ECUS 1×0 Barretos – Série B 2011

Domingo, 7 de agosto de 2011.
Mais uma data histórica, afinal, fomos conhecer um estádio que nunca estivemos antes.
Nosso rumo: Suzano!

Como moro no ABC, ao invés de usar a Ayrton Senna, fomos pela tradicional “Indio Tibiriça“, que nos recordou como a agricultura é importante no lado leste da grande São Paulo.

Ah, e nos lembrou como o trem deveria ser mais importante em todos os municípios deste país…

Chegando na cidade, fomos recepcionados pelo estranho monumento abaixo:

Após umas voltas a mais pra cá e pra lá, conseguimos avistar o Estádio Municipal Francisco Marques Figueira, ao lado da avenida em que estávamos.

Infelizmente o Estádio não possui aquelas tradicionais placas na entrada com a identificação do campo, mas mesmo assim, vale foto na frente!

Ainda em frente do estádio, para o nosso amigo Anderson, de Curitiba, que adora ônibus dos times, esse  era o do Barretos!

Pelo número de carros do lado de fora, o público parecia estar dentro da média da segundona paulista.

Pouca gente, é verdade, cerca de 300 pessoas para assistir ao primeiro jogo da segunda fase da última divisão profissional do estado.

Mas… lá estávamos nós em mais uma partida!

Ao entrar no campo, uma grata surpresa.
Um número considerável de torcedores do “BEC(Barretos Esporte Clube) passou a madrugada viajando para comparecer e apoiar o time do interior.

É disso que o futebol precisa! Gente apaixonada pela cultura local.
Ouça o que nos disse um dos torcedores do BEC:

Em campo, o que se via era um time do ECUS bastante aguerrido e sabendo aproveitar suas oportunidades.

Do outro lado, um time bem montado e até mais técnico, mas que não soube converter o domínio da partida em gols.

Assim, para a alegria da torcida local, o time da casa fez 1×0 ainda no primeiro tempo.

Para quem não conhece a cidade de Suzano, dali do Estádio se pode ter uma bela vista do horizonte.

Aproveitamos o intervalo para mostrar um pouco da torcida local, que ainda comparece em número tímido, mas que com a boa campanha, precisa reforçar as arquibancadas!

Quem esteva por Suzano também foi o pessoal da REDE VIDA que transmitiu a partida para todo o Brasil.

O Estádio possui apenas um lance de arquibancadas.

Do outro lado, a melhor opção é assistir ao jogo embaixo de uma árvore (e foi o que fizemos nos segundo tempo).

Essa é a vista de quem chega ao estádio.

O segundo tempo começou e o time do Barretos correu como louco atrás do empate.

O time foi todo ao ataque, mas num contra ataque, acabou tendo um jogador expulso.

Aí, não adiantou a técnica nem a correria. O ECUS parecia conquistar uma ótima vitória em casa.

O jogo chegando ao fim, era hora de registrarmos na memória e na câmera, nossa passagem por este estádio.

Antes de ir embora ainda rola um amendoim??

Uma última olhada para o campo…

Parabéns para a torcida do Barretos que sofreu com o placar, mas que, sem dúvidas seguirá apoiando o time…

Uma lembrança da cidade…

E assim, termina o jogo com o placar de 1×0 para o time da casa.

Cidadãos de Suzano…
Há um time em sua cidade que precisa de você…

Nossa “gangue” agradece o bom recebimento e as amizades que fizemos em mais esse rolê boleiro.

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O Estádio Dr. Hudson Buck Ferreira e o futebol em Matão

Nesse último rolê boleiro que fizemos no feriado, aproveitei para matar a saudade de um estádio que muito me fez chorar.
Trata-se do Estádio Dr. Hudson Buck Ferreira, o campo onde a Matonense manda seus jogos.

O Estádio tem capacidade para 15 mil pessoas e marcou a minha vida no ano de 1997 quando a Matonense acabou no mesmo grupo final da série A2 que o Santo André.
Ah, eles subiram, a gente não.

Confesso que demorou anos até eu perder a birra com o time, mas é óbvio que o respeito pelo futebol sempre fala mais alto e assim que tive a oportunidade fui fotografar o belo estádio, pertinho da entrada da cidade de Matão.

Fiz até um vídeo registrando nossa presença por lá!

Infelizmente, a Matonense anda em má fase e disputando as divisões de acesso do Paulista, uma pena para um estádio tão bonito.

Como reação, o time tem investido firme nas categorias de base, esperando em breve formar um time capaz de levar o nome da cidade à primeira divisão novamente.

E assim, como no final da década de 90, encher as arquibancadas do seu estádio…

Aliás, são várias as arquibancadas do estádio, como fica percebido nas fotos.

 E tem espaço para quem como eu gosta de assistir aos jogos de perto…

Agradeço ao amigo, zelador do estádio que me acompanhou na visita!

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96- Camisa do Galo Maringa

A 96ª camisa do blog foi presente do Francisco, de Guarulhos, que acompanha o blog e sabe tudo do futebol de Guarulhos.

A camisa pertence a um time jovem, que infelizmente está extinto desde 2009, mas que durante sua breve existência defendeu a cidade de Maringá, no Paraná.

O time dono da camisa é o Galo Maringá, fundado em 2005 por empresários locais, com a ideia de se fazer uma gestão profissional e que alcançasse resultados rapidamente, tentando devolver à cidade a emoção do futebol, já que o Grêmio Maringá fechava suas portas ao futebol profissional, no mesmo ano.

Seu distintivo é claramente inspirado no da Juventus, da Itália.

