Novo rolê por Americana – parte 2 de 2

Bom, essa é a parte 2 desse post que acabou ficando gigante graças a tanta história que Americana tem no futebol. Se você ainda não leu a parte um, que fala sobre a história dos times que defenderam a cidade, é só clicar aqui.

Esse post é dedicado ao registro atual dos clubes e estádios que receberam partidas profissionais e agradeço o amigo Gabriel Pitor Oliveira.

O Gabriel é autor do genial site do Vasquinho (clique aqui e conheça o lindo trabalho dele!), por toda a ajuda, dicas e respostas. O cara sabe tudo sobre o futebol de Americana.

Então, comecemos nosso rolê batendo na porta do pessoal do Flamengo Futebol Clube!

O time que disputou 2 edições da terceira divisão, chegou a construir um estádio em sua sede pensando em atender as exigências da Federação Paulista, mas infelizmente o estádio foi inaugurado quando o clube já havia desistido do profissionalismo.

Entretanto, os sócios ganharam um estádio lindo e que foi dividido em 4 campos de futebol, com iluminação e uma arquibancada capaz de abrigar 5 mil torcedores!

A arquibancada de cimento tem 20 degraus e acompanha toda a lateral dos campos.

Acho que aqui dá pra ver os dois campos lado-a-lado (e são mais dois à esquerda destes).

Aqui, o outro lado:

São 4 campos com um gramado impecável. E pensar que essa área era um brejo em Americana… Imagina o trabalho que tiveram para conseguir transformar em um gramado tão retinho…

E claro, não pode faltar o distintivo do clube estampado lá em cima na arquibancada!

Olhando da arquibancada, esse é o gol (ou no caso, os gols) do lado esquerdo:

Esse os do lado direito:

E aqui…. seria o meio campo do campo original…

Do lado oposto à arquibancada ainda existe um lance único de arquibancada

O canal Rio Branco, embaixador de Americana trouxe essa preciosa foto do estádio original:

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Como mostramos no post anterior, fui presenteado com um livro incrível que conta a história do Flamengo FC.

E no livro, muitas vezes falou-se do tal “Bar do Flamengo” e consegui dar um pulo até lá para conhecer o lugar.

Infelizmente o bar estava fechado.

Embora o estádio dentro do clube seja lindo, não foi lá que o Flamengo mandou seus jogos pelo Paulista da Terceira divisão de 67 e 68, e fomos até o Estádio Victório Scuro em busca de respostas. Estivemos lá há algum tempo (veja aqui como foi), mas é sempre bom rever as arquibancadas de um estádio clássico como o Victório Scuro, também conhecido como “Caldeirão do Dragão” ou “Vovô”.

O Victório Scuro foi a casa do EC Vasco da Gama em suas competições profissionais e amadoras. Mas vale lembrar que o Vaquinho chegou a ter um outro campo lá na Vila Galo, onde hoje é a Rua Dom Pedro II

O Estádio Victório Scuro foi construído em um terreno cedido pela prefeitura em 1959, por um comodato de 10 anos.
O responsável pela construção do estádio foi Ítalo Scuro (o nome do estádio homenageia seu pai), dono de uma indústria têxtil e a inauguração ocorreu em abril de 1960 como celebração do aniversário de 10 anos do time.
Na partida preliminar, o CRS Carioba venceu o Recreativo Sumaré por 3×2, mas a partida que fez a alegria da torcida local foi EC Vasco 3×0 XV da Lapa (SP).
O Vasco mandou seus jogo aí até 1977, quando o Americana EC (antigo Vasco) acabou trocando o Victório Scuro pelo atual Estádio Décio Vitta.

O Victório Scuro ainda seria utilizado pelo Sete de Setembro, mas vale lembrar que em 1984, o próprio Rio Branco chegou a mandar jogos ali.

Atualmente o Estádio Victório Scuro é a sede de um projeto focado em crianças e adolescentes, gerido pelo Colorado, um tradicional time de futebol amador da cidade que parecia caminhar para o seu fim, mas que ganhou nova vida com essa molecada!

Quem coordena o projeto atualmente é Rogério Panhoça junto do “Zé Pulga”, uma figura super tradicional no futebol da região.

Aliás, foi ele quem resolveu a charada de onde o Flamengo mandou seus jogos na Terceira Divisão de 1968 e 69. Aliás, ele contou mais um monte de histórias, confere aí:

O papo foi ótimo, mas a missão em Americana ainda não tinha acabado. Era necessário registrar a Praça de Esportes Milton Fenley Azenha, também chamado de “Centro Cívico”.

O complexo é formado por uma série de equipamentos esportivos, e o Estádio de futebol recebeu diversos jogos das categorias de base do Rio Branco .

E no ia da nossa visita, conseguimos pegar as oitavas de final da Copa Inter de futebol amador de Americana.

Ainda que as nuvens estivessem no céu, estava quase 40 graus de calor em campo…

Em campo jogavam o Malucos da Praia e o Descubra (se me informaram correto, o placar final foi Descubra 4 x 0 M.D.P.).

Poucas pessoas acompanhavam a partida nas arquibancadas do Centro Cívico.

Mas olha que bela imagem do meio campo:

O gol da esquerda:

O gol da direita:

Vale até ver um gol:

Já cansou? Porque ainda faltam 2 estádios para fechar nossa missão. Um deles é o Estádio Eugenio Cia (ok, ok, a “praça de esportes” Eugenio Cia), inaugurado em 1979 e que fica localizado na Avenida Bandeirantes, 4100, na Vila Cordenonsi.

O Campo Municipal Eugênio Cia nasceu de uma escola de samba, a Sociedade Recreativa Folclórica Esportiva Unidos da Cordenonsi, cujos integrantes aproveitaram o antigo Ninho do Gavião, campo do Sete de Setembro e fizeram uma nova praça de futebol em mutirão.

Vamos conhecê-lo?

As bilheterias ainda estão por ali…

O campo fica numa região bastante arborizada, e muito bonita.

Estava rolando mais uma partida pelas oitavas de final da Copa Inter de futebol amador da cidade, e dessa vez, duas equipes tradicionais lotaram o Eugenio Cia: Cantareira x Cidade Jardim.

Tinha gente torcendo por todos os lados do campo…

Aliás, essa linda arquibancada veio do campo do SCR Carioba que havia sido desativada e foi desmontada e remontada degrau a degrau no campo da Cordenonsi.

Olha o detalhe de como são os degraus:

O gramado muito bem cuidado permitiu uma boa partida!

E a arquibancada coberta foi providencial pra dar uma fugida do sol e do calor.

