É aí que ficava o Estádio Antônio Alonso, também conhecido como Estádio Antarctica Paulista, um marco histórico do futebol paulista.
Inaugurado em 1920 pela Companhia Antarctica Paulista, com capacidade para cerca de 5.000 torcedores, o campo foi o segundo estádio do São Paulo FC, mas antes, sediou o Antarctica FC .

Em 1915, o grêmio formado pelos trabalhadores da Companhia Antartica Paulista de Bebidas fundou o Antarctica FC. Foto do Site História do Futebol:

O time logo passou a disputar as divisões inferiores da APSA (Associação Paulista de Sports Athleticos) e a partir de 1926, filiou-se à LAF (Liga dos Amadores de Football), disputando a primeira divisão dessa liga até 1929.
Com a extinção da LAF, o clube reintegrou-se a APSA, participando da Segunda Divisão da APEA tornando-se campeão da edição de 1930.
Em 1933, fundiu-se com o Sport Club Internacional, dando origem ao Clube Atlético Paulista que passou a mandar aí os seus jogos.

O Atlético Paulista jogou três temporadas na primeira divisão estadual, e fundiu-se com o Clube Atlético Estudantes de São Paulo e depois CA Estudantes Paulista para formar Clube Atlético Estudantes Paulista.


Em 1938, o CA Estudantes acabou sendo incorporado pelo São Paulo FC.

E de 1938 a 1942, o São Paulo mandou ali os seus jogos:



Atualmente, o local é ocupado por edifícios residenciais, depois de ter abrigado por anos instalações da Ambev.
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A reinauguração do Estádio do Grêmio Esportivo Taboão de São Bernardo

Há alguns anos, durante a pandemia, fizemos uma visita e registramos o Estádio do Grêmio Esportivo Taboão (veja aqui como foi).

Na época o estádio tinha gramado natural, mas na real, estava no “terrão”.

Na semana passada recebi o convite para revisitá-lo após as reformas.

E não foi pouca grana que veio do Governo do Estado… Mais de 2,6 milhões de reais…


Vamos ver se valeu a pena essa grana!
A primeira surpresa foi saber que o Campo do Taboão agora tem nome e sobrenome: Campo Municipal de Futebol “Romeu Ducca”, em homenagem ao ex atleta, treinador e dirigente do clube, falecido em 2011.

Mas, o que chama mesmo a atenção é seu novo gramado sintético…
Ficou ou não show de bola? Olha o meio campo:

O gol da esquerda:

O gol da direita:

Aí está o atual presidente, Luis Carlos, o “Luisão”, todo orgulhoso do novo campo!

Pudemos entrar no campo pra sentir a qualidade da grama e olha… impressiona…

Parece um gramado natural!

Pode parecer exagero, mas me lembrei do campo do CE Europa: o Estádio Nou Sardenya, aliás no vídeo que fiz lá e naquele dia eu disse que o estádio lembrava o Baetão kkkk:
Lembra ou não? Ou é exagero?

O Grêmio Esportivo Taboão segue nas disputas amadoras da cidade e infelizmente a volta ao profissionalismo é só um sonho distante, mas o lugar ficou lindo e pode servir não só ao time mas à comunidade futeboleira do bairro!

Olha aí o banco de reservas e os refletores. Será que assistiremos um jogo noturno do Grêmio Taboão?

Quanta história já passou por este gol e agora, com a reforma, ainda vai passar…

Caminhemos para o futuro e aguardemos que a história seja escrita!

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AD Guarulhos 2×0 São Carlos FC – 3ª rodada da série B 2025

Domingo, 5 de maio de 2025.
Do ABC pra Guarulhos, mais uma conexão na metrópole paulistana.
Em menos de uma hora estávamos na segunda maior cidade do estado.
Os portões foram abertos bem em cima da hora, chegando até a criar fila na entrada do Estádio Antônio Soares de Oliveira!

Fazia algum tempo que estivemos no estádio e foi bacana voltar a ver o Estádio Antônio Soares de Oliveira, ainda muito bem cuidado, mesmo que nas cores e em alusão ao outro time da cidade que folgou na rodada.

O Estádio ainda guarda lembranças de um passado que já não parece mais existir nos dias de hoje…

Embora entrem pelo mesmo portão, a parte atrás do gol foi dedicada à torcida visitante (aliás, senti falta do pessoal da Sancaloucos, uma organizada muito presente no futebol!).

Times prontos, é hora da cerimônia de entrada!

Graças ao Fernando do Jogos Perdidos, pudemos ter os dois times perfilados antes do início da partida!


Os dois times entram em campo carregando seus sonhos de vitórias, acesso, sucesso…

E se os jogadores em campo tem o desejo da vitória, entre os reservas o sentimento não era diferente!


O AD Guarulhos vem de uma parceria – que deve se transformar em fusão nos próximos anos- com o Aster (que deixou Itaquaquecetuba) e assim conta com uma base bem interessante para o campeonato, traduzida desde o começo do jogo em certa dominância na armação das jogadas e em ataques criados.
Pra quem ainda não conhece o estádio, segue o registro do gol do lado esquerdo, onde fica o portão da entrada:

O meio campo:

E o gol da direita (onde antigamente ficava a torcida visitante):

O público até que foi aumentando após o início da partida, e foi anunciado como 197 pagantes.

Vale ressaltar que alguns dos presentes portavam camisas do Aster.


Vale ressaltar a presença da Torcida Organizada Resistência Azul.




Se o domínio técnico do AD Guarulhos não se traduziu em gols logo de cara…

…em parte foi graças ao Max, goleiro do São Carlos.

Mas o goleiro Cauê também foi bem!

A atenção crescia entre a torcida local…

E também dentro de campo!


Até que aos 10 minutos, Dieguinho faz 1×0 para o AD Guarulhos!
Pode anotar aí no placar: 1×0!

A partir daí, o jogo ficou equilibrado.
Ainda que o AD Guarulhos mantivesse o domínio, o São Carlos teve várias chances de chegar ao empate, principalmente nos contra-ataques e nas jogadas de bola parada.

O AD Guarulhos também teve chances de ampliar, mas pecava na última bola…


Na arquibancada, mais um jogo em que o público decepcionou…

Lembre-se que estamos falando da segunda maior cidade do estado… E um estádio lindo, que merecia receber um público maior, mais famílias, mais crianças…


Claro que os times em campo sentem o clima…
E ainda acho que a presença de mais torcida e dos tradicionais cânticos de apoio, poderiam ter colaborado para um ambiente mais legal e materializando-se até em outros resultados…


E o Estádio tem uma boa capacidade de público e uma boa estrutura…


Intervalo de jogo é hora de dar uma circulada pelo estádio e ver o que temos na lanchonete local!

