O futebol em Ribeirão Preto – Parte 1: O Estádio Palma Travassos

Aproveitamos o feriado da consciência negra (20 de novembro) de 2025 para refletir sobre o quanto o racismo ainda atrapalha uma vida de qualidade para todos em nosso país.
E, infelizmente, é fácil concluir que o racismo ainda é um grande problema social, e que por isso, não basta se dizer “não racista” é imprescindível que sejamos todos antirracistas em todos os ambientes que a gente vive: escola, trabalho, amigos e futebol.
Só pra reforçar o tema, vale assistir o vídeo do Eduardo Bueno que relembra quem foi e o que simboliza Zumbi dos Palmares e a data de 20 de novembro.

Também aproveitamos o feriado para pegar a estrada.
Fomos até Ribeirão Preto!

Devido à sua ascensão como grande centro produtor de café no final do século XIX, houve extensivo uso de mão de obra escravizada, e mesmo com a abolição, muitas lavouras da região ofereceram resistência ao fim da escravidão.
Encontrei alguns levantamentos quantitativos realizados por Luciana Suarez que destaca a população da cidade em 1874 como: 4.695 livres e 857 cativos. Dados de 1887 mostram que a população livre somava 9.041 e a escravizada 1.379.
Por isso, é importante entender a realidade dos dias de hoje com base nessa história recente, porque se você acha que isso é coisa do passado, leia esta notícia de 2022 sobre idosa que era mantida em condições análogas à escravidão.

Nosso principal objetivo na cidade era registrar o Estádio Palma Travassos, o único das 5 divisões do Estado de São Paulo de 2025 que a gente ainda não conhecia.

E, felizmente, deu tudo certo! Da bilheteria até a parte interna do Estádio, conseguimos passar uma boa tarde vivenciando o Palma Travassos!

Faltou apenas ver a loja “Garra do leão” e aproveitar algum desconto, mas como diz um grande economista, melhor do que um desconto é não gastar.

Gostaria de agradecer todo o pessoal do estádio e da assessoria de imprensa que possibilitaram a visita e nos deixaram super a vontade para registrar cada detalhe.

Na parte interna ainda, existe uma série de itens históricos, como esta camisa linda:

Aliás, já escrevemos sobre a camisa e história do Comercial, veja aqui.
Faltava mesmo o registro do Estádio e antes de adentrá-lo dei uma boa volta em seu entorno e muito interessante ver que existe uma vida própria ali com bares e restaurantes.

Voltando a falar sobre os objetos históricos dispostos ali internamente, vale citar os troféus, os quadros com os presidentes e fotos históricas, muito bonitas, como a do antigo estádio!

Mas,já era hora de, finalmente, entrarmos ao campo, vamos lá?

Como mostrei no vídeo, achei legal também esses painéis homenageando figuras importantes da história do Comercial FC.

É mesmo um estádio muito bonito, e sem dúvidas que estar ali em dia de jogo é uma experiência que ainda quero passar!

Olha que linda a parte coberta da arquibancada:

E aí está o distintivo gigante no próprio campo:

No dia da visita, estavam acontecendo melhorias no estádio e no campo, mas nada que atrapalhasse o nosso registro.

A arquibancada possui cadeiras um pouco diferentes das atuais tradicionais:

Uma honra estar em um estádio com tanta história e uma torcida tão apaixonada…

Olha o placar que bacana:

Aqui, um olhar no lado direito do campo:

O meio campo:

E o gol do lado esquerdo:

Enfim, foi muito emocionante poder caminhar ali pela parte de baixo, bem ao lado do gramado e imaginar quanta coisa já passou por aí.

Esses são os meus sonhos de criança… Estar em cada um dos estádios que povoaram minha imaginação ou mesmo o acompanhamento dos campeonatos nestes 48 anos de vida… Só tenho que agradecer a oportunidade…

E que o Comercial tenha um ano bacana em 2026.

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O futebol em Porto Ferreira (SP) em 2025

É… Tudo muda.
Tudo segue se transformando com o tempo.
Tem coisas tradicionais que deixam de existir e também coisas novas que nascem.
Em 2012, estivemos por Porto Ferreira para conhecer e registrar o Estádio Municipal da Vila Famosa (veja aqui como foi), também chamado de Vila Formosa.

Na época, o Estádio era a casa da Sociedade Esportiva Palmeirinha, um time que atuava na série B do Campeonato Paulista.

