No feriado de Corpus Christi de 2023, tivemos a oportunidade de acompanhar uma partida do EC Santo André em São João del Rei contra o time do Athletic Club.
Claro que aproveitamos para registrar o Estádio Joaquim Portugal e você encontra maiores detalhes no post que fizemos só sobre isso (veja aqui):
Mas a história do futebol em São João Del Rei é muito rica e acabamos indo atrás de maiores detalhes de outros times da cidade.
No segundo post sobre o futebol em São João del Rei, falamos sobre o Estádio João Lombardi, a casa do Minas FC (confira aqui o post)
No terceiro post sobre o futebol em São João del Rei, falamos sobre o Estádio Paulo Campos, a casa do Social FC e do Figuerense EC (confira aqui o post)
Nesse quarto e último post vamos falar sobre o América Recreativo e Futebol, time fundado em 14 de abril de 1939 e o seu incrível Estádio Ely Araújo.
O América Recreativo e Futebol foi fundado por apaixonados pelo futebol, entre eles João Veríssimo da Silva, pai de Telê Santana e um apaixonado pelo América da capital mineira (provavelmente o nome é uma homenagem). Em 1948, o próprio Telê jogou pelo time de São João del Rei!
O AméricaRF participou de diversas competições amadoras envolvendo os times da região, até que em 1967 se profissionalizou e disputou o Campeonato Mineiro da Segunda Divisão, terminando em 3º lugar no seu grupo.
Em 1968, nova disputa e dessa vez a 7ª colocação.
Em 1969, foi criada mais uma divisão no Campeonato Mineiro, e assim, o América RF passou a jogar a Terceira Divisão, mas apenas 2 equipes toparam participar no grupo: o próprio América e o Athletic, que venceu os dois jogos: 2×0 e 2×1 e fez a final com o Nacional de Muriaé.
O time se licenciou e só voltou a uma competição oficial em 2006, disputando o Campeonato Mineiro Feminino da 1ª Divisão em 2006, ficando na 3ª colocação do seu grupo e depois disputando o Campeonato Mineiro Feminino regional.
Atualmente está de volta às disputas amadoras:
E por isso fomos até o Estádio Ely Araújo, registrar o local onde o América vem escrevendo sua história.
O Estádio fica na Avenida Leite de Castro, e atrás dele passa um braço do Rio das Mortes. Essa é a entrada do Estádio, bem singela, eu diria, mas é um graaaande corredor até chegar no estádio (veja no mapa abaixo que vai entender).
Há uma pequena placa indicando o nome do Estádio: Ely Araújo!
Uma placa menor indica que em 99 houve a inauguração de uma parte das arquibancadas.
Entrando por esse corredor chegamos ao Estádio. Vamos dar uma olhada:
O distintivo do América está presente em várias as paredes do clube! Aliás, tem um lindo ginásio, mas acabei não fotografando 🙁
O futebol e a religiosidade sempre andaram meio juntos… E no caso do América e do Estádio Ely Araújo não é diferente: olha o pequeno altar que existe na entrada do campo:
Chegando ao campo, olha que bacana… O time veterano do América está se preparando para um amistoso! Só não entendi porque o uniforme do time agora é verde 🙁
E olha que louca a arquibancada coberta, logo do lado da entrada do Estádio:
Do outro lado, também existe um outro lance de arquibancadas cobertas:
Vamos curtir um pouco do clima do pré jogo:
E olha aí o time posando para a foto:
E pra finalizar, o nosso tradicional registro do gol do lado direito:
Aqui, o gol do lado esquerdo:
E aqui, o meio campo:
Foram apenas 2 dias pela cidade de São João del Rei , mas deu pra ter ideia da importância e da grandeza do futebol local para a cidade!
No feriado de Corpus Christi de 2023, tivemos a oportunidade de acompanhar uma partida do EC Santo André em São João del Rei contra o time do Athletic Club.
Claro que aproveitamos para registrar o Estádio Joaquim Portugal e você encontra maiores detalhes no post que fizemos só sobre isso (veja aqui):
Mas a história do futebol em São João Del Rei é muito rica e acabamos indo atrás de maiores detalhes de outros times da cidade.
No segundo post sobre o futebol em São João del Rei, falamos sobre o Estádio João Lombardi, a casa do Minas FC (confira aqui o post)
Nesse terceiro post vamos falar sobre o Social Futebol Clube, time fundado em 15 de setembro de 1939 e o seu lindo Estádio.
O Social FC nasceu no bairro humilde de Matosinhos, e teve como grande benfeitora a “Dona Cotinha” que doou o terreno para que fosse construído o clube. Seu primeiro presidente foi Joaquim Zito de Souza, que dividia a atenção do cargo sendo também o fanático chefe de torcida.
Conhecido como “O Xavante de Matosinhos”, remetendo à bravura dos indígenas que por tanto persistiram à invasão portuguesa e bandeirante, iniciou sua vida disputando competições e amistosos locais, e em 1948 conquistou seu primeiro título da Liga Municipal de São João del Rei.
Em 1951 veio e segundo título, e em 1955, o terceiro com o time abaixo:
O time passou a sofrer baixas entre seus atletas que acabaram “comprados” pelos times rivais, que tentavam não apenas se fortalecer, mas abalar o time socialino. Como solução à crise, a diretoria decide profissionalizar o time e em 1966 o Social FC disputa a “Zona Metalúrgica” da segunda divisão:
Em 1967, mais uma disputa da segundona:
Aqui, a tabela de 1968, quando termina em 8º lugar da sua chave, terminando sua participação no futebol profissional:
Em 1968, o Social FC passa por uma nova crise: sem os documentos que comprovassem a posse, perdem seu campo para os herdeiros de Dona Cotinha, e o terreno acaba loteado. Como última ideia sugere-se a troca da sede social por um terreno para se construir o estádio, obtendo a escritura oficial no ano seguinte. Mas de 1969 a 1975, o Social FC permanece inativo. Em 1975, tendo como presidente Octávio de Almeida Neves, irmão de Tancredo de Almeida Neves, começa a construção do atual estádio.
