Em novembro de 2025, resolvi celebrar meu aniversário reunindo a família na pacata cidade de Águas de Santa Bárbara, mas, como o interior é cosmopolita, aproveitei para dar um pulo na cidade de Óleo e em Manduri, onde aproveitei para registrar mais um estádio.
Já estivemos em Óleo e escrevemos sobre o futebol local, veja aqui, dessa vez aproveitei para rever a linda estrada que dá acesso à Fazenda Nova Niagara, onde meus avós viveram por alguns anos no início do século passado…
Guardando a entrada da Fazenda, uma família de lagartos…
Ah, que dia lindo para relembrar o passado…
O rolê serviu para conhecer e registrar Manduri, cidade no meio do caminho entre Águas de Santa Bárbara e Óleo, começando pela antiga estação de trem, onde meu avô costumava descer quando, morando em Indiana desejava visitar os amigos que viviam em Óleo. Ali em Manduri, um compadre que possuía um “carro de praça” (era assim que chamavam os taxis) o levava até a Fazenda Niagara…
Da estação ao Estádio Municipal Márcio José Cabral é um pulo! E esta é a sua fachada, em 2025.
Vamos ver a parte interna do Estádio?
Além de ser a atual casa do futebol amador da cidade, o campo também recebeu os jogos do Manduri AC, time fundado em 1954. O distintivo abaixo é do site Arquivos Futebol Brasil:, mas não parece com o da camisa nas fotos abaixo:
O site Acontece Botucatu trouxe uma foto com a seguinte formação do time que disputava a Liga de Futebol de Piraju: Vandinho, Flavião, Mané do Jango, Luiz Antonio, Cacá, Dito, Vantielli e o treinador Renê. Agachados: Passarelli, o mascote China, Pedro Arbex, Zé Airton e Zé Eugênio Almeida.
O pessoal do Diário de Manduri coloriu a foto:
A Gazeta Esportiva de 7 de outubro de 1955 traz uma notícia relacionada ao Setor 42, zona 12 do Campeonato Amador: a vitória do Manduri AC sobre o EC Ferroviário de Bernardino de Campos.
Também encontrei uma notícia sobre um amistoso de 1956, contra o Paulistinfa:
E não é que o troco veio no ano seguinte?
Somente em 14 de abril de 1957 é inaugurado o Estádio Municipal:
Em 1958 disputa novamente o Campeonato do Interior:
Outro time da cidade foi o Graminha FC, distintivo do site Escudos Gino:
Tudo isso, há apenas 60 anos atrás… O gol era objeto de respeito e continua bem cuidado!
Olha aí o banco de reservas!
O gol da direita mostra como o gramado está em perfeitas condições:
O gol da esquerda:
O meio campo:
Curta o clima do estádio!
As árvores mantém a arquibancada bastante fresca.
E dependendo do horário, até o goleiro curte uma sombrinha…
A 225ª camisa de futebol do nosso site veio lá de Rondônia, via o amigo Marcel Guariglia que roda o Brasil mapeando projetos de sustentabilidade. O dono da camisa é o Real Madrid Paiter, time do povo Paiter Suruí. E como os europeus se apropriaram de tantas coisas dos povos originários, nada melhor do que uma doce vingança: os Pater Suruí se apropriaram do nome, da coroa, do distintivo e da camisa do poderoso Real!
Aproveitamos a oportunidade para bater um papo com Oyniin Suruí, que hoje atua na comunicação do Real Madri Paiter, assista, e se não for inscrito no nosso canal do Youtube, faça isso e deixe seu like lá no vídeo pra que ele chegue organicamente a mais pessoas.
Atualmente, cerca de 1.900 pessoas vivem em 24 aldeias dentro da Terra Indígena Sete de Setembro e além do time de futebol o povo Paiter Suruí foi o fundador da primeira agência de turismo indígena do Brasil e tem se mostrado super atuante na produção cultural, como o livro que conta sua história:
Os Paiter Suruí relatam que seus antepassados migraram das proximidades de Cuiabá para Rondônia durante o século XIX, fugindo da perseguição dos brancos. E tudo ficou em paz até a década de 60, quando os conflitos com os não indígenas retornaram.
No dia 7 de setembro de 1969, funcionários da Funai tiveram o primeiro contato oficial com o povo Suruí. E dali em diante, a história se repetiu: vieram surtos de sarampo, gripe e tuberculose, que reduziu pela metade sua população. Pra piorar, os que sobreviveram viram seu território invadido por colonos que exploraram recursos naturais, como extração ilegal de madeira e mais recentemente a busca por minérios. Nem todo Agro é Pop.
Os Suruí de Rondônia se autodenominam Paiter, que significa “gente de verdade, nós mesmos”, e falam uma língua que pertence ao grupo Tupi da família Mondé.
Hoje, eles têm usado a internet para denunciar o avanço do desmatamento, mas ainda mantêm muito das suas tradições, tanto no que diz respeito à cultura material quanto aos aspectos cosmológicos. Para conhecer mais, vale visitar o site Paiter Suruí.
Falando sobre o Real Madrid Paiter, é preciso ressasltar que ele não é um clube profissional, surgiu nas aldeias da região de Cacoal, em Rondônia. O time disputa campeonatos locais como o “Ruralzão” e torneios indígenas.
O nome segue uma tradição de batizar seus coletivos com nomes ligados a projetos de sucesso. Além do Real Madrid, existe o “Barcelona Suruí”, e os dois fazem o “clássico” no Ruralzão de Cacoal.
Alguns atletas chegaram a jogar profissionalmente o Campeonato Rondoniense pelo União Cacoalense.
