O primeiro jogo do ano, na verdade uma rodada dupla, teve sabor especial: 23 anos depois, Itaquaquecetuba voltou a ter um time de futebol, o Aster Brasil Itaquaquecetuba e ainda foi sede da Copa São Paulo Futebol Júnior.
O Aster Brasil Itaquaquecetuba faz parte do Grupo Aster, e já possui um time com o mesmo nome no Espírito Santo, mas quem fez história na cidade até o ano 2000 foi o Itaquaquecetuba Atlético Clube.
O Itaquaquecetuba Atlético Clube foi fundado em 25 de novembro de 1980, e teve entre seus atletas o pentacampeão Cafú (na foto abaixo) e o zagueiro Gilmar.
O time estreia no futebol profissional disputando a famosa Terceira Divisão de 1986, que ficou conhecida por ter 77 clubes, quando toda cidade tinha um time… Abaixo a tabela do grupo (fonte: RSSSS BRASIL):
O time disputou ainda a Terceira Divisão em 1987, 1992 e 1993. Também jogou a Segunda Divisão (quarto nível) em 1988, 1989 e 1991 e a série B2, o quinto nível do futebol paulista em 1995, 1996 e entre 1998 e 2000, quando ocorreu sua última participação no futebol profissional. O Site Só Futebol traz uma camisa comemorativa:
Para a disputa da Copa São Paulo, o Aster e a Prefeitura municipal precisaram reformar o Estádio Ildeu Silvestre do Carmo, conhecido como “Campo do Brasil“. E o resultado ficou muito bom!
O estádio possui capacidade para cerca de 4 mil torcedores, ganhou bons vestiários e estruturas de apoio além de contar com gramado sintético.
O resultado, na prática, você vê no vídeo abaixo, um belo estádio e um apoio total da torcida local:
O jogo que acompanhamos foi entre o Aster e o Cruzeiro de Alagoas e terminou em 4×0 para o time local, para a festa da torcida de Itaquaquecetuba:
Esse é o meio campo, onde você pode ver que existem arquibancada nas duas laterais:
Aqui, o gol da direita, o único lugar que não possui arquibancada:
E aqui o gol da esquerda:
Enquanto isso, do lado de fora, a guarda civil local se divertida com o “Tempestade”…
O segundo jogo foi entre o Santo André e o Sport (PE):
A torcida do Sport compareceu!
O jogo terminou com a vitória do time pernambucano por 2×1, para a tristeza da torcida Ramalhina que compareceu…
Por fim, foi bacana reencontrar a mãe do ex atleta do Ramalhão: Samuel, que ficou contente em ver nossa torcida presente:
Agora em dezembro, o EC Santo André apresentou no Poliesportivo Jairo Livólis, seus uniformes para o ano de 2024 em um evento muito bacana contando como “modelos” das novas camisas, ídolos do passado, como o craque Arnaldinho:
O evento possibilitou também reencontrar me com o ex presidente do clube: Sidney Riquetto e com o nosso atual treinador e que deve ficar no comando do time na série A1 do Paulista e na série D do Brasileiro, Fernando Marchiori!
Outro que esteve presente foi o craque Fernandinho, que depois de fazer bonito dentro de campo, se torou professor de Educação Física e também fez história na cidade.
E teve ainda o gigante Bona, que também fez parte do time que acabaria conhecido como os “baixinhos frenéticos”, nos anos 80, que contava ainda com outros nomes como Cunha e Da Silva.
Vale a pena matar a saudades desses caras em campo:
Tentei fazer o Marchiori incluir no time atual essas feras, mas pelo futebol gigante deles, são jogadores muito caros para a nossa folha salarial atual…
Outro que esteve presente e fez parte da nossa história recente foi o meia Tiago Ulisses:
A apresentação ainda contou com o nosso ex zagueiro e atual treinador do time sub 20, Gabriel vestiu a camisa de goleiro, na cor laranja.
O presidente do Ramalhão, Celso Luiz de Almeida falou um pouco da expectativa para o ano de 2024, e prometeu ações para aproximar mais o clube da torcida, além de uma campanha de comunicação divulgando o time e os jogos do Campeonato Paulista!
Outra presença importante foi a do prefeito Paulinho Serra e sua esposa, Ana Carolina, deputada estadual, que garantiram que antes do Campeonato Paulista iniciar, o estádio passará por uma série de melhorias, incluindo a pintura da arquibancada.