Em 20 de junho de 1976 é organizada a partida entre Social FC x Minas FC, para inaugurar o Estádio para a felicidade e emoção da torcida socialina, que mais uma vez veria o Social FC vencer em campo (2×0) e honrar a camisa ”xavante”. O sonho voltava a ser realidade!
De volta ao amadorismo, em 1979 o Social FC ganha outro título da Liga Municipal.
Em 30 de novembro de 1988, o Estádio Paulo Campos reabriu seus portões ao público para inauguração do lance de arquibancada e da nova iluminação, culminando com a entrega de faixas aos Campeões Invictos de 1988, contra o Tupi F. C. de Juiz de Fora.
O time ainda levantaria o caneco municipal em 1988, 1995–1996 e 2001. Este é o time de 2017:
E em pleno 2023, lá fomos nós conhecer o Estádio Paulo Campos
A placa interna do estádio datada de 1986deu a entender que só nessa data, foi oficializado o nome “Paulo Campos”.
Pausa para mais uma arquibancada registrada!
Mas sigamos curtindo o rolê pela área interna:
Em uma das paredes internas encontramos o hino do clube!
O estádio, embora pequeno, é super bem cuidado, veja que linda a arquibancada coberta:
Vale esclarecer que existe uma arquibancada na outra lateral, também coberta. Somadas, tem capacidade para cerca de 1.500 torcedores:
A presença em um estádio inédito é sempre emocionante…
Mas fica ainda melhor quando se tem a oportunidade de acompanhar uma partida de um time tão bacana quanto o Social Futebol Clube!
Aproveitei para registrar a foto da camisa do Social FC:
Curta aí o clima de um estádio histórico:
Olho no lanceeee!!!
Olha os bancos de reservas:
O jogo era dos times veteranos, mas mesmo assim estava bem corrido!
Nosso tradicional registro do meio campo:
O gol da direita:
O gol da esquerda:
Antes de encerrar, vale reforçar que outro time utilizou esse estádio como casa no futebol profissional: o Figuerense Esporte Clube!
O Figueirense Esporte Clube foi fundado em 19 de outubro de 1975, inicialmente como um clube amador. O nome é uma homenagem ao homônimo de Santa Catarina.
Com o sucesso nas disputas amadoras, a partir de 2005, o Figuerense EC decidiu se profissionalizar e disputou a Segunda Divisão do Campeonato Mineiro (o terceiro nível do campeonato), fazendo uma campanha fraca em sua estreia:
Em 2006, nova disputa, e uma sensível melhora:
Em 2007, se licencia e abandona o profissionalismo, retorna para disputar a edição de 2015, quando sagra-se campeão do seu grupo, mas acaba eliminado no hexagonal final.
Volta em 2019.
Em 2020 desiste da disputa da Segunda Divisão, mas retorna em 2021, sendo eliminado na primeira fase:
Em 2022, mais uma vez eliminado na primeira fase:
O FiguerenseEC não disputará a Segunda Divisão do Campeonato Mineiro, tampouco o Social FC, o que significa que o Estádio Paulo Campos não terá futebol profissional neste ano…
No feriado de Corpus Christi de 2023, tivemos a oportunidade de acompanhar uma partida do EC Santo André em São João del Rei contra o time do AthleticClub.
Claro que aproveitamos para registrar o Estádio Joaquim Portugal e você encontra maiores detalhes no post que fizemos só sobre isso (veja aqui):
Mas a história do futebol em São João Del Rei é muito rica e acabamos indo atrás de maiores detalhes de outros times da cidade.
Nesse segundo post vamos falar sobre o Minas Futebol Clube, fundado em 15 de agosto de 1916. O distintivo, que veio do site História do futebol, tem suas cores (azul e branco) em homenagem à Nossa Senhora da Glória.
O time do bairro Tejuco é conhecido como o “Leão da biquinha“, por conta de um circo que ficou muito tempo nas cercanias e tinha um leão como principal atração e pela bica d’água que existia por ali (eu nã. Olha o leão eternizado em frente ao Estádio João Lombardi!
O Minas FC iniciou sua vida disputando partidas e torneios locais, entre eles amistosos com grandes potências, como o Botafogo-RJ.
Quem fez história pelo clube foi Tancredo Neves, que além de atleta, foi presidente entre 1942 e 1946. Aqui, o time de 1960:
Em 1961 foi a vez do Fluminense visitar o Minas FC e os visitantes venceram por 3×0. Olha o Telê Santana com a camisa do Flu:
Em 1966, o Minas FC aderiu ao futebol profissional, classificando-se para as finais do Campeonato da Segunda Divisão. Na fase semifinal acabou eliminado para o USIDA.
Em 1967, novamente disputou a segunda divisão, mas terminando na 6ª colocação.
Aqui, a classificação do Campeonato Mineiro da segunda divisão de 1968:
Em 1969, o time acabou desistindo antes do início do campeonato e limitou-se a seguir nas disputas da Liga Municipal de Desportos de São João del Rei, vencendo-a por 14 vezes.
E para ajudar a eternizar tanta história, lá fomos nós conhecer o Estádio João Lombardi!
Então, vamos lá para mais um estádio de futebol que recebeu o futebol profissional!
E olha o distintivo do Minas FC aí na entrada do Estádio João Lombardi:
Lá dentro, o estádio segue muito bem cuidado e fizemos o nosso tradicional olhar no meio campo…
O gol da direita:
E o gol da esquerda:
Olha aí o banco de reservas:
Foi aqui que o Minas FC fez suas disputas que marcaram a história do time! Curta mais um momento lá dentro!
Existe uma singela arquibancada atrás do gol de entrada:
E tem arquibancadas também em ambas as laterais:
O Estádio João Lombardi é mais um que sobrevive bem em meio ao centro da cidade, mas o ponto positivo é que fiquei com a impressão que ele é bastante movimentado!