Volta o segundo tempo e sem grandes novidades…


O AD Guarulhos criava boas jogadas…

… e o São Carlos continuava criando chances nos contra ataques…



A torcida local sente que a não chegada do segundo gol alimenta a esperança do time do São Carlos pelo empate…


Chances para animar a torcida não faltaram…

Mas apenas aos 47 do segundo tempo, Gustavinho fez o segundo, selando o placar final!



Dor para o time do São Carlos que vinha fazendo um jogo equilibrado no segundo tempo e até teve chances de empatar a peleja.

O São Carlos deu a saída e seguiu os poucos minutos até o apito final…

Fim de jogo e 3 pontos importantes para a classificação para a próxima fase.


Festa na bancada…

Agradeço mais uma participação na história do futebol paulista!

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O Estádio VGD, a casa do Londrina EC
No carnaval de 2025 fomos até Presidente Prudente assistir Grêmio Prudente x Santo André pela série A2.

Na volta, demos um rolê pelo norte do estado do Paraná, começando por Alvorada do Sul, …

Depois paramos em Londrina, e já contamos como foi nosso rolê para registar o Estádio Uady Chaiben, a casa da Portuguesa Londrinense (PR) …

Mas, ainda em Londrina, deu tempo de conhecer a incrível loja oficial do LEC!

Olha que camisa incrível com estampa homenageando Carlos Alberto Garcia, o “Bem-amado”:

Aproveitamos nosso segundo dia na cidade para rever o tradicionalíssimo Estádio Vitorino Gonçalves Dias, o “VGD“:
Vitorino Gonçalves Dias foi um professor de educação física que marcou a história da cidade impulsionando a prática esportiva na cidade.

Olha o Carlos Alberto Garcia aí de novo, é sua estátua que dá as boas vindas ao Estádio que em 24 de junho de 2026 completará 70 anos de sua inauguração.

Na verdade o local já recebia partidas de futebol desde os anos 40, quando era a casa do Esporte Clube Recreativo Operário da Vila Nova, e era chamado de “Estádio Aquiles Pimpão Ferreira.

O jogo inaugural do VGD foi em 24 de junho de 1956 entre o Londrina Futebol Clube (antecessor do Londrina Esporte Clube) e o Corinthians de Presidente Prudente-SP, que terminou em 1×1 frente a 18 mil torcedores.

O Estádio Vitorino Gonçalves Dias foi a casa do Londrina até a construção do Estádio do Café em agosto de 1976, quando o LEC estreia na série A do Brasileirão.
Estivemos lá em 2015:

Em 1958, o VGD recebeu um incrível amistoso com o Gimnasia y Esgrima, de La Plata, na Argentina.

Em 1959, o VGD também foi o primeiro estádio do interior a receber uma decisão do Estadual entre Londrina e Coritiba, com vitória do time visitante que sagrou-se campeão.

Na época, suas arquibancadas comportavam quase 20 mil lugares.
Hoje, apenas 8 mil lugares são liberados pela Federação Paranaense.

Em 1971, o VGD foi a casa do Londrina na Série B do Campeonato Brasileiro.

O estádio foi concedido para uso do LEC ininterruptamente desde 1990.

Entretanto nos últimos anos, o VGD acabou sendo substituído pelo Estádio do Café por falta de laudos. Por isso, o estádio está passando por obras que o garantirão como palco na série C de 2025.

O azul bem característico do Londrina faz o estádio parecer um desdobramento do céu na terra!
Nosso tradicional registro do meio campo:

Gol da direita:

Gol da esquerda:

Compartilho um último olhar para este belo palco do futebol paranaense:
Uma pena só ter percebido que nunca subi para o site as fotos que fizemos do Estádio do Café. Podia ter feito novas imagens, mas isso fica para uma próxima viagem!

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Novo rolê por Americana – parte 2 de 2

Bom, essa é a parte 2 desse post que acabou ficando gigante graças a tanta história que Americana tem no futebol. Se você ainda não leu a parte um, que fala sobre a história dos times que defenderam a cidade, é só clicar aqui.

Esse post é dedicado ao registro atual dos clubes e estádios que receberam partidas profissionais e agradeço o amigo Gabriel Pitor Oliveira.

O Gabriel é autor do genial site do Vasquinho (clique aqui e conheça o lindo trabalho dele!), por toda a ajuda, dicas e respostas. O cara sabe tudo sobre o futebol de Americana.

Então, comecemos nosso rolê batendo na porta do pessoal do Flamengo Futebol Clube!

O time que disputou 2 edições da terceira divisão, chegou a construir um estádio em sua sede pensando em atender as exigências da Federação Paulista, mas infelizmente o estádio foi inaugurado quando o clube já havia desistido do profissionalismo.

Entretanto, os sócios ganharam um estádio lindo e que foi dividido em 4 campos de futebol, com iluminação e uma arquibancada capaz de abrigar 5 mil torcedores!

A arquibancada de cimento tem 20 degraus e acompanha toda a lateral dos campos.


Acho que aqui dá pra ver os dois campos lado-a-lado (e são mais dois à esquerda destes).

Aqui, o outro lado:

São 4 campos com um gramado impecável. E pensar que essa área era um brejo em Americana… Imagina o trabalho que tiveram para conseguir transformar em um gramado tão retinho…


E claro, não pode faltar o distintivo do clube estampado lá em cima na arquibancada!


Olhando da arquibancada, esse é o gol (ou no caso, os gols) do lado esquerdo:

Esse os do lado direito:

E aqui…. seria o meio campo do campo original…

Do lado oposto à arquibancada ainda existe um lance único de arquibancada

O canal Rio Branco, embaixador de Americana trouxe essa preciosa foto do estádio original:

Como mostramos no post anterior, fui presenteado com um livro incrível que conta a história do Flamengo FC.

E no livro, muitas vezes falou-se do tal “Bar do Flamengo” e consegui dar um pulo até lá para conhecer o lugar.

Infelizmente o bar estava fechado.

Embora o estádio dentro do clube seja lindo, não foi lá que o Flamengo mandou seus jogos pelo Paulista da Terceira divisão de 67 e 68, e fomos até o Estádio Victório Scuro em busca de respostas. Estivemos lá há algum tempo (veja aqui como foi), mas é sempre bom rever as arquibancadas de um estádio clássico como o Victório Scuro, também conhecido como “Caldeirão do Dragão” ou “Vovô”.

O Victório Scuro foi a casa do EC Vasco da Gama em suas competições profissionais e amadoras. Mas vale lembrar que o Vaquinho chegou a ter um outro campo lá na Vila Galo, onde hoje é a Rua Dom Pedro II

O Estádio Victório Scuro foi construído em um terreno cedido pela prefeitura em 1959, por um comodato de 10 anos.
O responsável pela construção do estádio foi Ítalo Scuro (o nome do estádio homenageia seu pai), dono de uma indústria têxtil e a inauguração ocorreu em abril de 1960 como celebração do aniversário de 10 anos do time.
Na partida preliminar, o CRS Carioba venceu o Recreativo Sumaré por 3×2, mas a partida que fez a alegria da torcida local foi EC Vasco 3×0 XV da Lapa (SP).
O Vasco mandou seus jogo aí até 1977, quando o Americana EC (antigo Vasco) acabou trocando o Victório Scuro pelo atual Estádio Décio Vitta.