Logo na sua estreia na segunda divisão, o Galo Maringá conquistou o acesso à primeira divisão Paranaense, com o título da segunda divisão estadual, em cima do Cascavel.

Em 2006, seus dirigentes tomam uma decisão estratégica para formar um clube-empresa ainda mais forte. O Galo Maringá se uniu à Associação de Desportiva do Atlético do Paraná, mais conhecida como ADAP, de Campo Mourão, time de 1999.

Nascia asssim o ADAP Galo Maringá.

No primeiro ano de parceria, o ADAP Galo Maringá, jogando com o uniforme da ADAP chegaria à final do Campeonato Paranaense da Primeira Divisão, contra o Paraná, mas o time da capital sairia campeão. Após uma derota em Maringá por 3×0, o time empatou em 1×1, no Pinheirão, ficando com o vice campeonato: Ainda em 2006, o time realizou uma excursão à Coréia do Sul, onde realizou 8 jogos com 5 vitórias e 3 derrotas. No estadual de 2007, o ADAP/Galo Maringá foi bem, liderando a primeira fase mas saindo fase seguinte, sem ir para as finais. Ao menos garantiu vaga para a Série C do Campeonato Brasileiro, onde jogou com Caxias, Joinville e Esportivo – RS, ficando na 3ª colocação e eliminado ainda na fase inicial. Disputou também a Copa do Brasil e não passou do primeiro jogo, sendo derrotado por 4×1 pelo Noroeste-SP.

Em 2008, novamente foi eliminado na 2ª fase do estadual. Meses depois, a diretoria do time abriu mão de participar do Paranaense de 2009 alegando problemas econômicos. Até então (2010) o time não voltou a ativa profissionalmente.

Mandava seus jogos no Estádio Willie Davids, com capacidade para 23 mil torcedores.

Existem excelentes fotos do time no link: www.williedavids.blogspot.com/2006/01/casa-do-galo-maring.html O time contava com diversas torcidas organizadas, como a Fúria Alvinegra, Torcida Organizada Galo Terror e Torcida Jovem do Galo Maringá. O site oficial é www.adapgalomaringa.com.br , mas assim como o time, o site também está inativo. Para quem quer conhecer seu hino:

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São Bento x Barueri – Copa Paulista

Domingo com cara de segunda feira…

Frio, garoa e preguiça tentaram nos impedir de levantar cedo, mas o amor pelo futebol falou mais alto e lá fomos nós pela Castelo Branco até o Estádio Municipal Walter Ribeiro.

O jogo em Sorocaba era a última partida da primeira fase da Copa Paulista, e o São Bento precisava no mínimo de um empate para se garantir na próxima fase, o que fez a galera comparecer em bom número!

E lá vamos nós!

Foi a primeira vez que vi um jogo do São Bento, em Sorocaba.

A torcida do Barueri também mostrou que segue apoiando o time da cidade, mesmo com as mudanças dos últimos anos (o abandono do Grêmio Barueri e a criação do Sport Barueri):

Compareceram em um bom número, mesmo com o time já classificado para a segunda fase.

Os visitantes ficaram no anel superior agitando e incentivando o time, que entrou tranquilo, sem depender do placar. 

Ah, e lá estÁvamos nós, mais uma vez pagando ingresso e apoiando o futebol!

Ficamos na arquibancada inferior, embaixo de onde ficou o pessoal do Barueri.

Ao nosso lado, centenas de torcedores do São Bento, mostrando que quando o time precisa, pode contar com o morador da cidade!

Os anéis superiores do Estádio Walter Ribeiro, o “CIC” lembram muito alguns estádios argentinos como o do All Boys ou do Velez. É muito bonito!

Quem também estava do nosso lado, era o pessoal da Força Azul

Com sua bateria e energia, o pessoal logo de cara pode comemorar com um gol de penalty! 1×0 pro São Bento e festa azul nas bancadas!

Mas a agitação foi o jogo todo, o São Bento pode jogar realmente como mandante!

Não que o torcedor não organizado não tenha colaborado.
O pessoal soube incentivar, cobrar e principalmente “apertar” o árbitro, ninguém menos que Guilherme Ceretta de Lima, que pouco errou. 

Nem todo mundo tava muito preocupado com a bola rolando.
Para alguns, o Estádio ainda é muito mais uma extensão de casa, ou do próprio quintal.
No futuro, as lembranças da infância no estádio serão um doce prazer ao jovem torcedor…

Do outro lado do Estádio estavam as outras torcidas locais, a Falcão Azul e a Sangue Azul, além de outros torcedores não organizados.

A festa estava montada para a classificação, o estádio estava pintado de azul, fazendo um bonito jogo de cores com o verde do gramado.

Em campo, confesso que o jogo era empolgante, mas de certa maneira tranquilo. O São Bento dominava e o Barueri não se importava muito com a derrota.

O time do São Bento mostrou força principalmente com o atacante Gílson.

Que sofreu o segundo penalty, dando ares de goleada ao jogo.
O torcedor do São Bento parecia voltar no tempo e lembrar os bons momentos do time, nas décadas passadas… São Bento 2×0.

O Estádio todo comemorava e acreditava na vitória, só esqueceram de avisar o técnico do Barueri, André Oliveira, que foi um show a parte, gritando e gesticulando como um maluco.

Fim de primeiro tempo e hora de conhecer um pouco sobre a culinária do Estádio, um dos tópicos que mais motivam nosso trabalho.
De cara, pela primeira vez, vimos alguém comendo uma maçã durante um jogo! Fantástica e saudável opção às convencionais tranqueiras vendidas.