Enfim, aí estão as camisas para 2024, caso tenha interesse, a loja oficial fica junto do clube, na rua dos Ramalhões, 126.
23 de julho de 2023. É dia de tudo ou nada para o EC Santo André. Estando na zona de classificação, um ponto à frente do 5º colocado (o Vitória FC do Espírito Santo) bastava vencer o jogo em casa para passar ao mata mata.
Assim, mesmo com muitas críticas ao time atual, parte da torcida, encabeçada pela Fúria Andreense decidiu fazer uma recepção para o time, o que levou algumas dezenas de torcedores ao estádio 3 horas antes da partida.
Isso significa que muitos nem almoçaram pra estar aí embaixo de um sol escaldante em pleno inverno para demonstrar seu apoio a um time que infelizmente não deslanchou.
Rojões, fumaças, bandeiras… É o amor por um time, por uma cidade materializado em cores e sons…
Não faltou carinho nem dedicação por aqueles que realmente amam o time e sabem da importância da classificação para uma fase decisiva! Aliás, a torcida acompanhou o time em TODAS as partidas, dentro ou fora de casa…
Até porque todo mundo ali vivia uma certa ilusão criada em cada mente, em cada coração, onde sairíamos dali para o mata-mata, provavelmente nos obrigando a viajar até o Distrito Federal para acompanhar a sequência do campeonato…
O time demorou pra chegar… Já era mais de 13h30 quando finalmente o ônibus apontou para a festa da torcida local:
Mesmo com o time já dentro do estádio, ainda demorou pra torcida desistir de gritar reforçando aquilo que nunca faltou: apoio incondicional.
Torcer não é lógico. Muitos reclamaram do time. Do treinador. Da diretoria. Muitos reclamaram dos péssimos resultados mesmo quando viajamos centenas de kms para acompanhar o time… Mas estávamos todos ali para apoiar, para nos permitir sonhar…
Times em campo, é hora da decisão para o EC Santo André!!!
O jogo começou com forte pressão do time local frente o Democrata, que soube sofrer e se segurar…
A faixa ainda mostrava o sentimento da torcida local: EU ACREDITO!
O primeiro contra ataque já causou susto na torcida local: gol dos visitantes anulado pela arbitragem….
A tensão domina a bancada ramalhina…
Vale ressaltar a fibra que manteve o pessoal da Fúria Andreense, desde as 12hs gritando sem parar….
A Esquadrão, embora não tenha comparecido à recepção do time, também apoiou durante o jogo.
Olha aí a dupla: Valter & Gó!
Aos 28 do segundo tempo: festa na bancada local. Guilherme Liberato faz 1×0 pro Ramalhão. Mas aos 37, em uma jogada azarada, Matheus Néris levou o segundo amarelo e acabou expulso. Pra piorar… Na sequência da falta, o Democrata empata e decreta a eliminação do Santo André…
Fim de jogo… As bancadas e corações estão vazios…
Fecham-se as portas e termina o campeonato brasileiro para o Ramalhão… Não há palavras pra explicar o sentimento dos cerca de mil torcedores que acompanharam atônitos o fim da partida. É muito difícil explicar a dor pra quem não vive o dia a dia de um time como o Santo André… Ficam os bons sentimentos ao lado dos amigos de bancada, misturados ao amargor da eliminação…
Sábado, 24 de junho de 2023. 10ª rodada da série D do Campeonato Brasileiro. Em campo, duelo de paulistas e cariocas:
Assim, como a torcida do Santo André foi bem recebida na Ilha do Governador, os cariocas também o foram no ABC paulista.
Em campo, o EC Santo André enfrenta o líder do grupo e sabe que não terá uma missão fácil!
A torcida do Ramalhão mais uma vez diminuta… Menos de 1.000 torcedores se fazem presente, mas ao menos, quem veio, veio para apoiar!
A começar por nós!
Méritos aos amigos cariocas que enfrentaram a Dutra para acompanhar seu time do coração:
Começa o jogo e a Esquadrão dá início ao apoio!
Destaque também para o pessoal da Ramalhonautas, grupo dedicado à pesquisa e memória do EC Santo André!
Pra quem perguntou da TUDA, no post passado (já que por descuido meu, não teve foto dos caras) ta aí eles no jogo de sábado:
A Fúria mais uma vez, sempre, presente:
Abraços ao Gó e à Simone!
Viramos o primeiro tempo segurando o 0x0, com alternâncias entre bons e maus momentos. A Portuguesa teve menos domínio, mas quando chegou, foi mais perigosa! No segundo tempo, até criamos as condições para definir o jogo, mas não conseguimos concluir em gol, terminando o jogo em um honesto 0x0..