Recentemente, tivemos em Santo André uma feira de cultura do Afeganistão e eu achei incrível a oportunidade de poder conhecer um pouco do povo que nasceu tão longe e atualmente, por problemas sociais, políticos e até religiosos, está vivendo no nosso país. Olha que bacana!
Nova formação do Visitantes? Não, não, só um papo intercontinental sobre música.
E olha cada coisa gostosa…
Além de experimentar várias comidinhas deliciosas e de trocar um monte de ideia sobre cultura em geral, acabei registrando um papo sobre futebol com um dos afegãos que estiveram ali, se liga:
É difícil falar sobre o futebol sem tentar minimamente entender a história do país. Devido à sua localização estratégica ligando o Oriente Médio à Ásia Central e ao subcontinente indiano, o território do atual Afeganistão foi um ponto essencial para a rota da seda e para a migração humana, sendo ocupado por diversos povos.
Seu território sempre foi muito disputado desde a antiguidade até os dias atuais. A história moderna do Afeganistão começa em 1709, com a ascensão dos Pachtuns (ou “pastós”) ao poder em 1747. Em 1776, sua capital foi transferida de Candaar para Cabul. No final do século XIX, o Afeganistão acabou servindo de divisa “neutra” entre os impérios britânico e russo, por isso essa parte mais estreita, porém longa no lado leste do país.
O Reino do Afeganistão, por vezes referido como Reino de Cabul, foi reconhecido como um estado soberano pela comunidade internacional após a assinatura do Tratado de Rawalpindi em 1919. Mas provavelmente você já viu alguma coisa referente à história do país e nem lembra, como por exemplo o livro “O livreiro de Cabul”. Ou veja aqui uma lista de 10 filmes sobre o país.
Após a segunda guerra, a guerra fria teve um desdobramento importante no país: a União Soviética passou a se relacionar mais intensamente com o Reino. Em 1973, a monarquia foi derrubada pelo grupo do general Sardar Mohammad Daoud Khan (esse da foto abaixo), primo do rei Mohammad Zahir, e a URSS torna-se forte aliada da recém formada República com a promessa de maior democracia.
Porém, aos poucos, os EUA foram se reaproximando do governo o que culminou em um novo golpe, em 1978, dessa vez dado pelo partido comunista local, fazendo a URSS voltar a ter protagonismo no Afeganistão. E para evitar futuros problemas e a sensação de incerteza política, os soviéticos decidiram ocupar o país em 1979.
Nem toda a população local curtiu esse movimento, principalmente os grupos extremistas islâmicos que criou uma resistência armada por meio de guerrilhas, como o grupo Mu Jahedin.
E adivinha quem apareceu para apoiar estes guerrilheiros com armas, treinamentos e grana? Se você disse Estados Unidos da América, acertou! Aliás, um dos que receberam essa ajuda foi um cara chamado Bin Laden…
Para os americanos, tudo valia a pena desde que barrassem o crescimento da influência soviética no mundo. E acabou dando certo, pois em 1989, a União Soviética decide tirar suas tropas do Afeganistão, mas o que se viu na sequência foi uma verdadeira guerra civil.
Cara, que povo sofrido… É tiro de todo lado! Era um caos a situação pós União Soviética, mas as coisas ainda iriam piorar: um grupo miliciano dos Mu Jahedin formado por pachtuns conseguiu chegar ao poder em 1996. Era o nascimento do talibã e com ele um novo tipo de governo, legislado pela sharia, uma lei baseada em uma interpretação “beeem particular” do islamismo, bastante antidemocrático, fortemente bélico e que representaria um regresso no tipo de vida que o povo afegão vinha levando.
Só pra exemplificar e citando matéria e foto do G1 (veja aqui), o talibã proíbe música, maquiagem e que as meninas de 10 anos ou mais vão à escola.
Porém, as coisas iriam mudar drasticamente com o ataque às torres gêmeas nos EUA em 2001 pelo grupo Al-Qaeda. Os americanos declararam guerra ao terrorismo e o líder do grupo Osama Bin Laden tornou-se seu principal alvo, como mostrou a capa do “New York Post” de 18 de setembro de 2001:
Tentando fugir dos seus perseguidores, adivinha para onde fugiu Osama Bin Laden? Para o Afeganistão. Assim, dando sequência à “Guerra ao terror”, os EUA invadem o Afeganistão e retiram o talibã do governo.
Porém, assim como aconteceu com os soviéticos, os americanos passaram anos ocupando o país e enfrentando guerrilhas e atentados realizados pelo talibã.
O custo financeiro e também das vidas perdidas, fez com que, em 2014, o então presidente Barack Obama decidisse começar a retirar suas tropas do Afeganistão. Na sequência, Donald Trump iniciou negociações diretas com o próprio talibã para negociar o futuro do país com a saída do exército americano. Somente no governo de Joe Biden, em 2021, a saída das tropas se deu na prática. Imediatamente o talibã atacou o “governo” e voltou ao poder, para o desespero da população local que tentou de todas as maneiras fugir…
O país volta a se chamar Emirado Islâmico do Afeganistão.
Para um resumo de toda essa história, recomendo o vídeo abaixo
A atual retomada do poder pelo talibã, significa voltar um cenário desolador, prejudicando diversas atividades culturais, entre elas o futebol.
Contextualizando a história do futebol, chegou a existir uma seleção nacional ainda nos anos 20 (veja foto abaixo), e a Federação Afegã foi criada em 1922, filiada na FIFA em 1948, e na Confederação Asiática de Futebol desde 1954, sendo um dos seus membros fundadores.