O Victório Scuro ainda seria utilizado pelo Sete de Setembro, mas vale lembrar que em 1984, o próprio Rio Branco chegou a mandar jogos ali.

Atualmente o Estádio Victório Scuro é a sede de um projeto focado em crianças e adolescentes, gerido pelo Colorado, um tradicional time de futebol amador da cidade que parecia caminhar para o seu fim, mas que ganhou nova vida com essa molecada!

Quem coordena o projeto atualmente é Rogério Panhoça junto do “Zé Pulga”, uma figura super tradicional no futebol da região.

Aliás, foi ele quem resolveu a charada de onde o Flamengo mandou seus jogos na Terceira Divisão de 1968 e 69. Aliás, ele contou mais um monte de histórias, confere aí:
O papo foi ótimo, mas a missão em Americana ainda não tinha acabado. Era necessário registrar a Praça de Esportes Milton Fenley Azenha, também chamado de “Centro Cívico”.


O complexo é formado por uma série de equipamentos esportivos, e o Estádio de futebol recebeu diversos jogos das categorias de base do Rio Branco .


E no ia da nossa visita, conseguimos pegar as oitavas de final da Copa Inter de futebol amador de Americana.

Ainda que as nuvens estivessem no céu, estava quase 40 graus de calor em campo…

Em campo jogavam o Malucos da Praia e o Descubra (se me informaram correto, o placar final foi Descubra 4 x 0 M.D.P.).

Poucas pessoas acompanhavam a partida nas arquibancadas do Centro Cívico.

Mas olha que bela imagem do meio campo:

O gol da esquerda:

O gol da direita:

Vale até ver um gol:
Já cansou? Porque ainda faltam 2 estádios para fechar nossa missão. Um deles é o Estádio Eugenio Cia (ok, ok, a “praça de esportes” Eugenio Cia), inaugurado em 1979 e que fica localizado na Avenida Bandeirantes, 4100, na Vila Cordenonsi.

O Campo Municipal Eugênio Cia nasceu de uma escola de samba, a Sociedade Recreativa Folclórica Esportiva Unidos da Cordenonsi, cujos integrantes aproveitaram o antigo Ninho do Gavião, campo do Sete de Setembro e fizeram uma nova praça de futebol em mutirão.

Vamos conhecê-lo?

As bilheterias ainda estão por ali…

O campo fica numa região bastante arborizada, e muito bonita.

Estava rolando mais uma partida pelas oitavas de final da Copa Inter de futebol amador da cidade, e dessa vez, duas equipes tradicionais lotaram o Eugenio Cia: Cantareira x Cidade Jardim.

Tinha gente torcendo por todos os lados do campo…



Aliás, essa linda arquibancada veio do campo do SCR Carioba que havia sido desativada e foi desmontada e remontada degrau a degrau no campo da Cordenonsi.


Olha o detalhe de como são os degraus:

O gramado muito bem cuidado permitiu uma boa partida!

E a arquibancada coberta foi providencial pra dar uma fugida do sol e do calor.

Daqui aproveito pra registrar o gol esquerdo:

O meio campo:

E o gol da direita:

E dentro de campo, a bola seguia num jogo bem disputado, mas que parecia se resolver para o time do Cidade Jardim, que ia vencendo por 2×0.


Mais uma vez é muito bacana poder estar presente pra registrar não só o campo, mas a força do futebol amador, dessa vez, em Americana!

O banco preocupado porque o time do Cantareira fez seu gol. 2×1.

Olha que visual incrível. Espero que em 2047 alguém olhe essa foto e diga “olha como o mundo era louco naquele longínquo 2021″…



O jogo seguia para o fim, e as próximas duas equipes estavam prontas para entrar em campo (aliás, o jogo seguinte foi uma goleada do time que seria o campeão da Copa, o São Jerônimo/Bruxela por 9×0 contra Jardim América II


Fim de jogo, 3×1 para a festa do time do Cidade Jardim!

Hora de seguir para a última parte desse rolê pelos campos de Americana, o Estádio Parque Dona Albertina , o campo do Carioba!


Segundo os conselhos do amigo Gabriel, acessar o ainda existente campo do Carioba não seria missão fácil por estar dentro do terreno do DAE (Departamento de Águas e Esgotos de Americana), já no fim da vila Carioba. Mas, lá fomos nós na esperança de acessar o campo!

O rolê pela Vila Carioba é uma volta ao passado, com certa dor no coração pelas imagens do presente. Embora a natureza ainda seja exuberante, o que se vê das antigas indústrias têxteis e da arquitetura da época, mostra que em algum momento as coisas deram errado.



A indústria têxtil acabou prejudicando demais a vila… Em vários documentários (veja esse, ou este por exemplo) que contam sobre a vida na vila no início do século XX mostram que havia toda uma vida em colônia em torno das fábricas que sofreu com isso.

Mas o visual vale o rolê…


E ali ao fundo, após cruzar o rio (é o rio Piracicaba!! Ainda menorzinho…) chegamos ao antigo campo do SCR Carioba!


Logo em seguida, o rio se junta a outro afluente e recebe maior vazão de águas.

Na verdade, atualmente não se chega ao antigo Estádio Parque Dona Albertina mas sim ao DAE-Americana.


Realmente a entrada no campo não foi tarefa fácil. Foram necessárias diversas ligações do responsável pela segurança até obter uma autorização para nossa entrada (rápida) para realização do registro desse campo tão histórico! Pena que o antigo pórtico já não existe mais…

Então liguemos a nossa máquina do tempo para mais este registro incrível da história do fuebol de Americana…

Ainda há um lindo bosque acompanhando a lateral do campo, que já não tem mais um gramado impecável…

Ali, no gol dos “fundos” (já que entramos pelo lado do outro gol), existe uma construção que parece ser uma caixa d’água.


Ainda resiste um alambrado separando o espaço do campo do resto do terreno.

Ao lado do campo, uma área onde possivelmente ficava a antiga arquibancada de madeira.

Aqui, a alegria dos atletas… o equipamento que permite a alegria maior do esporte, o gol!


Encontrei essa estrutura em um dos vitrais da construção ao lado do campo. Tentei enxergar um possível distintivo desenhado ali ao meio, mas não se parece em nada com o distintivo conhecido do SCR Carioba.

