Domingo, 22 de junho de 2025. Mais uma tarde delas: das Ramalhetes, o primeiro time feminino do EC Santo André a disputar uma competição oficial da Federação Paulista. Bem vindas ao campo, meninas!
Ainda que o público não seja grande é bacana conferir que a cada jogo aparecem novas pessoas na torcida… E o trabalho do @Acervo1967 em trazer as faixas das torcidas antigas dá uma cara bem legal ao Estádio!
Vamos ao cerimonial pré jogo…
Tudo pronto na bancada…
Tudo pronto em campo…. Então, bola em jogo!
Tem até placar eletrônico no jogo de hoje!
As Ramalhetes começam com grande intensidade, tanto na marcação quanto na geração das jogadas.
Ah, e parabéns à torcida visitante que se fez presente:
Olha que bacana os stickers começando a fazer parte da cultura do Ramalhão!
A cultura do futebol é cada dia mais ampla e mais democrática, olha, por exemplo a bandeira que o Roberto – outro maluco pelo Santo André- fez em homenagem às “Arqueiras“, que na visão dele é um apelido mais em linha com a história da cidade, já que a mulher de João Ramalho era uma indígena.
E veja que interessante a família toda – principalmente as meninas – vendo o Ramalhão:
Aliás, os jogos do feminino tem trazido ao estádio cada vez mais mulheres à arquibancada!
Em campo, o time das meninas faz parecer que é apenas uma questão de tempo até abrirem o placar.
Olha a Vitória, nossa lateral levando o time para o ataque!
Bom… Devemos lembrar que o time vem de 2 derrotas fora de casa contra Ituano e São Paulo, então o jogo de hoje é importante pra retomar o caminho das vitórias…
O clima na arquibancada estava muito legal!
Pô, e graças ao Doug e ao seu bom papo, não deu pra pegar nenhum gol em vídeo kkkk
Como ele foi o responsável por dar um clima a mais no jogo, com suas faixas, está perdoado…
Principalmente porque se mostrou pé quente e saímos de campo com mais uma vitória e por goleada!!!
Domingo, 6 de abril de 2025. Mais um dia para acompanhar a divisão especial do futebol amador de Santo André. Decidimos registrar o Estádio do CA Alvinegro, e acompanhar uma das partidas das oitavas de final da competição.
O CA Alvinegro foi fundado em 7 de setembro de 1952 e seu belo campo foi reformado e tornou-se mais um dos xodós da várzea de Santo André!
A partida de hoje coloca frente a frente dois tradicionais times da cidade. Jogando como “local” e, pela melhor campanha, dependendo apenas de um empate para seguir para as quartas de final, temos o Madureira FC, fundado em 1º de outubro de 1948 e apoiado pela sua Torcida Organizada Lobos da Vila:
Os caras deram um show e transformaram a arena alvinegra em um espaço tricolor, com as cores do Madureira FC.
Faixas, camisas, tirantes…
É um trabalho bem legal realizado pelo pessoal apaixonado pelo time, lembrando que essa partida começou as 9hs da manhã do domingo!
E é essa incrível torcida que recebe o time do Madureira FC, para que se sintam jogando em casa!
A foto oficial do time é com a torcida ao fundo:
A bateria dos caras também é diferenciada!
Do outro lado, jogando como visitantes e precisando vencer para se classificar, temos o União do Morro, time fundado em 2 de fevereiro de 1986!
E o time veio ao campo, com total apoio da Torcida Organizada Loucos do Morro!
E o pessoal da Loucos do Morro também coloriu seu lado da arquibancada. Por coincidência os dois times tem o azul e vermelho como cores…
E o pessoal da Loucos fez sua festa com as fumaças…
Pode se dizer que houve uma guerra na bancada: uma guerra de fumaça, porque olha só o que rolou na torcida do Madureira FC:
Foi tanta fumaça que não deu nem pra registrar direito… O céu sumiu em meio à torcida do Madureira…
Enquanto isso, em campo, o Madureira começa melhor e aumenta ainda mais o ânimo da sua torcida:
O Madureira aproveitou o lado direito pro seu ataque para criar as jogadas mais perigosas.