Daqui aproveito pra registrar o gol esquerdo:

O meio campo:

E o gol da direita:

E dentro de campo, a bola seguia num jogo bem disputado, mas que parecia se resolver para o time do Cidade Jardim, que ia vencendo por 2×0.

Mais uma vez é muito bacana poder estar presente pra registrar não só o campo, mas a força do futebol amador, dessa vez, em Americana!

O banco preocupado porque o time do Cantareira fez seu gol. 2×1.

Olha que visual incrível. Espero que em 2047 alguém olhe essa foto e diga “olha como o mundo era louco naquele longínquo 2021″…

O jogo seguia para o fim, e as próximas duas equipes estavam prontas para entrar em campo (aliás, o jogo seguinte foi uma goleada do time que seria o campeão da Copa, o São Jerônimo/Bruxela por 9×0 contra Jardim América II

Fim de jogo, 3×1 para a festa do time do Cidade Jardim!

Hora de seguir para a última parte desse rolê pelos campos de Americana, o Estádio Parque Dona Albertina , o campo do Carioba!

Segundo os conselhos do amigo Gabriel, acessar o ainda existente campo do Carioba não seria missão fácil por estar dentro do terreno do DAE (Departamento de Águas e Esgotos de Americana), já no fim da vila Carioba. Mas, lá fomos nós na esperança de acessar o campo!

O rolê pela Vila Carioba é uma volta ao passado, com certa dor no coração pelas imagens do presente. Embora a natureza ainda seja exuberante, o que se vê das antigas indústrias têxteis e da arquitetura da época, mostra que em algum momento as coisas deram errado.

A indústria têxtil acabou prejudicando demais a vila… Em vários documentários (veja esse, ou este por exemplo) que contam sobre a vida na vila no início do século XX mostram que havia toda uma vida em colônia em torno das fábricas que sofreu com isso.

Mas o visual vale o rolê…

E ali ao fundo, após cruzar o rio (é o rio Piracicaba!! Ainda menorzinho…) chegamos ao antigo campo do SCR Carioba!

Logo em seguida, o rio se junta a outro afluente e recebe maior vazão de águas.

Na verdade, atualmente não se chega ao antigo Estádio Parque Dona Albertina mas sim ao DAE-Americana.

Realmente a entrada no campo não foi tarefa fácil. Foram necessárias diversas ligações do responsável pela segurança até obter uma autorização para nossa entrada (rápida) para realização do registro desse campo tão histórico! Pena que o antigo pórtico já não existe mais…

Então liguemos a nossa máquina do tempo para mais este registro incrível da história do fuebol de Americana…

Ainda há um lindo bosque acompanhando a lateral do campo, que já não tem mais um gramado impecável…

Ali, no gol dos “fundos” (já que entramos pelo lado do outro gol), existe uma construção que parece ser uma caixa d’água.

Ainda resiste um alambrado separando o espaço do campo do resto do terreno.

Ao lado do campo, uma área onde possivelmente ficava a antiga arquibancada de madeira.

Aqui, a alegria dos atletas… o equipamento que permite a alegria maior do esporte, o gol!

Encontrei essa estrutura em um dos vitrais da construção ao lado do campo. Tentei enxergar um possível distintivo desenhado ali ao meio, mas não se parece em nada com o distintivo conhecido do SCR Carioba.

Incrível como a combinação natureza + futebol parece combinar tão bem…

Quantas partidas, quantas histórias, quantas pessoas terão passado por aqui e marcado em sua memória a lembrança deste campo…

Com a sombra em meu rosto, um sentimento de orgulho e missão cumprida, ao mesmo tempo em que tantas lacunas, saudades e até um pouquinho de tristeza se misturam ao comparar o passado e o presente, pensando no futuro de campos como esse do Carioba, vendo a velocidade com que o progresso atropela toda a nossa história…

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Rolê em Assis para ver o VOCEM em 2016

E não é que mais um ano conseguimos cumprir a tradição de ir até Assis para ver um jogo do VOCEM??
O VOCEM é um time que sempre povoou meu imaginário fosse pelas histórias que meu pai contava, ou pelas tantas férias que passei na casa da vó Luzia, tendo como “vizinho de frente” a Igreja da Vila Operária, onde o Padre Belini fundara a equipe local.
Abaixo uma foto do Padre com meu vô Tonico, meu primo Gustavo (sãopaulino) e eu, armado, de cuecas e sandálias.

Ir pra Assis quase que anualmente significa refazer uma peregrinação que mistura a história da minha família ao futebol local e à ferrovia, aproveitando ainda para conhecer novas cidades ao caminho (dessa vez passamos por Cerquilho, São Manuel, Pirajú).

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Também gosto de fotografar alguns locais para ver como as coisas vão mudando, e mesmo pixações que tenham a ver com meu jeito de pensar e viver, assim, seguem algumas dessas fotos:

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Dói demais ver tantos trilhos, tanta estrutura pronta simplesmente abandonada… A Ferrovia faz parte da história do interior e cruzou muitas vezes com o futebol.

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E o Osvaldo Gimenez Penessor, meu pai, entrou no clima do rolê, passeando com sua camisa da Ferroviária!

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O interior paulista tem uma vida social e cultural riquíssima, que mistura passado e presente.

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Outro detalhe que sobrevive na cidade são as casas de madeira que resistem ao tempo e mantém-se lindas!

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Aqui, a praça na Vila Operária, onde ficava a Paróquia, hoje reformada e bem ajeitadinha:

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Aqui a imagem do padre Aloísio Belini junto da escola de samba da Vila Operária (mesmo local de onde nasceu o VOCEM).

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Tivemos tempo de dar um pulo em Cândido Mota (tomar um sorvete na praça é passeio obrigatório!) e visitar o campo do CAC (Clube Atlético Candidomotense), o Estádio Municipal Benedito Pires!

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No sábado, deu ainda pra acompanhar um pouco do dérbi de Assis, pelo sub 20, final de jogo VOCEM 0x0 Asssissense

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Também fomos dar um alô no campo da Ferroviária!

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E no Clube São Paulo de Assis, completando o ciclo dos times que disputaram as competições oficiais da Federação representando Assis.

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Enfim, o fim de semana passou corrido, e quando me dei por conta, já era domingo de manhã, hora do jogo, e lá fomos nós, de volta à Vila Operária, para o Estádio Municipal Antônio Viana da Silva, o “Tonicão”.

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O jogo era a última rodada da segunda fase da série B, de onde se definiriam os 8 times a disputar as quartas de final.
O VOCEM enfrentaria a AD Guarulhos do amigo Rapha!

