O futebol em Manduri (SP)

Em novembro de 2025, resolvi celebrar meu aniversário reunindo a família na pacata cidade de Águas de Santa Bárbara, mas, como o interior é cosmopolita, aproveitei para dar um pulo na cidade de Óleo e em Manduri, onde aproveitei para registrar mais um estádio.

Já estivemos em Óleo e escrevemos sobre o futebol local, veja aqui, dessa vez aproveitei para rever a linda estrada que dá acesso à Fazenda Nova Niagara, onde meus avós viveram por alguns anos no início do século passado…

Guardando a entrada da Fazenda, uma família de lagartos…

Ah, que dia lindo para relembrar o passado…

O rolê serviu para conhecer e registrar Manduri, cidade no meio do caminho entre Águas de Santa Bárbara e Óleo, começando pela antiga estação de trem, onde meu avô costumava descer quando, morando em Indiana desejava visitar os amigos que viviam em Óleo.
Ali em Manduri, um compadre que possuía um “carro de praça” (era assim que chamavam os taxis) o levava até a Fazenda Niagara

Da estação ao Estádio Municipal Márcio José Cabral é um pulo!
E esta é a sua fachada, em 2025.

Vamos ver a parte interna do Estádio?

Além de ser a atual casa do futebol amador da cidade, o campo também recebeu os jogos do Manduri AC, time fundado em 1954. O distintivo abaixo é do site Arquivos Futebol Brasil:, mas não parece com o da camisa nas fotos abaixo:

O site Acontece Botucatu trouxe uma foto com a seguinte formação do time que disputava a Liga de Futebol de Piraju: Vandinho, Flavião, Mané do Jango, Luiz Antonio, Cacá, Dito, Vantielli e o treinador Renê. Agachados: Passarelli, o mascote China, Pedro Arbex, Zé Airton e Zé Eugênio Almeida.

O pessoal do Diário de Manduri coloriu a foto:

A Gazeta Esportiva de 7 de outubro de 1955 traz uma notícia relacionada ao Setor 42, zona 12 do Campeonato Amador: a vitória do Manduri AC sobre o EC Ferroviário de Bernardino de Campos.

Também encontrei uma notícia sobre um amistoso de 1956, contra o Paulistinha:

E não é que o troco veio no ano seguinte?

Após publicado esse texto, recebi uma mensagem do José Eugênio, nascido em Manduri em 1945.
Como testemunha ocular desse 2º jogo do Paulistinha em 1955, ele pediu para resgatar a verdadeira história deste jogo:
“O responsável pelo time visitante era o manduriense Thirso Henrique Blanco.
Como reforço de seu time estava Hélio Burini, então juvenil mas integrante da SE Palmeiras e responsável em grande parte pelo placar.
Realmente o árbitro foi mal, dando um pênalti inexistente que nosso Dema chutou pra fora propositalmente a pedido de seu irmão Carlos Almeida (20 anos) que ficou fora do jogo proibido que foi pelo técnico adversário Thirso.
E se isto não ocorresse, todos contemporâneos sabiam que a história do placar seria OUTRO.
Carlinhos foi o maior jogador amador conhecido naquela época.”

Obrigado José Eugênio!

Somente em 14 de abril de 1957 é inaugurado o Estádio Municipal:

Em 1958 disputa novamente o Campeonato do Interior:

Outro time da cidade foi o Graminha FC, distintivo do site Escudos Gino:

Tudo isso, há apenas 60 anos atrás…
O gol era objeto de respeito e continua bem cuidado!

Olha aí o banco de reservas!

O gol da direita mostra como o gramado está em perfeitas condições:

O gol da esquerda:

O meio campo:

Curta o clima do estádio!

As árvores mantém a arquibancada bastante fresca.

E dependendo do horário, até o goleiro curte uma sombrinha…

Enfim… Mais um estádio registrado!

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Santos FC 2×3 SC Aguaí (Campeonato Paulista Sub 20 – 2025)

Sábado, 3 de maio de 2025.
É dia de conhecer um novo campo de futebol: o Centro de Treinamento Rei Pelé, a casa do Santos FC e ver um time pela primeira vez: o SC Aguaí!

A Mari fez questão de registrar a presença na entrada do campo que fica no Complexo Modesto Roma.

Embora fosse um jogo válido pela categoria de base, o sub 20 de Santos e do Aguaí, trouxeram bom público ao CT!

Já estivemos por duas vezes em Aguaí e não conseguimos adentrar ao Estádio Dr Leonardo Guaranha (veja aqui como foi!), o jeito foi conhecer o time de Aguaí como visitante…

Essa galera em primeiro plano é do interior e veio acompanhar o time, enquanto o pessoal do Santos ficou do alambrado para traz:

O CT fica bem próximo da Vila Belmiro em meio a uma cidade que não para de crescer. Olha que prédio bonitão que já existe ao lado do Estádio:

Em campo um jogo que começou bastante desigual, dava pra apostar naqueles placares largos a favor do Santos.

Mas o time local demorou pra abrir o placar, só no fim do primeiro tempo.

Não que o Aguaí não tivesse criado algumas chances…

Já no segundo tempo, o Santos ampliou para 2×0. Será que a goleada vem?
Pois bem, assista aos melhores momentos e veja como acabou essa história…

Muito legal estar no CT do Santos e conhecer um local tão importante para as categorias de base do Peixe e do futebol paulista em geral.

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A AE Promeca de Várzea Paulista. Ou de Jundiaí?

Feriado de 15 de novembro de 2024.
Além de visitarmos a cidade e o Estádio de Campo Limpo Paulista, também fomos conhecer Várzea Paulista, uma cidade jovem, nascida no século XIX graças à Ferrovia Santos Jundiaí.
A estação local foi inaugurada em 1891 e como a estrada passava por uma várzea campesina, surgiu o nome do povoado…

Mas, muito antes, estas terras eram ocupadas possivelmente pelo povo Tupi Guarani e seus parentes (Tupiniquim, M’byá entre outros).
Foi a chegada dos portugueses que mudou drasticamente esta realidade.

A ocupação começou com pequenas olarias, cerâmicas, destilarias até chegarmos no café, que impulsionou o desenvolvimento da região, infelizmente bastante baseado no uso de mão de obra escravizada. (A foto abaixo apenas ilustra o triste fato, com uma plantaçào de café do Rio de Janeiro)

Em 21 de março de 1965, mobilizações populares fizeram com que o distrito fosse elevado a município de Várzea Paulista, onde vivem atualmente, quase 110 mil pessoas.

