55- Camisa do Palestra São Bernardo

A 55ª camisa de futebol do nosso blog é de um dos times mais antigos do ABC.
Foi um presente do amigo Renato Ramos, presidente da Fúria Andreense, e fã do futebol da nossa região.
Detalhe para as mangas compridas que deixam a camisa com uma cara ainda mais legal! Trata-se do Palestra São Bernardo, que representa a cidade de São Bernardo do Campo.
Se quiser ler mais sobre o time, vale a pena dar uma olhada no post que eu fiz sobre o jogo contra o Desportivo Brasil.

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São Bernardo é o “B”, do Grande ABC, berço das montadoras, do sindicalismo, do hardcore (daqueles que não se faz mais) e da minha educação (fiz ETE e Metodista).

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O Palestra Itália de São Bernardo foi fundado em 1° de setembro de 1935, por um atleta do rival Esporte Clube São Bernardo.

Distintivo do Palestra São BErnardo

Filho de italianos, Alfredo Sabatini mostrou o famoso “sangue quente italiano” ao fundar o time, após não ser escalado num amistoso contra um grande clube paulistano.

SABATINI

Óbvio que com este nome o  clube representou a grande colônia italiana da cidade,e assim como ocorreu com Cruzeiro, Coritiba e Palmeiras, na época da Segunda Guerra Mundial, foi obrigado a mudar sua denominação, retirando o “Itália” do nome, tornando-se o Palestra de São Bernardo. Seu maior rival é o Esporte Clube São Bernardo, considerado o time dos afortunados, enquanto o Palestra seria o clube de massa, cuja torcida era formada em sua maioria por funcionários das fábricas moveleiras, que formariam a famosa “rua dos móveis” (Rua Jurubatuba).

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Seu antigo Estádio era na Rua Marechal Deodoro, onde hoje localiza-se a Praça Lauro Gomes.

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Assim, o clube encontrou sua nova casa no bairro Ferrazópolis, onde nasceu o Instituto Palestra de Educação e Cultura (IPEC), o primeiro clube-escola do Brasil.

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Aqui, a cara da sede, no passado:

Em 1985, o historiador Ademir Médice (gente boa pra caramba, esse cara!), que escreve para o Diário do Grande ABC, publicou o livro Palestra de São Bernardo – Meio Século, como presente pelo seu Jubileu de Ouro.
Entre 1950 e 1951, o Palestra disputou a Segunda Divisão do Paulista.
Em janeiro de 1974, o time enfrentou o Santos de Pelé, perdendo por 4×0.
E em 1975, foi a vez do Corinthians, de Rivelino aportar no ABC para enfrentar o Palestra.
Iria demorar alguns anos até que em 1990, o Palmeiras viesse fazer o duelo dos “Palestra Itália”.
O clube ficou bom tempo em recesso e só voltou a jogar profissionalmente em 1986, na Terceira Divisão.
Depois, em 1992 voltou a fechar suas portas, só voltando a disputar o profissionalismo em 1997, quando foi vice-campeão da Série B1-b, a então 5a divisão do paulista. Em 2005, a diretoria do Palestra endoidou e tentou “remodelar” o clube, mudando suas cores, escudo, mascote e hino.
O time passaria a se chamar PSB (sigla para Palestra São Bernardo), e o verde seria substituído pelo vermelho.
Felizmente, em 2006 o time voltou a se chamar Palestra e em 2008 voltou às cores de origem, além de ter novamente seu escudo inicial.

palestra escudos

Da época “maluca”, fica o belo hino:

Um dos orgulhos dos torcedores é que o meia-lateral Zé Roberto (Seleção brasileira, futebol alemão, Portuguesa, Santos, entre outros) atuou nas categorias de base do time.

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Olha ele aí no time de 92:

Palestra de São Bernardo 1992

O time é também chamado de Alviverde batateiro. Seu mascote já foi um Periquito e agora, um cão São Bernardo.

