Agora, é hora de dividir o rolê que fizemos em uma cidade que já ocupou a cabeça de todo mundo que ama o futebol. Falamos de Piripiri, a terra querida!
Olha aí, que bonito: Em Piripiri, cada amigo é um irmão!
Taí o antigo armazém da estação ferroviária, por onde chegavam e saiam tantas pessoas, fazendo de Piripiri uma cidade bastante movimentada.
E o motivo dessa cidade fazer parte do imaginário de todo apaixonado por futebol é a data que comemora a emancipação política da cidade: 4 de julho. Ela dá nome à uma importante avenida na cidade…
Mas também deu nome a um verdadeiro patrimônio da cidade, o CA 4 de julho!
O 4 de Julho Esporte Clube é também chamado de Colorado de Piripiri e foi fundado em…. 4 de julho de 1987 e tem 4 títulos estaduais: 1992, 1993, 2011 e 2020, além de ser campeão da Copa Piauí em 2017. Para saber mais sobre a história do time, vale a pena visitar o post que fizemos sobre a camisa do time.
O grande momento do time foi quando derrotou o São Paulo pela Copa do Brasil de 2021, mas este jogo não foi em Piripiri e sim em Teresina.
A casa do 4 de julho em Piripiri é o Estádio Ytacoatiara, a Arena Colorada!
O Estádio fica bem no meio da cidade, então deu pra ver um pouco do dia-a-dia de Piripiri antes de chegar na Arena Colorada!
Pena que a loja oficial do time estava fechada, ela fica ali ao lado da entrada do estádio.
A parte alta do rolê foi entrar dentro do estádio e poder registrar o campo!
Olha que arquibancada, embaixo de um céu lindo desse nosso nordeste…
Pô, fiquei feliz de poder estar neste estádio tão importante!
Vem dar um rolê com a gente pra conhecer o estádio por dentro:
Aqui, o registro do meio campo:
O gol da esquerda:
E o gol da direita:
O Estádio tem arquibancadas dos dois lados e é muito charmoso!
Parece que essa área antes era coberta. O que terá acontecido?
E é quente a cidade…
Mesmo com tanto calor, o gramado está super bem cuidado. Recebe irrigação diariamente.
Junto às arquibancadas tem uma grande área para a imprensa.
Achei legal essa cerca viva formada por flores entre o gramado e a arquibancada.
Sábado, 26 de julho de 2025. Manhã ensolarada de um inverno que já não sabe se decidir no quesito temperatura… Bem vindo ao Estádio Municipal Pedro Benedetti!
Em campo, dois times lutando pela classificaç˜ão para as semifinais. O Mauá FC que iniciou esta fase com duas derrotas, se recuperou ao vencer os dois jogos do Batatais, e entra confiante para o jogo.
Seu adversário, da mesma forma, vem bem nessa segunda fase com 3 vitórias nos últimos 3 jogos.
A realidade do público… uma tristeza. Uma cidade tão apaixonada pelo futebol, como é Mauá (basta ver os públicos no futebol amador) não pode aceitar um jogo importante como esse ter um público abaixo dos 100 torcedores.
Um estádio tão bonito… Não merece isso…
Ainda bem que alguns familiares dos atletas estavam por lá apoiando o time.
Aos poucos foi chegando mais um e outro torcedor, mas sem fazer diferença marcante no público…
Atendendo a galera nos comes e bebes, lá estava o Edson, o “Gaguinho” do Amendoim.
E tem sim quem acredita no time do Mauá FC como representação cultural da cidade, olha que bacana!
Olha que banner bacana em uma das salas do Estádio:
E não é que veio um pessoal de Suzano para acompanhar a partida?
Aliás, que bonitas as camisas do ECUS!
Ali, estavam também os diretores do ECUS, entre eles o William, presidente do clube!
A gente entrevistou o William algumas semanas atrás, confira aí:
Falando do jogo, o primeiro tempo foi bastante disputado, o ECUS não se intimidou por estar jogando fora de casa e foi pra cima, deixando o jogo bem animado!
Thiago Constância, o treinador do Mauá FC acompanhava tudo de perto…
O primeiro tempo terminou em 0x0
Aproveitei para bater um papo com o Tegi, presidente do Mauá FC:
A gente entrevistou o Tegi um tempo atrás, dá uma olhada como foi:
Aí estão os banheiros do estádio.
Mas se segura porque o segundo tempo vem aí!
O pessoal do ECUS contava em sair de Mauá com os 3 pontos…
Mas faltou combinar com o Mauá FC que passou a ir pra cima…
Renan Martins observava o jogo…
E colocou os reservas pra aquecer pra fazer o que for necessário pra vitória!
