Final do Amador do Estado 2025 em Brodowski

CA Bandeirante é pentacampeão!!!

Será que o destino é traçado previamente por alguma força superior?
Ou as coisas se aglutinam e se repelem de acordo com nossas escolhas?
A história de hoje começa lá em 2021, no meio da pandemia, quando, para não ficar maluco, passei a visitar, sozinho, de máscara e em horários esdrúxulos, os campos do futebol amador de Santo André.

Ali nasceu um interesse pelo futebol amador que foi crescendo até que, incentivado pelo amigo Mário Casimiro, passei a acompanhar o Campeonato Amador do Estado, a segunda competição mais antiga da Federação Paulista de Futebol.

Por coincidência, as últimas duas finais envolveram times do ABC, o que me permitiu que acompanhar a primeira partida destas decisões.
Em 2023, vimos Nacional da Vila Vivaldi x CA Bandeirante de Brodowski, em São Bernardo.

E em 2024, Belenense x CA Bandeirante de Brodowski, em Mauá

Naquele dia, acabei conhecendo o pessoal da diretoria do CA Bandeirante e foi com eles que iniciamos os programas onde entrevistamos presidentes dos clubes, veja como foi:

Desde então, eu e o Mário fizemos a promessa de ir até Brodowski caso mais uma vez o Bandeirante chegasse na decisão, e, como você já deve saber…
Foi o que aconteceu em 2025!
Seja bem vindo a Brodowski!

Depois de algumas horas de estrada, com direito a paradas em Porto Ferreira, Cravinhos e Jardinópolis, chegamos a Brodowski, muito conhecida por ser a cidade natal de Cândido Portinari.
Claro que fomos lá conhecer sua casa, que hoje sedia um museu em sua homenagem.

A cidade é cheia de detalhes que a tornam inesquecível, como os bancos com inscrições de décadas atrás…

A arquitetura antiga também está preservada e pode ser vista ali pelas ruas…

A igreja matriz, de 1905… Bonita?

A antiga estação ferroviária…

Os bares que ainda reúnem as pessoas em cadeiras e mesas nas calçadas…

E o atual hotel do próprio Bandeirante, onde pudemos jantar com o elenco do time local e tornar o rolê ainda mais inesquecível!

Só faltou fazer uma foto no supermercado onde fizemos umas comprinhas, o “Nosso Mercado“.

Mal sabíamos nós que ele foi construído no espaço do antigo estádio do Bandeirante

Voltando ao Campeonato Amador do Estado, vale lembrar que o Mário ficou tão apaixonado que escreveu o Guia do Campeonato e ficou muito legal (clique aqui para baixá-lo!).

Pra quem não sabe quem é o Mário Casimiro, taí a foto!

Logo que chegamos, percebemos que a final era o assunto da cidade!
Haviam muitos folhetos como este espalhados por todos os lugares por onde andávamos.

Confesso que foi emocionante chegar até o Estádio Mário Lima Santos, a “Arena Jaburu”, como é conhecida popularmente!

Tem até essa escultura em frente ao Estádio que literalmente faz voar os atletas bandeirantinos!

Divido a experiência da chegada ao Estádio, da entrada até a arquibancada, para ver se você também se empolga e faz esse rolê até Brodowski, porque vale muito a pena!

Você viu no vídeo o portão que une presente e passado e cabe explicar que ele ficava no Estádio antigo do CA Bandeirante e é considerado uma verdadeira relíquia para diretoria e torcida!
Ah, esse aí na foto é o Brasileiro, outro amigo que esteve conosco acompanhando a decisão.

Interessante como o pessoal do Bandeirante conseguiu registrar sua história em fotos, lembranças e até mesmo nessas placas que pouco a pouco relembram cada passo do clube!

A torcida conta com a “Bateria Tsunami“, que literalmente faz a arquibancada vibrar!

Pra quem não conhece o estádio, vale o nosso tradicional registro.
Olhando da arquibancada coberta, aqui está o lado esquerdo do campo:

O meio campo:

E o gol da direita. Ali no fundo fica a área para convidados.

O Estádio é muito bem cuidado e cada espaço acaba sendo aproveitado.

Aqui, a arquibancada coberta, sem ela o sol faria grandes estragos…

Nesse setor, atrás do gol, fica uma boa sombra das árvores e também acaba sendo um lugar bastante disputado pelos torcedores!

E esse é o Jaburu, mascote do time!

A torcida do União FC também se fez presente e ficou em um espaço com sombra!

O bar estava preparado: salgados, água, refrigerantes…

Difícil não pegar carinho pelo clube…
Nesse momento, já estávamos “contaminados” pelo mesmo sentimento que envolvia metade da cidade (não se esqueça que a outra metade é Brodowski FC).

Hora da entrada dos times, com toda cerimônia oficial da Federação Paulista!

Foto oficial dos times perfilados…

Dos capitães e da arbitragem…

A foto oficial da final…

E a foto em frente à torcida…

O União também posou para a foto!

E assim… Começa a partida!

Bola rolando, a torcida local cumpre bem o seu papel e transforma a Arena Jaburu em um caldeirão alvi rubro!!!

Bacana ver que a nova geração também está comparecendo!

E as tradicionais fumaças também coloriram o ar do estádio!

E dá lhe bateria!

Com tanta animação, difícil ficar parado…

Mas… o calor é grande… e tem momentos que o pessoal prefere guardar as energias para o fim do jogo…

Ou quem prefira manter se hidratado durante todo o jogo!

Enfim… Todo mundo feliz curtindo os amigos, familiares em torno do futebol!

Em campo, um primeiro tempo de muita marcação, que até chegou a ter um gol marcado pelo Bandeirante que acabou anulado pelo bandeira.

O fim do primeiro tempo trouxe um alívio: o céu recebeu uma porção de nuvens que ajudaram a amainar o calor.

O segundo tempo começou com ainda mais tensão.

A torcida, que a essa altura já havia enchido boa parte da Arena Jaburu parecia sentir o peso de cada passe, cada dividida, cada chute travado.

A Bateria Tsunami, incansável, segurava o ritmo do time e do povo como se cada batida fosse um lembrete: “Estamos juntos. Até o fim.”

E foi justamente no fim que o drama começou.
Aos 40 minutos do segundo tempo, quando o jogo parecia caminhar para um empate nervoso, que levaria a decisão por penaltys, Max, sempre ele, encontra o gol do time da casa!

A Arena Jaburu que já estava barulhenta se tornou ensurdecedora…

Por alguns minutos, parecia que o tempo havia parado e em cada rosto havia um sorriso. Olho pro celular e faço as contas: o tempo regulamentar já. se esgotou… É questão de pouco tempo até o Bandeirante se sagrar campeão.

Mas… o futebol é único.
E quando tudo parecia resolvido e o título parecia uma realidade, a zaga bandeirantina comete penalty…
E o União FC empata o jogo para a alegria da torcida Atibaiana!

Foi um choque geral…. Uma catarse negativa para a torcida local.
Semblantes tensos, mãos na cabeça, olhares perdidos.
Quem estava sentado se levantou e quem estava de pé se segurou pra não cair com o baque do gol…
E foi ali, no momento mais delicado, que o time fez um verdadeiro milagre.
Sabe aquela jogada que a gente ensaiava nos tempos de escola?
Da saída do meio campo ao gol em menos de 5 toques?
Pois aí está:

O estádio inteiro voltou a cantar, a bateria Tsunami voltou com tudo, as crianças gritavam, os mais velhos ergueram os braços como quem conversa com o destino.
Abraços e mais abraços…
Era impossível não se arrepiar.
Impossível não existe pra esse time…

É fim de jogo!!! O Clube Atlético Bandeirante de Brodowski é o campeão de 2025!!!

A Arena Jaburu explode.