O primeiro clube de futebol afegão foi o Mahmoudiyeh FC, fundado em 1934. Depois surgiu o Ariana Kabul FC, em 1941. De 1946 a 1955 existiu a Liga de Cabul (Kabul Premier League), que teve um único campeão em suas 10 edições: o Ariana Kabul FC. A Liga não foi disputada de 1956 a 1968, retornando na temporada 1968/69 com dois clubes (Habbibiya e Pas Cabul) e a partir de 1978 com 16 clubes. A partir de 1984, com a intervenção soviética não houve mais disputa. Depois, sob o domínio talibã, o futebol era permitido, mas a popularidade deste esporte foi explorada para espalhar propaganda, a ponto de usarem os estádios para realizar execuções públicas na frente de milhares de espectadores nos intervalos dos jogos.
O regime também proibiu mulheres de praticarem esportes, o que levou a protestos de muitas atletas e à saída do país da ex-capitã da seleção afegã, Khalida Popal, em 2011.
Com a queda do talibã em 2001, a Federação volta a atuar com afinco. A Seleção Afegã de Futebol vence o Campeonato da Confederação Sul-Asiática de Futebol (SAFF) de 2013.
Em 2012, uma nova Liga do Afeganistão foi fundada, a Afghan Premier League (APL), também conhecida como Roshan Afghan Premier League.
Sob ocupação dos EUA, o american way of life chegou ao futebol: um reality show chamado Maidan e Sabz definiu pelo público da tv os atletas que compuseram as oito equipes, cada uma representando uma região no Afeganistão, a disputar o Campeonato Nacional a partir de então. Veja um dos capítulos:
Então, vamos conhecer os 8 times, começando pelo Shaheen Asmayee FC. “Shaheen” significa falcão, enquanto “Asmayee” refere-se às majestosas Montanhas Asmaye que dominam o horizonte da capital, Cabul.
Shaheen Asmayee representa Cabul, a capital do país, onde vivem mais de 5 milhões de habitantes. Conquistou 4 títulos da Premier League Afegã (2013, 2014, 2016 e 2017), este é o time de 2013:
Outro time é o Toofan Harirod. Toofan significa “Tufão” e Harirod é o nome do rio com mais de 1.100 quilômetros de comprimento, que flui até a fronteira iraniana, dividindo os dois países.
Toofan Harirod representa a zona ocidental do país e foram os primeiros campeões da Afghan Premier League (APL) em 2012.
Encontrei até uma foto de uma torcedora no campo:
Falemos agora do Simorgh Alborz, que representa as províncias do norte. Simorgh é o nome de uma ave mítica e Alborz é o nome da cordilheira presente na região.
O Simorgh Alborz foi vice-campeão da APL de 2012 e 2013.
Já o Oqaban Hindukosh, tem seu nome em homenagem à cordilheira Hindukosh que serve de casa para as grandes águias do Afeganistão (Oqaban).
Mawjhai Amu representa o nordeste do Afeganistão. Amu é o nome do rio que se estende desde as montanhas de Pamir até o Mar Aral, fazendo fronteira com o Tajiquistão, Uzbequistão e Turquemenistão. Mawjhai significa “onda”.
Representando a região oriental do Afeganistão, temos o time do De Abasin Sape. Abasin é o nome Pashto do rio Indus, que alimenta muitos pequenos rios no Afeganistão. Sape é uma palavra de Pashto que significa ondas.
Representando as Montanhas Spinghar, as Montanhas Brancas, na parte oriental da cordilheira Hindukosh temos o Spinghar Bazan. Bazan significa falcões, muito comuns pelo Afeganistão, especialmente nos climas montanhosos mais frios.
A 8ª e última equipe, representa as províncias de Kandahar, Nimroz, Helmand, Zabul e Orozgan: De Maiwand Atalan. Seu nome vem de uma famosa aldeia no norte de Kandahar chamada “Maiwand”, conhecida pela Batalha de Maiwand, durante a Segunda Guerra Anglo-Afegã e complementado com o “Atalan”, que significa “Campeões”.
Seria lindo acabar por aqui com você imaginando quanta pujança no Campeonato do Afeganistão, mas… A volta do talibã, em 2021 trouxe uma série de mudanças, a começar pelo nome do campeonato, que passou a ser Afghanistan Champions League.
Um fato triste é que um ex-jogador da seleção de base do Afeganistão, Zaki Anwari, que tentava fugir do país agarrado a um avião acabou morrendo…
Antigos clubes foram reativados no lugar daqueles criados durante a ocupação americana, e uma tentativa de usar o futebol como propaganda de que o talibã está menos agressivo. Será? Os times atuais são o Attack Energy:
O FC Sorkh Poshan…
O Istiqlal_FC…
E o Abu Muslim, entre outros…
Aqui, a classificação final do campeonato de 2022:
Mas se o talibã voltou, também temos viva a luta da eterna capitão do time feminino Khalida Popal! Vivendo como refugiada na Dinamarca, ela voltou a desafiar o sistema do talibã com o objetivo de resgatar meninas e mulheres atletas do próprio país.
Montou uma organização muito legal: a Girl power! (clica aí e confere) Ela escreveu um livro que eu ainda quero ler: My beautiful sisters
Eae? Você já sabia algo do Afeganistão? O post ajudou? Ou você nem chegou a ler essa última linha? O mundo é enorme!
Fevereiro de 2013… Um rolê incrível para o Espírito Santo nos permitiu curtir não só as praias como as montanhas capixabas, um lugar lindo, na cidade de Domingos Martins, na região sudoeste serrana do estado, onde vivem cerca de 40 mil pessoas.