O jogo ficou tenso, ambos os times estavam chegando no ataque, mas faltava a última bola…
E os goleiros faziam sua parte…
Muita correria e muito bate rebate, fazendo de toda jogada uma disputa intensa…
O juiz teve que dar uma segurada nos ânimos dos jogadores…
Lá vem o ECUS pro ataque…
Mas mais uma vez não chegaram ao gol pra fazer a alegria da sua torcida…
E foi após uma sequência de escanteios que o Mauá FC encontrou o seu gol:
Tristeza para o pessoal de Suzano…
O time visitante chegou a marcar seu gol de empate mas foi invalidado pela arbitragem!
Fim de jogo: Mauá FC 1×0 ECUS, ambos os times só dependem de si para chegar à semifinal.
Se quiser ver um resumo do jogo, montamos o vídeo abaixo, divirta-se!
Conhecido popularmente como Monumental de Colo-Colo, possui capacidade para mais de 43 mil torcedores, e ocupa uma área bem grande na comuna de Macul
Infelizmente, o Estádio Monumental David Arellano tem sua entrada bastante restrita, não dá pra chegar e ir entrando…
Estivemos por lá antes de ir embora, e foi bem triste relembrar (porque já havíamos passado por isso na nossa última viagem ao Chile) que só se entra pagando a visita guiada, então preferimos apenas dar essa olhada…
Já escrevemos sobre a camisa do Colo Colo, veja aqui como foi.
Claro que um cartaz celebrativo do centenário do Colo-Colo veio para Santo André…
Hora de ir embora…. E voltar para mais um ano de muito trabalho no Brasil!
Nos posts anteriores mostramos algumas coisas de Santiago, mas talvez tenha faltado falar que há alguns anos, além de gostar da história dos povos originários, a gente começou a pegar gosto pela história natural dos locais que visitamos.
Assim, aproveitamos a oportunidade de conhecer o Museu Nacional de História Natural do Chile em Santiago.
Na ocasião da nossa visita, uma exposição especial de dinossauros!
Mas também faltou falar da 90 minutos!
E aí um pouco das camisas de times que você encontra por lá!
Um outro ponto que vale a pena é o bairro Lastarria, que lembra um pouco a Vila Madalena.
Destaque também para a rua dos brechós em Santiago, a Calle Bandera. Na verdade não são bem brechós, mas “lojas de roupa americana”, onde pessoas revendem roupas de segunda mão que compram em containers vindos dos USA.
Andando pelo centro da cidade, pudemos ver o monumento aos povos indígenas, que rememora a bravura do povo mapuche.
E terminamos essa parte cultural mostrando que em Santiago o mercado musical está muito aquecido, não apenas com as lojas de vinil espalhadas em shoppings e até supermercados, como também com as lojas de instrumento que vendem das coisas mais tradicionais até essa batera eletrônica que eu pirei!
Mas, falemos do tema deste post, o Estádio Bicentenário Municiplidad de La Florida.
Ou, simplesmente o “Estádio do Audax Italiano“.
O time foi fundado em 30 de novembro de 1910, ainda como Audax Club Ciclista Italiano. Como o nome indica, seus fundadores eram membros da colônia italiana que tinham como hobby o ciclismo.
O futebol só foi surgir no clube no início da década de 1920, com os irmãos Domingo e Tito Frutero. E só em 2007, passou a se chamar Audax Italiano La Florida. O time se inscreveu na Liga Metropolitana, e em 1924 sagrou-se campeão pela primeira vez!
Em 1927, o Audax começou a participar na Liga Central, a qual conquistou em 1931. Em 1933, o clube foi um dos primeiros a participar da Primeira Divisão do Campeonato Chileno.
Em 1936, sagra-se campeão nacional!
O título se repete na década seguinte, em 1946 e 1948!
Em 1957, seu quarto título.
Em 1961, o brasileiro Zizinho jogou no Audax.
De lá pra cá, muitas disputas, mas ausência de títulos… As glórias terão ficadas no passado? Fomos até o Estádio La Florida para sentir o clima do campo…
Olha aí um dos ônibus do time!
A gente foi naquele esquema de “vai entrando antes que alguém reclame”… E quando percebi… Estava ali embaixo das arquibancadas…
Então, vamos ao campo!
O Estádio Bicentenário Municipal de La Florida tem capacidade de 12 mil torcedores e é todo coberto!
Dá uma olhada na arquibancada moderna da casa do Audax Italiano!
A torcida do Audax se denomina Los Tanos (provavelmente uma derivação de “Los Italianos”).