No momento de desenvolvimento industrial da cidade, em 1952 foi fundada a Promeca S/A, Progresso Mecânico do Brasil, que produzia tornos mecânicos de alta qualidade, como mostra a Matéria do Correio Paulistano daquele ano:

Uma imagem de um torno da Promeca:

E é dos funcionários da empresa que nasceu o bairro da Promeca, com o primeiro conjunto habitacional de Várzea e um time de futebol: a Associação Esportiva Promeca!

A AE Promeca foi fundada em 21 de abril de 1955, quando Várzea Paulista ainda era um distrito de Jundiaí, por isso, a dúvida sobre a cidade de origem do time.
Pra piorar, o time mandou seus jogos mais importantes no Campo do Nacional de Jundiaí, um pouco distante da Vila Promeca, em Várzea Paulista.

Aqui, um registro de um amistoso de 1957, contra o CA Legionário de Bragança Paulista:

Ainda naquele ano, a AE Promeca sagrou-se campeã da Taça Cidade de Jundiaí.

Em 1958, disputou o Campeonato do Interior sempre mandando seus jogos no Estádio do Nacional:

Dá até pra conhecer a escalação da AE Promeca daquele ano:

Encontrei uma nota sobre um amistoso contra um time misto do Santos, em 1961:

Em 1962, fez sua estreia no profissionalismo disputando o Campeonato da 3ª Divisão (o 4º nível do futebol Paulista) e classificou-se como líder na 1ª série.

Na fase final, a AE Promeca surpreendeu e terminou como vice campeão paulista da 3ª divisão de 1962!

Dessa forma, a AE Promeca consegue o acesso para a 2ª Divisão de 1963 (que equivalia ao terceiro nível do futebol paulista).
Abaixo a campanha desta equipe na competição:
8/9- Estrela de Piquete 1×1 Promeca
15/9– Promeca 3×2 Cerâmica São Caetano
22/9- Promeca 2×1 Hepacaré (Lorena)
29/9- Volkswagen (São Bernardo do Campo) 0x1 Promeca
05/10- Promeca 3×2 Ituano
13/10- Nitroquímica (São Miguel Paulista) 0x1 Promeca
20/10- Promeca 4×0 Corinthians (Votorantim)
03/11- Cerâmica (São Caetano) 2×1 Promeca
10/11- Promeca 4×3 Estrela (Piquete)
17/11- Corinthians (Votorantim) 1×1 Promeca
24/11- Ituano 0x1 Promeca
01/12- Promeca 2×1 Volkswagen (São Bernardo do Campo)
08/12- Hepacaré 2×1 Promeca
15/12- Promeca 3×0 Nitroquímica (São Miguel Paulista)

Na segunda fase, acabou eliminado, mas fez uma campanha bacana!

19/1- Promeca 1×0 Cerâmica (Mogi Guaçu)
26/1- Hepacaré (Lorena) 1×1 Promeca
02/2- Cerâmica São Caetano 1×0 Promeca
16/2- Promeca 1×1 Palmeiras (São João da Boa Vista)
23/2- Internacional (Limeira) 2×0 Promeca
01/3- Promeca 1×0 Cerâmica São Caetano
08/3- Palmeiras (São João da Boa Vista) 8×2 Promeca
15/3- Promeca 2×1 Internacional (Limeira)
22/3- Cerâmica (Mogi Guaçu) 4×2 Promeca
29/3- Promeca 2×2 Hepacaré (Lorena)

Infelizmente em 1964, o time se licenciou e passou a disputar apenas as competições amadoras. Aqui, o time de 1966:

Outros times sem a identificação da época:

O time acabou se licenciando do profissionalismo e acabou sumindo até mesmo das disputas amadoras.
Para tentar sentir um pouco do que foi a sua trajetória fomos até a vizinha Jundiaí para registrar o Estádio onde a AE Promeca mandava seus jogos.

O campo do Nacional, que fica ali bem em frente à estação de trem!

A estação é a última parada do trem Jundiaí-Rio Grande da Serra e é bem movimentada!

Bacana terem preservado um pouco do passado bem ali em frente à estação!

Do outro lado da avenida e alguns quarteirões à frente fica a sede e o Estádio do Nacional Atlético Clube, funcionando quase como a sede do time da capital.

Sendo assim, o campo do Nacional acabou utilizado por outros times em disputas oficiais, como fez a AE Promeca!

Olha aí os bancos de reservas embaixo dos coqueiros que seguem a linha lateral do campo.

Ao fundo, a cidade que não para de crescer. Aqui, o meio campo:

Aqui, o gol do lado esquerdo:

E o gol do lado direito:

O sol quente nem fazia lembrar da chuva que caiu horas atrás…

E aí estamos em mais uma aventura futebolística!

Atualmente, só existem arquibancadas atrás do gol, onde está a estrutura do clube.

A parte interna do clube é bem bonita, uma pena que aparentemente o clube não tenha mais tanto glamour como no passado…

Fiquei em dúvida se essa informação presente em uma das paredes refere-se ao estádio ou ao clube…

E tudo isso, em território Jundiaiense…

Só nos restou curtir um pouco da cidade antes de ir embora, almoçando no Mercadão dos Ferroviários

Olha as placas que eles mantiveram por lá:

E depois ainda fomos até o Museu Ferroviário da cidade:

Olha quye placa bacana sobre a CIA PAulista de Vias Férreas:

Uma pena que estas locomotivas estão aí se degradando a céu aberto…

As construções pelo menos estão super bem mantidas!

Dentro do Museu, até uma camisa do Paulista está presente!

Ao lado dela uma foto do estádio antigo do Paulista, na Av Prof Luis Rosa:

Existe uma relação bastante complicada entre indígenas e a ferrovia…

E essa placa do século XIX??

Estou pensando em comprar essa locomotiva pra ir até os estádios, que tal?

Essa abaixo é uma miniatura, que, segundo a moça que trabalha no museu, tem planos para transportar crianças pela área externa…

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Rolê Independência & Bola! Estádio em Franca (Parte 18 de 21)

Seguimos nossa aventura pelas estradas! Depois de passar por Pirassununga, Descalvado, Santa Rita do Passa Quatro, Tambaú, Santa Rosa de Viterbo, Santa Cruz das Palmeiras, Vargem Grande do Sul, São José do Rio Pardo, Cajuru, Batatais, Orlândia, São Joaquim da Barra, Igarapava, Uberaba, Guaíra, Miguelópolis e Ituverava agora chegamos à Franca!