E seguindo essa linha descobrimos que há outras opções no próprio estádio, como as amoras…

 Que foram atacadas pela Mari..

Ainda haviam bananeiras ao lado do estádio, onde ficam as bandeiras:

No fundo não nos preocupamos muito em comer, porque sabíamos que na volta almoçaríamos no…

O intervalo em Sorocaba teve outras coisas estranhas…
Um urso de uma marca de refrigerantes vai defender penaltys… 

O segundo tempo trouxe um jogo diferente e o Barueri logo marcou um gol assustando o time da casa.
Mas o jogo garantiu outras cenas estranhas como a foto que a Mari fez:

Assim, marcamos presença em mais um jogo decisivo.

Saímos antes do jogo terminar e pelo rádio ainda ouvimos que o São Bento chegara ao terceiro gol.
Aproveitamos a viagem para conhecer o Estádio Humberto Reali, onde o São Bento costumava mandar seus jogos, na Rua Cel Nogueira Padilha:

Infelizmente não tivemos permissão para entrar e fotografar lá dentro, mas segundo o presidente  Luís Manenti, ao contrário do que foi dito por alguns torcedores, o campo está novamente recebendo a atenção da diretoria, o que é ótimo para a história do clube.
Fomos embora vendo os vestígios da antiga Sorocaba que ainda existem pela cidade, como a estação:

Das fábricas:

E da arquitetura…

O mundo está mudando. O futebol também. E você participa diretamente dessas mudanças.
O futebol moderno é o reflexo do ser humano moderno.
Também jogamos pela vida. De que lado você está?

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Santo André vence a final!

Domingo, dia sagrado do futebol.
2 de maio de 2010.
Eu ainda não acredito… Mas estamos na final do Campeonato Paulista, e com chances de ser campeão…

Acima de tudo, começamos a aventura de domingo felizes! Eu, a Mari, El Pibe e todos os já tradicionais amigos de arquibancada. Nem nos preocupamos ao saber que haveria menos ônibus do que o esperado.

Os poucos, mas lotados ônibus seguiam com famílias, amigos e gente que se uniou nesta vida em nome de uma cidade, representada pelo time do Ramalhão!

O dia se fez de azul como que torcendo pela vitória do time do ABC!

E, rapidamente chegamos ao Pacaembu! Foi maravilhoso ver tanta gente de azul e branco chegando junto ao mesmo tempo no estádio!

E juntos, fomos cantando até o portão 22, a entrada para o show final!

Além dos ônibus, muita gente veio de carro e ficou aguardando pra entrar junto, assim, acredito que conseguimos levar cerca de 2.500 torcedores para o estádio!

Gente que se misturava fazendo uma onda azul inundar o setor visitante do Pacaembu, com corações transbordando de orgulho!

Veja como foi a nossa chegada:

A cada passo, um amigo, um sorriso, um grito de confiança. A cada passo, mais próximos do jogo final…

Mas se o clima entre nós era de pura amizade, a PM nos fez lembrar que infelizmente, o futebol ainda está mais próximo da guerra do que da paz… 

E quando menos percebemos, já estávamoo dentro do Pacaembu, prontos pro último jogo do Campeonato!

Colorimos de azul e branco o lado laranja, visitante, e colorimos com sonhos, nossas mentes, enquanto aguardávamos o início da partida!

Lá estavam os apaixonados pelo Ramalhão! Esquerdinha e Maradona mandavam recado relembrando que se o Santos é o peixe, o Santo André é o pescador!

A Torcida Jovem do Santos também fez sua bela festa, com enormes tirantes…

Aliás, fazendo justiça, a torcida do Santos como um todo fez um grande espetáculo!

Mas o Ovídeo e a velha guarda Ramalhina não deixou nosso ânimo se abater!
É … Santo André!!!!

O Bill conseguiu quebrar a máquina justo no dia da final, então fica ele registrado aí:

Nossa festa é simples, mas de coração, balões levam pro céu nossos pedidos…

O frio na espinha aumenta, os jogadores estão pra entrar no  campo…

O hino nacional foi tocado por uma orquestra.
Achei legal a presença da orquestra, mas reitero que o hino ainda me incomoda nos estádios… Infelizmente ele ainda me traz na mente a ditadura de 64…

Jão dá um último olhar para a torcida adversária…

E que torcida…

O jogo nem bem começa e… um ataque congela nossos olhos…

Inacreditável… Menos de um minuto e o Santo André fez 1×0…
Com lágrimas nos olhos, sinto que a taça está mais próxima de nossas mãos…

Entretanto…  Minutos depois, silêncio nas bancadas Ramalhinas… É o empate santista…

Eu nunca tinha visto um time com tanta gana de vencer…
O Santo André praticamente ignorou o gol, foi pra cima, e mandou 2×1!!

Por vários minutos sonhei com tudo o que poderia escrever com a conquista do título.
Queria jogar na cara da imprensa toda a mediocridade de cada jornalista que em momento algum nos colocou no páreo como finalista.
Mas o futebol é traiçoeiro…
E o ataque santista não perdoa nem liga pros sonhos de um andreense rebelde… Santos 2×2 Santo André…

Antes do desânimo ameaçar, duas expulsões: Nunes (Santo André) e Léo (Santos).
Algum tempo depois, mais um jogador foi expulso, desta vez Marquinhos (Santos) deixou a torcida com um sorriso no rosto…
Principalmente  porque aos 40 minutos, o Ramalhão fez 3×2 e o primeiro tempo terminou com um gol de vantagem e nosso time com um jogador a mais.
Cenário melhor, impossível!