O Estádio foi inaugurado em 1986, na época com capacidade para 7 mil torcedores. A obra de expansão para a capacidade atual ocorreu em 2007.
Como não deu pra gente estar no meio do campo, fizemos as tradicionais fotos um pouco “tortas”. Esse é o gol da direita:
O gol da esquerda:
E uma visão geral…
Mais um belo estádio chileno registrado!
O Estádio fica num bairro bem distante do centro mas conversamos bastante com moradores do local e as pessoas disseram adorar morar lá.
É ou não é um visual incrível?
Mas agora em 2025 tenho acompanhado algumas partidas do Audax, aqui do Brasil e parece que a média de público tem sido bem baixa!
Que o Audax Italiano possa encher seu estádio para a alegria dos imigrantes italianos e comunidade local!!!
O rolê pelo Chile foi tão legal que não tem como voltar e não nos sentirmos parte do que vivemos. Realmente fronteiras são apenas linhas em um mapa… Somos todos latinos, fazemos parte disso tudo, desde muito tempo atrás…
O principal povo que viviam na região de Santiago era os Mapuches, grupo mais representativo do país. Esta é a bandeira deles:
Eram chamados de Araucanos pelos espanhóis, mas os próprios Mapuches consideram este termo pejorativo.
A Santiago atual é uma capital moderna e super desenvolvida e oferece muitas opções para diversão e cultura. Aqui, o Cerro Santa Lucía, que oferece um visual bem bacana!
Do outro lado da rua dele tem uma feirinha de bugigangas legal também!
Pra comer em Santiago sempre recomendamos o El Naturista, um restaurante vegetariano bem gostoso e no centro da cidade.
De sobremesa umas frutas nas ruas sempre cai bem!
Ou, um Mote com Huesillo, uma das melhores coisas que nasceram da união dos espanhóis com os povos locais.
A bebida é um suco de pêssego com grãos cozidos de trigo (contribuição dos espanhóis) com um pêssego em calda em cima pra dar um tchan! Eu adoro!
Muito bem alimentados, é hora de conhecer mais um time importante para a história do futebol chileno: o Club Deportivo Ferroviários de Chile.
O clube foi fundado em 14 de julho de 1916, por trabalhadores ferroviários no bairro San Eugenio e começou se dedicando às competições amadoras. Na época, o time se denominava Unión Ferroviarios e mandava seus jogos no Estádio do próprio bairro, que hoje se encontra em demolição, como dá pra ver pela imagem do Google:
Em 1927, o CD Ferroviários passou a disputar a divisão de acesso da Asociación de Fútbol de Santiago, mas em 1933, como muitos dos clubes da Asociación abandonaram a entidade para formar a Liga Profesional de Fútbol, o Ferroviários passou a fazer parte da primeira divisão. Aqui a tabela do campeonato de 1934:
De 1935 a 1945, disputou o segundo nível do Campeonato Chileno. Olha o time de 1943:
Nesse período, mais especificamente em 14 de julho de 1941 foi inaugurado o Estádio Ferroviário Hugo Arqueros Rodríguez, também chamado de Estádio San Eugenio, a casa do time, no bairro “Estação Central” com incrível capacidade para 31 mil torcedores.
Infelizmente, assim como ocorreu no Brasil, no Chile, a Ferrovia acabou perdendo espaço e com o seu “esvaziamento” o estádio acabou sendo tomado do time…
Em 1947, fez parte dos 15 times que deram origem a Divisão de Acesso (depois Divisão de Honra Amadora – DIVHA), da qual saiu campeão em 1949 obtendo o acesso à Primeira Divisão. Em 1950, o time funde-se com o Bádminton surgindo o Ferrobádminton.
O novo time teve sucesso e permaneceu na primeira divisão até 1964, quando cai para a “1ª B”, voltando para a 1ªA no ano seguinte. Novamente desce para a 1ª B. A união entre os dois times durou até 1969, quando voltaram a ter vidas independentes.
Assim, até 82, o Ferroviários permanece na divisão de acesso, a 1ªB, com destaque para o time de 72 que foi vice campeão, não obtendo vaga para a primeira divisão.
O time passa a disputar as divisões amadoras do Campeonato Chileno: 3ªA e 3ªB. 3ªA em 1983 e fica até 87, quando cai para a 3ªB. Disputa a 3ª B até 1997, quando volta para a 3ªA. Fica na 3ªA até o ano 2000, volta para a 3ªB e fica até 2003. De volta à 3ª A permanece aí até 2008. Disputa a 3ª B até 2018. Em 2019 disputa sua última (até então) edição da 3ªA e fica até atualmente a 3ªB.
