A Arena Castelão, em Fortaleza

E não é que 2023 vai chegando ao fim?
E se não há mais tantos jogos para registrarmos, ainda existe uma lista de rolês que fizemos e que ainda precisam ser postados aqui…
Falemos então da visita relâmpago que fizemos à “Arena Castelão“, ou Estádio Governador Plácido Castelo, atualmente a principal casa do futebol cearense.

Embora seja um estádio no estilo moderno (“Arena”), o Castelão foi inaugurado em 1973 sendo reformado em 2002, e mais recentemente, completamente remodelado em 2012, por conta da Copa do Mundo de 2014 e da Copa das Confederações 2013.

Sua capacidade é de até 63.904 espectadores, o que faz do Castelão um dos 60 maiores estádios do mundo, quarto maior do Brasil e o maior do Norte/Nordeste. Fotos abaixo do site da prefeitura de Fortaleza:

O estádio foi inaugurado em 11 de novembro de 1973, com um clássico rei, que terminou em um 0x0 para mais de 70 mil torcedores.

A nova arena foi reinaugurada em 16 de dezembro de 2012, com um show do Fagner…

A gente esteve lá já na nossa volta pra casa, a caminho do aeroporto. Aliás, só achei que o estádio fica meio fora de mão… De resto… é mais uma arena. Eu particularmente não gosto e não vejo charme nesse novo modelo de estádio.

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O Estádio Brinco de Ouro da Princesa, a casa do Guarani FC

Bem vinda e/ou bem vindo mais uma vez à cidade de Campinas, e ao seu rico futebol!

Recentemente estivemos na cidade para registrar o Estádio Moisés Lucarelli, além de outros como:
o Estádio Doutor Horácio Antônio da Costa, casa da Mogiana,
a Praça de Esportes Sarkis Salamene, sede do Náutico e
o Estádio Municipal José Iório, o campo do Souzas FC.
Faltava fazer o registro do lado verde da cidade: o Estádio Brinco de Ouro da Princesa!

O Estádio foi inaugurado em 31 de maio de 1953 e é a casa do Guarani Futebol Clube e possui uma arquitetura linda e vários detalhes, como esse grafite que mistura heavy metal e o futebol (obrigado ao pessoal do Memórias de Arquibancada por fazer a foto pra nós!).

Outro detalhe incrível é o busto em homenagem a Carlos Alberto Silva, relembrando sua passagem como treinador do time em 1978.

Pra quem não lembra, esse foi o esquadrão comandando por Carlos Alberto Silva que conquistou o Campeonato Brasileiro daquele ano.

Sim, senhores e senhoras… Aí estamos nós em mais um estádio brasileiro!

Hora de dar um giro pra dividir a experiência com quem nunca esteve aqui:

As arquibancadas e o estádio como um todo tem um design diferente, obra de dois arquitetos modernistas: Oswaldo Corrêa Gonçalves e Ícaro de Castro Mello. Será que eles imaginavam, o quanto um projeto deles seria importante para tantas pessoas?

O Estádio foi inaugurado em 1953, e quem deu sua atual denominação como “Brinco de Ouro da Princesa” foi o jornalista João Caetano Monteiro Filho já que Campinas tinha a alcunha de cidade “Princesa D’Oeste“.

Palmeiras e Fluminense foram os convidados para as partidas de inauguração, em maio de 1953.

Sua capacidade atual segundo a CBF é de 29.130 torcedores, mas no passado o Brinco recebeu muito mais gente. Tanto que o seu recorde de público é de 52.002 presentes no jogo contra o Flamengo em 1982.

Em 1978, o estádio ganhou sua primeira e mais importante melhoria: o Tobogã (a arquibancada superior).

Mesmo com tanta história, em 2015, o estádio passou por um péssimo momento: foi posto a leilão para que o Guarani pagasse suas dividas. Muito se diz que tudo não passou de uma manobra para gerar visibilidade, pois inicialmente não houve compradores, porém, algumas semanas depois de aberto o leilão, o Grupo Zaffari arrematou o estádio por R$ 105 milhões. Desde então, o clube tenta reverter o leilão por considerar o valor muito abaixo do mercado imobiliário.