O território era cortado pela estrada que ligava Minas Gerais a Vitória, aberta a pedido do príncipe regente João VI de Portugal em 1816. Mas foi a chegada dos imigrantes que intensificou seu crescimento e desenvolvimento.
A cidade tem na agricultura sua grande fortaleza, seja com o cultivo do café, a fruticultura, a pecuária e mais recentemente o desenvolvimento do turismo graças às suas cachoeiras e trilhas, e a famosa Pedra Azul, que fica no Parque Estadual da Pedra Azul, uma área de florestas preservadas, sobretudo de Mata Atlântica.
Claro que a religião também esteve ligada ao início da formação da cidade!
Dentre os imigrantes haviam vários luteranos e estes construíram um templo no Morro do Campinho, ainda no século XIX, e é o Campinho que vai dar nome ao principal time da cidade, o Sport Club Campinho:
O time foi fundado em 1º de janeiro de 1923 e construiu sua tradição nas competições amadoras da região ficando conhecido como o “Leão dos Alpes”, mas as cores atuais (vermelho e preto) só foram instituídas através de um regimento no estatuto do time em 1931. Antes, eram verde e branco, como se nota nos uniformes comemorativos:
O primeiro campo do clube ficava localizado na propriedade da família Koehler, nas imediações da atual Avenida Koehler.
Atualmente manda seus jogos no Estádio Doutor Arthur Gerhardt.
O nome do estádio, Doutor Arthur Gerhardt, é uma homenagem ao primeiro presidente do clube.
O Campinho é um dos mais antigos do estado em atividade, ao lado de equipes como o EC Alfredo Chaves, primeira equipe capixaba, fundada em 1910 e filiada em 1949 com o nome de Esporte Clube de Alfredo Chaves.
Aqui, uma cena no estádio em 1965:
Olha que detalhe lindo da porta do vestiário do Estádio:
Só para lembrar que em 2014 o Estádio recebeu partidas do Sport Linharense (na época chamado Sport Club Capixaba) na conquista do título de campeão da Série B.
Domingo, 5 de maio de 2025. Do ABC pra Guarulhos, mais uma conexão na metrópole paulistana. Em menos de uma hora estávamos na segunda maior cidade do estado. Os portões foram abertos bem em cima da hora, chegando até a criar fila na entrada do Estádio Antônio Soares de Oliveira!
Fazia algum tempo que estivemos no estádio e foi bacana voltar a ver o Estádio Antônio Soares de Oliveira, ainda muito bem cuidado, mesmo que nas cores e em alusão ao outro time da cidade que folgou na rodada.
O Estádio ainda guarda lembranças de um passado que já não parece mais existir nos dias de hoje…
Embora entrem pelo mesmo portão, a parte atrás do gol foi dedicada à torcida visitante (aliás, senti falta do pessoal da Sancaloucos, uma organizada muito presente no futebol!).
Times prontos, é hora da cerimônia de entrada!
Graças ao Fernando do Jogos Perdidos, pudemos ter os dois times perfilados antes do início da partida!
Os dois times entram em campo carregando seus sonhos de vitórias, acesso, sucesso…
E se os jogadores em campo tem o desejo da vitória, entre os reservas o sentimento não era diferente!
O AD Guarulhos vem de uma parceria – que deve se transformar em fusão nos próximos anos- com o Aster (que deixou Itaquaquecetuba) e assim conta com uma base bem interessante para o campeonato, traduzida desde o começo do jogo em certa dominância na armação das jogadas e em ataques criados.
Pra quem ainda não conhece o estádio, segue o registro do gol do lado esquerdo, onde fica o portão da entrada:
O meio campo:
E o gol da direita (onde antigamente ficava a torcida visitante):
O público até que foi aumentando após o início da partida, e foi anunciado como 197 pagantes.
Vale ressaltar que alguns dos presentes portavam camisas do Aster.
Vale ressaltar a presença da Torcida Organizada Resistência Azul.
Se o domínio técnico do AD Guarulhos não se traduziu em gols logo de cara…
…em parte foi graças ao Max, goleiro do São Carlos.
Mas o goleiro Cauê também foi bem!
A atenção crescia entre a torcida local…
E também dentro de campo!
Até que aos 10 minutos, Dieguinho faz 1×0 para o AD Guarulhos!
Pode anotar aí no placar: 1×0!
A partir daí, o jogo ficou equilibrado. Ainda que o AD Guarulhos mantivesse o domínio, o São Carlos teve várias chances de chegar ao empate, principalmente nos contra-ataques e nas jogadas de bola parada.
O AD Guarulhos também teve chances de ampliar, mas pecava na última bola…
Na arquibancada, mais um jogo em que o público decepcionou…
Lembre-se que estamos falando da segunda maior cidade do estado… E um estádio lindo, que merecia receber um público maior, mais famílias, mais crianças…
Claro que os times em campo sentem o clima… E ainda acho que a presença de mais torcida e dos tradicionais cânticos de apoio, poderiam ter colaborado para um ambiente mais legal e materializando-se até em outros resultados…
E o Estádio tem uma boa capacidade de público e uma boa estrutura…
Intervalo de jogo é hora de dar uma circulada pelo estádio e ver o que temos na lanchonete local!
Volta o segundo tempo e sem grandes novidades…
O AD Guarulhos criava boas jogadas…
… e o São Carlos continuava criando chances nos contra ataques…
A torcida local sente que a não chegada do segundo gol alimenta a esperança do time do São Carlos pelo empate…
Chances para animar a torcida não faltaram…
Mas apenas aos 47 do segundo tempo, Gustavinho fez o segundo, selando o placar final!