Cheguei a ver um jogo deles lá em Jaú, em 2013 (veja aqui como foi).

Em 2016, o time disputa seu último Campeonato Paulista pela série B, e no ano seguinte, voltamos a passar pelo estádio, para uma nova visita (veja aqui como foi).

Em 2023, chegou a notícia que o Estádio fora abandonado e estaria prestes a ser demolido.
Torcendo para ser apenas um boato, no feriado da consciência negra de 2025 passei por Porto Ferreira e, para a tristeza de todo apaixonado por futebol, confirmei a notícia…

Me pergunto se pra quem mora na cidade realmente fez sentido essa demolição para se ter um…. “nada” no lugar…
Ok, provavelmente algo será construído nos próximos meses ou anos, mas ainda assim, dói ver essa imagem, não?

A cidade é referência na produção e comércio de cerâmicas, e não é difícil pensar que algo nesse sentido pode tomar esse espaço, ou quem sabe um novo espaço para o esporte municipal?

E pensar que, assim como as cerâmicas, o time fez parte do dia-a-dia da cidade por tantos anos…

Olha que linda a foto do Marcier Martins quando goleiro do time (do acervo Marcier Martins):

É um time com muita história…

E com uma torcida bastante apaixonada!

No início da carreira, o goleiro Aranha teve uma passagem no gol do Palmeirinha!

E o que dizer de 1967, quando o time sagrou-se campeão da terceira divisão.

Muitos fizeram história com essa camisa…

Assim, com a demolição do Estádio e o fim do Palmeirinha, a cidade parecia fadada a não ter mais um time de futebol nas competições da Federação Paulista.
Mas, no dia 26 de abril de 2022, uma família da cidade decidiu criar o Porto Foot Ball Ltda, o primeiro clube-empresa de Porto Ferreira.

Se você quer saber um pouco mais sobre o time, batemos um papo com o presidente do clube, confira:

O time nasce com a missão de juntar a cidade, e por isso soma o preto e branco do antigo Porto Ferreira FC e o verde do Palmeirinha, além disso, passou a mandar seus jogos no tradicional Estádio Ferreirão

E é aqui que o futuro se une ao passado já que o Estádio Ferreirão foi a casa do Porto Ferreira FC, primeiro time da cidade a participar de competições da Federação Paulista, fundado em 1912.


Em 1916, seu primeiro campo (1 no mapa abaixo) deu lugar ao Jardim Público que é a atual praça Cornélio Procópio, obrigando-o a se mudar para onde hoje está o Hospital Dona Balbina (2 no mapa abaixo), de lá, mudou-se em 1923 para a área onde hoje está o clube social (3 no mapa abaixo) e permaneceu por lá até 1968, quando finalmente mudou para a atual área do Estádio (4 no mapa abaixo).

Em 1925, disputou dois amistosos com o Clube Atlético Paulistano, recém-chegado de excursão pela Europa, vencendo ambas (3×0 e 2×0).
Em 1926, o Clube Atlético Paulistano novamente visita Porto Ferreira e dessa vez apenas uma partida: um empate em 0x0.
Nesse mesmo ano, o Porto Ferreira FC filiou-se na Liga dos amadores de Futebol e segundo o livro “Os esquecidos”, estreia no Campeonato do Interior na Região C.

No ano seguinte disputa a Zona da Paulista:

Em 1952, foi Campeão amador do setor 9.

E se mostramos lá em cima um desfile com a bandeira do Palmeirinha, o Porto Ferreira FC também teve seu momento…

O alvinegro de Porto Ferreira foi o primeiro time a conquistar o coração da população…

E que demais esse uniforme, hein?

Dessa forma, fomos conhecer o Estádio Ferreirão, que teve sua inauguração oficial em 25 de julho de 1982, como indica a placa abaixo:

Então, venha conosco para um rolê por este verdadeiro elo entre o passado e o futuro!

Olha que bem estruturado é o estádio em se falando de arquibancada.
Temos estes degraus em torno da lateral de entrada e também atrás do gol esquerdo:

Sempre gosto de comparar com outros times que estão disputando a série B do Campeonato Paulista para pensar se um estádio teria condições de abrigar o futebol profissional novamente, e no caso do Ferreirão, acredito que com algumas poucas melhorias teríamos condições de ver o Porto Foot Ball alçando voos mais altos!

Além das atuais arquibancadas, existe espaço do outro lado do campo para eventuais novas estruturas, como se vê nesta foto do meio campo!