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Essa é a fachada do Tonicão. Acanhada né? Merecia um letreiro com nome da cancha…

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Chegamos cedo, e pudemos acompanhar a entrada da torcida local, animada, mas ainda em pequeno número perto do potencial que a cidade tem.

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O Estádio tem duas arquibancadas, onde cabem 5 mil pessoas em cada. O público do jogo foi de 2 mil torcedores.

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Como tudo isso aconteceu há quase um ano, o fim da história eu já posso resumir pra vocês… Nem o VOCEM nem o AD Guarulhos (dos nossos amigos Francisco e Cabelo) subiram pra A3…

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Se há alguns anos atrás, nosso companheiro nessa aventura foi o tio Zé (já falecido), dessa vez foi o Tilim (filho do Tio Zé) que nos fez companhia!

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Destaque pra tradicional pipoca de estádio, sempre presente!

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A torcida local compareceu, não em tantas pessoas como eu esperava, pra um jogo decisivo, mas… Lá estavam os apaixonados pelo futebol!

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O time local venceu a partida por 4×1, eliminando qualquer esperança pro Guarulhos.

VOCEM - Assis

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Rolê 2018 pelo interior paulista: Lucélia (parte 10 de 27)

Pra ser camisa 10 tem que ter responsabilidade! E assim tem que ser com o nosso post número 10 desse rolê de junho / 2018!
Depois de visitar e registrar estádios em Lençóis Paulista, Agudos, Gália, Garça, Vera Cruz, Oriente, Quintana, Osvaldo Cruz e Rinópolis) e dois jogos da Bezinha (4ª divisão paulista) em Andradina e em Tupã, enfim chegamos à Lucélia!

Atualmente, pouco mais de 21 mil pessoas vivem em Lucélia.

Lucélia
Lucália
Lucélia

A cidade soube manter importante parte de sua arquitetura, tornando-a um lugar muito interessante para visitar.

Lucélia
Lucélia

E a cidade tem uma forte ligação com o futebol, afinal o futebol society, foi idealizado em Lucélia no ano de 1966, por Hamilton Di Stéfano e Paschoal Milton Lentini.
Desta idealização, surgiu o esporte que hoje é praticado em todos os Estados do Brasil.

Mas nosso objetivo era conhecer e registrar o Estádio Municipal José de Freitas Cayres.

Estádio Municipal José de Freitas Cayres - Lucélia
Estádio Municipal José de Freitas Cayres - Lucélia

Mais uma bilheteria para a nossa coleção de fotos.

Estádio Municipal José de Freitas Cayres - Lucélia

Olha aí que bela arte ilustra a entrada do estádio:

Estádio Municipal José de Freitas Cayres - Lucélia
Estádio Municipal José de Freitas Cayres - Lucélia

E que tal dar uma volta lá dentro?

O Estádio Municipal José de Freitas Cayres era a casa do Lucélia Futebol Clube (brasão no site Gino Escudos).

O time foi fundado em julho de 1943, o que faz o time ser mais antigo que a própria cidade (emancipada em 1944).
O Lucélia FC já participou de 7 disputas de Campeonato Paulista entre a segunda e a quarta divisão, mandando seus jogos neste belo estádio!

Lucélia FC
Estádio Municipal José de Freitas Cayres - Lucélia

O campo ainda possui sistema de iluminação:

Estádio Municipal José de Freitas Cayres - Lucélia
Estádio Municipal José de Freitas Cayres - Lucélia

Em 1950, o Lucélia FC se filiou à Federação Paulista de Futebol.

Em 1952, a equipe disputou a segunda divisão da época, enfrentando Linense, São Paulo de Araçatuba, Tupã, Bandeirante, Penapolense, 9 de Julho de Getulina e AA Adamantina.

A partir deste ano, muitos times vieram jogar amistosos em Lucélia para colaborar com a preparação do time, entre eles XV de Jaú, Marília, Noroeste, Ponte Preta, Palmeiras e o Corinthians do goleiro Gilmar dos Santos Neves.

Aqui, uma equipe dessa época:

Lucelia FC

Essa e outras fotos antigas você encontra no site: www.nossalucelia.com.br .

Anos depois, o time disputou duas edições da terceira divisão (1958 e 1959) e três da quarta divisão (1960, 1964 e 1965). Aqui, o time de 1962:

Lucelia FC 1962

Olha como ficava lotada a arquibancada do Municipal:

Arquibancada Lucelia FC

Aqui mais fotos atuais do estádio, da nossa visita:

Estádio Municipal José de Freitas Cayres - Lucélia

O gol segue lá, como maior objetivo de tantos artilheiros das ruas dessa pequena cidade…

Estádio Municipal José de Freitas Cayres - Lucélia

O estádio tem seu nome em homenagem ao primeiro presidente do Lucélia FC: Manoel de Freitas Cayres.

Estádio Municipal José de Freitas Cayres - Lucélia
Estádio Municipal José de Freitas Cayres - Lucélia

A arquibancada coberta ainda aguarda o dia de reunir centenas de moradores locais gritando o nome do time da cidade!

Estádio Municipal José de Freitas Cayres - Lucélia
Estádio Municipal José de Freitas Cayres - Lucélia

O gramado sofre nessa época do ano com a seca, mas está muito bem cuidado.

Estádio Municipal José de Freitas Cayres - Lucélia
Estádio Municipal José de Freitas Cayres - Lucélia

E ainda possui um lance de arquibancada na lateral do campo.

Estádio Municipal José de Freitas Cayres - Lucélia
Estádio Municipal José de Freitas Cayres - Lucélia

Antes de irmos embora, descobrimos que o time (e a cidade) do Lucélia FC tem uma grande rivalidade com o time (e a cidade) do Rinópolis FC, graças à Copa Amnap (Copa da Associação de Municípios da Alta Paulista) de 2013 (que só foi acabar em 2014).
O primeiro jogo da final, terminou 1 a 0 para Lucélia, mas não foi realizado na casa dos rinopolenses, mandantes da partida, e sim em Piacatu (SP), por um veto do Corpo de Bombeiros ao estádio do município.
Já a segunda partida seria disputada com portões fechados, pois a organização alegou que havia indícios de briga entre as torcidas. A diretoria do time rinopolense não concordou com a decisão e disse que não compareceria à partida.
E assim, esse foi o time campeão, que ganhou a final por WO:

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Hora de ir embora e seguir viagem…

Estádio Municipal José de Freitas Cayres - Lucélia

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Taubaté, campeão da A3 de 2015: um título à moda antiga

Final

Mais um final de semana de aventuras no mundo do futebol. Dessa vez, pegamos a Ayrton Senna / Dutra e fomos até Taubaté.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense

Nossa missão: acompanhar a final da série A3, entre o time local e o Votuporanguense, no tradicionalíssimo Estádio Joaquim de Morais Filho, o “Joaquinzão”.