Dor para o time do São Carlos que vinha fazendo um jogo equilibrado no segundo tempo e até teve chances de empatar a peleja.
O São Carlos deu a saída e seguiu os poucos minutos até o apito final…
Fim de jogo e 3 pontos importantes para a classificação para a próxima fase.
Festa na bancada…
Agradeço mais uma participação na história do futebol paulista!
Sábado, 30 de março de 2025. As 15hs jogaram Primavera e Taubaté, e o time de Indaiatuba garantiu sua vaga na série A1 ao vencer por 2×1. Mas às 17h30, uma cidade parou para conhecer o segundo time a fazer parte da primeira divisão do Campeonato Paulista…
Falamos de Capivari e esse é o movimento, minutos antes do jogo, em frente ao Estádio Municipal Carlos Colnaghi.
As filas cercavam o estádio e o que se via era a confiança no olhar de quem sonhava em ver o Capivariano de volta à série A1!
A torcida visitante também fez sua parte e compareceu, afinal o Ituano ainda tinha chances de se classificar!
E se fora o clima era incrível, como será que estava lá dentro? Ingresso em mãos, vamos lá!
Lá dentro, um verdadeiro espetáculo realizado pela torcida local, em especial pelo pessoal da Leões da Raia!
Olha que visual lindo as bandeiras e faixas deram ao Estádio!
Aos poucos todos os espaços foram se preenchendo, preparando-se para a festa:
Uma pena os demais setores do Estádio ainda estarem fechados porque hoje eu acredito que teríamos público para ter torcida pelo menos ali atrás do gol.
O mascote do time tava todo animado ali com a festa e com o número de pessoas que pediram pra tirar foto com ele, e nem to falando apenas de crianças não kkk!
A torcida organizada “Leões da Raia” incentivou o time e também a própria torcida local a apoiar o time! Os times vêm ao campo!
A atmosfera cresce em emoção… A trama se adensa…
O leão que normalmente está em campo, deixou toda e qualquer cerimônia de lado e foi pra loucura no meio da galera!
É pra se encher o peito de orgulho!
2026 vai ser mais um ano de encher a boca para falar sobre a sua cidade e ouvir do seu interlocutor “Ah, claro que conheço, é a cidade do Capivariano!”
E o time do Ituano foi saudar sua torcida!
O Capivariano aproveitou para fazer a foto que poderia se tornar a do acesso… Aquela que em outros tempos iria pra parede do bar, do moleque orgulhoso, e pro memorial do clube. Espero que alguém faça um poster e que ele circule…
Times perfilados para o hino nacional… E sobe o bandeirão da Leões da Raia!
Começa a partida e esses 90 minutos vão dizer se o Ituano volta pra série A1 logo no ano seguinte da sua queda ou se o Capivariano vai surpreender como fez em Itu quando venceu por 1×0 e conquistar a vaga!
A torcida do Ituano compareceu em um bom número. Jogo decisivo sem torcida adversária não tem graça!
Parabéns ao pessoal de Itu que foi ao jogo e que fez seu papel!
Que bom ver que aquele tempo em que o futebol era tema do universo masculino se foi… As mulheres se apoderaram das arquibancadas e do sentimento pelo seu time!
A molecada também está presente pra aprender desde cedo a amar o time da sua cidade!
Tem muita tradição esse time, hein?
Olha que visão!!! Estivemos em Capivari no primeiro jogo do Campeonato (contra o Santo André) e fiquei chateado porque o público local estava baixo…. Mas para a partida do acesso, a cidade abraçou o time!!!
Dá orgulho registrar o meio campo:
O gol da esquerda:
E o gol da direita:
A torcida apoiou e curtiu o bom momento do time!
O tradicional placar sonha em ser movimentado…
E com a bola rolando o Ituano mostrou que veio para estragar a festa, atacando e criando jogadas de bastante perigo para a meta capivariana.
A torcida Ituana percebeu que talvez valesse a pena cantar como loucos para quem sabe escrever sua própria história e roubar para si a festa preparada pela torcida local…
Não que isso assustasse a torcida local, afinal eles sabem que não se alcança uma série A1 sem boas batalhas!
O mar alvi rubro que tingiu o Estádio Carlos Colnaghi soube sofrer com o time nesse começo de primeiro tempo.
E aos poucos o Capivariano foi tomando pra si a responsabilidade de criar as jogadas e passou a pressionar o Ituano.
Até que aos 36 minutos, em uma jogada que nasce de um lateral, Daniel Baianinho marcou o gol do Capivariano:
Ô ô ô, a festa começou!
O gol levou os quase 7 mil torcedores do Capivariano à loucura e fez o tempo passar rápido. Fim de primeiro tempo e quem se despediu foi o sol…
Mas não o calor, olha a fila da lanchonete.
Mais molecada que tá aprendendo a curtir o clima do futebol com o time da cidade:
Olha o leão aí tomando conta do estádio…
O jogo recomeça e aos 14 minutos do segundo tempo… É gol! Será o gol que confirma o acesso?
Fui dar mais um rolê chegando lá perto da torcida visitante pra poder ver a parte central, e olha que lindo o visual.
E a torcida aproveitou para fazer um festival de luzes com os celulares…
O que eu vou dizer de um rolê desses? Foi uma tarde inesquecível…
Mas o Ituano despertou e aos 23 do segundo tempo descontou… Calmaaaa que o galo de Itú está vivo!!!