Ali ao lado direito, também temos parte da arquibancada quase até o gol.

Aqui, o já supra citado gol do lado esquerdo.

Uma pena só ter o registro do time que este ano foi finalista da Série B do Campeonato Paulista Sub 20 no Estádio de Paulínia.

Ainda estamos devendo acompanhar um jogo por aqui… Era pra gente ter vindo na final, vencida pelo Paulinense, mas ano que vem teremos o time na Série A do sub 20 e quem sabe podemos enfim registrar um jogo.

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O União dos Operários Futebol Clube

Com tantos roles pelo interior, as vezes sinto que registro pouco o futebol da capital, que, sem dúvida, tem uma história única no futebol brasileiro.
Assim, aproveitei um deslocamento pela cidade para registrar o Estádio e um pouco da centenária história do União dos Operários FC.

O União dos Operários FC foi inaugurado em 1º de maio de 1917, uma data cheia de significados para a cidade de São Paulo.
Pra entender o “caldo cultural” da sua fundação, precisamos voltar ao fim do século XIX, quando São Paulo passa a se industrializar e a receber milhares de operários vindos especialmente da Itália, Espanha e Portugal.
A foto abaixo registra a hospedaria dos imigrantes da época e onde funciona atualmente o Museu da Imigração / Memorial do Imigrante:

Muitos deles trouxeram consigo uma formação anarquista, com influência de pensadores como Bakunin, Kropotkin e Malatesta, que defendiam conceitos como a autogestão dos trabalhadores, ação direta (greves, boicotes, ocupações) como forma legítima de luta e a solidariedade de classe, sem depender de partidos políticos ou do Estado.

Tradicionalmente, no feriado de 1º de maio, sindicatos e associações operárias organizavam atos e comícios em São Paulo para reivindicar melhores condições de trabalho. Com a Primeira Guerra, houve um o aumento do custo de vida e do número de pessoas passando fome pelas periferias da capital, fazendo com que a manifestação de 1º de maio de 1917 não fosse apenas uma comemoração, mas um verdadeiro ato político, organizado em boa parte pelos sindicatos libertários e pelos grupos autônomos de trabalhadores. Foto do site do PCB:

Como sempre, o Estado reagiu e a forte repressão policial assassinou o operário Antonio Martinez.
Com isso, as reivindicações se transformaram em uma greve geral autogerida, levando mais de 50 mil pessoas às ruas da cidade.
Comitês de bairro, cozinhas coletivas e decisões tomadas em assembleias abertas tornaram-se parte do cotidiano da cidade.

Embora a greve tenha sido duramente reprimida, ela deixou marcas profundas, consolidando o 1º de maio como dia de luta, reforçando a presença do anarquismo no imaginário político brasileiro mostrando que era possível organizar trabalhadores sem partidos ou líderes hierárquicos.
Com a chegada do governo de Getúlio Vargas, e uma série de ações populistas, como a legislação sindical corporativa, o anarquismo perdeu espaço institucional.
Mas, o próprio União dos Operários fica como legado até os dias atuais.

A sede do clube e seu estádio ficam localizados no Belenzinho, próximo da Ponte de Vila Maria e nasceu idealizado por operários da região.

Com tanta história, dá até emoção de pisar em um campo que há mais de 100 anos está dedicado não só ao futebol como ao futebol operariado, oferecendo abertura aos trabalhadores que muitas vezes não tem essa oportunidade.

Além do campo, existe uma estrutura dedicada a outros esportes e ao social no clube, como se pode ver ali atrás do gol da direita:

Sua arquibancada de madeira é simples, mas muito charmosa. Me pergunto se algo dessa estrutura ainda é original…

Ao fundo do gol da esquerda, um estacionamento, item importante nos dias de hoje:

E aqui, o meio campo, com algumas belas árvores ao fundo.

Minha dúvida, ao ver o mapa de 1958, é que aparentemente não havia campo ali, mas haviam outros campos ali pra baixo:

Veja o mapa atual e perceba ue apenas o campo da Camisa 12 segue ali abaixo do Estádio do União dos Operários FC.

Um pouco do que rolou na mídia relacionado ao time, começando lá em fevereiro de 1921 quando o time se limitava aos amistosos e à várzea (detalhe importante é que o adversário AA Estrela de Ouro já disputava os campeonatos da FPD daquele ano):

Agora pra falar de sequência do time, vou usar como base as informações do livro “Esquecidos”, o velho testamento do futebol paulista.