Estádio em Taubaté

Mesmo tendo perdido o primeiro jogo, em Votuporanga por 3×0, alguns amigos da torcida local disseram que a cidade estava confiante na reversão desse placar.
Eu e a Mari acreditamos e pra poder aproveitar o rolê, fomos um dia antes pra Taubaté, pra sentir o clima da final.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense

Ainda no sábado, demos um pulo no Joaquinzão para comprar nossos ingressos!

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense

O time tinha acabado de treinar e deu pra bater um papo com alguns jogadores. Encontramos também diversos torcedores do Taubaté que foram até lá pra apoiar o time, ou mesmo pra pegar autógrafos do time que poderia entrar pra história!

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense

Vale lembrar alguns dados do Estádio Joaquinzão: atualmente sua capacidade é de 9.600 torcedores, diferente dos mais de 20 mil lugares disponibilizados desde sua fundação, em 1967.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense

Antes dele, o Taubaté mandava seus jogos no Estádio Praça Monsenhor Silva Barros, “O Campo do Bosque”.
E para a construção do novo campo, em 1958 houve uma grande campanha de arrecadação de tijolos.
A partida de estreia foi contra o São Paulo que venceu o time local por 2 a 1.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

Atualmente,o time do Taubaté vem superando as dificuldades e se posicionando cada vez mais como o time da cidade, lutando contra a massificação dos jovens que cada dia mais se deixam levar pela mídia e notoriedade dos times da capital.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense

O recorde de público do estádio aconteceu no jogo contra o Corinthians, em 11 de junho de 1980: 21.272 torcedores, e embora a realidade atual seja diferente, o público esperado para o jogo é um dos maiores dos últimos anos.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

Mas…
Antes do jogo, fizemos o tradicional rolê pela cidade, conhecendo um pouco dos lugares tradicionais da cidade, de restaurante até a antiga estação de trem, sem deixar de conhecer a Feira da barganha, em frente o Mercado Municipal, nos domingos pela manhã (deu pra ir antes do jogo)…

Taubaté
Taubaté

A boa surpresa foi que ficamos no mesmo hotel que o time do Votuporanguense, o que nos permitiu vivenciar um pouco da sensação de disputar uma final, quase como parte do grupo.

Votuporanguense

Além disso, tivemos a sorte de conhecer o Émerson, que coordena o VotuNews, portal muito bacana que leva à Internet as informações sobre a cidade de Votuporanga, em especial o esporte.

Votu News

O time do Votuporanguense chegou confiante graças ao placar elástico no jogo de ida, mas em momento algum, percebemos qualquer sentimento de “já ganhou”.
Ao contrário, sabiam da dificuldade que seria enfrentar o Taubaté no Joaquinzão.

Votuporanguense

Eu e a Mari demos uma volta pela região e após muitas atividades, o sábado foi chegando ao fim.
Chegamos ao hotel, prontos pra descansar pro dia seguinte. Por volta das 23hs quando começamos a pegar no sono… Uma surpresinha… Um barulho ensurdecedor praticamente na nossa janela do hotel…

Rojão

Na mesma hora, percebemos como seria aquela noite. E assim foi até as 6 horas da manhã. De hora em hora os rojões despertavam aqueles que tentavam dormir e têm o sono mais leve.
No dia seguinte, levantamos cedo, pra aproveitar o momento do café da manhã com os atletas do Votuporanguense e não se ouvia outra coisa entre eles, e também entre os demais hóspedes do hotel: a noite do sábado fora um “mini Iraque”. Aparentemente os jogadores levaram numa boa, mas alguns hóspedes estavam mesmo bravos com todo o barulho gerado pela torcida do Taubaté.

Votuporanguense
Votuporanguense

Confesso que achei engraçada aquela situação, afinal, em tempos de “futebol moderno” onde qualquer coisa é considerada radicalismo, o pessoal de Taubaté soube aproveitar uma oportunidade, sem ofender ou agredir ninguém.
Saímos cedo pra conhecer a feira da barganha e quando voltamos estranhamos a presença do ônibus dos jogadores ainda no hotel.
Ficamos sabendo que além dos rojões, a torcida local furou (ou murchou) alguns pneus do ônibus, atrasando a saída do time e obrigando o Votuporanguense a utilizar o ônibus dos torcedores para levar os atletas ao estádio.

Ônibus do Votuporanguense

É mole???
Pra quem acha que as boas histórias do futebol morreram, aí está mais uma que pode acompanhar os torcedores por alguns anos.
Bom, mas vamos ao jogo, que é pra isso que estivemos em Taubaté!

A torcida local pareceu ignorar a forte garoa que molhou a cidade desde a noite do sábado e colocou quase 6 mil torcedores no Joaquinzão.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

Público formado por torcedores organizados, mas também muitas famílias e torcedores comuns.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

Deu orgulho de poder fazer parte dessa história, mesmo não sendo torcedor de nenhum dos dois times.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)
Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

Aliás, olhando lá para o outro lado, dava pra ver que a torcida visitante também compareceu em um bom número, principalmente se considerarmos a distância entre as duas cidades.

Torcida do Votuporanguense
Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

Outro ponto que vale a pena citar é que não vimos nenhum tipo de incidente entre torcedores e olha que demos umas duas voltas em torno do estádio pra sentir o clima do jogo.
Sem dúvida, a chuva reduziu em boa parte o número de torcedores presentes, com certeza em um dia sem tanta água caindo, teríamos quase 10 mil pessoas no campo.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense

Que fique registrado: choveu durante os 90 minutos.
E isso prejudicou o público, mas também a qualidade do gramado e consequentemente o nível do jogo.
Só que o time do Taubaté decidiu passar por cima de tudo isso.
Das poças, do frio, do jogo truncado…
E foi pra cima do Votuporanguense.
Resultado? Escanteio batido e Lelo marca.
Taubaté 1×0, em menos de 10 minutos.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

E pra quem achava que era só um “aperto inicial” o Burrão seguiu no pique e logo aos 15 minutos, marcou o segundo gol.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)
Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

Os rojões teriam conseguido efeito?
O forte time do Votuporanguense sucumbiria ainda no primeiro tempo, por uma noite mal dormida?
O torcedor local tinha certeza disso, mas…
O primeiro tempo acabou em 2×0, mesmo, sob aplausos da torcida local.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

O intervalo foi ótimo para nos permitir conhecer pessoalmente o pessoal da Comando 1914, com quem já trocávamos mensagens na Internet.