Esse é o grupo do time esse ano de 2025:
Atualmente o CD Ferroviários manda suas partidas no Estádio Arturo Rojas Paredes e fomos até lá pra registrar esse campo e para bater um papo com o Luís Tapia, um apaixonado pelo time!
Mais uma estádio incrível e construindo sua história no futebol chileno!
O Estádio é simples, mas bem aconchegante, se liga na arquibancada com 4 degraus, com uma exclusiva cobertura!
A arquibancada vista por baixo:
O recado é claro, mas eu tenho a permissão…
Dá um giro com a gente pelo campo!
O Estádio fica em um bairro residencial na região da Estación Central e é referência para os atletas da região, sendo a base para diversos projetos sociais e também sendo a casa do CD Ferroviários.
O estádio do CD Ferroviarios é muito mais do que um simples campo de futebol. Ele carrega a história de um clube fundado por trabalhadores ferroviários em 1916, refletindo a tradição operária e a identidade de uma comunidade que cresceu ao redor das ferrovias.
Embora seja um estádio modesto, sem grandes arquibancadas ou infraestrutura luxuosa, ele mantém um ambiente intimista e acolhedor, onde a torcida fica próxima ao campo e cada jogo se torna uma celebração do futebol de verdade. Los Nogales é um daqueles lugares onde o futebol ainda preserva seu espírito mais puro, onde os torcedores comparecem não pelo espetáculo, mas pelo amor à camisa e à tradição.
Olha aí a rapaziada da base do Ferroviários. Será que algum deles um dia fará história no futebol? Espero que sim!
No pós jogo apareceu até uma camisa do Santos ali…
O fim do treino foi marcado por uma preleção da comissão técnica.
E também surgiu uma camisa do Atlético Paranaense…
Esse é o gol do lado esquerdo:
Aqui o meio campo
E o gol do lado direito, onde existe um ginásio. Mais do que um campo de futebol, o estádio é um símbolo de resistência. Assim como o Ferroviarios luta para se manter vivo no futebol chileno, seu campo sobrevive como um refúgio do futebol romântico, onde o esforço supera os recursos e a história se mantém viva a cada partida disputada.
E aí está o homem que conduz o time e todas as ações do Ferroviários: Luis Tapia, o presidente!
Luis Tapia é um homem guiado pela paixão. Primeiro, foi a ferrovia, onde dedicou anos de sua vida, vendo os trilhos cortarem o Chile como veias de um país em movimento. Depois, veio o Club Deportivo Ferroviarios, um time que, assim como os trens que ele tanto admirava, segue firme no caminho, apesar dos desafios e dos obstáculos.
Algumas fotos históricas ilustram o escritório do time:
Mas o ponto alto são as camisas oficiais do time do coração do Luis, que ele guarda com muito carinho.
Hoje, como presidente do clube, Tapia comanda um time que batalha na 3ªB chilena, a sexta divisão do futebol nacional. Para muitos, uma posição tão modesta poderia ser motivo de desistência, mas para ele, é apenas um detalhe. Seu amor pelo Ferroviarios é romântico, daqueles que não dependem de glória ou grandes conquistas. Ele vê no clube o reflexo da resistência e da história dos trabalhadores ferroviários que deram origem à equipe, e isso basta para continuar lutando. Assim como um maquinista nunca abandona sua locomotiva, Luis Tapia segue à frente do Ferroviarios, com a mesma fé que um dia o fez acreditar na força das ferrovias. Porque, no fim, mais importante do que a chegada é a jornada. E Tapia seguirá nos trilhos desse amor, custe o que custar.
Feriado de 15 de novembro de 2024. Além de visitarmos a cidade e o Estádio de Campo Limpo Paulista, também fomos conhecer Várzea Paulista, uma cidade jovem, nascida no século XIX graças à Ferrovia Santos Jundiaí. A estação local foi inaugurada em 1891 e como a estrada passava por uma várzea campesina, surgiu o nome do povoado…
Mas, muito antes, estas terras eram ocupadas possivelmente pelo povo Tupi Guarani e seus parentes (Tupiniquim, M’byá entre outros). Foi a chegada dos portugueses que mudou drasticamente esta realidade.
A ocupação começou com pequenas olarias, cerâmicas, destilarias até chegarmos no café, que impulsionou o desenvolvimento da região, infelizmente bastante baseado no uso de mão de obra escravizada. (A foto abaixo apenas ilustra o triste fato, com uma plantaçào de café do Rio de Janeiro)
Em 21 de março de 1965, mobilizações populares fizeram com que o distrito fosse elevado a município de Várzea Paulista, onde vivem atualmente, quase 110 mil pessoas.