Incrível como a combinação natureza + futebol parece combinar tão bem…


Quantas partidas, quantas histórias, quantas pessoas terão passado por aqui e marcado em sua memória a lembrança deste campo…

Com a sombra em meu rosto, um sentimento de orgulho e missão cumprida, ao mesmo tempo em que tantas lacunas, saudades e até um pouquinho de tristeza se misturam ao comparar o passado e o presente, pensando no futuro de campos como esse do Carioba, vendo a velocidade com que o progresso atropela toda a nossa história…

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Futebol Amador em Santo André: A.A. Náutico

Eae, você conhece os times da Liga de Futebol Amador de Santo André? Se não, dê uma olhada nesse link e conheça todos eles!

Provavelmente você tem um time profissional do coração pelo qual é apaixonado, mas espero que um dia você tenha a chance de participar do time da sua área, do seu bairro… Independente do lugar onde você mora, acredite: seu bairro é algo muito importante para você. Mesmo que você trabalhe ou estude longe, o seu bairro é a sua casa. Talvez ele já tenha um time e você nem saiba disso. Pode ser que seja a hora de você dar um pulo para ver se não pode participar jogando, torcendo ou mesmo apoiando os diversos projetos que normalmente rolam ao lado de um time amador, principalmente nas periferias. Hoje, a gente deu uma chegada no Parque Erasmo…

Nosso objetivo era registrar o campo e um pouco da história do Náutico (embora se diga “o” Náutico, o nome do time é Associação Atlética Náutico).

Para saber um pouco mais da história, contamos com a ajuda do amigo Mauro de Britto, um cara muito envolvido com o Náutico (dentro e fora do campo) e com o futebol da cidade (também é grande frequentador das arquibancadas do Brunão).

Ele não só conversou bastante, como conseguiu contato de várias pessoas ligadas à fundação do Náutico que nos ajudaram a entender um pouco da história desse tradicional time de Santo André.

O time foi fundado como Associação Esportiva Náutico em 5 de maio de 1965 por moradores do bairro: Paulinho, Zitão, Josué, Maurinho entre outros. O nome do time foi dado pelo Nelsinho (lateral direito), provavelmente em homenagem ao Náutico Capibaribe. Já o distintivo seria uma homenagem ao do Santos.

Outras boas lembranças saíram da conversa com o pessoal, por exemplo, foi citado o Zé Macedo, que chegou a ser Presidente do clube, o Wilsinho, o Baixinho, irmão do Mazolinha e… o Lambão, cujo nome é João Carlos e é considerado por muitos como o melhor goleiro da história do Náutico, olha ele aí:

Um dos pioneiros que ainda frequenta a Arena Coná até hoje é o Vilelinha, ponta esquerda insinuante, alegria dos jogadores e da torcida com as suas brincadeiras. Na época em que jogava, o campo não tinha vestiários e os jogadores vestiam os uniformes no barranco.

Outro fato bacana que foi lembrado foi a partida de estreia do Náutico. O jogo foi fora de casa contra o SECI (na época: Sociedade Esportiva Cidade Imaculada). O segundo quadro venceu por 1×0, com gol olímpico do Betinho (goleiro do primeiro quadro e que jogou na linha no segundo quadro). O resultado do primeiro quadro… Ninguém lembrou hehehe… Se alguém aí souber, comente aqui!

Os primeiros times jogavam com as camisas brancas:

Logo adotaram as camisas com listras:

Aqui, Josué e Valtão, dupla de ataque inesquecível do Náutico, de 1968:

Ainda em 68, esta outra fotografia nos relembra grandes jogadores da história do Náutico. E também grandes dirigentes. Dentre eles, o quarto em pé, também foi diretor do Náutico é o Kidão falecido recentemente e o Nelsão terceiro em pé da esquerda para a direita.

Nelsão hoje é fazendeiro!

Em 1977 quando o Náutico estava meio parado e com dificuldades financeiras, os diretores da época (Nelsão, Kiko do bar, Valtão e Josué) junto do presidente Fernandinho decidiram mudar a denominação do time (de Associação Esportiva para Associação Atlética Náutico) zerando as dívidas da época.
Outra informação bacana, é que o time revelou vários jogadores profissionais, como Dadinho, que começou no Saad, e se tornou o maior artilheiro da história do Remo. Esse é o Dadinho, atualmente:

Além dele, também passaram pelo Náutico Donizete Chapecó, Césinha e essa craque da foto abaixo: Moacir Severínio, o “Passat“, que jogou na maioria dos times da várzea do ABC, e como nasceu ali pertinho do campo, foi cria do Náutico . Chegou a jogar profissionalmente no Santo André, no Aclimação, no Operário de MT, no Jabaquara de Santos, entre outros…

Além disso, nos anos 60, Tulica,um dos maiores craques do Ramalhão, também fez parte do time, olha ele aí, o segundo agachado da esquerda para a direita:

Esse era o segundo quadro daquele time:

Destaque também para a Família Alencar, com 6 jogadores no time do Náutico. Nessa foto: Tião, Naldo, Rubens, Ninha (conhecido como Carrero nas categorias de base do Palmeiras) e Erivaldo. Na outra foto abaixo, está o Nenê (Edvaldo).


Aqui, a família Silva que também contribuiu com cinco atletas para o Coná: quatro irmãos e um sobrinho que é o Sandro. Da esquerda para a direita: Sandro, João Carlos, Nepês, Bicão e Prê. Todos bons jogadores, o Sandro chegou a jogar na Portuguesa de Desportos e Mauaense, Bicão jogou em vários clubes da várzea e Prê o mais velho foi o grande craque da família com passagens pelo juvenil do Santos, jogou na seleção de São Bernardo e grandes times da várzea.

Na época em que o Náutico estava com as atividades em baixa, em 1975 surgiu na área esse time histórico, o “MEC” (Movimento Esportivo Congonhas), obra do Zé Borges “Zézinho”, do Mauro e o Dadinho! Os vários craques nesse time como Alfredinho, o Baianinho, Dia (irmão do Bona) faziam a galera acompanhar o time até nas outras cidades nas disputas da Copa Diarinho. Foram tão bem que trouxe ânimo pro pessoal voltar a por o Náutico pra jogar.

Havia também outro time de salão, o CAP, que tinha o Tulica como um dos destaques, e que também era formado por jogadores do Náutico.

O Nelsão comentou lembrando outros nomes: Paulinho, irmão do João Luiz, que na época jogava no time do Ouro Verde, e que fez parte da fundação, Vartão e o Josué jogavam no Nacional, e também fizeram parte da fundação. Outros como: Albeja, Zé Flor, Fernandinho Istrupicio massagista, Goiaba pai do Tulica, Capilé irmão do Tulica, Sr. Francisco, Eduardo da Padaria. E tem também o “Bibi”, que se estivesse vivo, estaria com 61 anos, um dos maiores torcedores e responsáveis por marcar os jogos com outros times. Um dos protagonistas na história do Náutico, altruísta, abnegado, amou o time na sua forma mais sublime.

