A 199ª camisa do nosso site traz a história de um time mineiro de nome complicado: Sociedade Desportiva Yuracan Futebol Clube!
O time foi fundado em 3 de maio de 1934 na linda cidade de Itajubá (Ita é pedra em tupi e Jubá, ou Djubá, significa amarelo, por conta do ouro). Estivemos lá há a (veja aqui como foi):
Claro que aproveitamos para conhecer a casa do Yuracan, o Estádio Coronel Belo Lisboa:
Vale a pena lembrar que Dondinho, pai de Pelé, também atuyou pelo no time do Yuracan. Em 1939, ele fez cinco gols de cabeça na vitória por 6 a 2 no clássico contra o Smart.
Em 1943 o Yuracan foi até a cidade de São Lourenço enfrentar a equipe do América/RJ em partida amistosa, no Estádio Jayme Sotto Major, empatando o jogo.
Em 1947, disputou um amistoso com o São Cristóvão/RJ vencendo por 3×2.
Nessa época, o principal campeonato era o amador municipal e o Yuracan conquistou muitos títulos!
O Yuracan FC disputou diversas competições amadoras, mas em 1969 estreou no profissional, jogando pelo acesso! Esse era o time:
Tinha até torcida feminina!
Mas o Yuracan já tinha uma equipe feminina desde 1958!
Disputou ainda os campeonato de 1982, 1983, 1984, 1985 e 1990, além da Copa de Minas Gerais em 2004 e a Taça Minas Gerais em 2005. Esse é o time de 1980:
Esse é o time de 1984:
E este, o de 1985:
E se tinha jogo do Yuracan, lá estava sua torcida!!!
Em janeiro de 1995 o Yuracan fez um amistoso oficial contra a equipe do Flamengo-RJ para mais de 6.500 torcedores presentes no Estádio Coronel Belo Lisboa!
Agora é a vez de conhecer o futebol de Presidente Epitácio, onde chegamos já de noite, depois de passarmos em Assis pra rever os parentes.
A ideia até era ter entrado em Regente Feijó e visitado novamente o Estádio Municipal Dr. Mário dos Reis (veja aqui como foi nossa primeira visita), mas a chuva antecipou a noite e impediu novos registros… Acabamos indo direto pra Presidente Epitácio onde passamos a noite para enfim conhecer o Rio Paraná na manhã seguinte.
Essa é a margem do rio em São Paulo. A cidade vem tentando transformar o local em uma verdadeira praia com foco no turismo e isso fica ainda mais nítido no Parque “O Figueiral” (dá uma olhada nas fotos do Trip Advisor).
Mas mesmo ali na margem próxima à ponte que liga o estado de São Paulo ao Mato Grosso do Sul você já se diverte!
A ponte merece um capítulo a parte… Tem quase 3 km passando por cima do rio Paraná…
A cidade conta ainda com uma orla cheia de restaurantes e boas opções para os visitantes e no dia em que fomos embora ainda ia rolar um show do IRA! E, claro, também tem a igreja matriz!
Mas nosso “turismo” tinha como objetivo conhecer e registrar o “Estádio Francisco Guímaro” mais conhecido como “O Pirangueiro“, inaugurado em 1953.
Uma pena que não tem nenhuma identificação com o nome do estádio… Veja como era até pouco tempo atrás:
Atualmente, uma placa de metal aguarda a nova sinalização. Aliás, você sabe o que significa “Pirangueiro“?? Segundo o o dicionário refere-se ao que é reles, desprezível… Triste né?
Olha que imagem bacana vendo o estádio láááá de cima:
Vamos dar uma olhada no entorno do estádio:
O Pirangueiro foi inaugurado em 1953 para receber os jogos da AA Epitaciana na disputa do Campeonato Amador, cujo setor foi organizado pela Liga Prudentina. O site Escudos Gino apresenta o distintivo do time:
Mas o futebol na cidade começa com outro time também: o EC Fluvial Porto Tibiriça.
Mas a AA Epitaciana acabou ganhando o nome por ter sido o primeiro a disputar o Amador do Estado, em 1953, e pra isso, contou inclusive com atletas do rival EC Fluvial, apesar da rivalidade entre eles.
Aqui, o time da AA Epitaciana em 1953 em jogo contra a Prudentina, pelo Campeonato do Interior:
A AA Epitaciana disputou o Campeonato do Interior por vários anos. Aqui, uma imagem dos anos 60:
E olha como ficava o Pirangueiro nos jogos decisivos da AA Epitaciana:
Olha aí a mesma arquibancada, nos dias atuais:
Caso queira conhecer mais sobre a história do time e do futebol em Presidente Epitácio, vale assistir o vídeo:
Em 1954, o EC Fluvial passa a fazer companhia à AA Epitaciana na disputa do amador:
Aqui, o EC Fluvial dos anos 60, Bi-Campeão Amador da Região da Alta Sorocabana.
Mas, mais uma vez a AA Epitaciana sai na frente e em 1970 disputa a Terceira Divisão do Campeonato Paulista. Mas não realiza uma campanha capaz de classificá-lo para a segunda fase:
Encontrei 4 resultados daquele ano: Nevense 4×3 AA Epitaciana AA Epitaciana 2×1 Municipal de Paraguaçu Rio Branco 3×0 AA Epitaciana AA Epitaciana 2×2 Cafelandense
Esse foi o time que disputou a Terceira Divisão de 1970:
Ainda nos anos 50, um terceiro time vem se somar ao futebol de Presidente Epitácio: o Beira Rio Esporte Clube. Distintivo do site Escudos Gino:
E olha aí o grupo do Amador de 1958, dessa vez com a AA Epitaciana e com o Beira Rio EC:
Aqui, o time dos anos 70:
Em 1976, o EC Beira Rio faz sua estreia no futebol profissional, na Terceira Divisão, fazendo uma campanha mediana, tendo um bom segundo turno, mas não se classificando para a fase final. Em 1977, joga a Quarta Divisão e faz uma boa campanha na primeira fase (Série Manoel Nunes), terminando na liderança do grupo.
