Santo André 1×0 Naviraiense (Copa do Brasil 2011)

23 de fevereiro de 2011.
Dia de mais uma experiência marcante com o futebol.
Fomos assistir ao jogo de volta do Santo André contra a equipe Sul-Matogrossensse do Naviraiense, pela Copa do Brasil 2011.

Mais uma oportunidade para rever os companheiros de bancada do Ramalhão, mas principalmente para conhecer um time e sua fanática torcida, que viajou mais de 16 horas de ônibus para ver a partida.

O jogo em si até que foi divertido. O Santo André soube se impor e fez 1×0 de penalty, ainda no primeiro tempo.

Dali pra frente foi um jogo “amarrado”, só se soltando mais com a expulsão do lateral Valmir, do Ramalhão.

Eu observei tudo com meus “olhos sangrentos” que ganhei graças a um surto de conjuntivite que atinge o ABC:

Além dos visitante e do próprio jogo, também fiquei ligado na reestréia de Sandro Gaúcho, como técnico do Ramalhão.

Voltando a falar do jogo, destaque para a estreia do Argentino “Mário Jara”, que entrou no meio campo, no segundo tempo.

E voltando para as arquibancadas, lá estavam os “quase normais” de sempre…

Grande namorada e companheira de bancadas também presente…

As torcidas deram um belo exemplo mostrando que futebol é cultura e que chances como essa devem ser aproveitadas não para brigar, mas para se conhecer mais gente apaixonada por futebol…

Em campo, os times não estavam assim, tão de boa…

O resultado de 1×0 eliminou a equipe do Naviraiense, mas nem por isso frustrou seus torcedores que acreditavam no time. Isso é futebol!

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O Estádio Dr. Hudson Buck Ferreira e o futebol em Matão

Nesse último rolê boleiro que fizemos no feriado, aproveitei para matar a saudade de um estádio que muito me fez chorar.
Trata-se do Estádio Dr. Hudson Buck Ferreira, o campo onde a Matonense manda seus jogos.

O Estádio tem capacidade para 15 mil pessoas e marcou a minha vida no ano de 1997 quando a Matonense acabou no mesmo grupo final da série A2 que o Santo André.
Ah, eles subiram, a gente não.

Confesso que demorou anos até eu perder a birra com o time, mas é óbvio que o respeito pelo futebol sempre fala mais alto e assim que tive a oportunidade fui fotografar o belo estádio, pertinho da entrada da cidade de Matão.

Fiz até um vídeo registrando nossa presença por lá!

Infelizmente, a Matonense anda em má fase e disputando as divisões de acesso do Paulista, uma pena para um estádio tão bonito.

Como reação, o time tem investido firme nas categorias de base, esperando em breve formar um time capaz de levar o nome da cidade à primeira divisão novamente.

E assim, como no final da década de 90, encher as arquibancadas do seu estádio…

Aliás, são várias as arquibancadas do estádio, como fica percebido nas fotos.

 E tem espaço para quem como eu gosta de assistir aos jogos de perto…

Agradeço ao amigo, zelador do estádio que me acompanhou na visita!

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São Vicente 1×1 Inter de Bebedouro

Ainda em pleno feriadão, depois de um rolê pelas cachoeiras da Serra da Mantiqueira, fomos até a baixada para acompanhar a sequência da Série B do Paulistão.
Antes do jogo, um breve rolê passando por 2 estádios de Santos, o Ulrico Mursa:

E a Vila Belmiro, cada dia mais bonita e com mais cara de cancha argentina. Destaque para a bela loja e para o museu que existe junto do estádio!

Mas o rolê do dia era na cidade vizinha, a primeira cidade oficializada pelos portugueses no Brasil: São Vicente!

O jogo, no Estádio Mansueto Pierotti, era contra a Inter de Bebedouro e depois de tantos dias de seca, a chuva que caia pela manhã ameaçava estragar a festa e espantar os convidados…

Para a nossa surpresa, além do grande número de carros parados próximos ao Estádio Mansueto Pierotti, havia até fila para a entrada!
E a chuva começava a apertar…

Para quem acha que a gente não paga, taí mais R$10 gastos em ingressos!
É a nossa parte para a manutenção do futebol!

Eu ainda não conhecia o Estádio Mansueto Pierotti, reinaugurado em 2002:

Chegamos a tempo de ver os times entrar em campo e cantar o hino nacional, uma obrigação que me incomoda.
Pra mim, deveria se cantar o hino da cidade.

 E lá estávamos nós, mais uma vez…

Esperávamos a chuva dar uma trégua, embaixo da marquise do Estádio, nos lamentando pela chegada da frente fria justo naquele momento…

Dentro do próprio Estádio Mansueto Pierotti estão os troféus do time, expostos aos torcedores.

