Outra cidade visitada durante nosso rolê pelo Leste Europeu no fim de 2018 foi Sófia, a capital da Bulgária, onde vivem quase um milhão e meio de pessoas.

A cidade tem investido no turismo para atrair uma nova fonte de renda, e história é o que não falta para Sófia!

A Bulgária sofreu diversas invasões: dos romanos, do Império Bizantino, do Império Otomano, dos Russos, além das guerras com Grécia, Sérvia, Romênia, Macedônia e Trácia.
Somente em 1989 conseguiu sua independência.
Mas as marcas das diversas invasões são encontradas pela cidade de Sófia até hoje, como por exemplo a Igreja de Sveta Petka Samardzhiiska, do século XIV (época do Império Otomano).

São uma série de igrejas e monumentos distribuídos pela cidade, como pela estátua de Sveta Sofia, que foi erguida em 2000, no lugar da estátua de Lenin (da época recente da Bulgária comunista).


Sem contar as ruínas dessas diferentes épocas, que fazem parte do cenário urbano de Sófia.

Em pleno centro da cidade, existe um grande sítio arqueológico com muita coisa do período do domínio Sérdico.


A maioria dos búlgaros seguem a religião da Igreja Ortodoxa Búlgara, mas a cidade está repleta de templos religiosos de diferentes religiões.
Assim como vimos em Sarajevo, existe um bairro em Sófia, chamado de “Quadrado da Tolerância” que reúne uma igreja católica, uma ortodoxa, uma sinagoga e uma mesquita!
Passamos por todas elas e ainda fomos além, conhecendo também a Igreja Russa:

Fomos também à Catedral de Alexandre Nevski, a maior catedral ortodoxa da cidade, dedicada ao Santo Alexandre Nevsky, erguida em homenagem aos soldados russos caídos em combate durante a Guerra Russo-Turca de 1877-1878, que libertaram a Bulgária do jugo otomano:

Mas, Sófia é uma cidade como outra qualquer no que se refere ao dia-a-dia das pessoas. A rotina escola, trabalho, família, rolê… E por quê não, as roupas no varal…

Outro ponto especial é o Monumento ao Soldado Desconhecido, erguido em honra dos soldados falecidos na Primeira Guerra Mundial:

E tava frio hein…

A única coisa que me deixou um pouco triste é que por uma questão de idioma não trouxe um livro sequer… E ficou tanta coisa que eu queria ter aprendido sobre a cidade… Fica de lição de casa.

Os grandes prédios onde centenas de famílias vivem, são outra característica da cidade.

O centro da cidade guarda ainda a Boulevard Vitosha, um calçadão cheio de lojas que termina em um parque, com vários museus e até um shopping. Encontrei aí, uma loja de discos bem legal:

Bom, espero ter ajudado a desmistificar a ideia de que Sófia (assim como outras cidades do Leste Europeu) é um lugar perigoso, ou que não vale a pena de ser conhecido.
E assim, vamos ao foco do nosso blog: o futebol. Escolhemos 3 estádios para visitar e assim tentar entender um pouco do futebol local, e decidimos iniciar pelo CSKA (Centralen Sporten Klub na Armiyata, ou Clube Esportivo Central do Exército).

O nome completo do time é PFC CSKA Sófia (PFC significa Professional Football Club). Em búlgaro, CSKA se escreve ЦСКА.

O time foi fundado em maio de 1948 e manda seus jogos no Balgarska Armiya Stadium, ou Estádio do Exército Búlgaro. E… lá fomos nós conhecer o Българска Армия.


Para chegar ao estádio, foi preciso atravessar o mais antigo parque de Sófia, o Borissowa Gradina (Jardim do Rei Boris).

Um dia de inverno como o que estávamos dá um certo ar “sombrio” ao parque e ao estádio.