Veio a segunda fase e o EC Beira Rio surpreendeu mais uma vez, classificando-se à final contra o Primavera:
Para definir o campeão foram necessários 3 jogos: o primeiro 2×0 para o EC Beira Rio e os dois seguintes, vitórias simples de 1×0 para o Primavera, que sagrou-se campeão, mas levando o time de Presidente Epitácio para a Terceira Divisão novamente. Em 1978, termina em posição intermediária sem se classificar. Já em 79, passa da primeira fase, mas não chega às finais
Uma imagem de 1979:
Em 1980, mais de 80 times disputaram a Terceira Divisão, divididos em 5 grupos. O Beira Rio EC terminou em 6º lugar do grupo Azul sem se classificar para a segunda fase. Em 1981, fez uma primeira boa fase, classificando-se para a semifinal do seu grupo no primeiro turno e ficando em quinto no segundo turno, mas não se classificou para o grupo final (apenas o campeão de cada grupo o foi).
Em 1982, novamente se classifica para a segunda fase, mas não chega às finais:
Em 1983 o time não se classifica da primeira fase. Em 1984, passa para a segunda fase, mas não chega à final.
Esse foi o time daquele ano:
A campanha de 1984:
1a fase: 25 de março: Beira Rio 2×4 Mirassol 8 de abril: Nevense 1×0 Beira Rio 15 de abril: Beira Rio 2×1 Auriflama 22 de abril: Paulista de Nhandeara 1×2 Beira Rio 29 de abril: Beira Rio 1×0 José Bonifácio 6 de maio: Guararapes 0x0 Beira Rio 12 de maio: Mirassol 0x0 Beira Rio 26 de maio: Beira Rio 0x0 Nevense 3 de junho: Auriflama 0x3 Beira Rio 10 de junho: Beira Rio 3×0 Paulista de Nhandeara 17 de junho: José Bonifácio 1×0 Beira Rio 24 de junho: Beira Rio 2×0 Guararapes 2a fase: 1 de julho: Beira Rio 2×0 Pirajú 8 de julho: Ranchariense 2×0 Beira Rio 15 de julho: Beira Rio 1×1 Garça 22 de julho: Beira Rio 1×1 Cafelandense (Cafelândia), em Cafelândia 29 de julho: Beira Rio 0x1 Rio Branco (Ibitinga) 5 de agosto: Oeste 2×1 Beira Rio 12 de agosto: Beira Rio 1×0 Santacruzense 19 de agosto: Pirajú 1×1 Beira Rio 26 de agosto: Beira Rio 5×1 Ranchariense 2 de setembro: Garça 2×2 Beira Rio 9 de setembro: Beira Rio W0x0 Cafelandense 16 de setembro: Rio Branco (Ibitinga) 4×0 Beira Rio 23 de setembro: Beira Rio 2×2 Oeste 30 de setembro: Santacruzense 1×1 Beira Rio 3a fase: 7 de outubro: Mirassol 1×1 Beira Rio 18 de outubro: Beira Rio 0x0 José Bonifácio 21 de outubro: Beira Rio 0x0 Guararapes 24 de outubro: Guararapes 2×0 Beira Rio 28 de outubro: Beira Rio 1×0 Mirassol 4 de novembro: José Bonifácio 1×2 Beira Rio
Em 1985, mais uma vez passa de fase no primeiro grupo, mas não avança no segundo quadrangular.
Em 1986, não se classifica na primeira fase, nem em 87, levando-o a jogar a Quarta Divisão em 1988, e o Beira Rio passa da primeira fase mas morre na fase seguinte.
Em 1989, termina a primeira fase como líder do seu grupo.
Dessa vez, também liderou a segunda fase, só parando na terceira fase, num triangular com Jaboticabal e Operário de Tambaú.
Em 1990, o time abandona o profissionalismo. Em 1991, tenta voltar disputando a seletiva para a Terceira Divisão mas acaba não retornando.
E assim, chegamos aos dias de hoje, sem times disputando competições profissionais, mas com o querido Estádio O Pirangueiro de pé atendendo às competições amadoras…
Mais um estádio que tem “pedaços de trilhos de trem” em seu entorno:
Ao fundo, a natureza mostra sua cara…
O muro lateral do estádio:
O gol da esquerda:
O meio campo e sua arquibancada:
E o gol da direita:
De um lado, temos uma arquibancada bem estruturada que permite excelente visão do jogo:
Do outro lado, uma arquibancada descoberta e até algumas cabines para imprensa.
A sua solitária arquibancada bem no centro do campo, parece pedir uma sequência… Mas, será que um dia o futebol profissional voltará a exigir novas melhorias?
O estádio ainda tem uma boa área que pode receber novas arquibancadas, como essa parte atrás do gol:
No feriado de 15 de novembro de 2022, tivemos a oportunidade de fazer um incrível rolê de Santo André até Bataguassu, no Mato Grosso do Sul. Entre as centenas de quilômetros percorridos, pudemos registrar 20 estádios que receberam partidas profissionais e amadoras em diferentes cidades.