O gramado estava um pouco sofrido, nem parecia que estávamos em uma época de seca.
Mas, como já disse outras vezes, infelizmente as divisões de acesso não tem ajuda alguma para conseguir manter o bom estado dos campos, o negócio é jogar!

O pior é que naquele momento, a chuva que caía prejudicava ainda mais a grama…

Mas falando em chuva, ela não espantou ninguém, só fez com que aparecessem dezenas de guarda chuvas dando um aspecto único às arquibancadas do Estádio Mansueto Pierotti.

E o time do São Vicente nem de guarda chuva precisou.
Entrou quente no jogo, exigindo atenção da defesa adversária atenção redobrada.

Mas nem com toda a atenção e esforço a zaga da Inter conseguiu impedir o primeiro gol do time local.
Após um bate e rebate, Marquinhos fez o gol do São Vicente e foi pra galera!
Festa nas arquibancadas do Estádio Mansueto Pierotti!!!

Festa dos guarda-chuvas também!!!

Lá do outro lado, um pequeno grupo vermelho se fez triste.
Fui lá conferir se realmente eram torcedores do Inter.

A rapaziada compareceu em São Vicente enfrentando a distância e a chuva e ainda se deram bem…
O time da Inter de Bebedouro empatou o jogo ainda no primeiro tempo…

O gol desanimou o time do São Vicente, que não conseguiu marcar o segundo gol.

Pra complicar o time do litoral a chuva acabou prejudicando o campo e atrapalhando a criação de novas jogadas.

A torcida incentivou o time o quanto deu, mas sentiu o peso do empate…

A rapaziada da Fúria Alvinegra também tentou empolgar o time, mas o time não reagiu…

E foi assim que o bom público assistiu o empate entre os dois times, por 1×1.

Muita gente reclamou do juiz, que teria “amarrado” o jogo…

De nada adiantaram os conselhos dos torcedores que ficam atrás do gol (tão legal quanto à Javari!).

Sem dúvida, foi um ótimo programa, mesmo tendo molhado as únicas blusas de frio que tínhamos levado…

Empatar em casa nunca é bom, principalmente nessa fase, sendo assim, o time do interior saiu bastante satisfeito com o ponto ganho e vai com moral pro jogo de quarta feira contra o Primavera, em Bebedouro.

A torcida do São Vicente fica na expectativa do time aprontar alguma contra o Velo Clube, lá em Rio Claro, num jogo duríssimo!

O Estádio Mansueto ficará no aguardo para a partida final do primeiro turno, contra o Primavera, com suas bandeiras e principalmente, com sua gente

Gente que usa orgulhosa a camisa do time, lembrando a importância da cidade para o nosso país.

Agradecemos aos amigos que conhecemos no jogo e esperamos rever a galera em breve!

Dali, ainda passamos pela tradicional “Ponte Pênsil”, até chegarmos ao nosso último destino…

A cidade de Itanhaém, nossa casa!

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86- Camisa do Americano F.C.

Camisa do Americano

A 86ª Camisa da coleção vem da cidade de Campos dos Goytacazes, maior cidade do interior do Rio de Janeiro, com mais de 430 mil habitantes.

O time dono da camisa é o Americano Futebol Clube, fundado em 1 de junho de 1914, numa reunião na joalheria dos irmãos Suppa.
O primeiro nome do time deveria ser América Football Club, sugestão de Belfort Duarte, que tinha a mania de fundar novos Américas por onde ia, entretanto quando foi embora os irmãos uruguaios “Bertoni”, renomearam o time e assim nascia o Americano F.C. .

Logo de cara o time superou as dificuldades e em 1915 conquistou o Campeonato Campista, contra os tradicionais Rio Branco, Goytacaz, Aliança e o Luso-Brasileiro.

Em 1922, o Americano teve dois jogadores convocados para a Seleção Brasileira: Soda e Mario Seixas.
Ainda em 1922, disputou uma partida amistosa contra a forte seleção do Uruguai, placar: Americano 3×0 Uruguai.
De 1967 a 75, somou nove títulos seguidos.
Em 1975, tornou-se o primeiro clube do interior do novo Estado do Rio de Janeiro a participar do Campeonato Brasileiro.
No ano seguinte disputou seu primeiro Campeonato Carioca, pouco antes da fusão entre os dois Estados brasileiros (Rio de Janeiro e Guanabara).
Na década de 80 fez várias excursões pelo exterior.
Em 1987, representou o Estado do Rio de Janeiro no Campeonato de Seleções Estaduais, sagrando-se campeão, contra a Seleção de São Paulo que possuía cinco jogadores da Seleção Brasileira.
Atuou 7 vezes na Série A, 18 na Série B e 5 na Série C.
Em 1986, foi vice-campeão da Série B, em 1987, foi campeão do Módulo Azul 1987 (equivalentes à Série B).
É o único clube, fora os quatro considerados grandes do Rio de Janeiro, que nunca disputou o Campeonato Carioca da Segunda Divisão.