E como era bem ali que estava a sua torcida, a empolgação só aumentou!
Até que a pressão se transformou em resultado: gol do Madureira!
O professor insiste que o time continue atacando, mesmo com o placar de 1×0..
E as palavras do treinador se concretizam: Madureira 2×0, novamente em jogada pelo lado direito!
Mas a torcida e o time do União não desacreditam e ainda no primeiro tempo, o time diminui: Madureira 2×1 União do Morro!
O time do União do Morro termina o primeiro tempo criando chances de empatar o jogo…
Assim, o primeiro tempo termina, mas a partida ainda está indefinida.
Segue o nosso tradicional registro do meio campo:
Gol da esquerda:
Gol da direita:
Veio o segundo tempo e a torcida do União do Morro seguiu acreditando.
O jogo ficou bom, ainda mais emocionante, pois mesmo com a vantagem, o Madureira sentiu a pressão durante todo o segundo tempo.
Dá uma olhada geral no estádio e perceba que as torcidas estão ali, lado a lado:
O jogo chega ao fim: Madureira FC 2×1 União do Morro, e o time Madureira FC se classifica para as quartas de final!
Time e torcida celebram juntos a classificação para a próxima fase!
Muito importante a gente que vive em Santo André pelo menos conhecer as 4 divisões da Liga de Futebol Amador da cidade, veja mais em www.ligasa.com.br .
Como o nome indica, a cidade tem sua história ligada ao cultivo do café. Lembra que no post anterior (sobre Pirajuí) citamos que aquela cidade fora uma das maiores produtoras mundiais? Pois bem, Cafelândia era uma vila de Pirajuí e se desenvolveu graças ao viciante pó preto. Somente em 1926 foi criado o município de Cafelândia, desmembrado-se de Pirajuí.
Porém, a crise do café obrigou a procura por outras culturas (como a cana de açúcar) e pela pecuária como atividade econômica. Atualmente, Cafelândia conta ainda com um distrito industrial com empresas de pequeno e médio porte. Mas mantém sua cara de cidade tranquila…
A cidade também possui uma importante Feira de Artesanato, a Cafeartes, que antes da pandemia, acontecia no feriado de 7 de setembro (ou seja, se estivesse tudo ok, nós teríamos conhecido o evento…)… Só nos restou conhecer a igreja local.
Mas o ponto chave dessa visita à Cafelândia era registrar o Estádio Santa Izabel, uma das casas do futebol na cidade!
Eu digo uma das casas, porque este foi um dos campos utilizados pelo Glória FC, mas ele não é o único estádio da cidade, e nem o Glória foi o único time de Cafelândia.
Aliás, o Estádio Santa Izabel foi o terceiro campo do Glória. Vamos dar uma olhada lá dentro!
O Estádio Santa Izabel possui uma arquibancada coberta maravilhosa, com uma capacidade para quase mil torcedores! Na arquibancada, mesmo um pouco apagado ainda há também o nome do Glória FC, que ocupou o estádio por um bom tempo e que parece aos poucos voltar à ativa.
Aqui o gol do lado esquerdo:
Ao lado do gol ficam os vestiários do estádio.
O gol do lado direito:
E aqui no meio campo a visão de sua magnífica arquibancada coberta!
Uma placa indica que o estádio foi reconstruído em 1994:
Mas mesmo reformado, não perdeu seu ar de interior, cheio de frondosas árvores espalhadas pelo seu entorno.
E também manteve seu ar bucólico… Já que fica numa área pouco habitada da cidade, com muita natureza ao seu redor…
O gramado segue sendo bem cuidado.
É ou não é um verdadeiro monumento ao futebol?