No momento de desenvolvimento industrial da cidade, em 1952 foi fundada a Promeca S/A, Progresso Mecânico do Brasil, que produzia tornos mecânicos de alta qualidade, como mostra a Matéria do Correio Paulistano daquele ano:
Uma imagem de um torno da Promeca:
E é dos funcionários da empresa que nasceu o bairro da Promeca, com o primeiro conjunto habitacional de Várzea e um time de futebol: a Associação Esportiva Promeca!
A AE Promeca foi fundada em 21 de abril de 1955, quando Várzea Paulista ainda era um distrito de Jundiaí, por isso, a dúvida sobre a cidade de origem do time. Pra piorar, o time mandou seus jogos mais importantes no Campo do Nacional de Jundiaí, um pouco distante da Vila Promeca, em Várzea Paulista.
Aqui, um registro de um amistoso de 1957, contra o CA Legionário de Bragança Paulista:
Ainda naquele ano, a AE Promeca sagrou-se campeã da Taça Cidade de Jundiaí.
Em 1958, disputou o Campeonato do Interior sempre mandando seus jogos no Estádio do Nacional:
Dá até pra conhecer a escalação da AE Promeca daquele ano:
Encontrei uma nota sobre um amistoso contra um time misto do Santos, em 1961:
Em 1962, fez sua estreia no profissionalismo disputando o Campeonato da 3ª Divisão (o 4º nível do futebol Paulista) e classificou-se como líder na 1ª série.
Na fase final, a AE Promeca surpreendeu e terminou como vice campeão paulista da 3ª divisão de 1962!
Dessa forma, a AE Promeca consegue o acesso para a 2ª Divisão de 1963 (que equivalia ao terceiro nível do futebol paulista). Abaixo a campanha desta equipe na competição: 8/9- Estrela de Piquete 1×1 Promeca 15/9– Promeca 3×2 Cerâmica São Caetano 22/9- Promeca 2×1 Hepacaré (Lorena) 29/9- Volkswagen (São Bernardo do Campo) 0x1 Promeca 05/10- Promeca 3×2 Ituano 13/10- Nitroquímica (São Miguel Paulista) 0x1 Promeca 20/10- Promeca 4×0 Corinthians (Votorantim) 03/11- Cerâmica (São Caetano) 2×1 Promeca 10/11- Promeca 4×3 Estrela (Piquete) 17/11- Corinthians (Votorantim) 1×1 Promeca 24/11- Ituano 0x1 Promeca 01/12- Promeca 2×1 Volkswagen (São Bernardo do Campo) 08/12- Hepacaré 2×1 Promeca 15/12- Promeca 3×0 Nitroquímica (São Miguel Paulista)
Na segunda fase, acabou eliminado, mas fez uma campanha bacana!
19/1- Promeca 1×0 Cerâmica (Mogi Guaçu) 26/1- Hepacaré (Lorena) 1×1 Promeca 02/2- Cerâmica São Caetano 1×0 Promeca 16/2- Promeca 1×1 Palmeiras (São João da Boa Vista) 23/2- Internacional (Limeira) 2×0 Promeca 01/3- Promeca 1×0 Cerâmica São Caetano 08/3- Palmeiras (São João da Boa Vista) 8×2 Promeca 15/3- Promeca 2×1 Internacional (Limeira) 22/3- Cerâmica (Mogi Guaçu) 4×2 Promeca 29/3- Promeca 2×2 Hepacaré (Lorena)
Infelizmente em 1964, o time se licenciou e passou a disputar apenas as competições amadoras. Aqui, o time de 1966:
Outros times sem a identificação da época:
O time acabou se licenciando do profissionalismo e acabou sumindo até mesmo das disputas amadoras. Para tentar sentir um pouco do que foi a sua trajetória fomos até a vizinha Jundiaí para registrar o Estádio onde a AE Promeca mandava seus jogos.
O campo do Nacional, que fica ali bem em frente à estação de trem!
A estação é a última parada do trem Jundiaí-Rio Grande da Serra e é bem movimentada!
Bacana terem preservado um pouco do passado bem ali em frente à estação!
Do outro lado da avenida e alguns quarteirões à frente fica a sede e o Estádio do Nacional Atlético Clube, funcionando quase como a sede do time da capital.
Sendo assim, o campo do Nacional acabou utilizado por outros times em disputas oficiais, como fez a AE Promeca!
Olha aí os bancos de reservas embaixo dos coqueiros que seguem a linha lateral do campo.
