Quarta feira, 19 de julho de 2023. O tempo não para, até parece acelerado, e quando menos percebemos o futebol nos traz mais uma daquelas oportunidades de vivenciar momentos históricos: um dérbi, o mais tradicional do Grande ABC, válido pela Copa Paulista 2023!
Hora de levar as emoções a flor da pele, independente da fase, da competição ou mesmo do – esdrúxulo – horário. É um clássico e ambos os lados querem vencer de qualquer jeito!
A presença da torcida visitante faz a rivalidade aumentar ainda mais!
Uma pena que o futebol atual e todas as características e circunstâncias que o envolvem tenham diminuído o interesse e a presença do público em um embate tão sensacional como esse!
Mas a agitação está no ar!
Nossa turma de sempre, presente mais uma vez!
Sinta um pouco do jogo:
Em campo, um primeiro tempo corrido e muito disputado. Os jogadores, mesmo muito jovens, entenderam a importância deste jogo específico.
E as torcidas seguem tentando dominar as bancadas com seus cantos:
É sempre bom poder ver a presença de quem acompanha o clássico há tanto tempo… Desde os tempos de Santo André x SAAD…
Mas pra quem acha que a torcida não tem se renovado, ouve aí…
O EC Santo André abriu o placar para a alegria da torcida local! Aos 16 minutos do segundo tempo, gol de Alexiel, nosso atacante vindo da base.
Festa na nossa bancada!
Em campo, toda atenção era pouca…
Mas aos 23 minutos, o São Caetano chegou ao empate com um voleio de Matheus, após cobrança de escanteio… Festa para os visitantes!
O time do Santo André tentou, mas não teve forças para desempatar o jogo.
Sábado, 15 de julho de 2023. Depois de termos acompanhado o Ramalhão pela série D no Rio de Janeiro e em Minas Gerais é hora de ver o time no Espírito Santo, em um jogo decisivo contra o Vitória FC!!!
Quem disse que não ia dar pra misturar um pouco de praia e futebol no mesmo rolê?
Eu sou fã da cidade, das praias e do futebol de Vitória-ES! É um passeio divertido, cheio de oportunidades e até que barato, mesmo indo de avião.
O Estádio a ser registrado hoje é o Estádio Salvador Venâncio da Costa, o Ninho da Águia!
Aí os amigos Gabriel e Gabriela, figuras mais que carimbadas nos jogos do Santo André, hoje, o Gabriel é o torcedor 100% nas partidas (em casa e fora) do ano!
Foi bom poder rever o amigo Marcos lá do Espírito Santo (da cidade de Serra) que esteve aqui em Santo André conosco e agora recebe nossa visita!
Ingresso em mãos, vamos ao campo!
Como a entrada dos visitantes estava fechada, pudemos conhecer um pouco da torcida do Vitória FC que nos recebeu muito bem! Venha conosco dar um rolê pelo Estádio!
Vale reforçar que embora já tenhamos visitado Vitória por várias vezes, esta é a primeira vez que conseguimos assistir a uma partida na cidade e no estado do Espírito Santo.
E que bom que ainda existem momentos em que podemos andar no meio da torcida adversária sem ter nenhum tipo de problema.
Aliás, pra quem critica as torcidas organizadas, elas tiveram papel decisivo nesse clima amistoso no estádio! Aí, o pessoal da Torcida Sangue Azul que representou nas bancadas locais!
Foi bom ver que o futebol capixaba parece estar no mínimo se renovando, já que muita gente desmerece o próprio estado e ainda adota times de outros lugares.
Pode se dizer que o Estádio Salvador Costa, embora tenha uma capacidade limitada, atende muito bem ao torcedor. E nesse jogo decisivo, embora estivesse do lado visitante, pude ver uma verdadeira festa na bancada local!
O Estádio Salvador Venâncio da Costa é conhecido como o “Ninho da Águia” e fica no bairro de Bento Ferreira, próximo ao centro da cidade.
A capacidade atual é cerca de 3 mil torcedores, mas quando foi inaugurado, em 1967, tinha capacidade para 5 mil pessoas.
Essa série D é um programa muito legal pra quem gosta de conversar sobre futebol com torcedores que não vivenciam a mesma realidade local que estamos acostumados. Muita gente ainda lembra e comentou comigo da Copa do Brasil de 2004!