Esse post teve grande corporação do pessoal de Cafelândia, em especial Wanderley Colmati e Paulo Odenio Pacheco (autor do livro Cafelândia − Histórias e Estórias).
Como ele mesmo me disse, para falar da história do futebol em Cafelândia, precisamos contar sobre os 3 times que disputaram o futebol profissional, começando pelo mais antigo, fundado ainda na época da “vila”: o Cafelândia FC!
O Cafelândia FC, também chamado de “alviverde” foi fundado em 26 de abril de 1923, representando a parte baixa da cidade (a cidade tem mesmo uma parte mais alta e uma baixa, e… um time para cada!). Seu estádio fica na Av. Duque de Caxias, 552 e por isso é conhecido como o “Estádio Duque de Caxias“. Esse Estádio também seria utilizado pela Associação Cafelandense de Esportes.
E aqui algumas fotos que fizemos em 2025 no Estádio Duque de Caxias:
O Estádio segue desafiando os tempos modernos e mantém suas arquibancadas e o campo, hoje dedicado ao futebol amador.
Algumas partes do gramado com aquelas pragas tão tradicionais nos campos…
Esse é o gol da direita:
O meio campo com sua linda arquibancada coberta:
E o gol da esquerda, onde a sigla do time aparece no morro.
Sua cobertura tem uma construção diferente e dá um visual bem legal!
Logo o Cafelândia FC filiou-se à Federação Paulista de Futebol e passou a disputar os campeonatos amadores até 1954, quando decidiu ingressar no profissionalismo disputando a Terceira Divisão do Campeonato Paulista de 1955, com uma fraca campanha, terminando seu grupo na última colocação com apenas um empate.
O Cafelândia FC jogou ainda a Terceira Divisão de 1956 e 57, fazendo novamente campanhas fracas, levando-o a se licenciar do profissionalismo e voltar aos campeonatos amadores.
Nesse mesmo ano, em 1966, o time retornou ao profissional, desta vez jogando a Quarta Divisão, mas só permaneceu na disputa por dois anos, licenciando-se novamente ao final de 1967, mesmo tendo feito nesse seu último ano de história a sua melhor campanha.
Aqui, uma outra linda imagem do time:
Porém, nem só de café se faz o futebol da cidade. Em 26 de setembro de 1926, quando a vila tornou-se cidade, surgiu o Glória FC, para a glória da parte alta da cidade.
Como a parte baixa da cidade já possuía seu time de futebol (o (Cafelândia FC), e existia grande rivalidade entre as duas partes da cidade, a parte alta não podia ficar atrás no futebol e assim surgia o alvipreto de Cafelândia, o Glória FC!.
O primeiro campo do Glória F.C. ficava na área onde está a Escola Kennedy e a Praça S.C.J.
Dali, o campo do Glória foi transferido para a Vila Operária, onde hoje está a Escola Presidente Afonso Pena e próximo ao atual Estádio Municipal. Nesse campo, o Glória ), onde disputou vários amistoso com times da região como o Clube Atlético Linense.
O Glória FC foi o primeiro time do interior paulista a jogar no Estádio do Pacaembu, em 1941, contra um combinado formado pelo Corinthians e o então Palestra Itália. E com tamanha força, viu sua torcida aumentar a cada dia, mas em 1945, novamente teve que mudar de campo, indo para um terreno desmembrado da Fazenda ”Santa Isabel” (daí o nome do atual campo que mostramos lá no começo!).
A inauguração do Estádio Santa Izabel coincidiu com a disputa do Campeonato Amador do Interior e a partir de 1946. Esse é o time de 1946:
Esse é o Glória FC de 1947, campeão da 30a região do amador do estado:
Esse foi o grupo:
O time passou uma grande série de jogos sem perder para o rival local (Cafelândia F. C.), de 1945 até 1957, quando no seu próprio campo, perdeu essa invencibilidade por 3 a 2.