O 2º tempo começa e o Ramalhão é todo ataque!
O time joga bem, e a torcida se emocionou com a iminência do título…

Mas o futebol não se importa com a lógica. O segundo tempo praticamente vôou.
Quando percebemos já passava dos 40 minutos do segundo tempo, e mesmo com 2 homens a mais (Roberto Brum fora expulso minutos antes).
Mesmo com muito ataque e com “erros” improváveis da arbitragem…
O título se fora…
Ficou o aplauso do torcedor Ramalhino…

O reconhecimento a um time que soube humildemente chegar onde chegou escondia a dor da perda do título…

Fiquei triste como há muito não ficava.
Nem quando fomos rebaixados me permiti sofrer assim…
Alheio à nossa dor, time e torcida do Santos comemoraram o 18º título estadual do Santos.

O Santos foi o melhor time durante todo o campeonato, e se a regra fosse a dos pontos corridos, nenhuma reclamação faria sentido.
Entretanto, a regra da final ser em dois jogos, deixou a campanha do Santos como mero critério de desempate.
Assim sendo o gol incorretamente anulado acabou com todo um campeonato que seria histórico e inesqeucível para um time, uma torcida e uma cidade.
A bandeira Maria Elisa torna-se persona non grata eternamente em nossa cidade…

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72- Camisa do CSA

A 72ª Camisa de Futebol pertence ao tradicional CSA, o Centro Sportivo Alagoano. Essa camisa eu trouxe, na minha viagem de fim de ano para a magnífica Maceió (veja aqui como foi).

O CSA foi fundado em 7 de setembro de 1913, na Sociedade Perseverança e Auxiliar dos Empregados no Comércio, por um grupo de desportistas e devido à data, o primeiro nomeadotado foi Centro Sportivo Sete de Setembro. O primeiro jogo do time azulino foi uma vitória de 3×0 contra uma equipe formada por alagoanos que estudavam em Recife. Antes de se tornar definitivamente “CSA” (em 1918), ainda viria a se chamar “Centro Sportivo Floriano Peixoto“.

Existe um excelente site sobre a história do futebol alagoano, o Museu dos esportes, onde se pode encontrar imagens históricas, como a do time de 1923:

O time possui desde seu início, enorme rivalidade com o outro time da cidade, o CRB, mas houve um jogo em que essa rivalidade foi vencida, em 1931, quando 2 jogadores do CRB foram convidados pelo treinador e jogador Tininho para reforçar o time do CSA num amistoso contra o América de Recife. Zequito Porto e Fonseca eram os convidados. Diretores do CSA chegaram a dizer que não concordavam com a presença dos jogadores do CRB, mas  Tininho peitou a diretoria e escalou os dois na partida em que venceram o América por 4×2 (Dois dos gols marcado por Fonseca). Coisa rara pra se existir entre dois rivais, não?

O time coleciona uma série de eventos memoráveis, por exemplo, achei uma foto de um dia em que o Garrincha disputou uma partida com a camisa do próprio CSA.

Outro grande momento foi o vice campeonato da Taça de Prata de 1980. De 1975 a 1979 disputou o Brasileirão (que chegou a ser jogado por 94 times), até então organizado pela CBD (Conferderação Brasileira de Desportos), com a criação da CBF, o time teve de disputar a Taça de Prata (equivalente à segunda divisão, ou série B, atual).

Mesmo perdendo a final para o Londrina, o CSA conquistou o acesso à divisão de elite do futebol brasileiro, do ano seguinte, com o time :

Em 1981, no seu retorno à elite… o time foi rebaixado, com o plantel abaixo:

Em 1982, o jeito foi disputar novamente a Taça de prata, e mais um vice campeonato, desta vez contra o Campo Grande, do Rio de Janeiro.

A final foi em 3 jogos, e o primeiro deles, o CSA venceu por 4 x 3, numa partida que ficou conhecida como o “jogo da virada”, mas perdeu os dois seguintes, no Rio de Janeiro, com o time:

No Brasileiro de 1983 teve grandes momentos, como nas vitórias por 4×0 diante do Tiradentes e os 2×1 contra o Fluminense, em pleno Rio de Janeiro, com o time:

O time conquistou o campeonto estadual 37 vezes, mas também chegou a ser rebaixado para a segunda divisão do alagoano duas vezes, em 2003 e a mais recente, em 2009.

O auge do time veio em 1999, na disputa da Copa Conmebol, quando pela primeira vez, um clube de Alagoas participou de uma competição internacional.

Logo na estréia, eliminou o Vila Nova de Goiás nos pênaltis.

O segundo adversário foi o venezuelano Estudiantes de Mérida, eliminado com um empate sem gols, na Venezuela e uma vitória do CSA, por 3 x 1, em Maceió, num jogo que teve seis jogadores expulsos.

Na semifinal, embate histórico contra o São Raimundo, também vencida na disputa por penaltys. O CSA era agora o primeiro clube do Nordeste a disputar uma decisão de competição sul-americana, contra o Talleres, da Argentina.

Na primeira partida o CSA fez 4 x 2, em casa, o título parecia certo, mas na Argentina, a catimba falou mais alto e o título foi perdido numa derrota por 3×0.

Existem muitos vídeos sobre toda a campanha, mas sobre a final, só achei o vídeo do gol, do título do Talleres. De qualquer forma, foi um momento inesquecível para o time do CSA.

O CSA costumava mandar seus jogos no Estádio Gustavo Paiva, o Mutange. Sua capacidade chegou a ser de 9.000 pessoas.  E tem como destaque ter sediado o jogo CSA 1 x 1 Velez Sársfield, em 1951.

