A angústia da Inter de Limeira!

Mais um domingo ensolarado e quente pelo interior paulista.

Dia da rodada final da segunda fase da Série B do Campeonato Paulista e dentre vários jogos, escolhemos ir até Limeira acompanhar uma das decisões desta fase.

O Estádio é o  Major José Levy Sobrinho, tradicional Limeirão, onde a Internacional manda seus jogos.
O adversário do dia é o “CATS” (Clube Atlético Taboão da Serra).
Confesso que já acostumei com o horário dos jogos da série B, o domingo matinal já está tomado na minha agenda para ir aos jogos com a Mari.

Pelo movimento do lado de fora, achei que o campo estaria cheio, só depois me dei conta que estava rolando um evento de cowboys e que infelizmente, o povo boleiro de Limeira não era muita gente…

Essa é a realidade do futebol no interior paulista.
Ao menos quem foi, foi para apoiar.
E lá estávamos nós…

Esse Estádio é magnífico.
Não só pelo tamanho e pela beleza, mas principalmente pelo seu valor histórico.
A vista também é muito boa…

Do lado “descoberto”, as organizadas da Inter ditavam o ritmo, cantando e apoiando o time, que precisava vencer a partida e ainda torcer por um tropeço do “Primeira Camisa” (time de São José) contra o Desportivo Brasil, em Jaguariúna.

Mais do que fazer sua parte, a torcida ainda tinha que ficar atenta ao radinho ouvindo as novidades do outro jogo.

O clima era de tensão total e para dar uma forcinha, a diretoria da Inter conseguiu começar o jogo com quase 20 minutos de atraso pela falta de um médico responsável.

O time da Inter começou vindo para cima, mas falhava nas finalizações. Na parte coberta, com pouco mais de 25 minutos o pessoal também já não tinha mais unha para roer, tamanha era a ansiedade pela classificação.

O placar era de 0x0, mesmo resultado do jogo em Jaguariúna.

Embora o time do Taboão já estivesse classificado, em momento algum eles deixaram de jogar com seriedade, dificultando a vida do time local.

Mas a verdade é que para ficar ainda mais bonito, o Estádio merecia um público maior…

E era bola na área, chutes de longa distância, pressão no árbitro… A Inter fazia de tudo para abrir o marcador e no mínimo fazer a  sua parte.

As bandeiras tremulando lembravam a importância do resultado não só para a torcida, mas para a cidade de Limeira.

E a galera da Internação seguia com a bateria lembrando o time que “TEMOS QUE VENCER!!!

Momento artístico, retratando a torcida, os trapos, holofotes e demais objetos que fazem parte do dia-a-dia de quem curte estádio.

Basta olhar para as instalações do Estádio que a lembrança faz-se presente: 1986, a Inter, campeã paulista.

O pessoal da Interror sabia que era parte importante do esquema tático no jogo e fez bonito. Os torcedores cantaram e apoiaram o time, fazendo valer o fator campo.

E se não bastasse a torcida das pessoas presentes, lá estava uma outra figuraça do Estádio: o cão “Neguinho’‘, com direito até a camisa do time.

O tempo ia passando e cada minuto fazia o nervosismo aumentar. Dali de cima víamos que a Inter não conseguia traduzir em gols o domínio em campo.

É sempre emocionante acompanhar a luta de um time e sua torcida por um objetivo. Que bom seria se conseguíssemos levar isso para outras áreas da vida…

A união é o ato de maior força entre as pessoas, independente da vitória. A Inter vivia mais um dia de fortes sentimentos com seus torcedores.

E o sol forte minava as forças de quem se envolvia com o jogo até a última das emoções…

A Mari até aproveitou pra pegar um bronze…

E no meio de tantos sentimentos, percepções e preocupações… Saiu o tão esperado gol da Inter! Festa no Limeirão…

Depois do gol, aproveitamos para bater papo com alguns torcedores e quando vimos, já estava terminado o primeiro tempo. Aproveitamos para dar uma volta pelo Estádio e principalmente experimentar o Mega-Gelinho que eles vendem por lá, a R$2:

Aproveitamos também para conhecer melhor o “Neguinho”

No intervalo, não existe nenhum tipo de ação com os jovens torcedores, como vimos no domingo passado em Paulínia. Coincidência ou não, o número de crianças presentes no jogo foi pequeno. Ao menos, mulheres não pagaram pra entrar!