Aqui, o Chiquinho, um grande quarto zagueiro, provavelmente está numa seleção de todos os tempos do Náutico de quem o viu jogar. Uma técnica apurada, liderança e muita raça dentro de campo. Na época em que as empresas contratavam os grandes jogadores da várzea para disputas de campeonatos, foi parar na Ford, onde se aposentou. Hoje vive no litoral com a esposa e é cantor nas casas de shows do Baixada Santista.

Aqui uma foto dos anos 80:

Uma foto de um time mais recente, de 1989:

Esta sem data correta, mas de um festival vencido pelo Náutico!

Aqui, outra formação do Náutico. Entre os jogadores de camiseta branca Evandro, um dos grandes dirigentes da nova geração. De camiseta vermelha, Carequinha que era juiz, técnico, massagista, roupeiro, um autêntico faz tudo na equipe. Ao seu lado o Fernandinho que foi o presidente na volta do Náutico em 1977. Uma pessoa que amava tanto o time que até se comprometeu com o SPC com dívidas do time. Carequinha e Fernandinho são falecidos.

O time de 1996:

O time de 2014:

O Náutico também é chamado de Coná (de certo modo um anagrama que nasceu de quando a torcida cantava repetidamente “NáutiCOOONAAAAutico). Por isso, o campo do Náutico é conhecido como “Arena Coná“. Vamos dar uma olhada?
Embora ainda seja o tradicional “terrão“, o campo é muito bem cuidado e considerado uma verdadeira joia da região.

Uma visão do meio campo da Arena Coná:


O gol do lado direito:



O gol do lado esquerdo:


Tem sido uma nova experiência conhecer mais de perto os times e campos do futebol amador de Santo André.

Olha que bonita a sala de troféus do time! Quantas conquistas, vitórias e histórias…

O time segue jogando e mostrando a importância do futebol no aspecto cultural do bairro. Esse é o atual presidente, o “Ratão”, que também foi goleiro no Náutico.

Aqui, o time posado de 2018, com a faixa de sua torcida organizada, a FANÁUTICOS, criada pelo Evandro Damasceno, que foi jogador – invicto 2 anos sob a presidência do “Mu”- e vice presidente, sendo o responsável pela melhoria no telhado do nosso Coná:

Esse, o time semifinalista da Copa juvenil de Santo André de 2002:

Encerro o post com uma foto mais que especial, pois mostra a força do futebol amador! No meio da foto está o amigo Mauro Britto, que ajudou a reunir todo esse material, ao seu lado, de azul está o Kiko grande centroavante que fez história no Náutico, e o de amarelo, é o Zé Borges, conhecido como “Zezinho” que já trabalhou no São Paulo e atualmente é um treinador bastante renomado no Camboja, depois de ter feito sucesso na Tailândia!

Agora no fim de 2021, rolou um encontro pra fechar o ano e teve a presença de várias pessoas como Bicão, Vilela, Gilberto, Batata e Bona.



Sandro, diretor do Náutico e também o faz tudo na equipe e Fininho, dono da Padaria Brasil Gigante e um dos patrocinadores do time.

Esse é o Molinari, que conseguiu com o Zé dos Bilhares Bezerra, a construção dos primeiros vestiários no campo do Náutico.

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O futebol profissional em Barretos
Em 2016, pude acompanhar um acesso do Santo André, com sabor especial porque aconteceu em uma cidade que fica há mais de 400 km de distância e que também é apaixonada por futebol: Barretos!

Pra chegar lá e poder curtir um pouco da cidade, saímos bem cedo, tanto que pegamos até neblina no caminho.

Mas chegamos com um tempo agradável, que nos permitiu passear um pouco pela cidade, já que o jogo seria a noite. A primeira coisa a aprender foi que as avenidas são identificadas por números ímpares e as ruas por números pares.

Barretos é conhecida por sua ligação com o gado, e pelos rodeios, mas como não concordamos com esse tipo de cultura, que envolve sofrimento e morte animal, olhamos a cidade por um outro ângulo, rendendo-nos à natureza, e à história local, como por exemplo a Estação Ferroviária, que foi importantíssima para a cidade e a região.

Pelo que pudemos conversar com alguns torcedores locais, a cidade tem perdido um pouco do charme, com algumas ações de modernização, como a mudança de alguns equipamentos municipais, a demolição de antigos casarões dando lugar a prédios, verticalizando a cidade a cada dia. Quem luta para sobreviver em meio a esse caos moderno é o Cine Barretos.

Mas, as placa nos lembrava que o que nos levou até a cidade foi mesmo o futebol!

Pra escrever sobre a história do futebol profissional em Barretos, contei com a ajuda do site www.futebolbarretos.com.br, do blog Zé Duarte Futebol Antigo e do amigo Manolinho Gonçalves. O primeiro time profissional a se criar em Barretos foi o Fortaleza Esporte Clube, fundado em 15 de novembro de 1936.

O time alvi-verde, também conhecido como o “Periquito da rua 20” passou vários anos no amador, só estreando na Série A2 em 1955, no Setor Azul, terminando na última colocação.


Esse foi o time do Fortaleza que jogou a A2 de 1955:

Em 1956, terminaria em último lugar desta vez, na Série Cafeeira.

Em 1957, também não conseguiu uma boa campanha…

Em 1958, subiu mais algumas posições, mas ainda terminando em uma posição na parte de baixo da tabela…

Em 1959, termina a Série Geraldo Starling Soares na 6a colocação.

Jogaria ainda a série A3 em 60. Aqui algumas imagens antigas do time que o pessoal do Blog História do futebol encontrou na Revista Sport Ilustrado.


O Fortaleza EC mandou seus jogos no Estádio Fortaleza, que foi municipalizado em 1977, e em 1994 passou a ser chamado de “Antônio Gomes Martins – Tio Cabeça“, em homenagem ao ex-massagista de Barretos. É lá que o Barretos EC manda seus jogos, atualmente.

Esse é o tio Cabeça:


Peguei essa foto da entrada do Estádio no Google Maps!

E essa a gente fez durante uma visita ao estádio antes do jogo de 2016.




Mas se o Fortaleza EC foi o time mais antigo da cidade a disputar o profissionalismo, é hora de falarmos do Barretos FC, que embora fundado 2 anos depois, disputou os campeonatos da Federação Paulista antes!

O Barretos Futebol Clube foi fundado em 7 de julho de 1938 e jogou o amador por 9 anos.
Aqui, um amistoso contra o Uberaba SC, em 1945:

O Barretos FC só estreou na série A2 em 1947, fazendo uma campanha bem irregular, assim como seria em 1948 também:

Em 1949, o time se licenciou, voltando a partir de 1950, ainda com campanhas bastante irregulares, mas ainda assim se transformando na alegria do futebol local!