Mas a torcida nem deu bola pro gol adversário e seguiu a celebração…
Sendo assim, o time também desencanou de desanimar e foi logo para o 3º gol…
A partir daí a torcida do Capivariano se deixou levar pela emoção e emocionou quem, como eu, assistia tudo ali de perto…
Parece que a noite o Estádio ficou ainda mais bonito!
Finalmente a vida se fez vermelha e branco: o acesso é uma realidade!
Quanto vale viver essa sensação da conquista ao vivo? Quem esteve com a família ou com os amigos terá uma lembrança eterna de um momento de felicidade compartilhado!
O jogo chega nos últimos momentos. A vitória já está garantida!
A galera avisa “está chegando a hora”… Será verdade? O Capivariano de volta à elite?
Fim de jogo! Capivariano na final da série A2 e na série A1 de 2026!!! Parabéns a Capivari e que a torcida não abandone jamais!
Demorou pro pessoal topar ir embora… E ainda rolou buzinaço pela cidade toda!
Sábado, 29 de março de 2025. A série A4, o 4º nível do futebol paulista, chega na fase de mata-mata e por isso fomos até Caieiras para acompanhar uma das decisões (já estivemos lá no passado, veja aqui como foi!).
Ingressos a preços módicos: R$ 20 a inteira e R$ 10 a meia.
O jogo coloca frente-a-frente dois times bastante distintos: de um lado a tradição do União Agrícola Barbarense, já há muitos anos nas divisões inferiores, e do outro, os donos da casa, chegando em mais um mata-mata, mas ainda sem contagiar a cidade de Caieiras, o Colorado!
Além disso, estamos vendo o enfrentamento entre o primeiro colocado da primeira fase (o União Barbarense) e o oitavo colocado, o Colorado. Mas essa diferença não se viu em campo tão facilmente…
Olha aí as cabines para as diretorias:
Como sempre fazemos, seguem três fotos registrando o estádio, começando pelo lado direito do campo, do ponto de vista de quem está na torcida local:
O gol esquerdo:
E o meio campo, com destaque para a torcida visitante!
E deste lado onde estávamos é a área da torcida local:
Lá do outro lado, ficam os visitantes:
Durante o intervalo, pude rever vários amigos, como o Artur (@umtorcedorqualquer), e acabei conhecendo pessoalmente o Vitão-HC que também produz um monte de conteúdo legal sobre futebol!
E um abraço pro amigo Genilton lá de Suzano!
Outra coisa que rolou no intervalo foi um protesto da torcida visitante porque do lado deles simplesmente não havia água, o que representa uma falha grave do pessoal de Caieiras…
O pessoal do Barbarense Mil Grau produziu um vídeo incrível contando a história dos visitantes, acompanhe:
Começa o segundo tempo e a pequena torcida local segue acompanhando o jogo sem aquele apoio comum às organizadas…
E o time do Colorado Caieiras voltou bem pro segundo tempo, com maior domínio ainda que as jogadas não terminem em chances claras de gols.
Mas a torcida visitante, maior do que a própria torcida local e com apoio muito mais barulhento não desistia!
Escanteio para o União Barbarense:
Realmente não dá pra imaginar que a torcida local vá fazer pressão capaz de apoiar o time a conquistar o resultado, mesmo que já tenham pessoas começando a se identificar com o time…
Já me despedindo de mais uma partida, ao lado de duas camisas diferentes, mas que fazem parte da realidade do futebol de hoje, porém…
No apagar das luzes, aos 48 do segundo tempo, o torcedor visitante viu que valeu todo sacrifício para acompanhar o União… Hebert marcou o gol da vitória que leva para Santa Bárbara d’Oeste uma vantagem ainda maior!
Abraço pro Nilton que me presenteou com adesivos que ele fez e que ilustram a vida de quem curte os jogos das divisões de acesso.
Começamos nossa aventura pela cidade de Alvorada do Sul.
Alvorada do Sul era distrito administrativo de Porecatu e está às margens do rio Paranapanema, tornando a cidade bastante agradável.
Pouco mais de 11 mil pessoas vivem em Alvorada do Sul, que apenas em 1951 alcançou sua autonomia, graças a uma fazenda homônima cujo loteamento deu origem à cidade.
Assim como boa parte da região, o plantio de café foi o responsável pelo seu desenvolvimento. A empresa Lima, Nogueira & Exportadora que manejava a venda do café lá em Santos adquiriu uma vasta área de terras na localidade sabendo que seria um bom negócio.
Atualmente a cidade segue progredindo, bastante ligada ao agronegócio e assim tentando construir sua identidade, misturando alguns elementos ao seu dia a dia…
O nosso objetivo em Alvorada do Sul era conhecer o Estádio Municipal Álvaro Alves.
O Estádio Municipal Álvaro Alves é novamente a casa do PSTC (Paraná Soccer Technical Center ou Centro de Treinamento de Futebol do Paraná) na disputa da segunda divisão do Campeonato Paranaense.
Não, não é um partido político, é mesmo um time de futebol. O PSTC surgiu em 1994, com a proposta de revelar jogadores. De lá vieram Kléberson, Fernandinho (ambos jogariam depois pela Seleção Brasileira), Alan Bahia, Dagoberto, Guilherme, Jádson, Rafinha, entre outros.
Logo, o time se transformou em uma potência nas competições das categorias de base do Paraná, conquistando títulos no Sub-17 e Sub-15.
Em 2010, o PSTC se aventurou no futebol profissional, jogando a 3ª divisão.
Em 2012, termina a competição na 3ª colocação, conquistando o acesso para a Segunda Divisão do Campeonato Estadual.
No ano de estreia na segundona, o clube fez uma parceria com o município de Cornélio Procópio, tornando-se o PSTC Procopense, terminando na 6ª colocação em 2013 e 4ª colocação em 2014.