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Atualmente, manda seus jogos no Estádio Baetão, com gramado sintético, e capacidade de 8.000 pessoas.

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Eu e a Mari jáfomos em vários jogos do time, nesta fase recente:

Palestra

Mas até pouco tempo, mandou seus jogos no Estádio Primeiro de Maio:

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O palco das greves e das mobilizações do ABc, nos anos 80…

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Esse é o time em 2009:

time

Atualmente disputa a fase final Segunda Divisão do Campeonato Paulista, com boas chances de chegar à série A3.
Mais informações, existe um blog feito por torcedores: http://semprepalestrasb.blogspot.com/ e um site (não sei se oficial): www.palestrasb.webs.com/ , ambos valem a pena!
E por fim, algumas imagensbancadas do Baetão:

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Futebol em Münster

Münster, cidade no estado federal de Renânia do Norte-Vestfália, considerada um centro cultural da região.
Além das várias Faculdades presentes no local, pudemos ver que há coelhos por todos os jardins (e acredite, é impossível pegá-los):

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Münster é também uma cidade vítima da 2a guerra, foi praticamente reconstruída, mas como era impossível refazê-la totalmente como era antes, foram levantadas fachadas idênticas aos prédios da época, como pode se ver abaixo: Além da arquitetura riquíssima, o lugar é cheio de histórias.

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Ah, e Münster é uma das últimas cidades da Europa a ter um guardião de torre: o trabalho dele é vigiar a cidade à noite.
Dizem que na época dos conflitos religiosos, três inimigos foram presosna torre da igreja da foto abaixo, e deixados ali para morrer as vistas da população.

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Outro detalhe é que o lugar consegue misturar cultura milenar com várias lojas modernas, oferecendo as últimas tendências de moda e tecnologia.

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A Universidade de Münster é a quarta maior e uma das mais antigas da Alemanha, e dá à cidade uma cara jovem já que boa parte da população consiste de estudantes. Possui também fantásticos cafés e soreveterias…

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Só pra ter uma idéia, o prédio abaixo tem quase 200 anos…

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Mas vamos ao que esse blog se propõe a mostrar. Futebol!
O time da cidade é o SC Preussen Münster1906, um dos membros fundadores da Bundesliga, mas que hoje disputa as divisões regionais intermediárias.
O distintivo traz um pássaro negro com a letra “P” em seu peito:

Distintivo do SC Preussen Münster 1906

O site do time é www.scpreussen-muenster.de

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O time usa uniformes verdes, conforme pode se ver na foto do time que disputou o equivalente a 4a divisão da Alemanha:

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Fomos até o estádio do time, e infelizmente não consegui adentrar pra ver o gramado e parte de dentro, mas eu e a Mari tiramos algumas fotos em frente a sede do clube:  

Munster - Alemanha

Nas bilheterias:

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E algumas do lado de fora (por cima do muro…):

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O estádio em dia de jogo:

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Do lado de fora, deu pra encontrar alguns adesivos da torcida local. Aliás, deu pra ver que os “Ultras” também estão presentes em Münster.

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E pra quem sabe, taí…

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Assim terminam os posts sobre essa viagem para Europa, que me custou muita grana e me endividou por alguns meses, mas que valeu cada centavo não só pelo lado boleiro, mas pela diversão, cultura e tudo que vivi por lá!

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48- Camisa do Olympique de Marseille

A 48ª Camisa de futebol é do Olympique de Marseille, clube de futebol que disputa a 1a divisão do futebol francês, representando a cidade de Marselha, uma das principais cidades do país.

marselha

A frase Droit au But, abaixo do escudo significa “Direto ao gol” e é frequentemente gritada pelos seus torcedores.

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O Olympique foi fundado em 1899, o que o torna um dos clubes mais velhos da França ainda em atividade.
Assim como muitos outros clubes de cidades portuárias, surgiu graças à chegada de estrangeiros vindos do mar, no caso deles, foram os ingleses que trouxeram o futebol em seus navios e implantaram o novo esporte no município.