Bom ver que a molecada tem participado com entusiasmo dos dias atuas do Estádio João Lombardi!
No dia em que estivemos por lá, ia rolar um jogo contra a AA São Caetano, local, um time cujo estádio não visitamos, mas que também tem sua importância.
Uma imagem retirada do Google Maps para registrar sua sede:
Quarta Feira, 7 de junho de 2023. A série D do Campeonato Brasileiro tem um jogão nessa rodada: Athletic Club x EC Santo André. Sendo véspera de feriado pudemos viajar até São João del Rei para conhecer novos estádios, em especial o Estádio Joaquim Portugal, a casa do Athletic Club.
Mas antes de falarmos sobre o riquíssimo futebol de São João del Rei, vamos relembrar um pouco da história da cidade.
Muito antes da presença europeia, a região era ocupada pelos incríveis Puris, indígenas do tronco linguístico macro-jê, registrados no século XIX pelo alemão Johann Moritz Rugendas:
Aqui, outro quadro histórico (“Dança dos puris” de Johann Baptist von Spix) que retrata os puris, já com a presença de forasteiros europeus:
A chegada dos portugueses e bandeirantes à região se deu no início do século XVIII, como consequência do ouro descoberto na região na serra do lenheiro. O povoado começa a se formar em torno da Capela de Nossa Senhora do Pilar, incendiada em 1709 durante a Guerra dos Emboabas. Como você não lembra deste tema, o Eduardo Bueno te lembra:
A Capela incendiada deu lugar à Catedral Basílica de Nossa Senhora do Pilar concluída em 1750:
Aliás, São João del Rei é uma das cidades históricas da Estrada Real, o que significa a possibilidade de visitar várias igrejas e casarões dessa época.
A região também mantém boas lembranças da ferrovia, incluindo um museu!
Vale uma passada pelo mercado municipal também, afinal, quem não gosta de queijo, bom sujeito não é!
Enfim, lindos visuais históricos é o que não faltam nesta linda cidade!
Espero que você tenha a possibilidade de visitar a cidade um dia, porque além de tudo isso, São João del Rei conta ainda com vários times que fizeram história no futebol local, dos quais escolhemos 5 para conhecer mais.
Comecemos com o mais antigo deles, fundado em 27 de junho de 1909 com o nome de o Atlético Futebol Clube.
O nome atual, Athletic Club, só foi adotado a partir de 10 de agosto de 1913. Aqui, foto do incrível site História do Futebol:
Esse é o time de 1969:
E esse, o de 1970:
O Athletic Club é o terceiro time da sua região com mais participações na primeira divisão do Campeonato Mineiro, atrás do Olympic Club e do Villa do Carmo, ambos de Barbacena.
Em junho de 2009, o clube comemorou seu centenário, mas apenas em 2018, após 48 temporadas, retornou ao profissionalismo disputando o terceiro nível do Campeonato Mineiro, conquistando o acesso ao Campeonato Mineiro Módulo II de 2019.
Em 2020, o Athletic conquistou o vice-campeonato do Módulo II e o acesso ao Módulo I de 2021.
Assim, em 2021, o Athletic disputou o principal nível do estadual, o “Campeonato Mineiro Módulo I”, pela segunda vez em sua história, terminando em 8º lugar. Em 2022, foi eliminado pelo Cruzeiro, na semi final, mas sagrou-se Campeão do Interior e da Recopa.
Em 2023, mais uma vez chegou às semi finais, perdendo para o Atlético em um jogo bastante polêmico. Acabou mais uma vez Campeão do Interior. E ainda este ano está disputando a série D do Campeonato Brasileiro, e foi para um destes jogos que comparecemos a Estádio Joaquim Portugal.
Para registrar melhor o Estádio Joaquim Portugal fui até lá um pouco antes do jogo para aproveitar a luz do sol!
E consegui até chegar ao campo!
E à nossa bancada!
Dá uma olhada como é a vista:
Após um role pela cidade, era hora de voltar pro jogo, vamos lá!
Lá vem os times e a pirotecnia rola solta!
O Estádio é também chamado de Arena Unimed e fica no bairro de Matosinhos. Olha que bacana o placar eletrônico:
A nossa torcida se fez presente!
A capacidade do Estádio Joaquim Portugal é de 3.500 torcedores. E a torcida local fez uma verdadeira festa!
Durante o jogo eu parei pra pensar no que significa para a população local que ficou décadas sem ver o time em campo, vivenciar uma fase como a atual do Athletic…
Espero que os investimentos que foram feitos para este retorno sejam sustentáveis a longo prazo e que São João del Rei possa vivenciar outras noites como esta!
Os bancos de reserva ficam bem abaixo do espaço da torcida visitante.
Deu pra acompanhar o treinador do Santo André trabalhar desde o princípio.
O EC Santo André começou jogando bem, marcando alto e abriu o placar com um gol de penalty, mas após o gol, o time mudou a postura e se limitou a ficar na defesa.
E antes do final do primeiro tempo, o Athletic empatou!
Festa nas bancadas locais!
No intervalo é hora de conhecer e registrar detalhes do estádio.
Olha que bacana a cabine da imprensa:
Vem o segundo tempo e o time local aumenta a pressão…
E um penalty para o time local, traz a virada!
O Estádio vira um caldeirão, e dá pra sentir o quanto a cidade está abraçando a ideia de ter um time pra chamar de seu!
Pra nós… Resta acompanhar o término da partida e respeitar a vitória do adversário…
Nem o Ovídio no VAR pode evitar a derrota… A partida terminou 4×2 para os locais.
Embora o resultado tenha me deixado chateado, a oportunidade de registrar o Estádio Joaquim Portugal ajudou a minimizar a tristeza.