O Ramalhão foi a campo com: Belliato; Will Viana, Miguel Baggio, Huilherme Mattis e Vermudt; Ruan, Rafael Chorão (Felipe Pará) e Guilherme Borges; Alexiel (Flávio Torres), Vitinho (Gabriel Ferreira) e Rodrigo Carioca (Xandy). O técnico foi Leandro Niehues, já que Matheus estava cumprindo suspensão. Assista a entrevista pós jogo dele:
No próximo sábado, o Ramalhão aposta suas fichas contra o Resende lá, no Estádio do Trabalhador, no Rio de Janeiro.
Façamos uma breve pausa nos posts relacionados ao rolê que fizemos pelas cidades históricas de Minas (ainda que, na minha opinião, todas as cidades sejam históricas e que a história do território que hoje chamamos Brasil não tenha se iniciado em 1500) ….
Mas ainda falando de Minas Gerais, vamos dividir as fotos e vídeos da partida de sábado de 17 de junhode 2023, quando o EC Santo André perdeu por 1×0 para o Athletic Club de São João del Rei, em partida válida pelo returno da série D de 2023.
Seja bem vindo às arquibancadas do Estádio Bruno José Daniel, onde tentamos construir um ambiente de amizade e respeito!
O Carlão até fecha os olhos de emoção ao lembrar as emoções que já viveu nas arquibancadas e também no campo…
Olha ele aqui de olhos bem abertos enquanto dava entrevista com a camisa do, então, Santo André FC!
Se você quer curtir a partida apoiando 90 minutos, então cole com o bonde da Fúria Andreense!
E se a pegada das barras argentinas é o que te encanta, então pule com a Esquadrão Andreense!
Cansado do capitalismo e das injustiças sociais? Quer assistir a partida discutindo os problemas da atual conjuntura econômica? Então cola com esses “já não tão jovens” desajustados!
Recebemos informações de que estão sendo monitorados…
Empunhe ou amarre a sua bandeira e vamos ao jogo!
Aí estão os dois times em postura pré partida!
E como o Santo André foi a campo?
O jogo terminou 1×0 para os visitantes, mas esqueça o placar e siga com a gente!
9 de fevereiro, o Paulistão 2023 não para! E mesmo em um horário difícil (18hs) lá vamos nós acompanhar mais um jogo do Ramalhão, que foi assim a campo:
Um fim de tarde quente de verão… Água pra refrescar o campo e os poucos (cerca de 970) torcedores que compareceram ao jogo. Mal sabiam o quanto sua cabeça ia esquentar até o fim do jogo.
Os times entram em campo para mais um “derbi regional do ABC”.
Sem dúvida, 2023 ficará marcado pelas bandeiras de mastro que voltaram a desfilar em nosso estádio!
A torcida do Água Santa (que sempre nos recebe bem lá em Diadema) também compareceu!
E lá vamos nós para mais uma experiência!
O Santo André teve um primeiro tempo “morno”, ainda que algumas chances tivessem animado a torcida local.
Mas Bruno Mezenga, aos 16 minutos fez 1×0 pro Água Santa.
Volta o segundo tempo e o Santo André prometia correr atrás do placar…
Mas novamente Bruno Mezenga ampliou a vantagem dos visitantes: Água Santa 2×0 para a tristeza da torcida ramalhina…
O Santo André fez uma série de substituições e até chegou perto do seu gol…
Mas o placar acabou 2×0 e deixou desolada a torcida Ramalhina… Aos amigos e demais torcedores fica a nossa solidariedade… Nos vemos em Limeira, no domingo!
Domingo, 5 de fevereiro de 2023. Um dia de muita expectativa que terminou triste para a torcida do Santo André. A partida terminou com vitória dos visitantes por 1×0, com gol aos 48 do segundo tempo. Sinta o clima do jogo desde a chegada da torcida:
A garotada do Projeto Raízes esteve presente, quem sabe despertando a paixão pelo time da cidade nesses novos corações?
Um dos responsáveis pelo projeto é o nosso eterno craque Arnaldinho!
Outro envolvido é o Marcos Cidade, que também fez história no Ramalhão, aqui com o Ovídio e com outro que fez parte da nossa história, o Jobel!
Times perfilados… A partida está para começar!
Se a torcida visitante se fez presente, a nossa também esgotou os ingressos e lotou o nosso lado!