Foi também a primeira equipe do interior a vencer a Taça Guanabara e a Taça Rio. Nos anos 2000 se especializou em atrapalhar a vida dos grandes do Rio, como mostra a matéria da Globo:

É incrível como é difícil achar fotos do time, no máximo as mais recentes, como essa do time de 2007:

E essa que a wikipedia disponibiliza, que é de 2008:

Em 2009, eliminou nos pênaltis, o Botafogo, em confronto válido pela segunda fase da Copa do Brasil de 2009. Em 2010, escapou do rebaixamento nas últimas rodadas da degola pelo campeonato carioca.
O Americano manda seus jogos no Estádio Godofredo Cruz, com capacidade para 25 mil espectadores. É o segundo maior estádio do interior do estado do Rio de Janeiro.

O estádio foi fundado em 1954 e até hoje é a casa do time. O recorde de público foi de 22.853 pagantes pelo brasileiro de 83, num jogo contra o Flamengo, que acabou em 2×2.
Em 19 de fevereiro de 2014 foi iniciada sua demolição, em troca, a Imbeg, empresa de Campos especializada em construções civis, custeou a edificação do novo centro de treinamento do clube e de um estádio que até 2024 não havia sido inaugurado.

O mascote do time é o “Mancha Negra“:

O time possui muitas torcidas, das quais destacam-se a Império e a Garra Alvinegra.

Seu maior rival é o outro time da cidade, o Goytacaz, com quem faz o clássico Goyta-Cano.

O clube também mantinha grande rivalidade contra o Campos e o Rio Branco, contra quem fazia o chamado “Clássico do Barulho”.

O Americano segue lutando contra seus adversários e contra o futebol moderno que insiste em fechar os times de cidades do interior.

Sendo assim, merece o respeito até mesmo de seus maiores rivais. Para maiores informações, o site oficial do time é www.americanofc.com.br

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Respeite seus adversários em campo, o verdadeiro inimigo fica atrás de uma mesa…

Santo André vence a final!

Domingo, dia sagrado do futebol.
2 de maio de 2010.
Eu ainda não acredito… Mas estamos na final do Campeonato Paulista, e com chances de ser campeão…

Acima de tudo, começamos a aventura de domingo felizes! Eu, a Mari, El Pibe e todos os já tradicionais amigos de arquibancada. Nem nos preocupamos ao saber que haveria menos ônibus do que o esperado.

Os poucos, mas lotados ônibus seguiam com famílias, amigos e gente que se uniou nesta vida em nome de uma cidade, representada pelo time do Ramalhão!

O dia se fez de azul como que torcendo pela vitória do time do ABC!

E, rapidamente chegamos ao Pacaembu! Foi maravilhoso ver tanta gente de azul e branco chegando junto ao mesmo tempo no estádio!

E juntos, fomos cantando até o portão 22, a entrada para o show final!

Além dos ônibus, muita gente veio de carro e ficou aguardando pra entrar junto, assim, acredito que conseguimos levar cerca de 2.500 torcedores para o estádio!

Gente que se misturava fazendo uma onda azul inundar o setor visitante do Pacaembu, com corações transbordando de orgulho!

Veja como foi a nossa chegada:

A cada passo, um amigo, um sorriso, um grito de confiança. A cada passo, mais próximos do jogo final…

Mas se o clima entre nós era de pura amizade, a PM nos fez lembrar que infelizmente, o futebol ainda está mais próximo da guerra do que da paz… 

E quando menos percebemos, já estávamoo dentro do Pacaembu, prontos pro último jogo do Campeonato!

Colorimos de azul e branco o lado laranja, visitante, e colorimos com sonhos, nossas mentes, enquanto aguardávamos o início da partida!

Lá estavam os apaixonados pelo Ramalhão! Esquerdinha e Maradona mandavam recado relembrando que se o Santos é o peixe, o Santo André é o pescador!

A Torcida Jovem do Santos também fez sua bela festa, com enormes tirantes…

Aliás, fazendo justiça, a torcida do Santos como um todo fez um grande espetáculo!

Mas o Ovídeo e a velha guarda Ramalhina não deixou nosso ânimo se abater!
É … Santo André!!!!