Com esse início complicado, 0 time acabou se licenciando do profissionalismo em 1953 e só voltando à A2, em 1955.

Em 1955, houve a estreia do Dérbi de Barretos (6/11 – Fortaleza 1×1 Barretos e em 11/12 – Barretos 3×2 Fortaleza), no profissionalismo aqui, fotos do segundo jogo:

Vale lembrar que em 1944, já houvera o dérbi, mas pelo Campeonato do Interior de 1944, no qual o Barretos FC chegou até a semifinal, contra o Guarani que seria campeão.
Em 1947, o Barretos voltou a disputou o Campeonato Profissional do Interior terminando em décimo e jogou também o amador.
Em 1956, mais uma campanha mediana na “Série Pecuária“, mas em 1957, além de mais 2 dérbis (28/4 – Barretos 3×1 Fortaleza e 28/7 – Fortaleza 2×3 Barretos), o time terminou na terceira colocação da Série C.

Em 1958, parecia chegar a hora…
O Barretos FC sagrou-se campeão do seu grupo, o Amarelo, além disso, mais dois dérbis: 8/6 – Barretos FC 4×0 Fortaleza e 19/10 – Fortaleza 0x3 Barretos FC.

Na segunda fase, o Barretos FC caiu no Grupo João Havelange, onde terminou na quarta colocação.
O Corinthians de Presidente Prudente além de líder do grupo, seria campeão da A2 de 1958.

Em 1959, uma tragédia para a cidade, mesmo sem terminar na parte debaixo da tabela, no Grupo Geraldo Starling Soares, tanto Barretos FC quanto Fortaleza FC acabaram rebaixados para a Série A3.
E 1959 acabou marcado como o ano dos últimos dérbis: 31/5 – Barretos 3×1 Fortaleza e 23/8 – Fortaleza 0x3 Barretos.

O Barretos FC ainda chegou a disputar a A3 em 1960, mas o Fortaleza FC abandonaria as competições profissionais da Federação Paulista.

Nessas competições, mandaram seus jogos no Estádio da Rua 32, em frente ao Recinto Paulo de Lima Correia, onde hoje é a Praça 9 de Julho e o Terminal Municipal de Ônibus Urbanos.

Segundo o amigo Manolinho, a Arquibancada Central era de madeira e idêntica a do Parque São Jorge.

E a cidade ainda teria um terceiro time: o Motoristas Futebol Clube, fundado em 6 de março de 1944.

Olha que bela flâmula do time:

O Motoristas FC disputou a série A2 em 1950, terminando na 10a colocação. Assim, a cidade ganhou 2 dérbis em 1950: 30/7 – Barretos 1×0 Motoristas e 22/10 – Motoristas 3×0.

Aqui algumas imagens do time já na época da volta ao amadorismo:


O Motoristas FC mandava seus jogos no Estádio Dr Adhemar de Barros Filho, ou o “Campo dos Motoristas da Avenida 21“.


Mas, infelizmente estes 3 times pertencem ao passado.
O presente do futebol profissional da cidade de Barretos começou a ser escrito em outubro de 1960, quando o Barretos FC e o Fortaleza FC se uniram para formar o Barretos Esporte Clube.

Assim, em 1961, a cidade voltou a ter um time na Série A2 da época e na sua “estréia”, até que o Barretos EC foi bem. (tabela abaixo da Wikipedia):

Já em 62, o time foi mal e só escapou do rebaixamento num incrível mata-mata, contra o Elvira (de Jacareí), último colocado da Série “José Ermírio de Moraes Filho”, em 4 partidas: Barretos 7 x 1 Elvira (10/2/63), Elvira 2 x 1 Barretos (17/2/63), Barretos 1 x 1 Elvira (23/2/63 em Campinas) e Barretos 1 x 0 Elvira (2/3/63, em Campinas).

Em 63 e 64, sequer se classificou no seu grupo.
Esse é o time de 63 (fonte: Zé Duarte Futebol Antigo):

Em 1965 foi campeão da Série Carlos Joel Neli e fez a final contra o Bragantino, perdendo as duas partidas (jogadas no Pacaembú), o título e o acesso…

Em 1966, nova campanha de destaque! O Barretos FC ficou em 2º da Série João Mendonça Falcão, classificando-se para o quadrangular semifinal, terminando em 3º no grupo.



Em 1967, após liderar o seu grupo foi eliminado no mata mata pelo Paulista de Jundiaí.

Já em 1968, liderou seu grupo e classificou-se para a segunda fase (um outro grupo dessa vez com 8 times), terminando em quarto lugar e sendo desclassificado.

Em 1969, 70, 73 e 75 não passou da fase de grupos.
Em 71, 72 e 74 foi desclassificado na segunda fase.
Em 76, mais uma vez liderou seu grupo nos dois turnos da primeira fase, mas acabou em último lugar no quadrangular final (XV de Jaú sagrou-se campeão, Aliança, vice e o Santo André em terceiro).

Esse era o time daquele ano, e veja que linda a torcida ao fundo:

Em 77, mais uma vez liderou o gurpo da primeira fase e na fase final acabou na quarta colocação.

Em 78, num regulamento bem esquisito, o Barretos liderou o Grupo A, depois foi mal na 2ª e 3ª fase e acabou mais um ano na A2.

Em 79 e 80 o time não foi bem, parando na fase inicial, em 81 liderou a Série Amarela, mas ocupou a penúltima posição no grupo final, com o time:

Em 82, 83, 84, 85, 86 e 87, regulamentos ainda mais confusos acabaram fazendo com que o Barretos se limitasse à campanhas medianas e pra piorar, o time passou a jogar a série A3 a partir de 1988, onde ficou até 1990, quando voltou à A2, esse era o time daquele ano:

Permaneceu na A2 até 1993, quando caiu novamente para a A3.
Em 1995, o pior momento: o time caiu para a Série B1A (o quarto nível do futebol da época).
Em 1998 chegou perto de voltar, ao ser vice campeão do grupo inicial e vice do quadrangular final, mas apenas o Oeste consegiu o acesso.

Só em 2001, voltou à A3. Inicialmente só subiriam dois times, mas graças às mudanças do calendário, o acesso foi ampliado.

Sua volta à A3, em 2002, foi marcada com uma boa campanha, ficando de fora das finais por muito pouco!

Permaneceu na A3 até 2006, quando uma campanha bem ruim levou mais uma vez para o quarto nível do futebol paulista (agora a Segunda Divisão, ou série B).

De volta à segunda divisão, apenas em 2011 o time conseguiu o acesso (já nessa fase das 4 fases em grupos) à A3, mas foram apenas 2 anos e nova queda à série B, pra uma única disputa em 2014 e novo acesso à A3.

Em 2015, logo de cara, uma surpresa…
Um acesso conquistado à série A2 (graças ao problema do Atibaia).