A primeira delas foi um município paulista pouco conhecido, com uma pequena população e de nome curioso: Óleo!
Óleo é um município da Microrregião de Ourinhos, à 300 km da capital paulista.
Em 2023, estivemos lá novamente e atualizamos algumas fotos como esta:
É formado pela sede, pelo distrito de Batista Botelho e pelo povoado de Mandaguari. Essa é a sua prefeitura:
A história da cidade se inicia por volta de 1888, com viajantes que acampavam sob a sombra de uma grande árvore de “Óleo“, dando origem à “pousada do óleo”. Essa é uma árvore daquele tipo:
Com o tempo, a pousada se tornou o povoado do Óleo e, logo foi erguida a igreja matriz:
A cidade evoluiu bastante nas últimas décadas, mas manteve algumas construções dos anos 40 e 50.
Algumas pequenas coisas ainda entregam o caráter de pequena cidade do interior, como os bancos espalhados pela cidade…
A cidade se formou graças à agricultura, em especial das plantações de café. Foi de fazendas como a Niágara de onde saíram as primeiras sacas para exportação:
Essas imagens são da sede da cidade, que possui boa estrutura urbana, mas vale lembrar que a cidade de Óleo também é conhecida por suas fazendas, aliás, esse também é um dos motivos de termos parado aí… Afinal minha vó e meu tio nasceram na Fazenda Niágara, por isso, ele esteve aí com meu pai e minha tia agora em 2023:
E nas fazendas surgiram grandes times, como estes dois, da própria Fazenda Niágara:
E falando em futebol, o outro motivo que nos levou até Óleo foi registrar o Estádio Municipal Tonico Lobeiro.
O Estádio parece bastante novo, ou talvez tenha passado por alguma reforma.
E tem uma boa identificação:
Em 2023, voltamos lá e olha que lindo o mural que foi pintado no muro:
Dê uma olhada no entorno do estádio:
A cidade nunca teve um time nas competições profissionais nem tampouco nos Campeonatos do Interior, mas teve diversas equipes defendendo o nome da cidade como o Óleo FC:
Mas outro time fez história na cidade: o Clube Esportivo Oleense, o CEO!
Em 1942, disputou a Taça Cidade de Óleo contra a Associação Atlética Manduri:
Em 1946, a torcida oleense foi arrumar encrencas nas vizinhanças…
Em 1958, o Clube Esportivo Oleense defendeu as cores e o nome da cidade no Campeonato amador do Interior:
Encontrei outras fotos na incrível fanpage “Clube de Amigos de Óleo” (enviadas pelo Nelsinho e pelo Salim), mas sem identificação de qual equipe seria:
Não consegui confirmar se esses times haviam mandado seus jogos no Estádio Municipal… Mas vamos dividir um pouco do seu visual, começando com sua bela arquibancada coberta!
Em 2023 voltamos lá para registrar o campo finalmente estando na parte interna do Estádio, aqui o meio campo:
Gol da direita:
Gol da esquerda:
Um pateta na arquibancada:
Um olhar do outro lado do campo:
Olha o gol!
Arquibancada ao fundo:
Outro fato ligado ao futebol é que ex zagueiro (jogou no meu Ramalhão!) e atual treinador Sérgio Baresi é natural da cidade de Óleo.
Mas voltando ao Estádio Tonico Lobeiro, que tal uma olhada no campo como um todo:
Deixamos a cidade, felizes por ter registrado mais um estádio, e visitado um local que tem a ver com a origem da minha família. A segunda parada foi em Piraju para registrar o Estádio Gilberto Moraes Lopes.
Uma última curiosidade é essa notícia sobre um triste fato que ocorreu em Óleo em uma longínqua e fatídica tarde dos anos 40 e que chocou a região…
Ainda no rolê por Recife, sob a paixão do seu litoral, lindo durante o dia e mesmo durante a noite…
Como a grana anda curta, não deu pra trazer nada de grandes lembranças, apenas esse singelo boné de Pernambuco que acabou nem chegando em Santo André… Perdi entre o aeroporto e nossa casa Que esteja feliz em uma nova cabeça.
No post anterior (sobre o Estádio dos Aflitos) falei um pouco do valor cultural do rolê para Recife e reforço a importância de conhecer ao menos o Museu do Homem do Nordeste (machista essa generalização da “raça humana” né?).
Algumas obras retratam o início da colonização em Pernambuco e o importante papel dos indígenas e africanos na formação da capital e do estado como um todo.
Importante reconhecer as celebrações (algumas delas religiosas) africanas e afro-brasileiras.
E também para poder ter acesso a objetos importantes da nossa história como essa urna, onde provavelmente eram guardados os restos mortais dos indígenas.
E sim, a gente fez todos os rolês de turista não só no litoral da capital como nas cidades ainda mais turísticas. Vale banho de lama? Vale! Da lama ao caos, do caos à lama!
E os vários roles pela cidade mostraram como podemos ter uma cidade importante integrada aos rios que a cortam, de uma maneira diferente do que nos acostumamos em São Paulo.
Em suma… Se possível, visite e conheça Recife, sua cultura, sua gente, suas praias etc… E não deixe tampouco de conhecer seu futebol! Pra isso, depois de falarmos do Estádio dos Aflitos (o campo do Náutico), fomos conhecer a casa do clube das multidões, do mais querido: o Santa Cruz Futebol Clube!!!
Falamos do Estádio José do Rego Maciel, o Estádio do Arruda!