Estivemos no Brinco de Ouro por várias vezes, como torcida visitante, pelo Santo André.

Aí está a torcida do Guarani nas bancadas do Brinco de Ouro em dia de jogo:

A organizada do Guarani é a Fúria Independente:

Mas o time também possui uma grande parcela de torcedores autônomos, que se identificam exclusivamente com o clube e não pertencem à organizadas.

Olha aí o banco de reservas do bugre!

Aqui, o placar eletrônico do Estádio:

Aqui, o registro de uma falta perigosa para o Guarani

O Guarani tem também um projeto de sócio torcedor bem bacana:

Enfim… Mais um estádio visitado e registrado!

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Paulista Cup 2023 – Sub 15

Feriado de 15 de novembro de 2023, uma quarta feira pra lá de quente e lá fomos nós acompanhar a partida entre o CA Lençoense e o SEAP Esporte Clube de Valinhos, pelo sub 15 da Paulista CUP.

A partida foi disputada no Campo do SE Corinthians, no bairro Alves Dias em São Bernardo do Campo, tradicional time amador, fundado em 10 de março de 1963 e que conquistou diversos títulos importantes no futebol local.

Dê uma conferida no Estádio, ao som da banda Street Dogs:

O nome oficial do espaço é Praça de Esportes Salim Tabet, mas popularmente é conhecido como o Campo do Corinthinhas e, recentemente, passou por uma reformulação, deixando-o em ótimas condições com direito até a estacionamento, ali do lado direito, na entrada do Estádio.

Aqui, o meio campo:

O gol da direita, onde fica o estacionamento ali atrás do gol:

E o gol da esquerda tendo ao fundo alguns predinhos da Vila Alves Dias.

O Estádio conta ainda com uma arquibancada com 7 lances de degraus.

O jogo foi disputado em São Bernardo porque o time do CA Lençoense vem disputando a Paulista Cup em parceria com empresários de São Paulo.

Se, por hora, não existe uma previsão de retorno do CA Lençoense ao futebol profissional, pelo menos a boa notícia é que depois de 6 anos de reformas, seu estádio, foi recentemente liberado para uso, então quem sabe nos próximos anos tenhamos o time jogando literalmente em casa.
Há alguns anos estivemos lá em Lençois Paulista, no Estádio Municipal Archangelo Brega, o “Bregão”, confira aqui como foi.

Se de um lado temos o tradicional time do CA Lençoense, do outro temos o SEAP Esporte Clube, criada em 2017, que tenta trazer a cidade de Valinhos de volta às competições nacionais de futebol.

O calor estava demais tanto no campo, quanto na arquibancada… Era difícil até pra sentar no cimentão fervente, e o sol castigava, a menos que vc tivesse um guarda-chuva pra se proteger…

Quase tudo pronto pro começo da partida e algumas nuvens ainda deram um certo alívio tanto pra quem ia jogar como pra quem foi só assistir.

Acerte o seu aí que eu arredondo o meu aqui, e vamos para mais uma rodada de Paulista Cup!

A Paulista Cup começa a se transformar em uma competição popular entre quem gosta de futebol e, mesmo com pouca divulgação, estádios pouco comuns ao futebol profissional começam a receber times tradicionais do futebol profissional.

Gosto de andar pelos diferentes espaços do campo para conhecer outros detalhes e também para trazer outros ângulos de vista do campo, como esse, tendo a arquibancada de fundo:

O jogo em si, embora com uma molecada que já demonstra grande domínio técnico, é marcado por uma grande correria e marcação.

Tanto que acabou com o tradicional 0x0…

Mas, é sempre bacana acompanhar um jogo entre dois times que não estão no dia-a-dia das grandes competições. Veja aí um pouco, com o som do Street Dogs de fundo:

E assim, a vida segue… Enquanto a cidade cresce ao redor, mais um campo de várzea tem seu momento de glória. Será que algum desses meninos que em 2023 disputaram essa partida terá um futuro de destaque no futebol?