Gente chorando. Gente pulando.
A torcida do Bandeirante mais uma vez escreveu seu nome no destino.
E o destino, respeitosamente, respondeu: “Hoje, vocês merecem ser campeões.”

O placar final mostra mais uma vitória dos heróis!

O time fez questão de celebrar muito junto da torcida…

E na arquibancada, após uma verdadeira chuva de cerveja… todos voltam a gritar “É campeão!!!”

Na hora da entrega das medalhas e troféu, dá uma certa tristeza de imaginar o aperto no peito do time de Atibaia e de sua fiel torcida que viajou até Brodowski, mas por ser apenas a segunda participação do time, o vice campeonato foi bem comemorado.

Um misto de sentimentos ao ver que é hora da foto dos campeões!
O time fundado em 16 de agosto de 1933 é mais uma vez campeão e fico feliz em ver isso, mas ao mesmo tempo, triste por saber que nossa aventura chega ao fim…

Melhor ver a foto do Mário que fez lá, bem em frente ao time:

O que dizer de um momento desses?
Uma cidade que respira futebol e que é apaixonada pelo Campeonato Amador do Estado recebendo mais um título!

Hora de extravasar, de celebrar de saber que na próxima vez que esta camisa for usada, ela não será mais a mesma: mais uma estrela estará bordada em seu distintivo!

Jogadores e comissão se abraçando sob o olhar do Jaburu ali ao fundo…
Manhãs como essa transformam pessoas…

Hora de ir embora com aquele sorriso no rosto que demora a sair.
Corpo anestesiado, de tantos arrepios e emoções que passamos.
Parabéns ao povo de Brodowski, em especial aos torcedores bandeirantinos…
Vocês são demais!

Só me resta agradecer ao Mário, ao Brasileiro e à Letícia, amigos de arquibancada e da vida.

Ao Marcelo, Márcio, Guilherme e família e todo mundo da diretoria do Bandeirante por ter nos apoiado nesse rolê inesquecível.


E ao futebol por ser essa cultura tão louca que faz a vida de tanta gente ser ainda mais divertida!

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O futebol em Cajuru (SP)

Aproveitamos o feriado da consciência negra (20 de novembro) de 2025 para refletir sobre o quanto o racismo ainda atrapalha uma vida de qualidade para todos em nosso país.
E é fácil concluir que o racismo ainda é um grande problema social, e que por isso, não basta se dizer “não racista” é imprescindível que sejamos antirracistas em todos os ambientes.
Pra pensar um pouco mais sobre o tema, vale a pena ouvir esse vídeo da Djamila, e mais legal ainda é você ler o “Pequeno Manual Antirracista“, escrito por ela.

Também aproveitamos o feriado para cair na estrada e fomos até Ribeirão Preto para finalmente registrar o Estádio Palma Travassos (veja aqui como foi).

No caminho para Ribeirão, aproveitei para algumas paradas.
A primeira delas, em Santa Cruz das Palmeiras, só pra rever o EC Palmeirense, clube fundado em 7 de setembro de 1908 e que segue com forte vida social e um belo campo de futebol (veja aqui como foi o rolê que fizemos por lá em 2018)

Também demos uma parada em Tambaú para almoçar no Restaurante Sabor e Sede, uma ótima opção para quem estiver pela região.

A terceira parada foi em Cajuru, para “completarmos” a visita que fizemos em 2018, quando fomos até o Estádio Dr Guião, mas não conseguimos registrar seu interior. Relembre aqui como foi!

Naquele post mostramos um pouco da rica história do time que mandou seus jogos neste estádio: o Clube Recreativo Cajuruense (imagem do incrível site “Escudos Gino“):

Resgatamos imagens históricas como essa foto do time de 1990, clique aqui e veja essa história!

E agora em 2025, 75 anos depois da fundação do time, será que vamos conseguir entrar no estádio?

Sim!!! Finalmente conseguimos adentrar ao estádio e registrar a casa do Clube Recreativo Cajuruense.

Essa é a saída dos vestiários, era por aí que os jogadores passavam para enfim adentrar ao campo onde verdadeiras batalhas seriam disputadas.

Uma vez no campo, eram saudados pela sua torcida, presente em suas belas arquibancadas…

E que bom que finalmente pudemos registrar sua arquibancada coberta que carrega. tantas histórias.

Algo que me chamou muito a atenção foi essa inscrição em um dos portões do estádio: “Menta”. Será um patrocínio das máqunas agrícolas de mesmo nome?

Era uma tarde quente como muitas outras devem ter sido, mas o campo parecia bem cuidado, como se estivesse sendo aguado regularmente.
Essa é a visão do gol da esquerda para quem olha para a arquibancada:

Aqui, o gol da direita:

Mais uma vez, muito a agradecer pela oportunidade de estar presente e registrar mais um estádio cheio de histórias!

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Tanabi EC 2×1 AE Santacruzense: o início da Bezinha 2025

19 de abril de 2025.
Data mágica para quem gosta de futebol alternativo: é o início da série B, a Segunda Divisão do Campeonato Paulista para Tanabi EC e AE Santacruzense.

O campeonato em si, começou um dia antes com a partida Assisense 3×1 Olímpia, e no sábado as demais equipes começaram sua jornada.
Escolhemos acompanhar a partida marcada para a cidade de Tanabi, onde já estivemos em 2015 (veja aqui como foi).
Veja como estava a frente do Estádio naquela época:

A atual fachada não mudou muito:

Talvez a grande novidade seja a Tanabi Store, a loja oficial do time que fica literalmente na entrada do estádio.

Bacana que do outro lado da rua há uma outra lojinha vendendo camisas também e lá encontrei um banner bem legar homenageando os heróis do passado do Tanabi:

Não pegamos nenhuma camisa desta vez, nos limitamos à experiência de assistir o time junto da torcida local, até pro rolê não ficar muito caro!
Então, vamos lá?

Pô, e se assistir a uma partida dessas já é uma experiência inesquecível, o que dizer quando fazemos isso ao lado de amigos como o Fernando do Canal Resenha da Bola Interior e o pai dele, além do amigo já de longa data Rodrigo “Jacaré” de Neves Paulista (veio dele a camisa do CA Nevense):

É incrível como vários times sofrem por falta de um estádio e a gente encontra uma preciosidade dessas em plena Bezinha
O Estádio Municipal Prefeito Alberto Victolo é uma verdadeira joia, guardada a quase 500 km da capital.

Parte da sua história está registrada nas próprias paredes do atual estádio:

E não é porque estamos na 5ª divisão que toda a cerimônia de uma partida oficial seria deixada de lado, os times vêm a campo e é hora da música tema da Federação!

O Tanabi veio para o jogo com um uniforme bastante tradicional, enquanto a Santacruzense utilizou um modelo diferente com um degradê vermelho e negro:

Teve até foto do time posado.

Então vamos ao jogo, com direito a narração feita das próprias arquibancadas:

Em 2025, a Segunda Divisão voltou a aceitar a participação de até três atletas com idade acima dos 23 anos, o que além de funcionar como ampliação de opção de emprego para muitos atletas, também significa mais qualidade dentro de campo.

A torcida se concentrou na parte coberta do Estádio e infelizmente teve um número bem pouco expressivo de pagantes (165 torcedores) que prejudicou aquele “clima de arquibancada”.

Talvez o que faltou foi a Torcida organizada do time para dar uma animada na arquibancada e no jogo…

Até achei um integrante da Fúria Verde que disse que a Torcida estará presente nos próximos jogos!

O time do Tanabi sabia que precisava construir o resultado por ser o mandante e tratou de tentar armas jogadas. Davi Zaqueo, treinador do Tanabi EC, percebia isso e tentava acelerar as descidas para tentar pegar o time da Santacruzense menos preparado defensivamente.