Franca

Conhecer a cidade e o futebol local é um desejo antigo meu.
Toda a tradição do futebol da Francana aguçou ainda mais esse desejo, por isso decidimos passar a noite na cidade (até porque se vc está acompanhando toda a saga desse rolê, vai lembrar que chegamos à Ituverava já anoitecendo).

Estádio Municipal Doutor José Lancha Filho - AA Francana - Franca

A cidade respira esporte.
É muito legal ver os lambe-lambes convidando para os jogos da “feiticeira”.

Francana

E não só o futebol, o basquete local também é muito respeitado e incentivado, e tem um timaço!

Foi por causa de um jogo do Franca Basquetebol contra a equipe do Bauru (que se hospedou no mesmo hotel que a gente, lembrando uma outra viagem) que a partida entre Francana e Comercial, pela fase final de grupos, acabou sendo adiado para segunda feira… Ou seja, perdemos a partida 🙁

AA Francana

Mas, ainda existia o nosso desejo de conhecer o Estádio Municipal Doutor José Lancha Filho, casa da Associação Atlética Francana.

Distintivo da AA Francana

A Associação Atlética Francana foi fundada em 12 de outubro de 1912.
O primeiro Estádio da Francanca foi o campo da Bela Vista (também chamado de Nhô Chico), que teve suas arquibancadas inauguradas em 1947 (num amistoso contra o São Paulo) e utilizado nas disputas até 1969, quando foi construído o atual Estádio Municipal Dr. José Lancha Filho.
Essa é a entrada do “Nhô Chico“:

Estádio Cel Nho Chico - Estádio Bela Vista - Francana

Aqui algumas fotos mostrando um pouco do campo no presente…

Estádio Cel Nho Chico

E no passado:

Estádio Cel Nho Chico - Estádio Bela Vista - Francana

A partir de 1948, a AA Francana passou a disputar as competições profissionais da Federação.
A Francana foi Vice-campeã da série A2 em 1969 e 2002 e Vice campeão Série A3 de 1996.
Em 1977, obteve o acesso para o Campeonato Paulista ao sagrar-se campeã da Divisão Intermediária (a A2 da época).

AA Francana 1977

Em 1982, foi rebaixada com o time abaixo:

AA Francana 1982

Disputou o Campeonato Brasileiro de 1979, sendo eliminado na primeira fase. Em 1997, chegou ao quadrangular final do Campeonato Brasileiro da Série C, terminando na 3ª colocação e perdendo o acesso à Série B do ano seguinte na última rodada.

AA Francana 1997

Em 2015, a “Veterana” foi rebaixada para a Segunda Divisão de 2016, após terminar a Série A3 na lanterna. Fomos até o Estádio Municipal Dr. José Lancha Filho, onde a Francana tem mandado seus jogos.

Estádio Municipal Doutor José Lancha Filho - AA Francana - Franca

O estádio é mais conhecido por Lanchão.
E marca aí mais uma bilheteria pra nossa conta!

Estádio Municipal Doutor José Lancha Filho - AA Francana - Franca
Estádio Municipal Doutor José Lancha Filho - AA Francana - Franca

O estádio fica bem localizado e é de fácil acesso.

Estádio Municipal Doutor José Lancha Filho - AA Francana - Franca

O Estádio foi inaugurado em 1969.

Estádio Municipal Doutor José Lancha Filho - AA Francana - Franca

Já teve capacidade para mais de 15 mil torcedores, mas atualmente não passa de pouco mais de 10 mil pessoas.

Estádio Municipal Doutor José Lancha Filho - AA Francana - Franca

Essa é a entrada principal, para a torcida local.

Estádio Municipal Doutor José Lancha Filho - AA Francana - Franca

Andando ao redor do estádio, temos a….

Estádio Municipal Doutor José Lancha Filho - AA Francana - Franca

Entrada dos Visitantes! Do jeito que o diabo gosta hehehehe.

Estádio Municipal Doutor José Lancha Filho - AA Francana - Franca

Uma pena que não conseguimos entrar, mas tudo bem, fica para uma próxima vez para podermos acompanhar a Francana! Ao menos, ta aí um pouco do entorno do estádio:

Estádio Municipal Doutor José Lancha Filho - AA Francana - Franca
Estádio Municipal Doutor José Lancha Filho - AA Francana - Franca
Estádio Municipal Doutor José Lancha Filho - AA Francana - Franca
Estádio Municipal Doutor José Lancha Filho - AA Francana - Franca

Pra quem ficou na vontade de saber mais, seguem algumas imagens do Facebook Oficial da Francana, mostrando o estádio lotado, nesses últimos jogos da série B de 2018:

Estádio Municipal Doutor José Lancha Filho - AA Francana - Franca
Estádio Municipal Doutor José Lancha Filho - AA Francana - Franca
Estádio Municipal Doutor José Lancha Filho - AA Francana - Franca

É mesmo uma torcida apaixonada! Mas, dizemos um “até logo” esperando retornar em breve.

Estádio Municipal Doutor José Lancha Filho - AA Francana - Franca

Enquanto isso, vamos conhecer o outro time da cidade que já disputou o profissional, o Palmeiras Futebol Clube!

Palmeiras Futebol Clube - Franca

O Palmeiras F.C. foi fundado em 25 de dezembro de 1917 e também representou a cidade de Franca no profissionalismo, em 16 participações. Nasceu como Palestra Itália de Franca Futebol Clube logo transformou-se no “Palmeirinhas” (assim como os demais times que homenageavam a Itália, Alemanha e outros representantes do nazi fascismo na segunda guerra mundial), porém, desde 2010, voltou a se chamar oficialmente por Palestra Itália de Franca Futebol Clube.

Distintivo do palmeiras palestra italia de franca

Disputou o Campeonato Paulista da Segunda Divisão em 47, 48, 49 e 1953, além da Terceira de 83 a 87 e de 91 a 1993, a Quarta de 1988 a 1990 e por fim, a Quinta Divisão em 1994. Manda seus jogos no Estádio da Rua Santos Pereira, com capacidade para cerca de 1.000 torcedores.

Estádio da Rua Santos Pereira - Palmeiras FC - Palestra Itália - Franca

A entrada é simplesmente linda! Parece que o mundo parou nos anos 20…

Estádio da Rua Santos Pereira - Palmeiras FC - Palestra Itália - Franca
Estádio da Rua Santos Pereira - Palmeiras FC - Palestra Itália - Franca

É sempre muito bom poder estar presente em um templo do futebol como este!