Mas, basta seguir as placas…

O local é todo “ilustrado” pela torcida local. Ver um jogo aqui como visitante não deve lá ser muito legal…



Em frente ao estádio fica uma sede do clube. Mas não havia ninguém por lá…

O distintivo do clube é praticamente parte da natureza local…

Adesivos então… Estão por todos os lados!


Há de se comentar que boa parte das mensagens estão ligadas ao hooliganismo, e, infelizmente, muita coisa ligada ao racismo e ao nazismo que eu prefiro nem postar aqui.

Eles também pegam bastante no pé da polícia…

E aí, próximo à entrada do estádio… um pequeno monumento aos torcedores rivais (em especial, o Levski Sofia, rival local)… uma árvore decorada com camisas, cachecóis e demais lembranças de brigas antigas.


Ainda existem um bar que serve de ponto de encontro da torcida:


Embora tudo estivesse deserto, o portão de acesso ao estádio estava aberto, então… vamos lá!


Quem diria… Nós na casa do CSKA Sófia, um dos times mais alternativos e inesperados… Com um estádio bem bacana, com capacidade para 22.500 torcedores.

O CSKA é um time grande na Bulgária, já tendo conquistado 31 vezes o campeonato nacional (a mais recente conquista, na temporada 2007/09), 23 Copas (a última vez em 2016) e 3 Supercopas da Bulgária (2008, a última conquista).

Mesmo dentro do estádio, as árvores secas dão um ar de filme de suspensa ao lugar…

Existem quatro setores no estádio, delimitados e separados, sendo que o setor coberto abriga 2.100 lugares.


Olha o time de 73, posando em frente à parte coberta:

O Estádio foi construído em 1923 para o AS-23, que tinha o leão em seu distintivo:

Nessa época, o estádio ficou conhecido como Athletic Park até 1944, quando o AS-23 se fundiu com outros dois clubes para formar o Chavdar Sofia.

De 1944 até 1948 foi chamado Estádio Chavdar, e entre 1948 e 1990, ficou conhecido como o Estádio do Povo do Exército e, desde 1990, é o Estádio Balgarska Armia.

O Estádio foi reconstruído novamente em 1982, e somente então recebeu o sistema de iluminação com seus holofotes e desde 2000, possui um novo sistema de som surround.

Aqui, o gol do lado direito:

Aqui, o gol do lado esquerdo:

O placar eletrônico e um setor mantido sem cadeiras, no cimentão:

Mas o estádio possui cadeiras em quase sua totalidade:



Realmente uma aventura incrível, que vai ficar pra sempre na nossa memória.

O outro time escolhido para ilustrar nossa visita à Bulgária foi o PFK Levski Sofia (em búlgaro: ПФК Левски София).

O PFK Levski Sofia também é um grande time da Bulgária, fundado em maio de 1914 e manda seus jogos no Estádio Georgi Aspraruhov. Fomos até lá pra conhecê-lo e registrar mais um estádio do leste europeu.

O alfabeto cirílico é mesmo louco, não? Tenta entender o que estava escrito ali:

O Levski Sófia sagrou-se campeão búlgaro por 26 vezes (a última dela na temporada de 2009), além de 26 conquistas da Copa da Bulgária (sendo em 2007 a última vez).

A primeira vista, o estádio parecia fechado, então fomos ver a loja do time que ainda estava aberta. Perguntei pra moça que trabalhava ali se dava pra gente entrar no estádio pra tirar umas fotos mas ela respondeu: “Impossible”.

A Mari já estava satisfeita de poder se proteger do frio e ficar ali no sofá da própria loja…

Se você acha que do lado azul a torcida é menos fanática que o lado vermelho, dá uma 0lhada no que os torcedores do Levski fizeram na apresentação do técnico Iwajlo Petew que diziam ser torcedor do CSKA:
Já estávamos indo embora quando mais uma vez, um portão entreaberto me chamou a atenção. Ainda bem que decidimos seguir sem perguntar….
Durante o regime comunista na Bulgária, o clube teve que mudar seu nome para FC Vitosha. Com a queda do Muro de Berlim e a consequente queda do comunismo, o time voltou a se chamar LevskiSófia.