Nas arquibancadas, o pessoal acompanhava e até torcia mas sem ter uma cantoria ou batuque capaz de empolgar o time em campo.

O primeiro tempo foi terminando com o Tanabi dominando as iniciativas mas não conseguindo abrir o placar!

Chegamos ao intervalo e fomos dar um rolê pelo estádio…

O pessoal do banco parecia confiante na vitória do time local!

Aproveitei pra trocar uma ideia com o Fernando e recomendo que se vc não segue o Canal Resenha da Bola Interior que o faça, porque é bem legal o trabalho dele acompanhando as divis˜ões de acesso do Paulista.

O bar estava funcionando bem direitinho e tudo bem sinalizado com o distintivo do time!

O grande atrativo da tarde agradável de outono foi o Açaí!

E fui assistir à sequência do jogo com o meu Açaí!

Também aproveitei pra conversar com alguns torcedores locais e gravei um depoimento sobre o que é torcer pro time da sua cidade, confira!

O segundo tempo parecia dar sequência à pressão do Tanabi em buscar do gol!

Em uma dessas decidas, o zagueiro José Hiago da Santacruzense teve que parar o adversário sendo o último homem da zaga e por isso acabou expulso.

E na sequência, com a cobrança da falta, o time do Tanabi queria penalty!!
O que vc acha??

Se o campo estivesse cheio, era nesse momento que a pressão da torcida poderia aumentar o clima de favoritismo do Tanabi!

Mas quem começava a se tornar o nome do jogo era o goleiro da Santacruzense fazendo um milagre atrás do outro!

E se não bastassem os milagres, o goleiro Gabriel decidiu dar uma de armador e fez esse lançamento que culminou com o primeiro gol da Santacruzense, marcado por Pedro Henrique aos 18 do segundo tempo!

Acho que jogando com um a menos e levando pressão como vinham levando, nem os próprios atletas da Santacruzense acreditavam naquele cenário!

O Tanabi então… Mal podia entender como levaram um gol, justo agora que jogavam com um a mais e que a vitória parecia sorrir pra eles…

Mas, quando tudo parecia encaminhar para um final triste, aos 27 do segundo tempo, o atacante Maicon tentou um cruzamento mas sabe aquele chute que sai todo errado?
Pois é… O, até então, herói do dia, o goleiro Gabriel da Santacruzense acabou não conseguindo segurar…

A comemoração veio com um misto de felicidade e alívio…

O 1×1 parecia um resultado até bom para ambos os times, já que o time da casa sairia honrado por ter buscado o empate, mas, se tinha quem reclamasse da pouca efetividade do ataque do Tanabi, finalmente um golaço, construído desde lá de traz:

Agora, time e torcida local podem comemorar mais aliviados…

Até a bandeira de Tanabi parecia tremular mais orgulhosa…

O clima ficou tão bom que rolou até um princípio de um “olé” da arquibancada local…

E é fim de jogo…

Fomos embora felizes pelo registro e pela experiência e torcendo para que a cidade de Tanabi desperte e se envolva mais com o time, fazendo a festa que a arquibancada do Albertão merece!

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Estádio Uady Chaiben, a casa da Portuguesa Londrinense (PR)

No carnaval de 2025 fomos até Presidente Prudente ver um 0x0 entre o Grêmio Prudente e o Santo André pela série A2.
Para fazer a viagem ainda mais inesquecível, demos um rolê pelo norte do estado do Paraná, começando por Alvorada do Sul e logo parando em Londrina.

A fertilidade da terra roxa desde sempre atraiu as pessoas para a região onde hoje encontra-se Londrina.
Fossem os povos Guarani, os Kaingang ou os Xetá, a região provavelmente sempre teve suas florestas ocupadas. Conhece os Xetá?

A aceleração da ocupação de Londrina se deu com a Companhia de Terras Norte do Paraná (subsidiária da inglesa Paraná Plantations Ltd.), que transformou as grandes propriedades em lotes menores, oferecendo aos trabalhadores a possibilidade da produção de café criando uma classe média rural.

Nos anos 50, com considerada expansão urbana em razão da produção cafeeira a população passou para 75.000 pessoas.
Se tiver interesse, busque o livro “Transformações urbanas. A Londrina da década de 1950″.

A região ganhou maior atenção impulsionada pela Ferrovia São Paulo-Paraná e a estação Londrina inaugurada em 1935.
Foto do site Londrina Histórica:

A década de 80 marca a retirada da ferrovia do centro, o que sobrou está no Museu Histórico de Londrina.

Uma pena que o Museu está fechado e não parece muito perto de reabrir…

Olha aí a Igreja Matriz

Mas o grande templo que queríamos visitar era o Estádio Uady Chaiben, a “toca do tigre”.

O Estádio Uady Chaiben é a casa da Associação Portuguesa Londrinense!

O time foi fundado no dia 14 de maio de 1950, sob o nome de Associação Atlética Portuguesa de Desportos e assim em 1959, disputou seu primeiro Campeonato Paranaense, no grupo da zona norte:

Também disputa o campeonato de 1960:

E faz, em 1961, sua terceira participação no Campeonato Paranaense coroando o primeiro momento de existência do time.
Olha a tabela de classificação que a Rsssf montou:

Talvez decepcionados pelas más campanhas, o time abandona o futebol profissional e passa quase 4 décadas licenciado.
Apenas em 1998, o time retorna ao profissionalismo, agora sob o nome Associação Portuguesa Londrinense, disputando a Segunda Divisão estadual.
Olha que vídeos incríveis deste ano:

Em 1999, é vice campeã e obtém a vaga para Primeira Divisão.

Assim, no ano 2.000, a Portuguesa joga a primeira divisão, mas cai no mesmo ano.

Em 2001, termina como vice campeã da segunda divisão, após classificar-se em 1º no seu grupo:

Este vídeo mostra os gols e melhores momentos das duas finais:

Assim, a Portuguesa Londrinense disputa a principal divisão em 2002, ano que Coritiba, Atlético, Paraná e JMalucelli só jogaram o SuperCampeonato Paranaense.
Tabela do site Bola na área:

Em 2003, mais uma vez a Portuguesa Londrinense acabou rebaixada…

Em 2006, na tentativa de conseguir maior apoio da cidade, resolveu mudar de nome para: Grande Londrina Futebol Clube.
Distintivo do site História do Futebol:

Mas o Londrina EC entrou na justiça contra o novo nome e a mudança acabou melando.
Ainda assim, a Portuguesa conquistou o título da segunda divisão e a vaga na elite paranaense de 2007.
Por incrível que pareça, esse foi seu primeiro título.

Disputa a primeira divisão em 2007 e 2008, quando é rebaixada.
Entre 2012 e 2014, disputou o Campeonato Paranaense da 3ª divisão, conseguindo o acesso para a 2ª Divisão.

Em 2015 fez boa campanha, chegando às quartas finais da competição.

Em 2016 volta a disputar a Divisão de Acesso.

Em 2018 e em 2019 participou da Copa Rubro Verde, que contou a participação das outras Portuguesas do Brasil.

Em 2018 ficou na lanterna do Campeonato Paranaense da 2ª divisão caindo para a 3ª divisão.

Disputa a 3ª divisão desde então.
Este é o time de 2020 do blog do rafael:

Em 2025 disputará novamente a 3ª divisão do Campeonato Paranaense.
E se tudo der certo, o time volta a jogar no Estádio Uady Chaiben, também chamado de Vila Santa Terezinha.
Conheça mais este estádio do Paraná:

Como deu pra ver, a arquibancada do Estádio Uady Chaiben não tem uma grande capacidade, oficialmente o estádio está liberado para pouco mais de 1.000 torcedores.