Ao fundo, a cidade que não para de crescer. Aqui, o meio campo:
Aqui, o gol do lado esquerdo:
E o gol do lado direito:
O sol quente nem fazia lembrar da chuva que caiu horas atrás…
E aí estamos em mais uma aventura futebolística!
Atualmente, só existem arquibancadas atrás do gol, onde está a estrutura do clube.
A parte interna do clube é bem bonita, uma pena que aparentemente o clube não tenha mais tanto glamour como no passado…
Fiquei em dúvida se essa informação presente em uma das paredes refere-se ao estádio ou ao clube…
E tudo isso, em território Jundiaiense…
Só nos restou curtir um pouco da cidade antes de ir embora, almoçando no Mercadão dos Ferroviários…
Olha as placas que eles mantiveram por lá:
E depois ainda fomos até o Museu Ferroviário da cidade:
Olha quye placa bacana sobre a CIA PAulista de Vias Férreas:
Uma pena que estas locomotivas estão aí se degradando a céu aberto…
As construções pelo menos estão super bem mantidas!
Dentro do Museu, até uma camisa do Paulista está presente!
Ao lado dela uma foto do estádio antigo do Paulista, na Av Prof Luis Rosa:
Existe uma relação bastante complicada entre indígenas e a ferrovia…
E essa placa do século XIX??
Estou pensando em comprar essa locomotiva pra ir até os estádios, que tal?
Essa abaixo é uma miniatura, que, segundo a moça que trabalha no museu, tem planos para transportar crianças pela área externa…
Nesses mais de 15 anos do As Mil Camisas, poucas missões para registrar estádios falharam. Infelizmente a cidade de Caçapava foi um destes casos, mas mesmo assim, hoje vamos recordar um pouco da linda (e antiga) história do futebol por lá.
Esta é mais uma cidade que nasceu dos conflitos entre os povos originários e bandeirantes que buscavam novas terras, pedras e minerais preciosos além de escravizar os indígenas. Alguns destes sanguinários bandeirantes seguiram o curso do Rio Paraíba do Sul, enfrentando o povo Puris, pertencente ao tronco linguístico macro-jê, aqui, registrados no século XIX por Van de Velden:
E aqui, por Johann Moritz Rugendas, no século XIX:
Os Puris acabaram abandonando suas terras em direção da Serra da Mantiqueira, mais ou menos como o Iron Maiden canta em “Run to the Hills“, em referência à história americana:
Aos poucos, os invasores passaram a ocupar o vale do rio Paraíba originando o que seriam as cidades do leste do estado, como São José dos Campos, Jacareí, Taubaté e a querida Caçapava, cujo nome deriva do termo tupi guarani caá-sapab (algo como “mato vazio”, devido à clareira que existia no local).
Inicialmente pertencente à Taubaté, o povoado de “Cassapaba” foi crescendo ao redor da capela construída em 1706 que daria origem à Igreja de Nossa Senhora D’Ajuda.
A partir do século XIX, questões políticas levaram a população a viver na fazenda de João Dias da Cruz Guimarães, onde existia uma capela de São João Batista. Ali, iniciou-se o núcleo que se tornou a atual cidade de Caçapava. O velho povoado tornou-se o bairro do “Caçapava Velha“.
A base da economia era a produção cafeeira realizada pelos escravizados, com fazendas importantes em Caçapava, que também produzia cana-de-açúcar, fumo e gêneros alimentícios. Até hoje, o comércio local movimenta a economia, esse é o Mercado Municipal:
Em 1° de outubro de 1876 é inaugurada a estação ferroviária.
A ferrovia ajudou a trazer a industrialização para a cidade que passou a contar com empresas do ramo têxtil, depois chegaram a Mafersa (material ferroviário) e a Providro (que também teve um time profissional como veremos na parte final deste post). Olha quantas indústrias existem atualmente só ali às margens da Dutra:
Assim, chegamos à Caçapava de hoje em dia que vê o desenvolvimento chegar com força total e fez no futebol mais uma vítima desse crescimento… Estivemos na cidade pouco tempo depois da demolição do estádio da AA Caçapavensena região central.
A Associação Atlética Caçapavense foi fundada em 9 de dezembro de 1913 e tinha sede na rua Capitão João Ramos (atual agência do Banco do Brasil) mudando-se em 1941 para a Avenida Cel. Manoel Inocêncio, onde estava o Estádio Capitão José Ludgero de Siqueira até 2013 quando foi vendida e completamente demolida…
Estivemos lá alguns meses depois da demolição e já havia um estacionamento construído na esquina do terreno, onde antes ficavam as bilheterias…
Fiquei tão decepcionado que não encontrei as fotos que fiz do local… Por sorte o Google Maps ainda mantém como imagens um cenário bem parecido com o que visitamos.