Fomos assistir ao segundo tempo na sombra e acho que não teríamos aguentado se tivéssemos ficado no sol. Não só pelo calor do dia, mas pelo calor do jogo.
Em Jaguariúna, o time do “Primeira Camisa” apertava o Desportivo Brasil, mas a grande dor aconteceria ali mesmo, no Limeirão.
Após bela jogada individual de um dos atletas do Taboão, a bola sobrou para o atacante visitante marcar e chegar ao empate.
O silêncio imperou por longos minutos…

A notícia do empate fez os jogadores da Primeira Camisa comemorarem, em Jaguariúna, mas a festa durou pouco. Minutos depois a Inter chegou ao seu segundo gol para delírio dos torcedores locais.

Dali pra frente, o jogo ficou morno. O Taboão aceitou a derrota e a Inter agradeceu.

As emoções agora estavam por conta do jogo de Jaguariúna. E o final em 0x0 foi mais comemorado que os gols da Inter. A combinação dava ao time de Limeira a classificação para a terceira fase da série B.

Agora é a hora do torcedor abraçar o time, esperamos retornar ao Limeirão e conferir um público maior, que é o que um time como a Inter merece.

APOIE O TIME DA SUA CIDADE!!!

Dérbi em Limeira!

12 de junho de 2010, dia dos namorados…
Uma noite que merece um passeio especial para comemorar…
Assim, não tive dúvidas em escolher como programa romântico, uma ida até Limeira para assistir a Independente x Internacional, pela segunda divisão, no Estádio Comendador Agostinho Prada:

Chegamos um pouco atrasados, e acabamos nos assustando com a bilheteria fechada…

Tivemos que convencer o pessoal a nos vender dois ingressos, afinal, estávamos vindo de Santo André só para o dérbi…

Chegamos no estádio e o público até que nos surpreendeu, de ambos os lados:

Aliás. o estádio do Independente me surpreendeu. Além de ser maior do que eu estava esperando, ele também está muito bem estruturado.

As torcidas do Independente estiveram presentes com suas faixas e cantos:

Até uma faixa no estilo europeu hooligan, apareceu por lá…

E também não faltou provocação ao rival local…

A galera gritou e apoiou bastante, deixando pra lá a atual má fase que passa o time do Independente.

Lá do outro lado, a torcida da Internacional também fazia sua festa, com direito a um belo bandeirão.

E se o jogo estava quente, o mesmo não podia se dizer do tempo… Um ventinho gelado fazia a temperatura parecer ainda mais baixa do que estava…

A gente tentou fugir do frio, apelando pra pipoca, mas… Estava mais pra sorvete do que para pipoca…

Mas o pessoal da Guerreiros não desanimou nem mesmo com o frio e seguiu apoiando o jogo todo!

E em campo, o bicho pegou! Nenhum dos dois times aceitava perder o dérbi…

Todo mundo colocou a canela na dividida, mostrando que a rivalidade entre as duas equipes já contagia o gramado!

E se a rivalidade tá assim no gramado, como é que andam as arquibancadas?

Bom, mas o jogo rolou sem nenhum problema extra campo.
Quer dizer, ao menos pro torcedor da Internacional, as coisas saíram bem, já que a Inter marcou 1×0 e decretou mais uma vitória em sua brilhante campanha feita até o momento, com incrível marca de 100% de aproveitamento em 6 jogos.
Ao torcedor do Independente, valeu a presença do torcedor, e valeu também reclamar junto ao alambrado!

Ou ao menos aproximar-se do alambrado para comprar um quitute, para o capítulo “Gastronomia de Estádio”…

Pra nós, valeu mesmo é ter participado de mais um capítulo importante da história do futebol, estando presente a um estádio maravilhoso, e vivenciando um dérbi, que já tem uma rivalidade enorme!

APOIE O TIME DA SUA CIDADE!!!

72- Camisa do CSA

A 72ª Camisa de Futebol pertence ao tradicional CSA, o Centro Sportivo Alagoano. Essa camisa eu trouxe, na minha viagem de fim de ano para a magnífica Maceió (veja aqui como foi).

O CSA foi fundado em 7 de setembro de 1913, na Sociedade Perseverança e Auxiliar dos Empregados no Comércio, por um grupo de desportistas e devido à data, o primeiro nomeadotado foi Centro Sportivo Sete de Setembro. O primeiro jogo do time azulino foi uma vitória de 3×0 contra uma equipe formada por alagoanos que estudavam em Recife. Antes de se tornar definitivamente “CSA” (em 1918), ainda viria a se chamar “Centro Sportivo Floriano Peixoto“.