Atualmente, o CSA disputa suas partidas no Estádio Rei Pelé, o Trapichão (do governo estadual), utilizando o Mutange apenas para treinamentos.

O mascote do CSA é o Azulão:

Ouça o hino no link abaixo:

Não encontrei o site site oficial do clube, mas há o www.azulcrinante.com feito por torcedores e também o blog www.csa-azulao.blogspot.com/

Estive recentemente em Maceió e um dos amigos que fiz no hotel era torcedor do CSA, esse post vai pra ele!

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Ainda que sua cidade tenha uma praia linda, é no Estádio que cantamos juntos!

59- Camisa do Coritiba FC

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59ª Camisa de Futebol do nosso blog é a camisa do Coritiba Football Club.
É uma réplica, comprada num calçadão em Curitiba por R$16.
Adoro réplicas bem feitas a preços camaradas…
Por que não se pode ter camisas oficiais mais baratas??
Pô, de R$16 pra R$116 é demais…. (daqui de 2025 eu te digo, R$ 116 hoje em dia é uma pechincha!!)
Esse modelo de Camisa do Coritiba me lembra muito a do Celtic, ou do Sporting de Portugal, e eu acho uma combinação de cores ótima para listras horizontais.
O detalhe é para o número dourado, que também acho bonito:

abril-204

Bom, mas falemos sobre o Coritiba FC, dono da camisa, e sem dúvida um dos maiores clubes brasileiros.
Antes de mais nada, se quiser ver o que eles mesmos falam, o site do time é www.coritiba.com.br .
O Coritiba FC foi fundado em 12 de outubro de 1909, ou seja, festejou, esse ano seu primeiro centenário.

coritiba centenario

O clube nasceu graças a Frederico Fritz Essenfelder, um dos membro de um grupo de atletas que praticavam ginástica, que apareceu com uma bola e apresentou o jogo aos colegas.

Frederico Fritz Essenfelder

Logo, todos estavam completamente apaixonados pelo esporte e decidiram fundar um clube só de futebol. Nascia o Coritibano Football Club, que em 23 de outubro de 1909, teve seu primeiro jogo contra um time de funcionários da estrada de ferro de Ponta Grossa.
Abaixo, a foto do time que jogou sob o nome Coritibano:

coritiba1909

Até 1916, usou a área do Jóquei Clube Paranaense como campo.

coritiba 1912

Em 1910, o nome do clube foi alterado para Coritiba, grafia européia, utilizada na época para designar a cidade. As cores, verde e branco, são uma referência às da bandeira do estado.
Em 1915 o clube participa de sua primeira competição oficial, e no ano seguinte, conquistou seu primeiro título, no campeonato estadual.

coritiba1916

O time é popularmente chamado de “Coxa Branca”, devido aos seus primeiros times serem formados basicamente por descendentes de alemães.
Um dos possíveis criadores do apelido seria Jofre Cabral e Silva (torcedor e anos mais tarde, presidente do rival Atlético Paranaense) que tentava irritar o zagueiro Hans Breyer, chamando-o de “Coxa Branca”.
As décadas de 20 e 30, trouxeram muitas novas conquistas ao clube, mas sem dúvida, o maior presente foi a inauguração do Estádio Belfort Duarte, em 1932.

estadio

Não dá pra resumir em um único post tanta história, então só para citar, os anos 40, 50 e 60  foram repletos de títulos e conquistas.
Em 1969 o Coritiba faz a primeira excursão para o exterior.
No ano seguinte, montou um time cheio de estrelas, visando aumentar o público e assim conseguir recursos para ampliação do Estádio Belfort Duarte.
A década de 70 é chamada de década de ouro, graças a hegemonia conquistada no futebol paranaense.
Conquista um hexacampeonato estadual, maior seqüência de vitórias na história do profissionalismo no futebol paranaense, e chega em quinto lugar na primeira edição do campeonato brasileiro, de 1971.

coritiba1971

Em 1977, o nome do estádio é alterado para Major Antônio Couto Pereira, em homenagem ao falecido presidente do clube.

A década de 80 inicia-se em alto estilo, e o Coxa fica em terceiro no campeonato brasileiro de 1980.
Mas o grande ano do time é 1985.
Com um elenco modesto (do qual fazia parte o goleirão Rafael, e seu bigodão, que dizem terperdido a orelha num jogo, ao enroscar-se com a rede do gol…), e comandados por Ênio Andrade o Coritiba chega a final contra o não menos desacreditado Bangu.

coritiba1985placar

A final, em pleno Maracanã é decidida nos penaltys. Veja como foi:

Campeão nacional, o Coxa participa da Libertadores da América de 1986, mas faz uma campanha discreta.
Em 1987, lembro bastante do Coritiba porque ele foi um dos times a disputar a Copa União (e consequentemente estar em um dos melhores álbuns de figurinhas de futebol).

coritiba_1987

Em 1988 o Coritiba quase cai para a segunda divisão paranaense.
Em 1989, após perder o mando de campo, o time foi obrigado a enfrentar o Santos em Juiz de Fora, um dia antes de jogar contra o Vasco. O time compra a briga e ganha na justiça comum o direito de adiar a partida. Assim, não enfrenta o Santos e como punição é rebaixado pela CBF para a Série B.
O time só retornaria à primeira divisão em 1995, no último jogo sendo disputado contra nada menos que o rival Atlético Paranaense, e veja como foi:

Em 1997, o Coxa é campeão do Festival Brasileiro de Futebol.
Em 1998, foi eliminado pela Portuguesa nas quartas-de-final do brasileirão, na época do “melhor de 3”.
Em 2002, brilha como uma das melhores equipes do campeonato brasileiro e lança o projeto de clube-empresa.
Em 2003 chega em quinto no Campeonato Brasileiro e conquista o direito de disputar a segunda Libertadores da América de sua história.
Mas no ano seguinte é novamente eliminado precocemente da competição sulamericana.
Em 2005, o time foi rebaixado para a Série B da competição, assim como Atlético Mineiro, Paysandu e Brasiliense.
Em 2007, conquista o acesso à Serie A do Campeonato Brasileiro, sagrando-se campeão da Série B .

coritiba2007
campeao2007

Em 2009, o time está lutando para não cair novamente.