Sábado, 3 de junho de 2023. Não podemos perder as oportunidades que a vida entrega: viajar, ver o Ramalhão jogar em outro estado e ainda poder conhecer um novo estádio… Vamos à mais uma partida da série D!
Saímos de Santo André ainda de manhã, o que foi ótimo pois permitiu curtir a linda paisagem da Dutra, em especial a Serra da Mantiqueira e o rio Paraíba.
Dessa vez, a minha companhia foi a velha guarda da torcida Ramalhina: Ovídio, Gaúcho e Marques!
Antes de chegarmos no Estádio Luso Brasileiro, passamos pelo bairro de Olaria para pegar um pouco do jogo válido pela 2ª divisão carioca. Veja aqui como foi!
Depois dessa visita ao Estádio da Rua Bariri, a casa do Olaria AC, fomos finalmente até a Ilha do Governador!!!
Finalmente chegamos no Estádio Luso Brasileiro!
O Estádio Luso Brasileiro é a casa da Associação Atlética Portuguesa do Rio de Janeiro, fundada em 17 de dezembro de 1924.
Foi campeã da segunda divisão carioca em 1939, 1940, 1996, 2000 e 2003, além de duas edições da Copa Rio (em 2000 e 2016), e em 2021, ficou em 3º lugar! Olha aí o time de 1961:
O time de 1977:
O pessoal local nos recepcionou muito bem e rolou até um churrasco integrando as organizadas.
Esse grupo da série D tem conseguido organizar bons encontros entre as torcidas, mostrando que o futebol é sem dúvida uma incrível ferramenta de integração! Abraço ao amigo Francis!
E também para o Fabiano!
Depois de bater um papo com o pessoal, eu fui dar um rolê pelo estádio e conhecer um pouco do que ele oferece, a começar pela lojinha logo na entrada:
Olha que legal essa inscrição no chão, logo na entrada das catracas!
E o portão conta com um detalhe que eu acho muito legal e que era feito antigamente: o brasão do time construído dentro da própria ferragem:
O Estádio foi construído no início dos anos 60 e inicialmente abrigou um Jockey Club. mas em 2 de outubro de 1965, a Portuguesa recebeu ali o Vasco da Gama (que venceu por 2×0) e assim era inaugurado o Estádio de Futebol Luso Brasileiro frente a mais de 8 mil torcedores!
Existe ali uma incrível sala de troféus. Acho até que a Portuguesa deveria criar um sistema de rotação e ir apresentando cada um deles para o seu torcedor.
O ingresso custou R$ 20, a inteira e R$ 10, a meia entrada! E se o ingresso está nas mãos… À la cancha!
Como entrei mais cedo, deu pra aproveitar a luz natural pra registrar o Estádio em seus detalhes, como a linda marquise que cobre as cadeiras:
E vamos ao nosso vídeo apresentando o Estádio Luso Brasileiro! Dá pra ouvir o vento e entender porque ele também é chamado de Estádio dos ventos uivantes (aliás, esses ventos garantiram o primeiro gol de goleiro feito no Brasil)!
E que bonitas as cadeiras rubro verdes… Nós ficamos em uma das laterais da bancada.
As equipes de comunicação e imprensa parecem ter um belo espaço a sua disposição.
Os times ainda estavam aquecendo, mas aproveitei para registrar o meio campo:
O gol da direita, onde a Portuguesa aquecia:
E o gol da esquerda, onde o Ramalhão fazia seu aquecimento.
Nossas bandeiras, eternas companheiras!
E uma companhia inusitada: uma lua incrível!!!
Por estarmos quase ao lado da torcida local, foi difícil fazer umas fotos legais da torcida da Portuguesa, mas vale ressaltar que cantaram o jogo todo e fizeram da partida uma grande festa!!!
Inclusive fizeram um bom uso da pirotecnia na entrada da Portuguesa!
Destaque também para a mascote da Lusa: a Zebrinha! Mas do jeito que o time anda, já já esse mascote não combina mais…
A nossa torcida também merece elogios, afinal, não é assim tão simples a logística para uma viagem dessas!
E teve quem aproveitou pra matar as saudades do time, uma vez que está morando em terras fluminenses!
Os rojões indicam: é hora da festa começar!
Times perfilados!
Então, bola rolandooooo!!!
E a Portuguesa mostra que não lidera a chave a toa… Aos 3 minutos Marcelo Toscano faz 1×0 para a Lusa! E se a torcida já estava em festa mesmo antes do jogo, o rápido gol coloca fogo no Estádio Luso Brasileiro!!!
E a nossa cara de visitante fica como? Assim… Desanimado 🙁
E se perder faz parte, segure-se aí porquê aos 7 minutos Pedro Botelho faz 2×0. Escuta aí a festa lusitana:
E pra encurtar o sofrimento dos torcedores ramalhinos ao ler esse post, já vou dizer que aos 46 minutos do primeiro tempo, a Lusa faz 3×0. E esse é o resultado final da partida.
Quem marcou o gol foi essa aí: o endiabrado Lucas Santos… Aliás, que baita jogador, que veio de empréstimo do Vasco!
Daí pra frente foi esquecer o placar e curtir a experiência de estar nesse estádio tão bacana.
Nosso pessoal também sabe que a vida é assim. Ganhar e perder são diferentes faces da mesma moeda. Então curtimos juntos o nosso sofrer sabendo que 4ª feira já temos um novo desafio!
O segundo tempo foi um pouco mais parelho, mas a Portuguesa também deu uma segurada no ânimo…
Aí o goleirão da Portuguesa, que pouco trabalhou…
Ruan entrou no segundo tempo e fez uma boa partida, dentro do inferno astral que o time vivia…
Na hora de ir embora, um alo a alguns de nossos jogadores, torcendo para que o que ocorreu hoje tenha sido apenas um acidente de percurso…
E antes de ir embora ainda rolou um jantar na beira da estrada!!!