A agremiação foi criada depois que dois times da cidade fecharam suas portas (Sportin Club of Marseilles e Football Club of Marseilles) oferecendo um novo espaço ao futebol e também ao rugby.
No início, ocupava-se apenas com a disputa de torneios regionais de menor importância, mas o “OM“, cresceu na década de 1920, quando venceu a Copa da França por 3 vezes (1924, 1926 e 1927), além de seu primeiro campeonato francês (1929), rompendo a hegemonia dos clubes parisienses.
Outro período de muitas vitórias foi o fim dos anos 60, início dos 70, quando venceu a Copa da França (1968/69,  1971/72 e 1975/76) e a Ligue 1 (1970/71 e 1971/72). Abaixo uma foto dos anos 70:

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Na temporada 1979/80 foi rebaixado, retornando apenas em 1984. A partir daí, o time voltou a pensar (e ser) grande. Em 1986 montou um timaço com nomes como Jean Pierre Papin, Didier Deschamp, Rudi Voller, Eric Cantona, entre outros. Assim, o Olympique de Marselha conquistou 4 títulos da Ligue 1 consecutivos entre 1988/89 e 1991/92. Na temporada 1990-91, o Olympique chegou a final da Liga dos Campeões da UEFA, mas foi derrotado pelo Estrela Vermelha, da Iugoslávia, nos pênaltis.

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Duas temporadas depois, o Olympique levantou a taça num jogo que venceu o Milan por 1 a 0.

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Acusações de corrupção financeira e participação de diretores num esquema de manipulação de resultados tiraram a tranquilidade do clube que acabou rebaixado à Ligue 2 para a temporada 1994-95. Por isso, também deixou de participar da final do Mundial Interclubes daquele ano, que foi disputada entre o vice-campeão europeu Milan e o campeão sul-americano, o São Paulo.
Só voltou a Ligue 1, 2 temporadas depois e desde então vem tentando recuperar seu prestígio. Chegou a final da Copa UEFA de 2003-04, depois de bater adversários como Internazionale, Liverpool e Newcastle, mas foi derrotado na final pelo Valencia da Espanha. Em 2005 venceu a Copa Intertoto, mas sua torcida já cobra há algunão voltou mais a conquistar um título de expressão.
Terminou a temporada 2007/08 da Ligue 1 na terceira colocação, classificando-se para a fase preliminar da Liga dos Campeões. De 1899 a 1937, o “OM” jogou no Stade de l’Huveaune.
Ele foi reformado no início dos anos 1920, graças à ajuda financeira dos torcedores e tinha capacidade para 15.000 torcedores.

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A partir de 1937 o clube passou a utilizar o estádio municipal Stade Vélodrome, com capacidade de 60.031 lugares, um dos maiores e mais belos estádios da França.

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O site do clube é http://www.om.net/

Para acabar, um pouco do sentimento das arquibancadas celestes do time:

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22: Camisa do América FC do RJ

Quem é apaixonado por futebol já deve ter se pego cantando “Hey de torcer, torcer, torcer, hey de torcer até morrer, morrer, morrer…”.
É o hino do América do RJ,  que foi imortalizado pela voz de Tim Maia, naquele “legendário” CD dos Hinos da Placar.
Não ouviu? Ouça aí:

Essa camisa quem me trouxe foi o Amauri, que trabalhava na Mãe Terra, na mesma época que eu.
Como ele era do comercial, vivia indo pro Rio pra cobrar venda dos representantes, e em uma dessas idas, pedi a camisa.

Falar do América é resgatar tradições, é relembrar velhas e boas histórias. Bom, mas antes de começar a lembrar o passado, vamos aos fatos oficiais. O site do time é www.america-rj.com.br.

Seu estádio é o Edson Passos (chamado também de Giulite Coutinho ou até de “Estádio do América”) e foi inaugurado em 2000 no jogo América 3 x 1 Seleção Carioca.  Sorato, do América, feito o primeiro gol no estádio.