Como estivemos por Curitiba no fim do ano passado, eu e a Mari não resistimos em fazer um tour pelo Estádio..

A Mari se encantou com o estilo old school do Estádio do Coxa.

ferias fim de 2008 002

A arquibancada é mesmo muito grande, principalmente quando você está sozinho no estádio…

Fomos muito bem recebidos pelo assessor de imprensa do clube, mesmo sendo no mesmo dia em que ele iria apresentar o novo técnico do time (na época Ivo Wortmann)

Essa foto abaixo é um poster que está na parte interna do estádio. Maravilhoso não?

O estádio Major Antônio Couto Pereira é o maior do Paraná, e hoje tem capacidade para 37.182 pessoas. Vale lembrar que alguns torcedores o chamam de Alto da Glória (nome do bairro).
O mascote do Coritiba é um velhinho, o Vovô Coxa, em alusão ao time ser o mais antigo do Paraná:

coritiba-pr-mascote

Fica nossa homenagem e respeito aos 100 anos de existência do Coritiba FC.

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23- Camisa do Paulista de Jundiaí

23ª camisa da coleção foi fruto de sorte.
De tanto ir e vir de Cosmópolis (onde mora a família da Mari), decidimos um dia desses entrar em Jundiaí e arriscar achar uma camisa pirata do Paulista.
Vc achava que todas as camisas que eu tenho são originais? Não sou milionário, né…

Descobri que não existem camisas piratas do time.
Entretanto descobri uma fantástica promoção na loja Passarela (que patrocina o time) e a Mariana comprou pra mim a oficial por R$ 29,90, como presente.

Falar sobre o Paulista de Jundiaí é engraçado pra mim porque devido ao grande número de importantes encontros com o meu Santo André, existe forte rivalidade, mas nunca inimizade, até porque tenho bons amigos na cidade e nunca peguei birra do time.
Tanto que em 2024 estive lá pra ver uma partida no acesso do time com o amigo Daniel! (Veja aqui como foi!)

Esse é mais um time que surgiu graças à estrada de ferro.
Foi fundado em 1909 (ou seja, no ano que escrevo este post, estamos no ano do centenário do time), por funcionários da Companhia Paulista de Estradas de Ferro.

Paulista FC substituiu o Jundiahy Foot Ball Club, que existiu entre 1903 a 1908 e começou sua história nas disputas amadoras.

O time teve vários distintivos em sua história:

O site oficial do time é www.paulistafutebol.com.br
Seu mascote é o galo da Japi.

Seu estádio é o Jayme Cintra, inaugurado em 1957, e com uma capacidade de 14.771 torcedores.
Aliás, como é difícil chegar lá… Eu sempre erro… Mas chego!

Após disputar por muitos anos a segunda divisão estadual, obteve o acesso para 1a divisão, em 1968, de maneira invicta, e lá ficou por dez anos, sendo rebaixado em 1978, e retornando apenas em 84 ao golear humilhantemente o VOCEM por 7×1 (mais um motivo que eu teria pra não suportar o Paulista).
Em 86, adivinha? Rebaixamento de novo. Pra piorar, anos mais tarde, conseguiram ser rebaixados para a A3.
Mas é aí que começa a grande mudança. Ainda na primeira metade dos anos 90, acontece a parceria com a Lousano, que fez o time (pasmem) mudar o nome para Lousano Paulista.

Consequências?
Em 1995 o time subiu da Série A-3 para a A-2 (eu assisti um jogo deles esse ano, em Paraguaçú Paulista, contra o Paraguaçuense), e em 1997, o Galo conquista o inédito título da Copa São Paulo de Futebol Júnior.


Em 1998, foi desfeita a parceria com a Lousano, mas o clube acerta uma nova parceria, dessa vez com a Parmalat.
Pasmem pela segunda vez, porque novamente eles….. mudaram de nome!!!
Surgia o Etti Jundiaí, que formou grandes esquadras para disputar a A2.

Lembro me de 2000 quando fomos até Jundiaí ver a semifinal entre Santo André e Etti.
Perdemos por 1×0, mas tinha certeza que reverteríamos no ABC. E revertemos. Ao menos até boa parte do 2º tempo quando num daqueles lances inexplicáveis do futebol levamos o gol do empate e da desclassificação. Mas só no ano seguinte o Etti conseguiu o acesso à A1, e também o acesso à série B do nacional.