Estádio da Rua Santos Pereira - Palmeiras FC - Palestra Itália - Franca

E pra não perder o trocadilho, em frente ao estádio do Palmeiras, existem… “palmeiras” plantadas…

Estádio da Rua Santos Pereira - Palmeiras FC - Palestra Itália - Franca
Estádio da Rua Santos Pereira - Palmeiras FC - Palestra Itália - Franca

Pudemos encontrar algumas fotos no site do Jogos Perdidos, como essa do time de 81:

Palmeiras FC - Palestra Itália - Franca

Ou as do time de 84:

Palmeiras FC - Palestra Itália - Franca

E que tal essa do time de 87:

Palmeiras FC - Palestra Itália - Franca

Enfim, com tantas participações nas competições oficiais, e com tantos anos de vida, o Palmeiras FC é mesmo uma potência na região, e o mais importante: segue vivo, jogando as competições amadoras.

Estádio da Rua Santos Pereira - Palmeiras FC - Palestra Itália - Franca

Vamos dar uma olhada no campo?

E nós aqui… pisando na grama do Palestra Itália de Franca!

Estádio da Rua Santos Pereira - Palmeiras FC - Palestra Itália - Franca

Ao fundo a arquibancada coberta.

Estádio da Rua Santos Pereira - Palmeiras FC - Palestra Itália - Franca

Linda, não?

Estádio da Rua Santos Pereira - Palmeiras FC - Palestra Itália - Franca

O gol da esquerda (pra quem olha da arquibancada coberta):

Estádio da Rua Santos Pereira - Palmeiras FC - Palestra Itália - Franca
Estádio da Rua Santos Pereira - Palmeiras FC - Palestra Itália - Franca

O placar, ainda manual:

Estádio da Rua Santos Pereira - Palmeiras FC - Palestra Itália - Franca

E se tem Palmeiras a frente do estádio, quem passa o dia sobrevoando o campo são os periquitos e maritacas.

Olha eles aí pousados em uma árvore, ao lado do campo:

Estádio da Rua Santos Pereira - Palmeiras FC - Palestra Itália - Franca

Aqui, o gol da direita (olhando da arquibancada coberta):

Estádio da Rua Santos Pereira - Palmeiras FC - Palestra Itália - Franca
Estádio da Rua Santos Pereira - Palmeiras FC - Palestra Itália - Franca
Estádio da Rua Santos Pereira - Palmeiras FC - Palestra Itália - Franca

Todo o estádio está repleto de detalhes, que as grandes arenas preferem ignorar…

Estádio da Rua Santos Pereira - Palmeiras FC - Palestra Itália - Franca

Aqui dá pra se ter uma ideia melhor da arquibancada coberta:

Estádio da Rua Santos Pereira - Palmeiras FC - Palestra Itália - Franca
Estádio da Rua Santos Pereira - Palmeiras FC - Palestra Itália - Franca

Olha a placa oficializando a fundação do Palmeiras FC:

Estádio da Rua Santos Pereira - Palmeiras FC - Palestra Itália - Franca

Aqui o meio campo:

Estádio da Rua Santos Pereira - Palmeiras FC - Palestra Itália - Franca

Um último olhar, antes de seguir nossa viagem!

Estádio da Rua Santos Pereira - Palmeiras FC - Palestra Itália - Franca

Não sem antes dizer um tchau pro pessoal que tava ali disputando uma partida de bocha!

Estádio da Rua Santos Pereira - Palmeiras FC - Palestra Itália - Franca
Estádio da Rua Santos Pereira - Palmeiras FC - Palestra Itália - Franca

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Tour interior paulista 2017 – Parte 11: Ribeirão Bonito

Nossa última parada nesse rolê de “pré inverno” pelos estádios do interior paulista nos levou de Américo Brasiliense até a cidade de Ribeirão Bonito, onde vivem cerca de 15 mil pessoas!

Ribeirão Bonito

A cidade fica próxima da região de Araraquara e São Carlos e foi um ótimo lugar para ser a última parada da nossa aventura.
Um ponto especial é a igreja que fica no alto de um morro, de onde podemos ver uma bela vista da cidade.

Ribeirão Bonito
Ribeirão Bonito
Ribeirão Bonito
Ribeirão Bonito

A cidade manteve boa parte da arquitetura do século passado…

Ribeirão Bonito

Ah, e também tem uma igreja central, sem precisar subir o morro…

Ribeirão Bonito

Nossa missão em Ribeirão Bonito era conhecer o Estádio Tonico Varela, antigo campo da Vila Mariana, onde o Ribeirão Bonito EC e antes dele o Futebol Clube Ribeirão Bonito mandavam seus jogos.

Aqui, um cartaz de quando, em 1928, o Futebol Clube Ribeirão Bonito jogou contra o Esporte Clube São Caetano.

Futebol Clube Ribeirão Bonito

A Gazeta Esportiva de 20 de junho de 1955 traz ainda um amistoso de um Ribeirão Bonito Atlético Clube:

O mesmo jornal traz em agosto um outro amistoso:

A equipe do Ribeirão Bonito Esporte Clube foi fundada em 1946 e disputou o Campeonato do Interior, como mostra a Gazeta Esportiva de 1958:

Além disso, disputou vários amistosos como contra o GRP Labate, como mostra a Gazeta Esportiva de 1959:

Aqui, o time de 1959, foto da página Closeup Ribeirão Bonito:

Ribeirão Bonito 1959

Mas o Ribeirão Bonito EC disputou o Campeonato Paulista da terceira divisão em 1961 e 1963.

Atualmente, o Estádio serve apenas ao futebol amador, essa é a entrada “oficial”, com as placas informativas.

Estádio Tonico Varela - Vila Mariana - Ribeirão Bonito
Estádio Tonico Varela - Vila Mariana - Ribeirão Bonito
Estádio Tonico Varela - Vila Mariana - Ribeirão Bonito
Estádio Tonico Varela - Vila Mariana - Ribeirão Bonito

E a bilheteria, é claro!

Estádio Tonico Varela - Vila Mariana - Ribeirão Bonito

Atualmente, o jeito mais fácil de entrar é pelo lado do Centro Social Comunitário, na rua ao lado.

Estádio Tonico Varela - Vila Mariana - Ribeirão Bonito
Estádio Tonico Varela - Vila Mariana - Ribeirão Bonito

Lá dentro, grande surpresa, um lindo estádio, com arquibancadas em torno de todo o campo.

Estádio Tonico Varela - Estádio Vila Mariana - Ribeirão Bonito

O Estádio já foi chamado de Estádio da Vila Mariana, mas atualmente é conhecido como Estádio Tonico Varela.