Olhando da arquibancada, este é o meio campo:

Aqui o gol da esquerda:

E o gol da direita:

Encontramos o preparado de goleiros do time com quem pudemos trocar uma ideia rápida:

Para o campo ser usado pelo profissional, acredito que precise passar por uma reforma, principalmente no gramado…

E talvez um cuidado maior com o banco de reservas…

Pra quem gosta de assistir de pé, a vantagem é que o alambrado permite você estar bem próximo do campo!

Na falta de um belo pórtico que apresente o estádio, entramos por um portão que dá acesso aos automóveis…

Agradeço sempre a oportunidade de poder viajar e conhecer estádio como este que fazem parte da história do futebol.

Vamos embora com um último rolê pela rua do estádio…

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O Estádio Monumental David Arellano e o Colo Colo (Rolê pelo Chile – parte 9 de 9)

Em janeiro de 2025 estivemos de rolê pelo Chile e já falamos aqui sobre Viña del Mar, Valparaíso, Algarrobo, Curacaví, e em Santiago o Estádio do Palestino, o Estádio do CD Ferroviários, o Estádio La Florida e o Estádio San Carlos de Apoquindo, a casa do Club Deportivo Universidad Católica.
Hoje nos despedimos da experiência mágica com uma rápida passagem pelo Estádio Monumental David Arellano.

Conhecido popularmente como Monumental de Colo-Colo, possui capacidade para mais de 43 mil torcedores, e ocupa uma área bem grande na comuna de Macul

Infelizmente, o Estádio Monumental David Arellano tem sua entrada bastante restrita, não dá pra chegar e ir entrando…

Estivemos por lá antes de ir embora, e foi bem triste relembrar (porque já havíamos passado por isso na nossa última viagem ao Chile) que só se entra pagando a visita guiada, então preferimos apenas dar essa olhada…

Já escrevemos sobre a camisa do Colo Colo, veja aqui como foi.

Claro que um cartaz celebrativo do centenário do Colo-Colo veio para Santo André…

Hora de ir embora…. E voltar para mais um ano de muito trabalho no Brasil!

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O futebol profissional em Pereira Barreto!

Já no caminho de volta para o ABC, depois de registrar um pouco da história e do futebol de Monte Alto, Guariba, Bebedouro, Monte Azul Paulista, Severínia, Riolândia, Cardoso, Votuporanga, Fernandópolis, Palmeira d’Oeste, Aparecida d’Oeste e Ilha Solteira, fomos conhecer a cidade que é considerada a “Meca” dos pescadores paulistas: Pereira Barreto, que fica pouco antes do rio Tietê encontrar o rio Paraná!

Porém, pouco antes de adentrar a cidade, uma imagem chama a atenção: o canal artificial “Deoclécio Bispo dos Santos“construído na década de 80 e que interliga os reservatórios de Três Irmãos e de Ilha Solteira permitindo a navegação e a geração de energia integrada dos dois rios.
É o segundo maior canal artificial de água doce do mundo (só perde pro canal de Suez, no Egito), com 9.600 m de comprimento e 50 m de largura.

Pereira Barreto é um nome tradicional para quem mora no ABC: é a principal avenida que liga São Bernardo e Santo André. Já a cidade, foi fundada oficialmente, em 11 de agosto de 1928, com o nome de Novo Oriente, já que era parte dos planos da Sociedade Colonizadora do Brasil Ltda (BRATAC) para receber imigrantes japoneses para a lavoura. Em 1938, o então distrito de Novo Oriente foi elevado à categoria de município, e recebeu o nome de Pereira Barreto. Aqui, o monumento “Obelisco”, que fica próximo ao trevo da entrada da cidade, desenvolvido pelo artista Sarro, integrando as figuras de um pescador, um turista e um trabalhador.

Existe ainda um Monumento Alusivo ao Esporte, localizado na rotatória que liga as avenidas Jonas Alves de Mello e Humberto Liedtke:

Pereira Barreto ainda guarda fortes traços de seus fundadores, os imigrantes japoneses:

Até time de beisebol já existiu (e ainda existe) na cidade!

Destaque para o calor que estava fazendo aquele dia e para este singelo cupinzeiro (ou formigueiro…) que estava no nosso caminho…

Nosso objetivo em Pereira Barreto era registrar o Estádio Municipal “Joaquim Francisco Dias ‘Sabiá’ ”.

Sua bilheteria, um pouco mal cuidada, mas ainda de pé!

Uma pena não existir nenhum tipo de identificação com o nome do estádio…

O Estádio Municipal “Joaquim Francisco Dias” possui uma arquitetura bem única, como se pode ver:

Essa foi a casa dos 2 times da cidade nas aventuras de Pereira Barreto pelo futebol profissional. O mais antigo deles é o Esporte Clube XI de Agosto.

O Esporte Clube XI de Agosto foi fundado em 11 de agosto de 1963 e após amistosos e competições amadoras, estreou no profissionalismo em 1965 na 4a divisão, no grupo “3a série”, ao lado do Andradina FC, do CA Jalesense, do Mouran de Andradina, do SOREA (Auriflama) e da AE Aparecida, terminando em 4º lugar.

Jogou ainda mais uma edição da 4a divisão em 1966, no 7º grupo, terminando em último lugar o que levou o time a se licenciar por alguns anos.

O time só retornaria em 1973, na 3a divisão, jogando o grupo da Série C e amargando a última colocação.

Em 1974, o time estava inscrito, mas acabou desistindo de participar da 3a divisão e do futebol profissional até os dias de hoje. Ainda assim, o GRE Pereira Barreto siga existindo como clube, com sede social e até um campo de futebol próprio:

O outro time da cidade é o Grêmio Recreativo Esportivo Pereira Barreto, fundado em 25 de fevereiro de 1974. O distintivo abaixo veio do site “Escudos do mundo“:

O GRE Pereira Barreto surgiu para preencher o vazio deixado pelo EC XI de Agosto e estreou no Campeonato Paulista da 3a divisão em 1975, seguindo a sina do XI de Agosto e terminando em último lugar de um Campeonato que teve tantos problemas de regularização que a FPF declarou que não houve campeão naquele ano.

Em 1976, mais uma tentativa e… novo fracasso. Novamente termina em último lugar, fazendo com que mais uma vez o futebol profissional fosse abandonado pela cidade, o que dura até hoje.

Tristeza para a cidade, para a torcida e principalmente para o Estádio Municipal “Joaquim Francisco Dias ‘Sabiá’ ”, que nunca mais teve o sabor das disputas profissionais…

Para quem não teve a oportunidade de conhecer o estádio, aí está a foto do meio campo:

Aqui, o gol da esquerda (de quem olha do lado oposto ao da arquibancada):

E do gol do lado direito:

Um vídeo para uma visão mais ampla do estádio e do campo, principalmente. Pena que o vento atrapalhou tanto o áudio…:

O tempo seco e a falta de pintura, deram às fotos uma aspecto um tanto quanto desértico…

Ao fundo do gol, as casas da cidade. Percebe que não existe nenhum prédio nessa direção.

Mesmo seco, o gramado está bem cortado, mostrando que tem acontecido manutencão.

O que separa o campo da torcida é um alambrado simples, estilo Rua Javari.

Assim nos despedimos desse espaço tão importante!

Apenas o urubu dos estádio permanece no tórrido ambiente do Estádio Municipal e vamos para a estrada…

Uma paradinha pra olhar o rio…

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As Mil Camisas de volta a Monte Azul Paulista

Depois de registrar os estádios e um pouco da história de Monte Alto, Guariba e Bebedouro, a estrada nos levou de volta à Monte Azul Paulista (11 anos atrás estivemos por lá, veja aqui como foi aquela visita. ).

No caminho, lindos ipês brancos…

A história da cidade de Monte Azul Paulista está ligada à imigração italiana que chegou ao Brasil para trabalhar nas lavouras de café do fim do século XIX.