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Fica aqui um grande abraço ao Ronaldo e todo mundo que fez uma linda festa na arquibancada, não somente na final, mas em cada jogo do Taubaté.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)
Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

O 2º tempo começou, a chuva não deu trégua, e o time visitante apertou a marcação, mostrando que não entregaria um terceiro gol facilmente.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

A torcida local seguia em seu transe quase hipnótico de apoio ao time, torcendo como se estivessem em campo, jogando junto.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

Que fique claro, o Taubaté não é uma exceção entre os times do interior paulista. Acometido por dificuldades financeiras (não é fácil manter um time pagando em dia, na série A3) a diretoria conseguiu reunir a Prefeitura, as empresas locais e só assim o envolvimento entre cidade e futebol voltou a se acender.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

Por volta dos 25 minutos, decidi dar uma volta pelo estádio e foi incrível perceber que não havia um único torcedor do Taubaté que parecia ter desistido do título.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

Dava pra ver nos olhares, nos abraços, nos gritos e na própria postura de cada torcedor o sentimento de dedicação e amor ao time da cidade.
O estádio estava feliz, pela conquista do acesso, mas queria mais.
Entre tosses e espirros, os ensopados, pré-gripados torcedores queriam o título.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

O grito de campeão estava preso e sufocado, por anos de convivência com os demais cidadãos que abriram mão do time da cidade para torcer pelos times da capital. Eram 6 mil pessoas que queriam gritar aos sãopaulinos, corinthianos, palmerenses e santistas nascidos na cidade um “ACORDEM, SOMOS CAMPEÕES, O TIME DA NOSSA CIDADE!!!”

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

Sem desmerecer, ao mesmo tempo, o excelente time e torcida da Votuporanguense. Pra nós, que assistíamos a essa verdadeira ópera como meros espectadores (Se é que era mesmo possível) doía ver o esforço de um time jovem e tão correto caindo em solo molhado.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

Mas ainda não havia nada perdido, para nenhum dos times.
Afinal, os 2×0 dava o título ao time visitante.
Passava dos 30 minutos, mais água ainda e o placar igual.
Senhores, senhoras e crianças sofriam nas arquibancadas tanto ou mais do que os atletas em campo.
Havia um sentimento de estafa emocional, lágrimas sendo preparadas para o choro, de tristeza ou felicidade.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

O gramado chorava da sua maneira.
As chuteiras não perdoaram, arranharam, machucaram, fizeram o sangrar terra viva, mas esse foi o sacrifício feito pelo Joaquinzão para fazer parte dessa história. Times, torcidas, jornalistas, o campo, uniformes, as traves, a bola, cada pedaço de pano molhado amarrado na arquibancada.
Todos sofriam por igual.
Sério, parecia que em algum momento algo iria explodir e não eram os rojões da noite anterior.
Foi aí que algo aconteceu.
Em meio a tudo isso, um apito longo feito por um maquinista avisava…
Se o trem não para, por que o Burrão iria??

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)
Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

Não sei se foi combinado ou não, mas o estádio começou a gritar o tradicional “EU ACREDITO”, e antes que alguém desmaiasse de tensão ou dor…
Veio o fato que todos (os torcedores locais) aguardavam.
Gol.
Do Taubaté.
E a explosão veio.
De felicidade, de raiva, de amor, de orgulho…

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

O time da cidade estava presente de corpo e alma.
Abraçad@s, vizinh@s, amig@s, namorad@s, pais e filhos, av@s….
Há tempos não víamos lágrimas tão reais e intensas em torno de uma partida.
46 do segundo tempo.
Outro gol.
Já não há o anormal.
A certeza do título já é uma realidade.
A felicidade em cada gota de chuva já pode ser ouvida dentro e for a do estádio.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

Mais fogos de artifício.
Esses vêm de longe.
Houve quem preferisse acompanhar o jogo pela TV ou pela rádio e agora amaldiçoava o fato de perder essa festa queimando o céu.
Eu a Mari saímos quietinhos.
Contentes por poder vivenciar tudo isso tão de perto.
Por ver os amigos do Taubaté levantarem a taça e mais uma vez colocar o nome do time na história.

Taubaté campeao 2015

Ao mesmo tempo, um pouco tristes por saber que o pessoal que havia tomado café da manhã conosco, há poucas horas, voltaria pra casa sem o troféu.
Nos tranquilizamos pensando que o acesso seria um presente grande o suficiente para acalmar a cidade.
Rapidamente estávamos no hotel, tomamos um banho quente pra tentar fugir da gripe e em pouco menos de uma hora estávamos deixando a cidade.

Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

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Final A3 2015: Taubaté x Votuporanguense (Estádio Joaquinzão - Taubaté)

O Estádio em Rotterdam: a casa do Sparta

Acorde Mari, é cedo e frio nas ruas de Rotterdam, na Holanda, mas… É hora de conhecer mais um estádio de futebol, a casa do Sparta Rotterdam.

Hoje, vamos contar um pouco sobre nosso role até o “Sparta Stadion Het Kasteel” a casa do Sparta Rotterdam.

Pra chegar lá é muito fácil. Basta tomar o TRAM 21 e descer no ponto final. É exatamente em frente o Estádio, e mesmo sendo semana de natal… A loja do estádio estava aberta!

Mas, antes de dar uma olhada na loja, vamos dar uma volta e ver o estádio.

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O Sparta é o time mais antigo da Holanda em atividade, foi fundado em 1888. É o rival do Feyenoord, com quem faz o dérbi de Rotterdam.

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É engraçado como alguns times/estádios geram uma identificação imediata… Esse foi o caso com o Estádio do Sparta Rotterdam.

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Mas, a chuva, o horário e a época do ano não ajudaram… O estádio estava fechado 🙁 . Uma pena.

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Bom, deu pra fazer algumas fotos do lado de fora mesmo.

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Dói o coração quando a gente gosta de um estádio, viaja alguns milhares de quilômetros e tem que ver ele desse ângulo…

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Bom, sem estádio, vamos conhecer a loja do time! E pelos deuses do futebol… Quanta coisa legal!

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Junto a tantos souvenirs, lembranças e uniformes, bastante memória do Sparta pendurada pelas paredes…

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E quanta coisa tem na loja dos caras… Da camisa oficial…

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Uns moletons muito loucos!