Estádio Tonico Varela - Estádio Vila Mariana - Ribeirão Bonito

Esta foi a casa do Ribeirão Bonito Esporte Clube e do seu antecessor Ribeirão Bonito Futebol Clube.

Estádio Tonico Varela - Estádio Vila Mariana - Ribeirão Bonito
Estádio Tonico Varela - Estádio Vila Mariana - Ribeirão Bonito

Vamos dar uma olhada por dentro com o nosso tradicional vídeo!

Mais do que árvores, temos até flores!

Estádio Tonico Varela - Estádio Vila Mariana - Ribeirão Bonito

E que tal um espaço desse para mesários, narradores…. Mas não há registros do brasão do Ribeirão Bonito EC pelo estádio…

Estádio Tonico Varela - Estádio Vila Mariana - Ribeirão Bonito

Mais um registro de um estádio inesquecível!

Estádio Tonico Varela - Vila Mariana - Ribeirão Bonito
Estádio Tonico Varela - Vila Mariana - Ribeirão Bonito

O estádio está bem arrumadinho!

Estádio Tonico Varela - Vila Mariana - Ribeirão Bonito
Estádio Tonico Varela - Vila Mariana - Ribeirão Bonito

Mas, cuidado…

Estádio Tonico Varela - Vila Mariana - Ribeirão Bonito

Recentemente houve uma reforma, conforme indica a placa.

Estádio Tonico Varela - Vila Mariana - Ribeirão Bonito

Lindo cenário, que merecia uma nova oportunidade na série B do Paulista!

Estádio Tonico Varela - Vila Mariana - Ribeirão Bonito

Vale citar, por fim, o Rádio Atlético Clube, atual Ribeirão Bonito Clube.

O clube foi fundado em 1940.E assim, terminamos o rolê pelas 11 cidades que nos brindaram com diversos estádios!

Ribeirão Bonito

De volta à estrada…. E de volta à Santo André!

Ribeirão Bonito

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O Estádio “Dr. Adhemar Pereira de Barros em São Manuel

São Manuel

Seguimos na estrada… Desta vez a cidade visitada foi São Manuel!

São Manuel

Pra quem conhece um pouco o interior de São Paulo, a cidade fica próxima a Botucatu, cerca de 270 km da capital.

São Manuel

Ruas ainda pacatas, características de cidades do interior, por onde circulam os quase 50 mil habitantes.
Estão aí, a tradicional igreja e o coreto da praça!

São Manuel
São Manuel

Nossa missão era de conhecer e registrar o Estádio “Dr. Adhemar Pereira de Barros”, onde a Associação Atlética Sãomanoelense mandava seus jogos.

Distintivo da AA Sãomanuelense

A Associação Athletica Sãomanoelense foi fundada em 21 de junho de 1919.
No site O Debate regional encontrei a imagem abaixo, do início dos anos 20, numa época em que nem arquibancadas ainda existiam por lá.

Estádio Dr. Adhemar Pereira de Barros - Associação Atlética Sãomanoelense - São Manuel

Em 1921, recebeu o time do EC Sorocabano não só para um jogo, mas para uma vivência na cidade:

Em 1922, houve um amistoso com o Santos:

Já em 1923, passou a disputar o Campeonato do Interior!

CAmpeonato do Interior 1923
CAmpeonato do Interior 1923

E também encontrei essa matéria do jornal “A Cigarra” de 1924 sobre um amistoso com o SC Corinthians.

Disputou novamente o Campeonato do Interior em 1942, com o EC Bandeirante, também de São Manuel.

Campeonato do interior em 1925

Em 43 e 44 mais uma vez a região teve a Ferroviária de Botucatu como campeã.

Campeonato do interior em 1943

Em 45, o campeão do setor foi a Botucatuense e em 47, o Noroeste.
O time dessa época (foto do site Tempodebola)

AA Sãomanuelense - setor 26

Aqui, notícias sobre o Campeonato de 1948:

Em 1957 rolou até um amistoso com o Palmeiras:

Seus anos de glórias foram a década de 60. Logo em 1961, um amistoso contra o São Paulo.

Depois, a AA Sãomanoelense foi campeã, em 1968, da quarta divisão.

AA Sãomanuelense

Dá pra ver as suas tradicionais cores (vermelho e preto) na foto abaixo, do time dos anos 80 (também do site Tempo de Bola):

AA Sãomanuelense

Aqui, o time de 1990:

Mas, o tempo do futebol profissional se foi e o Estádio “Dr. Adhemar Pereira de Barros acabou ficando para o futebol amador, mas ainda muito bem conservado.

Estádio Dr. Adhemar Pereira de Barros - Associação Atlética Sãomanoelense - São Manuel

O Estádio recebeu 12 participações no Campeonato Paulista de Futebol.

Estádio Dr. Adhemar Pereira de Barros - Associação Atlética Sãomanoelense - São Manuel

Infelizmente o clube não resistiu às mudanças do futebol e principalmente aos altos custos e acabou licenciando-se da Federação Paulista, deixando ainda mais órfã a região (que já possuiu clubes em Botucatu, Lençóis Paulista, Avaré, entre outras cidades).

A atual capacidade do estádio não passa de 2.000 torcedores, e mesmo sabendo que para disputar o profissional, seriam necessárias obras de expansão, esse tema vive sendo discutido entre os boleiros da cidade.

Estádio Dr. Adhemar Pereira de Barros - Associação Atlética Sãomanoelense - São Manuel
Estádio Dr. Adhemar Pereira de Barros - Associação Atlética Sãomanoelense - São Manuel

Falando em boleiros da cidade, taí uma parte deles que ainda frequentam o estádio (que tem um bar anexado, onde rola a tradicional sinuca).

AA Sãomanuelense

Um último olhar sob a arquitetura antiga da cidade, e como o sol se vai… Nós também vamos…

São Manuel

Obrigado, futebol!

São Manuel

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Taubaté, campeão da A3 de 2015: um título à moda antiga

Final

Mais um final de semana de aventuras no mundo do futebol. Dessa vez, pegamos a Ayrton Senna / Dutra e fomos até Taubaté.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense

Nossa missão: acompanhar a final da série A3, entre o time local e o Votuporanguense, no tradicionalíssimo Estádio Joaquim de Morais Filho, o “Joaquinzão”.

Estádio em Taubaté

Mesmo tendo perdido o primeiro jogo, em Votuporanga por 3×0, alguns amigos da torcida local disseram que a cidade estava confiante na reversão desse placar.
Eu e a Mari acreditamos e pra poder aproveitar o rolê, fomos um dia antes pra Taubaté, pra sentir o clima da final.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense

Ainda no sábado, demos um pulo no Joaquinzão para comprar nossos ingressos!