O Bill conseguiu quebrar a máquina justo no dia da final, então fica ele registrado aí:

Nossa festa é simples, mas de coração, balões levam pro céu nossos pedidos…

O frio na espinha aumenta, os jogadores estão pra entrar no  campo…

O hino nacional foi tocado por uma orquestra.
Achei legal a presença da orquestra, mas reitero que o hino ainda me incomoda nos estádios… Infelizmente ele ainda me traz na mente a ditadura de 64…

Jão dá um último olhar para a torcida adversária…

E que torcida…

O jogo nem bem começa e… um ataque congela nossos olhos…

Inacreditável… Menos de um minuto e o Santo André fez 1×0…
Com lágrimas nos olhos, sinto que a taça está mais próxima de nossas mãos…

Entretanto…  Minutos depois, silêncio nas bancadas Ramalhinas… É o empate santista…

Eu nunca tinha visto um time com tanta gana de vencer…
O Santo André praticamente ignorou o gol, foi pra cima, e mandou 2×1!!

Por vários minutos sonhei com tudo o que poderia escrever com a conquista do título.
Queria jogar na cara da imprensa toda a mediocridade de cada jornalista que em momento algum nos colocou no páreo como finalista.
Mas o futebol é traiçoeiro…
E o ataque santista não perdoa nem liga pros sonhos de um andreense rebelde… Santos 2×2 Santo André…

Antes do desânimo ameaçar, duas expulsões: Nunes (Santo André) e Léo (Santos).
Algum tempo depois, mais um jogador foi expulso, desta vez Marquinhos (Santos) deixou a torcida com um sorriso no rosto…
Principalmente  porque aos 40 minutos, o Ramalhão fez 3×2 e o primeiro tempo terminou com um gol de vantagem e nosso time com um jogador a mais.
Cenário melhor, impossível!

O 2º tempo começa e o Ramalhão é todo ataque!
O time joga bem, e a torcida se emocionou com a iminência do título…

Mas o futebol não se importa com a lógica. O segundo tempo praticamente vôou.
Quando percebemos já passava dos 40 minutos do segundo tempo, e mesmo com 2 homens a mais (Roberto Brum fora expulso minutos antes).
Mesmo com muito ataque e com “erros” improváveis da arbitragem…
O título se fora…
Ficou o aplauso do torcedor Ramalhino…

O reconhecimento a um time que soube humildemente chegar onde chegou escondia a dor da perda do título…

Fiquei triste como há muito não ficava.
Nem quando fomos rebaixados me permiti sofrer assim…
Alheio à nossa dor, time e torcida do Santos comemoraram o 18º título estadual do Santos.

O Santos foi o melhor time durante todo o campeonato, e se a regra fosse a dos pontos corridos, nenhuma reclamação faria sentido.
Entretanto, a regra da final ser em dois jogos, deixou a campanha do Santos como mero critério de desempate.
Assim sendo o gol incorretamente anulado acabou com todo um campeonato que seria histórico e inesqeucível para um time, uma torcida e uma cidade.
A bandeira Maria Elisa torna-se persona non grata eternamente em nossa cidade…

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Itapirense se garante na A3 com emoção ao máximo!

Itapira, 11 de abril de 2010.
Conforme prometido, fomos até Itapira acompanhar o último jogo da Sociedade Esportiva Itapirense pela série A3-2010.

Chegamos fácil no Estádio (fica bem perto da entrada da cidade), e os carros estacionados na rua mostravam que teríamos um bom público no jogo.

Também… Prometia ser um belo jogo!
A Itapirense enfrentava o Taubaté e precisava de uma vitória para escapar do rebaixamento para a terrível e temível série B do Campeonato Paulista.
O jogo seria no Estádio Municipal Coronel Francisco Vieira,

A torcida local aparentava estar chateada com a má campanha do clube neste ano, e pegou no pé dos jogadores da casa o tempo todo.

A raiva atingiu o limite quando o Burro da Central abriu o placar, num contra ataque, após uma sequência de bons lances mal aproveitados pelo ataque da Esportiva.

Mesmo assim, em meio às reclamações e cobranças, a torcida seguia apoiando e ajudando o time a pressionar o Taubaté!

É interessante como a torcida se identifica com o jogador Joel, zagueiro e capitão do time.

O Estádio já é de bom porte (cabem quase 5 mil pessoas), mas mesmo assim, já iniciou-se a construção de uma nova arquibancada atrás do gol.

O símbolo do time, e as cores vermelho e branco estão espalhados por todo o Estádio.