Mais um dia para viver o futebol do Ramalhão ao lado dos amigos! Até o Nicão, sumido, resolveu aparecer!
E se o jogo começou, é hora do bandeirão da Fúria aparecer!
O Ramalhão foi a campo assim:
Os bancos de reserva tem dois nomes que representam uma nova escola entre os treinadores: de um lado, Rogério Ceni.
Do outro, o nosso querido Vinicius Bergantin!
A torcida do São Paulo se fez presente em bom número!
Olha aí a Dragões da Real:
E aqui a Independente:
Em campo, Gérson Magrão teve uma incrível chance de abrir o placar para o Ramalhão, mas acabou sendo travado no último segundo… Lucas Frigeri, goleiro do Santo André também fez mais uma boa partida, assim como o sistema defensivo como um todo.
O primeiro tempo termina em 0x0 e na volta, o Ramalhão se apoia para buscar o improvável…
Olha a turma da TUDA aí!
Sem dúvida, um dia inesquecível! E vamos Ramalhão!!!
E na arquibancada, a gente não para!
O segundo tempo começa e o Ramalhão parece voltar melhor, tomando a iniciativa por várias vezes!
Mas a torcida também se assusta com as chegadas do São Paulo…
Mais uma vez, a torcida apoiou o tempo todo!
Vale o destaque pro craque Dudu Vieira!
E o pessoal da Esquadrão também tava por lá!
Curta essas lindas cenas de estádio cheio… Das pessoas da nossa cidade se divertindo em nossas arquibancadas…
Que possamos ver nossa bancada assim mais vezes!
E não é que o Ramalhão chegou aos últimos minutos da partida jogando melhor que o São Paulo e criando várias chances? Festa nas bancadas!
Massssssssss… O jogo só acaba quando…. Você sabe…. 48 do segundo tempo… o jogo não terminou…. E mesmo com tanta luta da nossa parte, o São Paulo fez 1×0 e…. transformou essa tarde linda em um pesadelo.
Para esse post contei com a ajuda de várias pessoas, em especial do amigo e historiador do Ramalhão, Alexandre Bachega! Valeu, Ale!
O Estádio Municipal de Santo André foi construído pela Júlio Neves (até hoje eles citam o projeto no site deles) e inaugurado em 15 de novembro de 1969, com um amistoso entre o Santo André FC e o Palmeiras (na época, o campeão da Taça Roberto Gomes Pedrosa).
O Santo André FC, na época apelidade de “Canarinho” por conta de seu uniforme, prometia uma partida defensiva!
Olha aí a cor do uniforme:
O resultado não foi lá muito favorável para o time local, mas a festa valeu a pena!
Pra quem gosta de fichas técnicas, segue a desta partida, com 3.034 pagantes, embora muitos convidados entraram sem pagar…
Na preliminar deste jogo, houve uma partida entre duas forças do futebol amador da região: SE Humaitá 1×0 Vila Bela, com gol de João Carlos, o responsável pelo primeiro gol no Brunão.
O Chicão já nos levou ao Estádio pra descrever o gol do Humaitá, o primeiro gol do Estádio, veja:
A primeira parte a ser entregue foram as arquibancadas cobertas.
Ainda hoje, o bairro ao redor do estádio tem poucos prédios, mas, na foto abaixo é de uma época em que eram 100% casas!
Nunca houve um consenso sobre a capacidade exata do setor das numeradas do Brunão, porque além das cadeiras existiam alguns espaço comuns que em épocas de pouco controle, poderiam ser ocupados…
Mas na época da inauguração, a capacidade oficial era estimada em 6 mil torcedores.
Somente em 10 de outubro de 1973, o estádio mudaria seu nome, como homenagem a Bruno José Daniel, que foi goleiro do Primeiro de Maio FC, depois vereador e Prefeito de Santo André e que faleceu jovem, aos 51 anos, menos de um mês após a inauguração do estádio.
O passo seguinte para a ampliação do Estádio Municipal Bruno José Daniel foi a construção da imponente arquibancada descoberta!
Começaram a ser construídas em 1976 e foram inauguradas em 1977 em um amistoso entre o Santo André e a Seleção da Bulgária, que terminou em 0x0.
Um resumo das atuações na partida:
Mais do que o resultado dentro do campo, o que foi bom mesmo foia arquibancada…. Veja, que linda!
Não tive acesso a nenhum documneto oficial que comprove a capacidade da arquibancada descoberta, mas estima-se que suportava 16 mil pessoas na época. Dessa forma, a capacidade total do Estádio Bruno José Daniel era de 22 mil torcedores.