No amador, o Glória FC sagrou-se campeão do seu setor muitas outras vezes!
Olha aqui, o campeão do setor de 1963:
A partir de 1955, o Glória FC decidiu participar do Campeonato Paulista da Terceira Divisão, entretanto em seu primeiro ano, o time desistiu da competição e só participou em 1956, com campanha mediana, assim como 1957, porém em 1958 classificou-se para a fase final do campeonato.
Na segunda fase, o time acabou perdendo a classificação para o triangular final para o time do Nevense!
Em 1966, o time voltou para uma última participação no profissionalismo, novamente na Terceira Divisão, mas acabou se despedindo do profissionalismo com uma campanha fraca, o que não apaga sua força como equipe demonstrada até ali!
Recentemente, o patrimônio do Glória FC chegou a ficar abandonado até que um empresário assumiu a presidência na tentativa de reativar o clube.
Mas toda essa rivalidade na cidade acabou quando Cafelândia F.C. e o Glória FC perceberam que talvez poderiam se unir e criar uma nova potência para o futebol: assim, em 17 de março de 1968 surgia a Associação Cafelandense de Esportes que disputou 17 edições do Campeonato Paulista entre a 3a e a 4a divisão, até se licenciar da Federação Paulista em 1984.
Com apoio do então prefeito municipal, Jayme de Lima (ex-jogador do Glória FC), o ACE estreou no profissionalismo, em 1968, na Quarta Divisão fazendo uma campanha sem grandes resultados.
Disputou ainda a Quarta Divisão em 1977, fazendo uma boa campanha, e em 78 e 79, com campanhas ruins. Essa foi a primeira fase:
E essa a segunda fase, de onde o Cafelandense não conseguiu passar:
Mas o ACE também jogou a Terceira Divisão de 1970 a 76 e de 1980 a 84, quando abandonou o futebol profissional. O time de 1972 fez uma grande campanha se classificando para a segunda fase:
Na segunda fase acabou em 6o lugar, 3 pontos atrás do segundo colocado, o Rio Claro:
Em 1973, uma campanha linda! Na primeira fase classificou-se em segundo lugar, atrás da Penapolense:
Na segunda fase liderou o grupo desclassificando o poderoso Mogi Mirim!
E ainda saiu invicto da final, com dois empates e uma dolorosa derrota nos penaltys para o Independente de Limeira… Aliás, naquele ano não houve acesso e ambos os times permaneceram na Terceira Divisão.
Esse foi o time do vice campeonato de 1973:
Aqui, o time de 1975:
Aqui, o amigo Benê de Marília, no time da Cafelandense!
Com o fim do profissionalismo, em 84, logo se desfez a antiga fusão entre Glória FC e Cafelândia FC (em 88), mas mantendo a Associação Cafelandense de Esportes. Em 1990 foi realizada uma reunião com a finalidade de ressuscitar o Glória FC.
A Cafelandense permaneceu voltou a disputar uma competição amadora em 1990, participando do Campeonato Amador da Região de Bauru – Setor 68, tendo conquistado o título da região em 1992, 94 e 96. Esse foi o time de 1990:
Em 2016 retornou às suas atividades participando da 1ª Taça Paulista, Grupo Especial, Sub-18, organizada pela Liga de Futebol Paulista.
Que cidade, que história… Espero que em breve possamos ouvir falar novamente no futebol de Cafelândia!
Puxa, tanto que a gente viaja pra registrar estádios pelo Brasil e mundo afora e acabamos deixando de visitar os estádios, aqui do ABC. Por isso, o post de hoje começa a cumprir esta missão, por um estádio de São Bernardo do Campo.