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Tem capacidade para 16.000 torcedores.
Vale lembrar que no estado do Rio de Janeiro somente o América e o Vasco têm estádios próprios.

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O mascote oficial é a “Brasinha”, um diabo vermelho (devido às cores do clube).

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Fundado em 18 de setembro de 1904, o América logo tornou-se referência no futebol carioca e serviu de inspiração para a criação de muitos outros Américas, no Brasil e no exterior.
Teve o seu auge na conquista do Torneio dos Campeões de 1982, que contava com os maiores clubes do Brasil, na época. Conquistou também 7 Campeonatos Cariocas, 1 Taça Guanabara e 1 Taça Rio.

Campeões de 82
Campeões de 82

Seus primeiros uniformes tinhas as cores preto e o branco, somente substituídas em 1908 pela atual e tradicional camisa vermelha e calção branco, como homenagem à Associação Athletica Mackenzie College, de São Paulo, a quem o América havia enfrentado em jogo amistoso interestadual.

Primeiro uniforme

Uma das histórias folclóricas do clube conta que num jogo do Campeonato Carioca, o americano Belfort Duarte colocou a mão na bola dentro da área, mas o árbitro não viu e não assinalou nada. Pois o honesto atleta se acusou e o pênalti foi marcado, acabou virando nome de prêmio oferecido aos jogadores mais disciplinados, até porque ele nunca foi expulso em sua carreira.
Além disso, poucos sabem, mas em 1914 , o América foi um dos protagonistas da segunda partida com iluminação artificial no Brasil ao derrotar o Vila Isabel por 6 a 1.
Até 1986 disputou todas as edições do Campeonato Brasileiro na Série A e era então, segundo o Ranking da CBF daquela época, a 13ª equipe mais bem classificada na história do torneio.

Naquele ano, inclusive terminou o Campeonato Brasileiro em 3° lugar, levando 50.502 espectadores pagantes ao Maracanã na semifinal em que empatou de 1 a 1 contra o São Paulo FC.

Em 1987, o Clube dos 13 organizou a tão polêmica Copa União, e excluiu o América da disputa. Em protesto o time  recusou-se a disputar a 2ª Divisão. Começava o calvário do América.

13 anos depois, o clube parecia que iria se recuperar com a inauguração do Estádio e uma reestruturação financeira, fiscal e patrimonial. Chegou a disputar a Copa do Brasil em 2004 e 2005.

Em 2006 o clube foi a grande sensação do Campeonato Carioca: teve a melhor campanha nas fases classsificatórias, foi finalista da Taça Guanabara e também semifinalista da Taça Rio. Na final da Taça Guanabara, contra o Botafogo, estiveram presentes cerca de 45 mil espectadores, o maior público do torneio. Com a terceira colocação, garantiu presença na Copa do Brasil de 2007.

Sua boa fase foi confirmada na Taça Guanabara de 2007, sendo semifinalista novamente, vencendo os clássicos contra Vasco (2 a 1), Fluminense (2 a 0) e Botafogo (2 a 1).

Porém, quando preparava-se para, no Século XXI, retornar a sua trajetória de sucesso, veio 2008. Alguns culpam o técnico Ademir Fonseca, outros culpam as várias mudanças na comisão técnica. Seja lá de quem for a culpa, o América foi rebaixado pela primeira vez em sua história, em 5 de abril. Veja matéria sobre o rebaixamento:

Mas se em campo o time vai mal, nas arquibancadas (e nos computadores) sua torcida tem feito bastante coisa, confira alguns sites: http://americafootballclub.com/ http://garraamericarj.vilabol.uol.com.br/

Ah, quer participar da comunidade dos torcedores no orkut? www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=246138

Atualmente está bastante difícil encontrar a camisa do América para comprar… As pessoas tem escrito me perguntando onde acho por isso segue um link onde se pode achar: http://www.sofutebolbrasil.com/ch/cat_s/189/190/rio-de-janeiro-america.aspx

Pra terminar, a tradicional vivência de alguns momentos como torcedor do América via youtube:

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18- Camisa da seleção da Croácia

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A 18ª camisa da coleção é super especial pra mim é da Seleção da Croácia.

Antes de mais nada, vale lembrar que meu avô (Brunoslav Noznica, o “Peruca“, da Vila Alice) chegou ao Brasil como imigrante Iugoslavo, mas a cidade de onde vem sua família  (Antunovac) fica na atual Croácia, o que nos conecta de certa maneira ao país.

A Seleção de Futebol da Croácia surgiu em 1990, mas só em 1992 tornou-se membro da FIFA, depois de conseguir a independência da antiga Iugoslávia.
Se quiser conhecer o hino do país, clique ali-> aqui
Pra quem nunca entendeu a questão da separação Iuguslávia, sugiro um bom livro chamado “Gorazde – Área de Segurança”, é em quadrinhos, super fácil de ler, mesmo com um tema tão pesado:

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O nascimento do futebol na Croácia, segue mais ou menos a mesma cronologia do futebol brasileiro, nascendo no início do século XX.
Boa parte dos grandes jogadores Iugoslavos eram da região da Croácia, o que ajudou a seleção a subir rapidamente no ranking da FIFA e ganhar a admiração de torcedores no mundo todo, criando uma relação especial com o Brasil. Olha que legal essa faixa na torcida de 1974, em partida contra a seleção brasileira.

Jogaram as Copas de 1998 (onde foram 3º colocados, graças a força do elenco, que contava com Robert Prosinecki, Zvonimir Boban e Davor Suker, entre outros), 2002 e 2006 e seguem firme para a de 2010.

Time de 1998
Time de 1998

Recentemente, tivemos um brasileiro jogando por lá, o atacante Eduardo da Silva.

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Segundo um amigo que esteve na Áustria durante um jogo, o chamado “torcedor comum” da Croácia é boa gente, cervejeiro e divertido.
Olha a festa aí embaixo:

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O site da Confederação Croata de Futebol é http://www.hns-cff.hr/.
Adoro essa camisa, principalmente porque estampei meu nome (Noznica) atrás e muita gente me pergunta “É de alguém da sua família??”
E eu invento uma história sobre um primo distante que chegou à seleção anos atrás…. hehehehe

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12- Camisa do VOCEM (Assis)

A 12ª camisa é muito especial, pois é do VOCEM, sigla para Vila Operário Clube Esportivo Mariano, time de Assis, cidade de origem da minha família por parte de pai.

Quando escrevi esse post (em 2008), o clube estava licenciado do futebol de campo profissional, o que é muito triste pela tradição que esse brasão carrega.
Mas, em 2014, alguns apaixonados da cidade conseguiram trazer o VOCEM de volta ao futebol profissional.

Na verdade, esse brasão foi desenhado inicialmente assim:

O time foi fundado em 21 de julho de 1954, pelos padre Aloísio Bellini (1911-1996) da Vila Operário e por isso as cores do uniforme (branco e grená) representam o pão e vinho.

Meu pai chegou a ajudar na organização do time, já que a igreja da Vila Operária ficava em frente a casa da minha vó Luzia, já falecida. Aqui, uma foto emblemática do fim dos anos 70: o padre tenta me convencer a escolher o caminho do bem e largar as armas de brinquedo kkk.

Padre Aloizio

Conta meu pai que ele ia a todo lugar com sua scooter!

Em 1978, o VOCEM foi convidado pela Federação Paulista de Futebol Profissional para disputar o Campeonato Paulista da Terceira Divisão. Necessário reforçar que esse equivalia ao 5º nível do campeonato daquele ano. Esse foi o time daquele ano:

Neste ano, o VOCEM utilizou o campo da Ferroviária de Assis para seus treinamentos.