No livro, entendi que após a fase de amistosos e disputas não oficiais, em 1927, o União dos Operários Futebol Clube passou a disputar a Série Principal da Segunda Divisão da LAF, vencendo 2 jogos (2×1 frente o CA Brasil, 2×1 no Húngaro Paulistano) e empatando em 2×2 frente o CA Tiradentes, antes de abandonar o campeonato se transferir para a APEA.

Assim, no ano seguinte, em 1928, passou a disputar a Divisão Municipal da APEA (acima dela estava a Divisão Especial, a 1ª e a 2ª divisão).

Em 1929, passa a disputar a Segunda Divisão da APEA:

Em 1930, teve uma boa participação na segunda divisão da APEA, terminando na 5ª colocação:

Em 1931, o União dos Operários foi vice campeão da segunda divisão da APEA!

Com a boa colocação, no ano seguinte em 1932, o União foi disputar a primeira divisão da APEA, que equivalia ao segundo nível do futebol paulista, não se confunda…
Ainda existia a Divisão Especial, onde o Palestra Itália sagrava-se campeão.

Campeonato de 1933:

O Campeonato de 1934 marca a despedida do União dos Operários dos campeonatos organizados pelas diferentes Federações.

Mas, fuçando um pouco pelos jornais, encontrei alguns registros de aventuras do time como aqui, em 1955, fazendo o jogo de abertura de um Portuguesa x Palmeiras:

Em 1957, o Palmeiras participou da celebração do aniversário do time:

Enfim… O mundo mudou, o time mudou, mas seu distintivo segue vivo no campo em que estivemos, que talvez nem seja o mesmo do seu início…
Mas a história dos operários segue viva no esporte!

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Semifinal do Campeonato Paulista sub17 e futebol amador em Cosmópolis

No fim de semana de 8 e 9 de novembro, estivemos por Cosmópolis e a cidade estava respirando futebol!
No sábado pela manhã, o Cosmopolitano Sports (agora de distintivo novo, como se vê abaixo) emprestou o Estádio Telmo de Almeida para que o Guarani disputasse a partida de ida das semifinais do Campeonato Paulista sub17.

Dê uma olhada em como estava bacana o clima no Estádio Thelmo de Almeida, mesmo em uma manhã chuvosa…

Cosmópolis tem respirado futebol de um jeito especial. A cidade carrega uma relação histórica com o esporte, por meio dos seus 2 times (Cosmopolitano e a Funilense) parece voltar a se acostumar a conviver com partidas decisivas.

O Estádio está praticamente pronto para receber a copinha de 2026!

Em campo, os visitantes não deram muita bola pro campo, nem o adversário e venceram a partida por 2×1!

Aqui, o gol da esquerda:

Gol da direita:

Meio campo:

O Guarani levou perigo tentando empatar…

Vista da arquibancada visitante:

Torcida do Guarani saiu meio brava com o resultado, mas o Bugre chegou até a semifinal revertendo fora de casa placares adversos, então… A esperança sobrevive!

A estrutura do Thelmo de Almeida impressiona pela organização e cuidado. Arquibancadas limpas e gramado bem tratado.
A cada reforma, o espaço reafirma seu papel como casa do futebol cosmopolense e símbolo de resistência esportiva no interior paulista.
Não a toa teremos copinha aqui em 2026…

Mudando de campo e de organização, seja bem vindo ao campo do Mancha Futebol e Samba, onde duas partidas das quartas de final do campeonato amador de Cosmópolis acosnteciam!

Se no sábado a manhã foi chuvosa no Estádio Thelmo de Almeida, o domingo brindou a torcida com forte sol!

Em campo o JBI FC fez 4×0 no EC Laranjeiras.

Esses torneios amadores revelam o verdadeiro coração do futebol: paixão sem contrato, rivalidade sem violência e muito amor pela camisa.
É nesse ambiente que surgem os novos talentos e onde o torcedor se sente parte da história, celebrando o jogo como um ato coletivo de alegria.
E esse time, alguém aí conhecia?

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224- Camisa da Seleção de Malta

E hoje chegamos à 224ª camisa do acervo com uma estreia ilustre: a seleção nacional de Malta!