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Até uma miniatura do estádio…

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Antes que eu me esqueça, eles tem um site que vende (só não sei se entrega aqui no Brasil): www.fanshop.sparta-rotterdam.nl

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Mas mais do que os produtos, me encantam as pessoas. E foi na loja do Sparta que conheci dois senhores: o “Art” e seu amigo, que não recordo o nome. Eles ficaram contentes em saber que antes de conhecer o estádio do Feyenoord eu preferi conhecer a casa e a história do Sparta.

Ficamos um bom tempo vendo fotos antigas e trocando histórias sobre nossos times. Experiência única.

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Mas mais do que histórias, acabamos ganhando um presentão deles… Fomos enfim conhecer o lado de dentro do estádio!!!

É de ficar em choque!

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Em suas arquibancadas, o Estádio Het Kasteel comporta quase 15 mil pessoas.

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Mari disse que o dia estava “um pouco” frio.

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A história do Sparta já teve dias de glória, sendo considerado uma das potências da Holanda até os anos 60. Porém, desde 66 segue um jejum de títulos, disputando atualmente a segunda divisão nacional neste belo estádio.

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Boa parte das arquibancadas é coberta.

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Enfim… Mais um sonho realizado por este andreense que se encanta pelo futebol mundo a fora…

APOIE O TIME DA SUA ÁREA!

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Estádios do Oeste Paulista: 14- Rancharia (SP)

Ah, que rolê incrível! Pra quem acha que o futebol de verdade neste ano de 2013 é a Copa das Confederações, recomendo uma voltinha pelo interior paulista.

Rancharia

É muita história, muitos times e muitos estádios. Saímos de Regente Feijó e fomos para Rancharia!

Rancharia

Rancharia é uma cidade com pouco mais de 30 mil habitantes.

Rancharia

A cidade foi fundada em 1916 e está a pouco mais de 520 km de São Paulo.

Rancharia

Rancharia tem na produção agropecuária e no Algodão suas principais atividades econômicas, e como toda boa cidade do interior, tem uma igreja ali no centro!

Igreja - Rancharia

Eu não imaginava, mas Rancharia é o 6º maior município do estado de São Paulo, e tem como motivo de orgulho o Estádio Francisco Franco, na Rua Adhemar de Barros, 750, onde a A.A. Ranchariense mandava seus jogos!

Estádio Francisco Franco - A.A. Ranchariense - Rancharia

Você pode estar se perguntando por que eu estava olhando para o lado. A resposta está aí embaixo: um novo amigo do blog, ainda que em forte momento alcoólico, fez questão de sair na foto!

Estádio Francisco Franco - A.A. Ranchariense - Rancharia

Outro amigo foi a Mari que fez!

Estádio Francisco Franco - A.A. Ranchariense - Rancharia

Vamos dar uma olhada na parte interna do estádio!

O Estádio Francisco Franco tem capacidade para mais de 4.600 pessoas.

Estádio Francisco Franco - A.A. Ranchariense - Rancharia

O futebol em Rancharia teve seu auge nos anos 40, quando surgem a A.A. Ranchariense e a A.A. Matarazzo, para disputar o Campeonato do Interior da Federação Paulista.

AA Matarazzo - Rancharia
AA MAtarazzo - Rancharia

O time do Ranchariense só foi se profissionalizar em 1978 .

AA Ranchariense

Olha aqui a campanha da Ranchariense na 5a divisão de 1979:

Campeonato Paulista - 5a divisão - 1979
Campeonato Paulista - 5a divisão - 1979
Campeonato Paulista - 5a divisão - 1979

Aqui, uma outra bela campanha do time, dessa vez, pela Terceira Divisão de 1985:

Terceira Divisão 1985
Terceira divisao 1985 - grupo laranja

Olha aí que presente do amigo e leitor do blog Fabio Teixeira: fotos de 1988, contra a Chavantense:

Ranchariense

Rancharia tem mesmo uma relação bem apaixonada com o futebol!

Estádio Francisco Franco - A.A. Ranchariense - Rancharia

O gramado está em perfeitas condições!

Estádio Francisco Franco - A.A. Ranchariense - Rancharia

Belas arquibancadas que viram desde 1978 a equipe da Ranchariense representar a cidade no Campeonato Paulista de Futebol.

Estádio Francisco Franco - A.A. Ranchariense - Rancharia
Estádio Francisco Franco - A.A. Ranchariense - Rancharia

No momento da nossa visita, um rachão com cara de peneira entre uma molecada da cidade rolava no campo.

Estádio Francisco Franco - A.A. Ranchariense - Rancharia

O Estádio está em obra na arquibancada atrás do gol.

Estádio Francisco Franco - A.A. Ranchariense - Rancharia

A arquibancada é aquelas de cimento, old school.

Estádio Francisco Franco - A.A. Ranchariense - Rancharia

Junto do estádio tem uma pequena estrutura com algumas salas.

Estádio Francisco Franco - A.A. Ranchariense - Rancharia

Homenagem ao pessoal do Juventus!

Estádio Francisco Franco - A.A. Ranchariense - Rancharia

E dá lhe a molecada jogando!

Estádio Francisco Franco - A.A. Ranchariense - Rancharia

Uma visão de dentro do campo.

Estádio Francisco Franco - A.A. Ranchariense - Rancharia

Aí está um time que eu gostaria muito de ver jogar…

Estádio Francisco Franco - A.A. Ranchariense - Rancharia

Mais uma vez, ficamos orgulhosos de poder entrar em um estádio que está na história o futebol brasileiro.

Estádio Francisco Franco - A.A. Ranchariense - Rancharia

E aqui o time de 2007:

Hora de voltar a estrada!

Rancharia

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155- Camisa da Universidad del Chile

A 155a camisa de futebol da nossa história foi presente de um casal de amigos muito bacana, lá de Santiago, o José e a Javi.

Eles estiveram um tempo aqui no Brasil, e pudemos mais uma vez ver como o futebol pode ser capaz de reunir as pessoas.
Levamos os dois até o Estádio Bruno José Daniel, onde o Santo André manda seus jogos.

Mas também fizemos uns rolês menos boleiros, como a visita ao pico o Jaraguá, guiados por Gabriel Uchida, que decidiu mostrar seu lado atlético!

A camisa defende as cores do time que eles torcem, a Universidad de Chile.

O site do time da Universidad de Chile é www.udechile.cl.

O time nasceu em 1927, com a fusão do Internado Football Club, do Club Atlético Universitario e do Club Náutico Universitario, com o apoio da Associação Desportiva da Universidade do Chile. Esse foi o primeiro time da La U:

A partir de 1938, passou a disputar o campeonato profissional. Esse é o time daquele ano:

Em 1940, conquistou seu primeiro campeonato nacional.

Em 1959, um novo título. O time já se tornara um dos mais populares da capital.