Permaneceu na A2 em 2016 e 2017, quando voltou pra A3, onde permaneceu até esse momento (em 2020, ainda sob risco de rebaixamento à A3).
E foi em 2016, que tivemos a oportunidade de conhecer o Estádio Municipal Antônio Gomes Martins, também conhecido como “Fortaleza” em homenagem ao time da cidade.

Confesso que deu um pouco de aperto no coração, imaginar que estávamos ali pra impedir o inédito acesso do Barretos à série A1…


Aproveitei pra pegar um jornal local e ver se a torcida do Barretos estava esperançosa quanto à virada (o placar emSanto André foi 2×0 pro Ramalhão).

E até pra dar sorte pro Ramalhão, fiz questão de estar dentro de campo, antes do jogo!

Aproveitei pra pegar meu ingresso e não correr nenhum risco.

Fui conhecer também ocharmoso portão dos fundos por onde andaríamos.

E olha aí o portão olhando de dentro pra fora já na hora do jogo…

A noite estava muito bonita. A torcida local compareceu, pintando de verde, vermelho e amarelo as bancadas do Estádio Municipal Antônio Gomes Martins.


Oficialmente, o Estádio tem capacidade para 13 mil torcedores, mas pelo borderô oficial apenas 5 mil torcedores compareceram.

Quem foi, fez festa!



Mas engana-se quem pensa que o lado azul não compareceu… Era um jogo decisivo, lá estava a Fúria Andreense!


E a Esquadrão Andreense:


Foi um jogo super truncado com várias defesas milagrosas do nosso goleiro “Zé Carlos”, para o desespero da torcida local.

Foram 90 minutos de pressão do Barretos e o Santo André se segurando lá atrás… E a gente desesperado na arqubancada visitante.

Mas o Ramalhão também levou perigo em alguns lances.

E o Branquinho no escanteio…

O primeiro tempo terminou e a alegria parecia começar a se multiplicar nas arquibancadas visitantes.


Muitas bandeiras do Santo André decoraram a parte do estádio dedicado à nossa torcida.

Até um “mini bandeirão” apareceu…

Uma pena que a câmera não pode captar melhor o estádio, já que estava de noite, mas pelo menos ficou um registro de mais esse lugar histórico!


Ao final do jogo, festa entre torcida e o time que jogaram juntos todo o campeonato!

Zé Carlos até deu as luvas de presente a um torcedor (que mais tarde precisou devolvê-las para que o goleiro as usasse na final contra o Mirasssol).

A torcida local soube respeita a conquista do Santo André e ficou até o fim do jogo.

Um sentimento único! Conhecer um estádio lindo e cheio de histórias e ao mesmo tempo voltar à primeira divisão!


Só tenho a agradecer a todos!


APOIE O TIME DA SUA CIDADE!!!
Estádios do Oeste Paulista: 2- Lins
Dando sequência ao nosso rolê boleiro pelo oeste paulista de junho de 2013, saímos de Marília e fomos conhecer a cidade de Lins e um pouco da história do futebol local, e registrar o Estádio Gilberto Siqueira Lopes, o “Gilbertão“.
E lá vai a Mari conhecer outra bilheteria!
Demos a sorte de conseguir pegar o final do jogo, válido pelo sub 17 entre o C.A. Linense e o Santacruzense (3×0), e assim conhecer o lado de dentro do estádio.

Se você nunca esteve no Gilbertão e quer ter uma ideia geral dele, veja o vídeo abaixo, lembrando que ele é de 2013 e o Estádio deve ter passado por transformações até o momento em que você está lendo isso, possivelmente 10 anos ou mais depois…
Dividindo um pouco da história deste Estádio, sua inauguração ocorreu em 1962, com o jogo Linense 2×4 Botafogo.
A iluminação foi “presente” do então governador Dr. Adhemar de Barros, bastante influente na região.
Inicialmente, o estádio tinha capacidade para 11.000 torcedores.

Em 2009, aumentou sua capacidade para 15.000 torcedores e com o acesso do time à primeira divisão foi ampliada temporariamente a mais de 20 mil torcedores, graças a estas arquibancadas tubulares:

Como dissemos, deu até pra fotografar um pouco do jogo entre os jovens do Linense!


E como sempre, a torcida do Linense estava lá, presente!
A estimativa é de que existam mais de 50 mil torcedores e/ou simpatizantes do Linense, na cidade.
O “Gilbertão” chegou a receber mais de 13 mil torcedores no Paulistão de 2013, contra o Corinthians, lotando as dependências do estádio!
Confesso que tenho muita simpatia pelo time do Linense!
O Linense não tem do que reclamar da fase atual.
E pelo visto, o segredo vem de dentro de casa!
Que as arquibancadas sigam cheias, elas merecem!
Da nossa parte, fica um sentimento de orgulho de não só ter conhecido o tradicional estádio do interior, mas também ter visto um pouco de uma partida oficial do Linense, ainda que da equipe sub-17.

Porém, a história do futebol em Lins vai além (ou ao menos ia) do que o Estádio Gilberto Siqueira Lopes.
Antes dele, vieram o Estádio Municipal dos Eucaliptos, o primeiro lugar onde o Linense jogou, até 1952 quando o time sagra-se campeão da 2ª divisão e a Federação faz uma série de exigências para a disputa da 1ª divisão do ano seguinte.

Assim, em apenas 60 dias, é construído um novo estádio, o “Estádio Roberto Gomes Pedrosa“, também chamado de “Gigantão de Madeira“, pelo fato de suas arquibancadas serem todas feitas de madeira.

O Gigantão de Madeira foi utilizado até 1959, quando foi demolido e seu terreno loteado. Atualmente, em seu lugar foi construído uma unidade do Amigão Supermercados. E se não podemos voltar no tempo para conhecer o Gigantão, ao menos pisamos no mesmo solo…
Pra quem quer conhecer o lugar, o endereço está na placa:
É triste, mas é real… Cada vez mais supermercados e igrejas tomam conta de áreas antes ocupadas pelos Estádios…
Conseguimos ouvir um depoimento de um senhor que participou dessa história, olha que bacana:
Aproveitei para comprar umas coisas e tenho uma ótima dica gastronômica: a melhor água de coco “industrializada” que já tomamos!
Normalmente água de coco em garrafa ou lata são horríveis, mas essa da Amambi parece que saiu do coco, mesmo!
APOIE O TIME DA SUA CIDADE!!!
antes que ele vire mais um supermercado…
O futebol em Iracemápolis
6 de outubro de 2012.
O futebol já ajudou milhares de cidades a escrever seu nome na história do esporte nacional.
Entretanto, existem algumas que acabaram esquecidas pelo grande público, mesmo tendo seus momentos heróicos.
E foi em busca dessas histórias já desgastadas pelo tempo que fomos até Iracemápolis…
O futebol de Iracemápolis teve como principal representante o Clube Atlético União Iracemapolense, o CAUI, fundado em 1 de maio de 1946. Escudo vindo do incrível site Escudos Gino!