O nome do Estádio é uma homenagem ao presidente do clube, responsável pela construção do estádio. Antes dele, o Vitória FC jogava no Estádio Governador Bley, em Jucutuquara
Aqui, a arquibancada ainda estava um pouco vazia, pois a partida ainda não havia começado, mas é bacana pra você ter uma ideia do espaço:
A inauguração do Estádio Salvador Costa foi em 2 de abril de 1967, com o amistoso Vitória 0 x 1 Botafogo-RJ. E hoje, aí estamos nós fazendo parte dessa história!
Aos poucos forma chegando mais torcedores e foi se criando um clima de decisão, como era esperado (e até desejado) por todos que gostam do futebol!
Times perfilados e é hora do jogo começar!
Bom, falando um pouco do nosso lado da bancada, as torcidas organizadas do Santo André também se fizeram presente: Esquadrão, Fúria e Ramalhão Chopp!
Olha aí o goleiro Ramalhin, Junior Beliatto!
Aqui, o atacante Rodrigo Carioca, que tem feito boas atuações pelo Ramalhão.
O Santo André terminou o primeiro tempo em cima do time local, o que deu grande esperança à torcida visitante.
Mas no segundo tempo, a torcida local botou pressão no alambrado!
Do nosso lado, muitos nos perguntavam se realmente a gente veio de Santo André só pra ver o jogo hehehehe.
Ficamos bem próximos do nosso banco de reservas.
O Santo André abriu o placar e virou o primeiro tempo assim.
Mas o estádio estava empolgado e no segundo tempo, um gol de penalty colocou fogo no jogo!
A festa da torcida local não parou por aí… O Vitória fez 2, depois 3×1!!
Saudações ao amigo Doug e o lindo trabalho que está fazendo de recordação do passado das torcidas do Santo André via o .ACERVO 1967
Segura o cara!!!
Bacana ver que as torcidas organizadas de Santo André e Vitória se respeitaram bastante!
Até o pessoal da Pantera Cor de Raça (do Democratas-MG) apareceu por lá!
Ao término do jogo, os portões do campo foram abertos e deu pra caminhar pelo gramado e sentir de perto a emoção da série D.
Aproveitei pra tirar uma foto com o Ney Barreto, técnico do Vitória FC, um novo nome para o futebol!
Fica o abraço pra amigo Leidimar, torcedor do Vitória!!
Sábado, 8 de julho de 2023. O EC Santo André encontra-se extremamente pressionado após uma série de partidas sem vitória pela série D e pela copa Paulista. Hoje, o time precisava vencer de qualquer maneira. E venceu!
Teve até fila pra entrar… Mas foi só coincidência da galera chegar ao mesmo tempo, infelizmente o público não chegou a mil torcedores.
Pegue o seu ingresso e não tente entender o que motiva nossa torcida a seguir acreditando…
Times em campo. O Nova Iguaçu mostra porque é conhecido como a Laranja Mecânica: seu lindo uniforme!
Começa o jogo e a torcida do Ramalhão só pode apoiar e aguardar.
Bola rolando! Infelizmente a torcida visitante não compareceu, o que faz o jogo perder em brilho. Futebol sem torcida é menos legal…
O time do Santo André, diferente dos jogos anteriores, se coloca mais a frente e arrisca chutes de fora da área, um ponto bastante cobrado pelos torcedores em geral.
Dê um alô pro pessoal da TUDA!
Olha o bandeirão da Fúria subindo!!
E vem aí a nova geração de torcedores apaixonados pelo Ramalhão!
O jogo segue com maior domínio do Ramalhão, sem sofrer pressão do adversário como ocorreu nos jogos anteriores.
Aos 37 do primeiro tempo o atacante Alexiel abriu o placar para a festa dos donos da casa: EC Santo André 1×0!
Intervalo de jogo é hora de assistir o jogo lá do outro lado, próximo do pessoal da Esquadrão Andreense.
Aos 15 do segundo tempo, Rodrigo Carioca fechou o placar: EC Santo André 2×0!
Confira os gols:
Daí foi só deixar o tempo passar, segurando-se nos contra ataques. O Santo André não só voltou a vencer como aproximou-se ainda mais da sua vaga para o mata-mata da próxima fase.
Vale a pena curtir um “pós jogo” com os jogadores estando ali próximos da torcida!
