entrar nos campos, não fizemos nenhum registro legal e por isso, programamos um retorno algum dia. Quase 15 anos depois, finalmente voltamos à cidade!
A região de Valinhos como todo o Brasil foi território indígena e é impressionante como existe pouca informação sobre as etnias que a ocupavam antes da chegada dos europeus… Se você tiver alguma informação sobre isso, por favor envie e eu complemento este post.
A história da formação da atual cidade de Valinhos nasce das trilhas que ligavam Jundiaí a Goiás e que fez surgir uma parada junto ao ribeirão Pinheiros. O lugar exato ninguém sabe dizer, mas acredita-se que fica na região do atual bairro da Capuava. A pousada teria existido por quase cem anos!
No início do século XIX é a vez do café chegar até a região que para atender às necessidades logísticas fez surgir a Companhia Paulista de Estradas de Ferro com um trem que ia de Valinhos para Jundiaí. E essa estação “dos Vallinhos” deu origem ao centro urbano da cidade (Foto de 1908 da revista o Malho / APHV.):
A ferrovia ampliou a população de Valinhos trazendo imigrantes europeus, para substituir a mão de obra escrava. A sequência desenvolvimentista foi o surgimento de indústrias. Em 1896, a vila de Valinhos foi elevada à categoria de Distrito de Paz, e em 1953 a município.
Os trilhos ainda cortam a cidade, e existem planos reais para que a ferrovia volte a fazer parte da realidade!
Importante ressaltar a produção de Figo Roxo, que é um dos principais produtos da cidade, junto da Goiaba. Se você curte frutas e festas, não deixe de participar da Festa do Figo (clique aqui e veja mais)!
E quando falamos de futebol, temos 5 times que fizeram história na cidade, e vamos recordar um pouco da história de cada um deles!
Começando com o mais antigo, falemos do Clube Atlético Valinhense, fundado em 20 de setembro de 1925, em um bar na Rua 7 de Setembro, em frente ao antigo Cine Paz.
Inicialmente, o time se chamava Sport Club Valinhense e teve seu primeiro campo na Rua Senador Feijó, construído em 1926, em um mutirão.
Como o local do campo (onde atualmente está a Unilever) era próximo a um brejo e alagava com frequência, em 1928 construíram um novo campo, onde hoje está a Igreja da Vila Santana. Neste ano, se filiou à Associação Paulista de Esportes Atléticos (APEA) e disputou o Campeonato do Interior, jogando o grupo da 3a região:
Em 1938, novas mudanças: agora seu nome passa a ser Clube Atlético Valinhensee comprou um novo terreno (onde está a rodoviária atualmente), que se tornou a casa do CAV por mais 25 anos.
Entre 1945 e 1949, o CA Valinhense conquistou o tetracampeonato do Campeonato Regional Amador da Liga Campineira. Aqui, o time de 1945 (fonte: site )
Em 1949, fez uma partida contra o time amador do Guarani pela 1a divisão da Liga Campineira de Futebol.
O time que sairia campeão desta competição!
A notícia do campeonato em 1950, o time foi bicampeão da Liga Campineira. Surgia o apelido do time “Esquadrão Fantasma”.
Em 1951, disputou um jogo treino com o São Paulo e perdeu por 6×0.
E também jogou com o Palmeiras!
O grande momento viria ainda em 1951, com a estreia do CA Valinhense no futebol profissional, disputando a 2ª divisão e com uma campanha mediana:
Em 1952, mais uma disputa da 2ª divisão.
Fica sem jogar em 1953, e em 1954 volta na 3ª divisão:
Em 1955, mais uma disputa da terceira divisão.
Aqui, uma foto do estádio em 1955:
Em 1957, um amistoso contra o Palmeiras marcou o aniversário do CAV (6×1 pro alviverde paulistano).
Em 1964, foi feito um pedido de desapropriação da área a mando da prefeitura, levando o CA Valinhense a uma nova mudança para a Avenida Onze de Agosto, seu endereço atual, inaugurado em 1970 e fomos registrar o clube!