A camisa foi presente do amigo Rafa, que por tantos anos morou por lá e agora está de volta ao Brasil, muito obrigado!!!
Malta é um país pequeno, uma ilha com visuais inacreditáveis…
Veja onde fica, no mapa abaixo, ali no meio do mar Mediterrâneo:

O país possui uma história futebolística que vale a lembrança.
A seleção maltesa estreou nos gramados internacionais em 1957, em um jogo contra a Áustria, e só dois anos depois filiou-se oficialmente à FIFA.

Sabe quem esteve no país em 1975? Pelé!

Na época, ele estava viajando como embaixador do futebol em nome da Pepsi e ele chegou a comandar uma sessão de treinos, no Empire Stadium, em Gzira, um campo que, devido à escassez de água na região, não era de grama, mas sim de areia e cascalho, o que resultava em frequentes lesões.

A visita de Pelé a Malta deixou um legado que perdura até hoje e que fortaleceu os laços entre a população maltesa e o futebol brasileiro.
Malta nunca disputou uma copa do mundo, mas tem sido presença constante nas eliminatórias.

Esse ano segue na disputa das eliminatórias levando sua torcida à loucura a cada mínima conquista como o empate frente a Lituania.

Assim, embora um país importante e muito bonito, é uma seleção “azarona”, cuja camisa acabou se transformando em símbolo de resistência, paixão e orgulho de uma torcida que acredita em dias melhores, mesmo contra os gigantes da bola.
Lembrando que esse orgulho nacional tem representatividade histórica já que o arquipélago passou boa parte da sua história sob o domínio dos outros povos.

Destaco duas coisas na camisa: a cor vermelha, que dá sentido ao apelido da seleção “Os Vermelhos” e a Cruz de Malta, essa cruz de oito pontas, baseada em desenhos das Cruzadas, que simboliza a ordem de São João, a Ordem dos Cavaleiros Hospitalários, e a própria ilha de Malta.

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A camisa da seleção de Malta representa um pedaço da história de um país pequeno, mas cheio de paixão e representa o amor pelo futebol que resiste, mesmo sem títulos ou glórias, mas com orgulho e identidade.

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São Bernardo FC 1×0 Caxias

Penúltima rodada do quadrangular da série C

Domingo, 6 de outubro de 2025.
Dia de acompanhar mais uma partida válida pela série C do Campeonato Brasileiro, dessa vez aqui pelo ABC mesmo: São Bernardo FC x SER Caxias do Sul, e vamos ficar com a torcida visitante!

Bandeiras e faixas misturam o grená e o azul ao tradicional amarelo e preto do Estádio Primeiro de Maio, em São Bernardo.

E as cores da bandeira gaúcha também estavam na bancada!

No lado local, a Febre Amarela e a Guerreiros do Tigre eram as responsáveis pela festa!

Times entrando em campo, é hora do cerimonial de início do jogo…

E lá vem o time do Caxias saudar sua torcida!

A Torcida Falange Grená chegou para animar ainda mais a bancada dos visitantes:

O jogo começa e as emoções estão a flor da pele…
É quase uma decisão antecipada!

Não a toa a torcida do Caxias procurou apoiar o time desde o início!

E por 90 minutos, São Bernardo se transformou em uma parte da serra gaúcha. Só faltou o vinho e o chimarrão…

Mas também teve a presença dos amigos do time de Caxias

A torcida local se fez ouvir e, como se a cidade toda estivesse de mãos dadas, a torcida empurrou o time do São Bernardo

Consequência… Aos 37’ do 1º tempo, Dudu Miraíma marca o gol do São Bernardo FC:

Festa na arquibancada…

E no campo…

Tava uma noite com clima de decisão no Primeiro de Maio!

Como temos feito nesses jogos junto dos torcedores de outros estados, aproveitamos para ouvir um pouco da torcida do Caxias:

Começa o 2º tempo e o Caxias tenta equilibrar o jogo.

O pessoal do sul se empolga no apoio. O Caxias precisa do empate!

E o time gaúcho até cria as chances pro empate:

A torcida se empolga…

Será que o gol virá no escanteio?

A torcida local se esforça pra não deixar o Caxias crescer no jogo…

E a torcida do Caxias fica ainda mais apreensiva…

O tigre do ABC segue usando as laterais para chegar ao ataque.