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense

O time tinha acabado de treinar e deu pra bater um papo com alguns jogadores. Encontramos também diversos torcedores do Taubaté que foram até lá pra apoiar o time, ou mesmo pra pegar autógrafos do time que poderia entrar pra história!

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense

Vale lembrar alguns dados do Estádio Joaquinzão: atualmente sua capacidade é de 9.600 torcedores, diferente dos mais de 20 mil lugares disponibilizados desde sua fundação, em 1967.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense

Antes dele, o Taubaté mandava seus jogos no Estádio Praça Monsenhor Silva Barros, “O Campo do Bosque”.
E para a construção do novo campo, em 1958 houve uma grande campanha de arrecadação de tijolos.
A partida de estreia foi contra o São Paulo que venceu o time local por 2 a 1.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

Atualmente,o time do Taubaté vem superando as dificuldades e se posicionando cada vez mais como o time da cidade, lutando contra a massificação dos jovens que cada dia mais se deixam levar pela mídia e notoriedade dos times da capital.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense

O recorde de público do estádio aconteceu no jogo contra o Corinthians, em 11 de junho de 1980: 21.272 torcedores, e embora a realidade atual seja diferente, o público esperado para o jogo é um dos maiores dos últimos anos.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

Mas…
Antes do jogo, fizemos o tradicional rolê pela cidade, conhecendo um pouco dos lugares tradicionais da cidade, de restaurante até a antiga estação de trem, sem deixar de conhecer a Feira da barganha, em frente o Mercado Municipal, nos domingos pela manhã (deu pra ir antes do jogo)…

Taubaté
Taubaté

A boa surpresa foi que ficamos no mesmo hotel que o time do Votuporanguense, o que nos permitiu vivenciar um pouco da sensação de disputar uma final, quase como parte do grupo.

Votuporanguense

Além disso, tivemos a sorte de conhecer o Émerson, que coordena o VotuNews, portal muito bacana que leva à Internet as informações sobre a cidade de Votuporanga, em especial o esporte.

Votu News

O time do Votuporanguense chegou confiante graças ao placar elástico no jogo de ida, mas em momento algum, percebemos qualquer sentimento de “já ganhou”.
Ao contrário, sabiam da dificuldade que seria enfrentar o Taubaté no Joaquinzão.

Votuporanguense

Eu e a Mari demos uma volta pela região e após muitas atividades, o sábado foi chegando ao fim.
Chegamos ao hotel, prontos pra descansar pro dia seguinte. Por volta das 23hs quando começamos a pegar no sono… Uma surpresinha… Um barulho ensurdecedor praticamente na nossa janela do hotel…

Rojão

Na mesma hora, percebemos como seria aquela noite. E assim foi até as 6 horas da manhã. De hora em hora os rojões despertavam aqueles que tentavam dormir e têm o sono mais leve.
No dia seguinte, levantamos cedo, pra aproveitar o momento do café da manhã com os atletas do Votuporanguense e não se ouvia outra coisa entre eles, e também entre os demais hóspedes do hotel: a noite do sábado fora um “mini Iraque”. Aparentemente os jogadores levaram numa boa, mas alguns hóspedes estavam mesmo bravos com todo o barulho gerado pela torcida do Taubaté.

Votuporanguense
Votuporanguense

Confesso que achei engraçada aquela situação, afinal, em tempos de “futebol moderno” onde qualquer coisa é considerada radicalismo, o pessoal de Taubaté soube aproveitar uma oportunidade, sem ofender ou agredir ninguém.
Saímos cedo pra conhecer a feira da barganha e quando voltamos estranhamos a presença do ônibus dos jogadores ainda no hotel.
Ficamos sabendo que além dos rojões, a torcida local furou (ou murchou) alguns pneus do ônibus, atrasando a saída do time e obrigando o Votuporanguense a utilizar o ônibus dos torcedores para levar os atletas ao estádio.

Ônibus do Votuporanguense

É mole???
Pra quem acha que as boas histórias do futebol morreram, aí está mais uma que pode acompanhar os torcedores por alguns anos.
Bom, mas vamos ao jogo, que é pra isso que estivemos em Taubaté!

A torcida local pareceu ignorar a forte garoa que molhou a cidade desde a noite do sábado e colocou quase 6 mil torcedores no Joaquinzão.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

Público formado por torcedores organizados, mas também muitas famílias e torcedores comuns.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

Deu orgulho de poder fazer parte dessa história, mesmo não sendo torcedor de nenhum dos dois times.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)
Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

Aliás, olhando lá para o outro lado, dava pra ver que a torcida visitante também compareceu em um bom número, principalmente se considerarmos a distância entre as duas cidades.

Torcida do Votuporanguense
Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

Outro ponto que vale a pena citar é que não vimos nenhum tipo de incidente entre torcedores e olha que demos umas duas voltas em torno do estádio pra sentir o clima do jogo.
Sem dúvida, a chuva reduziu em boa parte o número de torcedores presentes, com certeza em um dia sem tanta água caindo, teríamos quase 10 mil pessoas no campo.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense

Que fique registrado: choveu durante os 90 minutos.
E isso prejudicou o público, mas também a qualidade do gramado e consequentemente o nível do jogo.
Só que o time do Taubaté decidiu passar por cima de tudo isso.
Das poças, do frio, do jogo truncado…
E foi pra cima do Votuporanguense.
Resultado? Escanteio batido e Lelo marca.
Taubaté 1×0, em menos de 10 minutos.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

E pra quem achava que era só um “aperto inicial” o Burrão seguiu no pique e logo aos 15 minutos, marcou o segundo gol.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)
Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

Os rojões teriam conseguido efeito?
O forte time do Votuporanguense sucumbiria ainda no primeiro tempo, por uma noite mal dormida?
O torcedor local tinha certeza disso, mas…
O primeiro tempo acabou em 2×0, mesmo, sob aplausos da torcida local.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

O intervalo foi ótimo para nos permitir conhecer pessoalmente o pessoal da Comando 1914, com quem já trocávamos mensagens na Internet.

comando 1914

Fica aqui um grande abraço ao Ronaldo e todo mundo que fez uma linda festa na arquibancada, não somente na final, mas em cada jogo do Taubaté.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)
Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

O 2º tempo começou, a chuva não deu trégua, e o time visitante apertou a marcação, mostrando que não entregaria um terceiro gol facilmente.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

A torcida local seguia em seu transe quase hipnótico de apoio ao time, torcendo como se estivessem em campo, jogando junto.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