Um olhar na entrada do clube:
Vamos conhecer a parte interna do estádio:
O atual estádio possui iluminação e um belo gramado. Aqui o meio campo:
O gol da esquerda:
O gol da direita:
O distintivo do clube ao fundo do gol dá uma charme ainda maior ao campo:
O banco de reservas:
A visão de traz do gol:
Sabemos que dificilmente o CA Valinhense voltará às disputas profissionais, mas sonhar… não custa, até porque a cidade não para de crescer e merece uma participação!
Falemos então do segundo time mais antigo da cidade, a Associação Desportiva Classista Rigesa, fundada em 23 de setembro de 1943.
A Associação Desportiva Classista Rigesa nasceu pela MWV Rigesa, empresa norte-americana produtora de papel, e até por isso seu primeiro nome era Papelão Futebol Clube.
O time se tornou conhecido ao ser vice campeão do amador de Interior em 1951.
Com essa conquista, mudou o nome para Rigesa Esporte Clube, em 1952. Aqui, o time no estádio do EC Mogiana:
Aqui, no próprio campo do Rigesa!
Em 1954 fez sua estreia no futebol profissional, disputando a 3a divisão junto do CA Valinhense e o time estreou com uma incrível campanha na primeira fase.
Na segunda fase, ficou em 4o lugar não chegando nas finais.
Em 1955, disputou um amistoso contra a Ponte Preta!
Em 1955 e 56, terminou a 1a fase em 4o lugar, em 1957 e 58, terminou em último do seu grupo e em 1959, em sua última participação na terceira divisão novamente em 4o lugar, não se classificando à segunda fase em nenhum desses campeonatos.
Em 1960, disputa a quarta divisão e se classifica em segundo lugar na primeira fase:
Na segunda fase, acabou em 3o, fora das finais.
O time ficou de fora dos profissionais por 6 anos, e voltou à 3a divisão em 1967 para enfim despedir-se do futebol profissional:
Time de 1977 que sagrou-se campeão do campeonato amador do interior:
Em 1979, mudou de nome novamente, para Associação Desportiva Classista Rigesa mas se afastou de competições profissionais de futebol.
Entre os anos de 1978 e 1981, o time teve como goleiro o (futuro) jornaista Flávio Gomes como goleiro das categorias de base. Aqui, ele – o primeiro à esquerda- no time de 1981:
Em 2015, o WestRock, grupo dono da Rigesa, encerrou as atividades do clube. Em 2017, a venda do espólio da ADC Rigesa foi debatida em plenário na Câmara de Valinhos, mas ao que parece ainda não se concretizou, e antes que isso aconteça, estivemos no Estádio para registrá-lo
Essa é a entrada do Estádio que além do campo, possuía outros equipamentos esportivos (até uma piscina!)
Por sorte ou por conta do destino, o estádio estava aberto e com um treino do time de futebol americano do Guarani de Campinas e assim pudemos registrar essa histórica arquibancada.
Olha como ela ficava nos dias de jogo:
Dá uma olhada como o espaço é lindo!
Aqui, o meio campo:
Gol do lado esquerdo
Gol do lado direito:
E lá vem o trem!!!
Aparentemente, o estádio passou por mudanças, será que esses bancos estavam aí antes? Mesmo assim, bateu um grande saudosismo de estar aí…
E pelas fotos, também existiam arquibancadas nos demais lados do campo.
Atualmente, nenhum dos lados possui arquibancada.
Olha aí a piscina que eu falei:
E a bocha!
Mais um estádio importante do futebol paulista registrado!
Falemos do terceiro time a surgir na cidade e que chegaria ao futebol profissional: a União Valinhense de Esportes, fundada em 1968.
O União Valinhense disputou no ano seguinte (1969) o campeonato paulista da terceira divisão (que equivalia ao quarto nível do futebol estadual aquele ano) pela primeira e única vez.
Depois dessa participação, o clube foi extinto. E alguns anos depois, em 7 de maio de 1972 surge o EC União Bom Retiro, fundado da fusão entre duas tradicionais equipes locais: Ribeiro e Concordia e seu nome homenageia o bairro onde ficava (Bom Retiro).
Em 1976, construiu o Estádio Eugênio Francischini com capacidade para 5 mil torcedores e que foi reaberto recentemente depois de anos fechado (atualmente é um equipamento público da prefeitura de Valinhos).
Olha aí o meio campo:
O gol da esquerda:
O gol da direita:
O estádio não tem uma fachada na entrada que o identifique… Mas tem uma boa estrutura por estar sendo utilizado para os projetos da prefeitura e para o futebol local. Tem uma cobertura na área superior que oferece bom conforto.
Arquibancada colorida e lá ao fundo vê se o ginásio que também faz parte do complexo esportivo da Prefeitura.
Possui arquibancadas ao fundo do gol também!
Em 1986, o EC União Bom Retiro filia-se à Federação Paulista de Futebol e estreia nas competições disputando a Terceira Divisão daquele ano, terminando em último lugar.
Em 1987, mais uma péssima campanha, terminando em último lugar
Em 1988, o time surpreende e faz uma incrível campanha na primeira fase, classificando-se como vice campeão!
Na segunda fase, um ponto o afastou da classificação para a 3a fase:
Em 1989, mais uma boa primeira fase, terminando na terceira posição e se classificando…
E passou os 6 jogos da segunda fase sem perder nenhuma partida!
Faltava uma só fase para chegar a final, mas dessa vez duas derrotas terminaram com o sonho do União Bom Retiro.
Em 1990, não disputa, retornando em 1991 em uma campanha bem ruim…
Em 1992 e 93, novamente campanhas ruins e em busca de novo ânimo, em 1994 altera seu nome para Valinhos Futebol Clube (imagem abaixo do site escudos Gino).
Infelizmente a FPF reformulou as divisões dos campeonatos e o Valinhos FC faz sua estreia na Quinta Divisão, de 1994 e embora o time tenha feito uma boa campanha acabou desclassificado da próxima fase por não ter um estádio que atendesse às demandas da Federação Paulista.
Disputa a sexta divisão em 1995, com uma campanha mediana sem se classificar para a fase seguinte. E finalmente chegamos a 1996, e uma campanha incrível levou o Valinhos FC ao quadrangular final. Campanha do primeiro turno:
A classificação após o primeiro turno:
A campanha e classificação no segundo turno:
E no quadrangular final, uma vitória na última rodada contra o Velo Clube deu o título ao Valinhos FC!
Mas o título que poderia dar ainda mais ânimo ao Valinhos FC acabou sendo um tiro no pé… A Federação alegou que o seu estádio não atendia as exigências e impediu o seu acesso. Após esta trapalhada, o Valinhos FC se licenciou e desde então segue no amadorismo, mas infelizmente não conseguimos pegar um jogo deles…
Aí o banco de reservas:
Aqui, duas placas identificando o estádio e demonstrando suas reformas.
Apertem os cintos, o piloto do destino sumiu. A noite de 4a feira 11 de janeiro é pra ficar guardada na memória da torcida ramalhina, independente dos próximos resultados.
Vamos começar do final: 3×0. Classificados em primeiro lugar, uma noite de gala feita por esses meninos: Gabriel Cabral; Leonardo, Henrique Cayres (Gabriel Silva), Renan Veltri (Rodrigo Canovas) e Lucas Serrano (Lucas Jesus); Caio Roger, Jhonatas (Marcos Vinicius), Pato e Bruninho; Cledson e Gabriel Ferreira (Rodrigo Fuzil), dirigidos por Ari Mantovani.
O que mais pedir pra um time de futebol? Que goleie um dos chamados “grandes” do futebol paulista? Feito! Que comemore com a torcida? Feito! Que peça pra tremular o bandeirão em pleno campo? Feito!
Em um momento tão difícil do nosso país com os atos terroristas que envergonharam a todos, me fez muito bem poder estar em um evento público, gratuito, que reuniu tanta gente… As vezes faz bem se permitir certas doses de felicidade…
Pra quem não conhece o Estádio Bruno José Daniel, vale reforçar que a torcida do Santo André é formada por diferentes grupos: são 3 organizadas (TUDA + Fúria + Esquadrão), um bom número de torcedores “autônomos” que só torcem pro Ramalhão e em jogos como esse da copinha, aparecem os tradicionais “turistas”, que serão sempre bem vindos, mas que não tem necessariamente uma grande ligação com o time.
De qualquer forma… o estádio estava cheio!
Tão cheio que os muros em torno do estádio se transformaram em um outro anel de arquibancada.
E teve bandeirão, teve festa…
Teve bandeira de mastro…
E teve um baile dos ramalhinhos em cima do Santos.
O pessoal da Esquadrão agora fica na lateral da entrada do estádio.
A torcida do Santos, óbvio, também merece grande destaque, mesmo com o placar adverso, se fizeram presentes do início ao fim.
Com tanta gente, os portões do estádio foram fechados e muita gente teve que acompanhar a partida de cima do muro…
Nem bem coloquei as malas em casa (voltando das férias em Fortaleza) e já me dirigi ao primeiro jogo do ano, no tradicional Estádio Municipal Bruno José Daniel, para assistir à estreia do Ramalhinho na Copinha, e o time veio assim pro jogo
E assim é dada a largada para o ano de 2023!
As organizadas do Ramalhão estão presentes sempre! Aí o detalhe do pessoal da Fúria Andreense!
A chuva estragou a festa… O jogo preliminar (Santos 3×1 São Raimundo) levou pouco mais de 3 mil pessoas ao estádio, e o Ramalhinho levou cerca de mil torcedores.
Destaque para os amigos que acompanham o blog e estavam por lá também!
A rapaziada da velha guarda não se deixa vencer por chuva alguma!
Não registrei o gol do Falcon FC, mas vale um registro sobre este jovem clube sergipano, fundado em 23 de novembro de 2020, que já nasceu como clube-empresa, com uma estrutura interessante que inclui CT e alojamento.
O time da cidade de Barra dos Coqueiros (no litoral sergipano) disputou a série A2 em 2021, conquistando o acesso à primeira divisão em seu primeiro ano como profissional.
E o Falcon FC fez o 1×0, mas não conseguiu suportar a pressão da torcida ramalhina que levou o time ao empate:
Ao fim do jogo, a cena que já é costumeira: jogadores vieram até a torcida para um papo, fotos e a proximidade que já não se vê mais no futebol.
Agora é a hora de conhecer um pouco da história do futebol em Quatá e o Estádio Municipal Benedicto Dalla Pria!
O passado de Quatá como o de todo oeste paulista está ligado à forte presença indígena, principalmente dos Caingangues, que ligavam suas aldeias no sentido Norte-Sul, via a trilha “Caminho dos Macaúbas”.
Um dos primeiros ocupantes da terra foi Manoel Pereira Alvim, por volta de 1887, ao longo do Ribeirão Bugio afluente do Rio São Matheus. Os caingangues perceberam a presença do invasor e acabaram com a plantação de café, além de matar todos os presentes.
Mas… as atuais imagens cristãs deixam claro quem ganhou a disputa dessas terras… Ainda que os indígenas tenham criado forte resistência, não foi suficiente para parar o tal “progresso”. Ou deveríamos dizer retrocesso?
A “grilagem” da terra marcou o início da ocupação do povoado, ainda no século XIX. A chegada da estrada de ferro, com a inauguração da estação da cidade em 1916 ajudou a povoar ainda mais a região. A foto é do site Estações de trem.
Em 15 de novembro de 1927 (coincidentemente no mesmo dia em que estávamos na cidade, 95 anos depois…) foi erguida a Paróquia Santo Antonio:
E assim… o povoado cresceu e foi elevado à município em 1925..
Atualmente, quase 15 mil pessoas vivem em Quatá e entre várias opções de lazer, alguns ainda têm o futebol como preferência e assim, tem como lugar especial o Estádio Municipal Benedicto Dalla Pria.
E lá fomos nós para conhecer mais um estádio importante para o futebol paulista.
Aqui está o meio campo:
O gol da esquerda:
E o gol da direita:
Aqui, uma imagem da construção do estádio
O Estádio é a atual casa do futebol de Quatá, e o time mais conhecido da cidade é o Quatá Futebol Clube, fundado em 5 de novembro de 1926, pelos esportistas Guido Pecchio, Manoel Maricato, Azarias Gagliardi, Ângelo de Barros e outros. Distintivo do site História do futebol:
Interrompemos nossos posts sobre o rolê de 15 de novembro para dividir umas fotos da semifinal da Paulista Cup em que o Santo André venceu a Portuguesa por 3×0. Infelizmente, na sequência, o Ramalhão perdeu a final para o Grêmio Sãocarlense por 2×1…
Mas…. Seguem as fotos de uma bela manhã de domingo…