Ah, mais uma vez, enfrentamos um belo calor (jogo às 10hs tem disso…), e o jeito foi experimentar os sorvetes de Itapira!

O clima do estádio era muito bom, mesmo com a derrota. Como eu sempre digo, o futebol tem coisas muito mais importantes do que o resultado.
É uma sensação única poder ver a cidade reunida em torno de um mesmo fato!

Muita gente que acompanha o time há bastante tempo estava lá pra ver o “Coelho” manter-se na A3.

Falando em Coelho, o pessoal da “Kueio Loko” também compareceu em peso e animou a festa!

Veio o intervalo e fomos conhecer o pessoal da diretoria e da imprensa do clube. Acabamos batendo um bom papo com o Humberto Butti (do excelente site www.esporteitapirense.com.br ) e até com o prefeito, que é sobrinho do Belini, o capitão da seleção de 1958, que enchia os olhos com sua garra em em campo!

Assim, o tempo passou rápido e quando vimos o segundo tempo já havia começado, e ali estavam os últimos 45 minutos do jogo, para a Itapirense marcar 2 gols, virar o jogo e manter-se na A3.
E não é que logo de cara a Esportiva mandou 1×0 pra cima do Taubaté, colocando fogo no jogo!!!

E quando tudo parecia caminhar para um final feliz para a torcida de Itapira, o Taubaté mostrou porque ainda sonhava em ocupar a 8a vaga do G8. Gol do Taubaté… 1×1.
A tristeza caiu como chuva na cabeça das pessoas que minutos antes tinham certeza na virada. Muitos se levantaram e começaram a deixar o Estádio, menosprezando qualquer reação do time da casa.
A equipe 10 de esporte da 91,1 FM não podia acreditar.

O jogo ficou triste, sem graça, teve até cachorro entrando em campo, a torcida ficara quieta, como se aguardasse o passar do tempo para assumir a sentença proferida… A queda para a série B…

Foi quando poucos acreditavam, que o milagre começou… O pessoal do Kueio Loko, já tava quase dentro de campo, ali no alambrado e demorou até acreditar…
Era penalty para a Itapirense
O goleiro foi expulso, um jogador da linha foi para o gol do Taubaté
E gol da Itapirense!

Eu e a Mari já registrávamos nossa presença em mais um estádio do interior paulista quando o improvável aconteceu…
Nem lembrei de fotografar o que vivíamos… Não dava pra acreditar…
Joel… aos 48 do segundo tempo, Joel, o herói da torcida fez o gol de desempate…

Gente chorando, gritando, pulando no alambrado…
Foi o grande momento do ano.
Nos despedimos com alegria pela festa da torcida local.
Nos vemos pelos estádios….

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Dia triste em Guarulhos…

Domingo de manhã é momento de futebol, independente do rolê do dia (ou da noite) anterior.
Assim, eu e a Mari (O Gui alegou esgotamento físico e não foi, e o Gabriel foi pra Moóca ver Juventus x Penapolense) fomos até o Estádio Municipal Antonio Soares de Oliveira, em Guarulhos, guiados pelas placas, para ver Flamengo x Atlético Sorocaba, pela série A2.

O Estádio Municipal Antônio Soares de Oliveira é também chamado de “Ninho do Corvo“, ou simplesmente “Estádio do Flamengo“.

Lá chegando, a primeira surpresa… Uma bela lanchonete (tão difícil de se encontrar nos estádios de São Paulo…).

Mais que salgadinhos e bebidas, na parede da lanchonete fotos históricas do rubro negro de Guarulhos!

A estrutura do Estádio é de dar inveja a muitos times da primeira divisão. Banheiros impecáveis e todo o estádio muito bem pintado com as cores do Flamengo!

Atualmente, possui a capacidade de 15 mil lugares.

Dá uma olhada no “todo” do Estádio:

Vale lembrar que mandam jogos neste estádio, tanto A.A. Flamengo quanto o A.D. Guarulhos.

Os dois times entraram em campo com a difícil missão de seguir na luta contra o rebaixamento para a série A3.

A AA Flamengo vêm ganhando força no cenário estadual, seja com os recentes acessos, seja com a participação na Copa Federação Paulista ou Copa São Paulo de Futebol Júnior, da qual foi uma das sedes, este ano.

Entretanto, este ano, o time não tem dado muita sorte. e os resultados acabaram não aparecendo, por isso, alguns torcedores, puseram suas faixas de ponta cabeça, em sinal de protesto, pela má campanha.

Encontramos o presidente do clube, Edson David, que se mostrou bastante chateado pelo desempenho do clube, mas lembrou que o time sofreu principalmente por vários jogadores terem ficados afastados pelo departamento médico.