Dali deu pra ver as arquibancadas que permitem a presença de quase 30 mil torcedores.

Que cara de mané kkkkk!

O estádio também é conhecido como Gerena e foi inaugurado em março de 1963, em uma partida contra o PFC Spartak de Pleven, na época, tendo capacidade para 38 mil torcedores.

Somente em 1971, passou a ser chamado de Georgi Asparuhov e chegou a ter uma área coberta.

O Estádio possui arquibancada em todo o entorno do campo.

Olha que legal o distintivo do clube lá embaixo do placar.

Por fim… Mas não menos importante, demos uma rápida passada no Estádio Nacional Vasil Levski , a casa da Seleção Nacional e as finais da Copa da Bulgária.

O seu nome homenageia o revolucionário e herói nacional búlgaro Vasil Levski.

O Estádio tem uma fachada um pouco sem graça, mas é um baita campo! Peguei essa foto do Google, pra ilustrá-lo:

Ele foi inaugurado em 1953, e atualmente tem capacidade para 43 mil torcedores. Cuirosamente ele fica no mesmo quarteirão do parque onde fica o estádio do CSKA. Vale lembrar que ele passou por importantes renovações em 1966 e 2002.

E assim, nos despedimos de Sófia e da Bulgária, fica a espectativa de um futuro post falando da camisa da seleção búlgara (a única aquisição nessa viagem).