Em 2015, o Estádio Ubirajara Medeiros em Cornélio Procópio passou por reformas, obrigando o time a mandar seus jogos no Estádio Éxaro Menck em Sertanópolis e foi lá que o PSTC conquista a vaga para a primeira divisão do Campeonato Paranaense, com o título da Segunda Divisão conquistado de forma invicta.
Em 2016, sua estreia na elite do futebol Paranaense foi surpreendente: chega até a semifinal junto do “Trio de Ferro” do Paraná, classificando-se para a série D do Campeonato Brasileiro. Em 2017, o time é rebaixado para a segunda divisão, de onde retorna em 2019 com mais um título.
Mas, veio um novo rebaixamento em 2020 e somente em 2023, sagra-se vice campeão da série B e retorna à principal divisão paranaense, mas novamente cai no primeiro ano de disputa (2024) e assim disputará a segunda divisão em 2025 no Estádio Municipal Álvaro Alves em Alvorada do Sul (um grande trava língua não?).
O Estádio teve sua capacidade ampliada para pouco mais de 2.800 torcedores.
Veja como, embora seja um estádio pequeno, ele é bem estruturado.
As arquibancadas agora percorrem o entorno do campo, chegando até atrás do gol:
Aqui, o meio campo:
O gol do lado esquerdo onde ainda não há arquibancadas:
E o gol do lado direito:
Veja como é o visual e o clima pacato de um estádio que fica em uma cidade pequena e sem aquela barulheira dois grandes centros urbanos:
O Estádio estava fechado, mas o muro da rua lateral é baixo, aqui eu estou do lado de fora do estádio e olha como dá pra ver o estádio todo:
Lá do outro lado, tem aquela parte coberta do estádio:
Ao lado do Estádio está o Clube Recreativo Alvorada:
Entrando pelo Clube Recreativo Alvorada deu para registrar mais de perto a parte coberta da arquibancada:
E um pouco da outra lateral (era de lá daquele muro branco que eu estava fazendo as fotos antes).
Aqui dá pra ver um pouco do campo todo. Bonito né? O futebol paranaense está em plena ascensão e o PSTC representa uma nova força no estado.
Só acho que o distintivo podia ser um pouco melhor né?
Quarta feira, 19 de março. É dia da partida de volta do mata-mata das quartas de final da série A2-2025. Juntei me a alguns abnegados que toparam a viagem em pleno “dia de semana” para Indaiatuba!
A foto acima foi na primeira parada antes de chegar no Estádio, na tradicional “Borracharia do Luizinho” para dar um jeito em um pneu que furou na estrada 🙁
Indaiatuba é uma cidade relativamente próxima de Santo André e mesmo com a parada no borracheiro, chegamos com boa antecedência e pudemos dar uma volta no entorno do Estádio Ítalo Mário Limongi, o “Gigante da Vila Industrial”.
O entorno do estádio tem uma série de interferências e grafites em alusão ao apelido do time: o fantasma da Ituana!
Existe um pequeno memorial do time em uma sala administrativa do Estádio, e ali estão vários tesouros do time!
A torcida local se fez presente mesmo em um horário ruim, quando muitos estariam trabalhando. Se liga no clima que estava na entrada da torcida do Primavera:
E aí está a nossa bilheteria!
Uma vez dentro do Estádio Ítalo Mário Limongi, foi hora de rever a torcida do Fantasma, já que minha última partida neste estádio foi há 15 anos para ver um Primavera x Paulínia (veja aqui)!! Olha como eu estava jovial:
Um momento muito diferente do atual, onde o Primavera se tornou uma SAF e chega na melhor campanha da sua história em um Campeonato Paulista.
Muito lega os tirantes estendidos pela arquibancada local e a empolgação do pessoal da torcida organizada:
Do outro lado, na arquibancada coberta, a lotação era máxima!
A vibração da torcida local é compreensível… O Primavera jamais alcançou a série A1 e uma vitória simples na partida de hoje colocaria o fantasma nas semifinais, ou seja: 2 partidas para o acesso.
Mas, para isso, se faria necessário passar pela camisa pesada do Ramalhão!
Aí, o nosso banco de reservas:
E o time visitante mostrou que iria dar trabalho…
E junto do time, aí estamos nós: a torcida do Ramalhão!
Olha como é o setor dos visitantes do Estádio Ítalo Mário Limongi e diga se não é muito legal poder ver uma partida assim tão dentro do jogo e sem tanta vigilância.
Quantos anos de arquibancada nesta foto?
Assistir uma partida no Estádio Ítalo Mário Limongi como visitante é uma daquelas experiências intimistas que todo torcedor merece passar um dia na vida.
É o tipo de Estádio que a Fúria Andreense gosta! Só faltava deixá-lo um pouco mais azul e branco…
E se falar da Fúria, não tem como não falar destes dois irmãos: Simone e Diogão!
E deixá-lo um pouco mais antifascista também…
Se a torcida do Santo André estava confiante?
O começo do jogo foi meio morno, mas os últimos 15 minutos do primeiro tempo foram do Santo André, que dominou mas não criou chances reais de gol, desperdiçando inclusive as jogadas de bola parada…
O primeiro tempo termina com certa empolgação para o lado azul do estádio…
Aproveito para registrar as três gerações da família Pelachine:
E também montar a foto do pessoal que desafiou a lógica e foi até Indaiatuba! Um abraço especial para o seo Odair, dona Mercedes e o neto que vieram de Itú só para rever o time e a torcida!!!