São Bernardo do Campo é a cidade mais populosa do ABC, com cerca de 880 mil pessoas, e uma história muito importante pra região, já que inicialmente abrangia todas as atuais cidades do Grande ABC. Neste mapa da região metropolitana dá pra ter ideia do que seria uma cidade única no ABC:
Vale lembrar que foi em São Bernardo que futebol, política, economia e sociedade se interligaram, durante as greves dos metalúrgicos, em pleno regime militar, o Estádio 1º de Maio (na época, Estádio Distrital da Vila Euclides) foi a sede do comício que reuniu milhares, colaborando diretamente com o movimento das “Diretas já“, tendo como uma das lideranças, o futuro presidente Lula.
O segundo fato relativo à cidade é a cena cultural formado pelas bandas de hardcore com sonoridade próxima das finlandesas (vai ouvir Rattus, ou Força Macabra, pra entender), das quais escolhi o Ulster para ilustrar, por se tratar de uma banda antiga (de 1979), importante e impacatante. Mas poderíamos lembrar do Brigadas do Ódio, Ação Direta, Negative Control, F.D.S., entre outras.
O nome “Ulster” é uma referência à cidade irlandesa onde atuava o grupo terrorista IRA. Além do som rápido, agressivo e barulhento, eles tocam com um visual bem diferente, com rostos cobertos por um capuz negro.
Nosso foco hoje é falar do estádio de um dos times de São Bernardo do Campo que disputou o Campeonato Paulista Profissional: o Grêmio Esportivo Taboão. Mas o futebol do ABC tem outros times e outras histórias, caso queira conhecer mais, veja aqui o Mapa do Futebol no ABC, desenhado pelo Victor Nadal.
O Grêmio Esportivo Taboão foi fundado em 20 de janeiro de 1969, mas na verdade o time deu sequência ao legado do Esporte Clube Taboão, fundado em 1947. O time disputou seis edições da terceira divisão do Campeonato Paulista, de 1982 a 1987. Aqui, os resultados de sua participação em 1984, da qual não passou da segunda fase:
Aqui, os resultados de 1985, quando o Grêmio Esportivo Taboão não passou da primeira fase:
Em 86, mais uma vez o time não passou da primeira fase da terceira divisão, com os resultados:
Alguns recortes de jornal fornecidos pelo Dagoberto, do atual time:
Além disso, o GE Taboão disputou três edições da quarta divisão, entre 1988 e 1990. Aqui, a tabela de jogos da 4ª divisão de 1989 (antes que você pergunte, não só a mídia, mas a própria federação chamava a 4a divisão de “Terceira” porque a primeira divisão era chamada de “especial”:
Aqui, uma foto do time:
Nessas competições o time teria utilizado algumas vezes o Estádio do Baeta, mas também mandou os jogos no seu Estádio. E fomos até lá, no bairro do Taboão, conhecê-lo!
Aqui uma olhada no meio campo:
Aqui, o gol do lado esquerdo (pra quem está na arquibancada):
Aqui, o gol do lado direito:
O time ainda segue jogando no amador, como se pode ver:
Em suas arquibancadas, há capacidade para pouco mais de mil torcedores:
O belo distintivo do Grêmio Esportivo Taboão está ali na parede!
A foto é olhando pelo outro lado do campo, e fomos até lá conferir essa vista!
Os bancos de reserva:
Uma visão de dentro dos bancos:
Pode se perceber que o bairro do Taboão segue crescendo e se verticalizando…
É sempre bacana olhar o nome do time ali na parede.
O campo do Taboão segue no meio do bairro, entre uma parte mais urbanizada e um córrego, junto a um piscinão. Não é o cenário mais lindo do mundo. Mas, o futebol ajuda a mudar essa percepção.
O Grêmio Esportivo Taboão ainda é motivo de orgulho e alegria de um monte de gente envolvida com o time.
Mesmo que se sinta espremido por entre o bairro que insiste em crescer, o terrão e a arquibancada seguem firmes.
Pra não deixar a gente esquecer que tudo tem sua história. E, felizmente, tem futuro.
O futuro do Grêmio Taboão segue sendo escrito pelas ações dos atletas e do pessoal que coordena o time.