A torcida tem todo o direito de cobrar, mas é preciso saber valorizar o esforço da atual gestão, que tem trabalhado pelo clube e que mostrou-se presente mesmo nos momentos difíceis.
Reconheço que não deve ser fácil ser dirigente esportivo no Brasil, principalmente de times independentes. O próprio público, assim como ocorre em todo interior, praticamente abandonou o time, só os mais fanáticos compareceram.

Falando um pouco do jogo, o Flamengo fez o que tinha de fazer e começou indo com tudo pra cima, abusando das bolas aéreas e jogadas de bola parada.

Por volta dos 30 minutos do primeiro tempo, festanas bancadas. Penalty para o Flamengo. Mas quando a fase é difícil, nem assim…
Além de perder a cobrança, o Corvo (apelido do Flamengo) levou o gol no contra ataque. Pequena festa na ainda menor torcida sorocabana que compareceu em Guarulhos.

Conversamos um pouco com o pessoal da Comando Rubro Negro, também chateados pela situação do time!

No segundo tempo, após um início meio morno, o jogo foi ficando mais emocionante, afinal, com esse resultado o Flamengo voltaria à série A3, e o time local se jogava para o ataque como podia…

E bola na área, e escanteio, e pressão do Flamengo… E nada do empate aparecer…

Jogo quente, hora de esfriar a cabeça… Voltando ao capítulo “Gastronomia de Estádio”, dá lhe picolé a R$1!!!

Aliás, cabeça quente teriam os reservas do time visitante se a torcida quisesse fazer uma pressão nos caras… Olha como é perto!

Faltavam poucos minutos, e não havia pressão que desse jeito de mudar o placar do Estádio Antonio Soares de Oliveira

Não conseguiu ler? Veja mais de perto:

Opa, antes que o jogo termine é hora da “foto oficial” da gente em mais um estádio!

E embora eu e a Mari estivéssemos contentes por mais um jogo assistido, no fundo estávamos tristes por presenciar a queda do Flamengo de Guarulhos para a série A3… E mal sabíamos que algum tempo depois, o Atlético Sorocaba viria a fechar suas portas… Se bem que pro Tévez, mascote do time, parece que era tudo festa…

O jeito foi encher a cara de cana (calma, é que na frente do estádio vende caldo de cana, mesmo) e encarar uns pastéis pra voltar para Santo André já almoçados!

E assim, termina mais uma manhã de domingo…
Com várias boas cenas na memórias, novos amigos…

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Esteja ele na divisão que estiver…

29- Camisa da A.A. Caldense

Bom, já que passamos por Poços de Caldas e falamos sobre o novo time da cidade, o Vulcão, é hora de retratar o outro time, a tradicional AA Caldense!

aacaldense

Essa camisa eu consegui do jeito mais triste. Comprando.

É fogo, não que eu ache injusto, mas é que mais do que comprar, eu tive que pedir pro pessoal do clube abrir a lojinha pra mim, e sabe quando as pessoas não demonstram aquela boa vontade?

Foi assim. Fiquei chateado. Esperava que os colaboradores do clube ficassem contentes por uma pessoa de fora querer comprar uma camisa. Mas deu pra ver que pra eles, aquilo é só mais um emprego.

Bom, vamos às coisas boas. O detalhe mais legal da camisa é o número. 19. Na época que eu ainda jogava no Autônomos, mesmo quando zagueiro titular, eu adorava jogar com a 18, ou 19.

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Bom, sobre o time, o site oficial é o www.caldense.com.br, se quiser escutar seu hino, ouça aqui. Seu mascote é o Periquitão:

mascote_caldense-mg

Vale conferir a promoção que eles fizeram para escolher o nome do mascote:

A “pré história” do futebol de Poços de Caldas começa em 1904, com Paulino de Souza trazendo uma das primeiras bolas de futebol para a cidade.

Muitos times surgiram no princípio do século XX, mas desapareceram em seguida, como o Internacional F.C. Os remanescentes se uniram, formando a Associação Atlética Caldense.

No início, o clube não possuía sequer sede social ou campo, e jogava no campo do Internacional F.C., sem arquibancada ou gramado. Os torcedores ficavam em pé e os jogadores tinham que se contentar com um campo pelado.

Em 1926, a Caldense adquire um brejão, onde as crianças iam caçar rãs, que foi drenado e cercado de madeira, transformando-se em Campo.
A partir dos anos 30 começou a ser construída uma arquibancada.
Somente em 1947, conseguiu-se a seção de uso com o prazo de 20 anos.