Dando sequência ao rolê futeboleiro pelo leste europeu, é hora de aterrissar em outro país da ex-Iugoslávia: Bósnia Herzegovina, nosso objetivo, conhecer a capital Sarajevo, cidade que sofreu vários horrores durante a guerra entre 1992 e 1995.
A cidade de Sarajevo é cortada pelo rio
A cidade é incrível… Possui um centro histórico com calçadões e ruas de pedra onde pedestres circulam e visitam as várias lojinhas ali presentes.
A cidade é considerada o encontro entre o leste e o oeste e existe um marco que oficializa essa “fronteira”:
Esse “encontro de culturas” fica ainda mais claro quando você percebe que estão ali, bem próximas uma das outras uma igreja católica, uma mesquita, uma igreja ortodoxa e uma sinagoga.
Um dos pontos de encontro das diversas ruelas é a
O lugar também é conhecido como a Praça dos Pombos!
Sarajevo é rodeada por montanhas e não é preciso andar muito para se topar com uma ladeira…
Uma dessas ladeiras levam direto ao cemitério Šehidsko Mezarje Kovač.
Muitas lápides mostram os anos de 1993 a 1995 como data do falecimento, o que mostra o resultado do cerco e dos assassinatos cometidos durante a guerra pela separação da Bósnia Herzegovina da Iugoslávia.
Subindo um pouco mais, chegamos a um ponto marcante da cidade, a Fortaleza Amarela, construída entre 1727 e 1739 na área chamada Jekovac. E dali, a vista simplesmente maravilhosa…
Ali perto fica o outro “forte” conhecido como “Forte Branco”.
Fizemos um vídeo pra ter um pouco mais de ideia de como é o lugar:
Embora seja uma exposição simples, se você realmente ler cada mensagem, é difícil não se emocionar…
Pra quem gosta de uma pizza, saiba que elas são bem grandinhas em Sarajevo…
A cidade possui muitas construções antigas, algumas delas se transformaram em museus, como o museu da cidade.
Também mantiveram registros de ruínas da época dos romanos, bem ao lado do mercadão local.
Outra coisa que mexe com quem passa pelo centro são as “rosas de Sarajevo”:
A “Rosa de Sarajevo”nada mais é do que a utilização de tinta acrílica para reforçar em vermelho os vestígios de bombas e explosões ocorridas durante a guerra.
Existem várias espalhadas pela cidade, o que reforça na memória o quanto deve ter sido difícil o período da ocupação da cidade pelo exército sérvio…
A expressão acabou virando título de
Outro fato importante a ser registrado é que agora em 2019, Sarajevo será sede do Festival Olímpico Juvenil de Inverno. E a cidade está muito orgulhosa, até porque remete às lembranças de 1984 quando recebeu os jogos Olímpicos de inverno, antes da guerra.
Um outro ponto que visitamos foi o monumento da “flama eterno”, com a chama que queima incessantemente em homenagem aos que lutaram contra o fascismo na segunda guerra.
Esse aí atrás foi o nosso hotel durante a estadia em Sarajevo… O “Old Town“, localizado no centro da cidade e com bons preços!
A cidade tem criado uma série de pontos, mostras e museus dedicados a não deixar de lembrar a tragédia da guerra, essa sequência mostram fotos de locais que foram atingidos durante a guerra e como eles estão atualmente.
O principal destaque vai para a mostra SREBRENICA, com diversos documentos e fotos mostrando os abusos sofridos pelas pessoas nessa cidade, tanto por parte dos sérvios quanto até mesmo pelos soldados da ONU.
E a montanha sempre nos guardando…
Bom dado esse rolê pela cidade, que tal falarmos sobre o futebol local? Assim como fizemos em Belgrado, selecionamos 3 times da cidade para entender o futebol de Sarajevo. Começemos pelo FK Sarajevo (
Vale lembrar que o time já teve outros distintivos, começando por um que continha a estrela vermelha, símbolo do comunismo e uma engrenagem em azul, representando a industrialização socialista:
Outros dois distintivos vieram até a chegada do atual:
O FK Sarajevo foi fundado em outubro de 1946, na época como SD Torpedo. Um ano depois, o nome foi alterado para SD Metalaca Sarajevo e a partir de 1949 adotou o nome atual.
Em 1967, tornou-se o primeiro clube bósnio a vencer o campeonato iugoslavo.
Em 1985, veio o segundo título iugoslavo.
Conquistou a “BósniaPremijer Liga” por duas vezes, em 1998-1999 e 2006-2007 e 5 Copas Bósnia de Futebol (temporadas de 1996-1997, 1997-1998, 2001-2002, 2004-2005, 2013-2014).
Como o futebol é uma “língua universal”, o FK Sarajevo é considerado um embaixador da Bósnia e manda seus jogos no Estádio Asim Ferhatović Hase. Fomos até lá para conhecê-lo pessoalmente.
Contamos com a ajuda do Bajro, torcedor do FK Sarajevo que não falava muito inglês, então a comunicação entre nós era muito engraçada!
Vamos dar uma olhada na parte de dentro do estádio!