VOCEM 1978

E o time fez sua estreia conseguindo a classificação para a segunda fase, sendo líder do Grupo D.

Infelizmente, na fase seguinte o time não manteve a mesma eficácia.

Depois de 1978, o VOCEM jogou a Terceira Divisão de 1979 até 81. A partir de 1980, a Terceira Divisão passa a equivaler ao 2º nível do campeonato, como a atual A2 do Paulista. A partir de 1982, o mesmo 2º nível passou a se chamar “Segunda Divisão” e o VOCEM participou dela até 1989 e foram os os anos dourados do VOCEM. Algumas imagens dessa época:

Aqui, a Torcida Organizada “Esquadrão da Fé”, que acompanha atualmente o time:

Mas o VOCEM sempre teve o apoio de uma apaixonada torcida, como em 84, quando o time fez campanha inesquecível, na época com o apoio da TUVO (Torcida Uniformizada Vila Operário)!

Esses dias folheando o livro “Assis de A a Z”, do Marcos Barrero, li um belo texto contando a fatídica história daquele ano de 1984 quando o VOCEM chegou ao quadrangular final da divisão de acesso, mas acabou perdendo todos os jogos, sendo o último uma goleada de 7×1 para o Paulista de Jundiaí.

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O time fez uma bonita campanha na primeira fase…

Também brilhou na segunda fase:

Tendo vencido a série H, o VOCEM teve que enfrentar o CA Jalesense, vencedor da série G e classificando-se para a fase final, que teria final trágico para o time de Assis: 6 jogos e 6 derrotas, com muitos torcedores jurando até hoje que o time vendeu o resultado.

Em 85, o clube novamente se classifica para a segunda fase da Segunda Divisão

Mas cai na segunda fase.

Em 86, fez um campeonato abaixo da média e sequer se classificou para a segunda fase.

Em 1987, mais uma vez classifica-se para a segunda fase sendo líder do seu grupo.

Mas não consegue manter a boa sequência e acaba eliminado na segunda fase.

Em 1988 uma campanha mediana, sem conseguir classificar-se à segunda fase, mas em 89… O VOCEM acaba rebaixado para a Segunda Divisão (Terceiro nível do futebol paulista daquele ano).

O baque é tão grande que o time se licencia das competições profissionais e só retorna em 1992, na Segunda Divisão (terceiro nível do futebol paulista). onde permanece até 1994, quando a reorganização do campeonato leva o VOCEM para o 5º nível do futebol paulista, a série B1B.
O time terminar nas últimas posições e para mais uma vez.

O retorno se dá somente em 1999 novamente na série B1B. Em 2000 desiste da competição e acaba rebaixado para a série B3 – o 6º nível do futebol paulista de 2001. Em 2002, mais uma vez desiste da disputa no meio da competição e se licencia.

Dessa vez o hiato parece não ter fim e apenas em 2014 o VOCEM retorna ao profissionalismo, desta vez para jogar a Bezinha, o 4º nível do futebol paulista, onde permanece até 2022, quase sempre com campanhas irregulares. A exceção foi 2021, quando o time esteve a um passo do acesso, perdendo a semifinal (e o acesso para a série A3) para o time da Matonense.

O VOCEM mandava seus jogos no Estádio Marcelino de Souza.

Mas em 1992, foi inaugurado o Estádio Municipal Antonio Viana Silva, o Tonicão, e o VOCEM passou a mandar aí os seus jogos.

Curiosidade: meu avô de Assis tinha o apliedo de Tonico, e meu avô em Santo André, se chamava Bruno, e o estádio aqui é o Brunão. Abaixo uma foto feita em nossa última visita ao campo:

Se preferir, faça um vôo sobre o estádio:

Em 2010, ganhei de presente do primo Tilim, uma outra camisa do VOCEM, ainda mais bonita:

Nas visitas em outros anos acabei conseguindo mais estas duas:

E terminamos com essa curiosa imagem de um possível time feminino do VOCEM:

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