Que fique claro, o Taubaté não é uma exceção entre os times do interior paulista. Acometido por dificuldades financeiras (não é fácil manter um time pagando em dia, na série A3) a diretoria conseguiu reunir a Prefeitura, as empresas locais e só assim o envolvimento entre cidade e futebol voltou a se acender.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

Por volta dos 25 minutos, decidi dar uma volta pelo estádio e foi incrível perceber que não havia um único torcedor do Taubaté que parecia ter desistido do título.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

Dava pra ver nos olhares, nos abraços, nos gritos e na própria postura de cada torcedor o sentimento de dedicação e amor ao time da cidade.
O estádio estava feliz, pela conquista do acesso, mas queria mais.
Entre tosses e espirros, os ensopados, pré-gripados torcedores queriam o título.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

O grito de campeão estava preso e sufocado, por anos de convivência com os demais cidadãos que abriram mão do time da cidade para torcer pelos times da capital. Eram 6 mil pessoas que queriam gritar aos sãopaulinos, corinthianos, palmerenses e santistas nascidos na cidade um “ACORDEM, SOMOS CAMPEÕES, O TIME DA NOSSA CIDADE!!!”

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

Sem desmerecer, ao mesmo tempo, o excelente time e torcida da Votuporanguense. Pra nós, que assistíamos a essa verdadeira ópera como meros espectadores (Se é que era mesmo possível) doía ver o esforço de um time jovem e tão correto caindo em solo molhado.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

Mas ainda não havia nada perdido, para nenhum dos times.
Afinal, os 2×0 dava o título ao time visitante.
Passava dos 30 minutos, mais água ainda e o placar igual.
Senhores, senhoras e crianças sofriam nas arquibancadas tanto ou mais do que os atletas em campo.
Havia um sentimento de estafa emocional, lágrimas sendo preparadas para o choro, de tristeza ou felicidade.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

O gramado chorava da sua maneira.
As chuteiras não perdoaram, arranharam, machucaram, fizeram o sangrar terra viva, mas esse foi o sacrifício feito pelo Joaquinzão para fazer parte dessa história. Times, torcidas, jornalistas, o campo, uniformes, as traves, a bola, cada pedaço de pano molhado amarrado na arquibancada.
Todos sofriam por igual.
Sério, parecia que em algum momento algo iria explodir e não eram os rojões da noite anterior.
Foi aí que algo aconteceu.
Em meio a tudo isso, um apito longo feito por um maquinista avisava…
Se o trem não para, por que o Burrão iria??

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)
Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

Não sei se foi combinado ou não, mas o estádio começou a gritar o tradicional “EU ACREDITO”, e antes que alguém desmaiasse de tensão ou dor…
Veio o fato que todos (os torcedores locais) aguardavam.
Gol.
Do Taubaté.
E a explosão veio.
De felicidade, de raiva, de amor, de orgulho…

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

O time da cidade estava presente de corpo e alma.
Abraçad@s, vizinh@s, amig@s, namorad@s, pais e filhos, av@s….
Há tempos não víamos lágrimas tão reais e intensas em torno de uma partida.
46 do segundo tempo.
Outro gol.
Já não há o anormal.
A certeza do título já é uma realidade.
A felicidade em cada gota de chuva já pode ser ouvida dentro e for a do estádio.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

Mais fogos de artifício.
Esses vêm de longe.
Houve quem preferisse acompanhar o jogo pela TV ou pela rádio e agora amaldiçoava o fato de perder essa festa queimando o céu.
Eu a Mari saímos quietinhos.
Contentes por poder vivenciar tudo isso tão de perto.
Por ver os amigos do Taubaté levantarem a taça e mais uma vez colocar o nome do time na história.

Taubaté campeao 2015

Ao mesmo tempo, um pouco tristes por saber que o pessoal que havia tomado café da manhã conosco, há poucas horas, voltaria pra casa sem o troféu.
Nos tranquilizamos pensando que o acesso seria um presente grande o suficiente para acalmar a cidade.
Rapidamente estávamos no hotel, tomamos um banho quente pra tentar fugir da gripe e em pouco menos de uma hora estávamos deixando a cidade.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

SalvarAPOIE O TIME DA SUA CIDADE!!!

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

Estádios do Oeste Paulista: 14- Rancharia (SP)

Ah, que rolê incrível! Pra quem acha que o futebol de verdade neste ano de 2013 é a Copa das Confederações, recomendo uma voltinha pelo interior paulista.

Rancharia

É muita história, muitos times e muitos estádios. Saímos de Regente Feijó e fomos para Rancharia!

Rancharia

Rancharia é uma cidade com pouco mais de 30 mil habitantes.

Rancharia

A cidade foi fundada em 1916 e está a pouco mais de 520 km de São Paulo.

Rancharia

Rancharia tem na produção agropecuária e no Algodão suas principais atividades econômicas, e como toda boa cidade do interior, tem uma igreja ali no centro!

Igreja - Rancharia

Eu não imaginava, mas Rancharia é o 6º maior município do estado de São Paulo, e tem como motivo de orgulho o Estádio Francisco Franco, na Rua Adhemar de Barros, 750, onde a A.A. Ranchariense mandava seus jogos!

Estádio Francisco Franco - A.A. Ranchariense - Rancharia

Você pode estar se perguntando por que eu estava olhando para o lado. A resposta está aí embaixo: um novo amigo do blog, ainda que em forte momento alcoólico, fez questão de sair na foto!

Estádio Francisco Franco - A.A. Ranchariense - Rancharia

Outro amigo foi a Mari que fez!

Estádio Francisco Franco - A.A. Ranchariense - Rancharia

Vamos dar uma olhada na parte interna do estádio!

O Estádio Francisco Franco tem capacidade para mais de 4.600 pessoas.

Estádio Francisco Franco - A.A. Ranchariense - Rancharia

O futebol em Rancharia teve seu auge nos anos 40, quando surgem a A.A. Ranchariense e a A.A. Matarazzo, para disputar o Campeonato do Interior da Federação Paulista.

AA Matarazzo - Rancharia
AA MAtarazzo - Rancharia

O time do Ranchariense só foi se profissionalizar em 1978 .

AA Ranchariense

Olha aqui a campanha da Ranchariense na 5a divisão de 1979:

Campeonato Paulista - 5a divisão - 1979
Campeonato Paulista - 5a divisão - 1979
Campeonato Paulista - 5a divisão - 1979

Aqui, uma outra bela campanha do time, dessa vez, pela Terceira Divisão de 1985:

Terceira Divisão 1985
Terceira divisao 1985 - grupo laranja

Olha aí que presente do amigo e leitor do blog Fabio Teixeira: fotos de 1988, contra a Chavantense:

Ranchariense

Rancharia tem mesmo uma relação bem apaixonada com o futebol!