A equipe teve grandes momentos como entre 1960 e 1961 quando fez uma campanha de 57 partidas invictas.
E navegando pela net encontrei uma foto que diz ser de 1978, alguém confirma?

Time de 1978

Em 1979, inaugura-se o Estádio Municipal Ronaldo Junqueira e o  então campo da Associação Atlética Caldense foi desativado.

Em 1981, contou com Casagrande em seu elenco:

Após tantos anos de luta, em 2002, a AACaldense conseguiu sua maior façanha, o Campeonato Mineiro da primeira divisão. Veja como foi:

Pra finalizar, quer comemorar um gol com os caras? Vai lá!

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25- Camisa do Colo Colo

Camisa Colo Colo

Mantendo acesa a chama da união e admiração pelos times da América do Sul, é hora de mostrar 2 camisas do Colo Colo.
Ambas foram presentes, a branca, minha mãe trouxe nos anos 90 e a preta, veio pelo meu irmão, Murilo.
Aproveito para mandar um abraço pros meus amigos de lá do Chile, Pedrácula e o Pepe, quem sabe um dia estaremos por aí pra assistir algum jogo juntos.
Bom, falando do time, o Club Social y Deportivo Colo-Colo, ou “Los Albos” é da cidade de Santiago e é um dos considerados grandes clubes do Chile e da própria América do Sul.

Foi fundado em 19 de Abril de 1925, por David Arellano, além de fundador e liderança, também jogador e capitão do time.
Essa camisa do Colo Colo que ele veste é simplesmente fantástica, não?

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Sua camisa traz as cores branco, simbolizando a pureza e o preto,  representando a seriedade. Seu nome é uma homenagem ao cacique Colo-Colo, herói indígena da tribo Mapuche que lutou contra os espanhóis no século XVI e que foi conhecido por sua grande inteligência.
Até por isso seu mascote (que aparece no distintivo) é um índio e alguns chamam o time de “El Cacique”.

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O primeiro título conquistado veio em 1926, de forma invicta, ainda durante o período do futebol não profissional no Chile, que iria iniciar apenas na década de 30. “Los Albos” foi o primeiro clube chileno a excursionar pela Europa, em 1927. Neste mesmo ano, uma tragédia acaba marcando a história do clube, a morte do ídolo David Arellano, devido a uma pancada que recebera em um jogo. Desde então, a camisa do Colo Colo tem uma tarja preta acima de seu escudo em sinal de luto. Seu primeiro título profissional veio em 1937, novamente de maneira invicta, com a equipe abaixo:

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Em 1947 disputou o Campeonato Sulamericano (a pré história da Libertadores), que teve como campeão o Vasco da Gama.

Em 1973, a equipe alcança seu auge (até então).
Chegou à final da libertadores estabelecendo médias de 40 mil torcedores em seus jogos.
Era a primeira vez que uma equipe chilena chegava à final de um torneio internacional.
Pra tristeza dos hinchas chilenos, o Independiente (Argentina) sairia campeon.

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Realizou o sonho de ter um grande estádio próprio em 1989, quando foi inaugurado o Monumental David Arellano.

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Em 89/90/91 conquistaram o tricampeonato nacional, e pra coroar ainda mais a boa fase, em 91, após deixar pra traz equipes como o Nacional (Uruguay), Boca Juniors e Olímpia do Paraguai, o Colo-Colo sagrou-se campeão da Libertadores de América.

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Relembre como foi a final:

Depois, acabou perdendo o Mundial para o Estrela Vermelha (adorava esse time!) da Iugoslávia.
Em 1993 ainda conquistariam a Recopa sobre o Cruzeiro. O site oficial do time é: www.colocolo.cl , e se quiser ouvir o hino, clique aqui.
Abraços e até a próxima camisa!!

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Sa

12- Camisa do VOCEM (Assis)

A 12ª camisa é muito especial, pois é do VOCEM, sigla para Vila Operário Clube Esportivo Mariano, time de Assis, cidade de origem da minha família por parte de pai.

Quando escrevi esse post (em 2008), o clube estava licenciado do futebol de campo profissional, o que é muito triste pela tradição que esse brasão carrega.
Mas, em 2014, alguns apaixonados da cidade conseguiram trazer o VOCEM de volta ao futebol profissional.

Na verdade, esse brasão foi desenhado inicialmente assim:

O time foi fundado em 21 de julho de 1954, pelos padre Aloísio Bellini (1911-1996) da Vila Operário e por isso as cores do uniforme (branco e grená) representam o pão e vinho.