Escanteio para o São Bernardo:

O tempo é curto… E passa rápido para quem está perdendo…

E mesmo com tanta pressão, o placar não se altera.
Vitória dos donos da casa por 1×0, para a alegria do Victor Nadal, do Héctor e do pessoal da Febre Amarela.
À torcida do Caxias resta acreditar e torcer por uma combinação de resultados que ainda pode dar a vaga à série B ao Caxias.
Do outro lado, o São Bernardo celebrou um resultado fundamental diante de sua torcida, que fez do Primeiro de Maio um verdadeiro caldeirão.
Mais uma noite respirando e vivendo o futebol brasileiro que une sotaques, cores e histórias em torno de um mesmo amor: o futebol.

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A final da 2ª divisão da Liga de Santo André

Domingo, 7 de setembro de 2025.
Seja bem vindo à final da 2ª divisão da Liga de Santo André, em campo: La Máfia FC e EC Unidos da Vila.

E que linda festa na arquibancada… Começamos olhando a arquibancada do EC Unidos da Vila.

Olha como as minas realmente têm participado ativamente das bancadas no futebol amador:

E que tal essas bandeirinhas pra dar um visual ainda mais legal à arquibancada?

Bateria, faixas e o distintivo do time mostram a força da torcida do EC Unidos da Vila!

Ah, e a pirotecnia está liberada!

Olha aí o time do EC União da Vila posando em frente sua torcida!

O time saiu perdendo e se liga como foi o momento do gol de empate do EC União da Vila:

E agora, vamos ver como estava o pessoal que jogou de “local”, a torcida do La Máfia FC:

O time confirmou seu favoritismo e venceu a partida por 2×1.

Olha aí a faixa da Loucos da Máfia:

A quadrilha mafiosa também se fez presente com bandeiras e faixas:

Momento do gol do La Máfia:

Pessoal da Fúria Andreense, do EC Santo André, se fez presente:

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Especial As Mil Camisas no Piauí – parte 9: o futebol em Campo Maior

Este é o último post sobre o mágico rolê que fizemos em julho de 2025 pelo Piauí.
Até o momento descrevemos o rolê em 8 posts:
1) O Estádio Albertão,
2) O Estádio Lindolfo Monteiro,
3) O CT do River AC e a Loja do Clube Atlético Piauiense,
4) O Estádio Felipão, onde nasceu a AA Altos,
5) O Estádio Ytacoatiara, em Piripiri, a casa do 4 de Julho EC,
6) O Estádio Municipal Doca Ribeiro e o Parque Nacional Sete Cidades em Piracuruca,
7) O Estádio Municipal Manoel Freitas Soares, o Duduzão, em Luís Correia.
8) O Estádio Petrônio Portela e o Estádio Municipal Pedro Alelaf, em Parnaíba.
Fizemos um vídeo para cada um desses posts, tipo esse:

Agora, com um misto de missão cumprida e até de certa tristeza por ser o post final, falaremos sobre o futebol de Campo Maior.

Assim que chegamos à cidade, ficamos encantados pelo açude e pelo lindo cenário ao fundo!

Do outro lado do açude está Yemanjá.

A cidade de Campo Maior foi palco da Batalha do Jenipapo, importante confronto pela Independência do Brasil e também é reconhecida como a “capital da carne de sol” no Piauí.
Ao chegar na cidade, é possível avistar carnes estendidas para secagem e diversos estabelecimentos especializados na sua produção

Mas a cidade também tem uma grande tradição quando falamos de futebol.
Isso porque além de diversos times amadores, Campo Maior possui dois times no profissional.
O primeiro deles, o Comercial Atlético Clube, fundado em 21 de abril de 1945.

Seu mascote é o bode!

A partir de 1950, o Comercial AC passa a disputar as competições profissionais do Piauí. No campeonato estadual, o grande destaque é para o título de campeão de 2010.

No ano seguinte, o time quase conquista o bicampeonato, após vencer o primeiro turno do Campeonato e perder a final para o vencedor do segundo turno, o 4 de Julho de Piripiri.

O time ainda possui dois títulos da série B estadual, em 2004 e 2022.

Em 2011, faz sua estreia em competições nacionais ao disputar a Copa do Brasil (logo contra o Palmeiras) e a Série D.
Em 2023, o time foi muito citado por ter apostado no treinador iraniano Koosha Delshad, mas que comandou a equipe em apenas um jogo, contra o River, onde após ser goleado sofreu ofensas xenófobas, sendo chamado de “terrorista”.

Em 2025, ano da nossa visita, o time disputa a série B do Campeonato Piauiense.