O local é bem no centro da cidade e imagino que realmente não fazia mais sentido um campo, há décadas dedicado apenas ao futebol amador, ocupar um espaço tão importante…
Dá pra comparar com uma imagem mais antiga:
Após vários anos disputando amistosos e torneios amadores, em 1918, a AA Caçapavense estreia no Campeonato do Interior (organizado pela APEA), na Zona Central do Brasil. Em 1920, se classifica para a fase final, mas perde para o Corinthians de Jundiaí. Em 1921 venceu o Elvira e empatou com o Taubaté, em partida que teve invasão de campo pela torcida de Caçapava. Esse era o time de 1921:
A área do Estádio Capitão José Ludgero de Siqueira foi adquirida em 1915 e em junho de 1922 enfim foi inaugurado com uma incrível partida entre a AA Caçapavense e o Clube de Regatas Flamengo!
O Flamengo leva para casa a Taça Elias, ofertada por comerciantes da cidade, vencendo o Caçapevense por 5×0.
A partir de 1922, a Zona Central do Brasil passa a ser bastante disputada, com times de diversas cidades da região.
Esse é o time de 1925:
Em 1928,, a AA Caçapavense sagra-se campeã da sua região, mas acabou sendo desclassificada na fase final. A AA Caçapavense disputa o Campeonato do Interior até 1930, apenas deixando de participar das edições de 1924 e 29. Imagina se você dissesse pra essa galera que esse lugar ia virar um estacionamento, algumas décadas depois…
Talvez tenha faltado passar esse amor pelo futebol para seus filhos, filhas, netos e netas…
Claro… O mundo hoje é outro, mas fico me perguntando como deve ter sido mágico vivenciar as aventuras da AA Caçapavense na primeira metade do século XX…
E como era linda a arquibancada coberta do Estádio Capitão José Ludgero de Siqueira:
Olha que uniforme lindo!
A AA Caçapavense volta às disputas locais até 1946, quando disputa novamente o Campeonato Paulista do Interior, agora organizada pela Federação Paulista e embora campeã da sua zona, o time foi eliminado na fase regional.
Após esta disputa única, o time mais uma vez se ausenta das competições oficiais e volta a jogar torneios amadores e regionais.
Aqui o time de 1958:
O time de 1961:
A AA Caçapavense ressurge na década de 60 para aventurar-se no profissionalismo disputando a Terceira Divisão da Federação Paulista de 1964, e o time terminou na 6a colocação da 1a série.
Em 1965, terminou a 5a colocação:
Em 1966, o time sagra-se campeão do seu grupo…
Mas acaba abandonando a 2a etapa da competição e desistindo do profissionalismo.
Atualmente, a AA Caçapavense, centenária desde 2013 possui uma nova sede no Jardim Maria Cândida, voltada aos associados.
Antes de finalizar o post, vale falar um pouco mais da empresa Providro citada anteriormente.
A empresa tinha tamanha importância na cidade e envolvimento com seus funcionários que acabou dando origem a um time de futebol em 17 de agosto de 1964: o Clube Providro. Segundo o site Futebol Nacional existiram dois distintivos:
Em 1966, o Clube Providro se aventurou no futebol da Quarta Divisão.
Só achei uma foto no Facebook dizendo ser do time, mas já nos anos 70:
Acorde Mari, é cedo e frio nas ruas de Rotterdam, na Holanda, mas… É hora de conhecer mais um estádio de futebol, a casa do Sparta Rotterdam.
Hoje, vamos contar um pouco sobre nosso role até o “Sparta Stadion Het Kasteel” a casa do Sparta Rotterdam.
Pra chegar lá é muito fácil. Basta tomar o TRAM 21 e descer no ponto final. É exatamente em frente o Estádio, e mesmo sendo semana de natal… A loja do estádio estava aberta!
Mas, antes de dar uma olhada na loja, vamos dar uma volta e ver o estádio.
O Sparta é o time mais antigo da Holanda em atividade, foi fundado em 1888. É o rival do Feyenoord, com quem faz o dérbi de Rotterdam.
É engraçado como alguns times/estádios geram uma identificação imediata… Esse foi o caso com o Estádio do Sparta Rotterdam.
Mas, a chuva, o horário e a época do ano não ajudaram… O estádio estava fechado 🙁 . Uma pena.
Bom, deu pra fazer algumas fotos do lado de fora mesmo.
Dói o coração quando a gente gosta de um estádio, viaja alguns milhares de quilômetros e tem que ver ele desse ângulo…
Bom, sem estádio, vamos conhecer a loja do time! E pelos deuses do futebol… Quanta coisa legal!