Embora mantenha seu ar de cidade do interior, Monte Azul Paulista tem crescido bastante, pelo menos nós que ficamos 11 anos sem andar por ali percebemos a diferença.

O calor é grande por aqui… Dá até vontade de por os pés na fonte da praça…

A Mari curtiu esse espaço dedicado às crianças!

A Igreja Matriz do Senhor Bom Jesus fica no lugar onde a cidade nasceu. Foi ali que colocaram uma cruz em uma imensa árvore e em seu entorno foi surgindo a povoação.

Mas Monte Azul Paulista, mesmo tendo pouco mais de 18 mil habitantes, tem um grande tesouro…um time que não só disputou o profissionalismo como chegou à série A1: o Atlético Monte Azul!

O Atlético Monte Azul foi fundado em 28 de abril de 1920 com a união dos times que já existiam na cidade. Esse é o time de 1922 (fonte: site do Atlético Monte Azul).

E esse o distintivo do período inicial do time:

O Monte Azul teve uma primeira etapa focada em competições locais, mandando seus jogos no “Campo velho” (onde hoje está o Fórum),​ mas a partir de 1940, com a filiação na Federação Paulista e a disputa do Campeonato do Interior a partir de 1944, o time passa a mandar seus jogos no “campo novo”.

Esse foi o grupo do Campeonato do Interior de 45:

E esse o de 1946:

E esse o grupo de 1947 (todos retirados do livro “Os esquecidos“):

Vale lembrar que nesse ano, ainda aconteceu um amistoso contra o Corinthians (os paulistanos ganharam de 2×1) perante mais de 3 mil torcedores.:

A partir de 1950, o Atlético Monte Azul passa a disputar a segunda divisão do Campeonato Paulista.

O Atlético Monte Azul disputa a segunda divisão por 3 anos com campanhas medianas e se licencia. Essa foi a campanha de estreia no segundo nível do futebol paulista:

O Atlético Monte Azul volta ao futebol profissional apenas em 1961, na terceira divisão, onde fica até 1966, quando ocorre outra parada. Esse, o time de 1964:

O time só voltou ao profissionalismo em 1975 numa aparição relâmpago disputando a terceira divisão daquele ano e de 76, com o time abaixo:

O “AMA” fica longe do profissionalismo durante toda a década de 80 e em 1990 a volta se dá na quarta divisão que teve naquele ano uma final curiosa: Cortinhians de Presidente Venceslau (o campeão) x Palmeiras de Franca. A partir de 91, o Atlético Monte Azul volta à terceira divisão, esse é o time de 1992:

Em 1993, acabou rebaixado para a quarta divisão, retornando em 1995 para a terceira, graças ao título de 1994:

Entre altos e baixas, o time voltaria a ser campeão da quarta divisão 10 anos depois, em 2004.

Em 2007, sagra-se vice campeão da A3, voltando à série A2 depois de mais de 50 anos.

Os dois anos seguintes foram mágicos. O retorno à série A2 e logo a despedida… Mas dessa vez, a despedida foi positiva, o título inédito da A2 levou o Atlético Monte Azul à série A1!

Tudo bem que foi apenas um ano na série A1, mas foi incrível… E a campanha nem foi tão ruim… Foram poucas derrotas e partidas inesquecíveis…

De volta à série A2, o Monte Azul acabou rebaixado em 2016 para a série A3, de onde retornou com o vice campeonat ode 2019.

Assim, nossa missão na cidade de Monte Azul Paulista era registrar o Estádio que foi palco de tantas histórias!

Trata-se do Estádio Otacília Patrício Arroyo que até 2009 era chamado de Estádio Ninho do Azulão, ou Estádio do Atlético Monte Azul.

O Estádio foi inaugurado em 6 de agosto de 1944, numa derrota de 1×0 para o Barretos.

Em 2010, o estádio passou por uma ampliação, para atender a capacidade exigida pela Federação (15 mil lugares).

Nosso tradicional registro do campo (onde aqueciam as equipes sub 17 do Atlético Monte Azul e do Batatais, que se enfrentariam na sequência.

A torcida do Monte Azul já havia deixado suas faixas em campo!

O Estádio possui uma pequena parte de sua linda arquibancada coberta, onde ficam as cabines de imprensa.

É sempre uma grande honra poder registrar nossa presença em estádios com tamanha história e tradição! Agradeço ao Galo, da diretoria do Monte Azul pela liberação da nossa entrada para o registro!

O estádio lembra um pouco os do futebol argentino, com arquibancadas em ambas as laterais e atrás dos gols.

Placar tradicional, presente!

Abaixo das arquibancadas ficam os vestiários e estrutura do time.

Abraço a equipe técnica da base do Atlético Monte Azul!

E também ao pessoal do Batatais!

Na hora de ir embora, é impossível não ler a inscrição que lembra o título da A2 de 2009 e tudo pelo qual aquele estádio passou na série A1 de 2010…

Um último olhar para as arquibancadas singelas, mas cheias de atitude, de um time que ousou desafiar a lógica e trouxe praticamente todos os times do estado de São Paulo a sua casa.

E nós… Voltamos à estrada!

APOIE O TIME DA SUA CIDADE!!!

O futebol profissional em Barretos

Em 2016, pude acompanhar um acesso do Santo André, com sabor especial porque aconteceu em uma cidade que fica há mais de 400 km de distância e que também é apaixonada por futebol: Barretos!

Cidade de Barretos

Pra chegar lá e poder curtir um pouco da cidade, saímos bem cedo, tanto que pegamos até neblina no caminho.

Neblina

Mas chegamos com um tempo agradável, que nos permitiu passear um pouco pela cidade, já que o jogo seria a noite. A primeira coisa a aprender foi que as avenidas são identificadas por números ímpares e as ruas por números pares.

Rua 22 em Barretos

Barretos é conhecida por sua ligação com o gado, e pelos rodeios, mas como não concordamos com esse tipo de cultura, que envolve sofrimento e morte animal, olhamos a cidade por um outro ângulo, rendendo-nos à natureza, e à história local, como por exemplo a Estação Ferroviária, que foi importantíssima para a cidade e a região.

Estação Ferroviária de Barretos

Pelo que pudemos conversar com alguns torcedores locais, a cidade tem perdido um pouco do charme, com algumas ações de modernização, como a mudança de alguns equipamentos municipais, a demolição de antigos casarões dando lugar a prédios, verticalizando a cidade a cada dia. Quem luta para sobreviver em meio a esse caos moderno é o Cine Barretos.

Cine Barretos

Mas, as placa nos lembrava que o que nos levou até a cidade foi mesmo o futebol!

Estádio

Pra escrever sobre a história do futebol profissional em Barretos, contei com a ajuda do site www.futebolbarretos.com.br, do blog Zé Duarte Futebol Antigo e do amigo Manolinho Gonçalves. O primeiro time profissional a se criar em Barretos foi o Fortaleza Esporte Clube, fundado em 15 de novembro de 1936.

Fortaleza FC

O time alvi-verde, também conhecido como o “Periquito da rua 20” passou vários anos no amador, só estreando na Série A2 em 1955, no Setor Azul, terminando na última colocação.

Série A2 - 1955
Série A2 - 1955

Esse foi o time do Fortaleza que jogou a A2 de 1955:

Fortaleza FC 1955

Em 1956, terminaria em último lugar desta vez, na Série Cafeeira.

Série A2 1956 - Série Cafeeira

Em 1957, também não conseguiu uma boa campanha…

série A2 1957 - série C

Em 1958, subiu mais algumas posições, mas ainda terminando em uma posição na parte de baixo da tabela…

Série A2 - 1958 - Grupo Amarelo

Em 1959, termina a Série Geraldo Starling Soares na 6a colocação.