E na tabela acima pode se ver que o Campeonato também contará com a participação do outro time da cidade, o Caiçara Esporte Clube, fundado em 20 de janeiro de 1954.


O chamado “Leão da Terra dos Carnaubais” nasceu do bom momento da cidade de Campo Maior nos anos 50, principalmente por conta do comércio da cera de carnaúba via a Casa Morais, que possui muitos trabalhadores vindos da Casa Inglesa e que tinham conexão com o Comercial Atlético Clube.
Logo, essas pessoas decidiram fundar um novo time de futebol para a cidade: o Caiçara Esporte Clube.

Por muito tempo, a Casa Morais bancava o time quase como uma “pré SAF” no século passado, e ainda tem gente que acha que o futebol piauiense é atrasado.

O time é o campeão da segunda divisão de 1963, foto do site Zéduarte futebol antigo:

Além disso, por 2 vezes, o time terminou o Campeonato Piauiense da primeira divisão com o vice campeonato: em 1990 e 1995 e um vice da segunda divisão em 2007.

E ambos estes times mandam seus jogos no histórico Estádio Deusdeth Melo:

Assim, aproveitamos esse rolê para conhecer e registrar a casa do futebol em Campo Maior, que homenageia o homem que levou o futebol no início do século XX para Campo Maior.

O Estádio Deusdeth de Melo foi construído em 1947 e desde então é um ponto importante de concentração para a população local. Mas, ano após ano passa por problemas na hora de retornar às disputas oficiais.
Desta vez, não foi muito diferente.
Quando estivemos lá, o mato havia tomado conta do que outrora foi o campo…

A parte menos prejudicada é a arquibancada. O bom e velho cimentão pintado só precisa de uma leve capinada pra ficar novinho em folha.

Mas, olhando para o gol, me pergunto se realmente dá pra se recuperar o campo na velocidade necessária para o início do Campeonato Piauiense da segunda divisão…

Do ponto de vista estrutural, está tudo ali… O banco de resevas…

Até um mini gerador alimentado por energia solar…

A arquibancada do outro lado é muito bonita e conta com duas cabines ou camarotes uma em cada extremo.

Ao fundo a cidade ainda demonstra um aspecto pouco urbano…

Espero que a casa dos dois times de Campo Maior na segundona do Piauiense esteja em dia na hora da estreia…

Como nas demais partes desse rolê, fizemos um vídeo editando um pouco do todo que foi o rolê pela cidade e pelo estádio, confira como ficou:

E assim, terminamos os posts sobre o nosso inesquecível rolê pelo Piauí, como sempre, agradecendo a cada uma das pessoas que fizeram essa tour possível e que de um jeito ou de outro acabou participando dessa vivência mágica.
Obrigado Piauí, e obrigado piauienses.
Esperamos um dia poder voltar!

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Especial As Mil Camisas no Piauí – parte 6: o Estádio Municipal Doca Ribeiro em Piracuruca

Em julho de 2025 viajamos até o Piauí e foi incrível.
Começamos o rolê pela capital Teresina, onde visitamos o Estádio Albertão, o Estádio Lindolfo Monteiro, o CT do River AC e a Loja do Clube Atlético Piauiense.
Na sequência, fomos até Altos, ver o Estádio Felipão, onde nasceu a AA Altos, e passamos por Piripiri pra ver a casa do time 4 de Julho EC, onde fizemos até esse vídeo :

Antes de falar da cidade de Piracuruca, é importante mostrar um pouco do que é o Parque Nacional Sete Cidades, que tem parte dele em seu território e é uma das coisas mais legais desse país.

O lugar é lindo, cheio de surpresas e um verdadeiro museu a céu aberto.

As formações rochosas são um espetáculo natural…

Mas o parque, com toda a estrutura que foi criada para tornar possível o passeio vai além…

A vegetação deixa o ambiente com uma sensação gostosa…

O ponto alto na minha opinião são as pinturas rupestres, datadas em até 11 mil anos!!!

Os historiadores e especialistas que analisaram as pinturas, dizem que elas representam cenas da vida cotidiana, momentos de pesca, de caça, a coleta de frutos, além de apresentar animais, plantas e até figuras míticas.

O parque é considerado um dos maiores e mais importantes complexos de arte rupestre do mundo

Diversos répteis como o Calangos aí, nos acompanharam pela trilha.

Falando sobre a cidade, demos a sorte de dormir uma única noite por lá e ser exatamente na data da festa da padroeira local.