Talvez não vejamos o time de volta ao profissional. Mas o leão seguirá empunhando a bola, firme e forte.
E o campo seguirá resistindo ao cimento…
Um grande orgulho registrar esse estádio que levou o futebol do bairro do Taboão para a história do futebol profissional paulista!
Aproveitando o post anterior sobre o futebol capixaba (veja aqui como foi), a 164ª camisa de futebol do nosso blog vem, pela primeira vez, do Espírito Santo. Conseguimos a camisa na nossa viagem até Vitória, onde pudemos conhecer alguns estádios locais e as belas praias do estado capixaba.
A camisa pertence ao Rio Branco Atlético Clube, o “Capa-Preta” do Espírito Santo.
O time foi fundado em junho de 1913, como “Juventude e Vigor”, e no ano seguinte mudou seu nome em homenagem ao Barão de Rio Branco. Seu mascote é uma homenagem a um excêntrico torcedor que ia aos jogos com uma capa preta:
É o maior detentor de títulos capixabas: são 36 campeonatos. E é também um time bastante democrático, tendo disputado as séries A, B, C e D do Campeonato Brasileiro.
Mandava seus jogos no “Estádio de Zinco“, mas a partir de 1936 passou a mandar seus jogos no Estádio Governador Bley, na época, o terceiro maior do Brasil, ficando atrás apenas do São Januário, do Estádio das Laranjeiras.
O Rio Branco conquistou seu primeiro título em dose dupla: um bi-campeonato em 1918/1919, e esse era o time:
Em 1929/1930, novo bicampeonato! E se o começo foi marcante, a sequência do Rio Branco foi ainda melhor, com a conquista do hexacampeonato entre 1934 e 1939. Nessa época, o capa-preta ficou em terceiro lugar na Copa dos Campeões Estaduais de 1937, a primeira competição nacional, do Brasil. Mais um bicampeonato em 1941/1942, aqui, o time de 1942:
E não parou por aí. Vieram um tricampeonato entre 1945 e 1947, e mais dois campeonatos em 1949 e 1951. Em 1957, outro título!
A década de 60 trouxe outros 5 títulos, assim como nos anos 70. Em 1982, nova conquista estadual com o elenco:
Em 1983, um novo motivo de orgulho para o time: a construção do mais moderno estádio do estado, o Estádio Kleber Andrade, que nunca teve suas obras finalizadas, mas foi inaugurado em um amistoso contra o Guarapari. No mesmo ano, sairia mais um título, com o time abaixo:
Ainda nesse ano, outro detalhe importante, o técnico Luxemburgo, começava sua carreira no time do Rio Branco!
Chegamos a 1985, e mais uma conquista, dessa vez, frente a mais de 25 mil torcedores!
A conquista do estadual levou o Rio Branco a disputa da série A do Brasileiro de 1986, veja um resumo de como foi esse ano tão especial, para a torcida do Rio Branco!
Os times visitantes sentiam a a pressão da torcida, só pra se ter uma ideia, no jogo contra o Vasco, mais de 50 mil torcedores estiveram presentes.
O time conseguiu uma boa campanha e manteve-se na série A, em 1987. Porém, os anos 90 trouxeram o fim dos sonhos (isso aconteceu com muitos times). Vieram as dívidas e os títulos secaram. O time chegou a cair para a segunda divisão estadual. A retomada veio em 2003, quando torcedores do time começaram um movimento pela recuperação do Rio Branco, até que em 2008, o clube saldou suas dívidas, com a venda do seu estádio para o governo. Finalmente, em 2010, o time voltou levantar o caneco de campeão, 24 anos depois do último título.
Quando as coisas pareciam se acertar, em 2013, ano do centenário do clube, o Rio Branco acabou rebaixado no Capixaba. Não é fácil a vida do torcedor… Para maiores informações sobre o time, visite o www.capapreta.com, feito pela própria torcida do Rio Branco.