Série A2 1959

Jogaria ainda a série A3 em 60. Aqui algumas imagens antigas do time que o pessoal do Blog História do futebol encontrou na Revista Sport Ilustrado.

Fortaleza - Barretos
Fortaleza - Barretos

O Fortaleza EC mandou seus jogos no Estádio Fortaleza, que foi municipalizado em 1977, e em 1994 passou a ser chamado de “Antônio Gomes Martins – Tio Cabeça“, em homenagem ao ex-massagista de Barretos. É lá que o Barretos EC manda seus jogos, atualmente.

Estádio Municipal Antônio Gomes Martins - Barretos

Esse é o tio Cabeça:

Tio Cabeça
Tio Cabeça - fortaleza

Peguei essa foto da entrada do Estádio no Google Maps!

Estádio Municipal Antônio Gomes Martins - Barretos

E essa a gente fez durante uma visita ao estádio antes do jogo de 2016.

Estádio Municipal Antônio Gomes Martins - Barretos
Estádio Municipal Antônio Gomes Martins - Barretos
Estádio Municipal Antônio Gomes Martins - Barretos
Estádio Municipal Antônio Gomes Martins - Barretos

Mas se o Fortaleza EC foi o time mais antigo da cidade a disputar o profissionalismo, é hora de falarmos do Barretos FC, que embora fundado 2 anos depois, disputou os campeonatos da Federação Paulista antes!

Barretos FC

O Barretos Futebol Clube foi fundado em 7 de julho de 1938 e jogou o amador por 9 anos.
Aqui, um amistoso contra o Uberaba SC, em 1945:

Barretos FC x Uberaba SC

O Barretos FC só estreou na série A2 em 1947, fazendo uma campanha bem irregular, assim como seria em 1948 também:

série A2 1947 e 1948 (série Preta)

Em 1949, o time se licenciou, voltando a partir de 1950, ainda com campanhas bastante irregulares, mas ainda assim se transformando na alegria do futebol local!

Série A2

Com esse início complicado, 0 time acabou se licenciando do profissionalismo em 1953 e só voltando à A2, em 1955.

Série A2 - 1955 - Série Azul

Em 1955, houve a estreia do Dérbi de Barretos (6/11 – Fortaleza 1×1 Barretos e em 11/12 – Barretos 3×2 Fortaleza), no profissionalismo aqui, fotos do segundo jogo:

Estádio da Rua 32 - Barretos

Vale lembrar que em 1944, já houvera o dérbi, mas pelo Campeonato do Interior de 1944, no qual o Barretos FC chegou até a semifinal, contra o Guarani que seria campeão.
Em 1947, o Barretos voltou a disputou o Campeonato Profissional do Interior terminando em décimo e jogou também o amador.
Em 1956, mais uma campanha mediana na “Série Pecuária“, mas em 1957, além de mais 2 dérbis (28/4 – Barretos 3×1 Fortaleza e 28/7 – Fortaleza 2×3 Barretos), o time terminou na terceira colocação da Série C.

série a2 1956 e 1957

Em 1958, parecia chegar a hora…
O Barretos FC sagrou-se campeão do seu grupo, o Amarelo, além disso, mais dois dérbis: 8/6 – Barretos FC 4×0 Fortaleza e 19/10 – Fortaleza 0x3 Barretos FC.

Série A2 - 1958 - Grupo Amarelo

Na segunda fase, o Barretos FC caiu no Grupo João Havelange, onde terminou na quarta colocação.
O Corinthians de Presidente Prudente além de líder do grupo, seria campeão da A2 de 1958.

A2 - 1958

Em 1959, uma tragédia para a cidade, mesmo sem terminar na parte debaixo da tabela, no Grupo Geraldo Starling Soares, tanto Barretos FC quanto Fortaleza FC acabaram rebaixados para a Série A3.
E 1959 acabou marcado como o ano dos últimos dérbis: 31/5 – Barretos 3×1 Fortaleza e 23/8 – Fortaleza 0x3 Barretos.

Série A2 1959

O Barretos FC ainda chegou a disputar a A3 em 1960, mas o Fortaleza FC abandonaria as competições profissionais da Federação Paulista.

Barretos FC 1959

Nessas competições, mandaram seus jogos no Estádio da Rua 32, em frente ao Recinto Paulo de Lima Correia, onde hoje é a Praça 9 de Julho e o Terminal Municipal de Ônibus Urbanos.

Estádio da Rua 32 - Barretos

Segundo o amigo Manolinho, a Arquibancada Central era de madeira e idêntica a do Parque São Jorge.

Estádio da Rua 32 - Barretos

E a cidade ainda teria um terceiro time: o Motoristas Futebol Clube, fundado em 6 de março de 1944.

Motoristas FC

Olha que bela flâmula do time:

Motoristas FC

O Motoristas FC disputou a série A2 em 1950, terminando na 10a colocação. Assim, a cidade ganhou 2 dérbis em 1950: 30/7 – Barretos 1×0 Motoristas e 22/10 – Motoristas 3×0.

Série A2

Aqui algumas imagens do time já na época da volta ao amadorismo:

Motoristas FC - Barretos
Motoristas FC

O Motoristas FC mandava seus jogos no Estádio Dr Adhemar de Barros Filho, ou o “Campo dos Motoristas da Avenida 21“.

Estádio Dr Adhemar de Barros Filho - "Campo dos Motoristas da Avenida 21".
Estádio Dr Adhemar de Barros Filho - "Campo dos Motoristas da Avenida 21".

Mas, infelizmente estes 3 times pertencem ao passado.
O presente do futebol profissional da cidade de Barretos começou a ser escrito em outubro de 1960, quando o Barretos FC e o Fortaleza FC se uniram para formar o Barretos Esporte Clube.

Assim, em 1961, a cidade voltou a ter um time na Série A2 da época e na sua “estréia”, até que o Barretos EC foi bem. (tabela abaixo da Wikipedia):

série A2 1961

Já em 62, o time foi mal e só escapou do rebaixamento num incrível mata-mata, contra o Elvira (de Jacareí), último colocado da Série “José Ermírio de Moraes Filho”, em 4 partidas: Barretos 7 x 1 Elvira (10/2/63), Elvira 2 x 1 Barretos (17/2/63), Barretos 1 x 1 Elvira (23/2/63 em Campinas) e Barretos 1 x 0 Elvira (2/3/63, em Campinas).

Série A2 - 1962

Em 63 e 64, sequer se classificou no seu grupo.
Esse é o time de 63 (fonte: Zé Duarte Futebol Antigo):

Barretos EC 1963

Em 1965 foi campeão da Série Carlos Joel Neli e fez a final contra o Bragantino, perdendo as duas partidas (jogadas no Pacaembú), o título e o acesso…

Série A2 - 1965

Em 1966, nova campanha de destaque! O Barretos FC ficou em 2º da Série João Mendonça Falcão, classificando-se para o quadrangular semifinal, terminando em 3º no grupo.

A2 - 1966
A2 - 1966
Barretos EC 1966

Em 1967, após liderar o seu grupo foi eliminado no mata mata pelo Paulista de Jundiaí.

Série A2 - 1967

Já em 1968, liderou seu grupo e classificou-se para a segunda fase (um outro grupo dessa vez com 8 times), terminando em quarto lugar e sendo desclassificado.

Série A2 - 1968

Em 1969, 70, 73 e 75  não passou da fase de grupos.
Em 71, 72 e 74 foi desclassificado na segunda fase.
Em 76, mais uma vez liderou seu grupo nos dois turnos da primeira fase, mas acabou em último lugar no quadrangular final (XV de Jaú sagrou-se campeão, Aliança, vice e o Santo André em terceiro).

série a2 1976

Esse era o time daquele ano, e veja que linda a torcida ao fundo:

Barretos EC 1976

Em 77, mais uma vez liderou o gurpo da primeira fase e na fase final acabou na quarta colocação.

série A2 - 1977

Em 78, num regulamento bem esquisito, o Barretos liderou o Grupo A, depois foi mal na 2ª e 3ª fase e acabou mais um ano na A2.