Domingo, 2 de julho de 2023. Manhã de sol convidativo a sair de casa e se dirigir ao Estádio Municipal Pedro Benedetti, a casa do futebol profissional em Mauá, onde o time local enfrenta os visitantes de Assis!
Hora de pegar o ingresso. Na Bezinha esses são os preços em 2023:
E está quase tudo pronto… Ingressos na mão…
Bandeiras hasteadas…
Jogadores perfilados para o hino…
Ainda dá tempo para a foto dos times. Em campo, como visitante, o VOCEM, time que tem uma forte ligação com o blog por ter nascido literalmente em frente à casa dos meus avós e ter por várias vezes contado com meu pai, e meus tios no time.
E se envolve o VOCEM, o seo Osvaldo, meu pai, está presente pra apoiar o time que já defendeu como jogador e torcedor!
Do outro lado, o time local: Mauá Futebol Clube fundado em 23 de outubro de 2017 e que estreou na Segunda Divisão do Campeonato Paulista em 2018. Aliás estivemos presente em um jogo deles contra a AA Itararé, pra conhecer de perto o novo time do ABC (veja aqui como foi).
O Estádio Pedro Benedetti está em sua melhor fase dos últimos anos, e tem recebido os jogos dos dois times da cidade: o Mauá FC e o Grêmio Mauaense, lembrando que ambos se classificaram para esta segunda fase da Bezinha.
E começa o jogo!
O Mauá FC tentando se colocar como os donos da casa, propondo as jogadas e tentando dominar a bola no chão.
Como não tinha muita gente, dava pra ouvir os próprios jogadores gritando um com os outros para coordenar as melhores jogadas.
E se não teve muita quantidade, em qualidade o público estava nota 10! Aí está o Daniel, amigo que vive, pesquisa, registra e respira o futebol de Mauá (amador e profissional)! Já falamos dele aqui no blog quando contamos a história do futebol de Mauá (veja aqui como foi!).
Além do Daniel, estiveram ali ao nosso lado outras figuras do futebol, a começar pelo Tegi, presidente do Mauá FC, o seo Clóvis -nascido em Assis e que agora vive em Mauá-, além do Airton, um soteropolitano colecionador de camisas que estava ali conhecendo o Estádio, e o Fernando, do Grêmio Mauaense! Uma verdadeira seleção!
Pra quem não está acostumado, pode não fazer muito sentido acompanhar os jogos da 4ª divisão do Paulista, mas ao lado dessa galera saiu tanta história e tantas risadas que deixaram o jogo muito mais legal de assistir. E futebol é isso, pra mim, é mais que um jogo, é uma cultura mesmo que se constrói na arquibancada, principalmente.
Pra quem se acostumou um jogo de correria e chutão, Mauá FC e VOCEM fizeram um jogo diferente, bem jogado, com tentativas de ambos os lados de se chegar tocando até a meta adversária.
O Mauá FC abriu o placar em um escanteio que encontrou o atacante Gustavo sozinho na pequena área.
Festa na arquibancada local!!!
O jogo ficou ainda mais pegado com o time visitante arriscando chutes de fora da área e o Mauá FC buscando matar a partida no contra ataque…
Quando tudo parecia resolvido, o time de Assis empatou o jogo em uma batida de fora da área, para a alegria do Seo Osvaldo. O gol pode ter iniciado em uma jogada irregular, já que ficamos com a impressão que o jogador havia usado a mão para dominar a bola, antes de bater de primeira e marcar um golaço!
E nem mesmo a última chance já nos derradeiros segundos de jogo trouxe o gol da vitória para o Mauá FC…
Para o time de Mauá fica o apoio e carinho da sua torcida! E a nossa torcida para que, quem sabe, os dois se classifiquem e possam ao menos se manter no 4º nível do futebol paulista a partir de 2024.
Naquela viagem conseguimos viver um pouco do futebol local, começando pelo Estádio Emílio Ibrahim, onde a Mari encontrou a camisa do Guarany FC:
E também a sede do Marianense FC:
O tempo passou e voltamos a visitar a linda cidade de Mariana-MG:
Visitar Mariana significa voltar ao século XVIII e reviver uma época de grande poder da Igreja. Esta é a de São Pedro dos Clérigos, um importante templo católico barroco, cujas obras começaram em 1753, mas abandonadas em 1820 sem que as torres tivessem sido erguidas, só seriam finalizadas em 1922.