Os anos 60 deram o apelido ao time de ” O Ballet azul” devido às boas atuações, coroadas com títulos em 1962, 64, 65, 67, 68 e 69.

Em 1970, o time alcançou as semifinais da Copa Libertadores, sendo derrotado pelo Penarol, em partida extra disputada em Avellaneda.

Os anos 70 trariam ainda um grande recorde de vitórias sobre a rival Universidad Católica: foram mais de 13 anos sem derrotas. Esse é o time de 1976:

Mas, os anos 70 passaram sem grandes conquistas para o time. E os anos 80 ainda trouxeram grande crise financeira para o time. Chegaram a fazer uma rifa para construção do estádio que acabou não dando certo. Como momento mais trágico, em 1988, o time caiu para a segunda divisão.

No ano seguinte, o time já estaria de volta à primeira divisão. Nos anos 90, 3 títulos nacionais em 1994, 95 e 99. Esse era o time de 99:

Em 2000, novo título, abrindo bem a nova década!

O Campeonato Chileno passou a ser disputado como os demais na América Latina: com um torneio abertura e um clausura, e o time conquistou mais um título em 2004 (abertura).

Em 2006, embora o time estivesse melhor do ponto de vista técnico, a crise econômica e jurídica do clube se agravou e para que o mesmo não fechasse as portas, foi feita uma concessão à Azul Azul S.A. para a gestão do clube por um período de 30 a 45 anos.

A parceria ao menos manteve o clube como um time de ponta, trazendo os títulos dos Torneios Abertura de 2009, 2011 e 2012 e o clausura de 2011.

Em 2010, o time foi semifinalista da Libertadores.

Em 2011, veio a conquista da Copa Sulamericana, passando por equipes como o Flamengo, Arsenal, Vasco da Gama, e batendo a LDU (Liga de Quito de Ecuador) na final.

Nós já estivemos em Santiago por duas vezes e em ambas fomos a jogos da Universidad de Chile, veja aqui como foi em 2011 e aqui como foi em 2012. Pra quem tem preguiça de entrar nos links, seguem algumas fotos desses roles, aqui em frente ao Estádio Nacional, em 2011:

Aqui, dentro do Estádio:

Estádios são ambientes incríveis para se conhecer um país!

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O futebol da Associação Atlética Ferroviária de Botucatu

Estrada.

Sem dúvidas, minha vida é marcada pela estrada. Ir, voltar… A estrada materializa toda a minha vontade de permanecer em movimento.

Essas fotos são de julho de 2011, quando fomos até Assis, acompanhar o jogo do Assisense. Nosso destino? Siga em frente…

Botucatu era nossa meta antes de chegarmos em Assis. O grande objetivo era visitar o Estádio onde a lendária Ferroviária de Botucatu mandava seus jogos.

AA Ferroviária de Botucatu

E lá estávamos nós, eu, a Mari e meu pai, que ultimamente tem estado em quase todas as visitas a Estádios…

O Estádio, localizado dentro do ainda ativo clube da Ferroviária, chama-se Dr. Acrísio Paes Cruz.

Ele foi inaugurado em 1945, época em que o futebol do interior paulista era fortíssimo e recheado de lendas, mitos e fábulas.

Época em que o futebol de Botucatu era uma potência local, como nos mostram as diversas fotos muito bem distribuídas pelo clube, colaborando com a manutenção da história local.

Encontrei algumas fotos de times antigos no site Acontece Botucatu:

Estar presente num local desses desperta dois sentimentos interessantes.
Primeiro, a satisfação de poder ao menos pisar em um lugar histórico para quem gosta de futebol.
Mas logo em seguida vem uma “saudade de algo que não vivi” que me dá vontade de voltar no tempo só pra ver como era um jogo por aqui…

Pra quem quer saber como é o estádio, como um todo, fiz um breve vídeo dele, confira:

Detalhe para as arquibancadas, de madeira, com mais de 50 anos de idade… É de se emocionar ou não? Incrível como o futebol ensina arquitetura, história…

E as arquibancadas parecem ter parado no tempo, como que aguardando o retorno dos tempos de glórias…

O clube parece ter se preocupado com o resgate da história e usa a imagem dos seus heróis para embelezar ainda mais o lugar!

Outro cuidado que pode se perceber é com o gramado. Ao menos na época da visita, estava muito bom!

E aí não tem jeito. Ao ver um clube assim com tanta história tão bem cuidado, vem na cabeça a manchete sonhada: “Ferroviária de Botucatu celebra seus 70 anos e disputará a série B do Campeonato Paulista“.

Ok! Algumas coisas do estádio, embora pitorescas e valiosas exatamente por isso, talvez precisem ser reformadas para um retorno ao profissionalismo…

Mas é olhar de novo pro campo e ver que a energia do futebol ainda paira sobre ele. Décadas de disputas, rivalidades, amor e ódio compartilhado nas arquibancadas de madeira que merecem ser reacesas!

Um distintivo, que embora homenageie o poderoso São Paulo, da capital, tem seu valor próprio!

Um céu azul, característico do interior de São Paulo que pede de volta os rojões e fogos de artifício avisando que a Ferroviária está de volta aos céus…

Bom… São apenas sonhos de uma pessoa que não acredita nesse progresso que invade todas as cidades do Brasil. Sonhos de alguém que fica feliz em ter mais uma foto em frente de um estádio, como se isso ajudasse a manter viva a história de um clube, de um esporte, de uma cidade, no fundo… sua própria história.

Olha o time da Ferroviária de 1958, as vésperas de um jogo contra a Ferroviária de Assis!

Olha que linda imagem de parte do time de 1966:

Além de tudo o tempo atual é cada vez mas curto e corre mais ligeiro. É hora de um último olhar para o campo.

Uma última memória, um último gol fantasiado, assim como meu irmão fazia no tapete com seus jogos de botão.

O registro daquele que me ensinou e daquela que me apoia nessa busca incessante.

Antes de ir, ali no piso, o adeus de um distintivo que quem sabe ainda voltará a brilhar no profissionalismo.

Privar uma cidade de um time de futebol no campeonato paulista, independente da série, é privá-la de uma expressão cultural importante. Por isso APOIE O TIME DA SUA CIDADE!

Hora de seguir adiante. Atravessamos a cidade, vendo que aos poucos a força mercantilista das grandes corporações como o “inofensivo Habib’s” começa a calar os pequenos botecos.