Estádio Francisco Franco - A.A. Ranchariense - Rancharia

O gramado está em perfeitas condições!

Estádio Francisco Franco - A.A. Ranchariense - Rancharia

Belas arquibancadas que viram desde 1978 a equipe da Ranchariense representar a cidade no Campeonato Paulista de Futebol.

Estádio Francisco Franco - A.A. Ranchariense - Rancharia
Estádio Francisco Franco - A.A. Ranchariense - Rancharia

No momento da nossa visita, um rachão com cara de peneira entre uma molecada da cidade rolava no campo.

Estádio Francisco Franco - A.A. Ranchariense - Rancharia

O Estádio está em obra na arquibancada atrás do gol.

Estádio Francisco Franco - A.A. Ranchariense - Rancharia

A arquibancada é aquelas de cimento, old school.

Estádio Francisco Franco - A.A. Ranchariense - Rancharia

Junto do estádio tem uma pequena estrutura com algumas salas.

Estádio Francisco Franco - A.A. Ranchariense - Rancharia

Homenagem ao pessoal do Juventus!

Estádio Francisco Franco - A.A. Ranchariense - Rancharia

E dá lhe a molecada jogando!

Estádio Francisco Franco - A.A. Ranchariense - Rancharia

Uma visão de dentro do campo.

Estádio Francisco Franco - A.A. Ranchariense - Rancharia

Aí está um time que eu gostaria muito de ver jogar…

Estádio Francisco Franco - A.A. Ranchariense - Rancharia

Mais uma vez, ficamos orgulhosos de poder entrar em um estádio que está na história o futebol brasileiro.

Estádio Francisco Franco - A.A. Ranchariense - Rancharia

E aqui o time de 2007:

Hora de voltar a estrada!

Rancharia

APOIE O TIME DA SUA CIDADE

O futebol da Associação Atlética Ferroviária de Botucatu

Estrada.

Sem dúvidas, minha vida é marcada pela estrada. Ir, voltar… A estrada materializa toda a minha vontade de permanecer em movimento.

Essas fotos são de julho de 2011, quando fomos até Assis, acompanhar o jogo do Assisense. Nosso destino? Siga em frente…

Botucatu era nossa meta antes de chegarmos em Assis. O grande objetivo era visitar o Estádio onde a lendária Ferroviária de Botucatu mandava seus jogos.

AA Ferroviária de Botucatu

E lá estávamos nós, eu, a Mari e meu pai, que ultimamente tem estado em quase todas as visitas a Estádios…

O Estádio, localizado dentro do ainda ativo clube da Ferroviária, chama-se Dr. Acrísio Paes Cruz.

Ele foi inaugurado em 1945, época em que o futebol do interior paulista era fortíssimo e recheado de lendas, mitos e fábulas.

Época em que o futebol de Botucatu era uma potência local, como nos mostram as diversas fotos muito bem distribuídas pelo clube, colaborando com a manutenção da história local.

Encontrei algumas fotos de times antigos no site Acontece Botucatu:

Estar presente num local desses desperta dois sentimentos interessantes.
Primeiro, a satisfação de poder ao menos pisar em um lugar histórico para quem gosta de futebol.
Mas logo em seguida vem uma “saudade de algo que não vivi” que me dá vontade de voltar no tempo só pra ver como era um jogo por aqui…

Pra quem quer saber como é o estádio, como um todo, fiz um breve vídeo dele, confira:

Detalhe para as arquibancadas, de madeira, com mais de 50 anos de idade… É de se emocionar ou não? Incrível como o futebol ensina arquitetura, história…

E as arquibancadas parecem ter parado no tempo, como que aguardando o retorno dos tempos de glórias…

O clube parece ter se preocupado com o resgate da história e usa a imagem dos seus heróis para embelezar ainda mais o lugar!

Outro cuidado que pode se perceber é com o gramado. Ao menos na época da visita, estava muito bom!

E aí não tem jeito. Ao ver um clube assim com tanta história tão bem cuidado, vem na cabeça a manchete sonhada: “Ferroviária de Botucatu celebra seus 70 anos e disputará a série B do Campeonato Paulista“.

Ok! Algumas coisas do estádio, embora pitorescas e valiosas exatamente por isso, talvez precisem ser reformadas para um retorno ao profissionalismo…

Mas é olhar de novo pro campo e ver que a energia do futebol ainda paira sobre ele. Décadas de disputas, rivalidades, amor e ódio compartilhado nas arquibancadas de madeira que merecem ser reacesas!

Um distintivo, que embora homenageie o poderoso São Paulo, da capital, tem seu valor próprio!

Um céu azul, característico do interior de São Paulo que pede de volta os rojões e fogos de artifício avisando que a Ferroviária está de volta aos céus…

Bom… São apenas sonhos de uma pessoa que não acredita nesse progresso que invade todas as cidades do Brasil. Sonhos de alguém que fica feliz em ter mais uma foto em frente de um estádio, como se isso ajudasse a manter viva a história de um clube, de um esporte, de uma cidade, no fundo… sua própria história.

Olha o time da Ferroviária de 1958, as vésperas de um jogo contra a Ferroviária de Assis!

Olha que linda imagem de parte do time de 1966:

Além de tudo o tempo atual é cada vez mas curto e corre mais ligeiro. É hora de um último olhar para o campo.

Uma última memória, um último gol fantasiado, assim como meu irmão fazia no tapete com seus jogos de botão.

O registro daquele que me ensinou e daquela que me apoia nessa busca incessante.

Antes de ir, ali no piso, o adeus de um distintivo que quem sabe ainda voltará a brilhar no profissionalismo.

Privar uma cidade de um time de futebol no campeonato paulista, independente da série, é privá-la de uma expressão cultural importante. Por isso APOIE O TIME DA SUA CIDADE!

Hora de seguir adiante. Atravessamos a cidade, vendo que aos poucos a força mercantilista das grandes corporações como o “inofensivo Habib’s” começa a calar os pequenos botecos.

O futebol não é exceção. É reflexo. O mundo está mudando e pra pior. E vai seguir assim enquanto as poucas pessoas que pensam diferente e que não concordam com isso continuarem caladas. Mudar não é tão difícil quanto parece. Basta atitude. A estrada aliviaria meus pensamentos até Assis…

APOIE O TIME DA SUA CIDADE!!!