Meu pai chegou a ajudar na organização do time, já que a igreja da Vila Operária ficava em frente a casa da minha vó Luzia, já falecida. Aqui, uma foto emblemática do fim dos anos 70: o padre tenta me convencer a escolher o caminho do bem e largar as armas de brinquedo kkk.

Padre Aloizio

Conta meu pai que ele ia a todo lugar com sua scooter!

Em 1978, o VOCEM foi convidado pela Federação Paulista de Futebol Profissional para disputar o Campeonato Paulista da Terceira Divisão. Necessário reforçar que esse equivalia ao 5º nível do campeonato daquele ano. Esse foi o time daquele ano:

Neste ano, o VOCEM utilizou o campo da Ferroviária de Assis para seus treinamentos.

VOCEM 1978

E o time fez sua estreia conseguindo a classificação para a segunda fase, sendo líder do Grupo D.

Infelizmente, na fase seguinte o time não manteve a mesma eficácia.

Depois de 1978, o VOCEM jogou a Terceira Divisão de 1979 até 81. A partir de 1980, a Terceira Divisão passa a equivaler ao 2º nível do campeonato, como a atual A2 do Paulista. A partir de 1982, o mesmo 2º nível passou a se chamar “Segunda Divisão” e o VOCEM participou dela até 1989 e foram os os anos dourados do VOCEM. Algumas imagens dessa época:

Aqui, a Torcida Organizada “Esquadrão da Fé”, que acompanha atualmente o time:

Mas o VOCEM sempre teve o apoio de uma apaixonada torcida, como em 84, quando o time fez campanha inesquecível, na época com o apoio da TUVO (Torcida Uniformizada Vila Operário)!

Esses dias folheando o livro “Assis de A a Z”, do Marcos Barrero, li um belo texto contando a fatídica história daquele ano de 1984 quando o VOCEM chegou ao quadrangular final da divisão de acesso, mas acabou perdendo todos os jogos, sendo o último uma goleada de 7×1 para o Paulista de Jundiaí.

assis

O time fez uma bonita campanha na primeira fase…

Também brilhou na segunda fase:

Tendo vencido a série H, o VOCEM teve que enfrentar o CA Jalesense, vencedor da série G e classificando-se para a fase final, que teria final trágico para o time de Assis: 6 jogos e 6 derrotas, com muitos torcedores jurando até hoje que o time vendeu o resultado.

Em 85, o clube novamente se classifica para a segunda fase da Segunda Divisão

Mas cai na segunda fase.

Em 86, fez um campeonato abaixo da média e sequer se classificou para a segunda fase.

Em 1987, mais uma vez classifica-se para a segunda fase sendo líder do seu grupo.

Mas não consegue manter a boa sequência e acaba eliminado na segunda fase.

Em 1988 uma campanha mediana, sem conseguir classificar-se à segunda fase, mas em 89… O VOCEM acaba rebaixado para a Segunda Divisão (Terceiro nível do futebol paulista daquele ano).

O baque é tão grande que o time se licencia das competições profissionais e só retorna em 1992, na Segunda Divisão (terceiro nível do futebol paulista). onde permanece até 1994, quando a reorganização do campeonato leva o VOCEM para o 5º nível do futebol paulista, a série B1B.
O time terminar nas últimas posições e para mais uma vez.

O retorno se dá somente em 1999 novamente na série B1B. Em 2000 desiste da competição e acaba rebaixado para a série B3 – o 6º nível do futebol paulista de 2001. Em 2002, mais uma vez desiste da disputa no meio da competição e se licencia.

Dessa vez o hiato parece não ter fim e apenas em 2014 o VOCEM retorna ao profissionalismo, desta vez para jogar a Bezinha, o 4º nível do futebol paulista, onde permanece até 2022, quase sempre com campanhas irregulares. A exceção foi 2021, quando o time esteve a um passo do acesso, perdendo a semifinal (e o acesso para a série A3) para o time da Matonense.

O VOCEM mandava seus jogos no Estádio Marcelino de Souza.

Mas em 1992, foi inaugurado o Estádio Municipal Antonio Viana Silva, o Tonicão, e o VOCEM passou a mandar aí os seus jogos.

Curiosidade: meu avô de Assis tinha o apliedo de Tonico, e meu avô em Santo André, se chamava Bruno, e o estádio aqui é o Brunão. Abaixo uma foto feita em nossa última visita ao campo:

Se preferir, faça um vôo sobre o estádio:

Em 2010, ganhei de presente do primo Tilim, uma outra camisa do VOCEM, ainda mais bonita:

Nas visitas em outros anos acabei conseguindo mais estas duas:

E terminamos com essa curiosa imagem de um possível time feminino do VOCEM:

APOIE O TIME DE SUA CIDADE!!!