Aproveitamos a festa a noite e de manhã fomos dar um rolê pra conhecer essa ponte ferroviária muito comentada na cidade.

Falando sobre futebol, fomos registrar o Estádio Municipal Doca Ribeiro!

Pelo que consegui apurar, o Estádio Municipal Doca Ribeiro é utilizado principalmente para receber jogos de futebol amador e seleções municipais, como nos torneios da Taça Norte de Futebol Amador e o Campeonato Piracuruquense.

O Estádio Municipal Doca Ribeiro é um espaço esportivo simples, mas cheio de significado para Piracuruca e sua comunidade.

Com arquibancadas modestas e um gramado que já recebeu muitas histórias, ele é o ponto de encontro para quem ama o futebol local.

É lá que as seleções municipais e equipes amadoras se reúnem para disputar campeonatos e amistosos, sempre embalados pelo calor humano da torcida.

A estrutura do estádio, embora modesta, cumpre bem o papel de abrigar competições regionais onde o clima é de festa com as famílias ocupando as arquibancadas, vendedores circulam com seus carrinhos e a paixão pelo futebol se misturando ao sentimento de pertencimento à cidade.

O Doca Ribeiro acaba se tornando um espaço de convivência social.
Os jogos, eventos comunitários, reunindo moradores de diferentes bairros e até cidades vizinhas.

É nesse espírito que o estádio se mantém vivo, resistindo ao tempo e às dificuldades, como símbolo da ligação entre esporte e identidade local.

Visitar o Estádio Municipal Doca Ribeiro é vivenciar o futebol em sua essência mais pura.

Um patrimônio que merece ser preservado e valorizado!

Aqui, o tradicional registro do meio campo:

Gol da esquerda:

Gol da direita:

Enfim, missão cumprida em Piracuruca!

Fizemos um vídeo especial sobre esse rolê, veja:

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Especial As Mil Camisas no Piauí – parte 3: o CT do River e a loja do Atlético Piauiense, em Teresina

Em julho de 2025 tivemos a oportunidade de viajar até o Piauí e foi incrível.
Começando pela capital Teresina, que já foi tema da primeira e segunda parte destes posts (veja aqui a primeira parte sobre o Estádio Albertão e aqui a segunda parte sobre o Estádio Lindolfo Monteiro).
Agora é a vez de dividirmos duas últimas experiência boleiras na capital piauiense, começando pela nossa visita ao CT Afrânio Nunes!

O Centro de Treinamento Afrânio Nunes é a casa do River Atlético Clube.

O espaço fica em uma região um pouco mais distante do centro da cidade, mas super de boa de chegar.

O clube aproveitou para criar uma sala de troféu bem bacana, afinal são muitas conquistas!

O CT possui também essa quadra dedicada ao futsal.

Outro equipamento importante é a sala de imprensa que tem boa capacidade para receber a imprensa local.

O pessoal que estava por lá trabalha com muito afinco e carinho pelo clube e pelo espaço. Agradeço a boa recepção de todos com quem conversamos.

A grande estrela do CT é mesmo o campo de jogo, ou no caso, de treino.

Olhando do lado da chegada ao CT, esse é o gol da direita:

Esse o gol da esquerda, ali atrás estão os equipamentos como piscina, quadra e etc.

E aqui o meio campo (aquele gol ali é um gol “móvel” não é o gol oficial).

E existe até uma arquibancada ali na lateral do campo.

O gramado está super bem cuidado e está todo cercado para que a bola não vá parar muito longe.

Enfim, uma pena não ter conseguido ver um jogo, nem sequer um treino, mas ainda assim fiquei contente de participar um pouco do dia a dia do River.

O segundo rolê deste post foi nossa visita à loja do CA Piauiense.

O Clube Atlético Piauiense, também chamado de CAP ou Atlético Piauiense foi fundado em 14 de novembro de 2019 mas se profissionalizou apenas em 2024, quando sagrou-se vice campeão da segunda divisão do Campeonato Piauiense, conquistando o acesso para a primeira divisão.
E o time tem conquistado vários corações na cidade, muito graças à sua boa organização. Prova disso é sua loja em uma região importante da cidade: a Av Raul Lopes.

E olha que linda a camisa do Atlético…

Os caras também tem um perfil no Instagram (clique aqui e veja).

Fizemos um vídeo resumindo esse rolê boleiro por Teresina, confira:

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