Além disso, toda a arquitetura do centro da cidade também ajuda a recordar uma época bem distante…
Além disso, o tradicional passeio de Maria Fumaça ajuda a ter uma experiência com a Estrada de Ferro que foi tão importante no escoamento das riqueza da região para Portugal. Pena que neste momento, a estação está passando por reformas…
Mas não se deixe enganar… Antes dos europeus e bandeirantes chegarem com suas cachaças mal feitas, como retratou Debret em uma se suas gravuras representada abaixo, esse era um território ocupados pelo povo Puri!
O grande charme futebolístico de Mariana é a luta de classes materializada no futebol: de um lado, a elite local representada pelo primeiro time da cidade: o Marianense Futebol Clube, do outro, criado para representar a camada mais popular da cidade: o Guarany Futebol Clube.
E ali mesmo no centro, mantém-se, não se sabe por quanto tempo ainda, a sede do Marianense FC.
O Marianense FC foi fundado em 17 de junho de 1912.
Olha como era o campo, láááá no início do século XX:
Veja uma imagem aérea feita nos últimos anos quando o campo recebeu um circo:
Aqui, uma imagem feita da parte alta que ajuda a ter noção de como era o lindo e tradicionalíssimo estádio do Marianense:
Aqui, o campo já em reformas para dar lugar a um supermercado…
Em 2012, a diretoria resolveu acabar com o departamento de futebol alegando que não tinha mais dinheiro para isso. Na sequência, o Marianense ainda viu seu campo de futebol, o “Estádio Augusto” vendido e transformado em supermercado.
Que presente para um estádio que recebeu tantas partidas por tantos anos… Imagine o que devem pensar os jogadores do time de 1960, retratados abaixo… Será que algum deles diria “Quanto mais concorrência, melhor”???
Veja o time de 1983 e como era grande a presença da torcida:
E aqui o de 2011, um dos últimos a disputar campeonatos locais:
O outro lado da história, a gente acabou conhecendo caminhando pela centro histórico, bem vindo à sede do Guarany FC!
Olha quanta coisa legal eles guardam na sede:
O Guarany FC foi fundado por um grupo de amigos, que usava a Praça Gomes Freire como campo de jogo.
Em 1926, um ano após a fundação do time, fizeram ata e conseguiram formar o clube do Guarany FC. E lá vamos nós conhecer o Estádio Emílio Ibrahim
Mantendo nosso registro em dia, esse é o gol do lado direito:
O meio campo:
E o gol do lado esquerdo:
Mais um estádio interessante, com um cenário inesquecível, com a montanha no horizonte…
E curta aí essa imagem do time do Guarany FC de 1969:
Vai um meião aí?
E ae? Será o fim do clássico local? O Guarany acabou vencendo? Ou teremos próximos capítulos nesta história? Só o tempo dirá…
Sábado, 24 de junho de 2023. 10ª rodada da série D do Campeonato Brasileiro. Em campo, duelo de paulistas e cariocas:
Assim, como a torcida do Santo André foi bem recebida na Ilha do Governador, os cariocas também o foram no ABC paulista.
Em campo, o EC Santo André enfrenta o líder do grupo e sabe que não terá uma missão fácil!
A torcida do Ramalhão mais uma vez diminuta… Menos de 1.000 torcedores se fazem presente, mas ao menos, quem veio, veio para apoiar!
A começar por nós!
Méritos aos amigos cariocas que enfrentaram a Dutra para acompanhar seu time do coração:
Começa o jogo e a Esquadrão dá início ao apoio!
Destaque também para o pessoal da Ramalhonautas, grupo dedicado à pesquisa e memória do EC Santo André!
Pra quem perguntou da TUDA, no post passado (já que por descuido meu, não teve foto dos caras) ta aí eles no jogo de sábado:
A Fúria mais uma vez, sempre, presente:
Abraços ao Gó e à Simone!
Viramos o primeiro tempo segurando o 0x0, com alternâncias entre bons e maus momentos. A Portuguesa teve menos domínio, mas quando chegou, foi mais perigosa! No segundo tempo, até criamos as condições para definir o jogo, mas não conseguimos concluir em gol, terminando o jogo em um honesto 0x0..