Domingo, 28 de maio de 2023. Momento de festa para a várzea de Santo André: é hora das quebradas ocuparem o Estádio Municipal Bruno José Daniel para acompanhar a final da divisão especial do Campeonato amador.
Olha que da hora essa faixa que representa a força das mulheres na várzea!
A várzea é a prova de que o futebol ainda é uma parte importante na vida dos brasileiros… Olha a festa na hora da virada do Alvinegro: 2×1 para os atuais campeões
Independente da vitória do Alvinegro, que o garantiu o bicampeonato seguido (tricampeonato no geral) não tira o mérito do Sacadura, nem dos demais times.
A várzea está muito bem organizada, e ainda vai chegar a hora do futebol profissional aprender com eles!
Esse post é uma homenagem ao Chong (Vinicius), presidente do CA Alvinegro que faleceu semanas atrás.
Mesmo existindo um boato sobre uma greve dos ferroviários, como os trens custam barato nessa época do ano, decidimos arriscar e conhecer a histórica cidade de Porto, e um pouco do futebol local.
Os trens são bem rápidos, nesse momento da foto, estava a 220 km/hora.
E assim, chegamos, na estação Campanhã, em Porto!
Claro que aproveitamos pra conhecer os lugares legais da cidade que tem uma história milenar, com origem num povoado celta, antes mesmo da chegada dos romanos. Quando da ocupação romana passou a ser chamado de Cale ou Portus Cale (de onde surgiria o nome Portugal). No ano de 711 d.C. os muçulmanos ocupam a Península Ibérica, liderados por Táriq Ibn Ziyad, que daria origem a uma série de desenvolvimentos tecnológicos utilizados nas grandes navegações e outras ações. Um período mágico para a região!
Como você deve imaginar, Porto é uma cidade litorânea e portuária hehehe.
Essa é a Ponte de D. Luís I, construída no século XIX por um aluno de Gustave Eiffel (que projetou a Torre Eiffel), que conecta Porto e Vila Nova de Gaia, por cima do rio Douro.
Quando D Pedro I voltou a Portugal viveu momentos complicados por ali na luta contra seu irmão.
A praia em Porto tem uma pegada bem diferente do que estamos acostumados aqui no Brasil.
Além disso, estava bastante frio e eu ainda não tava acostumado a usar as roupas certas pra essa temperatura, acreditando que o bom e velho bermudão daria conta…
Aqui, o “Molhe de Carreiros” que seria a base para o Porto de Carreiros.
As imagens são bem bonitas, e o mar bem arredio, ainda mais em um dia de vento e chuva.
Só faltou um futebol na praia, mas…. eis que um garoto e uma bola aparecem bem a tempo de matar a saudade!
Falando em água, na época, a água estava bem barata por lá… 16 centavos de euro!
Porto é o quarto município mais populoso de Portugal, e por lá vivem quase 250 mil pessoas, mas por conta da data e da greve eminente, as ruas estavam vazias…
Eu gosto quando a arquitetura de um lugar é inesperada, ou ao menos fora do que estamos acostumados a ver…
O centro da cidade também é muito bonito e bem antigo… Me sentia em meio às páginas de um livro de história.
Falando um pouco sobre o futebol local, existem 3 clubes que merecem destaque, começando pelo Sport Comércio e Salgueiros.
O Sport Comércio e Salgueiros foi fundado em 8 de dezembro de 1911 e fica na freguesia de Paranhos. O clube é um símbolo da resistência antifascista por suas ações na época do governo salazarista.
Disputou 24 ediç˜ões da 1ª Liga Portuguesa além de uma histórica presença na Taça da UEFA, na temporada 1990/91. Atualmente manda seus jogos no Complexo Desportivo de Campanhã, depois de vários anos jogando em Matosinhos e na Maia.
O segundo time da cidade que chama a atenção pela sua história e principalmente pelo seu presente é o Futebol Clube do Porto!
Fomos até o Estádio do Dragão para conhecer mais de perto sua história!
O FC Porto foi fundado em 1893, e teve um começo modesto, mas logo se estabeleceu como uma força dominante no futebol português.
Nos anos 1980, sob o comando do lendário José Mourinho, o FC Porto conquistou sucesso nacional e internacional, ao venceram a Liga dos Campeões da UEFA em 1987.
E desafiaram todos os prognósticos vencendo-a novamente em 2004.
Essas conquistas colocaram o FC Porto no mapa como um dos principais clubes europeus.
O FC Porto possui um impressionante histórico de sucesso na liga portuguesa, com vários títulos, tornando-se uma das equipes mais importantes de Portugal.
Durante a ditadura de Salazar, o clube também foi visto como um símbolo de oposição ao regime autoritário. Os seus torcedores, conhecidos como “Super Dragões”, sempre demonstraram uma paixão fervorosa pelo clube e uma fidelidade inabalável.
Encontrei um adesivo do pessoal da Resaca Castellana colado no estádio!
Fiquei anos sem publicar esse post porque não tinha fotos da parte interna do Estádio, mas com o primo Gustavo morando por lá, finalmente chegou a hora de oficializar o post!
Por fim, o terceiro time que quero destacar nesse post é o Boavista Futebol Clube.
O Boa Vista foi fundado em 1º de agosto de 1903, e, pra mim, tem uma das camisas mais bonitas do mundo… A era “quadriculada” se inicia em 29 de Janeiro de 1933 e é considerada como um segundo batismo do time. Na estreia da nova camisa, o Boavista bateu o Benfica por 4×0.
O Boa Vista FC manda seus jogos no Estádio do Bessa e lá fomos nós tentar conhecer mais esse templo do futebol…
O Boa Vista FC é o quarto time com mais títulos nacionais profissionais , atrás apenas de Porto, Benfica e Sporting. Esse foi o seu distintivo até 1933.
Infelizmente o estádio também estava fechado e se mostrou impenetrável!
Originalmente inaugurado em 1972, o Estádio do Bessa foi reconstruído em 2003, por isso é chamado de “Estádio do Bessa século XXI“.