Junto a tantos souvenirs, lembranças e uniformes, bastante memória do Sparta pendurada pelas paredes…
E quanta coisa tem na loja dos caras… Da camisa oficial…
Mas mais do que os produtos, me encantam as pessoas. E foi na loja do Sparta que conheci dois senhores: o “Art” e seu amigo, que não recordo o nome. Eles ficaram contentes em saber que antes de conhecer o estádio do Feyenoord eu preferi conhecer a casa e a história do Sparta.
Ficamos um bom tempo vendo fotos antigas e trocando histórias sobre nossos times. Experiência única.
Mas mais do que histórias, acabamos ganhando um presentão deles… Fomos enfim conhecer o lado de dentro do estádio!!!
É de ficar em choque!
Em suas arquibancadas, o Estádio Het Kasteel comporta quase 15 mil pessoas.
Mari disse que o dia estava “um pouco” frio.
A história do Sparta já teve dias de glória, sendo considerado uma das potências da Holanda até os anos 60. Porém, desde 66 segue um jejum de títulos, disputando atualmente a segunda divisão nacional neste belo estádio.
Boa parte das arquibancadas é coberta.
Enfim… Mais um sonho realizado por este andreense que se encanta pelo futebol mundo a fora…
Em 2009, o Santo André disputou a série A do Campeonato Brasileiro. Por coincidência, a equipe Easton Cowboys and Cowgirls esteve em turnê pelo Brasil para disputar uma série de amistosos. E assim, conseguimos levar os ingleses ao Estádio Bruno José Daniel para acompanhar Santo André x Flamengo.
O Easton é uma equipe de futebol (entre outros esportes) criada em 1992, em Bristol, Londres. O site deles é http://eastoncowboys.org.uk .
A viagem rumo a Berlin começou com um imprevisto… Graças a um atraso do avião que nos levou à Barcelona, perdemos nossa conexão para Berlin e tivemos que passar a noite na capital Catalã. E já que eu não visitei nenhum estádio desta vez, vou apresentar um que visitamos ano passado e até o momento não havia postado aqui, o Estádio Nou Sardenya.
É mais um estádio pra quebrar a ideia de que em Barcelona só existe o poderoso Barça, e seu rival Espanyol. Lembrando que já mostramos aqui o estádio e o time do Sant Andreu (veja aqui como foi).
O Estádio fica no bairro da Gracià na esquina da rua Sardenya com a Ronda del Guinardó.
Demos a sorte de poder acompanhar um treino dos caras!
O Club Esportivo Europa nasceu em 1907, e é um dos fundadores da Liga Espanhola de Futebol, tendo vencido a Copa da Espanha em 1923.
O legal é que o Estádio é no meio do bairro. Olha o que tem de prédio do lado…
O treino começa igual aqui… Vamos correr, rapaziada! Mas repara como as arquibancadas estão bacaninhas. É que embora o time seja antigo, o Estádio é dos anos 90 e nele cabem cerca de 7 mil torcedores.
Não sei se dá pra reparar, mas a grama é artificial! E dizem que está será uma tendência muito utilizada no Brasil.
Deve ser bacana ver jogo ali, atrás do goleiro rival…
Alguém ficou de castigo, tendo que treinar sozinho hehehehe
Mais um belo estádio visitado de perto, com muito respeito e orgulho.
Porém, Barcelona tem ainda um outro estádio, além dos 4 já mostrados aqui.
Trata-se do Estádio Olímpico Luís Companys, também conhecido como Estádio Olímpico de Montjuic, construído para a Exposição Internacional de Barcelona de 1929, e reconstruído em 1989 para os Jogos Olímpicos de Verão de 1992.
Vamos dar uma olhada:
Confesso que não me agradam os estádios que não atendem ao time (ou times) da cidade, parece-me que eles acabam sendo estádios sem alma… E depois que o Espanyol construiu seu estádio, este ficou apenas para a seleção.
Ainda que sejam muito bonitos e bem arranjados, sinto falta da energia que só o dia a dia de um clube pode oferecer.
O próprio nome já é “espinhento” para mim, já que Luís Companys Jover era um político da cidade.
O estádio tem capacidade para 56 000 torcedores.
O estilo é dos grandes. Arquibancadas espaçosas e distantes do campo.
Equipamentos de tecnologia de ponta, iluminação e cadeiras individuais.
E tem até um ar mais “artístico e cultural” que dificilmente encontramos em outros campos.
De Barcelona rumamos a Berlin, mas aí já é assunto para o próximo post…