A2 - 1978

Em 79 e 80 o time não foi bem, parando na fase inicial, em 81 liderou a Série Amarela, mas ocupou a penúltima posição no grupo final, com o time:

Barretos 1981

Em 82, 83, 84, 85, 86 e 87, regulamentos ainda mais confusos acabaram fazendo com que o Barretos se limitasse à campanhas medianas e pra piorar, o time passou a jogar a série A3 a partir de 1988, onde ficou até 1990, quando voltou à A2, esse era o time daquele ano:

Barretos EC 1990

Permaneceu na A2 até 1993, quando caiu novamente para a A3.
Em 1995, o pior momento: o time caiu para a Série B1A (o quarto nível do futebol da época).
Em 1998 chegou perto de voltar, ao ser vice campeão do grupo inicial e vice do quadrangular final, mas apenas o Oeste consegiu o acesso.

Série B1 - 1998

Só em 2001, voltou à A3. Inicialmente só subiriam dois times, mas graças às mudanças do calendário, o acesso foi ampliado.

Tabela B1- 2001

Sua volta à A3, em 2002, foi marcada com uma boa campanha, ficando de fora das finais por muito pouco!

Série A3 - 2002

Permaneceu na A3 até 2006, quando uma campanha bem ruim levou mais uma vez para o quarto nível do futebol paulista (agora a Segunda Divisão, ou série B).

A3 - 2006

De volta à segunda divisão, apenas em 2011 o time conseguiu o acesso (já nessa fase das 4 fases em grupos) à A3, mas foram apenas 2 anos e nova queda à série B, pra uma única disputa em 2014 e novo acesso à A3.

Série B - 2014

Em 2015, logo de cara, uma surpresa…
Um acesso conquistado à série A2 (graças ao problema do Atibaia).

Série A3 2015

Permaneceu na A2 em 2016 e 2017, quando voltou pra A3, onde permaneceu até esse momento (em 2020, ainda sob risco de rebaixamento à A3).
E foi em 2016, que tivemos a oportunidade de conhecer o Estádio Municipal Antônio Gomes Martins, também conhecido como “Fortaleza” em homenagem ao time da cidade.

Estádio Municipal Antônio Gomes Martins

Confesso que deu um pouco de aperto no coração, imaginar que estávamos ali pra impedir o inédito acesso do Barretos à série A1…

Barretos x Santo André
Estádio Barretos

Aproveitei pra pegar um jornal local e ver se a torcida do Barretos estava esperançosa quanto à virada (o placar emSanto André foi 2×0 pro Ramalhão).

E até pra dar sorte pro Ramalhão, fiz questão de estar dentro de campo, antes do jogo!

Estádio Municipal Antônio Gomes Martins - Barretos

Aproveitei pra pegar meu ingresso e não correr nenhum risco.

Estádio Municipal Antônio Gomes Martins - Barretos

Fui conhecer também ocharmoso portão dos fundos por onde andaríamos.

Estádio Municipal Antônio Gomes Martins - Barretos

E olha aí o portão olhando de dentro pra fora já na hora do jogo…

Estádio Municipal Antônio Gomes Martins - Barretos

A noite estava muito bonita. A torcida local compareceu, pintando de verde, vermelho e amarelo as bancadas do Estádio Municipal Antônio Gomes Martins.

Estádio Municipal Antônio Gomes Martins - Barretos
Estádio Municipal Antônio Gomes Martins - Barretos

Oficialmente, o Estádio tem capacidade para 13 mil torcedores, mas pelo borderô oficial apenas 5 mil torcedores compareceram.

Estádio Municipal Antônio Gomes Martins - Barretos

Quem foi, fez festa!

Estádio Municipal Antônio Gomes Martins - Barretos
Estádio Municipal Antônio Gomes Martins - Barretos
Estádio Municipal Antônio Gomes Martins - Barretos

Mas engana-se quem pensa que o lado azul não compareceu… Era um jogo decisivo, lá estava a Fúria Andreense!

Estádio Municipal Antônio Gomes Martins - Barretos
Estádio Municipal Antônio Gomes Martins - Barretos

E a Esquadrão Andreense:

Estádio Municipal Antônio Gomes Martins - Barretos
Estádio Municipal Antônio Gomes Martins - Barretos

Foi um jogo super truncado com várias defesas milagrosas do nosso goleiro “Zé Carlos”, para o desespero da torcida local.

Estádio Municipal Antônio Gomes Martins - Barretos

Foram 90 minutos de pressão do Barretos e o Santo André se segurando lá atrás… E a gente desesperado na arqubancada visitante.

Estádio Municipal Antônio Gomes Martins - Barretos

Mas o Ramalhão também levou perigo em alguns lances.

Estádio Municipal Antônio Gomes Martins - Barretos

E o Branquinho no escanteio…

Estádio Municipal Antônio Gomes Martins - Barretos

O primeiro tempo terminou e a alegria parecia começar a se multiplicar nas arquibancadas visitantes.

Estádio Municipal Antônio Gomes Martins - Barretos
Estádio Municipal Antônio Gomes Martins - Barretos

Muitas bandeiras do Santo André decoraram a parte do estádio dedicado à nossa torcida.

Estádio Municipal Antônio Gomes Martins - Barretos

Até um “mini bandeirão” apareceu…

Estádio Municipal Antônio Gomes Martins - Barretos

Uma pena que a câmera não pode captar melhor o estádio, já que estava de noite, mas pelo menos ficou um registro de mais esse lugar histórico!

Estádio Municipal Antônio Gomes Martins - Barretos
Estádio Municipal Antônio Gomes Martins - Barretos

Ao final do jogo, festa entre torcida e o time que jogaram juntos todo o campeonato!

Estádio Municipal Antônio Gomes Martins - Barretos

Zé Carlos até deu as luvas de presente a um torcedor (que mais tarde precisou devolvê-las para que o goleiro as usasse na final contra o Mirasssol).

Estádio Municipal Antônio Gomes Martins - Barretos

A torcida local soube respeita a conquista do Santo André e ficou até o fim do jogo.

Estádio Municipal Antônio Gomes Martins - Barretos

Um sentimento único! Conhecer um estádio lindo e cheio de histórias e ao mesmo tempo voltar à primeira divisão!

Estádio Municipal Antônio Gomes Martins - Barretos
Estádio Municipal Antônio Gomes Martins - Barretos

Só tenho a agradecer a todos!

Estádio Municipal Antônio Gomes Martins - Barretos

Estádio Municipal Antônio Gomes Martins - Barretos

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Rolê em Assis para ver o VOCEM em 2016

E não é que mais um ano conseguimos cumprir a tradição de ir até Assis para ver um jogo do VOCEM??
O VOCEM é um time que sempre povoou meu imaginário fosse pelas histórias que meu pai contava, ou pelas tantas férias que passei na casa da vó Luzia, tendo como “vizinho de frente” a Igreja da Vila Operária, onde o Padre Belini fundara a equipe local.
Abaixo uma foto do Padre com meu vô Tonico, meu primo Gustavo (sãopaulino) e eu, armado, de cuecas e sandálias.

Ir pra Assis quase que anualmente significa refazer uma peregrinação que mistura a história da minha família ao futebol local e à ferrovia, aproveitando ainda para conhecer novas cidades ao caminho (dessa vez passamos por Cerquilho, São Manuel, Pirajú).