O Estádio do Bessa possui lugares para 30 mil torcedores.
A cultura dos adesivos é muito forte entre as torcidas da europa…
E aí está Mari, em frente à porta 2!
E olha a pantera negra (símbolo do time) escalando o obelisco!!
Foi um role inesquecível e que merece uma segunda visita para conhecer a parte interna do estádio!
Domingo, 21 de maio de 2023. Nosso destino nesse domingo matinal é a cidade de Caieiras para acompanhar mais uma partida da série B do Campeonato Paulista.
Mas antes de falar sobre o jogo, vamos relembrar um pouco da história da cidade e do futebol local!
Praticamente colada à cidade de São Paulo, o teritório de Caieiras foi ocupado principalmente por tupinikins mas também por outros grupos indígenas até que os portugueses começaram a formar a cidade de São Paulo. A partir daí, as aldeias que não se deixaram incorporar pela nova ocupação foram se dirigindo cada vez mais para o interior, abandonando suas terras. Somente no século XIX houve o início da ocupação de Caieiras, graças a uma fazenda ao longo do Rio Juquery-Guaçu que iniciou a produção de cal, em fornos como esse:
Os primeiros moradores do novo povoado foram em sua maioria imigrantes italianos. Em 1883, é inaugurada a Estação Ferroviária Caieiras, que atualmente está tombada pelo CONDEPHAAT. Aqui, a estação em 1926:
Em 1890, teve início a fabricação de papel, com a Companhia Melhoramentos de São Paulo e desde então, a natureza local é formada basicamente por floresta de pinheiros e eucaliptos para alimentar a indústria. Em 1958, surge oficialmente Caieiras, emancipada por meio de um plebiscito.
O futebol em Caieiras começou no início do século XX. Segundo a página Caieiras Antiga, esse seria o primeiro time, em 1923:
O Colorado Caieiras é a quinta equipe da história de Caieiras a disputar competições oficiais. A primeira delas foi o Club Recreativo Athletico Ítalo-Brasileiro (CRAIB), fundado em 1º de junho de 1925, quando Caieiras ainda era um distrito de S˜ão Paulo (distintivo do site História do Futebol).
Em 1932, disputou a Primeira Divisão da APEA (importante reforçar que embora leve esse nome, este era o segundo nível do campeonato), terminando em 2º do seu grupo (apenas o primeiro – no caso, o Lusitano FC – se classificaria para a final). O CA Albion, do outro grupo, foi o campeão.
Em 1933, o CA Ítalo-Brasileiro foi o campeão do seu grupo, perdendo a final para o time da Fábricas Orion.
Em 1934, acabou em 7º lugar. Com a segunda guerra, o time muda de nome para Brasil Futebol Clube, cuja sede ficava no Monjolinho. E pouco se sabe do time, uma vez que abandonou as competições oficiais. Aqui um registro do time nos anos 50:
Este o time de 64:
A segunda equipe na verdade apenas usou a cidade como sede: o Sport Club Paulista. Distintivo direto do site Escudos do Mundo Inteiro:
O time foi fundado em 13 de abril de 2000 como Sport Clube Campo Limpo Paulista, na cidade de Campo Limpo Paulista.
Assim, em 2001, jogando em Caieiras, o SC Paulista fez uma ótima campanha pela série B3, terminando a primeira fase em 2º:
Também termina a segunda fase em 2º lugar.
Acaba eliminado na semifinal pelo Corinthians B, após um empate em Caieiras por 2×2 e uma derrota na capital por 2×0. Ainda assim, conquista o acesso à série B2 de 2002, onde fez uma campanha muito ruim, terminando em 14º lugar. Em 2003, retornou a Campo Limpo Paulista reassumindo seu nome antigo. Mas neste mesmo ano, a cidade teve seu 3º time disputando as competições profissionais: o Força Esporte Clube.
O Força Esporte Clube foi fundado em 16 de maio de 2001, como um desdobramento do movimento sindical para o esporte. Em 2003 estreou em competições profissionais, e começou bem. Classificou-se em 2º lugar na primeira fase…
E termina a segunda fase em 1º, conquistando o título da Série B3!!
Em 2007, jogou a Bezinha (essa mesma onde hoje está o Colorado Caieiras) e conquistou o acesso, terminando na 3ª colocação.
Em 2010 acaba rebaixado e se licencia do futebol.
A 4ª equipe de Caieiras a disputar competições profissionais foi o Caieiras Esporte Clube, fundado em 4 de março de 2016.
Ainda em 2016, o Caieiras EC disputou a 1ª edição da Taça Paulista, organizada pela Liga de Futebol Paulista, mas o time não chegou a disputar as competições organizadas pela Federação Paulista.
Assim, chegamos ao 5º clube de Caieiras a disputar competições oficiais e o foco da nossa visita de hoje ao Estádio Municipal Carlos Ferracini: o Colorado Caieiras FC!
O Colorado Caieiras Futebol Clube LTDA foi fundado em 2019 e filiado à Federação em 2021, disputando no mesmo ano o Campeonato Paulista da Segunda Divisão, e assim como os demais times da cidade, citados acima, manda seus jogos no Estádio Municipal Carlos Ferracini, e por isso, fomos lá conhecê-lo!
O estádio fica numa baixada: do lado direito é a entrada para os visitantes, subindo um escadão lá pelo lado esquerdo, temos a entrada dos torcedores locais!
Olha aí a antiga bilheteria! Mas hoje compramos os ingressos ali na sede do clube mesmo.
E não é que a Mari levou o pé quebrado pra passear…
E outra presença importante são estas duas gerações responsáveis pelo incrível canal Interior Total!
Olha como ficou da hora o trabalho deles neste jogo:
Vamos dar uma geral no Estádio?