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Final do Amador do Estado 2023

Sábado, 11 de novembro de 2023. Dia da primeira partida da final do amador do estado, disputada no Estádio Distrital da Vila Vivaldi. Em campo, o Nacional, time da casa recebe os atuais campeões do CA Bandeirante de Brodowski.

O Estádio do Nacional fica na Vila Vivaldi, bem na divisa com Santo André.

Segundo a placa da entrada, seu nome oficial é Estádio Distrital Da. Olímpia Gomes. Mesmo tão perto de casa, foi a primeira vez que estive registrando uma partida no campo do EC Nacional da Vila Vivaldi!

O espaço todo é muito organizado e o clima muito legal. A única coisa que faz falta, e que o time merece, é uma arquibancada… Quem sabe no futuro isso aconteça?

Em campo, dois times tradicionais e que estão na luta por mais um título! E se é jogo pela Federação, tem até o hino na entrada dos times:

O Nacional da Vila Vivaldi tem vivido uma época de fartura de títulos e já foi vice campeão do Amador do Estado por duas vezes (2013 e 2015).

E se em campo, o Nacional trouxe o que tem de melhor, na arquibancada não ficou atrás: o pessoal da Fumaça Azul fez a festa!

E claro, que o time fez questão de saudar sua torcida:

Com a bola rolado, a Fumaça Azul fez a diferença com seus cantos e apoio durante os 90 minutos!

A torcida do CA Bandeirante de Brodowski também compareceu e fui muito bem recebida. Aliás, o clima no campo era muito legal, contando com a presença de torcedores de diversos times amadores da cidade de São Bernardo e Santo André.

Até transmissão ao vivo rolou!

Como não há arquibancada, o público, que compareceu em bom número, assistiu à partida ao redor do campo.

A partida começou quente e logo no primeiro minuto, por muito pouco o Nacional não abriu o placar, com uma cabeçada que caprichosamente acertou a trave, correu por sobre a linha e foi bater na outra trave… O pessoal da Fumaça Azul ficou ainda mais louco!!!

Se o começo do jogo a maior pressão era do time da casa, a partir dos 20 minutos, o que se viu foi um equilíbrio entre as equipes, com o CA Bandeirante se arriscando ao ataque com boas trocas de passes.

O goleiro do Nacional trabalhou bem sempre que foi exigido.

O Nacional teve algumas chances em bolas aéreas que acabaram sendo desperdiçadas.

O forte calor e a marcação acirrada impediram melhores chances de gol.

Além de muito bem cuidado, o estádio estava repleto de bandeiras tricolores:

Pra quem nunca esteve no Estádio da Vila Vivaldi, este é o gol da esquerda, com a entrada e o bar de onde muitos assistem o jogo, como se fossem as cadeiras numeradas cobertas:

No primeiro tempo, o CA Bandeirante atacava o gol deste lado:

Aqui, o gol da direita, com a Torcida Fumaça Azul lá ao fundo:

Aqui o meio campo, tendo às minhas costas a cidade de Santo André e à frente a Vila, que originalmente se chamava Vila Camargo desde 1930 e que a partir de 1950 passou a se chamar Vila Vivaldi.

O que divide as duas cidades do ABC nessa região é o Ribeirão dos Meninos, que pela ocupação desenfreada das cidades costumava alagar com certa frequência, até a construção de dois piscinões na região.

Talvez por tantos problemas enfrentados de forma coletivo, o pessoal da Vila acabou se tornando tão próximos que deram origem oficialmente ao EC Nacional em 1º de Maio de 1956, embora o time já existisse desde 1952 como Clube Atlético Nacional de Rudge Ramos. O nome do time veio do seu primeiro adversário: o Nacional da Vila Monumento, do Ipiranga.

Mas sem dúvida, a Torcida Fumaça Azul é um show a parte!

No segundo tempo, o Nacional começou a levar perigo principalmente nas bolas pela direita.

Mas o CA Bandeirante mostrou que não é o campeão a toa e aproveitou um contra ataque, somado a uma boa jogada individual para abrir o placar para a tristeza da torcida local…

Quando o Nacional decidiu se lançar ao ataque em busca do empate, levou um contra ataque mortal e para não sofrer o gol, acabou cometendo penalty.
Mas na hora da cobrança o pessoal da Fumaça Azul mostrou porque são mesmo loucos pelo time… Olha a festa:

E a festa deu resultado: o goleiro do Nacional, um dos destaques da partida, defendeu o penalty dando esperanças e ânimo para um empate!

A lateral do campo estava cada vez mais cheia, e parecia que o empate seria uma questão de tempo, principalmente porque o juiz ainda daria um bom tempo de acréscimos…

O goleiro do CA Bandeirante se segurava como possível…

Lá embaixo dos tirantes, a Fumaça Azul também se segurava e tentava apoiar o empate… Mas o que se viu, para a tristeza dos torcedores do Nacional foi o segundo gol, já nos acréscimos…

Mas nada apaga a linda tarde de futebol vivida por quem esteve no Estádio do Nacional da Vila Vivaldi nesse sábado.
Agora é aguardar a decisão final lá em Brodowski.
Obrigado, futebol!

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207- Camisa da LDU

A 207ª camisa do site pertence à Liga Deportiva Universitaria, também conhecida como Liga de Quito ou, principalmente, como LDU.

Fundado em 11 de janeiro de 1930, o time chegou à final da Copa Sulamericana, este ano (2023) contra o Fortaleza e venceu o título nos penaltys.

Manda seus jogos no Estádio Rodrigo Paz Delgado, a “Casa Blanca”.

Em 2008, o time foi campeão da Copa Libertadores, contra o Fluminense, no Maracanã, tornando-se o primeiro clube equatoriano a conquistar essa taça!

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Existe futebol na Palestina?

As atenções se voltam à Palestina, no momento em que toda a população civil está sendo atacada pelo exército de Israel,
Muitas pessoas mundo a fora podem se perguntar como é a vida por lá e se existe futebol na Palestina.
E a resposta é sim!
E tem torcida e tem tudo o que faz o futebol uma paixão.


As fotos deste post são do ano passado, afinal nesse momento a Palestina luta para sobreviver.
São fotos da tocida do Shabab Rafah Football Clu que sagrou-se campeão da Premier League da Faixa de Gaza em 2022.

A Associação Palestina de Futebol organiza 2 ligas: a Premier League Palestina e a Premier League da Faixa de Gaza.

O povo palestino merece ter sua vida de volta

As fotos são da autoria de Mahmoud Ajjour

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O Estádio Francisco Ribeiro Nogueira e o futebol em Mogi das Cruzes

5a feira, feriado de 12 de outubro de 2023.
O rolê de hoje é por Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, muito conhecida pela produção de hortaliças em uma área de cultivo estimada em mais de 7.100 hectares.

A região era densamente ocupada muito antes da chegada dos portugueses. Vários povos como os Tupis, Guaianás, Carijós e os Tupiniquim, do qual fazia parte o cacique Tibiriça, pai de Bartyra com quem o misterioso João Ramalho se casaria.

Em torno de 1560, é registrada a primeira entrada de um bandeirante na região de Mogi das Cruzes, em busca de ouro: Braz Cubas, registrado abaixo por Benedito Calixto, séculos depois:

Outro bandeirante, Gaspar Vaz, foi quem abriu o primeiro acesso a Mogi, facilitando a formação do povoado, elevado à Vila de Sant’Anna de Mogi das Cruzes em 1611.
Aqui, a igreja matriz de Mogi retratada em bico de pena por Tunico de Paula sobre aquarela de Thomas Ender:

Atualmente, a cidade é constituída por 8 distritos: distritos: Mogi das Cruzes, Biritiba-Ussu, Brás Cubas, Cezar de Souza, Jundiapeba, Quatinga, Sabaúna e Taiaçupeba.
Estivemos lá há 10 anos, em 2013, para acompanhar um jogo entre o Atlético Mogi e o Jacareí pela Segunda Divisão. Clique aqui e veja como foi.

Somente em 2023 pudemos voltar com mais calma para visitar o Estádio e entender um pouco mais da história do futebol na cidade.

Para isso, usei como base o livro “História do futebol em Mogi das Cruzes” de João Renato Leandro Amorim.

O livro cita um artigo do jornal “O Diário de Mogi”, de 1957, que indica o responsável pela introdução do futebol em Mogi das Cruzes: o sapateiro Alfredo Cardoso, mais conhecido como Alfredão (foto retirada do livro e creditada ao Acervo Glauco Ricciele).

O livro esclarece que a primeira partida de futebol de Mogi das Cruzes envolveu um time de “camisas brancas” contra o de “camisas azuis”, em 6 de maio de 1906.
O registro de uma partida em 30 de junho de 1911, apresenta o Operário Futebol Clube como o primeiro clube da cidade.
A partir da década de 20, surgem outros clubes e já uma primeira grande rivalidade: de um lado, o Mogi Futebol Clube, que jogava de vermelho e do outro, o Falena Futebol Clube (que teve o Operário FC como origem), que jogava de branco e era o time do Alfredão.
As partidas eram disputadas em um terreno próximo ao antigo convento que ficava na rua Campo Santo, atualmente rua Otto Unger.
E foi ele quem propôs a unificação dos dois times, dando origem, no dia 7 de setembro de 1913 a um clube que agregaria o futebol mogiano como um todo: o União Futebol Clube. Evolução do distintivo vindo do site Gino Escudos:

O União Mogi começou jogando no campo do Parque, atualmente Rua Major Pinheiro Franco.
Segundo o livro Os Esquecidos, depois de partidas amistosas, fez sua estreia no Campeonato do Interior da APEA em 1928, sendo desclassificado em uma polêmica partida desempate com a Caçapavense, um 3×2 com arbitragem duvidosa. Como consequência, os dirigentes do União mandaram um ofício à APEA pedindo desligamento da entidade. Rolou até um “enterro simbólico” da associação reunindo cerca de duas mil pessoas.
O time retorna às competições oficiais em 1942, e nesse ano, nada menos do que 6 times da cidade disputaram a 24ª região do Campeonato do Interior (contando o AA Poaense, já que na época, Poá era um distrito de Mogi das Cruzes).

Destes, a AA Comercial, fundada em 14 de abril de 1931, ainda está viva disputando o amador e com seu Estádio em funcionamento.

Achei uma única foto do pessoal do Mogytex FC:

Do Santo Angelo FC, que representava o distrito de Jundiapeba encontrei uma foto dos anos 70:

A AA Poasense ainda mantém se na ativa, com uma bonita sede própria.

Do São João FC eu não encontrei nada, mas o Vila Santista teve uma importante história que resumiremos daqui a pouco.

Voltando à história do time do União Mogi, destaque para o Campeonato do Interior de 1947, quando vence o Setor 1 da Zona 1 com o time abaixo:

Este é o Estádio Francisco Ferreira Lopes, na Rua Casarejos:

Em 1951, o União se profissionaliza. Time daquele ano:

Em seu primeiro ano, disputa o Campeonato Paulista da Segunda Divisão e licencia-se no ano seguinte.
Retorna em 1955, quando disputou mais uma vez a Segunda Divisão, onde permaneceu por outros quatro anos.
Aqui,o time do União em partida contra o Vila Santista, pela segunda divisão paulista de 1958, no estádio da Rua Francisco Franco, do Vila. O jogo terminou em
empate por 2×2.

Em 1960, o clube pediu licença mais uma vez, ficando fora por quase duas décadas.
O União retorna em 1979, no Campeonato Paulista da Terceira Divisão, até 1981, quando foi promovido à Segunda Divisão.
Permanece na segunda até 1993.