Mas, o futebol é cruel, e pune… Terminamos o primeiro tempo bem e começamos o segundo tempo bem. Mas não matamos o jogo. Então, aos 8 minutos do segundo tempo, veio o castigo…
A jogada começou com uma possível cotovelada pra cima do Juninho ocasionando uma briga generalizada após o gol. No setor visitante, uma mistura de lamentos, mãos na cabeça e olhares vazios. A sensação de que o destino tinha nos pregado mais uma peça era inevitável. Que dura pancada contra estes apaixonados pelo time da sua cidade…
A Fúria não deixou o gol desanimar! Aliás, quem reclama das organizadas não deve ter o costume de ver jogos fora de casa. Não há clima de jogo sem a presença das organizadas na arquibancada.
E assim, o apoio seguiu inquestionável. Bem como o amor pelo nosso time, inabalável.
Mesmo nos minutos finais não faltou quem acreditasse em um gol, que levasse o jogo pros penaltys…
Mas ver nosso Carlão morder a camisa de raiva e agonia, me fez entender que talvez… apenas talvez, hoje, a sorte não estaria do nosso lado…
E enquanto tentávamos gritar como se nossas vozes pudessem reverter o placar, o juiz terminou a partida, sem dó dos nossos corações…
Festa merecida para a torcida do Primavera.
Do nosso lado fica o agradecimento por mais um Campeonato cheio de sentimentos. E ficam as incertezas. O que será deste time cada vez mais distante de suas origens e de sua população?
Sábado, 15 de março de 2025. Onde será que você estará daqui 10 anos? Será que você vai olhar pra traz e ainda lembrar do que fez em 2025? Eu acredito que sim, e acho que o futebol tem esse valor na história: ser um marcador pra ajudar a gente a lembrar dessa nossa tão efêmera vida. E não só eu, esses aí atualmente vivem em Limeira mas voltaram à sua cidade para acompanhar esse momento especial para o Ramalhão!
E olha que legal que estava o clima fora do Estádio: sem problemas entre as torcidas adversárias, com vários ônibus trazendo torcedores, com as organizadas animadas… O que mais podemos esperar de um mata-mata em casa?
E jogo especial é assim… Até quem estava há muito tempo sem ir ao Estádio reapareceu e com novo integrante na família: abraços ao Matheus e seu filho Nicolas, que começa a refazer os passos que fizemos juntos há mais de 30 anos atrás…
Já dentro do Estádio, o clima era de jogo grande… Muito barulho, muita animação e muita gente se divertindo como só o futebol permite. Detalhe para a grande presença das crianças graças à algumas ações interessantes trazendo mascotes, projetos e tantas outras iniciativas que relacionam as crianças ao futebol.
Futebol é amizade, é família… Ou será que na bancada tudo isso se mistura e a gente acaba virando uma coisa só?
Só pra ter ideia da paixão desse pessoal, o nome do pequeno, no colo do Artur na foto abaixo (e com os pais, Kaverna e Stefany na foto acima) é Bruno Daniel, mesmo nome do Estádio!
A loja Ramalhão Store esteve mais uma vez presente e pudemos apurar que foram muitas camisas vendidas, reforçando a importância desta iniciativa em TODAS as partidas.
E se é dia de decisão, tá todo mundo com ainda mais disposição na bancada, se liga:
E se os times estão em campo é porque o início da festa está pra começar e as emoções se afloram ainda mais:
O próprio presidente puxa a bateria da Fúria, dá lhe Diogão!!!
Tem bandeirão subindo…
E olha que festa linda a Fúria criou na arquibancada do Bruno Daniel:
E merece uma menção importante a presença da torcida adversária, vinda de Indaiatuba e que apoiou o Primavera o tempo todo.
Além do povão de Indaiatuba, estiveram presentes a Terror Fantasma, a Chopp e a Metal Primavera.
E aí está a festa dos caras:
Voltando pra arquibancada local, aí está o pessoal da Esquadrão Andreense:
Músicas diferentes, uma pegada meio barra brava e seus tirantes… Essa é a Esquadrão:
E aí a molecada, o futuro da nossa bancada!
Em campo, o Primavera mostrou que não terminou em primeiro lugar à toa e começou pressionando, não ficando só lá atrás como normalmente fazem os times visitantes. E o Primavera foi recompensado: após um lance que terminou em uma gigante defesa de Carlão, o juiz marcou penalty para o time visitante.
Mas aí vem um narrador frio para o Penalty para o Primavera:
Festa na arquibancada local…
O Santo André volta melhor e as bandeiras são desfraldadas pela arquibancada como uma forma silenciosa de dizer “Eu acredito!!!”.
Mais bacana ainda é ver as bandeiras nas mãos de novos torcedores…
Não foi pro jogo? Perdeu… Mesmo terminando em 0x0, dá uma olhada em como estava legal assistir o Ramalhão no seu estádio:
Nossa turma que fica sempre em frente ao gol do ataque aprovou mais uma aventura ramalhística!
Antes de terminar o jogo teve tempo de ver de novo o bandeir˜ào da Fúria:
É um pessoal que não para durante os 90 minutos…
A molecada acreditou até o último minuto…
Mas o 0x0 prevaleceu, mantendo animados aqueles que nunca desistem!
Fim de jogo…
Mais uma tarde incrível para quem gosta de um futebol meio diferente do que esse que se vê na Tv ou na Internet… Coisa de verdade, gente de verdade, espaço para se fazer novas amizades…
Ou simplesmente pra curtir 90 minutos de emoção e ao fim disso tudo sentar e relaxar como o Victor…
Que diga o nosso goleiro Carlão, o herói da tarde…