Algumas placas indicam obras realizadas nos anos 90, mas o Estádio Municipal Carlos Ferracini foi inaugurado em 10 de abril de 1980, tendo como primeira partida a vitória do time amador SAFUL (Sociedade Atlética Famílias Unidas de Laranjeiras), fundado em 7 de setembro de 1975, por 2×1 contra o time do EC Luso Brasileiro, do Bairro do Serpa.
Olha que lindo o distintivo do time ao lado dos brasões da Federação e da cidade!
Em campo, o então último colocado recebia nada mais do que o líder do campeonato, vindo de Santana de Parnaíba com um incrível retrospecto, invicto até então.
O estádio está muito bem aparelhado, tem até um espaço para garantir as transmissões esportivas.
Registramos o lado esquerdo do campo:
O meio campo:
O lado direito:
Confira comigo no replay esse olhar pelo campo:
E vale também curtir um pouco da batucada da torcida local!
Falando do jogo, o Colorado Caieiras fez 2×0 em menos de 20 minutos (Thomas e Matheus fizeram os gols) e botou o Ska Brasil pra correr atrás do resultado.
A partida se transformou em ataque contra defesa. Com um a menos, os mandantes se defendiam e tentavam de tudo para manter o placar e conseguir a primeira vitória na competição.
E a gente esteve aí presente pra tentar eternizar (ao menos enquanto a Internet persistir…) esse dia!
Um ponto negativo é que a capacidade do Estádio Carlos Ferracini é de pouco mais de 6 mil torcedores, mas nesta manhã, menos de uma centena de pessoas decidiram pagar ingresso e assistir à partida. Infelizmente, o que parece cada vez mais é que o brasileiro esqueceu sua paixão pelo futebol, e preferiu passar a manhã em casa, ou em outro lugar…
A torcida visitante também não se fez muito presente, mesmo tendo uma distância pequena entre Santana de Parnaíba e Caieiras.
Além de um dia ensolarado, as nuvens também deram um visual único ao estádio:
Um ponto interessante é que o estádio tem alguns pontos que dá pra galera assistir o jogo do lado de fora!
Lá do outro lado da arquibancada também é possível ter uma visão do campo, mesmo atrás do alambrado que cerca o estádio.
O 2º tempo foi praticamente ataque contra defesa, mas o bom goleiro do Colorado Caieiras garantiu os 3 pontos.
E como trabalhou o goleiro do Colorado Caieiras… Boa revelação!
O time do Ska Brasil fez de tudo, mas não conseguiu sequer diminuir o placar.
Matheus que foi expulso após o segundo amarelo acabou indo assistir a partida na arquibancada.
Fim de jogo, tempo pra aplaudir o time e quem sabe torcer por uma recuperação no decorrer do Campeonato…
Mas hoje, é hora de falarmos sobre a história, a sede e o Estádio do Palmeiras FC.
A primeira coisa interessante é que o Palmeiras de São João da Boa Vista não é uma homenagem ao homônimo da capital. O time foi fundado em 12 de janeiro de 1924, quando o alviverde paulista ainda era o “Palestra Itália”. Outra curiosidade é que seu distintivo tem as cores menos esperadas para um “Palmeiras“: preto e branco.
Uma das origens do nome do time é o antigo Largo das Palmeiras (atual Praça Coronel José Pires), onde se reuniram os atletas que não se encaixavam em nenhum dos times da cidade e decidiram fundar o Palmeiras FC, tendo sua sede construída na mesma avenida.
Até hoje mantém duas palmeiras em frente o lindo prédio (só o tempo estava com uma carona de chuva kkkk).
Sua sede é imponente e chama a atenção até os dias de hoje. Segundo o amigo Dawison Rodrigues Romeiro o clube tem uma cessão de comodato com a Unifeob (uma universidade da cidade) e mantém uma diretoria eleita com sócios patrimoniais do clube, ou seja, o patrimônio ainda é do clube.
Assim, o Palmeiras FC começa a disputar as competições locais, amistosos e torneios, tornando-se cada dia mais conhecido. Aqui, o time de 1938, ainda no campo da Vila Manoel Cecílio:
A partir de 1942, passa a disputar o Campeonato do Interior, competição de grande prestígio e importância. Utilizamos o livro “Os Esquecidos – Arquivos do Futebol Paulista” para levantar os dados dessa competição de 1942 a 1947.
O livro apresenta o grupo da 7ª região, onde estava o Palmeiras FC.
Em 1943, mais uma vez participou da disputa. O que eu mais amo nesse livro é a possibilidade de conhecer outras equipes que em alguns casos sequer chegaram a participar de edições do Campeonato Paulista (com direito a conhecer seus escudos).
O Campeonato de 1944 traz como novidades outros times de São João da Boa Vista: o Clube Atlético Prata e o Comercial EC.
Aqui, o grupo de 1945:
Em 1946, mais uma disputa!
Em 1947, esse foi o grupo do Campeonato do Interior:
Sua rotina de fazer história no Campeonato do Interior segue, até que em 1950 sagra-se campeão! Pena que no poster abaixo não dá pra ler a campanha…
Em 1955 inaugura seu estádio contra o Guarani, mas após empatar em 1×1 no primeiro tempo, acaba derrotado pelo onze campineiro por 5×1.
O time segue evoluindo e em 1955 novamente sai campeão do seu setor no Campeonato do Interior!
Em 1956, disputa um amistoso com o SC Corinthians da capital (o alvinegro paulistano vence por 4×2) em 13 de maio. O público é considerado recorde do estádio! Ainda em 1956, faz sua estreia na Terceira Divisão do futebol paulista, classificando-se em primeiro no seu grupo, a “série C”:
Na segunda fase, acabou caindo de produção e o Elvira chegou à final.
O time abandona o Paulista mas em 1957 faz incrível campanha no Campeonato do Interior, conquistando o título do seu setor:
Aqui, uma linda imagem do derby contra a Sanjoanense, válido pelo 1º turno.
Em 1958, inaugura as arquibancadas do seu estádio:
No mesmo ano (1958) vence o setor 36 da zona 23 do Campeonato do Interior tornando-se tetra campeão.