O Ramalhão foi a campo com: Belliato; Will Viana, Miguel Baggio, Huilherme Mattis e Vermudt; Ruan, Rafael Chorão (Felipe Pará) e Guilherme Borges; Alexiel (Flávio Torres), Vitinho (Gabriel Ferreira) e Rodrigo Carioca (Xandy). O técnico foi Leandro Niehues, já que Matheus estava cumprindo suspensão. Assista a entrevista pós jogo dele:
No próximo sábado, o Ramalhão aposta suas fichas contra o Resende lá, no Estádio do Trabalhador, no Rio de Janeiro.
Façamos uma breve pausa nos posts relacionados ao rolê que fizemos pelas cidades históricas de Minas (ainda que, na minha opinião, todas as cidades sejam históricas e que a história do território que hoje chamamos Brasil não tenha se iniciado em 1500) ….
Mas ainda falando de Minas Gerais, vamos dividir as fotos e vídeos da partida de sábado de 17 de junhode 2023, quando o EC Santo André perdeu por 1×0 para o Athletic Club de São João del Rei, em partida válida pelo returno da série D de 2023.
Seja bem vindo às arquibancadas do Estádio Bruno José Daniel, onde tentamos construir um ambiente de amizade e respeito!
O Carlão até fecha os olhos de emoção ao lembrar as emoções que já viveu nas arquibancadas e também no campo…
Olha ele aqui de olhos bem abertos enquanto dava entrevista com a camisa do, então, Santo André FC!
Se você quer curtir a partida apoiando 90 minutos, então cole com o bonde da Fúria Andreense!
E se a pegada das barras argentinas é o que te encanta, então pule com a Esquadrão Andreense!
Cansado do capitalismo e das injustiças sociais? Quer assistir a partida discutindo os problemas da atual conjuntura econômica? Então cola com esses “já não tão jovens” desajustados!
Recebemos informações de que estão sendo monitorados…
Empunhe ou amarre a sua bandeira e vamos ao jogo!
Aí estão os dois times em postura pré partida!
E como o Santo André foi a campo?
O jogo terminou 1×0 para os visitantes, mas esqueça o placar e siga com a gente!
Tiradentes é mais uma cidade que surgiu no que antes era território dos povos Puri. E eles acabaram de criar um baita centro de memória virtual (clique aqui e veja):
A cidade atual se origina por volta de 1702, quando é descoberto ouro na Serra de São José, dando origem a um arraial, elevado à vila em 1718, com o nome de São José (homenagem ao príncipe D. José, futuro rei de Portugal) e elevada à cidade em 1860.
No fim do século XIX, o Brasil promove uma releitura de sua história, e em busca de ídolos e mártires nacionais e acabam voltando suas atenções à terra de Joaquim José da Silva Xavier, o “Tiradentes”, e o nome da cidade acaba trocado para o do herói, recém valorizado. Assim, em 1889, “nasce” a cidade de “Tiradentes”.
Já no século XX, em 1938, o conjunto arquitetônico da cidade foi tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Estivemos no centro histórico da cidade e também no charmoso vilarejo de Vitoriano Veloso (outro personagem da Inconfidência mineira) que é muito mais conhecido por “Bichinho” (que alguns dizem ser apelido do inconfidente).
E ali no centro fica o Sobrado do Aimorés Futebol Clube, time que representa a cidade no cenário futebolístico.
O Aimorés FC foi fundado em 19 de janeiro de 1919, por esportistas da cidade.
Mas para chegar até lá, foi uma longa estrada, e para torná-la mais animada, entramos em Três Corações para conhecer a cidade onde nasceu o rei Pelé e que graças a isso, a cada dia tenta se aproximar mais do futebol.
Segundo o mapa de ocupação indígena “Native Land“, a região que viria se tornar Três Corações era ocupada por indígenas Puri que acabaram fugindo, expulsos ou mortos pelos europeus e bandeirantes que passaram a ver Minas Gerais como a possibilidade de fácil enriquecimento.
Em 1737, o ouvidor Cipriano José da Rocha informa que existem pontos de mineração na região do “Rio Verde”, levando pessoas, como o português Tomé Martins da Costa a buscar ouro ali. Em 1832 é instalada a freguesia dos Três Corações do Rio Verde, elevada à Vila em 1860. Em 1884, a Vila recebe a visita do Imperador D. Pedro II para a inauguração da polêmica estrada de ferro Minas & Rio, que ia até Cruzeiro-SP.
Três meses depois, em 23 de setembro de 1884, a Vila foi elevada à cidade, chamada apenas de “Três Corações” a partir de 7 de setembro de 1923. Em 23 de outubro de 1940 nasce aquele que seria o filho mais conhecido da cidade: Edson Arantes do Nascimento, o rei Pelé!
E nos anos seguintes, a cidade cresceu bastante e hoje vivem lá quase 80 mil pessoas.
O futebol na cidade também nasceu cedo: em 13 de setembro de 1913, era fundado o Atlético Clube Três Corações.
A cor vermelha e suas iniciais (na época “Atlético Futebol Clube“) eram uma homenagem ao América do Rio de Janeiro. Tempos depois, o nome do time passou a ser “Atlético Clube Três Corações“.
O time passa a jogar com adversários da região, como o da cidade vizinha de Varginha. A primeira partida, em 1914, foi marcada por muita confusão e pancadaria (o Atlético venceu por 2×0).
Em 1941, a Liga Esportiva Tricordiana (LET), conquista a Taça Guaraína, a mais importante competição do sul de Minas Gerais. Naquele time jogava Dondinho, pai do Pelé.
De 1941 até 1966, manteve-se no amadorismo, conquistando em 1960, o Torneio sul-mineiro.
Em 1966, inaugura a sua sede social e, no ano seguinte, em 1967 estreia no profissionalismo, ficando em 5º lugar em seu grupo, o da Zona Sul.
Em 1968, termina em 4º no seu grupo:
Assim como em 1969:
Em 1970, disputa o Campeonato Mineiro da Primeira Divisão e consegue manter-se aí por alguns anos.
Destaque para a campanha de 1972, quando termina na 4ª colocação!
Em 1974, o time vai mal e se licencia do profissionalismo até 1977 quando joga o Módulo II, terminando em 5º lugar. Em 1980, disputa a 1ª divisão (11º lugar entre 21 participantes). Sua próxima participação é em 1986, quando sagra-se Campeão Mineiro da Segunda Divisão,
O time virou até matéria na Revista Placar!
Em 1987, o time termina na penúltima colocação e volta à segunda divisão, onde fica até 1992 quando novamente é campeão desta divisão!
O time disputa mais duas edições da Primeira Divisão (1993 e 94). Em 95 disputa a segunda divisão e paralisa suas atividades até 1998, quando volta na Terceira Divisão. Mesmo indo mal, volta para a segunda divisão em 1999 onde fica até 2006, quando passa por uma fase tão ruim que decidem encerrar as atividades.
Mas, os diretores do time tiveram uma ideia: e se pudessem começar de novo? Sem dívidas nem problemas, nascia em 13 de agosto de 2007: o Clube Atlético Tricordiano, que seria a sequência do futebol na cidade!
Assim, o Clube Atlético Tricordiano herda as cores e a torcida do antigo Atlético e estreia no futebol profissional em outubro de 2008, na 2º Divisão, terminando a competição na 4ª colocação.
Em 2009, o CA Tricordiano conquista o acesso para o Módulo II do Campeonato Mineiro, ficando na 3º colocação, com a melhor média de público da competição, cerca de 1.800 torcedores por jogo sendo que na decisão mais de 6 mil pessoas foram ao Estádio Elias Arbex, na vitória por 2×0 contra a Unitri. Foto do incrível Jogos Perdidos:
Em 2010, o CA Tricordiano faz sua estreia no Módulo II, porém acabou punido com a perda de 4 pontos, terminando a competição na 5ª colocação (com os pontos perdidos, estaria em 2º).
Em 2011, o CA Tricordiano classificou-se para o quadrangular final, brigando pela vaga e perdendo o aceso à Primeira Divisão em casa contra o Ituiutaba. Em 2012, disputa o Módulo II e por pouco não vai parar na 2º divisão. Em 2013 tem um desempenho melhor, mas sem grande destaque. Em 2014 mais uma vez teve chances de subir para o modulo I, mas acabou batendo na trave.
Em 2016, estreia no Módulo I do Campeonato Mineiro, terminando em um honroso 7º lugar.
Infelizmente, em 2017, acabou rebaixado para o Módulo II do Campeonato Mineiro com uma campanha sem nenhuma vitória 🙁
Em 2018, uma campanha mediana no Módulo II e em 2019, uma série de problemas, entre eles a interdição do Estádio Elias Arbex, fizeram o time abandonar a disputa do Campeonato, e assim acabou rebaixado à Segunda Divisão, além de ser suspenso de competições oficiais por 2 anos. Assim termina a participação do Tricordiano no futebol mineiro, porém…
Os diretores novamente se perguntam… E se pudessem começar tudo de novo?