Em 2002, termina a era dos investimentos e o time volta a tocar a sua vida sem parceiros, com o nome do clube voltando a ser Paulista após um plebiscito realizado na cidade.
Em 2004, o clube perdeu a final do Campeonato Paulista para o São Caetano, e em 2005, chegou ao auge da sua fama em nível nacional, ao conquistar a Copa do Brasil. Relembra como foi:

Em 2006, o Galo disputou a Libertadores, e mesmo não passando da 1ªfase, fez história ao vencer o River Plate em Jundiaí, pelo placar de 2 a 1:

O maior rival do Paulista nunca deixou de ser a Ponte Preta; as duas equipes do interior travam sempre uma batalha dentro e fora de campo.
Possui várias torcidas organizadas, como a Raça Tricolor e a Gamor Força Jovem. Existe um site (aparentemente feito por torcedores) com ótimas informações: www.meupaulista.com.br
Viva alguns momentos na pele do torcedor:

Time de 2014:

Por fim, para quem quer mais história, existe um Livro sobre o Paulista, chamado Jundiahy Foot Ball Club ou Paulista F. C. , escrito por Cláudio Lucato (2002):

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Salv

22: Camisa do América FC do RJ

Quem é apaixonado por futebol já deve ter se pego cantando “Hey de torcer, torcer, torcer, hey de torcer até morrer, morrer, morrer…”.
É o hino do América do RJ,  que foi imortalizado pela voz de Tim Maia, naquele “legendário” CD dos Hinos da Placar.
Não ouviu? Ouça aí:

Essa camisa quem me trouxe foi o Amauri, que trabalhava na Mãe Terra, na mesma época que eu.
Como ele era do comercial, vivia indo pro Rio pra cobrar venda dos representantes, e em uma dessas idas, pedi a camisa.

Falar do América é resgatar tradições, é relembrar velhas e boas histórias. Bom, mas antes de começar a lembrar o passado, vamos aos fatos oficiais. O site do time é www.america-rj.com.br.

Seu estádio é o Edson Passos (chamado também de Giulite Coutinho ou até de “Estádio do América”) e foi inaugurado em 2000 no jogo América 3 x 1 Seleção Carioca.  Sorato, do América, feito o primeiro gol no estádio.

estadio03

Tem capacidade para 16.000 torcedores.
Vale lembrar que no estado do Rio de Janeiro somente o América e o Vasco têm estádios próprios.

estadio011

O mascote oficial é a “Brasinha”, um diabo vermelho (devido às cores do clube).

brasinha

Fundado em 18 de setembro de 1904, o América logo tornou-se referência no futebol carioca e serviu de inspiração para a criação de muitos outros Américas, no Brasil e no exterior.
Teve o seu auge na conquista do Torneio dos Campeões de 1982, que contava com os maiores clubes do Brasil, na época. Conquistou também 7 Campeonatos Cariocas, 1 Taça Guanabara e 1 Taça Rio.

Campeões de 82
Campeões de 82

Seus primeiros uniformes tinhas as cores preto e o branco, somente substituídas em 1908 pela atual e tradicional camisa vermelha e calção branco, como homenagem à Associação Athletica Mackenzie College, de São Paulo, a quem o América havia enfrentado em jogo amistoso interestadual.

Primeiro uniforme

Uma das histórias folclóricas do clube conta que num jogo do Campeonato Carioca, o americano Belfort Duarte colocou a mão na bola dentro da área, mas o árbitro não viu e não assinalou nada. Pois o honesto atleta se acusou e o pênalti foi marcado, acabou virando nome de prêmio oferecido aos jogadores mais disciplinados, até porque ele nunca foi expulso em sua carreira.
Além disso, poucos sabem, mas em 1914 , o América foi um dos protagonistas da segunda partida com iluminação artificial no Brasil ao derrotar o Vila Isabel por 6 a 1.
Até 1986 disputou todas as edições do Campeonato Brasileiro na Série A e era então, segundo o Ranking da CBF daquela época, a 13ª equipe mais bem classificada na história do torneio.

Naquele ano, inclusive terminou o Campeonato Brasileiro em 3° lugar, levando 50.502 espectadores pagantes ao Maracanã na semifinal em que empatou de 1 a 1 contra o São Paulo FC.

Em 1987, o Clube dos 13 organizou a tão polêmica Copa União, e excluiu o América da disputa. Em protesto o time  recusou-se a disputar a 2ª Divisão. Começava o calvário do América.

13 anos depois, o clube parecia que iria se recuperar com a inauguração do Estádio e uma reestruturação financeira, fiscal e patrimonial. Chegou a disputar a Copa do Brasil em 2004 e 2005.

Em 2006 o clube foi a grande sensação do Campeonato Carioca: teve a melhor campanha nas fases classsificatórias, foi finalista da Taça Guanabara e também semifinalista da Taça Rio. Na final da Taça Guanabara, contra o Botafogo, estiveram presentes cerca de 45 mil espectadores, o maior público do torneio. Com a terceira colocação, garantiu presença na Copa do Brasil de 2007.

Sua boa fase foi confirmada na Taça Guanabara de 2007, sendo semifinalista novamente, vencendo os clássicos contra Vasco (2 a 1), Fluminense (2 a 0) e Botafogo (2 a 1).

Porém, quando preparava-se para, no Século XXI, retornar a sua trajetória de sucesso, veio 2008. Alguns culpam o técnico Ademir Fonseca, outros culpam as várias mudanças na comisão técnica. Seja lá de quem for a culpa, o América foi rebaixado pela primeira vez em sua história, em 5 de abril. Veja matéria sobre o rebaixamento:

Mas se em campo o time vai mal, nas arquibancadas (e nos computadores) sua torcida tem feito bastante coisa, confira alguns sites: http://americafootballclub.com/ http://garraamericarj.vilabol.uol.com.br/

Ah, quer participar da comunidade dos torcedores no orkut? www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=246138

Atualmente está bastante difícil encontrar a camisa do América para comprar… As pessoas tem escrito me perguntando onde acho por isso segue um link onde se pode achar: http://www.sofutebolbrasil.com/ch/cat_s/189/190/rio-de-janeiro-america.aspx

Pra terminar, a tradicional vivência de alguns momentos como torcedor do América via youtube:

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12- Camisa do VOCEM (Assis)

A 12ª camisa é muito especial, pois é do VOCEM, sigla para Vila Operário Clube Esportivo Mariano, time de Assis, cidade de origem da minha família por parte de pai.