Em 7 de janeiro de 1961, o Palmeiras FC inaugura os refletores do Estádio Getúlio Vargas Filho novamente contra o Guarani. Outra vitória dos campineiros (2×0).
Em 1962, retorna ao profissionalismo disputando a Segunda Divisão Profissional (o terceiro nível do futebol paulista), terminando na 6ª colocação da série João Havelange.
Em 1963, apresenta-se como um adversário difícil de ser batido! E assim, classifica-se em 2º lugar do grupo.
Na segunda fase, novamente classifica-se em 2º, dessa vez para a fase final.
Na fase final, termina em um honroso 4º lugar.
Em 1964, termina em 3º lugar e não se classifica para a fase seguinte.
Em 1965, termina em 2º no seu grupo (apenas a AA Orlândia se classifica para a fase final). Em 1966 vence o seu grupo, na primeira fase.
Na segunda fase acabou desclassificado, ainda que tenha terminado em 3º lugar.
Em 1967 foi convidado a disputar o segundo nível do Campeonato Paulista, mas vai mal na competição, terminando a primeira fase em 6º lugar. Ao fim do campeonato, o Palmeiras FC abandona o profissionalismo, retornando apenas em 1971, ainda na segunda divisão, terminando em 4º e não se classificando para as fases finais.
Em 1972, novamente não disputa, mas mantém-se na segunda divisão de 1973 quando também não avança à fase seguinte. Em 1974, desiste da competição antes do seu início, retornando em 1975, quando classifica-se para a segunda fase, mas não chega à final.
Em 1976 faz uma má campanha e passa a jogar o terceiro nível do futebol paulista a partir de 1977. Em 1978, joga a Primeira Divisão Profissional (o equivalente à terceira divisão do Campeonato Paulista), classificando-se para a segunda fase.
Na segunda fase, consegue se impor frente a difíceis adversários e classifica-se para a terceira fase, quando é eliminado da final.
Em 1979, faz história! Classifica-se para a segunda fase com uma campanha um pouco irregular…
Mas na fase final, vence 11 dos 12 jogos e torna-se campeão da 3ª divisão!!!
O Facebook do amigo Manolinho Gonzales (grande pesquisador do futebol do interior paulista) apresenta uma incrível foto do time que garantiu o acesso à segunda divisão!
Na foto abaixo, o capitão Gaúcho Lima e o presidente Dr. Antenor José Bernardes recebem o troféu!
Aí a foto do time com a faixa de campeão:
Naquele ano, o Palmeiras F.C. enfrentou a Ponte Preta celebrando a transferência do atacante Mirandinha Newcastle para São João da Boa Vista.
Em 1980 volta à segunda divisão e faz uma campanha mediana, terminando em 6º lugar na primeira fase e em 3º na segunda fase. Em 1981, um campeonato longo viu um Palmeiras FC bastante maduro, terminando a 1ª etapa da 1ª fase em 2º lugar.
Na 2ª etapa da 1ª fase, termina em 5º lugar.
Na 2ª fase, termina um honroso 3º lugar.
Assim, classifica-se para a fase final, quando termina em último do seu grupo.
Em 82,83 e 84 consegue bons resultados mas o Palmeiras FC não chega na fase final. Em 1985 tem uma campanha mais fraca, terminando a fase inicial em 7º lugar. Em 1986 e 87, volta a apresentar bons resultados mas sem chegar à fase final. O time de 1988 acabou se tornando emblemático porque vários daqueles jogadores vieram para o Santo André no ano seguinte, casos de Luciano, Rizza, Chaléu, Preta e Rildo. Mas na prática o time foi mal e não passou da 1ª fase…
Em 1989, embora tenha sido eliminado na primeira fase da chamada “Divisão Especial”, disputou em 3 de setembro de 1989 um amistoso contra o Corinthians no Estádio Octávio da Silva Bastos (CIC).
Não disputa o paulista de 1990, mas em 91 mantém se na segunda divisão, terminando a primeira fase em 5º lugar. Em 92, uma campanha ruim, terminando na última posição de seu grupo. Em 93, novamente termina em último. Com a reorganização do campeonato paulista, o Palmeiras FC joga a 4ª divisão, mas o time perdera sua força e termina em penúltimo. Em 1995, joga a série B1B e termina em 6º lugar, licenciando-se do futebol. Volta para o último suspiro, na 5ª divisão de 98, quando abandona o profissionalismo até os dias atuais.
Com tanta história, ficamos animados de poder conhecer e registrar o Estádio Getúlio Vargas Filho!
Em meio à tradicional arquibancada, existe uma cabine de imprensa que homenageia o narrador Luis Roberto de Múcio, natural da cidade de São João da Boa Vista.
Quem será o atleta retratado na parede ao fundo da arquibancada?
O estádio conta com sistema de iluminação até os dias de hoje.
Um olhar mais de perto da arquibancada…
O estádio fica literalmente colado à estrada de ferro.
Olha aí o portão 2:
Aqui, dá pra ter uma ideia geral do estádio e do campo:
É um verdadeiro alçapão!
Dá pra sentir no ar uma certa nostalgia de dias em que milhares de torcedores ocupavam suas arquibancadas para vibrar com o Palmeiras local!
Até uma pequena arquibancada coberta existe ali do outro lado:
E claro, registro minha presença em mais um templo do futebol!
Alguns degraus de cimento em torno de um gramado… Tem algo mais simples e mais romântico?
Lá ao fundo, é onde passa a linha do trem.
Achou que faltava o nome do Estádio? Aí está ele!
Até ali atrás do gol existe um pequeno espaço para torcedores.
Agradeço a vizinha que permitiu fotografar o estádio de cima do seu quintal!
Encontrei essa linda camisa exposta em um bar local!
E assim como a ferrovia coloca tudo em movimento, sigamos em busca de novas aventuras!