Existe um excelente site sobre a história do futebol alagoano, o Museu dos esportes, onde se pode encontrar imagens históricas, como a do time de 1923:

O time possui desde seu início, enorme rivalidade com o outro time da cidade, o CRB, mas houve um jogo em que essa rivalidade foi vencida, em 1931, quando 2 jogadores do CRB foram convidados pelo treinador e jogador Tininho para reforçar o time do CSA num amistoso contra o América de Recife. Zequito Porto e Fonseca eram os convidados. Diretores do CSA chegaram a dizer que não concordavam com a presença dos jogadores do CRB, mas  Tininho peitou a diretoria e escalou os dois na partida em que venceram o América por 4×2 (Dois dos gols marcado por Fonseca). Coisa rara pra se existir entre dois rivais, não?

O time coleciona uma série de eventos memoráveis, por exemplo, achei uma foto de um dia em que o Garrincha disputou uma partida com a camisa do próprio CSA.

Outro grande momento foi o vice campeonato da Taça de Prata de 1980. De 1975 a 1979 disputou o Brasileirão (que chegou a ser jogado por 94 times), até então organizado pela CBD (Conferderação Brasileira de Desportos), com a criação da CBF, o time teve de disputar a Taça de Prata (equivalente à segunda divisão, ou série B, atual).

Mesmo perdendo a final para o Londrina, o CSA conquistou o acesso à divisão de elite do futebol brasileiro, do ano seguinte, com o time :

Em 1981, no seu retorno à elite… o time foi rebaixado, com o plantel abaixo:

Em 1982, o jeito foi disputar novamente a Taça de prata, e mais um vice campeonato, desta vez contra o Campo Grande, do Rio de Janeiro.

A final foi em 3 jogos, e o primeiro deles, o CSA venceu por 4 x 3, numa partida que ficou conhecida como o “jogo da virada”, mas perdeu os dois seguintes, no Rio de Janeiro, com o time:

No Brasileiro de 1983 teve grandes momentos, como nas vitórias por 4×0 diante do Tiradentes e os 2×1 contra o Fluminense, em pleno Rio de Janeiro, com o time:

O time conquistou o campeonto estadual 37 vezes, mas também chegou a ser rebaixado para a segunda divisão do alagoano duas vezes, em 2003 e a mais recente, em 2009.

O auge do time veio em 1999, na disputa da Copa Conmebol, quando pela primeira vez, um clube de Alagoas participou de uma competição internacional.

Logo na estréia, eliminou o Vila Nova de Goiás nos pênaltis.

O segundo adversário foi o venezuelano Estudiantes de Mérida, eliminado com um empate sem gols, na Venezuela e uma vitória do CSA, por 3 x 1, em Maceió, num jogo que teve seis jogadores expulsos.

Na semifinal, embate histórico contra o São Raimundo, também vencida na disputa por penaltys. O CSA era agora o primeiro clube do Nordeste a disputar uma decisão de competição sul-americana, contra o Talleres, da Argentina.

Na primeira partida o CSA fez 4 x 2, em casa, o título parecia certo, mas na Argentina, a catimba falou mais alto e o título foi perdido numa derrota por 3×0.

Existem muitos vídeos sobre toda a campanha, mas sobre a final, só achei o vídeo do gol, do título do Talleres. De qualquer forma, foi um momento inesquecível para o time do CSA.

O CSA costumava mandar seus jogos no Estádio Gustavo Paiva, o Mutange. Sua capacidade chegou a ser de 9.000 pessoas.  E tem como destaque ter sediado o jogo CSA 1 x 1 Velez Sársfield, em 1951.

Atualmente, o CSA disputa suas partidas no Estádio Rei Pelé, o Trapichão (do governo estadual), utilizando o Mutange apenas para treinamentos.

O mascote do CSA é o Azulão:

Ouça o hino no link abaixo:

Não encontrei o site site oficial do clube, mas há o www.azulcrinante.com feito por torcedores e também o blog www.csa-azulao.blogspot.com/

Estive recentemente em Maceió e um dos amigos que fiz no hotel era torcedor do CSA, esse post vai pra ele!

APOIE O TIME DA SUA CIDADE!!!

Ainda que sua cidade tenha uma praia linda, é no Estádio que cantamos juntos!