Assim, o Atlético Três Corações ressurge e volta a ocupar a posição de time da cidade, disputando a “Segunda Divisão” (nome dado ao terceiro nível do Campeonato), onde está até hoje.
E toda essa história teve como palco o Estádio Elias Arbex, que até pouco tempo atrás tinha essa cara:
A cara mudou pois, desde 2023, o Estádio homenageia em seu nome o rei Pelé:
Fomos até lá para registrar um pouco do Estádio, a começar pelo portão de entrada:
Fomos recebidos por dos responsáveis pelas categorias de base do Atlético.
E aí está a bilheteria do estádio:
Aqui, a lateral do Estádio:
Mas vamos dar uma olhada na parte interna para conhecer um pouco da realidade do futebol de Três Corações:
O Estádio é incrível! Tem uma linda estrutura. Olhando da arquibancada coberta, aqui pode se ver o meio campo:
O gol da esquerda:
E o gol da direita:
Olha a faixa da torcida:
Ah, outra alteração em homenagem ao rei Pelé foi a inserção das coroas nos corações de seu distintivo:
A arquibancada coberta é mesmo linda!
E lá vai o Atlético contar uma nova história na terra do rei…
No Estádio, encontrei essa linda homenagem feita em 1984:
Existe uma loja dentro do estádio, mas infelizmente estava fechada 🙁
Olha que charmoso é o estádio:
O gramado está muito bem cuidado e pelo que entendi, recebendo os jogos da base.
Enfim, mais uma história registrada e mais um estádio incrível visitado!
Que a torcida siga fazendo dele um dos espaços de convivência que misturam o povo da cidade, ricos ou pobres, pretos ou brancos….
E se o presente e o passado pudessem se encontrar em um impensável dérbi? E se o jogo fosse em um estádio que atualmente serve apenas o futebol amador, mas que ainda mantém viva a emoção de todo um bairro? Foi o que aconteceu em 2019, no Estádio do Grêmio Taboão: dois times que fizeram história no futebol profissional em períodos diferentes se enfrentaram em um amistoso pra lá de histórico! Quem nos conta essa história, com base em suas pesquisas é o Victor Nadal, torcedor do Tigre!
O Grêmio Taboão completou 50 anos de história em janeiro de 2019 e convidou o São Bernardo FC para um amistoso em seu campo, para comemorar essa data e se preparar para a estreia da especial da cidade, que seria em março, contra o Orquídeas.
Além da falta de calendário, pelo amistoso acontecer durante a A2, o Tigre estava em uma péssima temporada com 4 derrotas e 4 empates no campeonato e mandou a garotada do Sub20 para o jogo festivo. Conduzido pelo eterno árbitro Coca, figura carimbada na várzea de São Bernardo do Campo e em amistosos do Tigre, e que veio a falecer em julho desse mesmo ano, o jogo acabou com vitória aurinegra por 2 a 1, com gols de Sandrinho e Mangolim.
Ficha técnica: GRÊMIO TABOÃO 1×2 SÃO BERNARDO Competição: Amistoso Quinquagenário do Taboão Local: Campo do G. E. Taboão, São Bernardo do Campo (SP) Data: 24/02/2019 Árbitro: Cosme Aprigio de Araújo Público: Portões Abertos Renda: R$ 0,00 Gols: Grêmio Taboão: Lulu / São Bernardo: Sandrinho e Mangolim GRÊMIO TABOÃO*: Guilherme Marques (Lucas Pereira), Juninho, Ney, Danilo Odair, Caio Roberto, Elton Luis (Matheus Mendes), Douglas Paulino (Vagner Correia), Antonio Carlos, Cleverson (Leandro Ventura), Italo e Lulu. Técnico: Manta SÃO BERNARDO FC: Matheus Biguetti (Gabriel Souza), Matheus Mendes, Felipe Santana (Yan), João Ribeiro, Rodrigo Rodas (Luis Almeida), Billy, Jefferson Fernandes, Roberto Cruz, Guilherme Robinho, Mangolin (Botucatu) e Sandrinho. Técnico: Cléber Ferreira *O time do Taboão foi montado através de relatos de quem acompanhou e jogou a partida, não temos documento oficial com os envolvidos.