Em 1998, o clube mudou seu nome para União Mogi das Cruzes Futebol Clube.
Em 2002, a equipe foi rebaixada à Série B1.
A partir de 2004, passa a disputar a Segunda Divisão, da qual sagra-se campeão em 2006, retornando à Série A3. O pessoal do Jogos Perdidos esteve cobrindo a final (veja aqui como foi), as fotos abaixo são do Fernando Martinez:

Em 2008, o clube volta ao nome União Futebol Clube.
Em 2009, passa por dificuldades financeiras e faz uma má campanha na A3, ficando em último lugar, voltando para a “Série B”.
Em 2011, além d crise financeira, o União Mogi acaba acusado (por conta de atos de seu treinador) de estelionato, injúria, difamação e até assédio moral e sexual.
Em 2023, o União Mogi foi rebaixado para a quinta divisão paulista de 2024.

O time manda seus jogos no Estádio Municipal Francisco Ribeiro Nogueira, o “Nogueirão”, inaugurado em 31 de maio de 1995. Para viver um pouco desta história na prática, fomos até lá conhecê-lo.

Vamos ao campo!

A história do Estádio está ligada à da própria cidade, já que toda essa área pertencia à empresa Mineração Geral do Brasil desde 1942. Ali foi construída uma usina siderúrgica, 550 moradias para seus funcionários e… um campo de futebol que serviu de base para o time do Esporte Clube Mineração Geral do Brasil, organizado pelos trabalhadores da usina.
Em 1957, o campo passa a ser denominado Estádio Cavalheiro Nami Jafet, ganhando estruturas ligadas a outros esportes.

Dá uma oilhada como está o campo hoje em dia:

Atualmente a capacidade do estádio é de 10.000 torcedores.

A siderúrgica entra em concordata, em 1965 e foi incorporada a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), em 1967. Em 1973, o Estádio Nami Jafet foi municipalizado e incorporado ao patrimônio público da Prefeitura de Mogi das Cruzes.

Esse grafite com a indústria de fundo é uma área bem característica do Estádio!

As cadeiras na área coberta deixaram o estádio realmente bem bonito!

Aqui, o gol da esquerda:

Aqui, o gol da direita:

Aqui, o meio campo:

Dê uma olhada nas demais arquibancadas, atrás dos dois gols:

Alguns vídeos para ilustrar o rolê:

E ali fica o placar:

E como estávamos em Mogi das Cruzes, importante falarmos também do Vila Santista Futebol Clube, fundado em 14 de julho de 1919:

O Vila Santista FC homenageia o bairro próximo do centro da cidade, e iniciou sua história disputando amistosos com times da cidade e da região.
Em 1922, inaugura-se seu Estádio, na atual Rua Francisco Franco.

O presidente do clube era Ângelo Pereira Passos, que viria a dar nome ao campo.

Com a criação da Federação Paulista de Futebol (FPF) em 1941, o Vila Santista passa a disputar o Campeonato Paulista do Interior.
Aqui, o time de 1949:

Em 1957, o Vila Santista segue o caminho do União e disputa o Campeonato Paulista da Terceira Divisão.
Na primeira fase, seu grupo contava com apenas outros 2 times: o Elvira, e o E.C. São José e o Vila classifica-se para a segunda fase em um novo grupo com Velo Clube, Expresso São Carlos, Guarani Saltense, Legionário (Bragança Paulista), São José, Ferroviária de Pindamonhangaba e o E.C. Aparecida, do qual apenas um time se clasificou: o Expresso São Carlos, tendo o Vila Santista terminado em 2º lugar. O Expresso São Carlos alcança o acesso à segunda divisão, mas decide abandonar o profissionalismo, deixando sua vaga ao próprio Vila!
O time disputa a segundona de 1958 e 59, quando volta à terceira.
Em 1960, cai para a quarta divisão e em 61 faz ali sua última participação no futebol profissional.

Outro time de Mogi das Cruzes, surgiu em 1952: o CA Ypiranga.

Ninguém sabe direito a história do CA Ypiranga se foi inspirado no time da capital ou se foi até mesmo uma filial em Mogi das Cruzes. Aqui, o time dessa primeira fase pré profissional:


O que se sabe é que o CA Ypiranga disputou a quarta divisão paulista em 1964, no grupo chamado “6ª Série”, ao lado do General Motors E.C. (São Caetano do Sul), o C.A. Pirelli (Santo André) e o Expulancex F.C.,de Cruzeiro, times que aproveitaram os benefícios para empresas que criaram seus times profissionais. No grupo, ainda estava o Atlético Vila Alpina e o E.C. São José. O time de Mogi terminou em penúltimo lugar, e acabou extinto.

Mas, já no século XXI, a cidade de Mogi das Cruzes viu o surgimento de um novo time: o Clube Atlético Mogi das Cruzes de Futebol, fundado em 19 de abril de 2004, na época como “Mogi das Cruzes Futebol Limitada”.

O time foi fundado por Joaquim Carlos Paixão Filho, um mogiano apaixonado por futebol que tentou fazer uma parceria com o União sem conseguir o que esperava.
Assim, em 2005, estreia no Campeonato Paulista da Segunda Divisão.
Mas se licencia em 2008 retornando em 2009, aí sim com o nome de Clube Atlético Mogi das Cruzes.
Em 2011 e 2015 novamente esteve licenciado das disputas.
Recentemente, o Clube Atlético Mogi passou por uma péssima fase, conquistando a alcunha de o “Pior Time Do Mundo” ao bater a terrível marca de 56 partidas sem vitórias, que até então pertencia ao Íbis!


O time ficou 62 jogos sem vitórias até que em 27 de Maio de 2023, venceu o Guarulhos por 1×0.
Mais um estádio, e uma cidade com muita história no futebol

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Clipe da 1ª final da Copa Paulista

Segue o nosso tradicional clipe, desta vez tendo como tema a música “Acordas p’la manhã”, da banda Pesta & Sida, de Portugal.

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1º jogo da Final da Copa Paulista 2023

Sábado, 7 de outubro de 2023. Dia de decisão.
O Estádio Ulrico Mursa recebe a primeira partida da final da Copa Paulista.
Em campo, dois clubes de enorme tradição no futebol paulista:

Estivemos do lado da torcida local, da Associação Atlética Portuguesa, a Portuguesa Santista, fundada em 20 de novembro de 1917, se liga como estava a entrada do Estádio:

Aos que não conhecem o time da baixada, a Portuguesa Santista é conhecida como Briosa e esta partida contra o São José mais uma vez mostrou que o apelido é certeiro!

Ingressos em mãos depois de certa dor de cabeça… Afinal, na 6ª feira eles haviam se esgotado e pra conseguir esse aí tive que fazer um baita corre desde cedo em Santos, achando que não conseguiria na hora. Óbvio que paguei mais caro e na hora tinha váááárias pessoas vendendo até a R$ 10 na porta…

Mas vamos ao jogo, porque não para de chegar gente!

A atual capacidade oficial do Estádio Ulrico Mursa é de 7.635 torcedores e a previsão era de lotação total, o que acabou não se confirmando por algumas poucas centenas de lugares vagos.

É até difícil pensar onde estariam essas pessoas olhando as diferentes áreas do Estádio Ulrico Mursa que pareciam cheias mesmo antes da partida começar.

Mas faz sentido, afinal, depois de muitos anos, independente do resultado dessa final, a Briosa volta ao cenário nacional (Copa do Brasil ou Série D do Brasileiro) e o torcedor está pra lá de feliz!

Será que aqueles trabalhadores lá em 1917 decidiram fundar um time que representasse a colônia portuguesa imaginavam que mais de 100 anos depois a AA Portuguesa ainda representaria tamanha paixão do povo santista, indo além da própria colônia lusa???

Aliás, quantos anos você tinha quando percebeu que a Portuguesa Santista é a primeira “Portuguesa” do Brasil? A faixa ali na bancada ajuda a torcida local a relembrar este fato!

A torcida visitante também fez bonito e se fez presente em bom número, apoiando o jogo todo!

Abraços ao amigo Lucas Barbosa, que acompanha o time do São José por toda a parte!

E dessa forma o Ulrico Mursa viveu um dia de diferentes cores competindo nesta decisão…

Sem dúvida uma tarde que coloca frente a frente dois times que tem muitas glórias. Já falamos um pouco da história do São José EC (veja aqui como foi), quando estivemos por lá acompanhando o Ramalhão nessa mesma Copa Paulista.

Mas as glórias da AA Portuguesa também não são de agora, o seu primeiro título é de 1920: a segunda divisão da Associação Santista de Esportes Athléticos (Asea), dando direito à disputa da primeira divisão, onde conquistaria o título por 11 vezes (1923, 1924, 1926, 1927, 1931,1932,1933, 1934, 1958, 1962 e 1963). Ainda foram quatro conquistas da série A2 em 1932, 1933, 1934 e 1964.
Aqui, o time de 1958, do site Varzea Santista:

Mas, sem dúvidas, os dois times vivem no presente mais uma vez um bom momento, ambos em ascensão e essa final serve de celebração.

É hora da festa começar, os times estão para entrar em campo e o Ulrico Mursa se transforma em um verdadeiro caldeirão de cores, sons e sentimentos!

E logo, o Estádio que começou a ser construído em 1919 e foi inaugurado em 5 de dezembro de 1920, com uma goleada de 6×0 em cima do Clube Sirío, recebe as duas equipes para a cerimônia de abertura:

Um detalhe bacana é que o goleiro do São José é o Luis Augusto, que conhecemos quando defendeu o Ramalhão e é muito legal ver o baita profissional que ele se tornou.

O Estádio Ulrico Mursa foi o primeiro estádio da América Latina a ter cobertura de concreto e ela nunca foi tão valorizada quanto na hora da chuva de hoje…

O maior público aconteceu em 1952, contra o Corinthians, com 12.500 torcedores. Incrível pensar que é quase o dobro do público de hoje…

Pô, vale um destaque importante para a culinária de estádio do Ulrico Mursa, com oportunidades únicas, como os Doces do mineiro:

E os tremoços… O que dizer dessa incrível iguaria?

E pra nós é sempre uma grande honra poder vivenciar um dia como este em meio ao pessoal da Briosa!

E vem a Briosa pra cima!!! Confesso que me surpreendi com o time da Portuguesa Santista no primeiro tempo tomando a iniciativa e indo pra cima, mas faltava bater no gol…

Ou, faltava pontaria…

Pra mim, o grande momento da Briosa tem como principal responsável este homem: Sérgio Guedes.

E na bancada, a torcida não para!!!

A Força Rubro Verde fica aí atrás do gol, e é daí que vem a festa!

Tirantes, gente na bancada ou mesmo colada no alambrado…

Após uma noite e uma manhã abafadas, começou a garoar, e a bandeira ajudou alguns a se proteger da água…

Outros sequer perceberam a água que começava a cair e seguiram em um transe apaixonado fazendo a sua parte em busca de um placar que desse vantagem à Briosa no jogo de volta.

O amigo Luis Augusto se tornou o principal vilão para a torcida local, atuando com segurança “irritante”.

Acabou sendo “homenageado” pela torcida várias vezes…

O São José também atacava e contra-atacava levando perigo. Era uma decisão de verdade!

A chuva foi apertando e deixando a arquibancada e o gramado em condições mais adversas…

Ficou difícil até pra ver o jogo…

E se pra ver estava difícil, pra jogar, imagine pra jogar…

As arquibancadas cobertas eram os únicos espaços secos.

Mas quem disse que o coração se importa se está seco ou molhado? Se o time da Portuguesa é conhecido como Briosa, pode se dizer que sua torcida também o é!

A água era tanta que as lentes da câmera ficaram encharcadas e cheias de manchas…

Parece que conforme a chuva aumentava, crescia a gana, a raiva mesmo do torcedor contra um resultado que não interessava ao time da baixada.

A chuva castigava, mas para a torcida local, quem maltratava mesmo era o placar.
E o relógio ia passando com o cair dos pingos…
10, 20… 40 minutos… 45 minutos….
Um empate definitivamente tornaria a missão da Portuguesa santista bastante complicada, mas… Seu lema é não desista!
Assim, acompanhe os melhores momentos e o que aconteceu após os 45 minutos do segundo tempo e entenda porque a Portuguesa Santista é a mais briosa!!!

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