O time representava a cidade e tinha o apoio da Usina Iracema, atualmente pertencente ao grupo São Martinho.
O CAUI participou de nove edições do Campeonato Paulista de Futebol Profissional, entre a terceira e a sexta divisão, de 1986 a 1992, quando se desligou da Federação Paulista de Futebol.
O mascote do time era um Pé de Cana.

Procurando informações no Google, descobrimos o Estádio Municipal Alpino Pedro Carneiro, onde o time teria mandado seus jogos nos campeonatos profissionais, assim, fomos até a Rua Duque de Caxias para conhecer esse histórico campo!
Se o Estádio não tem uma boa fachada identificando seu nome, ao menos encontramos algumas placas comemorativas bem bacanas.
Embora a placa acima mostre a data de 1988, essa outra placa mostra que a conclusão do Estádio acontecera antes, em 1978:
O Estádio tem capacidade para 3.200 torcedores e está em boas condições, embora só receba partidas do futebol amador.
A arquibancada é de cimento, com pouco mais de 10 degraus e uma distância segura do campo, para a tristeza dos torcedores mais exaltados…
Aproveitei a presença do pessoal que jogava um baralho ali pra ouvir um pouco sobre o futebol local.
O que eu descobri é que a verdadeira “casa” do CAUI não era este estádio, mas sim um segundo estádio, localizado próximo da Usina Iracema, assim, nos despedimos desse belo templo do futebol e fomos em busca desse segundo campo.
E não é que encontramos mais um belo Estádio, o Dr. Dimas Cêra Ometto!!
Infelizmente ele também está dedicado apenas ao futebol amador, atualmente.
Mas já recebeu jogos históricos. Fuçando no site “Jogos Perdidos“, encontrei uma súmula de um jogo contra a A.A. Chavantense, de 1988.
E 1988 foi um ano especial para o CAUI, pois foi quando conseguiram o acesso para a série A3. Olha que belo quadro encontrei no bar do estádio!
Aliás, o bar do Estádio tem outra fonte de histórias incríveis, trata-se de Toninho e Neuza, que cuidam de lá e sabem bastante da história do futebol local.
Mostraram essa outra foto do time, já nos seus anos finais:
Segundo eles, esse é o time amador que mais joga (e bebe) atualmente no estádio:
Vale a pena um olhar ainda mais romântico para as arquibancadas, de madeira, do Estádio…
Os bancos de reserva também preservam em sua própria madeira a memória de décadas de futebol amador e profissional…
Outro ítem bacana do estádio são os vestiários:
O campo está em bom estado, como pode se ver:
Mais uma placa histórica:
Assim, marcamos presença em mais um santuário histórico do futebol! Antes que você pergunte, foi aqui em Iracemápolis que o Elano (atualmente no Grêmio, mas ex atleta do Santos e da seleção brasileira) começou sua carreira, mas pra mim, essa é uma história de menor valor local.

Ah, mas antes de irmos embora o nosso guia, o “Tio Lúcio” experimentou um pouco da culinária do estádio local (e aprovou!).
O Estádio fica perto da Usina Iracema, que ainda funciona a todo vapor, mas que já não apoia o futebol como outrora!
Missão cumprida, é hora de pegar a estrada de volta com direito a uma parada em um ponto especial, em Limeira, a “Casa de suco Pessatte”, onde por R$ 3 se bebe quanto suco natural de laranja quiser… Mais informações: http://www.pessatte.com.br/
Graças ao Lúcio, nosso guia, decidimos passar por alguns lugares tão próximos quanto pouco divulgados, a começar pelo Rio Piracicaba, ainda na cidade de Americana:
A barreira da represa de Salto Grande forma uma bela cena, há menos de 100km da capital…
APOIE O TIME DA SUA CIDADE,
antes que ele vira apenas história…
E.C. São Bernardo 2×1 Tupã
Sábado, 13 de agosto de 2011.
Dia de conhecer uma nova amiga, a Bianca, recém chegada ao mundo, filha dos amigos corinthianos, Tuca e Andra!

E amigo de verdade é assim. Ri junto. Chora junto.

E aproveitando que estávamos na terra dos batateiros, fomos até o Estádio do Baetão, para assistir ao jogo do Esporte Clube São Bernardo contra a equipe do Tupã, do interior paulista.

O jogo era legal por vários motivos, mas principalmente porque mais uma vez ia conhece um time ao vivo, no caso, o Tupã.
E se os nossos amigos corinthianos, do começo do post, tivessem ido ao jogo, também teriam se divertido. É que o Tupanzinho, o talismã da Fiel, natural da cidade de Tupã e envolvido na direção do time visitante, estava por lá!

A torcida do E.C. São Bernardo estava animada, mesmo com um início de segunda fase negativo, com duas derrotas, o que fazia o jogo contra o Tupã ser de extrema importância.
O time é carinhosamente chamado de “o Vovô do ABC“, pela sua tradição.
O time foi fundado em 1928!

Em campo, um típico jogo da segundona paulista.
Muita correria e muita vontade deixam o lado técnico do jogo em segundo plano.
O público não era dos melhores, e pra atrapalhar, o outro São Bernardo (o F.C.) jogava no outro estádio da cidade, pela Copa Paulista.
Mas a torcida local mostrou como se faz uma festa, com faixas, bateria, trapos e fogos de artifício!
E dá lhe fogos de artifício!
E enquanto a festa rolava solta na arquibancada, o time do ABC se mandava ao ataque…

Ah, e estavam lá alguns torcedores do Tupã, também!
O Tupanzinho ficou ali mesmo nas arquibancadas, junto do pessoal de Tupã.

Enfim, uma noite perfeita para o futebol!
E mais uma vez, registramos nossa presença, transformando mais um jogo em memória e consequentemente, história!
O gramado sintético do Baetão dá um visual legal, mas tem horas que eu acho que ele atrapalha umas jogadas.

A torcida local, demorou, mas comemorou.
O time do E.C. São Bernardo fez 1×0.
Aliás, parabéns ao pessoal que tenta fazer ressurgir o amor pelo time de tantas histórias!
O São Bernardo ainda ampliou o placar no final do jogo, aos 38 minutos.
E mesmo o gol do Tupã não desanimou a rapaziada!
O E.C. São Bernardo venceu assim seu primeiro jogo, nessa segunda fase.
O time que foi a campo e fez a alegria da galera foi: Jefferson; Ranses, Alex, Danilo Bahia e William; Emerson, Carlos Henrique, Roben e Mancuso; Chuck e Deivid. Técnico: Julio César Passarelli.
Estamos pra postar a história do E.C. São Bernardo e sua camisa. Aguarde!































