O futebol não é exceção. É reflexo. O mundo está mudando e pra pior. E vai seguir assim enquanto as poucas pessoas que pensam diferente e que não concordam com isso continuarem caladas. Mudar não é tão difícil quanto parece. Basta atitude. A estrada aliviaria meus pensamentos até Assis…

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118- Camisa da AA Flamengo de Guarulhos

A 118ª camisa de futebol do nosso blog é de um time que representa uma cidade da Grande São Paulo e que por isso acaba sofrendo com a competição desleal dos grande times.
Estou falando da cidade de Guarulhos e esse post é em homenagem a quem segue torcendo pelo time da sua própria cidade!
O dono desta camisa é a Associação Atlética Flamengo de Guarulhos!

O Flamengo de Guarulhos foi fundado em 1º de junho de 1954. Diferente da maioria dos times de futebol, o Flamengo foi fundado por uma mulher, a carioca Guiomar Pereira Xavier (adivinha o time dela…).
Esse era o time juvenil de 1955:

Associação Atlética Flamengo de Guarulhos

A cidade já contara com outras equipes importantes que disputaram o profissional, como o União Vila Augusta Futebol Clube, a Sociedade Esportiva Guarulhos, o Esporte Clube Golfinho, a Associação Atlética Macedo, além da AD Guarulhos, que atualmente disputa a série B do Campeonato Paulista.
O time permaneceu vários anos disputando campeonatos amadores. Foi campeão 7 anos consecutivos do Campeonato Guarulhense da Primeira Divisão, de 1969 a 1975. Em 1979 chegou a disputar a quinta divisão do campeonato paulista, com o apoio dos demais times da cidade.
Entretanto, acabou não se mantendo no profissionalismo, dando lugar à Associação Desportiva Vila das Palmeiras (atual AD Guarulhos).

Associação Desportiva Vila das Palmeiras

Nos anos 80 levantou sua casa, onde manda seus jogos, o Estádio Antônio Soares de Oliveira.

Estádio Antônio Soares de Oliveira - Flamengo de Guarulhos

Estivemos por lá vendo um jogo do Flamengo contra o Atlético Sorocaba, confira aqui.

Estádio Antônio Soares de Oliveira - Flamengo de Guarulhos

Entre 1994 e 1997, vieram mais quatro títulos municipais, sendo que em 1996, tornou-se a única equipe guarulhense sagrar-se Campeão Amador do Estado de São Paulo.
Com tantas conquistas, em 1998, o time reestreava no futebol profissional.
Logo, em 1999 sagrou-se campeão da Série B2.
Em 2000, o bicampeonato paulista e o título da série B1. Em 2003, o time chegou afazer uma excursão pelo Oriente Médio, com o time abaixo:

Assim, no início do novo século, o time passou a ser figura marcante na série A3 do Campeonato Paulista. Esse, o time de 2006:

Estádio Antônio Soares de Oliveira - Flamengo de Guarulhos

Em 2007, a Federação Paulista organizou o que seria o embrião da Copa Paulista, a Copa Energil C, e o Flamengo saiu como vice Campeão, sendo derrotado na final pelo Independente, de Limeira.

Estádio Antônio Soares de Oliveira - Flamengo de Guarulhos

Em 2008, mais um salto do time!
O Flamengo de Guarulhos era campeão da série A3 e garantia acesso inédito para a série A2 de 2009.

O Flamengo alcançava seu mais alto vôo até o momento.

Em 2009, o time fez uma boa campanha, chegando até a fase final, mas não conquistando o sonhado acesso à primeirona.
Entretanto, a série A2 não tem piedade e em 2010, o Flamengo voltava à série A3 do Paulista.
Este ano (2011), o time voltou a fazer boa campanha, mas ficou a 4 pontos do retorno à A2, para a tristeza da torcida local.

O Mascote do time é o “corvo”.

O time possui várias organizadas, como a Invasão Rubro-Negra, a Flagelados, a Torcida Taliban e a Comando Rubro-Negro.

Para maiores informações há um blog (http://aaflamengo.blogspot.com) sobre o time e o site oficial é http://www.aaflamengo.com .

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Juventus 1×2 Flamengo (série A3-2011)

20 de março de 2011.
Um domingo aprazível só pode ser melhorado com uma manhã de futebol, e assim lá fomos nós para a Mooca acompanhar Juventus e Flamengo de Guarulhos pela série A3 do Campeonato Paulista.

Saí tarde de casa mas cheguei a tempo de comprar os deliciosos canoles tão característicos da Javari.
O estádio não estava cheio, mas sem dúvida o Juventus conseguiu formar uma legião de seguidores fiéis e consequentemente transformou a ida à Javari em um rolê cultural, muito interessante (pra alguns virou hipster demais…).

A torcida do Flamengo, também esteve presente, afinal, Guarulhos é bem próximo da Moóca.

Ambos os times estavam em situações intermediárias correndo tanto o risco de cair para a série B, quanto de se classificar entre os 4 do grupo que vão para a segunda fase, em busca do acesso para a série A2.

O Juventus tratou de alegrar sua torcida e fez 1×0, com bom domínio do jogo.
Parecia que era a tarde do Moleque Travesso.

Mas o que se viu na sequência do segundo tempo foi uma queda de rendimento e muitos erros dentro de campo.
E fora também, após ser expulso e ter que ouvir algumas da torcida, o atacante Rafinha arremessou um copo d´água em direção à torcida Juventina, levando os grenás à loucura…

A consequência foi a festa da torcida do Flamengo e a virada do jogo para 2×1 para o time de Guarulhos.

O time da capital até que tentou correr atrás do empate, mas já não havia tempo.

A proximidade com que a torcida assiste os jogos na Javari cria uma relação diferente entre torcida e time. Uma relação que vai além da admiração e da torcida.
O que se via na Javari era revolta não com a derrota momentânea, mas com o processo pelo qual o time vem passando.

O clima amistoso, descontraído e muito agradável foi substituído pela tristeza, inconformismo e chateação.
O time segue na mão de empresários que alegam estar fazendo o possível para melhores resultados mas…
A verdade é que há anos o time grená vem sofrendo sem que o retorno à série A1 pareça concreto.

Por outro lado, o Flamengo de Guarulhos, conseguiu sobrevida na luta pelo acesso, para a alegria de seus jogadores e sua torcida.

Do lado grená sobraram reclamações…
Mais uma derrota leva o time à zona de rebaixamento para a série B.

Ao final do jogo a policia precisou intervir para retirar do estádio a inconformada torcida juventina.

Mais do que uma derrota ou até mesmo o rebaixamento, a situação do Juventus, uma das poucas equipes que consegue manter-se como “time do bairro”, é uma clara prova de que o futebol moderno está vencendo. Qual será nosso futuro, ó torcedor?

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