E, mais uma vez, obrigado Bajro!!!
O Estádio Asim Ferhatović Hase foi inaugurado em 1947 e atualmente possui capacidade de 34.500 torcedores. Possui arquibancadas em todos os lados do campo.
No dia da visitam, como pode se ver, a neve havia coberto a cidade e o campo, consequentemente.
Vale lembrar que a Seleção Nacional da Bósnia e Herzegovina também manda seus jogos aí!
O estádio foi inaugurado em 1947 e em 1984 foi reconstruído para os Jogos Olímpicos de Inverno de 1984.
O estádio foi renovado pela terceira vez após a Guerra da Bósnia, em 1998.
O resultado é um grande estádio, com bastante espaço para os torcedores locais.
A torcida em Sarajevo também leva a sério o futebol, e prova disso é a Horde Zlae Sarajevo:
A Guerra também teve influência no futebol local e as disputas nacionais foram paralisadas. O FK Sarajevo só disputava partidas amistosas viajando pelo mundo.
Boa parte dos torcedores, incluindo os membros da Horde Zla juntaram-se ao Exército da República da Bósnia e Herzegovina e lutaram na guerra. Somente na temporada 1994-95, o futebol voltou a ativa com o primeiro campeonato da Bósnia e Herzegovina.
Na temporada 2006-07, Sarajevo jogou pela primeira vez na UEFA Champions League com esse time (
Em 2013, Vincent Tan, um empresário malaio comprou o FK Sarajevo e logo de cara saiu campeão da Copa da Bósnia.
Um último olhar antes de irmos embora…
E nos despedimos do estádio do FK Sarajevo para conhecermos um pouco da história do seu grande rival, o Fudbalski Klub Željezničar (
O bairro também tem uma história triste relacionada à guerra. Segundo o que ouvimos, na avenida que está bem em frente ao estádio, um grupo de sérvios ocupou o lado direito e passou um fim de semana todo atirando em pessoas dos prédios em frente.
O Estádio está tão incrustrado no bairro que existem várias lojas abertas ao público que ficam embaixo das arquibancadas.
Željezničar significa “ferroviário” em Bósnio e foi escolhido porque o time foi fundado por trabalhadores da estrada de ferro em Sarajevo, em 1921.
O Fudbalski Klub Željezničar, time dos ferroviários manda seus jogos no Stadion Grbavica, que fica no bairro homônimo, na periferia de Sarajevo. Fomos até lá, mas num primeiro momento ver o portão fechado nos desanimou…
Mas, com a ajuda de uma moça que surgiu do nada com as chaves na mão nos permitiu entrar em mais um templo do futebol. Vamos conhecê-lo?
O Fudbalski Klub Željezničar é conhecido por ser um celeiro de bons jogadores, e o resultado é que em 1972 venceu o campeonato iugoslavo, em 1985 chegou às semifinais da Copa da UEFA (primeira vez que um time da Bósnia chegou a tal colocação), e em 1998, venceu seu primeiro campeonato nacional, feito repetido em 2001 e 2002. O clube também detém três títulos da Copa da Bósnia (2000, 2001 e 2003).
O Estádio Grbavica foi construído em 1940, e atualmente cabem pouco mais de 20 mil pessoas em suas arquibancadas!
O Estádio está incrustrado no meio do bairro e das suas arquibancadas se pode ver a cidade e também as montanhas ao fundo.
Além dessas arquibancadas ao redor do campo, vale registrar a grande parte coberta (que foi por onde entramos).
Os bancos de reserva ficam bem em frente ao “setor VIP”, espero que não sejam muito corneteiros.
Um último olhar e é hora de nos despedirmos deste lugar mágico!
Ali está a saída!
E é hora de finalizar nosso rolê boleiro por Sarajevo, conhecendo o Estádio Otoka, a casa do Fudbalski Klub Olimpic Sarajevo.
O time utilizou esse outro distintivo por vários anos, e alguns torcedores não curtiram muito a troca…
O Fudbalski Klub Olimpic Sarajevo foi fundado em Outubro de 1993 e desde então manda seus jogos no Estádio Otoka, construído durante a época do cerco à cidade e tornando-se a principal opção de esportes do distrito.
O estádio parece pequeno, olhando por fora, mas é super bem aproveitado.
Possui arquibancadas dos dois lados do campo.
Incluindo uma arquibancada em forma oval, dando uma caracterítica visual única à cancha.
Vamos dar uma olhada?