O tricolor pernambucano tem uma casa que impõe respeito e que atualmente capacidade para 60.044 torcedores, sendo assim o maior estádio do estado e entre os dez maiores da América Latina.
O Arruda já foi palco de vários jogos internacionais, entre eles eliminatórias e amistosos da Seleção brasileira.
O próprio José do Rego Maciel foi quem captou os investidores que bancaram a construção do estádio e em 1954 começou a se projetar a construção do “Alçapão do Arruda“, mas, apenas em 1965, a construção teve início, o que na época seria o quarto maior estádio particular do mundo.
Foi graças a muitas doações da própria torcida que o Santa Cruz Futebol Clube conseguiu construir seu estádio. Em 4 de junho de 1972, em um amistoso 0x0, contra o Flamengo, o Estádio do Arruda foi inaugurado oficialmente, frente a 64 mil torcedores.
Em 1º de agosto de 1982 foi inaugurado o anel superior, tendo a capacidade elevada para 110.000 torcedores. Em 2000, os os estádios brasileiros tiveram sua capacidade reduzida quase à metade pela nova legislação da CBF, e a capacidade do estádio caiu para 65.000 torcedores.
Aqui, o pessoal da gestão do Santa que nos recebeu para conhecermos esse lindo estádio por dentro!
Como sempre digo, é uma verdadeira honra poder registrar um estádio tão importante para o futebol brasileiro como o Arruda!
O anel superior deu ao estádio um visual ainda mais impactante. Agora em 2022, o Santa tem disputado a série D e tem levado grande público às arquibancadas!
Aqui um olhar sob o gol da esquerda:
O gol da direita:
E o meio campo:
Aqui, o banco de reservas:
Emocionante, não?
Importante reforçar que, mesmo vestido a camisa do Ramalhão, tivemos todo respeito com o time e torcida do Santa, afinal este é um templo do futebol!
Gostaria muito de poder voltar ao estádio do Santa Cruz para acompanhar uma partida…
Ah, vale ressaltar também os grafites na parte interna do estádio! Lindos e históricos!
No post #1, falamos de dois estádios, o Estádio Engenho Grande onde a SER Usina São João e o União São João mandaram seus jogos, e o Estádio São Joaquim, a casa da AA Ararense. Veja aqui como foi!
No post #2, vamos falar do Estádio Joel Fachini, onde os outros 3 times da cidade (o CA Ararense, o Comercial FC e o Araras CD) mandaram seus jogos nas disputas de Campeonatos profissionais!
Comecemos com o mais antigo deles, o Comercial FC, fundado em 26 de agosto de 1929 no extinto Bar do Lima, na rua Tiradentes, por um grupo de comerciários e que somente em 24 de novembro fez sua estreia contra o Cordeiropolense empatando em 0 a 0.
Apelidado de “Leopardo da Paulista“, o Comercial disputou várias competições amadoras.
Em 1932, o filiou-se à APEA (Associação Paulista de Esportes Atléticos) e participa pela primeira vez do Campeonato do Interior da APEA.
O Comercial obteve grandes resultados em competições importantes como o título de Campeão Amador da Região do Interior em 1933, e do Estado em 1949, além de ser Campeão Amador do Setor em 1950, 55, 56, 57, 58, 59, 1963 e 1972 e Vice-Campeão do Interior em 1956 e 57.
Foi ainda Campeão Ararense em 1947 (derrotando a AA Ararense por 3×2 na final), 1957, 1963, 1970 e 71. A foto abaixo (do site História do Futebol) retrata o time campeão de 47:
Sua estreia no profissional foi na 2ª Divisão do Campeonato Paulista em 1950, terminando em 8º lugar no seu grupo.
Em 1951, tem sua segunda e última participação na segunda divisão do Campeonato Paulista de profissionais, ficando novamente em 8º lugar no seu grupo (o outro time da cidade, a AA Ararense terminou na última colocação).
Em 1956, o S.C.Corinthians esteve no Estádio Joel Fachini para enfrentar o Comercial FC, mas quando o placar estava 2 a 0 pros paulistanos uma chuva interrompeu a partida. Santos, São Paulo e Palmeiras também viriam visitar Araras. Para maiores informações sobre o time visite o site União Mania! E olha que beleza a matéria de 1958:
O Comercial FC passou a perder sua força e em 1984, foi aprovada a concessão do Estádio Joel Fachini para o poder Executivo. Em 1996, o ComercialFC volta ao cenário futebolístico ararense com as equipes de base e em 2001 se funde com o Atlético Ararense.
O time tem utilizado um novo distintivo:
O segundo time que mandou seus jogos no Estádio Joel Fachini foi o Araras Clube Desportivo.
O Araras Clube Desportivo foi fundado em 5 de maio de 1966, para tentar suprir o amor da cidade pelo futebol. O time da Usina São João abandonou o futebol profissional em 1965, assim como a AA Ararense. Além disso, o ComercialFC também desistiu de voltar ao profissionalismo. Assim, a “ACD” representou Araras na 3ª Divisão do Campeonato Paulista (quarto nível do Campeonato) em 1966.
Por pouco o time não avançou para a terceira fase…
O site União Mania apresenta a foto do time de 1966:
Em 1967, mais uma boa campanha, desta vez no 3º nível do Campeonato, então denominado 2ª Divisão Profissional, ocupando a vaga que era do time da Usina São João.
Esse foi o time daquele ano:
Em 1968, mais uma vez disputou o 3º nível do Campeonato, a 2ª Divisão Profissional.
Ainda em 1968, o Araras CD conquista seu único título: o do Torneio Início Campeonato Ararense, com o time
Por fim, falemos do Atlético Futebol Clube, time fundado em 13 de março de 1971.
O clube nasceu como uma homenagem ao Clube Atlético Mineiro. E seu primeiro campeonato profissional foi a Quinta Divisão do Campeonato Paulista em 1979, onde classificou-se em primeiro lugar na fase inicial.
A segunda fase foi mais complicada e o time acabou desclassificado.
Em 1980, disputa mais uma edição da Terceira Divisão do Paulista.
Em 1981, terminou a primeira fase em 4º lugar, com uma foto bem mal feita:
E na segunda fase, terminou em 5º.
Em 1982 o Atlético iniciou a disputa da Terceira Divisão do Campeonato, mas acabou desistindo no meio da competição, licenciando-se até 1986, quando retorna com o nome de Clube Atlético Ararense, mas foi seu único e último ano de existência.
Sua participação no Grupo Vermelho terminou na 6a colocação.
E como disse, todos estes times jogavam no Estádio Joel Fachini daí a importância de uma visita para um registro!
E finalmente encontramos suas portas abertas!
Aí estão suas bilheterias que receberam torcedores de tantos times nas disputas relatadas acima!
E vamos finalmente conhecer a parte interna do Estádio?
Essa área da cidade sempre foi ocupada por um campinho de futebol, mas na década de 30, o Comercial FC oficializou sua compra e transformou o lugar no Estádio Joel Fachini.
Olha que bacana na parte interna do estádio a descrição de alguns dos títulos do ComercialFC.
No dia da nossa visita, estava rolando uma rodada dupla do Campeonato Amador de Araras!
Foi bacana poder ver o campo ocupado.
O gramado está muito bem cuidado.
Ainda existe uma estrutura de vestiários bem bacana!
Aqui, um olhar da parte de traz do gol. Quer apostar que nos próximos anos veremos surgir vários prédios no horizonte?
Olha que linda a arquibancada do estádio ali no lado direito:
Vamos dar um rolê e conhecer mais do Estádio Joel Fachini:
E além da arquibancada, perceba o charme da mureta que a separa do campo, e logo ali, os bancos de reservas:
A arquibancada é toda pintada em alvinegro:
Aí o meio campo:
O gol do lado esquerdo:
O gol do lado direito:
E a bela arquibancada!
Lá dentro, alguns quadros enaltecem os feitos históricos do Comercial FC, como a conquista do Setor do Amador de 1949:
E essa visão da arquibancada coberta na época de ouro do time… Dá uma comparada com a atualidade:
Atrás do outro gol, ainda existe um lance de arquibancada descoberta:
Também existem algumas imagens de times históricos:
Voltando aos dias atuais, é bom ver que o futebol amador tem ocupado o estádio e feito a realidade futeboleira da cidade mais feliz!
30 de abril de 2022: após uma derrota em pleno Brunão, é hora do Santo André se recuperar e mostrar à sua valorosa torcida que todo esse amor é merecido! O adversário é o nosso rival da cidade vizinha: São Bernardo FC.
O horário do jogo foi se aproximando e é sempre legal ver as pessoas chegando…
Hoje, a partida tem um convidado especial, o Denis, que veio de Hamburgo, na Alemanha, onde é torcedor do St Pauli, para dar seu apoio e também para conhecer um pouco da nossa bancada!
O Marques e o Ovídio fizeram questão de contar um pouco sobre a história do nosso time!
Antes de ir pro jogo, deu uma passada na sede da Fúria Andreense pra conversar um pouco sobre as iniciativas sociais realizadas no time alemão, de combate ao racismo, homofobia e fascismo
O pessoal da Leões da Fabulosa estava por lá também!
Ah, e na noite anterior ainda rolou uma experimentação de algumas cervejas artesanais produzidas pelo pessoal da Cervejaria Periférica!
Mas, voltemos ao jogo!
A Brasília do Esquerda fez sucesso com ele!
E claro, um registro com o próprio Esquerda!
Acabei me atrasando e perdi a foto do time posado, então vamos dar um rolê pelo estádio e ver como estava o clima do estádio.
Aí está o pessoal da Fúria Andreense:
O Denis foi curtir a batucada lá no meio da Fúria!
E aqui, a Esquadrão Andreense:
Lá ao fundo, nossas bandeiras:
A torcida do São Bernardo FC também se fez presente, olha aí o pessoal da Febre Amarela:
O Gó disse que fazia tempo que não tirávamos uma foto juntos… Ta aí, mano!
O público local ainda está em menor número do que normalmente…
Mas nem por isso nossa bancada fica em silêncio por um minuto sequer!
Aí a nossa turma de sempre, com a ilustre presença do alemão Denis, do Edu Parla e a Marina, ambos de SP!
Aqui o pessoal e a faixa da Máfia!
O jogo começou bem, o Santo André até criou mais oportunidades e se mostrou mais ofensivo do que nas 2 partidas anteriores.
Olha aí mais duas figuras da bancada: Furlan e Marques!
O São Bernardo FC também teve suas chegadas.
O Santo André estreou Will, o atacante que voltou à nossa cidade.
Olha aí que belo momento do pessoal da Fúria Andreense, cantando e torcendo sem parar pelo time da nossa cidade!
A Esquadrão também não deixa de apoiar!!
A nossa “velha guarda” conservada em formol… Esses viajam para os jogos fora e estão sempre presente!