Quando escrevi esse post (em 2008), o clube estava licenciado do futebol de campo profissional, o que é muito triste pela tradição que esse brasão carrega.
Mas, em 2014, alguns apaixonados da cidade conseguiram trazer o VOCEM de volta ao futebol profissional.

Na verdade, esse brasão foi desenhado inicialmente assim:

O time foi fundado em 21 de julho de 1954, pelos padre Aloísio Bellini (1911-1996) da Vila Operário e por isso as cores do uniforme (branco e grená) representam o pão e vinho.

Meu pai chegou a ajudar na organização do time, já que a igreja da Vila Operária ficava em frente a casa da minha vó Luzia, já falecida. Aqui, uma foto emblemática do fim dos anos 70: o padre tenta me convencer a escolher o caminho do bem e largar as armas de brinquedo kkk.

Padre Aloizio

Conta meu pai que ele ia a todo lugar com sua scooter!

Em 1978, o VOCEM foi convidado pela Federação Paulista de Futebol Profissional para disputar o Campeonato Paulista da Terceira Divisão. Necessário reforçar que esse equivalia ao 5º nível do campeonato daquele ano. Esse foi o time daquele ano:

Neste ano, o VOCEM utilizou o campo da Ferroviária de Assis para seus treinamentos.

VOCEM 1978

E o time fez sua estreia conseguindo a classificação para a segunda fase, sendo líder do Grupo D.

Infelizmente, na fase seguinte o time não manteve a mesma eficácia.

Depois de 1978, o VOCEM jogou a Terceira Divisão de 1979 até 81. A partir de 1980, a Terceira Divisão passa a equivaler ao 2º nível do campeonato, como a atual A2 do Paulista. A partir de 1982, o mesmo 2º nível passou a se chamar “Segunda Divisão” e o VOCEM participou dela até 1989 e foram os os anos dourados do VOCEM. Algumas imagens dessa época:

Aqui, a Torcida Organizada “Esquadrão da Fé”, que acompanha atualmente o time:

Mas o VOCEM sempre teve o apoio de uma apaixonada torcida, como em 84, quando o time fez campanha inesquecível, na época com o apoio da TUVO (Torcida Uniformizada Vila Operário)!

Esses dias folheando o livro “Assis de A a Z”, do Marcos Barrero, li um belo texto contando a fatídica história daquele ano de 1984 quando o VOCEM chegou ao quadrangular final da divisão de acesso, mas acabou perdendo todos os jogos, sendo o último uma goleada de 7×1 para o Paulista de Jundiaí.

assis

O time fez uma bonita campanha na primeira fase…

Também brilhou na segunda fase:

Tendo vencido a série H, o VOCEM teve que enfrentar o CA Jalesense, vencedor da série G e classificando-se para a fase final, que teria final trágico para o time de Assis: 6 jogos e 6 derrotas, com muitos torcedores jurando até hoje que o time vendeu o resultado.

Em 85, o clube novamente se classifica para a segunda fase da Segunda Divisão

Mas cai na segunda fase.

Em 86, fez um campeonato abaixo da média e sequer se classificou para a segunda fase.

Em 1987, mais uma vez classifica-se para a segunda fase sendo líder do seu grupo.

Mas não consegue manter a boa sequência e acaba eliminado na segunda fase.

Em 1988 uma campanha mediana, sem conseguir classificar-se à segunda fase, mas em 89… O VOCEM acaba rebaixado para a Segunda Divisão (Terceiro nível do futebol paulista daquele ano).

O baque é tão grande que o time se licencia das competições profissionais e só retorna em 1992, na Segunda Divisão (terceiro nível do futebol paulista). onde permanece até 1994, quando a reorganização do campeonato leva o VOCEM para o 5º nível do futebol paulista, a série B1B.
O time terminar nas últimas posições e para mais uma vez.

O retorno se dá somente em 1999 novamente na série B1B. Em 2000 desiste da competição e acaba rebaixado para a série B3 – o 6º nível do futebol paulista de 2001. Em 2002, mais uma vez desiste da disputa no meio da competição e se licencia.

Dessa vez o hiato parece não ter fim e apenas em 2014 o VOCEM retorna ao profissionalismo, desta vez para jogar a Bezinha, o 4º nível do futebol paulista, onde permanece até 2022, quase sempre com campanhas irregulares. A exceção foi 2021, quando o time esteve a um passo do acesso, perdendo a semifinal (e o acesso para a série A3) para o time da Matonense.

O VOCEM mandava seus jogos no Estádio Marcelino de Souza.

Mas em 1992, foi inaugurado o Estádio Municipal Antonio Viana Silva, o Tonicão, e o VOCEM passou a mandar aí os seus jogos.

Curiosidade: meu avô de Assis tinha o apliedo de Tonico, e meu avô em Santo André, se chamava Bruno, e o estádio aqui é o Brunão. Abaixo uma foto feita em nossa última visita ao campo:

Se preferir, faça um vôo sobre o estádio:

Em 2010, ganhei de presente do primo Tilim, uma outra camisa do VOCEM, ainda mais bonita:

Nas visitas em outros anos acabei conseguindo mais estas duas:

E terminamos com essa curiosa imagem de um possível time feminino do VOCEM:

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