Mas, essa informação varia para mais (há quem diga em 24 mil) e para menos. Fato é que o recorde de público presente aconteceria em setembro de 1983, num 0x0 contra o Corinthians (último jogo de Zé Maria pelo alvinegro).
Foram 19.189 pagantes oficialmente, mas houve mais de 4 mil pessoas (entre menores e outros) que não pagaram ingresso totalizando um público de mais de 23 mil pessoas. Novamente a Placar, em uma edição de 1987, cita o tema:
Em 1980, veio a inauguração dos refletores do Estádio, num amistoso que perdemos de 2×1 para o Santos. Nesse jogo o Ramalhão contou com um grande reforço: o craque Ademir da Guia disputou o início da partida com a camisa Ramalhina!
O jornalista e torcedor do Ramalhão, Vladimir Bianchini fez uma entrevista com o “divino” sobre o fato:
O Santo André jogou com Milton; Zé Carlos, Luiz Cesar, Alemão e Roberto; Ademir da Guia (Mazolinha), Arnaldinho e Cunha (Neco); Volnei, Zezinho e Bona.Técnico: Luiz Carlos Fescina.
Dessa forma, o Estádio passou por um longo período sem grandes obras e acabou se tornando conhecido e querido não só pela torcida local como pelos visitantes.
Porém, nem o mais entusiasmado torcedor daqueles já distantes anos 80, iriam acreditar, mas em 2004, com a conquista da Copa do Brasil, o EC Santo André confirmava pela primeira vez na história sua participação na Copa Libertadores de América, como se pode ver nessa linda foto da Gazeta Press:
E fez se do Brunão, um caldeirão!
Mas para poder receber a disputa, o “Brunão” (o Estádio Bruno José Daniel já se fazia íntimo do torcedor há tempos) ganhou, temporariamente um aumento da sua capacidade. Na época, o amigo Thiago Fabri foi até o estádio assim que as arquibancadas ficaram prontas e fez essas fotos pros Ramalhonautas.
O cálculo da capacidade do Estádio nesse momento era difícil, porque haviam sido alterados os padrões e a capacidade inicial havia sido reduzida para 18 mil, estima-se que com as duas arquibancadas, chegou-se novamente a 20 mil lugares.
Essas arquibancadas nunca foram utilizadas. Foram feitas só pra cumprir uma obrigação.
Assim que o Santo André saiu da Libertadores, as arquibancadas tubulares foram desmontadas, voltando ao “padrão” que todos haviam se acostumado.
Tudo estava em paz até que em 2011 um burocrata teve uma ideia: Vamos derrubar aquela marquise, porque aquilo deve estar perigo…
O então Prefeito de Santo André, Dr. Aidan Ravin (PTB), anunciou uma “grande reforma do Brunão”. E assim, começou o inferno da nossa torcida.
Nunca ficou provado que era tecnicamente necessária a demolição da marquise. Estivemos lá às escondidas para registrar a demolição e recolher alguns pedaços de recordação…
O Santo André precisou atuar em cidades vizinhas como: São Caetano do Sul, São Bernardo do Campo, Mauá e até em Araras e dentro de campo as coisas também foram mal… seguidos rebaixamentos no campeonato brasileiro e no estadual.
A resposta do torcedor foi dada nas urnas, e Aidan, que vinha com grandes chances de se reeleger viu sua carreira política ruir, como ruiram nossas arquibancadas.
Até música o Visitantes (a banda rockeira do Santo André) fez sobre esse difícil momento:
Somente em 2013, o novo prefeito (Carlos Grana / PPT) reabre o estádio com a presença dos seus torcedores.
Aos poucos as obras trouxeram um novo Bruno José Daniel, no lugar da antiga e vistosa marquise, em 2015 conhecemos uma nova arquibancada descoberta.
Em abril de 2017, voltamos a ter um sistema de iluminação.
Agora, podemos ter jogos noturnos novamente!
Por fim, o último movimento do Estádio foi receber as tendas da Prefeitura e transformar-se em um hospital de Campanha durante a pandemia do Covid 19.
Pode se dizer que o Estádio Municipal Bruno José Daniel fez mais do que a sua parte na vida dos andreenses…
Atualização: após a pandemia, o Estádio Municipal Bruno José Daniel recebeu uma grande mudança: a troca do gramado natural por artificial. Dê uma olhada em como foi a época das obras: