O futebol em Porto Ferreira (SP) em 2025

É… Tudo muda.
Tudo segue se transformando com o tempo.
Tem coisas tradicionais que deixam de existir e também coisas novas que nascem.
Em 2012, estivemos por Porto Ferreira para conhecer e registrar o Estádio Municipal da Vila Famosa (veja aqui como foi), também chamado de Vila Formosa.

Na época, o Estádio era a casa da Sociedade Esportiva Palmeirinha, um time que atuava na série B do Campeonato Paulista.

Cheguei a ver um jogo deles lá em Jaú, em 2013 (veja aqui como foi).

Em 2016, o time disputa seu último Campeonato Paulista pela série B, e no ano seguinte, voltamos a passar pelo estádio, para uma nova visita (veja aqui como foi).

Em 2023, chegou a notícia que o Estádio fora abandonado e estaria prestes a ser demolido.
Torcendo para ser apenas um boato, no feriado da consciência negra de 2025 passei por Porto Ferreira e, para a tristeza de todo apaixonado por futebol, confirmei a notícia…

Me pergunto se pra quem mora na cidade realmente fez sentido essa demolição para se ter um…. “nada” no lugar…
Ok, provavelmente algo será construído nos próximos meses ou anos, mas ainda assim, dói ver essa imagem, não?

A cidade é referência na produção e comércio de cerâmicas, e não é difícil pensar que algo nesse sentido pode tomar esse espaço, ou quem sabe um novo espaço para o esporte municipal?

E pensar que, assim como as cerâmicas, o time fez parte do dia-a-dia da cidade por tantos anos…

Olha que linda a foto do Marcier Martins quando goleiro do time (do acervo Marcier Martins):

É um time com muita história…

E com uma torcida bastante apaixonada!

No início da carreira, o goleiro Aranha teve uma passagem no gol do Palmeirinha!

E o que dizer de 1967, quando o time sagrou-se campeão da terceira divisão.

Muitos fizeram história com essa camisa…

Assim, com a demolição do Estádio e o fim do Palmeirinha, a cidade parecia fadada a não ter mais um time de futebol nas competições da Federação Paulista.
Mas, no dia 26 de abril de 2022, uma família da cidade decidiu criar o Porto Foot Ball Ltda, o primeiro clube-empresa de Porto Ferreira.

Se você quer saber um pouco mais sobre o time, batemos um papo com o presidente do clube, confira:

O time nasce com a missão de juntar a cidade, e por isso soma o preto e branco do antigo Porto Ferreira FC e o verde do Palmeirinha, além disso, passou a mandar seus jogos no tradicional Estádio Ferreirão

E é aqui que o futuro se une ao passado já que o Estádio Ferreirão foi a casa do Porto Ferreira FC, primeiro time da cidade a participar de competições da Federação Paulista, fundado em 1912.


Em 1916, seu primeiro campo (1 no mapa abaixo) deu lugar ao Jardim Público que é a atual praça Cornélio Procópio, obrigando-o a se mudar para onde hoje está o Hospital Dona Balbina (2 no mapa abaixo), de lá, mudou-se em 1923 para a área onde hoje está o clube social (3 no mapa abaixo) e permaneceu por lá até 1968, quando finalmente mudou para a atual área do Estádio (4 no mapa abaixo).

Em 1925, disputou dois amistosos com o Clube Atlético Paulistano, recém-chegado de excursão pela Europa, vencendo ambas (3×0 e 2×0).
Em 1926, o Clube Atlético Paulistano novamente visita Porto Ferreira e dessa vez apenas uma partida: um empate em 0x0.
Nesse mesmo ano, o Porto Ferreira FC filiou-se na Liga dos amadores de Futebol e segundo o livro “Os esquecidos”, estreia no Campeonato do Interior na Região C.

No ano seguinte disputa a Zona da Paulista:

Em 1952, foi Campeão amador do setor 9.

E se mostramos lá em cima um desfile com a bandeira do Palmeirinha, o Porto Ferreira FC também teve seu momento…

O alvinegro de Porto Ferreira foi o primeiro time a conquistar o coração da população…

E que demais esse uniforme, hein?

Dessa forma, fomos conhecer o Estádio Ferreirão, que teve sua inauguração oficial em 25 de julho de 1982, como indica a placa abaixo:

Então, venha conosco para um rolê por este verdadeiro elo entre o passado e o futuro!

Olha que bem estruturado é o estádio em se falando de arquibancada.
Temos estes degraus em torno da lateral de entrada e também atrás do gol esquerdo:

Sempre gosto de comparar com outros times que estão disputando a série B do Campeonato Paulista para pensar se um estádio teria condições de abrigar o futebol profissional novamente, e no caso do Ferreirão, acredito que com algumas poucas melhorias teríamos condições de ver o Porto Foot Ball alçando voos mais altos!

Além das atuais arquibancadas, existe espaço do outro lado do campo para eventuais novas estruturas, como se vê nesta foto do meio campo!

Ali ao lado direito, também temos parte da arquibancada quase até o gol.

Aqui, o já supra citado gol do lado esquerdo.

Uma pena só ter o registro do time que este ano foi finalista da Série B do Campeonato Paulista Sub 20 no Estádio de Paulínia.

Ainda estamos devendo acompanhar um jogo por aqui… Era pra gente ter vindo na final, vencida pelo Paulinense, mas ano que vem teremos o time na Série A do sub 20 e quem sabe podemos enfim registrar um jogo.

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Especial As Mil Camisas no Piauí – parte 5: o Estádio Ytacoatiara em Piripiri

Em julho de 2025 viajamos até o Piauí e foi incrível.
Começamos o rolê pela capital Teresina, onde visitamos o Estádio Albertão, o Estádio Lindolfo Monteiro, o CT do River AC e a Loja do Clube Atlético Piauiense.
Na sequência, fomos até Altos, ver o Estádio Felipão, onde nasceu a AA Altos, aliás, olha o vídeo que fizemos dessa parte do rolê:

Agora, é hora de dividir o rolê que fizemos em uma cidade que já ocupou a cabeça de todo mundo que ama o futebol.
Falamos de Piripiri, a terra querida!

Olha aí, que bonito: Em Piripiri, cada amigo é um irmão!

Taí o antigo armazém da estação ferroviária, por onde chegavam e saiam tantas pessoas, fazendo de Piripiri uma cidade bastante movimentada.

E o motivo dessa cidade fazer parte do imaginário de todo apaixonado por futebol é a data que comemora a emancipação política da cidade: 4 de julho.
Ela dá nome à uma importante avenida na cidade…

Mas também deu nome a um verdadeiro patrimônio da cidade, o CA 4 de julho!

O 4 de Julho Esporte Clube é também chamado de Colorado de Piripiri e foi fundado em…. 4 de julho de 1987 e tem 4 títulos estaduais: 1992, 1993, 2011 e 2020, além de ser campeão da Copa Piauí em 2017.
Para saber mais sobre a história do time, vale a pena visitar o post que fizemos sobre a camisa do time.

O grande momento do time foi quando derrotou o São Paulo pela Copa do Brasil de 2021, mas este jogo não foi em Piripiri e sim em Teresina.

A casa do 4 de julho em Piripiri é o Estádio Ytacoatiara, a Arena Colorada!

O Estádio fica bem no meio da cidade, então deu pra ver um pouco do dia-a-dia de Piripiri antes de chegar na Arena Colorada!

Pena que a loja oficial do time estava fechada, ela fica ali ao lado da entrada do estádio.

A parte alta do rolê foi entrar dentro do estádio e poder registrar o campo!

Olha que arquibancada, embaixo de um céu lindo desse nosso nordeste…

Pô, fiquei feliz de poder estar neste estádio tão importante!

Vem dar um rolê com a gente pra conhecer o estádio por dentro:

Aqui, o registro do meio campo:

O gol da esquerda:

E o gol da direita:

O Estádio tem arquibancadas dos dois lados e é muito charmoso!

Parece que essa área antes era coberta. O que terá acontecido?

E é quente a cidade…

Mesmo com tanto calor, o gramado está super bem cuidado. Recebe irrigação diariamente.

Junto às arquibancadas tem uma grande área para a imprensa.

Achei legal essa cerca viva formada por flores entre o gramado e a arquibancada.

Olha como fica diferente da área que não a tem:

Fizemos um vídeo que registra esse nosso rolê:

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Especial As Mil Camisas no Piauí – parte 4: o Estádio Municipal Felipe Raulino em Altos

Em julho de 2025 viajamos até o Piauí e foi incrível.
Começando pela capital Teresina, tema dos primeiros posts (sobre o Estádio Albertão, o Estádio Lindolfo Monteiro e o CT do River AC e a Loja do Clube Piauiense).

Agora é a vez de dividirmos como foi o rolê pelo Estádio Municipal Felipe Raulino, a casa do time sensação do momento em Piauí, que neste momento caminha em busca do acesso à série C do Campeonato Brasileiro: a Associação Atlética de Altos, fundada em 19 de julho de 2013.

Então, seja bem vindo(a) a Altos, cidade que faz parte da Grande Teresina e que tem como data oficial de fundação 1922.
Atualmente cerca de 47 mil pessoas vivem no que antes era chamado de São José dos Altos, de João de Paiva, depois Altos de João de Paiva, e finalmente Altos.

Foi bem fácil chegar ao Estádio, porque ele fica quase do lado da estrada, como você pode ver no mapa abaixo do Google:

Sendo assim… Aí estamos nós no Estádio Municipal Felipe Raulino, o “Felipão“, inaugurado em 1992!

É mais um templo do futebol que visitamos e registramos, mas que atualmente vive um grande dilema…

A tradicional Revista Piauí chegou a fazer uma matéria onde relata que uma desavença política teria feito o time local passar a mandar seus jogos na vizinha Teresina.
Uma pena para a população local, que ou simplesmente deixou de acompanhar ou passou a ter que gastar tempo e dinheiro para se deslocar até a capital pra ver o time da sua cidade em campo…
E o campo do Felipão até que está em boas condições…

Suas arquibancadas seguem por lá torcendo para que este imbróglio se resolva e a torcida volte a lotar o Felipão!

Dá uma olhada em como é o campo:

Aparentemente todos os cuidados estão sendo tomados para o campo seguir com bom uso:

Olha aí o banco de reservas e outras estruturas:

O nosso tradicional registro do gol do lado esquerdo:

Do lado direito:

Um zoom no nosso gol:

E o meio campo:

Do lado de onde fiz estas fotos, existe mais uma arquibancada com uma área dedicada às cabines de imprensa:

Ela acompanha a lateral toda do campo.

Imagino que um jogo aqui com casa cheia seja um verdadeiro caldeirão!

Olha como foi uma final lá dentro:

O que nos resta é torcer para que o Estádio volte a receber jogos do Altos e quem sabe até em jogos válidos para a série C.
Aliás, especula-se até a construção de um novo estádio na cidade…

Fizemos um vídeo para recordar pra sempre esse rolê e esse momento, espero que reflita pelo menos uma parte do que sentimos.

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Estádio Municipal Antônio Pereira Lima, em Santa Mariana (PR)

No carnaval de 2025 fomos até Presidente Prudente assistir Grêmio Prudente x Santo André pela série A2.

Na volta, demos um rolê pelo norte do estado do Paraná, começando por Alvorada do Sul, …

Depois paramos em Londrina para registrar o Estádio Uady Chaiben, a casa da Portuguesa Londrinense (PR)

… além de entrarmos no Estádio Vitorino Gonçalves Dias, o VGD” para acompanhar o resultado das obras de melhorias:

Também fizemos uma parada em Cornélio Procópio para conhecer e registrar o Estádio Municipal Ubirajara Medeiros.

Mas o caminho apresentou uma outra parada obrigatória: uma cidade cujo nome nos fez rir de dezenas de brincadeiras durante a viagem, já que o lado feminino deste site é representado pela Mariana, assim, bem vindo a…

E claro, Santa Mariana tem espaço para o futebol, com o Estádio Municipal Antonio Pereira Lima.

Olha a fachada como é bacana e aparentemente construída ou reformada recentemente:

A cidade contou com alguns times defendendo o seu nome, começando pelo Santa Mariana FC, fundado em 1960. Distintivo abaixo criado por Sérgio Mello:

O Santa Mariana FC disputou a primeira divisão Paranaense em 1961, na chamada Zona Norte Velho (Setentriao), terminando em 2º lugar nos dois turnos, e na sétima colocação geral do Campeonato. Tabela do excelente site da RSSSF:

Em 1962, novamente o time fica em 2º após os dois turnos e acaba fora da fase final…

O time ainda jogou em 1963 ficando em posições intermediárias nos dois turnos do seu grupo.

Não encontrei informações sobre quando o time deixou de existir, mas o vi que nos anos 70, outro time surgiu na cidade: a Associação Esportiva Santa Mariana. Alguém aí sabe dizer se este é o distintivo do clube?

O grande feito da AE Santa Mariana foi chegar na semifinal da Taça Paraná de 1972, sendo eliminada pelo CA Loandense.
Também não encontrei maiores informações sobre o time e nem quando ele teria sido extinto, entretanto, existe uma informação creditada a Rodrigo Santana e disponibilizada no site Futebol Nacional que um terceiro time existiu na cidade, já na década de 80: o EC Santa Mariana.

De volta ao presente, vamos dar um rolê pela atual casa do futebol em Santa Mariana, o “Estádio Municipal Antonio Pereira Lima“:

Aqui o meio campo, com sua charmosa arquibancada coberta:

O gol da esquerda onde a molecada estava batendo uma bola:

E o gol da direita:

Confesso que este estádio não estava nos nossos planos da viagem, mas seria impossível não parar em uma cidade com o nome da Mari, ainda mais tratando-a como “Santa” kkkk.
De toda forma, acabamos presenteados por um estádio tão bacana como esse!

Até um banco de reservas coberto, o estádio possui, e olha que pitoresco. Me pergunto o porquê das cores amarelo e vermelho… Será que um dos times do passado tinha essa cor?

Enfim, com a missão cumprida, e tendo um tempinho pra parar o carro na beira da estrada pra aproveitar e observar um cenário lindo desses, voltamos ao nosso rolê!

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O Estádio Municipal e o futebol em Campo Limpo Paulista-SP

Novembro de 2024.
Aproveitamos o feriado do dia 15, para seguir a linha do trem “Rio Grande da Serra – Jundiaí” até uma cidade que já participou do futebol profissional e que ainda não tínhamos visitado: Campo Limpo Paulista! (foto do site da Prefeitura)

Falando sobre a formação da cidade, é difícil detalhar quem foram os primeiros a ocupar a região, mas a presença da água (o atual “rio Jundiaí”) deve ter atraído pessoas de tempos em tempos.
Os primeiros europeus que chegaram na região citam os Tupi Guarani e seus parentes (Tupiniquim, M’byá entre outros) como os habitantes do local.

A partir da metade do século XVI, os portugueses passam a realizar expedições para aprisionar indígenas e procurar metais e pedras preciosas Brasil adentro.
Com o tempo, se apossaram das terras estrategicamente localizadas para criarem pontos de paradas para as “bandeiras”.
Campo Limpo Paulista passou por um processo similar. Vale lembrar que a cidade se emancipou de Jundiaí em 1965, então o começo da história das duas cidades é o mesmo, até porque são todas limítrofes.

O fato que potencializou a região foi a Estrada de Ferro São Paulo Railway, construída entre 1862 e 1867, ligando Jundiaí a Santos e primeira estrada de ferro paulista. Por ela, toda a produção de café foi transportado até a década de 1930.
A estação de Campo Limpo foi inaugurada em 1881 para agir como entroncamento da E. F. Bragantina, aqui em foto nos anos 20 do site Estações Ferroviárias.

Outro ponto importante para o desenvolvimento da cidade é que de 1947 até 1951 Campo Limpo Paulista sediou a Hospedaria de Imigrantes ocupando antigos galpões de depósito de café para abrigar refugiados da Polônia, Ucrânia, Lituânia, Hungria, Rússia, Iugoslávia, República Tcheca e apátridas.

Quando falamos do futebol da cidade, é necessário citar 4 times que se aventuraram no profissionalismo :

O primeiro deles é o Corinthians Futebol Clube, fundado em 1974.

O Corinthians FC entra pra história por ser o primeiro time da cidade a disputar uma competição profissional: o Campeonato Paulista da Terceira Divis˜ão de 1976.

Na sequência, a cidade contou com a Associação Atlética Campo Limpo Paulista, fundada em 1980.

Em 1981, a AA Campo Limpo Paulista estreou no futebol profissional, na Terceira Divisão.
Foi um campeonato complexo, com 6 grupos, que disputariam 2 turnos. Os campeões de cada turno (definidos após semifinal e final) se enfrentaram definindo o campeão do grupo e classificando-se para um hexagonal final, de onde o Cruzeiro sagrou-se campeão.
Jogando no grupo Vermelho, a AA Campo Limpo Paulista terminou em 3º e perdendo a semifinal para o Cruzeiro (0x0 e 2×0).

No segundo turno, novamente a AA Campo Limpo Paulista se classifica mas é eliminada na semifinal.

A boa campanha levou a AA Campo Limpo Paulista para a segunda divisão de 1982. foi promovida para a Segunda Divisão, em mais um campeonato complexo, dividido em 2 turnos de duas etapas cada e um quadrangular como fase final.
Na 1ª etapa do primeiro turno, jogando no Grupo Preto, a AA Campo Limpo Paulista termina na 4ª colocação do seu grupo, a série D.

Assim, o time se classifica para a 2ª etapa do 1º turno, onde terminou em 2º lugar, tendo o Bragantino como campeão do grupo.

No 2º turno, termina a 1ª fase na última colocaç˜ao, não se classificando para a 2ª fase do turno.

Infelizmente, entendendo que não teria a estrutura e verba necessária para seguir na disputa, acabou preferindo licenciar-se das competições profissionais.

O terceiro time da cidade foi o Sport Club Campo Limpo Paulista, fundado em 13 de Abril de 2000. O escudo veio do site do Gino!

No mesmo ano de sua fundação ingressou no Campeonato Paulista da Série B2 (o 5º nível do futebol paulista daquele ano), terminando na 8ª colocação do seu grupo.

Uma briga política fez o time mudar de cidade para a vizinha, Caieiras e seu nome para Sport Club Paulista, jogando a série B3 de 2001, chegando até à semifinal, onde perdeu para o Corinthians B.
O time sobe para a Série B2 de 2002, e faz má campanha.
Em 2003, retorna a Campo Limpo Paulista mas faz novamente uma má campanha.
Licenciou-se em 2004 e 2005, retornando em 2006 no Campeonato Paulista da Segunda Divisão (atual Série B) onde terminou a 1ª fase na 5ª colocação.

Em 2007, mais um problema de gestão levou o clube a mandar seus jogos em Salto.
Em 2008, se transferiu para Espírito Santo do Pinhal, mudando novamente o nome para Sport Club Paulista.
Licenciou-se novamente em 2009.
Depois de muitas trocas de sedes, em 2010 mudou-se para cidade de Cotia, mudando de nome, em 2011, para Cotia Futebol Clube, e disputando a Segunda Divisão (Série B) até 2013, jogando a A3 de 2014 e 2015.

O terceiro time da cidade é o Metropolitano Futebol Clube, fundado em Jundiaí, em 10 de janeiro de 2018.

O Metropolitano nasceu em Jundiaí para revelar novos jogadores sendo desde o princípio um clube-empresa.
Em 2021, se muda para Campo Limpo Paulista, e em 2022, passa a disputar as categorias de base do futebol paulista, destaque negativo para o sub 20 de 2024 terminando na lanterna do grupo 9.

Apresentados os times, hora de falar do Estádio Municipal de Campo Limpo Paulista.

O Estádio Municipal leva o nome de Aldévio Barbosa de Lemos um dos envolvidos na emancipação da cidade e faz parte do equipamento esportivo da cidade.

Tem até estacionamento!

E fomos conhecer e registrar a casa do futebol de Campo Limpo Paulista, começando pela sua bilheteria!

Venha conosco conhecer mais um estádio do futebol paulista!

As bandeiras tão admiradas pelo amigo Sérgio Gisoldi!

Foram 3 anos de construção: de 1973 a 1976 e o resultado está aí, veja que linda arquibancada coberta:

As entradas para as arquibancadas estavam fechadas, então não deu pra fazer uma foto lá em cima…

O Estádio pertence à Prefeitura Municipal e tem capacidade para 5.400 torcedores.

Olhando do lado de frente da arquibancada, este é o meio campo:

O gol da direita:

O gol da esquerda:

Dei uma volta na pista de atletismo para ter uma ideia do estádio como um todo.

Banheiros em dia!

Mais uma experiência bem sucedida com o futebol que deveria representar uma importante parte da cultura de um povo que vive ali t˜ão perto da capital e que muitas vezes não consegue gerar símbolos de identificação capazes de torná-los únicos em relação a outras cidades.

Até um recado de um punk está lá na parede!

Hora de ir embora com o sentimento de missão cumprida!

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O futebol em Votorantim-SP

Em 2023, tivemos a oportunidade de passar por Sorocaba e aproveitamos para dar um pulo na cidade vizinha, Votorantim.

Votorantim é uma cidade especial para minha família porque meu avô teve um pequeno sítio ali, até o fim da sua vida, e por isso criamos laços emocionais e de memória com a cidade.
Não a toa fizemos questão de conhecer e acompanhar o Votoraty FC, fundado em 12 de maio de 2005.

Inesperadamente, o Votoraty FC chegou na final da Copa Paulista.
Abaixo algumas imagens daquela tarde inesquecível, mas se você preferir, veja aqui o post que conta como foi aquele jogo.

Depois vi também o jogo pela Copa do Brasil do Votoraty contra o Grêmio (veja aqui como foi aquele jogo).

E olha quem era o treinador do Votoraty naquele ano: Fernando Diniz!

Só pra lembrar… Votorantim teve uma ocupação indígena, como todo o território brasileiro, recebendo a chegada dos primeiros portugueses em meados do século XVII, recriando o choque que houve no litoral brasileiro.

Pascoal Moreira Cabral, um parente do fundador de Sorocaba Baltazar Fernandes, decidiu produzir açúcar, dando origem a um vilarejo, próximo de uma cachoeira chamada Votorantim que acabou dando nome ao local.
Já no final do século XIX, as primeiras indústrias chegam à cidade, e com elas a imigração.

E foi assim que o futebol chegou à cidade.
Em 1º de janeiro de 1900, os operários ingleses da Fábrica de Tecidos Votorantim, entre eles William Snapp, fundador do SPAC – São Paulo Athletic Club criam o Votorantim Athletic Club, tornando-se o time oficial da fábrica.

Enquanto isso, os italianos oficializam, na mesma data, o Sport Club Savoia, que por muitos é considerado o primeiro clube de futebol do Brasil.

Com o crescimento da colônia italiana na região, a torcida do Sport Club Savoia também aumenta. Já o time inglês perde torcida (os ingleses voltaram pra capital com medo do surto de febre amarela na região) e o Votorantim Athletic Club decide se unir ao Sport Club Savoia.

Em 1910, o Sport Club Savoia é convidado a disputar um torneio seletivo para a elite do Campeonato Paulista com o Vila Buarque Futebol Clube e o Clube Atlético Ypiranga, mas o Ypiranga vence e fica com a vaga.

Em 1915, o recém-fundado Palestra Itália da capital faz sua estreia no futebol contra o SC Savoia, no Campo dos Castelões, em Votorantim.

Em 1919, convidou o XV de Piracicaba para uma partida, mas o XV reclamou do tratamento dado

Em 28 de setembro de 1924 o SC Savoia inaugura o “Estádio Municipal Domenico Paolo Metidieri” com dois jogos: na preliminar, o 2º quadro do Savoia fez 4×1 no Germânia e na sequência, o primeiro quadro empatou por 4 a 4 com o Athletico Paulistano (com Arthur Friedenreich no elenco).

Em 1930, a equipe passa a ser conhecida como “Esquadrão de Ferro” por conquistar vários títulos, incluindo a 23ª Região do Campeonato Amador do Interior.
Por conta da guerra contra os países do eixo nazista, em 1942 o Sport Club Savoia é obrigado a mudar de nome adotando Clube Atlético Votorantim.

Esse foi o time de 1946, campeão da 23ª Região do Campeonato do Interior:

Em 1947 a equipex conquista o título da Liga Sorocabana de Futebol e de 1948 a 1952 disputa a Segunda Divisão do Campeonato Paulista de Futebol.

Em 1952, as Indústrias Votorantim retiram o apoio ao clube, e o departamento de futebol profissional é desativado.

Aqui, o time de 1966:

CA Votorantim 1966

Mais recentemente, surgiu o Atlético Votorantinense, usando de brasão a cruz de Savóia, para resgatar esta história.

Já a gente, preferiu reviver essa história visitando o Estádio Municipal Domenico Paolo Metidieri!

Uma arquibancada com mais de um século de história… É mesmo motivo de orgulho para a cidade!

Mas fizemos um role por todo o campo, olha os bancos de reservas…

Aqui, o meio campo:

O gol da esquerda com o terminal de ônibus atrás:

E o gol da direita:

Fazia um tempo que não vinha no Estádio Municipal Domenico Paolo Metidieri, foi bem legal poder reencontrar o lugar!

Hora de ir embora…

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#TBT – 1ª rodada da A2 de 2008

O que dizer de uma partida onde você encontra o Godoi num posto de gasolina antes de chegar no Estádio, ter que entrar pelo meio da torcida local, e ainda ser informado pela polícia que em caso de problemas o portão de acesso ao campo está aberto é a melhor atitude a ser tomada…

Após um empate de 1×1, fomos aconselhados pela polícia a ficar até depois do jogo para não ter problemas… Detalhe, até o carro eles nos obrigaram a colocar em cima da arquibancada kkkk

E o que você diria se enquanto espera, encontrar o treinador de quem você é ídolo, no caso: Ferreira!

Esse foi um rolê de 2008, na estreia da série A2 do Santo André contra o GE Catanduvense.

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O Estádio Benito Agnelo Castellano, a casa do Velo Clube

Pois é, com o acesso do Velo Clube à primeira divisão depois de 46 anos, estamos vivendo uma verdadeira Velomania e já que o tema é inesgotável, vamos dar nossa contribuição registrando um rolê que fizemos para registrar o Estádio Benito Agnelo Castellano!

O Estádio Benito Agnelo Castellano, carinhosamente conhecido como o “Benitão” é a casa do lado rubro verde da cidade de Rio Claro: a Associação Esportiva Velo Clube Rioclarense.

Na parte interna do estádio, antes de se adentrar à arquibancadam existe uma série de fotos e registros sobre o passado do time junto do Bar “Toca Rubro Verde”.

Várias fotos relembrar os esquadrões que marcaram época defendendo a camisa do Velo Clube!

Por falar em imagens, taí a lenda responsável pelo canal @VeloemImagens!

Estivemos no estádio em um dia em que as categorias de base estavam disputando suas competições contra o XV de Piracicaba.

Assim, mesmo contando apenas com os familiares e aqueles que acompanham a base, pudemos viver uma tarde com o estádio vivo!

Vale lembrar como é a organização do estádio: são duas arquibancadas junto às laterais do campo sendo que no passado – e talvez isso volte no futuro- o estádio teve uma tubular atrás do gol. Desse lado em que estamos está a arquibancada coberta.

Do outro lado, uma arquibancada maior e descoberta. Ah, perceba que o campo está reduzido porque estamos falando do sub 9 e sub 11. E ali está o gol da direita:

E aqui, o gol da esquerda:

E aqui o meio campo:

Em 7 de setembro de 2022, o Estádio Benito Agnello Castellano completou 50 anos de inauguração, que se deu em 1972, na partida: Velo Clube 1 x 4 Palmeiras. Há uma placa registrando a data:

E é muito legal poder ver que tanto tempo depois, passando e vencendo tantas crises, o Benitão voltou a ser um local de felicidade!

Benito Agnello Castellano, que dá nome ao estádio, foi um esportista, dirigente, cronista esportivo (correspondente local da Gazeta Esportiva) e torcedor fanático do Velo Clube nascido na cidade em 1927. O J1 Diário publicou uma entrevista com o filho dele (na foto abaixo) no lançamento do seu livro “Benito e Velo” (veja aqui a entrevista).

O estádio nasceu como propriedade do Velo Clube, mas em 2008, a prefeitura de Rio Claro decidiu desapropriá-lo para inviabilizar seu leilão judicial, que ocorreria no mesmo ano como forma de pagamento das dívidas do clube.