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Também gosto de fotografar alguns locais para ver como as coisas vão mudando, e mesmo pixações que tenham a ver com meu jeito de pensar e viver, assim, seguem algumas dessas fotos:

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Dói demais ver tantos trilhos, tanta estrutura pronta simplesmente abandonada… A Ferrovia faz parte da história do interior e cruzou muitas vezes com o futebol.

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E o Osvaldo Gimenez Penessor, meu pai, entrou no clima do rolê, passeando com sua camisa da Ferroviária!

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O interior paulista tem uma vida social e cultural riquíssima, que mistura passado e presente.

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Outro detalhe que sobrevive na cidade são as casas de madeira que resistem ao tempo e mantém-se lindas!

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Aqui, a praça na Vila Operária, onde ficava a Paróquia, hoje reformada e bem ajeitadinha:

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Aqui a imagem do padre Aloísio Belini junto da escola de samba da Vila Operária (mesmo local de onde nasceu o VOCEM).

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Tivemos tempo de dar um pulo em Cândido Mota (tomar um sorvete na praça é passeio obrigatório!) e visitar o campo do CAC (Clube Atlético Candidomotense), o Estádio Municipal Benedito Pires!

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No sábado, deu ainda pra acompanhar um pouco do dérbi de Assis, pelo sub 20, final de jogo VOCEM 0x0 Asssissense

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Também fomos dar um alô no campo da Ferroviária!

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E no Clube São Paulo de Assis, completando o ciclo dos times que disputaram as competições oficiais da Federação representando Assis.

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Enfim, o fim de semana passou corrido, e quando me dei por conta, já era domingo de manhã, hora do jogo, e lá fomos nós, de volta à Vila Operária, para o Estádio Municipal Antônio Viana da Silva, o “Tonicão”.

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O jogo era a última rodada da segunda fase da série B, de onde se definiriam os 8 times a disputar as quartas de final.
O VOCEM enfrentaria a AD Guarulhos do amigo Rapha!

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Essa é a fachada do Tonicão. Acanhada né? Merecia um letreiro com nome da cancha…

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Chegamos cedo, e pudemos acompanhar a entrada da torcida local, animada, mas ainda em pequeno número perto do potencial que a cidade tem.

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O Estádio tem duas arquibancadas, onde cabem 5 mil pessoas em cada. O público do jogo foi de 2 mil torcedores.

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Como tudo isso aconteceu há quase um ano, o fim da história eu já posso resumir pra vocês… Nem o VOCEM nem o AD Guarulhos (dos nossos amigos Francisco e Cabelo) subiram pra A3…

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Se há alguns anos atrás, nosso companheiro nessa aventura foi o tio Zé (já falecido), dessa vez foi o Tilim (filho do Tio Zé) que nos fez companhia!

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Destaque pra tradicional pipoca de estádio, sempre presente!

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A torcida local compareceu, não em tantas pessoas como eu esperava, pra um jogo decisivo, mas… Lá estavam os apaixonados pelo futebol!

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O time local venceu a partida por 4×1, eliminando qualquer esperança pro Guarulhos.

VOCEM - Assis

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Estádios do Noroeste Paulista – Parte 10: Santa Fé do Sul

Brasão da Estância Turística de Santa Fé do Sul

Sim, a estrada é longa, mas não tão deserta… Depois de tantas horas dirigindo, chegamos a uma das últimas cidades do estado de São Paulo na direção Noroeste, sentido Mato Grosso do Sul: falamos de Santa Fé do Sul, uma estância turística que é tão bacana e surpreendente quanto longe, estávamos a mais de 650 km de casa!

Santa Fé do Sul

A cidade possui uma população de pouco mais de 30 mil habitantes, que vivem bem por suas ruas largas, várias praças temáticas e monumentos que contam sua história e cultura em plena rua.

Santa Fé do Sul
Santa Fé do Sul

Pelo que pudemos ler, trata-se de uma cidade de clima quente, com sol na maior parte do ano, aumentando ainda mais a ideia de qualidade de vida e sossego do interior.

Santa Fé do Sul

Você pode passear pelo parque das Águas Claras, Mata dos Macacos, museu a céu aberto ou se divertir entre um barzinho e outro.

Estádio Municipal Evandro de Paula - Santa Fé do Sul

Ah, e claro, tem a igreja da cidade!

Santa Fé do Sul

Nosso objetivo era conhecer o estádio onde o time local mandava seus jogos: o Santa Fé F.C.:

Santa Fé Futebol Clube

O Santa Fé Futebol Clube atualmente está licenciado do futebol profissional, mas desde sua fundação, em 8 de março de 1966, até sua última participação (na 4a divisão de 1994) foram 15 participações no Campeonato Paulista de Futebol.
A partir de 1969, o time passou a disputar o futebol profissional disputando a série A3, com o time abaixo:

Ainda disputaria a A3 em 1970, 80, 81 e de 1988 a 1991. E no meio dessa aventura, ainda conseguiu disputar a série A2 de 1982 a 87. Em 1982 fez uma campanha histórica, chegando muito perto do acesso! Em um campeonato com uma fórmula bem maluca, jogou o primeiro turno em duas fases, onde o Santa Fé FC não se classificou para a decisão do turno:

Santa Fé FC - Campeonato Paulista - segunda divisão - 1982
Santa Fé FC - Campeonato Paulista - segunda divisão - 1982

O campeão do primeiro turno foi o AE Araçatuba. E o segundo turno também foi em duas fases:

Santa Fé FC - Campeonato Paulista - segunda divisão - 1982
Santa Fé FC - Campeonato Paulista - segunda divisão - 1982

A boa campanha fez com que o Santa Fé FC disputasse a decisão do turno com o Dracena

Série A2 - 1982

Passando pelo Dracena o Santa Fé FC conquistou o direito de disputar a decisão do grupo com o vencedor do primeiro turno (o Araçatuba). O vencedor iria para um quadrangular final de onde sairia o acesso à primeira divisão, mas infelizmente não deu pro time do Santa Fé

Santa Fé FC - 1982

Por fim, nos anos 90, o time aventurou-se com um novo distintivo e ainda jogou uma edição da 4a divisão paulista, em 94:

Em 2021, surge um novo Santa Fé FC na cidade e desde então passa a disputar as competições da categoria de base da Federação Paulista e até mesmo a receber a Copinha.

Recentemente, entrevistamos a atual gestão do time:

Esse é o time sub20 de 2025:

Nesse tempo todo, mandou seus jogos no Estádio Municipal Evandro de Paula, que infelizmente não tem mais uma identificação visual que o caracterize…

Estádio Municipal Evandro de Paula - Santa Fé do Sul

Mas, o estádio segue vivo, firme e forte, vamos conhecê-lo melhor?

Suas arquibancadas têm capacidade para cerca de 3.500 torcedores.

Estádio Municipal Evandro de Paula - Santa Fé do Sul

O gramado está muito bem cuidado, para a alegria dos times amadores que utilizam o campo.

Estádio Municipal Evandro de Paula - Santa Fé do Sul

A arquibancada é sempre uma imagem mágica… E merece estar aberta e, preferencialmente, cheia!

Estádio Municipal Evandro de Paula - Santa Fé do Sul
Estádio Municipal Evandro de Paula - Santa Fé do Sul

Ficamos orgulhosos em poder vivenciar alguns minutos nesse local que já gerou tanta energia e alegria para a população local.

Estádio Municipal Evandro de Paula - Santa Fé do Sul
Estádio Municipal Evandro de Paula - Santa Fé do Sul

Que as portas sigam abertas para os times, as torcidas….

Estádio Municipal Evandro de Paula - Santa Fé do Sul

E que as estradas também estejam prontas pra nós e sempre nos tragam novas amizades, experiências e permita dividir a felicidade que encontramos com aqueles que conhecemos!

ESTRADA

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