Intervalo de jogo e um tempo pra sentarmos e dar um relax…
Nosso costume é assistir aos jogos sempre em frente ao ataque do Santo André o que nos permite estar em contato com os dois lados da nossa bancada. E foi bacana conhecer um carinha que tem começado a se empolgar com o nosso Ramalhão! Nossa bancada precisa mesmo de renovação!
Vem o segundo tempo e a Fúria segue apoiando!
Aqui dá pra ter ideia do público geral do jogo, a turma do lado de lá…
E do lado de cá…
Como é lindo esse estádio, não
Escrevo um pouco chateado porque aos 45 do segundo tempo um gol de penalty tirou mais 3 pontos do nosso time em casa. Provavelmente isso atrapalhará toda a minha semana, pois na minha cabeça futebol e a vida estão conectados diretamente, então o segredo será postar esse texto somente na sexta feira e tentar esquecer desse mal domingo…
27 de abril de 2022. Se segura, irmãs e irmãos de arquibancada… O fim de semana era de lua cheia, energias mil rolando pelo ar e prometendo um início mágico da série D, a 4a divisão do Campeonato Brasileiro.
Fomos acompanhar a estreia do EC Santo André e o jogo era em Resende, no RJ e aproveitamos para dar uma parada em Penedo, que fica ali pertinho para curtir umas cachoeiras…
Claro que as cachoeiras tiveram que aguentar o lado torcedor também presente!
Penedo é uma região do município de Itatiaia, considerada um verdadeiro parque ecológico cravado ali aos pés da Mantiqueira, pertinho do pico das agulhas negras.
Penedo surgiu por um grupo de finlandeses liderados por Toivo Uuskallio, idealizador de uma comunidade vegetariana e naturalista atendendo a um “chamado espiritual”. Assim, em 1927 abandonou a Finlândia e veio com sua mulher e 3 amigos que curtiram a ideia. Em 1929 comprou a então “fazenda” Penedo, onde começou a colocar em prática seu sonho. Tudo isso e um pouco mais está disponível no Museu Eva Hilden.
Muitos acabaram voltando à Finlândia e abandonaram as terras de Penedo que deram lugar aos hotéis, pousadas, pensões além de diversos restaurantes, lanchonetes e bares. Segue abaixo o registro do início da colônia lá no Museu:
Mas o grande xodó da cidade é mesmo sua área verde e suas cachoeiras!
Olha que árvore louca, bem no centrinho da cidade!
No fim de semana em questão, além dos usuais turistas em busca de chocolate, a cidade também recebeu uma parcela da torcida ramalhina, olha aí o Gabriel e a Gabriela!
Além disso a população local parece ter um cuidado importante com a saúde mental das pessoas.
Mas… Nem tudo são cachoeiras, natureza ou chocolates… Estamos no estado do Rio de Janeiro para uma missão importante, é hora da estreia do Ramalhão na série D e a partida foi especial pelo fato do nosso adversário ser uma equipe jovem e com uma história um pouco diferente dos times tradicionais.:
A Academia de Futebol Pérolas Negras surgiu em 2009 lá no Haiti, como Missão de Paz da ONU, mas em 2010, sofreu com o terremoto que atingiu o país, só se recompondo em 2011.
Em 2016 e 2017, participou como convidado da Copa São Paulo de Futebol Júnior com um time formado 100% por atletas haitianos.
Em 2017, a Academia Pérolas Negras filiou-se à Federação de Futebol do Rio de Janeiro e logo em seu primeiro ano conquistou a Série C do Campeonato Carioca. Em 2020, conquistou o acesso à Série B1. Em 2021, conquistou os dois turnos da Série B1 e garantiu uma vaga na Série D do Campeonato Brasileiro 2022. E é para conferir isso que estamos aqui hoje! Ah, e com ingressos grátis!
E a nossa rapaziada se fez presente!!
É hora de circular toda a elegância do meu boné do The Strongest dessa vez por um estádio carioca!
A Mari preferiu o boné do Grinders (banda skate punk do ABC)!
A torcida local compareceu em número razoável.
Aí vem os times!
Perdi o timing da foto do elenco posado Mas o time foi a campo com: Fabrício; Samuel, Higor (Henrique), Udson e Caio Ruan; Denis Germano (Lucas Silva), Tiago Ulisses, Vitor (Dioran) e Gharib (Cledson); Bruno (Maycon) e David Ribeiro. O técnico foi Jose Carlos Palhavan.
Enfim… Vamos à partida!
Vale lembrar … O time é completamente diferente do que disputou o Campeonato Paulista, mas conta com vários rostos conhecidos da nossa base (como o goleiro Fabrício, ou o polivalente Denis Germano), bem como atletas que já passaram por aqui e tem o carinho da nossa torcida (Samuel Teram e Thiago Ulysses), entre outros.
E o destaque da nossa bancada… Nossa torcida segue sendo um caso de amor à parte!
Em campo, o jogo é duro. Os dois times erraram muitos passes e criaram poucas chances de gol. O Ramalhão até começou melhor mas o Pérolas Negras melhorou nos minutos finais do primeiro tempo.
O jogo parecia rumar para um 0x0…
Mas em um contra ataque, um chute da entrada da área colocou o time local na frente. Pérolas Negras 1×0 Santo André.
Nada que desanime a nossa torcida!
E que tampouco tenha animado muito a torcida local…
Um abraço ao amigo Ovídio! Incansável nessa paixão pelo Santo André, há décadas.
Fim do primeiro tempo… Até nossa torcida dá uma pausa…
Volta o segundo tempo e a esperança é por uma melhoria no time do Santo André. O treinador Palhavam realiza várias mudanças no time que acabaram dando certo… O time visitante conseguiu chegar ao empate!
E vamooooooo!!!
Agora, é tudo ou nada para o Ramalhão! Somos ou não o time da virada?
Nossa arquibancada se anima…
E o apoio parece ter ajudado… O Ramalhão desafia a lógica e faz 2×1!! Mas o jogo não fica fácil, o Pérolas Negras aperta!
E o jogo parece não terminar nunca… Ou termina?
Não dá pra acreditar… Acompanhar o Santo André é uma experiência única!
E o time mostra a sintonia com a torcida! Essa é a diferença de ter no nosso elenco o pessoal que não só se desenvolveu na nossa base, mas vive a realidade da nossa cidade! O time não só vem até a bancada como canta o hino inteiro do time… Emocionante…
Abraço a todos que compareceram!
Que bom que tudo deu certo em mais uma partida como visitantes!
Na hora de voltar o sol se esforçou pra nos acompanhar até onde foi possível.
Recentemente escrevemos sobre o Estádio Cerecamp, a casa do EC Mogiana e, nos anos 80 do Gazeta e ao pesquisar, encontrei um vídeo incrível sobre essa história e por volta do minuto 3 do vídeo fiquei sabendo que o Gazeta de Campinas chegou a mandar seus jogos em outros dois estádios da cidade: o Campo do Náutico, no Jardim Leonor e o Campo do Souzas.
Estivemos recentemente no Estádio do Jd Leonor, o Campo do Náutico, e agora aproveitamos para registrar o Estádio Municipal José Iório, o campo do Souzas FC.
O Souzas FC é um time amador de Campinas, e que tem muita história. Foi fundado em abril de 1918.
No ano do centenário, o “Leão do Ramal Férreo” chegou a fazer um grande evento no seu estádio, o Estádio Municipal José Iório reunindo cerca de 1500 pessoas. O Jornal Local chegou a publicar algumas fotos do evento:
Não consegui entrar dentro do Estádio para imagens mais legais, mas dali da entrada deu pra registrar o campo. O gol da esquerda:
O meio campo:
O gol da direita:
As arquibancadas ficam do lado da entrada do estádio.
Dá só uma olhada:
Os caras tiveram até um contato especial com os bancos de reserva:
Ao fundo as casas do bairro.
Ali próximo fica o Rio Atibaia, como dá pra ver no lado direito do mapa:
Aí fica ainda mais clara a beleza das arquibancadas do Estádio!
Antes que vc estranhe o local do gol, é porque é uma partida do sub 13, então utilizam o campo na lateral!
Como relembramos lá no início do post, esse foi o campo usado pelo Gazeta na disputa do futebol profissional, mas não só por isso, caracteriza-se como um local histórico.
E não é que mais um ano conseguimos cumprir a tradição de ir até Assis para ver um jogo do VOCEM?? O VOCEM é um time que sempre povoou meu imaginário fosse pelas histórias que meu pai contava, ou pelas tantas férias que passei na casa da vó Luzia, tendo como “vizinho de frente” a Igreja da Vila Operária, onde o Padre Belini fundara a equipe local. Abaixo uma foto do Padre com meu vô Tonico, meu primo Gustavo (sãopaulino) e eu, armado, de cuecas e sandálias.
Ir pra Assis quase que anualmente significa refazer uma peregrinação que mistura a história da minha família ao futebol local e à ferrovia, aproveitando ainda para conhecer novas cidades ao caminho (dessa vez passamos por Cerquilho, São Manuel, Pirajú).
Também gosto de fotografar alguns locais para ver como as coisas vão mudando, e mesmo pixações que tenham a ver com meu jeito de pensar e viver, assim, seguem algumas dessas fotos:
Dói demais ver tantos trilhos, tanta estrutura pronta simplesmente abandonada… A Ferrovia faz parte da história do interior e cruzou muitas vezes com o futebol.
E o Osvaldo Gimenez Penessor, meu pai, entrou no clima do rolê, passeando com sua camisa da Ferroviária!
O interior paulista tem uma vida social e cultural riquíssima, que mistura passado e presente.
Outro detalhe que sobrevive na cidade são as casas de madeira que resistem ao tempo e mantém-se lindas!
Aqui, a praça na Vila Operária, onde ficava a Paróquia, hoje reformada e bem ajeitadinha:
Aqui a imagem do padre Aloísio Belini junto da escola de samba da Vila Operária (mesmo local de onde nasceu o VOCEM).
Tivemos tempo de dar um pulo em Cândido Mota (tomar um sorvete na praça é passeio obrigatório!) e visitar o campo do CAC (Clube Atlético Candidomotense), o Estádio Municipal Benedito Pires!
No sábado, deu ainda pra acompanhar um pouco do dérbi de Assis, pelo sub 20, final de jogo VOCEM 0x0 Asssissense…
Também fomos dar um alô no campo da Ferroviária!
E no Clube São Paulo de Assis, completando o ciclo dos times que disputaram as competições oficiais da Federação representando Assis.
Enfim, o fim de semana passou corrido, e quando me dei por conta, já era domingo de manhã, hora do jogo, e lá fomos nós, de volta à Vila Operária, para o Estádio Municipal Antônio Viana da Silva, o “Tonicão”.
O jogo era a última rodada da segunda fase da série B, de onde se definiriam os 8 times a disputar as quartas de final. O VOCEM enfrentaria a AD Guarulhos do amigo Rapha!
Essa é a fachada do Tonicão. Acanhada né? Merecia um letreiro com nome da cancha…
Chegamos cedo, e pudemos acompanhar a entrada da torcida local, animada, mas ainda em pequeno número perto do potencial que a cidade tem.
O Estádio tem duas arquibancadas, onde cabem 5 mil pessoas em cada. O público do jogo foi de 2 mil torcedores.
Como tudo isso aconteceu há quase um ano, o fim da história eu já posso resumir pra vocês… Nem o VOCEM nem o AD Guarulhos (dos nossos amigos Francisco e Cabelo) subiram pra A3…
Se há alguns anos atrás, nosso companheiro nessa aventura foi o tio Zé (já falecido), dessa vez foi o Tilim (filho do Tio Zé) que nos fez companhia!
Destaque pra tradicional pipoca de estádio, sempre presente!
A torcida local compareceu, não em tantas pessoas como eu esperava, pra um jogo decisivo, mas… Lá estavam os apaixonados pelo futebol!
O time local venceu a partida por 4×1, eliminando qualquer esperança pro Guarulhos.
Após tantos quilômetros, pontes, paisagens e rios, chegamos à penúltima cidade do nosso rolê…
Minha vó, Maria José, não se cansa de nos lembrar que nasceu numa noite chuvosa em uma fazenda de São Simão. Enquanto seu irmão ajudava no parto, seu pai viria a falecer, naquele mesmo instante, tentando livrar um animal que estava sendo eletrocutado por um fio que se soltara com a ventania. Nos dias que se seguiram, a desculpa para o estranho “sumiço” era que ele estaria jogando futebol em Ribeirão Preto. Mesmo com esta triste relação com nossa família, sempre quis conhecer a cidade e obviamente seu Estádio. Assim, bem vindo à São Simão!
Em São Simão vivem pouco mais de 14 mil pessoas, e embora as atividades agrícolas sejam muito importante para a cidade, também existe uma parte urbana bem bacana.
Tem um parque / bosque municipal bem cuidado…
E uma cidade bem interessante!
A cultura de se estar nas ruas ainda é forte no interior. Uma pena que os condomínios e milhares de prédios tenham tomado as ruas da maioria das pessoas nas grandes cidades… A elas restou os shoppings
Os diversos clubes (não só os de futebol) ainda resistem pelo interior, sendo importante rede social fora dos computadores e celulares.
A antiga estação de trem se transformou na rodoviária municipal.
Fora que as ruas de paralelepípedos e arborizados são um charme especial!
Mesmo as construções antigas despertam um monte de sentimento e um certo questionamento sobre o caminho que a sociedade tem seguido nas grandes cidades.
Até por isso, nós que nem somos religiosos, gostamos de fotografar as igrejas destas cidades.
Espero que a cidade ofereça um mínimo de condições de emprego e saúde pra quem vive lá, porque tudo isso que percebemos como “visitantes”, nem sempre se materializa numa boa condição de dia-a-dia.
Mas, deixando as divagações de lado, vamos para o motivo que nos levou até São Simão: o Estádio da Associação Esportiva São Simão.
Um estádio que não tem nome oficial, é apenas o Campo da Associação, na Av. Simão da Silva Teixeira, 1962 onde está também a graciosa sede do time.
O time a que nos referimos é a Associação Esportiva São Simão, fundada em 25 de janeiro de 1920.
A Associação Esportiva São Simão, também conhecida como “A hiena da Mogiana”disputou muitos amistosos e competições amadoras, como o Campeonato do Interior. Aqui, notícia de desafio ao Corinthians em 1957:
Graças a uma matéria da Globo local (vale assistir) sobre o time, consegui algumas fotos, aqui, o time de 1964:
Mas o time também se desafiou no Profissionalismo e jogou 6 edições do Campeonato Paulista de Futebol (em 1986, 91, 92 e 93 pela série A3, e 1988 e 89 pela 4ª divisão). Atualmente limita-se ao futebol amador, mas para quem quer saber como era a camisa do time, aí está ela com aqueles que fizeram história no time:
Voltemos ao presente e à nossa visita ao Estádio:
Mesmo assim, mantém um charmoso campo de futebol, muito bem cuidado! Vamos dar uma olhada:
Perceba que além de uma grande arquibancada lateral (com direito alguns lugares cobertos), o campo também possui mais um lance atrás do gol (que é onde estou):
Com tudo isso, o estádio chega a ter capacidade pra mais de 2 mil torcedores, mas infelizmente é muito difícil voltar a disputar uma competição oficial.
Aqui dá pra ver a área coberta com mais detalhes:
De lá, eu fiz as fotos do gol da direita (onde chega a arquibancada que eu citei):
O meio campo com as montanhas ao fundo (lá está o pequeno prédio que vimos na entrada):
E o gol da esquerda:
A cobertura é simples mas vale lembra que o estádio do meu Santo André nem isso tem atualmente e seguimos jogando a A2-2019.
A montanha ao fundo dá um charme ainda maior:
Hora de ir embora, com o orgulho de mais um objetivo atingido!
Vale citar outro time da cidade: a Associação Esportiva Quirinense.
A AE Quirinense foi fundada em 1934 graças ao espírito de companheirismo e solidariedade que se fez sentir com a chegada da Estrada de Ferro “São Paulo & Minas” no bairro de Bento Quirino.
A AE Quirinense tem sua própria sede e o Estádio Ovídio Carramaschi, também chamado de Estádio de Bento Quirino.
E assim, nos despedimos de São Simão e nos dirigimos para a última cidade deste rolê: Casa Branca, a capital da Jaboticaba!!!