O dinheiro será depositado em juízo para a quitação de dívidas trabalhistas e com Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) que o Velo tem com a Prefeitura desde 1988 e apenas em 2015, na última parcela, a prefeitura recebeu o título de posse do imóvel.

Dei uma pesquisada aqui para ler sobre quando estivemos lá em 2011 para acompanhar o acesso do time para a série A2, veja aqui como foi!

Mais recentemente estivemos no Benitão para acompanhar a partida contra o São José, válida pelas quartas de final da série A2 (veja aqui como foi)!

Curiosamente, o público recorde do Estádio é de uma partida contra o São José (vitória do Velo pro 1×0) com um total de 15.782 torcedores, em 1978.

Mais um post em homenagem ao Velo e sua torcida! Desejamos boa sorte na série A1 de 2025!

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O futebol e os estádios em Lavras-MG

Se todo carnaval tem seu fim, por que com corpus christi não o teria?
Bem vindo ao último post sobre o rolê de junho de 2023 em MG.
O feriado começou com um jogão pela série D: Athletic Clube 4×2 Santo André que nos permitiu conhecer e registrar o Estádio Joaquim Portugal:

Graças ao feriado, depois do jogo, pudemos visitar uma série de lugares lindos, e estádios basta clicar para saber mais:
Guarany e do Marianense (ambos de Mariana),
Aymorés FC (Tiradentes),
AC Três Corações / CA Tricordiano (ambos de Três Corações),
Bangu EC (Congonhas),
América RF, Social FC, do Figuerense EC e Minas FC (São João del Rei),
Betis FC, registrado na foto abaixo (Ouro Branco).

Para que nossa viagem de volta não ficasse tão longa, decidimos dormir em Lavras, ainda em Minas Gerais, mas bem perto da conhecida estrada Fernão Dias.
Assim pudemos conhecer um pouco sobre o riquíssimo futebol da cidade, ilustrado neste post pelos 5 principais times de Lavras!

Segundo o mapa “Native Land“, o território ocupado atualmente pela cidade encontrava-se já entre as terras dos Puris (na ilustração abaixo) a nordeste e a dos Guaranis a sudoeste, na época da chegada dos portugueses, os Cataguás (povo não tupi e do qual não se tem nenhuma ilustração sequer) estavam por ali e impuseram muita resistência aos invasores. O bandeirante Lourenço Castanho Taques é apontado como responsável pelo genocídio dos Cataguás.

O local passou a ser chamado de Colina do Pouso do Funil, por conta de uma cachoeira que parecia um funil e por acreditarem que ali existia ouro, logo chegou uma primeira leva de moradores ao arraial, que em 1813 foi elevado à categoria de freguesia.
Chega à condição de vila, em 1831, e à cidade, em 1868, quando se altera seu nome de “Lavras do Funil” para “Lavras”.
Segundo o Censo do IBGE de 2022, 104.761 pessoas vivem na bela e preservada cidade de Lavras!
Recomendo o livro digital História de Lavras do pesquisador, professor e historiador Geovani Németh Torres.

A história do futebol na cidade se origina com o Lavras Sport Club, fundado em 13 de agosto de 1913.

O futebol reflete o novo momento na cidade, onde a energia elétrica substituía os antigos lampiões, surgiam os primeiros telefones e a ferrovia funcionava como a Internet, trazendo as novidades até a estação de Lavras Oeste, aberta em 1895, como parada da Estrada de Ferro Oeste de Minas.
A foto abaixo, de 1930 é do incrível site Estações Ferroviárias

O Lavras Sport Club foi criado pelos alunos do Instituto Presbiteriano Gammon, instituição responsável pela chegada da primeira bola à cidade.

Logo surge um rival: o Hymalaia SC, também formado por alunos do Gammon e o derbi entre eles fazia barulho na cidade!
Na década de 20, o “Moreno Esporte Clube” incluiu os negros no futebol local.
Mas é o Lavras Sport Club que passa a se destacar e disputar amistosos e torneios contra times da região como o Athletic Club de São João del Rei.
O Lavras SC manteve-se todo o tempo como amador, e em 5 de setembro de 1937, funde-se com a Associação Olímpica de Lavras, criada em 20 de julho daquele ano.

A Associação Olímpica herda do Lavras SC, o Estádio Ruy Moraes de Lemos, construído em 1916, com recursos antes destinados ao Tiro de Guerra, mas que com o fim da 1ª Guerra, ganharam melhor uso.

Aqui, uma foto antiga que mostra a identificação do Estádio Ruy Moraes de Lemos.

E lá fomos nós conhecer o campo da Associação Olímpica!

O Estádio tem muita história e foi a casa de alguns amistosos inesquecíveis, como o do dia 8 de maio de 1949, em 1×1 contra a seleção da Colômbia, ou contra o Flamengo em 1958.

Mas a Associação Olímpia de Lavras também usou o Estádio Ruy Moraes de Lemos no futebol profissional, onde estreou em 1968, na 2ª Divisão do Campeonato Mineiro (fonte da tabela: RSSSF Brasil):

Na final da região, acabou desclassificada:

Alguns registros do time sem a data especificada:

Não encontrei outras participações em campeonatos oficiais, mas essa foto registra a inauguração dos refletores do estádio em 1972:

Depois do hiato, em 1984 a Associação Olímpica volta a disputar o Módulo II do Campeonato Mineiro (fonte da tabela: site da RSSSF Brasil),

Em 1985 termina na 6ª colocação:

Em 1986, passa da primeira fase, mas não se classifica para as finais:

Em 1987 vai disputar a repescagem mas, novamente, acaba fora das finais.

Em1988 é rebaixada para a terceira divisão:

Em 1989, joga a terceirona e chega à fase final:

Uma vitória a mais teria levado o time de volta ao módulo II…

Não disputa a competição em 1990, e em 1991, não descobri o motivo, volta ao Módulo II para uma última participação nos campeonatos oficiais da Federação Mineira:

E desde então, até onde pesquisei, a Associação Olímpica de Lavras não disputou mais o profissionalismo, mas segue jogando no lindo Estádio Ruy Moraes de Lemos!

Dê mais uma olhada e sinta o clima do Estádio:

Aqui, uma vista do meio campo:

O gol da direita:

O gol da esquerda:

Enquanto estivemos no estádio, rolava uma pelada entre a galera local:

Atrás do gol da esquerda existe mais um pequeno lance de arquibancada:

Esse lance praticamente se encontra com o lance lateral de onde estou fazendo estas imagens:

Lá do outro lado, o quase centenário distintivo da Associação Olímpica de Lavras!

Lá no Estádio haviam camisas sendo vendidas:

Existe ainda um clube social com piscinas e outros equipamentos ali ao lado do campo.
Agradeço ao pessoal que nos recebeu lá Estádio e torço para que a história da Associação Olímpica de Lavras tenha muito futuro!

Mas, entre o Lavras SC e o surgimento da Associação Olímpica de Lavras, houve um outro time, fundado em 2 de setembro de 1932 e que também ousou alçar vôos no futebol profissional: o Fabril Esporte Clube!

O Fabril Esporte Clube teve origem ligada à Cia Fabril Mineira, fundada por Juventino Dias, que no futuro daria nome ao Estádio do time.

O time nasceu com uma grande vantagem: a Companhia Fabril Mineira construiu o Estádio Coronel Juventino Dias para receber seus jogos!
E lá fomos nós registrar o lugar onde o Fabril EC mandou seus jogos.

Olha aí as bilheterias do Estádio:

Com o fim da Cia Fabril, o Estádio acabou indo para as mãos da Prefeitura, tornando-se o Estádio Municipal de Lavras, servindo não só ao Fabril EC, mas para novos times como o Lavras FC e também ao futebol amador da cidade.

E agora é hora de conhecer a parte interna deste Estádio!

Aos 16 anos, Pelé chegou a jogar pelo Santos FC contra o Fabril Esporte Clube, em 1957, neste estádio:

E hoje ele segue aberto à população e ao futebol amador local!

A capacidade atual do Estádio Municipal Coronel Juventino Dias é de cerca de 5 mil torcedores:

Aqui o meio campo, onde pode-se ver ao fundo, uma linda arquibancada cinza.

Aqui, o gol da direita:

E o gol da esquerda:

E pra nós… só alegria em estar em mais um estádio com tanta história.

Depois de um início marcado por partidas amistosas, o Fabril EC passa a disputar taças e competições regionais, principalmente a partir da década de 1940, quando se cria a Liga Esportiva de Desporto de Lavras (LEDL).

Em 1953, é criada a Liga Esportiva de Lavras (LEL), reunindo às equipes da cidade outros times da região. Esse foi o time daquele ano:

A partir dos anos 60, o time passa a disputar o Campeonato Mineiro Profissional, estreando em 1968, na divisão de acesso, o segundo nível do futebol mineiro.

Olha como ficava cheio o campo em dias de derbi entre o Fabril EC e a Associação Olímpica de Lavras.

Novamente disputou a divisão de acesso em 1969, mas depois passou mais de 10 anos licenciado.

Aqui, o time de 1975 que não disputou o profissionalismo mas manteve o futebol em atividade em competições amadoras:

O Fabril EC volta à ativa em 1981, classificando-se em 2º lugar para a fase final do campeonato:

O time termina em 5º lugar no campeonato.

Na edição de 1982 do Módulo II, o time vai ainda melhor, classificando-se para a fase final, onde terminou em 3º lugar, a um ponto do acesso para a festa da sua apaixonada torcida!

Não descobri o motivo, mas o time não disputa a edição de 1983, voltando em 1984 para uma campanha em 3 fases. Aqui, a primeira:

A segunda fase:

E o quadrangular final:

Com os resultados, o time sagrou-se campeão do Módulo II, o segundo nível do futebol mineiro de 1984:

E assim, o time faz sua estreia na primeira divisão de 1985, terminando em 11º lugar.

Em 1986, um baita campeonato!
Os vencedores dos turnos mais os dois melhores classificados no geral disputariam o Quadrangular Final, mas o Atlético MG venceu os dois turnos e sagrou-se campeão. O Fabril EC terminou na 5ª colocação!

O Fabril EC disputou a primeira divisão até 1991, quando acabou rebaixado. Mas vale destacar a incrível campanha de 1988, quando terminou em 3º lugar, sendo ainda Campeão do interior.

Em 1988 disputou também a série C do Campeonato Brasileiro e logo de cara, caiu no grupo do Campeão: o União São João de Araras, acabando eliminado na 1ª fase:

Olha a partida contra o União:

Depois do rebaixamento, o Fabril EC disputou o Módulo II em 1991 e 92, licenciando-se em 1993.
Em 1994 retorna, mas agora disputa o terceiro nível do futebol mineiro. Novamente abandona as competições retornando em 97, quando faz uma boa campanha e volta ao Módulo II, disputando os campeonatos de 98 até 2001, quando volta para a Terceira Divisão.
Veja a tabela final de 1997, quando sagrou-se vice-campeão:

Disputa seus últimos campeonatos entre 2002 e 2009, quando é registrada sua última participação no terceiro nível do futebol mineiro, terminando em último lugar…

Atualmente, o Estádio Coronel Juventino Dias foi interditado para jogos oficiais, e por isso o time tem batalhado para construir um novo estádio e assim retornar às disputas profissionais:

O quarto time que chamou nossa atenção nesta visita à Lavras foi a Associação Atlética Ferroviária de Lavras, fundada em 1º de maio de 1944.

A ideia era criar um clube capaz de reunir os ferroviários e suas famílias e naturalmente, mais uma vez futebol e trilhos se interligaram:

Sua sede foi inaugurada em 24 de fevereiro de 1957.

Em 2010, as meninas do clube fizeram história ao disputar o Campeonato Mineiro Feminino e por isso fomos lá conhecer e registrar seu Estádio.

Aqui, o meio campo, onde pode se ver dois lances de arquibancada:

O gol da esquerda, com os toboáguas ao fundo:

O gol da direita:

Não lembro de ter visto arquibancadas construídas literalmente em cima dos vestiários como estas:

Há também um pequeno anel de lugares na lateral do campo:

Antes de irmos embora, vale o registro do mais novo clube da cidade, o Lavras Futebol Clube, fundado em 20 de janeiro de 2009.

O time se filiou-se à Federação Mineira de Futebol em seu ano de estreia e disputou a Segunda Divisão do Campeonato Mineiro (3º nível), terminando em 5º lugar, mas nunca mais disputou nenhuma competição oficial.

O Lavras FC manda seus jogos no estádio Ruy Moraes de Lemos, da Associação Olímpica de Lavras e também no Estádio Municipal.

E é torcendo para que a cidade volta ao profissionalismo que nos despedimos desse rolê por Minas Gerais!

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O futebol em Echaporã

No feriado de 15 de novembro de 2022, fizemos um incrível rolê até Bataguassu-MS. Veja os posts já feitos sobre essa viagem:
1) Estádio Municipal Tonico Lobeiro, na cidade de Óleo
2) Estádio Gilberto Moraes Lopes, em Piraju
3) Estádio Municipal Clube Ferroviário em Bernardino de Campos
4) Estádio Municipal Arnaldo Borba de Moraes, em Ipaussu
5) Estádio do Clube Atlético Ourinhense e o Estádio Djalma Baia, em Ourinhos
6) Estádio Romeirão, em Ribeirão do Sul
7) Estádio Manoel Leão Rego e Estádio Miguel Assad Taraia, em Palmital
8) Estádio Francisco Guímaro, “O Pirangueiro“, em Presidente Epitácio
9) Estádio Municipal “João Pereira de Souza”, em Bataguassu (MS)
10) Estádio Municipal José Francisco Abegão (antigo Estádio Antônio J. Andrade), em Presidente Venceslau
11) Estádio Municipal José Spaus da Silva, em Santo Anastácio
12) Estádio Dr Arthur Ramos e Silva Jr, em Presidente Bernardes
13) Estádio do Paulista FC em Álvares Machado
14) Estádio Municipal Amadeu Poleto e o Estádio Capitão Whitaker em Indiana
15) Estádio Coronel João Gomes Martins em Martinópolis
16) Estádio João Boim, em João Ramalho
17) Estádio Municipal Benedicto Dalla Pria, em Quatá

Agora é a hora do último estádio desse rolê, o Estádio Clemente Alberto de Sousa em Echaporã!

Com este relato me despeço não apenas do incrível rolê de 15 de novembro como também do ano de 2022. Que tenhamos novas aventuras boleiras em 2023 e que todos tenhamos muita saúde, trabalho, amor e grana pra poder estar nessa!

Antes de falarmos do futebol, é sempre importante ressaltar uma breve visão sobre o caminho trilhado até chegarmos a Echaporã dos dias de hoje.

Echaporã significa Bela Vista em Tupi Guarani, e este foi o nome da cidade por um bom tempo. A cidade se desenvolveu no mesmo modelo das que visitamos no oeste paulista: primeiro a chegada de alguns bandeirantes, depois a distribuição de terras ainda no papel para uns poucos poderosos e a partir daí uma verdadeira guerra com os habitantes originais indígenas, kaingangues em sua maioria.

No caso de Echaporã, além da expulsão e da matança, houve ainda um processo de catequização em pleno século XX, realizado pelos freis capuccinos, que teriam inclusive tentado ajudar na guerra contra os grupos que chegavam, mas… sem grandes resultados. Aqui, uma foto de 1910 dos indígenas com um padre da ordem dos Capuccinos (Fonte: Livro “As antigas fazendas Alta Sorocabana”):

Em 1922, Santiago Fernandes (que vivia na região ocupada pelos freis capuccinos) iniciou a construção da primeira igreja do local, dedicada a Nossa Senhora Aparecida. A região passa a se reunir no entorno da igreja e o Padre João di Longue batiza o nome do vilarejo como “Bela Vista” (o nome durou até 1944, quando mudou-o para Echaporã).

Em 1° de janeiro de 1939, o distrito passa à município de Bela Vista.

Em 1947, foi construída a igreja matriz da cidade:

E em homenagem à cidade, em 1935 foi fundado o time do Bela Vista Futebol Clube.

Em 1942, estreia no Campeonato do Interior disputando o grupo da 13a região, que teve a Ferroviária de Assis como campeã:

Em 1950, novamente jogou o Campeonato do Interior e ainda aplicou uma das maiores goleadas contra o time do Barra Funda de Assis:

A Gazeta Esportiva de 1957 trouxe uma citação sobre uma partida do time no Campeonato do Interior daquele ano:

Em 1966 faria sua estreia no Campeonato Paulista, mas pouco antes do início, desiste da participação que teria colocado o nome do time e da cidade ainda mais na história!

Esse era o time de 1968:

Aqui, uma foto do time jogando em Assis já nos anos 70:

Aqui, uma foto do atual time de veteranos:

Para viver um pouco dessa história, fomos até o Estádio Municipal Clemente Alberto de Souza:

O estádio fica num quarteirão bem aberto, sem muros em seu entorno, apenas alambrado, aqui o gol da esquerda:

O meio campo:

E o gol do lado direito:

Veja que linda a arquibancada coberta:

A visão por traz do gol:

Muitas árvores em seu entorno:

E uma área para atletismo em seu entorno:

Até uma pequena academia ao céu aberto:

FELIZ 2023!!!

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