E assim, nos despedimos de uma cidade que com certeza roubou uma parte de nosso coração. Não só pelo futebol, mas por sua história e pelo jeito das pessoas que vivem ali. Pelo respeito às diferenças e por tudo o que nos ensinou nos poucos dias que estivemos por lá, eu espero que possamos voltar à Sarajevo…
Mas, ao mesmo tempo é mais uma chance de rever esse belo estádio, principalmente em um momento tão importante para o Nacional Atlético Clube: seu centenário! Parabéns à sua torcida e em especial ao pessoal da Almanac que segue apoiando o time em todos os jogos.
Outra figuraça da torcida do Nacional é o Leandro Massoni Ilhéu que acaba de lançar o livro “Nacional: nos trilhos do futebol brasileiro” contando um pouco da história do time. Quem quiser adquirir, pode falar diretamente com o
Voltando ao estádio, mesmo sendo em um feriado prolongado, até que o público esteve razoável…
Pessoal da Fúria Andreense, da TUDA e também os torcedores autônomos compareceram ao Nicolau para tentar estragar a festa do Naça:
Em campo, o Nacional fez valer seu mando de campo e teve mais posse de bola, mas o Santo André saiu ganhando e foi pro segundo tempo com 1×0 graças a esse gol de penalty:
Outro destaque para a primeira partida do Ramalhão da nossa sobrinha, a Bia!
Mas, os destaques ficam por aí…
No segundo tempo, o sol forte parece ter fritado a cabeça dos atletas e o que se viu foi a virada do Nacional (treinado pelo querido Jorginho, ex atleta do Ramalhão) pra cima do Santo André.
Vitória merecida do Nacional. O Santo André precisa voltar aos trilhos caso ainda queira o acesso… Mesmo com a derrota, seguimos na oitava posição…
A viagem começou pela Itália, pela cidade de Fiumicino, vizinha à Roma, e conhecida por ser o local onde está o maior aeroporto da região e também por ser um local tranquilo no litoral do mar Tirreno.
A cidade não só é super arborizada, como é fácil encontrar laranjeiras pelas ruas locais.
Este é um afluente do Rio Tibre que lá no fundo desemboca no oceano…
Encontramos um mercado de pulgas no coração da cidade, pra quem gosta de economizar…
Também é muito legal aproveitar as barracas de frutas espalhadas pelas ruas de Fiumicino.
Bom… o jantar não podia ser outro…. Pizza !!!
A cidade ainda guarda várias construções antigas.
E tem ainda um bom cuidado com a natureza local.
O futebol local tem a atenção e o carinho dos moradores, principalmente dos mais velhos que ainda guardam na memória lembranças dos times da cidade.
Vamos conhecer dois deles, começando pelo SFF Atletico.
O SFF (
Fregene e Focene são dois “distritos” da cidade, e como cada um tem um estádio de futebol, o Atletico de Fiumicino tem várias “casas”.
O SFF Atletico pode escolher entre mandar seus jogos em Fragene, no Estádio Aristide Paglialunga (antigo estádio do Fregene) ou no Estádio Vincenzo Cetorelli em Fiumicino.
Assim, aproveitamos o rolê para conhecer o Estádio Vincenzo Cetorelli.
O Estádio fica na região central da cidade e possui uma estrutura mínima capaz de receber jogos, com apenas uma arquibancada descoberta em uma das laterais do campo:
E embora sejam apenas 4 lances de arquibancada, ela é compriiiiiiiidaaaaa:
Vamos dar uma olhada melhor:
Ao menos o estádio conta com um sistema de iluminação:
Para quem está na arquibancada, este é o gol do lado esquerdo:
Este é o lado direito (repare que a pista de atletismo, embora dê um aspecto mais profissional ao estádio, acaba tirando a proximidade da torcida com os jogadores e com o bandeira):
Mas, o campo está bem cuidado e pode seguir recebendo os jogos menores, enquanto os demais são jogados no Estádio Aristide Paglialunga embora tenhamos ouvido de um senhor que o time pensa em construir um novo estádio para 2020.
Em 2017, o clube subiu para a Série D e em 2018, terminou como o terceiro do grupo G, perdendo o que seria o segundo acesso consecutivo, para o Trastevere nas semifinais da série D.
Assim, vamos falar do outro time da cidade de Fiumicino, o A.S. Fiumicino 1926.
O Fiumicino 1926 tem esse nome porque o clube que o originou (o Fiumicino Calcio) foi fundado em 1926.
O time manda seus jogos no Estádio Pietro Desideri, e pudemos dar um role por lá pra dividir com você um pouco da cara do estádio, confira:
Depois de muito tempo jogando a série D, finalmente o Fiumicino 1926 alcançou a série C (Grupo Promozione Lazio).
Assim, desde o ano passado, o Estádio Pietro Desideri, recebe partidas ainda mais importantes.
O estádio tem capacidade para cerca de 2.500 torcedores.
Assim, mesmo se tratando de uma cidade menor, Fiumicino segue viva com seu futebol local! A bandeira segue tremulando!
O Estádio possui arquibancada dos dois lados do campo, mesmo sendo super próximas das casas da vizinhança.
E pelo visto, possui até um grupo de Ultras!
Basta uma rápida pesquisa na Internet para conhecê-los:
Fica nossa homenagem aos torcedores locais, convidando-os a conhecer a casa do nosso time, o EC Santo André.
Antes de ir embora, uma olhada do gol do lado direito:
Meio campo:
E o gol do lado esquerdo. Parece a versão (ainda mais) italiana da rua Javari!
Andando pelo bairro conhecemos algumas pessoas que apoiam o futebol local!
Pra terminar o rolê, um passeio noturno pela praia local… Pena que não dá pra ver hehehehe:

































































Assim como diversas cidades, Laranjal Paulista cresceu em torno da ferrovia. A estação da cidade foi inaugurada pelo próprio D. Pedro II.
Os nossos “anfitriões” eram esse trio: Esdras, Kiki (a cachorrinha) e o Carlos.
Recentemente, a cidade teve destaque nos noticiários por terem pixado o sobrenome (“Queiroz”) de um ex assessor do atual presidente na tradicional laranja gigante que fica na entrada da cidade.
Mas, a população de Laranjal Paulista tem um grande motivo de se orgulhar! Trata-se da Associação Esportiva Laranjalense.
A Associação Esportiva Laranjalense foi fundada em março de 1943 e chegou a disputar cinco edições da terceira divisão do Campeonato Paulista (1971, 1972, 1974, 1975 e 1976) e quatro da quarta divisão (1969, 1977, 1978 e 1979).
Aqui, o time de 1971 (na foto está escrito 2a divisão, porque na época existia a primeira, a “especial” e a segunda):
Em 1977 chegou a semifinal da terceira divisão, contra o Primavera, perdendo o primeiro jogo em Indaiatuba por 2×1 e o jogo de volta (em Laranjal) por 3×2. Esse jogo ficou marcado na história como a maior caravana já feita pela torcida do Esporte Clube Primavera, veja a torcida tricolor no Accácio Luvisotto:
Esse é o time de 1978:
Aqui, também uma imagem que retrata um tempo em que torcida e time se viam com grande frequência!
A AE Laranjalense mandava seus jogos no Estádio Municipal Accácio Livisotto.
E se tem estádio com distintivo do time pintado na parede… Aí estamos nós!
Uma bilheteria a mais na nossa coleção.
E que tal dar um rolê por dentro do estádio?
Do outro lado, temos dois lances de arquibancadas cobertas:
Ao fundo, pode se ver a cidade, ainda sem os prédios tão comuns às grandes metrópoles.
O Estádio possui ainda um sistema de iluminação daqueles tradicionais.
Do outro lado, o ginásio de esportes, que também contribuiu para a vida esportiva da cidade.
E esse é o Carlos, professor de educação física e que tem uma relação bem especial com o estádio. Desde cedo ele frequenta o campo, seja pra assistir (algumas vezes até pulando o muro…) seja para jogar.
E ele (e várias pessoas) ainda sonham em ver esse campo cheio de torcedores e atletas locais, ocupando uma parte tão importante da cidade, que já foi responsável por tanta alegria.
Nós torcemos para esse dia chegar logo…






































































































